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11 a 17 de maio de 2019 | Ano VIII | N° 301 www.portalagora.com Mandaguari Distribuição Gratuita Entrevistado em série especial com jovens empreendedores, jandaiense Gabriel Goncim afirma que o sucesso vem para quem escolhe ser protagonista Questão de decisão Pág. 6 Pág. 6 Informalidade Em contraponto à queda do emprego formal, microempreendedores e autônomos ocupam mais espaço no mercado – pág. 8 Jardim das Araucárias recebe academia ao ar livre Jandaia Menos de 30% dos mandaguarienses se vacinaram – pág. 5 Evento Conseg presta contas e promove costelada beneficente – pág. 8 Gripe Especial conta trajetória de mães mandaguarienses e traz galeria com fotos de mães dos leitores págs. 14 e 15 O dia delas! Mesmo com redução do pedágio, preço das passagens não deve cair pág. 9 Ônibus

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11 a 17 de maio de 2019 | Ano VIII | N°301 www.portalagora.comMandaguari

Distribuição Gratuita

Entrevistado em série especial com jovens empreendedores, jandaiense Gabriel Goncim afirma que o sucesso vem para

quem escolhe ser protagonista

Questão de decisão

Pág. 6

Pág. 6

InformalidadeEm contraponto à queda do emprego formal, microempreendedores e autônomos

ocupam mais espaço no mercado – pág. 8

Jardim das Araucárias recebe academia

ao ar livre

Jandaia

Menos de 30% dos mandaguarienses se vacinaram – pág. 5

EventoConseg presta contas e promove

costelada beneficente – pág. 8

GripeEspecial conta

trajetória de mães

mandaguarienses e traz galeria com

fotos de mães dos leitores

págs. 14 e 15

O dia delas!

Mesmo com redução do pedágio, preço das passagens não deve cair

pág. 9

Ônibus

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Rogério CurielDiagramação e Arte

2 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301editorial

Espaço Aberto

Memória em Imagem

A equipe:Júlio César RaspinhaDiretor e Jornalista ResponsávelRosana OliveiraDepto. FinanceiroAmanda BebianoRedaçãoRoberto JuniorRedaçãoLeandro Soares Fotografia

Sede:Avenida Amazonas, 1472 - Centro CEP: 86975-000 Mandaguari/PRAtendimento geral:(44) 3133-4000E-MAIL: [email protected]ão:Grafinorte - ApucaranaTiragem:2.000 exemplares

Este jornal é um produtoFarmácias de

plantãoMandaguari - (11/5 a 17/5)

OpInIãOJúlio César Raspinha

MANDAGUARI

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mais lúcida, mais feliz, mais vivida, mais velha... mais madura

Vera Prado

É curioso compreender como as pessoas fazem para ca-nalizar seus problemas, alegrias, frustrações, e coisas do gênero. Chico Buarque retratou, muito bem, como sempre, na música Meu Caro Amigo, suas angústias e a forma como fazia para “segu-rar o rojão”.

Há quem canalize no álcool, para deixar um pouco a realida-de, relaxar e sair desse estágio, fugir um pouco, e quem sabe voltar com a solução, ou ao me-nos esquecer aquilo que o aflige,

nem que piorar no retorno.Outros buscam refúgio na

religião, atrás de um amparo que lhes mostre um caminho. A bus-ca é sempre por um conforto, via de regra, ou seja, ou em uma saí-da, ou mesmo compreensão.

Algumas pessoas buscam um hobby, não importa qual seja, algo que lhes divirta, ou-tros infelizmente partem para as drogas, geralmente pessoas em estágio mais angustiante. Agora também temos as redes sociais, e me parece, piorando ainda mais

a situação de quem nela busca refúgio.

E o futebol? É onde boa par-te da sociedade mergulha. Pela “simulação da guerra”, por se sentir incluído em uma “tribo”, por inúmeros fatores, na verda-de. Estou lendo um livro do es-panhol Ferran Soriano, intitula-do A bola não entra por acaso. Ele retrata como o Barcelona se reinventou no início deste sécu-lo.

A semana foi recheada de opções para quem encontra no

futebol um refresco. Na Euro-pa, duas viradas espetaculares em jogos da Liga dos Campeões. Aqui no Brasil, virada sensacio-nal do Fluminense contra o Grê-mio em jogo de nove gols. Para mim, em especial, teve ainda a classificação do Flamengo na “Libertadores”.

Em tempos tão hostis, agres-sivos, violentos e mau humora-dos, o futebol nos contempla, a mim e a milhares, com momen-tos de alegria, superação, derrota e vitória. Viva o futebol!

O título da crônica surgiu antes do texto por que a expres-são difícil a princípio pode pa-recer negativa, entretanto para mim em especial, ela traduz na prática o que realmente passa-mos na tarefa de criar um filho. E, não se trata apenas de levar em conta as mudanças pelas quais passamos nas últimas dé-cadas. Por que se tornou muito comum hoje, as comparações, principalmente quando se trata das memórias das chineladas e varadas que levamos no lombo, e pasmem sobrevivemos muito bem, crescemos fortes e valen-tes, matamos nossos leões diá-rios, pagamos os boletos, dor-mimos pouco, somos resilientes, e principalmente temos muito amor no coração. Usei a pri-meira pessoa do plural, por que me vejo em muitas mães com a mesma faixa etária que eu, e per-cebo nelas muitas angústias que vivencio nos meus quase 53 anos de vida.

Li essa semana que a gran-diosa repórter Glória Maria, não um exemplo de mãe, por que não existe essa pieguice, somos

A difícil grande arte de ser mãe na essência erros e acertos. Pre-cisamos parar de acreditar que há pessoas melhores que nós mesmas, que alguém deva ser se-guida, que copiar o que o outro faz, nos fará acertar. Enquanto escrevo o texto, coloquei no for-no uma massa açucarada, a qual chamamos de bolo, uma receita que mudei alguns ingredientes, portanto, não será igual à recei-ta original, e todas as vezes que preparo essa massa, há mudan-ças no resultado. Portanto, mo-delo, exemplo não haveremos de seguir. E até pode causar es-tranhamento, comparar comida com maternidade. Ledo engano, nascemos amamentando. Tenho uma amiga, que conseguiu ama-mentar a filha, nascida de outro ventre com o leite materno dela mesma.

E ela, a repórter, uma mãe incrível, presente, parceira, cheia de cuidados e amor com as crias. Admiro demais a prática que ela tem de “mãezar”, penso que de-veríamos criar esse verbo, um neologismo que faz todo o senti-do. Mas, enfim li que a linda re-pórter não quer que a idade seja

revelada depois que ela morrer, faz questão de esconder quantas primaveras têm. Penso que tra-ta-se de uma grande tolice, por que um dos fatos que me dão alegria, é ter ciência, que mesmo mais maduras, somos capazes de trazer criaturinhas adoráveis ao mundo. E nem sempre elas são adoráveis, às vezes nos tiram do sério, a ponto de querer que vol-tem à barriga.

Ontem vendo a imagem do príncipe ao lado dos pais, todo envolto a um traje branco ri-quíssimo, me veio à mente mi-nha aluna, do nono ano, com uma barriguinha já avantajada, da filha que nascerá em junho. Comparei sem querer as duas criaturinhas, e pensei com meus botões, e entendi na vida real, quem é o príncípe. Pois, nosso erro não é trazer ao mundo prin-cesas e príncipes, mas fazê-los acreditar que são na vida real. E me vem à mente, que no dia de ontem, ao passar em frente à delegacia, vi uma fila enorme de mães, que visitariam os filhos presos, na semana dos dias da mãe.

Percebo que não importam a origem, ou vida que levam os fi-lhos, o amor de mãe é algo que vi muito além de uma propaganda perfeita que exibe apenas os mo-mentos memoráveis que temos com nossas crias. Sim, por que a melhor parte de ser mãe, é justa-mente reconhecer que todas nós princesas ou plebeias, enfrenta-mos dificuldades, medos, insegu-ranças, vergonhas, tristezas. Mas o que nos une às criaturas é um fio invisível que está fixo ao nosso coração. Que você mamãe, seja você um “paimãe”, uma “vomãe”, uma “tiamãe”, enfim a você que sabe muito bem o sentido das pa-lavras que esse texto traz.

P.S.: Nunca gostei da parte da música: e o avental todo sujo de ovo, por que a avental da mi-nha mãe sempre foi muito limpo e passadinho. E o bolo assou e ficou sensacional, com umas al-terações na receita.

A foto histórica desta semana mostra uma turma de alunas de corte e costura de Carolina Takeshiro. “Esta foto pertencia a minha tia, Maria Devechi”, escreve Rosa Maria Devechi, que compartilhou o registro. Com a colaboração do grupo Mandaguari Antiga, no Facebook

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4 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301curtas

Roberto JuniorEmail: [email protected] agora?

Tarifa ZeroCom apoio da Agência Regional de Desenvolvimento (ARD), o movimento Tarifa Zero deu início à comemo-ração de dois anos da iniciativa popular. Uma das ações vai ser um “adesivaço” na Estrada Terra Roxa.

SériePor falar em MTZ, a série de reportagens do Jornal Agora com integrantes do movimento retorna na pró-xima semana. O objetivo é abordar os bastidores da conquista.

Água A Câmara de Mandaguari recebeu, durante a semana, membros da câmara setorial da ARD. A pauta da reu-nião foi a qualidade do serviço de tratamento de água e rede de esgoto na cidade.

VisitasCriar uma autarquia municipal para gerir o setor é a principal bandeira da agência. Os vereadores analisam o assunto e montaram um cronograma para visitas em autarquias de águas e esgoto de cidades da região e re-uniões com a Sanepar e a Soluções Ambientais de Ara-çatuba (Samar).

Campanha Segue até 10 de junho a Campanha do Agasalho da Igreja Metodista em Mandaguari. Os itens arrecada-dos serão doados a moradores de rua.

PontosAgora FM, Autoescola Mandaguari, Supermercado Verona e a própria Igreja Metodista são pontos de coleta. Interessados podem colaborar com roupas, agasalhos, calçados e cobertores em boas condições de uso.

SaúdeO prefeito Romualdo Batista ainda não definiu quem vai suceder Vanessa Bueno na Saúde. O próximo nome será o sexto a ocupar o posto máximo da pasta.

NomesO colunista apurou que dois nomes são cotados para o cargo. Um deles é Adriano Borges, chefe da Vigilância Sanitária. Deise Vernillo, ex-diretora do Pronto Atendi-mento Municipal (PAM), é outra opção.

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511 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301 cotidiano

Câmara MunicipalA Câmara Municipal de Mandaguari economizou R$

394.463,60 do orçamento disponível para quadrimestre de 2019. O dado, bem como custos totais e resumo dos trabalhos Legislativos, foram apresentados na primeira prestação de contas da Câmara à comunidade, realizada na semana passada. A prestação de contas da Câmara já é feita anualmente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os dados financeiros movimentados são disponibilizados diariamente no Portal da Transparência.

VacinaçãoA população inserida nos grupos prioritários da

campanha de vacinação contra a gripe deve procurar uma Unidade Básica de Saúde e garantir a imunização. Em Mandaguari, 11.538 pessoas devem receber a vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, até o momento, apenas 28,55% das pessoas foram vacina-das, fazendo com que a cidade apresente um dos piores saldos entre os municípios que abrangem a 15ª Regional de Saúde. A campanha nacional se estende até o dia 31 de maio.

Alerta GeadaComeçou na última quinta-feira (9), o Alerta Geada.

Ele vai até o fim do inverno em 23 de setembro. O servi-ço emite previsões de geada por categorias de intensida-de – fraca, moderada ou forte – com antecedência de 72, 48 e 24 horas para todas as regiões do Paraná. Em caso de geada prevista com impacto para a agricultura, o Ins-tituto Agronômico do Paraná (Iapar) lança um boletim sugerindo medidas a serem tomadas pelos agricultores para evitar ou minimizar danos às lavouras de culturas sensíveis a baixas temperaturas. Também são beneficia-dos os setores de turismo, construção civil e comércio.

AgendamentosA Secretaria de Saúde informa que a partir de se-

gunda-feira (13) as liberações para a coleta de exames realizadas pelo laboratório municipal serão atendidas na secretaria e na sede da vigilância sanitária até a entrega no novo laboratório (na antiga Clínica da Mulher) que está sendo reformado e climatizado para dar mais con-forto para a população e melhor condição de trabalho aos servidores. Na Vigilância Sanitária, rua Mário Bene-detti, serão realizadas as liberações e coletas de dengue, hepatite, HIV, Hansenianas e Tuberculose que são en-caminhados ao Lepac (UEM). A retirada desses exames também será na sede da vigilância sanitária. Na sede da Secretaria de Saúde serão feitas a liberação dos demais exames que serão encaminhados para os laboratórios Cristo Rei e Santa Terezinha. Os resultados dos exames realizados até o momento no laboratório municipal de-verão ser retirados na secretaria.

Vale AlimentaçãoNa quinta-feira (9), os vereadores de Mandaguari

aprovaram por unanimidade o projeto de Lei 033/2019, que autoriza servidores municipais celetistas e estatutá-rios com remuneração de até R$1.800, a receberem Vale Alimentação. A ação dobra o número de beneficiários. Agora, 200 funcionários receberão R$ 104,17 mensais para compra de alimentos. O projeto, aprovado em ca-ráter de urgência, altera legislação vigente que decide sobre o benefício. Até então, apenas servidores com sa-lário de até R$1.500 tinham direito ao vale. Também foi aprovado reajuste de 4,17% sobre o valor anterior.

Obras paralisadas

O Tribunal de Contas do Paraná divulgou uma lista apontando 137 obras públicas paralisadas em 72 muni-cípios paranaenses. Entre as cidades está Mandaguari. O documento aponta que na cidade há uma obra de mobi-lidade urbana paralisada. De acordo com o órgão, trata-se de "registro de preços para aquisição de concreto be-tuminoso usinado a quente (CBUQ)", ou seja, asfalto. A empresa contratada é a Weiller Construção Civil LTDA. O motivo da paralisação consta no levantamento como "Questões técnicas que vieram a ser conhecidas somente após a licitação; descumprimento de especificações téc-nicas e prazos". Em nota, a Secretaria de Obras afirmou que o contrato citado foi realizado para compra de Con-creto Betuminoso Usinado Quente (CBUQ), material utilizado para operação tapa-buraco e manutenção da pavimentação urbana.

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“Sucesso é uma decisão”

6 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301jandaia

A série especial do Jornal Agora com jovens empreendedores continua em Jandaia do Sul. O personagem da semana é Gabriel Matheus Goncim, 24 anos. Natural de Jandaia, ele é formado em Marketing e já trabalhou como ser-vente de pedreiro, garçom e radialista. Atualmente é responsável pela Gabriel Goncim Films, que atua em produções audiovisuais.

À reportagem, Goncim garante que começou a empreender desde pequeno. “Na rua em que eu morava brincávamos de carrinho, e eu cobrava pra fazer uma espécie de oficina e consertar os pneus dos carrinhos que estragavam”, relata.

Ainda adolescente, Gabriel também vendia códigos de jogos para colegas, e comercializava lanches de uma escola

Entrevistado em série com jovens empreendedores, Gabriel Goncim acredita que alcançar grandes feitos é

questão de vontade e trabalho duro

Roberto JuniorJornal Agora

na outra. “O colégio em que eu estudava vendia lanche no intervalo, mas o da es-cola vizinha era melhor. Então eu com-prava na outra escola e vendia na minha. Chegou uma época que eu tinha pratica-mente cinco funcionários só pra vender esses lanchinhos. Mas aí o diretor desco-briu e o negócio quebrou”, conta.

Após essas experiências surgiu a oportunidade de trabalhar como servente com um tio, que é pedreiro. Algum tempo depois conseguiu vaga fixa como garçom em um buffet e em 2010 começou sua trajetória no rádio. “Uma pessoa que tra-balhava aqui em Mandaguari pediu pra eu passar na rádio, que me arranjaria um teste”, detalha.

E Gabriel foi fazer o teste, mas quan-do chegou ao prédio em que ficavam as rádios Guairacá e Liberdade, descobriu que não haveria teste algum. “A recepcio-nista me disse que não sabia de nada. Mas aí o Marcos Corazza me ouviu conversan-

do com ela, gostou da minha voz e cha-mou pra fazer teste e depois trabalhar”.

Em 2012 Goncim passou a integrar a equipe da Agora Comunicação, onde trabalhou até 2016. Em dezembro da-quele ano veio a decisão de deixar a car-teira de trabalho de lado e empreender. “E não foi uma decisão dramática. Eu estava feliz trabalhando, mas não estava completo”.

Empreender, para ele, era desejo an-tigo, e foi alcançado após muito planeja-mento. Em 2017 o jandaiense promoveu cursos de oratória e obteve bom retorno financeiro, mas ainda não era o que que-ria fazer.

Veio 2018, e o jovem abriu sua pro-dutora de filmes. Entre os trabalhos já feitos por ele está uma campanha com Léo Chaves, sertanejo que já integrou a dupla Victor e Léo, mas hoje segue car-reira solo. “Atualmente trabalho com outro nome de nível nacional, mas por

enquanto não posso dar detalhes”, afir-ma Gabriel.

DicasA entrevista foi concluída com di-

cas para quem quer empreender. Gabriel acredita que quem deseja ingressar no mercado deve ter como base alguns pi-lares, que são visão, coragem e compe-tência. “E autoconhecimento, pois quem pode estar emperrando a sua carreira pode ser você mesmo”, dispara.

“Eu acredito que sucesso é uma de-cisão. É você decidir empreender, dar a cara a tapa, trabalhar pelo que quer. E também é necessário saber onde está entrando, ter planejamento para investir. Eu digo que caro é um preço que você não está disposto a pagar e longe é um lugar onde você não está disposto a ir, e se você consegue ter foco o suficiente para alcançar o resultado, vai chegar lá”, finaliza.

Gabriel Matheus Goncim tem 24 anos e é responsável pela Ga-

briel Goncim Films, que trabalha com produções

audiovisuais

A Prefeitura de Jandaia do Sul, atra-vés do Departamento de Educação, rea-lizou esta semana a entrega de diversos materiais para as escolas da rede muni-cipal de ensino.

Os recursos são oriundos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) quota especial destinada a educação para aquisição de materiais. Ao todo foram 32 itens adquiridos no valor de 109 mil.

Foram adquiridos: argolas, bambo-lês, bastão de betes, bolas de todas as modalidades (vôlei, basquete, futebol) bola de borracha, bomba para encher as bolas, centopeia, colchonetes, cones, conjunto de frescobol, cordas, jogos: banco imobiliário, cara a cara, resta um, mini gol, tabela de basquete, pega vare-tas gigante, petecas, rede de badminton, caixa de som portátil, microcomputador, notebook, projetor (data show) e telão.

A entrega aconteceu no auditório do Departamento de Educação e estiveram presentes as Diretoras das Escolas: Silva-na Guaita, Nilza Moraes, Lucilene Deli-

com informações da Assessoria de ImprensaRedação do Jornal Agora

Reprodução

com informações da Assessoria de ImprensaRedação do Jornal Agora

Reprodução

portal do TossinhaCésar Marcusso

Departamento de Educação de Jandaia entrega Materiais para

Escolas Municipais

coli, Meire Bueno e Rosimeire Barquei-ro, o Coordenador do Esportes Geraldo Bezerra e a Diretora do Departamento de Educação Jucimara Tomazini e equi-pe do DEC.

O prefeito Ditão ressaltou que a aquisição desses materiais com certeza fará grande diferença nas escolas, dando mais condições de trabalho e qualidade de ensino para os alunos.

A Prefeitura de Jandaia através do Departamento de Obras e Serviços Muni-cipais, terminou essa semana a instalação, no Jardim das Araucárias, de uma acade-mia ao ar livre.

A academia que foi conquistada pelo Prefeito através do Governo do Estado – Instituto Paranaense de Ciência do Es-portes, servirá para pratica esportiva do público adulto e também para aqueles que estejam sedentários ou nunca prati-caram esportes, contribuindo assim, para uma melhor qualidade de vida.

Prefeitura de Jandaia instala Academia ao ar livre no Jardim das Araucárias

O prefeito Benedito José Pupio, que esteve visitando o local onde foi instala-da, afirmou que esta academia ajudará na prática de esportes dos moradores daquela localidade além de servir de um ponto de encontro e união das pessoas. O prefeito ressaltou ainda que pretende construir um Salão Comunitário naquele terreno junto a academia.

Na reunião da câmara de vereadores de Jandaia do Sul realizada na última segunda-feira (6), os vereadores realizaram uma mo-ção de aplausos a atletas jandaienses que vem se destacando no esporte nacional.

Juventino Peres de Andrade foi homena-geado pelo desempenho e exemplo de dedi-cação demonstrados durante sua participação na “Prova Pedestre 28 de janeiro”, que marcou a comemoração do 74ª aniversário da cidade de Apucarana, onde obteve a 3ª colocação em

Atletas jandaienses recebem moção de aplausos sua categoria.

Esse atleta tem representado nossa cidade com bastante frequência em eventos esporti-vos, mostrando que com disciplina e treina-mento é possível obter sucesso em qualquer idade e merece nosso respeito e homenagem.

Rodrigo Dorabiato Soncini conhecido como Tood, recebeu a moção de aplausos por ser o técnico responsável pela seleção Para-límpica Paranaense de Tênis de Mesa por três anos seguidos (2016, 2017 e 2018).

Receberam também moção de aplausos os atletas Luiz Henrique de Oliveira, Eduardo Grancioli e Bruno da Silva Cogo.

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8 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301economia

Três meses. Esse foi o tempo que du-rou a alegria dos economistas e governan-tes paranaenses. Isso por que março foi o primeiro mês de 2019 em que o Paraná registrou um saldo negativo na geração de empregos normais. Os dados divulga-dos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que já no terceiro mês do ano 1,2 mil postos de trabalho foram fechados em todo o esta-do.

O número ruim veio logo após os excelentes, o que deixou os paranaenses ainda mais preocupados. Somente em fe-vereiro, 18.254 mil vagas foram abertas, melhor índice desde 2014. Vale lembrar que os números do Caged são divulgados todos os meses e analisam a diferença en-tre contratações e demissões durante o período.

Em Mandaguari, os números foram um pouco menos cruéis. Neste ano, o município registrou 1.197 novas con-tratações e 950 demissões. O saldo está positivo, mas não se comparados com o de 2018, quando Mandaguari conseguiu ótimos índices. Ano passado, Mandagua-ri teve 1298 admissões (8% a mais que

Cai o número de mandaguariense trabalhando em empregos formais

Em contrapartida, número de microempreendedores cresce e demonstra o interesse pelo trabalho “por conta própria”

Roberto JuniorJornal Agora

Reprodução

Amanda BebianoJornal Agora

2919) e 826 desligamentos (15% a menos que 2019).

O Jornal Agora procurou o manda-guariense André Baculi, mestrando em Economia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em entrevista, ele con-tou que as crises são cíclicas no mercado econômico. “O mercado sempre passa por ciclos. Uma crise consecutivamente é acompanhada de crescimento. Porém a situação do cenário nacional é instável. Nos anos anteriores, existia uma expec-tativa positiva em relação ao mercado brasileiro, graças às reformas do governo Temer. Então o mercado estava se recu-perando, voltando a crescer e se expandir. No ano passado, por exemplo, a econo-mia se encaminhava para um crescimen-to. Porém, devido o choque das greves dos caminhoneiros, as projeções para o restante do ano caíram, desestabilizando a economia nacional. Então novamente o caos econômico pairava sobre o Brasil”.

Ainda durante a entrevista, Baculi contou que há várias questões afetando a economia brasileira. “A expectativa posi-tiva que o mercado tinha no novo gover-no está caindo, segundo reportagem da revista Valor Econômico. Já é a décima vez que as projeções para o PIB [Produto Interno Bruto] de 2019 diminuíram. Ou seja, o mercado está insatisfeito ou ‘desa-pontado’”, explica.

“Esses dados do Caged, apesar de es-tarem positivos, apontam uma queda na admissão, indicam que um número me-nor de novos empregos foi gerado, po-dendo indicar recessão. Mas temos outros fatores para serem analisados. Por exem-plo, temos os dados sobre desemprego, que tem a função de captar pessoas que procuram emprego, mas não encontram. Ou ainda a relação com o ramo informal, pois muitos tendem a partir para bicos, novos negócios, etc. Se o número de no-vos empreendedores tiver aumentado, isso mostra que o desemprego é alto, mas que a economia se encaminha para um

ciclo de expansão.” O Jornal Agora entrou em contato

com a Sala do Empreendedor de Man-daguari. De acordo com informações do órgão, o município conta com 1.300 mi-croempreendedores individuais (MEIs). O número é consideravelmente maior que o de empregados.

O economista finalizou a análise afir-mando onde acredita estar o problema da economia brasileira atualmente: “É a instabilidade. Essa demora em se aprovar uma nova reforma fiscal e previdenciária, além de crises politicas. Todos esses que-sitos acabam impactando a economia.”.

Gráfico aponta o número de contratações e desligamentos do primeiro trimestre nos últimos quatro anos

O Conseg Pioneiros de Manda-guari realizou, na noite de quinta-feira (9) mais uma reunião pública de prestação de contas. O objetivo do encontro, que ocorreu na Câmara de Vereadores, foi apresentar balanço das atividades desempenhadas pelo Conselho nos últimos meses e apre-sentar propostas de novos projetos.

PromoçõesO foco do Conselho no momento

é levantar verba para viabilizar ações na área de segurança pública. “A nos-sa fonte de renda é a realização de promoções”, comentou o presidente do Conseg, Fernando Nanuncio. En-tre os feitos já alcançados estão aqui-sições de equipamentos para polícia e recuperação de viaturas.

Em andamento, o órgão promove

Conseg promove costelada beneficenteAção foi anunciada

durante prestação de contas do Conselho

uma rifa para sortear uma motocicle-ta Honda CG Fan zero quilômetro. Os números custam R$ 25 e serão vendidos até o dia 20 de maio.

E começou também a venda de cartões para a segunda costelada be-neficente, marcada para o dia 9 de junho, no Clube dos 33. Na ocasião também será sorteada a moto.

“Os convites para a costelada cus-

tam R$ 40, e no cardápio estão itens como costela, arroz, mandioca, sala-da de tomate e pão. As bebidas serão vendidas no local, e será necessário levar talheres e pratos. Quem for par-ticipar pode comer à vontade”, com-plementa Nanuncio.

Tanto os convites para a costelada quanto números da rifa para sorteio da moto podem ser adquiridos com os integrantes do Conselho e também na Agora Comunicação – Avenida Ama-zonas, 1472, Centro, sobreloja da Vir-tual Informática.

Recentemente, aliás, o órgão rece-beu da Câmara um título de utilidade pública municipal. É algo que, de acor-do com o presidente do Conseg, deve facilitar a realização de outras ações para arrecadar fundos, como bazar da Receita Federal, por exemplo.

CâmerasOutro ponto abordado na reu-

nião foi a instalação de câmeras de monitoramento. O piloto da iniciati-va ocorreu em março, quando as cen-trais de vigilância foram habilitadas.

Por segurança, o Conseg não di-vulga o número de câmeras já ins-

taladas nos pontos estratégicos da cidade. O sistema capta imagens e envia diretamente às polícias Civil e Militar.

Além dos pontos estratégicos, alguns equipamentos estão sendo instalados em empresas parceiras do Conselho. “Há até uma fila de espera para colocar esses equipamentos em operação. Estamos abertos a novas parcerias com entidades privadas e continuamos buscando isso. O mo-nitoramento é essencial para a se-gurança pública”, comenta Fernando Nanuncio.

ApoioAo final da prestação de contas,

os integrantes do Conseg fizeram um apelo. Eles lembraram que reforçar a segurança pública é luta constante e que precisa do envolvimento de to-dos.

O Conselho realiza reuniões mensais que são abertas ao público, oportunidade para que moradores fi-quem a par do que ocorre no órgão e possam contribuir com sugestões e também participando ativamente das ações do órgão.

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911 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301 polêmica

Nas últimas semanas, a Viapar - Rodo-vias Integradas do Paraná, anunciou rea-justes na tarifa do pedágio. A redução de 19,02% entrou em vigor à 0h do dia 30 de abril.

Viação Garcia não se posiciona sobre reajuste nas tarifas de ônibus metropolitano

Após queda no valor do pedágio, usuários do transporte querem saber se passagens também

ficarão mais baratas

Amanda BebianoJornal Agora

Reprodução

A decisão seguiu uma determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e atendeu um pedido feito por pro-curadores da força-tarefa do Ministério Pú-blico Federal no Paraná em conjunto com procuradores de Paranavaí, Ponta Grossa, Apucarana e Guarapuava que atuam na Operação Integração, desmembramento da Lava Jato, e investigam possível corrupção nas concessionárias.

A tarifa de pedágio praticada em Man-

daguari para automóveis, que era de R$ 10,50, caiu para R$ 8,50. Este valor é menor do que o preço que vigorava anteriormente. Foi em dezembro do ano passado que valor passou de R$ 8,90 para R$ 10,50.

A situação logo chamou a atenção dos usuários dos ônibus metropolitano da Via-ção Garcia, em especial os que fazem o iti-nerário Mandaguari/Maringá. Isso por que não é incomum a empresa que oferece os serviços aumentar periodicamente o valor da passagem, justificando ser um reajuste que acompanha o aumento no pedágio.

A questão é que agora a situação é

oposta: uma queda no valor. Partindo pela lógica, o procedimento a ser adotado pela Viação Garcia seria reduzir também o va-lor das passagens do itinerário que cruza as praças de pedágio. Mas será que isso é possível?

O Jornal Agora entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa e fez estes questionamentos. Após dez dias, a Viação Garcia informou que sua gerência “ainda está aguardando um posicionamen-to do DER [Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná] antes de falar sobre o assunto”.

Perguntamos aos leitores do Jornal Agora, através da nossa página no Facebook, como eles avaliam o serviço prestado pela Viação Garcia, as experiências que já tiveram nos ônibus da empresa e se acreditam que o valor da passagem será reduzido. Confira alguns dos comentários:

Opinião do leitor

Trabalho em Maringá há sete anos, sou usuária do transporte coletivo da Viação Garcia todo esse tempo. Não acredito na baixa do valor da tarifa, pois infelizmente em um mundo capitalista, eles ape-nas visam o lucro. Quanto aos serviços prestados é de péssima qualidade, muito quente (deveria ter ar condicionado). Em dias de chuva, é necessário abrir a sombrinha dentro do ônibus, que estão sempre lo-tados. Eles têm uma política engessada. Instalaram a catraca via cartão que trava muito, sempre. Tem ainda as pessoas que não tem costume, não sabem usar. Sou usaria também do Transporte Coletivo Ci-dade Canção [TCCC] e não tem comparação com os serviços da Garcia. Os ônibus deles têm wi-fi, alguns já contam com ar condicionado, catracas que nunca travaram comigo. E isso somente dentro da cidade de Maringá, sem pegar rodovia. A Viação Garcia abusa de nós usuários, e penso que tudo isso ocorre por não ter concorrência.

Lilian Regina Pinheiro

O serviço oferecido pela Viação Garcia é regular. Os preços sobem ao passo que a qualidade diminui. Digo isso pelo fato de estarem retirando os cobradores de vários horários e linhas, deixando essa função a car-go dos motoristas. As tarifas sendo recebidas pelos mo-toristas desvia o foco deles para a sua função primor-dial, que é dirigir com segurança, além de aumentar o tempo nas paradas (para o recebimento da tarifa e a devolução do troco). Esse tempo gasto depois é com-pensado com o aumento da velocidade na pista para o cumprimento do horário. Vejo esta mudança como um retrocesso, em que gera desemprego e ainda mais risco aos passageiros.

Ana Carla Martielo

Acha o serviço da empresa péssimo. Nunca chegam no horário, além de cobrarem um absurdo. Infelizmen-te, é provável que não abaixem o valor da passagem agora que a tarifa do pedágio diminuiu. Isso sem falar na superlotação, que a polícia nem faz nada, por que os ônibus são da viação Garcia e eles podem andar super-lotados. Uma vergonha.

Rebecca Esteves

O preço da passagem com certeza eles não vão abaixar, vão colocar a culpa no combustível para dar razão ao atual valor. Quando ao serviço oferecido por eles, classifico como ruim, pois muitas vezes andamos como sardinha enlatadas e eles pouco se importam se estamos bem ou não.

Aline Cardoso

Duvido muito que vai mudar o valor da tarifa, isso se não aumentar ainda mais. Inclusive, o serviço deles está cada dia pior. Quem depende disso para trabalhar, vira e mexe se vê em situações ruins. Ônibus atra-sados, superlotações, catraca trava-da. Além disso, é uma vergonha os horários da noite durante o meio de semana (de Maringá para Manda-guari). Depois das 19h35 o próximo horário é só às 21h00. Cada dia uma palhaçada diferente.

Mari Gil

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12 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301crônica

Veja bem como são as coisas. Nunca ninguém conseguiu deci-frar. Naquela noite de dezembro, tempo de Natal, na frente da bi-cicletaria, Jão Ródrix entrou em pânico ao se deparar com um manequim de Papai Noel que pedalava, na vitrina, uma Mo-nareta, ou ele tentou assustar o pessoal que saía do cinema após o filme de terror?

Dona Argenilda sempre dizia. Quem não quer se assus-tar não saia na escuridão. Mas quem bota juízo na cabeça vazia de moço novinho? Ainda mais metido a namorador. Galinho bravo. Então foi feito e dito.

Jão Ródrix chegou espa-lhando pra quem quisesse ouvir. A turma da Rua de Baixo pres-tou muita atenção. O Cine Ipi-ranga vai apresentar no final de semana o filme mais assustador de tudo que se tem notícia. Cada um abriu os olhos para ouvir. Só o nome do filme já era assusta-dor. O Exorcista. Tio Zózimo nem quis saber o significado.

Todo mundo ficou aterrori-zado. Mas, lá no fundo, a vontade sem fim de ver o tal do filme. Um tio do Melquizedec que mora em São Paulo contou pra ele que este filme é madeira de dar em doido, mesmo. Yagus pondo mais fogo na lambança.

O pior é que nesta época Jão Ródrix já estava namorando, então. Não podia acompanhar a turma nesta aventura perigosa. Como descer a Avenida sem um corajoso liderando?

Tio Zózimo: O filme de terrorApesar e mesmo assim. De-

cidiram-se. Iriam. Ainda mais que as Meninas da vizinhan-ça não estavam demonstrando nenhum receio. Já tinham até comprado ingressos antecipados e escolhido as roupas da domin-gueira.

Em tempo de Natal, novas modas estavam brilhando nas vitrines. Ninguém ia perder o passeio na praça e o filme de do-mingo. De jeito maneira.

Situação. Mesmo sem um líder os meninos não desistiram. Ver o assustador filme, tão famo-so. Questão de honra. Quase um duelo contra o medo. Inda mais que a cada dia, Jão Ródrix, só pra provocar, comentava pistas do filme. Spoilers?

Gente que não dormia de medo. Gente acordada de tanta vontade de chegar logo o final de semana. Saciar a curiosidade. Alguns até apostavam. O Jeffs vai pipocar. O Sidney vai inven-tar que tem de trabalhar. Tio Zózimo assumiu uma estratégia. Quietinho no canto. Com medo. Mas por dentro o medo miava.

No domingo, nem bem o sol se escondeu. Foi o tendel. Subiam para o Cinema, de to-dos os cantos da cidade, grupos de moças, bandos de rapazes. A praça perfumada. Os grandes lu-minosos das lojas. A fila dos in-gressos. O suspense. Os últimos comentários. A pressão subindo. A coragem descendo.

Quando o filme começou, a cidade emudeceu. Encolhida. Nem respirava. Ruas desertas.

Janelas cerradas. Nem o guarda-noturno apitava. A coruja mu-mificada no galho do hibisco.

Pipoqueiros em fila sussur-ravam. O que será que tem neste tal de filme? Cada um inventava uma hipótese. Mula sem cabe-ça. Lobisomem, Saci, Fantasma, Disco-voador. Seo Lazinho ex-plicava que era só um filme, não era pra ter medo, não. Mas quem acreditava? Na verdade, Seo Juca dizia, todos querendo saborear um pouquinho do medo.

Quando o filme terminou e a portaria se abriu, parecia que ninguém queria sair. Estariam todos desmaiados de terror? De-morou.

O primeiro a sair foi Jão Ró-drix. Segurando a mão da namo-rada. Peito estufado. Demons-trando coragem. Deixa comigo. Os meninos da turma deviam estar congelados de terror. Nun-ca que surgiam. Depois de um tempão, muito amedrontados, um a um foram dando as caras. Planejavam seguir o caminho em grupo. Atrás do Jão Ródrix. Uns 50 metros. Até em casa, evi-tar pânico.

Nesta hora, Jão Ródrix, com a namorada, já rompia pela Ave-nida. Passara pela Banca. Pela Casa Marília. Pelo Bamerindus. Pela Princesinha. Pela Lusita-na. Iam num passo acelerado. Pisando com cuidado. Os me-ninos, assustados, tentando dis-farçar, logo atrás. O combinado não é caro. E mais atrás, rindo, cantando, inventando histórias, sem medo de nada. As meninas.

Esquecido que era tempo de Natal. Se controlando, à frente. Jão Ródrix. Não podia dar o bra-ço a torcer? Cenas do filme de terror não lhe saíam da cabeça. Não podia demonstrar apreen-são para a namorada?

De súbito. Chegaram em frente à vitrina da bicicletaria. Foi aí. Jão Ródrix não conseguiu controlar um grito de terror. E suas pernas decidiram que era hora de correr. Seus cabelos in-sistiram em arrepiar. Foi tudo muito rápido.

A molecada, ao ver Jão em pânico, entrou em desespero. Quem teve forças pra correr correu. Quem pôde gritar gri-tou. Metade fugiu para lados da Linha de Trem. Outro tanto despinguelou para as bandas do Parque da Pedreira. Uns chega-ram em casa sujos e rasgados. Jota Gê só encontrou o caminho de volta, de madrugada.

A namorada de Jão Ródrix manteve-se firme. E o controlou. Onde já se viu? Não é motivo pra tudo isso. As moças que vi-nham logo atrás só viram meta-de da correria dos mais novos, tão envolvidas que estavam em discutir sobre o próximo filme anunciado. O tubarão.

Aquela noite do filme O exorcista sempre foi relembra-do nas conversas sobre saudade. Mas ninguém sabe responder, até hoje, com exatidão. Jão Ró-drix ficou assustado com o Pa-pai Noel da vitrine ou ele fez a brincadeira para assustar os me-ninos?

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14 11 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301especial

Neste dia 12 de março, nós da Agora Comunicação, resolvemos prestar nossa homenagem a todas as mamães manda-guariense. Pensamos muito sobre como fa-zer isso sem cair na armadilha que é partir para o senso comum, falar mais do mesmo, usar frases prontas.

ESPECIAL: DIA DAS MÃES

Nosso desejo era um jornal imenso, com muitas e muitas páginas, onde pudés-semos contar um pouquinho da história de cada uma delas, pois toda mãe é uma perso-nagem pra lá de especial.

Queríamos que você, mãe e leitora do Jornal Agora, se sentisse representada nes-

sas páginas, como uma verdadeira homena-gem deve ser. Foi difícil, mas demos o nosso melhor para te lembrar de que você é espe-cial todos os dias do ano, até por que mãe não tira férias. (e ainda bem, por que senão perderíamos o rumo!)

Confira a seguir uma entrevista com a

vereadora Clarice Ignácio Pereira Pessoa e dois artigos especiais. Convidamos a advo-gada Josi Viana e a professora Sônia Fachini para compor nosso time. Hoje elas deixarão a leis e as salas de aula um pouquinho de lado para falar sobre outro tema que elas também conhecem bem: a maternidade.

Ser mãe é uma bençãoApesar de estar em seu primeiro mandato, a verea-

dora Clarice Ignácio Pessoa Pereira já conhece muito bem a vida pública. Esposa do ex-prefeito Cyllêneo Pes-soa Pereira Júnior, o Cileninho, ela atuou como primei-ra-dama por oito anos, acompanhando o esposo nos compromissos da vida política.

Mãe de Carolina, Carla e Clara, a vereadora relem-bra que foi um grande período de adaptação. “Feliz-mente, sempre pude contar com minha família. Meus pais e meus sogros foram pessoas importantíssimas, me ajudaram a cuidar das meninas nesse período em que meu esposo era prefeito. E ele também é um ótimo pai, sempre fez questão de estar presente, apesar da agenda corrida. Isso fez toda a diferença na criação das meni-nas”, conta.

Agora, com as filhas maiores de idade, Clarice conta que tem sido menor o impacto do distanciamento para que ela consiga conciliar o cuidado da família com o trabalho de vereadora. “Antes elas eram bem menores, então foi difícil aprender a lidar, mas agora elas estão independentes, entendem melhor tudo o que está acon-tecendo, o porquê da vida corrida, só que eu continuo presente. Mãe é isso, né? Pra sempre presente, por perto, cuidando, independente da idade do filho”, afirma.

Na carreira mãe, a vereadora é enfática em dizer de onde vem sua inspiração. “Minha mãe. Sou a mais velha de quatro irmãos e apesar de cada um ter segui-do seu rumo na vida, devemos tudo o que somos aos nossos pais, sem dúvida. Minha mãe sempre foi pulso firme, passando valores importantíssimos, como edu-cação e respeito e fui assim com minhas filhas tam-bém, passando para elas o que é certo e errado.”

Clarice falou ainda sobre a sensação de ser mãe. “Eu tenho muito orgulho das minhas três meninas e sou imensamente grata à Deus por esse dom que ele me deu, de ser mãe. É uma aventura, né? Não existe um manual de como ser mãe, o primeiro filho é sem-pre um cobaia, onde vamos aprendendo um pouco, mas é sempre uma grande responsabilidade. Mas, ao mesmo tempo é uma bênção de Deus. Existem várias formas de ser mãe e acredito que todas devam ter essa experiência. Seja mãe de sangue ou de coração, é uma benção”, finaliza.

Mãe é tudo igual, mesmo!Assim como todas as mães, criei muitas expec-

tativas quanto ao desenvolvimento e o convívio com minha filha. Quando percebi que havia algo fora do contexto e veio o diagnóstico do Transtorno do Espec-tro Autista (TEA) confesso que chorei e me questionei muito onde eu havia errado, se o problema poderia ter sido o stress na gestação ou a vida corrida e o porquê de não ter percebido antes. Enfim, me culpei, mas ja-mais me arrependi da decisão de ser mãe.

Com o passar do tempo e o conhecimento sobre o assunto, as culpas e os fantasmas foram se dissipando e o que resta é o eterno aprender e acreditar.

Com muita fé eu sempre espero e vibro com todos os progressos da minha pequena, e estou no constante aprendizado de que tudo tem seu tempo e não adianta querer apressar as coisas. O que foi rápido para ou-tras mães, para mim talvez possa demorar mais um pouco, mas também acontecerá, e assim creio que é com todas as mães que tem filhos com algum déficit, seja o TEA, seja síndrome ou outra deficiência. O que importa são os avanços e as vitórias. Toda mãe é uma eterna torcedora!

Sou mãe de primeira de viagem e há relativamente pouco tempo, mas tempo suficiente para concluir que de fato, ser mãe é padecer no paraíso.

Padecemos nas culpas e nas preocupações. Sim, nos culpamos porque temos pouco tempo para dar atenção, afinal é do feminino ter muitas tarefas e ocu-pações. Nos culpamos pelas birras, pelos tropeços, pelo excesso de zelo. Nos culpamos por aquilo que nem culpa temos. Mãe é um bicho complicado!

E as preocupações? Ah! Essas são infinitas. Se antes a preocupação principal das mães era como ali-mentar e criar tantos filhos, hoje nosso maior desafio é como livrar nossos poucos filhos da maldade e da frieza humana.

Ser mãe é sublime. Não tem como descrever o ta-manho, a forma e o poder do amor que temos pelas nossas crias! É um amor sem limites, sobrenatural, que transcende a alma e é infinito. Quando recebemos um abraço, um beijo e o reconhecimento desse amor, ah!!! É subir aos céus e encontrar no paraíso na terra!

Mãe é tudo igual mesmo, só muda o endereço! Porque o que todas nós, mães, queremos é uma coisa só: a felicidade dos filhos!

Ser mãe não é fácil, mas se há outra profissão me-lhor, sinceramente eu desconheço!

Feliz dia das mães e que nunca nos falte força e fé na nossa jornada materna!

“Até que a morte nos separe???”Não! Não é o que parece! Não se trata de príncipes

e princesas se unindo num “felizes para sempre”!Não! Trata-se de uma união inexplicável e incom-

parável, o casamento mais perfeito que uma mulher pode almejar. Tão perfeito, que ela doa, literalmente, sua carne, seu sangue, seu alimento, enfim, tudo o que for necessário para gerar e suprir essa vida.

É divino! Sim, divino é a palavra para o ato de gestar e dar à luz uma parte de si e que será sua melhor criação, assim como fomos a maior obra de Deus! E Dele verdadeiramente é nossa obra de arte, já que so-mos apenas um instrumento e a nós foi dado “apenas” o privilégio de conceber tal milagre.

E o casamento continua, com o primitivo choro, com o contato pele com pele, cheiro com cheiro, boca com seio, olho no olho, braços num abraço sôfrego de amor!

E não há, não há o que você não faça para que essa aventura se desdobre em momentos de infinitas ale-grias e conquistas, como quando assiste, boquiaberta, ao primeiro sorriso, primeiro balbucio, primeira papi-nha, primeiros passos, primeiras emoções.

E então começam os medos. Medo de perdê-los para a vida, para a morte, para as alegrias, para as fa-cilidades, para as dores, para outro amor... E você de-seja, com todas as suas forças, que nada maltrate ou estrague essa relação.

Então, ser MÃE é tudo isso e mais um pouco! É chorar as dores físicas e da alma mais voláteis que já se viu. É sujeitar-se a aderir a facetas ridículas e hilárias e maléficas, tudo o que for necessário para proteger sua cria e, por vezes, até, torná-lo um ser incoerente, por algum tempo!

Porém, como toda união estável e cheia de mi-mos, são normais os distanciamentos, as estações frias e sujeitas a chuvas e trovoadas. Os dias cinzentos da relação podem perdurar por semanas, meses e até anos. Porém, toda mãe acredita que, um dia, o sol vol-tará a brilhar e o universo todo conspirará e respirará totalmente a favor do enlace mais inusitado.

Os anos passam, e a sensação é de um amor que se desdobra, multiplica e de alguma forma vai se acon-chegando em nosso ser. É um sentimento tão ilimita-do, que cada fase passa a ser celebrada, proclamada, vivenciada, de forma tão gostosa, leve e serena, que só nos resta esperar pela famosa “bodas de ouro”, porque o “felizes para sempre” já é garantido e o “até que a morte nos separe” pouco genuíno, pois, amor de Mãe é para além da vida.

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1511 a 17 de maio de 2019 Ano | VIII | N°301

ESPECIAL DIA DAS MÃES

“Beleza divina é ter ventre abençoado, para receber com todo amor o filho que é gerado. É amar sem fronteiras, pelo instinto aflorado e viver intensamente pelo filho amado. Nem se vê e já se ama, esse pedacinho de gente que transforma nossa alma mesmo quando ainda está no ventre! ” - Sammantha Gonçalves.

Os papais de primeira

viagem, Rafael e Flávia, com

a princesa Helóisa

Os companheiros inseparáveis, Cássia e Pedro

Kellen Bottura e o casal de filhos Maria Augusta e Felipe Augusto. O gatinho aproveita o espaço para receber os pa-rabéns pelo seu aniversário, comemorado no último dia 10.

O amor e a delicadeza de

Jéssica Delgado à espera da princesinha

Vitória. Foto por Luiza Morais.

Muita fofura envolvida com a mamãe Dayane e a gatinha Maria Alice.

Lindo ensaio de Valquíria Vilas Boas com sua filha Ana Clara, ansiosas pela chegada de Manuela. O click ficou por conta de Jenifer Pinheiro Fotografias.

Três gerações da família Peloso – A Matriarca Julice, as irmãs Cássia e Carina e a neta Rebeca.

Carinho e meiguice definem a foto de Bruna Galli com os filhos Isabelli e Rafael.

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