Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto...

26
1 2 3 4 5 6 7 8 a c e s i b i l i d a d e s n a n f o r m á a i t i c 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Informática Normas de acessibilidade na design|raquel pinheiro Informática Normas de Acessibilidade na lisboa2003 1 2 3 4 5 6 7 8 a c e s i b i l i d a d e 1 2 3 4 5 6 7 8 s na n f o r m á a i t i c 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 informática normas de acessibilidade na MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Portugal em Acção

Transcript of Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto...

Page 1: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

1 2 3 4 5 6 7 8

ac

es i

b

i

l id a

d

e

s

n a

n f o r m á a i t i c

1 2 3 4 5 6 7 8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 0

1 2 3 4 5 6 7 8

Informática

Normas de

acessibilidade na

des

ign|r

aquel

pin

hei

ro

Informática

Normas de

Acessibilidade na

lisboa2003

1 2 3 4 5 6 7 8

ac

es i

b

i

l id a

d

e

1 2 3 4 5 6 7 8

s

n a

n f o r m á a i t i c

1 2 3 4 5 6 7 8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 0

1 2 3 4 5 6 7 8

informática

normas de

acessibilidade na

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Portugal em Acção

Page 2: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

Informática

Normas de

acessibilidade na

1 2 3 4 5 6 7 8

ac

es i

b

i

l id a

d

e

1 2 3 4 5 6 7 8

s

n a

n f o r m á ai t i c

1 2 3 4 5 6 7 8

A tradução Portuguesa foi efectuada com a autorização do Minstério de Trabajo y Asuntos Sociales - Instituto de Migraciones y Servícios

Sociales, Centro Estatal de Autonomía Personal y Ayudas Técnicas e Confederación Coordinadora Estatal de Minusválidos Físicos de España.

Colecção

A P O I OS E D U C A T I V O S

n.º1

Transição para a Vida AdultaJovens com Necessidades Educativas Especiais

n.º2

Organização e Gestão dos Apoios Educativos

n.º3

O Aluno Surdo em Contexto Escolar A especifidade da Criança Surda

Estratégias de Intervenção em Contexto Escolar

n.º4

Os Alunos com Multideficiêncianas Escolas de Ensino Regular

n.º5

Aprendizagem Activa na criança com Multideficiência

Guia para educadores

n.º6

Contributos para o estudo da Intervenção Precoce em Portugal

n.º7

Compreender a Baixa Visão

n.º8 Normas de Acessibilidade na Informática

n.º9Comunicação, Linguagem e Fala

Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-

Page 3: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

Normas de Acessibilidade na Informática

Ministério da Educação

Departamento de Educação Básica

Av. 24 de Julho, 140

1399-025 Lisboa

Vasco Alves

Filomena Pereira

Javier Romañach

Amparo Candelas Arnao

Cecile Finat Wardford

Carlos Rodríguez Mahou

Joaquim Colôa

Margarida Nunes da Ponte

Raquel Pinheiro

S Design, Lda

2000 exemplares

206340/04

972-742-189-X

Título

Edição

Director do Departamento

Coordenadora do Núcleo de

Orientação Educativa e de

Educação Especial

Autores

Ilustração

Tradução da versão Portuguesa

Colaboração

Capa e concepção gráfica

da versão Portuguesa

Composição e Impressão

Tiragem

Depósito Legal

ISBN

Título

Edição

Director do Departamento

Coordenadora do Núcleo de

Orientação Educativa e de

Educação Especial

Autores

Ilustração

Tradução da versão Portuguesa

Colaboração

Capa e concepção gráfica

da versão Portuguesa

Composição e Impressão

Tiragem

Depósito Legal

ISBN

Lisb

oa 2

00

3

Ficha Técnica Ficha Técnica

iÍndice

7

37

15

15

16

17

19

21

23

24

25

26

26

27

28

28

29

29

30

32

33

31

39

40

43

49

Introdução

1. Acessibilidade ao suporte físico (hardware)

1.1. O poder do software sobre o hardware

1.2. Botões e reguladores ergonómicos

1.3. Periféricos

1.4. Percepção do som

2. Acessibilidade ao suporte lógico (software)

2.1. Requisitos gerais

2.1.1. Mensagens

2.1.2. Redundância do canal

2.1.3. Textos e gráficos

2.1.4. A introdução de dados

2.1.5. Personalizar o teclado

2.1.6. Ícones

2.1.7. Janelas

2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador

2.2. Ambiente operativo

2.2.1. Serviços do sistema

2.2.2. Controlador do teclado

2.2.3. Controlador do rato

2.3. Aplicações

3. Acesso hipermedia às autoestradas da informação (Internet)

3.1. Navegadores

3.2. Páginas Web

4. Acessibilidade à documentação

5. Bibliografia

Introdução

1. Acessibilidade ao suporte físico (hardware)

2. Acessibilidade ao suporte lógico (software)

3. Acesso hipermedia às autoestradas da informação (Internet)

4. Acessibilidade à documentação

5. Bibliografia

Page 4: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

O acesso à informática, no seu sentido mais amplo, é hoje crucial para a população em

geral, incluindo os alunos que apresentam necessidades educativas especiais.

A informática utilizada como tecnologia de apoio deve constituir-se como uma ferramenta

essencial no acesso à informação e participação de todos os alunos contribuindo

decisivamente para a garantia de um direito básico de cidadania. Neste sentido a utilização

da informática, enquanto tecnologia de apoio, pressupõe a construção de contextos de

comunicação e de participação facilitadores da autonomia e do pensamento crítico.

Com a presente publicação pretende-se, de uma forma sintetizada, explicitar os princípios e

os conteúdos das normas sobre acessibilidade à informática, editadas pelo Instituto

Português da Qualidade. Tentamos que essas normas sejam, de um modo geral, acessíveis a

um amplo sector da população, mais especificamente aos docentes que trabalham com

alunos com necessidades educativas especiais.

Ao sensibilizarmos para a utilização de tecnologias pensadas para todos, perspectivamos a

criação de ambientes facilitadores do desenvolvimento das capacidades dos alunos com

necessidades educativas especiais, potencializando a interacção no seu tempo de trabalho e

lazer tornando-os mais ricos e adaptados.

A Secretária de Estado da Educação

(Mariana Cascais)

e Editorial

Page 5: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

Introdução 7

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Page 6: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

Actualmente o computador é considerado uma ferramenta imprescindível para qualquer

actividade, tanto laboral como social e de lazer. Este instrumento beneficiou as pessoas

com deficiência, passando as mesmas a fazer parte dos seus mais fieis utilizadores. O

computador permite-lhes desenvolver tarefas que antes não podiam realizar. No entanto,

a própria informática está a colocar barreiras que impedem, algumas vezes, o uso dos

computadores e dos seus programas por pessoas que têm alguma limitação física,

psíquica ou sensorial. Estas barreiras poder-se-iam eliminar facilmente se fossem

seguidos critérios simples no desenho dos produtos informáticos.

Para se fazer uma ideia real de como os utilizadores cegos utilizam o computador,

convidamo-lo a apagar o monitor e, seguidamente, continuar a trabalhar. Muitos destes

utilizadores usam os programas denominados “leitores de ecrã” para interagir com o

computador. Estes “leitores de ecrã” proporcionam uma descrição falada ou em Braille das

janelas, menus, textos e de qualquer outra informação que possa aparecer no ecrã.

Imagine que está a trabalhar com o monitor partido! Uma pessoa cega defronta-se com uma situação idêntica.

i Introdução

9

Page 7: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

Alguns utilizadores com limitações no domínio sensorial - visão usam diferentes métodos

para aumentar o tamanho, o contraste ou as características gerais de visibilidade. As

situações mais utilizadas são os monitores grandes, letra de tamanho grande, alto contraste e

a ampliação do software de determinadas zonas do ecrã.

As pessoas com limitações no domínio sensorial - audição têm problemas com determinados

níveis de frequência, o que as impede de perceber e distinguir alguns sons. Normalmente

utilizam, já integrada em alguns sistemas operativos, uma opção para reforço visual perante

os sons de alarme ou aviso.

As dificuldades das pessoas com limitações no domínio motor costumam reflectir-se na falta

de coordenação, falta de força, dificuldade para alcançar os objectos ou impossibilidade de

mover os membros superiores. Estes utilizadores podem ou não necessitar de usar

dispositivos específicos para manipular o seu computador. Alguns exemplos são os

interruptores (switchs) controlados com a cabeça, os teclados tácteis, os sistemas de

reconhecimento de voz e os ponteiros alternativos (licórnios, ponteiros de mão, etc.).

O Instituto Português da Qualidade editou duas normas cujo âmbito de aplicação pode

influenciar positivamente os programadores informáticos, os desenhadores de sistemas

operativos ou de páginas Web e os fabricantes de qualquer computador ou periférico. O seu

cumprimento exige a utilização de múltiplos canais de entrada/saída, configurações

personalizáveis, interfaces ergonómicos e requisitos de compatibilidade.

A denominação técnica destas normas é:

prNP 4429:2003

Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos

de acessibilidade das plataformas informáticas.

Suporte físico (hardware).

prNP 4430:2003

Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos

de acessibilidade das plataformas informáticas.

Suporte lógico (software).

Este livro pretende fazer uma explicação dos principais conteúdos das referidas normas, de forma a que resultem compreensíveis para um amplo sector da população. A versão completa das normas pode conseguir-se através do IPQ (Instituto Português da Qualidade).

111010

As dificuldades de acesso ao computador de qualquer utilizador foram tidas em conta no desenvolvimento das normas do IPQ de acessibilidade na informática.

Page 8: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

Acessibilidade ao suporte físico(hardware)

13

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Page 9: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

O que denominamos posto de trabalho informático é, habitualmente, composto por:

unidade central, monitor, teclado, rato, impressora, disquetes, CD-ROMs, etc. As principais

directrizes da norma orientam o fabrico de produtos mais fáceis de utilizar por parte de

qualquer utilizador.

Os problemas de acessibilidade ao hardware centram-se, sobretudo, nas dificuldades em

manipular os botões, interruptores, reguladores e todos aqueles controlos dos dispositivos

que compõem o posto de trabalho informático. Muitos dos problemas seriam resolvidos se

estes elementos fossem controlados através de um programa, que pudesse ligar, desligar e

regular todos os componentes físicos do computador.

1.1. O poder do software sobre o hardware

Alguns exemplos actuais são: ligar e configurar a

impressora, desligar o computador ou mesmo

expulsar a disquete. Estes programas de controlo

deveriam ser fornecidos pelos fabricantes dos

equipamentos ou serem incorporados no sistema

operativo.

a 1. Acessibilidade ao suporte físico (hardware) s

f

15

Page 10: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

1.2. Botões e reguladores ergonómicos

É especialmente importante que os botões para ligar e desligar estejam situados na parte

frontal de todos os dispositivos. Assim, torna-se muito mais fácil encontrar o botão para ligar

um aparelho se se souber que o referido botão de ligação se situa sempre na parte frontal,

facilitando, essencialmente, o trabalho aos utilizadores com baixa visão ou com dificuldades

de aprendizagem.

Os controlos do dispositivo devem ter realimentação táctil e recomenda-se que tenham

também realimentação sonora. Estes não devem ser demasiado pequenos ou estar muito

juntos. Também se exige que os botões sejam côncavos e não deslizantes.

Outro aspecto a ter em conta são os rótulos que identificam as funções. Em primeiro lugar,

todos os botões, conectores, etc. devem ter um rótulo, caso contrário, qualquer utilizador,

terá grandes dificuldades em identificar a sua função. Para além disso, os referidos rótulos

devem associar-se com facilidade ao conceito que tentam transmitir.

Para torná-los mais legíveis devem utilizar-se cores com um alto contraste, um tipo de letra

“san sherif” e de tamanho grande. Para as pessoas cegas tudo isto pode resultar insuficiente,

pelo que se aconselha a facilitação de alternativas Braille e tácteis.

Deve-se evitar a necessidade de movimentos complexos, por exemplo, carregar num botão e

ao mesmo tempo girar um manípulo ou então proporcionar-se uma opção distinta para

conseguir a mesma funcionalidade. Desta forma, conseguir-se-á que os utilizadores com

limitações de manipulação ou com um só membro superior possam aceder a determinadas

funções.

Os elementos periféricos (ecrã, teclado, impressora, etc.) devem ser independentes da

unidade central, de forma a que possam ser facilmente mudados. Assim, poder-se-á

personalizar o acesso ao computador: ecrãs grandes, teclados adaptados, ratos

ergonómicos, auriculares com regulação de volume e todos aqueles dispositivos que possam

servir para melhorar a interacção homem - máquina.

Os periféricos devem ter uma base de sustentação estável e antideslizante, de forma a que

seja difícil derrubá-los devido a movimentos não controlados. Não obstante, a regulação da

orientação e da altura devem oferecer pouca resistência para facilitar um óptimo

posicionamento do periférico.

1.3. Periféricos

171016

Todas estas características fazem com que

se torne mais fácil utilizá-los, sobretudo,

por pessoas com problemas de precisão

(indivíduos com paralisia cerebral,

pessoas com espasticidade, etc. ) ou

simplesmente por pessoas idosas.

Page 11: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

1.4. Percepção do som

Os utilizadores com limitações no domínio sensorial - audição têm dificuldade para deduzir

o estado de um dispositivo, já que carecem do reforço sonoro que este produz ao funcionar.

Por exemplo, é corrente deduzir se um equipamento está ligado pelo ruído que faz o

ventilador ou por sons que emite o computador ao arrancar. Para facilitar esta informação, a

norma do IPQ exige aos fabricantes que insiram um reforço visual do estado de

funcionamento do dispositivo.

Alguns utilizadores não são capazes de detectar os ruídos pelo altifalante interno da unidade

central. Por isso recomenda-se que o referido altifalante esteja colocado próximo do

utilizador e exista a possibilidade de ligar altifalantes e auriculares externos. Para além disso

recomenda-se que o altifalante interno disponha de regulação do volume e também que

seja possível alterar a frequência do som emitido.

191018

Também são especialmente incómodas as placas giratórias de algumas unidades de

disquetes, pelo que se exige que todos os mecanismos tenham interruptores de tipo botão e

que estes não necessitem, para os activar, de uma força excessiva.

Para além disso, se uma unidade permitir que o utilizador coloque de forma incorrecta o

dispositivo, por exemplo um CD-ROM ao contrário, então deve existir um aviso para o

utilizador.

Por outro lado, as impressoras, scaners e demais elementos que utilizam papel devem ter

bandejas de alimentação e de armazenamento de folhas facilmente manipuláveis: sem

coberturas que tapem as folhas e sem necessidade de retirar a bandeja para colocar ou

retirar o papel.

Outro ponto de incompatibilidade costuma

acontecer no momento de utilizar o hardware com as

unidades amovíveis (disquete, CD-ROM, etc.).

Alguns utilizadores têm muitos problemas para

conseguirem introduzir uma disquete nas ranhuras

das actuais unidades. Torna-se muito mais fácil

deixar cair um CD-ROM nas típicas plataformas

deslizantes de entrada/saída, pelo que se

recomenda aos fabricantes que adoptem este tipo de

mecanismo para todas as unidades de armazenamento amovíveis.

Page 12: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

Acessibilidade ao suporte lógico(software)

21

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Page 13: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

Considerando o tipo de produto desenvolvido, na norma do IPQ podem dirigir-se a três

secções independentes:

Denominação que engloba o sistema operativo, a interface do utilizador associada a

algumas das aplicações.

Qualquer programa de uso geral ou mais utilizado, como poderiam ser um processador de

texto, um programa de desenho, um jogo, um compressor de arquivos, etc..

Para além dos conteúdos das páginas Web, inclui os navegadores, os programas para

correio electrónico e qualquer outra ferramenta associada aos serviços da Internet.

Existe uma série de requisitos que afectam por igual as três secções, incidindo sobretudo na

filosofia geral da comunicação entre o homem e o computador: desenhos ergonómicos,

configurações personalizadas e multiplicidade de canais. Seguidamente, abordam-se estes

requisitos gerais e posteriormente expõem-se os mais específicos do sistema operativo, as

aplicações e a Internet.

2. Acessibilidade ao suporte lógico (software)

Ambiente operativo

Aplicações

Autoestradas de informação

2.1. Requisitos gerais

a

23

as

l

Page 14: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

O tempo de reacção perante os acontecimentos é muito variável de um utilizador para outro,

pelo que será contraproducente colocar mensagens no ecrã que desapareçam

automaticamente decorrido algum tempo. Na norma exige-se um tempo de espera até que

o utilizador aceite a mensagem. Se não for possível, aconselha-se que o tempo de

permanência no ecrã possa ser configurado pelo utilizador. Este requisito é especialmente

necessário em mensagens críticas do ambiente operativo.

A rapidez com que se gera a mensagem também é muito importante e afecta especialmente

as mensagens de voz, já que deve existir uma coerência temporal entre o que se está a ouvir e

o que realmente está a acontecer.

2.1.2. Redundância do canal

2.1.1. Mensagens

Uma interface deve ser concisa, coerente e consistente de forma a reduzir o esforço que o

utilizador necessitará para trabalhar com o seu computador.

Também é conveniente que a mesma mensagem tenha sempre o mesmo texto, que apareça

na mesma zona do ecrã e com os mesmos elementos compositivos (tipo de letra, cores,

botões, etc.). Desta forma, pode identificar-se a mensagem pelo seu aspecto para além do

texto, tornando-se fácil localizá-la no ecrã. Sempre que possível, será melhor utilizar as

convenções do ambiente operativo.

2524

A redundância do canal de comunicação resolve

muitos dos problemas de acessibilidade. Por

exemplo, os utilizadores daltónicos não são

capazes de distinguir algumas cores, portanto se

uma informação se apoia somente nas cores, como

“carregue num botão vermelho para terminar”,

estas pessoas não saberão como actuar. Portanto,

as características estéticas da interface só deverão

servir para acompanhar ou realçar, enviando a

informação por múltiplos canais: cor e texto, cor e

forma, cor, texto e forma, etc. Cego ou surdo ?

Erro 108:345overflow na pilha em posição 4012.

As famosas mensagens do tipo:“Erro 108:345,

overflow na pilha em posição 4012. Perderá

todos os dados. Carregue qualquer tecla para

continuar” resultam confusas para todos os

utilizadores mas especialmente para as crianças, os

principiantes na informática ou os utilizadores com

dificuldades de aprendizagem. Estes podem não

compreender o seu significado ficarem muito

nervosos e pensarem que a culpa é sua. Por este

facto, recomenda-se o uso de mensagens curtas e

simples.Insira o disco 2

Insira o disco 2

Page 15: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

2527

O mesmo ocorre com a utilização do som. Habitualmente este utiliza-se como indicador do

final de uma tarefa ou como alerta de algum tipo de erro. Os utilizadores com limitações no

domínio sensorial-audição perdem este tipo de informação, pelo que esta deve ser

acompanhada de um sinal visual associado à situação.

Não só deve existir redundância do canal de saída, como também nos canais de entrada:

deve ser possível realizar a tarefa só com o rato, só com o teclado, só com o botão ou só com

sistemas de reconhecimento de voz. Por exemplo, deve ser possível utilizar as aplicações da

Internet sem necessidade de ter um rato

Os leitores de ecrã empregues pelos utilizadores cegos não permitem a leitura de textos

escritos usando gráficos primitivos. Por outro lado, os textos que se escrevem no ecrã devem

utilizar os serviços de processamento de texto facilitados pelo ambiente operativo.

Do mesmo modo, qualquer foto, vídeo, desenho ou gráfico fica fora do alcance dos leitores

de ecrã. Por isso, quando se utilizarem gráficos no ecrã, estes deverão ser acompanhados por

textos explicativos que permitam às pessoas cegas obter informação acerca do conteúdo da

imagem.

A introdução de dados faz-se de forma similar nas interfaces de modo texto e nas de modo

gráfico, se bem que nas segundas foi necessário criar o elemento “quadro de edição”. Em

qualquer dos casos, deve ser possível percorrer-se o texto escrito com o cursor para que um

leitor de ecrã possa sintetizar a voz ou convertê-lo em Braille.

.2.1.3. Textos e gráficos

2.1.4. A introdução de dados

Quando existam campos para introdução de dados, o rótulo identificativo que os

acompanha deve estar alinhado horizontalmente com a primeira linha do campo, de forma

a que sejam facilmente associáveis tanto para os utilizadores de leitores de ecrã como para

os utilizadores menos experientes.

O teclado é um periférico essencial, pelo que todos os aspectos de acessibilidade devem ser contemplados com extrema atenção.

O utilizador deve poder aceder a qualquer elemento da interface desde o teclado, por exemplo, activar e desactivar os menus e mover-se pelas suas opções. Para além disso, deve evitar-se o uso de acções simultâneas (manter pressionada uma tecla enquanto se tem que carregar numa outra) e se esta situação for inevitável, deve proporcionar-se um método sequencial alternativo para se conseguir o mesmo resultado.

2.1.5. Personalizar o teclado

Em alguns casos, movimentar-se pelos menus com as setas do cursor pode resultar num processo penoso, pelo que é conveniente colocar teclas de aceleração ou atalhos. Isto é muito útil para os utilizadores com problemas de manipulação ou de visão, dado que podem necessitar de fazer várias tentativas, recorrendo ao menu, até acertar com a opção desejada.

Perdeu o rato?Alguns utilizadores nunca o usam.

26

Page 16: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

22928

Para acelerar o varrimento com o teclado, os menus devem possibilitar o varrimento circular,

ou seja, passar da última opção para a primeira e vice versa. Este varrimento circular deve

aplicar-se também ao movimento pelas opções de uma janela de diálogo, à mudança de

janela ou área de trabalho, etc.

Para as pessoas com problemas de visão torna-se incómodo e, às vezes, impossível perceber

os ícones e outros pequenos objectos da área de trabalho, pelo que, o próprio ambiente

operativo deve permitir que se modifiquem, independentemente ou em grupos, os tamanhos

e contrastes desses ícones e as suas posições. Os ícones devem, para além disso, ter

associado um rótulo, facilitando a identificação e compreensão da função do ícone.

As tarefas de gestão das janelas (actualizar, mover, mudar de tamanho, etc.), realizam-se

habitualmente por meio do rato. Para os utilizadores com problemas de manipulação ou

com cegueira, o uso do rato pode ser inconveniente, pelo que a norma exige que todas estas

operações se possam realizar também com o teclado.

No caso específico das barras de ferramentas, às quais não se pode aceder por teclado,

exige-se que todas as operações sejam acessíveis também através de opções de menu.

Dado que existem utilizadores que necessitam de uma ferramenta especial para aceder ao

seu computador (simuladores de teclado, sintetizadores de voz, etc.), esta deve permanecer

visível no ecrã. Exige-se que as janelas possam mudar de tamanho e de posição. Também se

2.1.6. Ícones

2.1.7. Janelas

exige que possam ser maximizadas, minimizadas e que se possam fechar para evitar conflitos

com as referidas ferramentas. Para além disso, requer-se que o ambiente facilite uma forma

de mudar de uma janela para outra, de modo a que as aplicações específicas possam

interagir com as gerais.

Os ambientes operativos estabelecem serviços de ajuda que são utilizados por muitas

aplicações. Esta ajuda costuma ter formato de texto, mas deve incluir-se também a

possibilidade de incorporar imagens, por exemplo, para explicar um conceito novo mediante

a língua gestual.

O ambiente operativo é o fundamental responsável de todos os elementos que enquadram a

comunicação básica do homem com a máquina. Para além disso, o desenvolvimento da

interface homem-máquina ganhou uma importância fundamental nos últimos anos.

E

2.1.8. Serviços de ajuda ao utilizador

2.2. Ambiente operativo

Os utilizadores que têm mais problemas de

acessibilidade são as pessoas com cegueira. Tudo

o que se vê num ecrã está pensado e desenhado

para ser visto, especialmente com as interfaces

gráficas, podendo existir um sem fim de aplicações

abertas simultaneamente em diferentes janelas e

cada janela ter a complexidade que antes tinha

todo um ecrã.

Page 17: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

23130

No entanto também os utilizadores com problemas motores que utilizam dispositivos ou

programas específicos (reconhecimento de voz, simulador de teclado, etc.) podem ter o

acesso limitado, sobretudo por problemas de incompatibilidade entre estas ajudas técnicas e

o ambiente operativo ou as respectivas aplicações.

Em linhas gerais, a norma exige que o ambiente operativo proporcione, ao utilizador, o

acesso a qualquer dispositivo de entrada que utilize (interruptor de cabeça, manípulo, etc.) e

recomenda que proporcione também um sistema de reconhecimento de voz. De igual forma,

a saída de dados deve realizar-se tanto por imagem como por som, para que os utilizadores

com cegueira tenham acesso à mesma informação.

2.2.1. Serviços do sistema

Para realizar uma descrição falada, actualmente os leitores de écrã utilizam “modelos de

ecrã” que mantêm uma representação exacta dos elementos visualizados. Para facilitar este

modelo de ecrã, o ambiente operativo deve possibilitar a criação dos elementos da interface

com um rótulo que os identifique e que permita aceder às suas propriedades (janela aberta

ou fechada, tamanho, foco,...), preferencialmente, através de serviços predeterminados.

Para além de possibilitar a mudança de foco de uma janela a outra, os ambientes operativos

que incorporam o conceito de áreas de trabalho também devem oferecer a mudança de

uma a outra, executando-a tanto com o teclado como com o rato.

2.2.2. Controlador do teclado

Todas as opções devem ter um carácter de

activação opcional, de forma a que a mesma

plataforma informática possa ser utilizada,

indistintamente, por um amplo leque de

utilizadores com diferentes necessidades. Para

além disso, os diferentes serviços do ambiente

operativo devem estar desenhados de forma a que

consigam garantir que as aplicações, constituídas

por cima deste, possam ser acessíveis. Por exemplo,

o ambiente operativo pode proporcionar um

serviço para mostrar texto ao mesmo tempo que

emite essa informação com um sintetizador da fala.

que facilitem a acessibilidade. As pessoas

que mais dificuldades têm para o uso do

teclado são as que têm problemas de

precisão na utilização dos membros

superiores, dedos ou mãos, seguidas das

pessoas com limitações no domínio cognitivo

e no domínio sensorial-visão, pelo que se

devem con t emp la r a s d i f e r en t e s

problemáticas.

O controlador do teclado é o programa que se encarrega das comunicações entre o

computador e o teclado e é um dos pontos em que se podem incorporar muitas prestações

Page 18: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

2.3. Aplicações

Evidentemente que para tudo o que foi dito até agora sobre o desenho das janelas, dos

ícones, das mensagens, etc. deve ter-se em conta o desenvolvimento de qualquer aplicação.

Além disso, para que os elementos de texto e de identificação (nome da janela, rótulo do

ícone, etc.) sejam susceptíveis de emitir-se por voz, as aplicações devem utilizar serviços que

facilitem o ambiente operativo. Desta forma, os leitores de ecrã poderão identificar a

aplicação e os seus conteúdos.

Há que ter em conta que, apesar dos progressos realizados, os utilizadores com problemas

de acessibilidade necessitam, algumas vezes, de utilizar dispositivos ou programas

específicos, pelo que a norma exige uma aplicação que interaja com estas ferramentas de

acesso, de forma a que por vezes se possa sobrepor em ecrã e mesmo em ambientes que não

sejam de janelas.

Para os utilizadores com problemas de motricidade fina (mantêm premida uma tecla demasiado tempo, enganam-se na tecla, carregam repetidamente a tecla devido a tremores) o controlador do teclado deve permitir configurar o tempo de repetição da tecla, o tempo de pressão e de libertar-premir repetidas vezes a mesma tecla.

O controlador do teclado deve incorporar uma opção que permita bloquear as teclas de controlo (Maiúsculas, Alt, Ctrl, Alt Gr, etc.), de forma a que as pessoas que só podem utilizar uma mão ou um ponteiro evitem os movimentos de pressão simultânea. Para além disso, os utilizadores com limitações no domínio sensorial-visão necessitam de saber o estado das referidas teclas.

Para os utilizadores que funcionam com uma só mão, com um ponteiro ou que utilizam os

nós dos dedos, deve possibilitar-se a reconfiguração de todas as teclas do teclado de modo a

permitir que este se adapte às suas necessidades.

Mais do que o teclado, o rato pode ser uma barreira para as pessoas com problemas de

manipulação, de mobilidade ou com falta de força nos membros superiores.

Por isso, o controlador do rato deve permitir modificar a orientação no movimento do cursor

para que o utilizador possa manipulá-lo da forma mais ergonómica à sua mobilidade. De

igual forma, deve poder-se modificar a velocidade e a aceleração do cursor, diferenciando

entre a velocidade horizontal e vertical, o tempo de aceitação do “clic” e o tempo entre dois

“clics”.

2.2.3. Controlador do rato

23332

Para as pessoas com problemas de

movimentação dos dedos, deve poder

realizar-se o bloqueio do varrimento,

dispondo de um botão do rato para esta

função ou, em sua substituição, utilizar uma

temporização de um dos botões ou uma tecla

do teclado.Para os utilizadores esquerdinos,

deve existir a possibilidade de mudar as

funções dos botões direito e esquerdo.

Page 19: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

23534

Para isso, devem utilizar-se os mecanismos de coordenação proporcionados pelo ambiente

operativo, evitando que as aplicações se bloqueiem umas às outras.

Se uma aplicação utiliza janelas, a sua gestão deve ser compatível com o ambiente operativo

através dos serviços que possibilita, visto que este é o responsável por facilitar a

acessibilidade. Se se utilizam várias janelas, deve-se permitir a mudança de uma para outra e

seguir sempre a mesma sequência de mudança.

Finalmente, e para evitar problemas de consistência e de coordenação entre aplicações,

cada uma destas deve ter uma opção de finalização.

Deve prestar-se especial atenção para que todas as funções oferecidas pela aplicação sejam

acessíveis por teclado. Este requisito é esquecido especialmente em programas de desenho,

jogos, aplicações musicais, etc. No momento de aceder com o teclado aos menus, devem

respeitar-se as combinações habituais do ambiente operativo como, por exemplo, os atalhos

que se colocam em várias das opções de um menu.

Para além disso, a aplicação deve desenhar-se de forma a que os passos necessários para

aceder a qualquer opção sejam os mínimos possíveis e não requeiram o uso simultâneo de

mais de um dispositivo de entrada, tendo em particular atenção as opções mais

frequentemente utilizadas. Desta forma, qualquer utilizador conseguirá uma maior

eficiência.

Mas para conseguir que uma interface seja completamente

acessível não basta que existam todos os serviços e os requisitos

gerais estipulados até agora. Faz falta que para além disso, as

aplicações usem esses serviços, interajam com eles e cumpram

outras considerações de desenho não imputáveis directamente ao

ambiente operativo.

Page 20: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

Acesso hipermedia às autoestradas da informação (Internet)

37

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Page 21: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

239

3. Acesso hipermedia às autoestradas da informação

(Internet)

3.1. Navegadores

O aparecimento da Internet e dos seus diferentes serviços constituiu uma autêntica revolução

no mundo da informática. Talvez a mudança mais espectacular tenha sido o contributo do

World Wide Web. A tecnologia Web apoia-se em vários protocolos (HTTP, HTML, etc.)

susceptíveis de serem modificados e ampliados para melhorar a acessibilidade e utiliza

vários tipos de programas (navegadores, conversores gráficos, reprodutores de vídeo, etc.)

que colocam problemas específicos para certos utilizadores com deficiência.

Não obstante, na norma trata-se somente de analisar a interface do utilizador e os seus

problemas, deixando de lado todos os aspectos internos de Java, CGI e os protocolos

anteriormente mencionados. Os restantes serviços, correio electrónico, janelas de diálogos,

Gopher, etc. resultam muito similares a qualquer outra aplicação, logo, não incorporam

características de acessibilidade diferentes.

Neste ponto, podemos então distinguir duas facetas na acessibilidade: o programa utilizado

para navegar e os conteúdos das páginas que se visualizam.

Os navegadores têm que cumprir os requisitos de acessibilidade comuns ao resto dos

programas, tal como se descreveu anteriormente. Além disso, devem permitir a navegação

dentro das páginas HTML utilizando só o rato e só o teclado. O mesmo deve ser válido para

passar de uma ligação a outra e de uma janela a outra.

ai @h

Page 22: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

24140

3.2. Páginas Web

A apresentação em ecrã de documentos Web (habitualmente escritos em HTML) oferece

dificuldades de acessibilidade, sobretudo a pessoas com problemas no domínio sensorial-

-visão, pela orientação multimédia que possui, mas na norma, explora-se o conceito

multimédia de outro ponto de vista: redundância de canais. Desta forma, a informação

gráfica deve ser acompanhada de um texto, da mesma forma que a informação sonora. Os

vídeos devem estar legendados, ou disporem de uma ligação a uma página em que se

descreva o seu conteúdo. Em caso de a utilização de mapas sensíveis, recomenda-se a

colocação de uma lista adicional com todas as ligações do sítio.

Exige-se a todas as páginas Web, incluindo HTML,

CGls, Java, etc. que cumpram todos os requisitos de

acessibilidade aplicáveis a todas as aplicações. No

caso de utilizarem formatos alternativos (PDF, MS-

Word, etc.), deve colocar-se a mesma informação em

HTML ou em ASCII, de forma a que se torne acessível.

No caso dos formulários, que sejam complexos para utilizar pelas pessoas cegas, pede-se

que se facilitem formas alternativas de introdução de dados, como um número de telefone de

contacto ou cópias que se possam preencher fora da linha para serem enviados

posteriormente por correio electrónico.

Dado que os textos de ligação que aparecem juntos podem ser interpretados como uma só

ligação pelos utilizadores de leitores de ecrã, a norma exige que se separem por barras

verticais ou algum outro caracter que não pertença à ligação. Mesmo assim, se colocamos

as ligações na mesma página e com texto idêntico, torna-se difícil distingui-las entre si, pelo

que se pede que as ligações da mesma página tenham textos distintos e auto-explicativos.

O uso de textos que se deslocam e piscam é também prejudicial, já que muitos leitores de

ecrã não conseguem detectá-los e por isso ignoram-nos. O mesmo ocorre com os textos

verticais.

As listas de elementos de texto costumam ser lidas de uma

só vez pelos leitores de ecrã. Por isso recomenda-se que as

listas se elaborem segundo o tipo vinheta e sejam

numeradas, de forma a que cada elemento tenha um

identificador inicial diferenciador.

Outro problema da acessibilidade às páginas Web é a

utilização de tabelas. Os leitores de ecrã que utilizam as

pessoas com problemas visuais costumam percorrer o ecrã primeiro na horizontal e depois

na vertical. Desta forma, se os dados de uma célula da tabela ocupam mais de uma linha,

far-se-á a leitura da primeira linha de cada célula e depois as linhas seguintes.

Para os utilizadores com problemas cognitivos pode ser complicado compreender a

informação no caso de chegada a uma zona intermédia de uma página Web, pelo que

nesse ponto se deverá fazer uma ligação que leve o utilizador a uma parte significativa da

página.Também acrescenta complexidade à navegação a utilização de janelas pelo que se

desaconselha o seu uso.

Por outro lado e tendo-se em conta os critérios de consistência no desenvolvimento de

interfaces, recomenda-se que os botões ou ligações que tenham a mesma função,

apareçam na página sempre na mesma posição.

. t s n

Sa v os i a es.a 2 er el d ..

.. p 5 m h u do

Ss

2

apato

5

ern

v m l os ie

ud

hda es

Page 23: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

Acessibilidade à documentação 43

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Page 24: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

4. Acessibilidade à documentação

A documentação de todos os componentes do posto de trabalho informático entrega-se

tradicionalmente em papel, com o inconveniente que isso acarreta para as pessoas com

problemas de visão ou de manipulação. Na norma reconhece-se a necessidade da

existência de documentação em formato electrónico, de forma a que o utilizador possa usar

o computador e as suas ajudas técnicas para ler essa documentação.

A cor do papel e da letra devem possuir um alto contraste para reduzir o esforço visual na

leitura. Os gráficos devem ter textos explicativos e não deve existir informação que se apoie

exclusivamente na cor.

245

ad

nstr e d soI uçõ e u :s Pa esc he bo ..r ol o tão .a r

No caso de se continuar a distribuir a documentação

em formato impresso, a encadernação deve permitir

a abertura fácil do livro ou de qualquer página sem

necessitar de ser sustido para estar aberto. Para além

disso, o papel não deve ser de tipo acetinado, para

evitar o deslizamento dos ponteiros ao passar as

páginas.

Page 25: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

informática

normas de

acessibilidade na

n o r m a s d e a c e s s i b i l i d a d e n a i n f o r m á t i c a

Bibliografia47

Page 26: Informática - ESE Coimbra · Perturbações Específicas de Linguagem em contexto escolar-Fundamentos-Normas de Acessibilidade na Informática ... uma opção para reforço visual

249

b

Bl

ii

og

ra

f i

a

prNP 4429:2003

Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos

de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte físico

IPQ

PrNP 4430:2003

Informática para a saúde. Aplicações informáticas para pessoas com deficiência. Requisitos

de acessibilidade das plataformas informáticas. Suporte lógico.

IPQ

Aplicacion Software Design Guidelines

Trace R&D Center, Dpto. Of industrial Engineering (University of Wisconsin)

Compiled by C. Vanderheiden

Considerations in the Design of Computers to incrase Their Accessibility by Persons With

Disabilities

Industry/Government Computer Accessibility Task force

Trace Center

Nordic Guidlines for Computer Accessibility

Nordiska Nämnden för Handikappfrägor, NNH

PC 97 Design Guide, Designing Pcs and peripherals for the Microsoft Windows Systems

Microsoft Corporation

Critérios de Accesibilidad WAI

http://www.w3.org

Guia de aceso al ordenador para personas com discapacidade

CEAPAT - IMERSO - Ministérios de trabajo y Assuntos sociales.

prNP 4429:2003

PrNP 4430:2003

Aplicacion Software Design Guidelines

Considerations in the Design of Computers to incrase Their Accessibility by Persons With

Disabilities

Nordic Guidlines for Computer Accessibility

PC 97 Design Guide, Designing Pcs and peripherals for the Microsoft Windows Systems

Critérios de Accesibilidad WAI

Guia de aceso al ordenador para personas com discapacidade

Bibliografia