Informacoes Tecnicas Trigo Triticale Safra 2011

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Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale

Informaes Tcnicas para Trigo e Triticale - Safra 2011

IV Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale

Cascavel, 26 a 29 de julho de 2010

Cascavel, PR 2010

Exemplares desta publicao podem ser solicitados : Cooperativa Central de Pesquisa Agrcola - COODETEC BR 467, KM 98, Cep: 85813-450, Cascavel, PR, Brasil Fone: 45 3321-3536 | Fax: 45 3321-3500 Home page: www.coodetec.com.br Comisso Editorial: Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale Cooperativa Central de Pesquisa Agrcola - Coodetec Organizadores das informaes tcnicas: Volmir Sergio Marchioro, Francisco de Assis Franco Capa e editorao eletrnica: Grfica Igol Ltda. Tiragem: 3.000 exemplares Todos os direitos reservados. A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei n 9.610). Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (4.:2010 : Veranpolis, RS) Informaes tcnicas para trigo e triticale Safra 2011 / Comisso Brasileira de R444i Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (4.: Pesquisa de Trigo e Triticale. - Cascavel, PR: Coodetec, 2010. 2010 jul., 26-29, Cascavel, PR) 170 p.; 21 cm. Informaes tcnicas para trigo e triticale safra 2011/ Assis Franco Organizadores da publicao: Volmir Sergio Marchioro, Francisco deOrganizadores: Volmir Sergio Marchioro; Francisco de Assis Franco.- Cascavel: COODETEC. Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Tritica1.Trigo - le, 2010. - Indicaes - Brasil Triticale CDD: 633.1106081 170 p. Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale 2011 1. Trigo Pesquisa Brasil. 2. Triticale Pesquisa Brasil. I. Marchioro, Volmir Sergio. II. Franco, Francisco de Assis. III. Ttulo.

CDD 633.1106081 Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale 2011

Instituies Participantes Associao Brasileira da Indstria do Trigo - ABITRIGO Associao Nacional de Defesa Vegetal ANDEF Agrcola Verdes Campos LTDA Banco do Brasil S/A Basf S/A Bayer Cropscience Biotrigo Gentica LTDA Bunge Alimentos S/A Capita de Sensus Carminatti e Filhos Chemtura Agrosolutions Colgio Estadual Amncio Moro Centro Nacional de Pesquisa de Soja - Embrapa Soja Centro Nacional de Pesquisa de Trigo - Embrapa Trigo Centro de Pesquisa Agropecuria de Clima Temperado Embrapa Clima Temperado Centro de Pesquisa Agropecuria dos Cerrados - Embrapa Cerrados Centro de Pesquisa Agropecuria do Oeste - Embrapa Agropecuria Oeste Cooperativa Agropecuria do Alto Paranaba COOPADAP Cooperativa Agropecuria & Industrial - COTRIJUI Cooperativa Central de Pesquisa Agrcola COODETEC C.Vale - Cooperativa Agroindustrial Cooperativa Agroindustrial Lar Cooperativa Castrolanda Cooperativa Agroindustrial Alfa Cooperativa Agrria Agroindustrial Coopavel Cooperativa Agroindustrial Cooperativa Agropecuria da Regio do DF Ltda Cooperativa Regional Auriverde Cooperativa Regional Itaipu Cotriguau Cooperativa Central Datacoper Software Dow Agrosciences Du Pont Brasil Embrapa Transferncia de Tecnologia Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado do Paran - EMATER/PR

Faculdade Assis Gurgacz Faculdades de Itapiranga FAI Faville Indstria Alimentos Fazenda V Anna Fundao Agrria de Pesquisa Agropecuria - Fapa Fundao Centro de Experimentao e Pesquisa Fecotrigo Fundacep Fundao de Ensino Superior de Rio Verde - Fesurv Fundao Estadual de Pesquisa Agropecuria - Fepagro Fundao ABC - Pesquisa e Desenvolvimento Agropecurio Fundao Meridional de Apoio Pesquisa Agropecuria Fundao Meridional Fundao MS - Pesquisa e Difuso de Tecnologias Agropecurias Fundao Pr-Sementes de Apoio o Pesquisa I.Riedi Cia Ltda Instituto Agronmico do Paran IAPAR Instituto Agronmico de Campinas IAC Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS Integrada Cooperativa Agroindustrial Milenia Agrocincias S/A Moinho do Nordeste S/A Moinho Iguau Agroindustrial Ltda Nestl Brasil Kraft Foods Brasil S/A Syngenta Brasil Stoller do Brasil Sipcam Isagro Brasil S/A Sementes Maua Parati S/A J. Tozzo Agroindustrial Ltda Planejamento e Assistncia Tcnica Agronmica - Plantplan Sementes Irua Ouro Fino Agromariussi Comrcio de Cereais Ihara Grupo Floss B.S. Industria e Comercio de Cereais e Seus Derivados Ltda SD Pesquisa E Assessoria Agricolas Ltda Servio Especial Em Diagnose de Sementes Ltda - Seeds Nidera Sementes Ltda

Nortox S/A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paran - SEAB OR Melhoramento de Sementes Ltda. Universidade Estadual do Norte do Paran - UENP Universidade Estadual de Londrina - UEL Universidade Estadual de Maring - UEM Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Universidade Tecnolgica Federal do Paran - UTFPR Universidade Federal de Pelotas - UFPel Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO Universidade Estadual do Oeste do Paran - UNIOESTE Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Universidade Estadual Paulista - UNESP Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Universidade de Passo Fundo - UPF Total Biotecnologia Indstria e Comrcio Ltda Tecnologia Agropecuria Ltda - Tagro

AlertaA Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale exime-se de qualquer garantia, seja expressa ou implcita, quanto ao uso destas informaes tcnicas. Destaca que no assume responsabilidade por perdas ou danos, incluindo-se, mas no se limitando, tempo e dinheiro, decorrentes do emprego das mesmas, uma vez que muitas causas no controladas, em agricultura, podem influenciar o desempenho das tecnologias indicadas.

Comisso Organizadora Instituio: Cooperativa Central de Pesquisa Agrcola COODETECPresidente: Secretrio: Membros: Francisco de Assis Franco - COODETEC Volmir Sergio Marchioro - COODETEC Andrelise Dalto - COODETEC Celso Ari Palagi - COODETEC Edson Feliciano de Oliveira - COODETEC Elisa Serra Negra - COODETEC Franciele Mioranza - COODETEC Ivan Schuster - COODETEC Ivo Marcos Carraro - COODETEC Leandro Mello - COODETEC Marcelo da Costa Rodrigues - COODETEC Raquel Bruschi - COODETEC Sergio Luiz Marchi - COODETEC Tatiane Dalla Nora- COODETEC

ApresentaoA Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e de Triticale o resultado da unificao de trs comisses: a Comisso SulBrasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, a Comisso Centro Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale e Comisso Centro-Brasileira de Pesquisa de Trigo. Os objetivos da Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale so: identificar demandas, estabelecer prioridades, promover aes de pesquisa, promover difuso de tecnologia, estimular a integrao interinstitucional, e buscar solues aos entraves da cadeia produtiva de trigo e de triticale no Brasil. Em sua quarta edio, a Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e de Triticale foi realizada em Cascavel, PR, no perodo de 26 a 29 de julho de 2010, sendo organizada pela Cooperativa Central de Pesquisa Agrcola - Coodetec. Participaram da Reunio pesquisadores, extensionistas, tcnicos, produtores, estudantes, autoridades e representantes da comunidade em geral. Especialistas das reas de melhoramento, aptido industrial, sementes, solos, nutrio vegetal, fitopatologia, entomologia, ecologia, fisiologia, prticas culturais, transferncia de tecnologia e scio-economia discutiram a cadeia produtiva do trigo e do triticale, gerando conhecimento e tecnologia para estas culturas. O principal resultado do trabalho desenvolvido na IV Reunio da Comisso Brasileira de Pesquisa de Trigo e de Triticale foi a atualizao das informaes tcnicas para a safra 2011 a partir de resultados de pesquisa de campo obtidos ao longo do tempo. Trata-se de um conjunto de fatores tecnolgicos que podem otimizar o rendimento agronmico e econmico das culturas de trigo e de triticale em todas as regies aptas para cultivo destes cereais no Brasil.

Sumrio1. Manejo conservacionista do solo ......................................................... 12 1.1. Rotao de culturas............................................................................... 12 1.2. Mobilizao mnima do solo e semeadura direta................................... 13 1.3. Cobertura permanente do solo .............................................................. 14 1.4. Processo colher-semear........................................................................ 14 1.5. Prticas mecnicas conservacionistas .................................................. 14 2. Calagem e adubao e inoculao de sementes................................. 15 2.1. Introduo ............................................................................................. 15 2.2. Calagem ................................................................................................ 15 2.3. Adubao .............................................................................................. 23 2.4. Inoculao de Sementes ....................................................................... 38 4. Cultivares de trigo e triticale ................................................................. 41 4.1. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Rio Grande do Sul ... 54 4.2. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Santa Catarina ........ 56 4.3. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Paran .................... 58 4.4. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Mato Grosso do Sul 60 4.5. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de So Paulo ............... 62 4.6. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Minas Gerais ........... 64 4.7. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Gois e para o Distrito Federal .................................................................................. 65 4.8. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Mato Grosso ........... 66 4.9. Indicao de cultivares de trigo para o Estado da Bahia ....................... 66 4.10. Indicao de cultivares de triticale para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina ....................................................... 67 4.11. Indicao de cultivares de triticale para os Estados do Paran, do Mato Grosso do Sul e de So Paulo ....................................................... 68 4.12. Indicao de cultivares de triticale para o Estado de Minas Gerais..... 68 4.13. Escalonamento de cultivares ............................................................... 69 5. Regionalizao para pocas de semeadura de trigo e triticale .......... 70 5.1. Estado do Rio Grande do Sul ................................................................ 70 5.2. Estado de Santa Catarina ..................................................................... 70 5.3. Estado do Paran .................................................................................. 71 5.4. Estado do Mato Grosso do Sul .............................................................. 72 5.5. Estado de So Paulo ............................................................................. 72 5.6. Distrito Federal ...................................................................................... 72 5.7. Estado da Bahia .................................................................................... 73 5.8. Estado de Gois .................................................................................... 73 5.9. Estado do Mato Grosso ......................................................................... 74 5.10. Estado de Minas Gerais ...................................................................... 74 6. Densidade, espaamento e profundidade de semeadura ................... 76 6.1. Densidade de semeadura ..................................................................... 76

6.2. Espaamento ........................................................................................ 77 6.3. Profundidade de semeadura ................................................................. 77 7. Estabelecimento e manejo de trigo de duplo-propsito ..................... 78 7.1. Indicaes para o uso da tecnologia de trigo de duplo-propsito .......... 78 7.2. Conservao de forragem: fenao e ensilagem .................................. 79 8. Redutor de crescimento ........................................................................ 80 9. Manejo de irrigao em trigo ................................................................. 81 9.1. Introduo ............................................................................................. 81 9.2. Regio do Brasil Central ........................................................................ 83 10. Controle de plantas daninhas ............................................................. 93 10.1. Controle cultural .................................................................................. 93 10.2. Controle mecnico............................................................................... 93 10.3. Controle qumico ................................................................................. 93 11. Controle de doenas .......................................................................... 100 11.1. Rotao de culturas........................................................................... 100 11.2. Tratamento de sementes ................................................................... 101 11.3. Tratamento dos rgos areos.......................................................... 102 11.4. Metodologia de monitoramento de lavouras ...................................... 111 11.5. Estdio vegetativo para incio do monitoramento .............................. 111 11.6. Momento da primeira aplicao......................................................... 111 11.7. Intervalo entre aplicaes .................................................................. 111 11.8. Estdio fenolgico para a ltima aplicao ....................................... 112 11.9. Controle da bacteriose ...................................................................... 112 12. Controle de pragas ............................................................................. 113 12.1. Pulges e percevejo-barriga-verde.................................................... 113 12.2. Lagartas ............................................................................................ 116 12.3. Cors ................................................................................................. 120 12.4. Insetos-praga de armazenamento ..................................................... 122 13. Colheita e ps-colheita do trigo e triticale ....................................... 123 13.1. Trigo .................................................................................................. 123 13.2. Triticale .............................................................................................. 126 Referncias bibliogrficas ....................................................................... 129 Anexo 1 (Relao de municpios) ........................................................... 130 Anexo 2 (Escalas fenolgicas) ................................................................ 166

1. Manejo conservacionista do soloO sistema plantio direto, no mbito da agricultura conservacionista, necessita ser interpretado e adotado sob o conceito de um complexo de processos tecnolgicos destinado explorao de sistemas agrcolas produtivos. Desta forma, envolve a diversificao de espcies via rotao de culturas, mobilizao de solo apenas na linha de semeadura, manuteno permanente da cobertura do solo e minimizao do interstcio entre colheita e semeadura, pela implementao do processo colher-semear, alm da adoo de prticas mecnicas conservacionistas. Nesse sentido, a qualificao do sistema plantio direto requer a observncia integral dos seguintes fundamentos:

1.1. Rotao de culturasTem como benefcios a promoo da biodiversidade, o favorecimento ao manejo integrado de pragas, de doenas e de plantas infestantes, a promoo de cobertura permanente do solo, a diversificao e estabilizao da produtividade, a racionalizao de mo-de-obra, e a reduo do risco de perdas de renda. Embora seja pequeno o efeito no controle da eroso, a rotao de culturas assume importncia como prtica adicional para a manuteno da capacidade de produo dos solos. A monocultura contnua tende a provocar, com o passar dos anos, sensvel queda de produtividade, no s por alterar caractersticas do solo, como tambm por proporcionar condies favorveis ao desenvolvimento de doenas e ocorrncia de pragas e de plantas invasoras. Assim, a prtica da rotao de culturas visa tambm reduzir o potencial de inculo de organismos causadores de podrides radiculares e de manchas foliares. A semeadura anual de trigo, de triticale, de cevada, de centeio ou de outra gramnea, como azevm, por exemplo, na mesma rea, a principal causa da severa ocorrncia dessas doenas. Culturas como a aveia, o nabo forrageiro, a canola e as12

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leguminosas, em geral, constituem as melhores opes num sistema de rotao, visando ao controle dessas doenas. Em sistemas irrigados de produo, em que a cultura de trigo estiver inserida, no se indica que a mesma seja antecedida pelo trigo de sequeiro, arroz e aveia, sendo indicada em sucesso soja e em alternncia com feijo, ervilha, cevada e hortalias (batata, cenoura, cebola, alho, tomate etc.). Em reas sob monocultivo de tomate, feijo e de outras leguminosas, a incidncia de doenas como esclerotnia, rizoctoniose e fusariose tm provocado queda expressiva no rendimento dessas culturas e aumento nos custos de produo. O trigo, por no ser hospedeiro dessas doenas, constitui-se, no momento, na principal alternativa para a rotao de culturas, no perodo de inverno, com o tomate, o feijo e outras leguminosas.

1.2. Mobilizao mnima do solo e semeadura diretaTem como benefcios a reduo de perdas de solo e de gua por eroso, a reduo de perdas de gua por evaporao, a reduo da incidncia de plantas daninhas, a reduo da taxa de decomposio da matria orgnica do solo, a preservao da estrutura do solo, a preservao da fertilidade fsica e biolgica do solo, a reduo da demanda de mo-de-obra, a reduo dos custos de manuteno de mquinas e equipamentos, a reduo do consumo de energia fssil, e a promoo do seqestro de carbono no solo. Caso o produtor opte pela adoo do sistema de plantio direto, deve ser feito um levantamento inicial da situao fsica e da fertilidade do solo. As medidas corretivas devem ser adotadas antes do incio da utilizao do sistema. Sugere-se que o sistema seja introduzido, inicialmente, em pequenas reas e que, preferencialmente, estas apresentem baixa infestao de plantas daninhas. Para o estabelecimento do trigo de sequeiro em seqncia s culturas de soja, milho ou feijo, o sistema de plantio direto assume relevncia como tcnica viabilizadora desse modelo de produo, sobretudo devido s condies climticas que inviabilizam mobilizaes de solo em condies ideais de13

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umidade e pela disponibilidade de tempo hbil para a semeadura na poca indicada.

1.3. Cobertura permanente do soloTem como benefcios a dissipao da energia erosiva das gotas de chuva, a reduo de perdas de solo e de gua por eroso, a preservao da umidade no solo, a reduo da amplitude de variao da temperatura do solo, a reduo da incidncia de plantas daninhas, a promoo do equilbrio da flora e fauna do solo, o favorecimento ao manejo integrado de pragas, de doenas e de plantas daninhas, a estabilizao da taxa de reciclagem de nutrientes, e a promoo da biodiversidade da biota do solo.

1.4. Processo colher-semearTem como benefcios a otimizao do uso da terra, por proporcionar maior nmero de safras por ano agrcola, a reduo de perdas de nutrientes liberados pela decomposio de restos culturais, a promoo da fertilidade qumica, fsica e biolgica do solo, o estmulo diversificao de pocas de semeadura, e a reproduo, nos sistemas agrcolas produtivos, dos fluxos de matria orgnica observados nos sistemas naturais.

1.5. Prticas mecnicas conservacionistasA cobertura permanente do solo, otimizada pelo sistema de plantio direto, no constitui condio suficiente para disciplinar a enxurrada e controlar a eroso hdrica. A segmentao de toposeqncias, por semeadura em contorno, culturas em faixas, cordes vegetados e terraos dimensionados especificamente para o sistema de plantio direto etc, representa tecnologiasoluo para esse problema, e tem como benefcios o manejo de solo e gua no contexto de microbacia hidrogrfica e o conseqente reestabelecimento da semeadura em contorno e conservao de estradas rurais.

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2. Calagem, adubao e inoculao de sementes2.1. IntroduoA anlise de solo um mtodo eficiente para estimar a necessidade de corretivos de acidez e fertilizantes, mas vlida somente se a amostra analisada representar adequadamente a rea a ser corrigida ou adubada. As anlises de solo de rotina, para fins de indicao de calagem e de adubao, devem ter a periodicidade mxima de trs anos. No sistema plantio direto consolidado sugere-se amostrar de 0 a 10 cm de profundidade e, ocasionalmente, de 10 a 20 cm.

2.2. Calagem2.2.1. Estados do Rio Grande do Sul e de Santa CatarinaA quantidade de corretivo de acidez a ser usada varia conforme o ndice SMP determinado na anlise do solo e a dose funo de vrios critrios, conforme indicado na Tabela 1 e a quantidade indicada na Tabela 2.

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16 0-20 pH 6,0 pH 6,0 pH 5,5 ou (3) V 65% pH 5,5 ou (3) V 65% pH 5,5 ou (3) V 65%(2) (2)

Tabela 1. Critrios de amostragem de solo, indicao da necessidade de calagem e quantidade de corretivo da acidez para culturas de gros no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Sistema de Quantidade de Critrio de Mtodo de Amostragem manejo do Condio da rea corretivo de (cm) deciso aplicao (1) solo acidez 1 SMP para pHgua 6,0 1 SMP para pHgua 6,0 1 SMP para pHgua 5,5 1 SMP para pHgua 5,5 SMP para pHgua 5,5 Incorporado Incorporado Incorporado (5) ou superficial Superficial Superficial(5) (4)

Convencional 0-20 0-20 0-20 0-10

Qualquer condio

Plantio direto

Implantao a partir de lavoura ou campo natural quando o ndice SMP for 5,0 Implantao a partir de campo natural com ndice SMP entre 5,1 e 5,5

Implantao a partir de campo natural quando o ndice SMP for > 5,5

Sistema consolidado (mais de cinco anos)

(5)

(1) Corresponde quantidade de corretivo de acidez estimada pelo ndice SMP em que 1 SMP equivalente dose de corretivo de acidez para atingir o pH em gua desejado. (2) No aplicar corretivo de acidez quando a saturao por bases (V) for maior que 80%. (3) Quando somente um dos critrios for atendido, no aplicar corretivo de acidez se a saturao por Al for menor do que 10% e se o teor de P for Muito alto (Tabela 4). (4) A incorporao de corretivo de acidez em campo natural deve ser feita com base nos demais fatores de produo. Quando se optar pela incorporao, usar a dose 1 SMP para pHgua 6,0. (5) No mximo 5 t ha-1 (PRNT = 100%). Fonte: Comisso de Qumica e Fertilidade do Solo - RS/SC (2004).

Tabela 2. Quantidade de corretivo de acidez (PRNT = 100%) necessria para elevar o pH do solo a 5,5 e 6,0 no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. ndice SMP pHgua desejado pHgua desejado 5,5 6,0 ndice SMP 5,5 6,0 -1 -1 -------------- t ha --------------------------- t ha -------------15,0 21,0 5,8 2,3 4,2 4,4 4,5 12,5 17,3 5,9 2,0 3,7 4,6 10,9 15,1 6,0 1,6 3,2 4,7 9,6 13,3 6,1 1,3 2,7 4,8 8,5 11,9 6,2 1,0 2,2 4,9 7,7 10,7 6,3 0,8 1,8 5,0 6,6 9,9 6,4 0,6 1,4 5,1 6,0 9,1 6,5 0,4 1,1 5,2 5,3 8,3 6,6 0,2 0,8 5,3 4,8 7,5 6,7 0,0 0,5 5,4 4,2 6,8 6,8 0,0 0,3 5,5 3,7 6,1 6,9 0,0 0,2 5,6 3,2 5,4 7,0 0,0 0,0 5,7 2,8 4,8 -

Fonte: Comisso de Qumica e Fertilidade do Solo - RS/SC (2004).

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2.2.2. Estado do ParanA necessidade de calagem para trigo deve ser calculada em funo da porcentagem de saturao por bases. Aplicar corretivo de acidez quando a porcentagem de saturao por bases for inferior a 60%, calculando-se a quantidade de calcrio para atingir 70%, conforme a equao [1]. Reanalisar o solo aps trs anos. O clculo da necessidade de calagem (NC), em t ha-1, feito utilizando-se a frmula:NC T ( V 2 V1)f 100

[1]

onde: T = capacidade de troca de ctions ou S + (H + Al), em cmolc/dm3; S = soma de bases trocveis (Ca + Mg + K), em cmolc/dm3; V2 = porcentagem desejada de saturao por bases (60%); V1 = porcentagem de saturao por bases fornecida pela anlise (100 x S/T); f = 100/PRNT; para rochas calcrias modas, pode-se usar valor de f = 1,3 quando o PRNT do corretivo de acidez no for conhecido; PRNT = Poder Relativo de Neutralizao Total.

2.2.3. Estado do Mato Grosso do SulIndica-se aplicar corretivo de acidez quando a porcentagem de saturao por Al (m) for superior a 10%, sendo esta calculada como segue:m

Al Al Ca Mg K

x100

[2]

onde: Al, Ca, Mg e K so expressos em cmolc/dm3 de solo. A necessidade de corretivo de acidez, em t ha-1, calculada por meio da seguinte equao:18

NC = Al x 2 x f onde o Al dado em cmolc/dm3 de solo e f = 100/PRNT

[3] [4]

Se o teor da anlise de Ca + Mg for inferior a 2,0 cmolc/dm3, a necessidade de corretivo calculada pela seguinte equao: NC= (Al x 2) + 2 - (Ca + Mg)f [5]

No caso da anlise de solo fornecer o teor de acidez potencial (H+Al), a necessidade de corretivo pode ser calculada por meio do mtodo da saturao por bases. Usando esse critrio, aplicar corretivo quando a porcentagem de saturao por bases for inferior a 50%, calculando-se a quantidade de corretivo para atingir 60%, conforme a Equao [1], item 2.2.2.

2.2.4. Estado de So PauloAplicar corretivo para elevar a saturao por bases a 70% para trigo e 60% para triticale, e o magnsio a um teor mnimo de 5 mmolc/dm3. Para cultivares tolerantes acidez (IAC 24 e IAC 120) a correo pode ser feita para V = 60%. Para o clculo da necessidade de calagem, em t ha-1, utilizase a Equao [1], item 2.2.2.

2.2.5. Distrito Federal e Estados de Gois, de Minas Gerais, do Mato Grosso e da BahiaO clculo da quantidade de corretivo a ser aplicada varia em funo do pH do solo e de outros fatores, como, por exemplo, do teor de argila. Assim, em solos com teor de argila acima de 20%, o clculo feito com base nos teores de Al, Ca e Mg trocveis do solo. A frmula utilizada para esses solos a Equao [5], item 2.2.3. Quando se tratar de solos arenosos (teor de argila menor que 20%), a quantidade de corretivo a ser utilizada dada pelo maior valor calculado pelas Equaes [3] e [6].

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NC (t ha-1) = [2 - (Ca + Mg)]f.

[6]

Os solos arenosos tm uso agrcola limitado, por apresentarem baixa capacidade de troca de ctions, baixa capacidade de reteno de gua e maior suscetibilidade eroso. Porm, independente do tipo de solo e em funo do mtodo de correo, possvel que, a partir do quarto ano de cultivo, seja necessria nova aplicao de corretivo de acidez. Isso poder ser comprovado por meio da anlise de solo. Outro mtodo para calcular a necessidade de corretivo em uso na regio baseia-se na saturao por bases do solo, que, para os solos do Cerrado, deve ser de 50% para culturas de sequeiro. A quantidade a aplicar pode ser calculada utilizando-se a frmula: NC (t ha-1) = [(T x 0,5) - S]f [7]

onde: S = Ca +Mg + K e T = (Al + H) + S, todos expressos em cmolc/dm3. Como o potssio (K) normalmente expresso em mg/dm3 nos boletins de anlise de solo, h necessidade de transform-lo para cmolc/dm3 pela frmula: cmolc de K/dm3 = (mg de K/dm3)/391 [8]

Em sistemas irrigados, considerando a intensidade de cultivos, pode-se aplicar corretivo de acidez para saturao por bases de 60%, ou seja: NC (t ha-1) = [(T x 0,6) - S]f [9]

No momento da aplicao necessrio que o solo apresente umidade suficiente para se obter os efeitos desejveis do corretivo. Na regio dos Cerrados, entretanto, existe uma estao seca que se prolonga de maio a setembro, quando o solo, de modo geral, contm pouca umidade. Assim, as pocas mais adequadas para a calagem seriam no final ou no incio da estao chuvosa. O mtodo mais comum de aplicao aquele em que se distribui uniformemente o produto na superfcie do20

solo, seguido da incorporao a 20 cm de profundidade. Quando h necessidade de aplicar doses elevadas (acima de 5,0 t ha-1), h vantagens no parcelamento da aplicao; neste caso, sugerese aplicar a metade da dose e incorpor-la com grade pesada. Em seguida, aplicar a segunda metade da dose e incorpor-la com arado, a uma profundidade de 20 cm. Cuidados devem ser tomados com relao ao uso de corretivo de acidez no sulco, operao feita juntamente com o plantio, utilizando-se semeadora com terceira caixa. Essa operao somente vlida quando se tratar de suprir clcio e magnsio como nutrientes para as plantas. Nesse caso, doses at 500 kg ha-1 poderiam solucionar o problema. Quando o solo apresentar acidez elevada, no entanto, o acrscimo em produtividade pode ser altamente limitado se o corretivo for aplicado no sulco de semeadura. O calcrio apresenta efeito residual que persiste por vrios anos. Assim, aps a primeira calagem, sugere-se nova anlise de solo depois de trs anos de cultivo. Quando a saturao por bases for menor que 35% no sistema de cultivo de sequeiro, aplicar mais calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Nos sistemas de cultivo irrigado e de plantio direto, aplicar o corretivo quando a saturao por bases for menor que 40%, elevando-a para 60% no sistema irrigado. No sistema de plantio direto (sequeiro ou irrigado), a reaplicao de calcrio deve ser feita a lano, na superfcie do solo, sem incorporao e, no convencional, incorpor-lo com arado de discos. Devido deficincia de magnsio nos solos de Cerrado, indica-se o uso de calcrio dolomtico (teor de MgO acima de 12%) ou magnesiano (teor de MgO de 5,1 a 12%). Porm, na ausncia destes, pode-se utilizar calcrio calctico, desde que se adicionem ao solo adubos que contenham magnsio. De modo geral, a relao Ca/Mg no solo, expressa em termos de cmolc/dm3, pode se situar no intervalo de 1:1 at 10:1. No clculo da quantidade de calcrio a ser utilizada deve-se ter em mente que o preo deve ser corrigido para 100% de PRNT, posto na propriedade. Assim, quando da deciso de comprar, o preo efetivo do calcrio deve ser calculado usando a frmula:Preo efetivo (posto na propriedade) Valor nominal do calcrio PRNT x 100

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Do ponto de vista econmico, a calagem deve ser considerada investimento. Assim, no clculo de sua economicidade deve ser considerado perodo de amortizao de cinco a seis anos. Esta prtica corresponde entre 12 a 15% do custo global do investimento para construo da fertilidade do solo. Deve-se considerar que o uso de doses inferiores s indicadas resultar em queda de produtividade, requerendo reaplicaes mais frequentes. Os solos dos Cerrados apresentam elevada acidez subsuperficial, uma vez que, em nvel de lavoura, a incorporao profunda de calcrio nem sempre possvel. Assim, camadas de solo abaixo de 35 a 40 cm podem continuar com excesso de alumnio, mesmo quando se tenha efetuado calagem considerada adequada. Esse problema, aliado baixa capacidade de reteno de gua desses solos, pode causar decrscimo na produtividade da cultura, principalmente nas regies em que mais freqente a ocorrncia de veranicos. A correo de acidez subsuperficial pode ser feita utilizando-se quantidade de calcrio acima das doses indicadas, incorporando-o o mais profundamente possvel. Essa correo atingida gradualmente, num perodo de quatro a oito anos. Com o uso de gesso possvel diminuir a saturao de alumnio da camada mais profunda, uma vez que o sulfato existente nesse material pode carrear o clcio para camadas abaixo de 40 cm. Desse modo, criam-se condies para o aprofundamento do sistema radicular das plantas no solo e, conseqentemente, minimizando os efeitos de veranicos, obtendo-se melhor ndice de produtividade. Alm disso, todo esse processo pode ser realizado em perodo de tempo de um a dois anos. Deve-se ressaltar que o gesso no corretivo de acidez do solo. O gesso pode ser usado com dois objetivos: a) Como fonte dos nutrientes enxofre (S) e clcio (Ca): neste caso, sugere-se a aplicao anual de 100 a 200 quilos de gesso agrcola por hectare; b) Para minimizar problemas adversos da acidez na camada subsuperficial: nesta condio, deve-se proceder a anlise de solo nas camadas de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm de profundidade. Se a saturao por alumnio for maior que 20% e ou o teor de clcio menor que 0,5 cmolc/dm3, h possibilidade de22

resposta aplicao de gesso agrcola. As dosagens indicadas so de 700, 1.200, 2.000 e 3.200 kg ha-1 para solos de textura arenosa, mdia, argilosa e muito argilosa, respectivamente.

2.3. AdubaoAs doses de adubao indicadas para a cultura de trigo e de triticale so apresentadas, por Estado, nos itens a seguir.

2.3.1. Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina 2.3.1.1. Nitrognio A quantidade de fertilizante nitrogenado a aplicar varia em funo do nvel de matria orgnica do solo, da cultura precedente e da expectativa de rendimento de gros da cultura, a qual funo da interao de vrios fatores de produo e das condies climticas. A dose de nitrognio a ser aplicada na semeadura varia entre 15 e 20 kg ha-1. O restante deve ser aplicado em cobertura, complementando o total indicado na Tabela 3. 2.3.1.2. Fsforo e potssio As quantidades de fertilizantes contendo P e K a aplicar variam em funo dos teores desses nutrientes no solo (Tabela 4). O limite superior do teor Mdio considerado o nvel crtico de P e de K no solo, cujo valor deve ser mantido pela aplicao de quantidade adequada de fertilizante. A partir do limite superior do teor Alto a probabilidade de resposta aplicao de fertilizante muito pequena ou nula. As doses de P2O5 e de K2O (Tabela 5) so indicadas em funo de dois parmetros bsicos: a) a quantidade necessria para o solo atingir o limite superior do nvel Mdio em dois cultivos, e b) a exportao desses nutrientes pelos gros e perdas diversas. Nas faixas de teores Muito baixo, Baixo e Mdio, a diferena entre a quantidade indicada em cada cultivo e a manuteno a adubao de correo, ou seja, a quantidade necessria para elevar o teor do nutriente no solo ao nvel crtico em dois cultivos.23

Tabela 3. Indicaes de adubao nitrogenada (kg ha ) para a cultura de trigo e triticale, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Cultura precedente Nvel de matria orgnica no solo (%) Soja Milho 60 80 2,5 2,6 5,0 40 60 > 5,0 20 20

-1

Para expectativa de rendimento maior do que 2,0 t ha-1, acrescentar, aos valores da Tabela 3, 20 kg de N ha-1 aps soja e 30 kg de N ha-1 aps milho, por tonelada adicional de gros a ser produzida. Fonte: Comisso de Qumica e Fertilidade do Solo - RS/SC (2004).

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Tabela 4. Interpretao dos teores de fsforo e de potssio no solo, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. P Mehlich 1 K Mehlich 1 (1) 3 Classe textural do solo CTCpH 7, cmolc/dm Teor de P ou de K no solo 1 2 3 4 5-15 5 15 3 ----------- mg K/dm ---------Muito baixo 2,0 3,0 4,0 7,0 15 20 30 Baixo 2,1-4,0 3,1-6,0 4,1-8,0 7,1-14,0 16-30 21-40 31-60 Mdio 4,1-6,0 6,1-9,0 8,1-12,0 14,1-21,0 31-45 41-60 61-90 Alto 6,1-12,0 9,1-18,0 12,1-24,0 21,1-42,0 46-90 61-120 91-180 Muito alto 12,0 18,0 24,0 42,0 90 120 180

(1)

Teor de argila= classe 1: > 60%; classe 2: 60 a 41%; classe 3: 40 a 21%; classe 4: 20%. Fonte: Comisso de Qumica e Fertilidade do Solo - RS/SC (2004).

Tabela 5. Quantidades de fsforo e de potssio a aplicar ao solo para as culturas de trigo e triticale no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. -1 -1 Fsforo (kg P2O5 ha ) Potssio (kg K2O ha ) Teor de P ou de K no solo 1 cultivo 2 cultivo 1 cultivo 2 cultivo Muito baixo 110 70 100 60 Baixo 70 50 60 40 Mdio 60 30 50 20 Alto 30 30 20 20 Muito alto 0 0 30 20

Para rendimento superior a 2,0 t ha-1, acrescentar 15 kg P2O5 ha-1 e 10 kg K2O ha-1, por tonelada adicional de gros a ser produzida. Nos teores Muito baixo e Baixo a dose indicada inclui 2/3 da adubao de correo no 1 cultivo e 1/3 da adubao de correo no 2 cultivo. No teor Mdio toda a adubao de correo est inclusa no 1 cultivo. As quantidades para o teor Alto so quelas indicadas para a obteno do rendimento referncia de 2 t ha-1. O teor de P2O5 e de K2O no gro de trigo cerca de 10 e 6 kg t-1, respectivamente, porm, a demanda de absoro da planta cerca de 15 kg de P2O5 e 20 kg de K2O por tonelada de gro produzido.

Fonte: Comisso de Qumica e Fertilidade do Solo - RS/SC (2004).

25

2.3.1.3. Fertilizantes orgnicos Fertilizantes orgnicos podem ser usados na cultura de trigo ou triticale, sendo fontes de macro e de micronutrientes. As doses de N, P2O5 e de K2O devem ser as mesmas das Tabelas 3 e 5 e o clculo dever ser realizado levando em considerao a reao desses produtos no solo. Em geral, a equivalncia dos fertilizantes orgnicos em fertilizantes minerais, na primeira cultura, cerca de 50% para N, 80% para P e 100% para K. 2.3.1.4. Fertilizantes foliares Os resultados de pesquisa com vrios tipos de fertilizantes foliares, contendo macro e micronutrientes, indicam, em geral, que no h vantagem econmica de seu emprego na cultura de trigo ou triticale no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. 2.3.1.5. Micronutrientes Os solos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina so, em geral, bem supridos em micronutrientes (zinco, cobre, boro, mangans, cloro, ferro e molibdnio), sendo incomum a constatao de deficincias na cultura de trigo ou triticale. Devido diversidade de fatores que influenciam a disponibilidade de micronutrientes para as plantas, seu uso deve ser cauteloso, pois a demanda desses nutrientes pelas plantas muito pequena. Os fertilizantes orgnicos, quando aplicados em doses que suprem a demanda das plantas em NPK, geralmente fornecem quantidades adequadas de micronutrientes para o desenvolvimento das plantas. Os fertilizantes fosfatados e o calcrio tambm contm pequenas quantidades de micronutrientes. 2.3.1.6. Enxofre e gesso agrcola O gesso (CaSO4.2H2O) uma fonte de enxofre e de clcio s plantas. Na forma comercial, contm 13% de enxofre e 16% de Ca. Excetuando o MAP (fosfato monoamnico) e o DAP (fosfato diamnico), as demais fontes de P contm clcio, variando de 10% no superfosfato triplo a 16% no superfosfato simples. Entre as alternativas de fontes de enxofre, o superfosfato simples apresenta 8% de S. Em adio, frmulas N-P2O5-K2O contendo baixo teor de P2O5, so elaboradas com superfosfato simples e, portanto, contm enxofre.26

No caso de comprovao de deficincia de enxofre por meio da anlise de solo (< 5 mg S/dm3), indica-se a aplicao de cerca de 20 a 30 kg de enxofre por hectare. Solos arenosos e com baixo nvel de matria orgnica apresentam maior probabilidade de ocorrncia de deficincia de enxofre. Com relao ao uso de gesso agrcola como condicionador qumico de camadas subsuperficiais, os resultados de pesquisa no Sul do Brasil indicam no haver certeza de resposta da cultura de trigo ou triticale ao produto.

2.3.2. Estado do Paran 2.3.2.1. Nitrognio A adubao nitrogenada dever ser parcelada aplicando-se parte na semeadura e o restante em cobertura (Tabela 6). O aumento da dose de N no sulco sugerido, pois os resultados de pesquisa indicam que a aplicao do nitrognio deve ser realizada nas fases iniciais do desenvolvimento da cultura. A adubao de cobertura dever ser feita no perfilhamento, a lano.Tabela 6. Indicaes de adubao nitrogenada (kg ha de N) para as culturas de trigo e triticale no Paran. Cultura anterior Semeadura Cobertura Soja 10 - 30 30 60 Milho 25 - 50 30 - 90-1

27

2.3.2.2. Fsforo e potssio As doses de P2O5 indicadas constam na Tabela 7 e a aplicao de potssio poder ser feita de acordo com a Tabela 8.Tabela 7. Adubao fosfatada para as culturas de trigo e triticale no Paran. 3 -1 Teor de P* (mg/dm ) P2O5 (kg ha ) 9 20 40* Extrado pelo mtodo de Mehlich 1.

Tabela 8. Adubao potssica para as culturas de trigo e triticale no Paran. 3 -1 Teor de K* (cmolc/dm ) K2O (kg ha ) < 0,10 60 80 0,10 0,30 40 60 > 0,30 30 40* Extrado pelo mtodo de Mehlich 1.

A prtica de semeadura direta confere ao solo um acmulo de matria orgnica e de nutrientes na camada superficial, principalmente o fsforo, devido a sua baixa mobilidade no perfil. A partir dos resultados de vrios trabalhos realizados em solos do Estado do Paran, para a sucesso soja-trigo em sistema de semeadura direta (Lantmann et al., 1996) foram disponibilizadas informaes para o manejo da fertilidade em reas com solos livres de alumnio txico, nas situaes em que o cultivo de outono-inverno (trigo, triticale, aveia, cevada ou milho safrinha) seja devidamente adubado. Os nveis crticos de fsforo e potssio e a necessidade da planta oferecem um conjunto de informaes importantes para a definio da quantidade de fertilizantes a serem usados nesse sistema, permitindo as seguintes indicaes: Para o sistema de sucesso soja/trigo-triticale-aveia-cevada-milho safrinha, em funo da exigncia da cultura do trigo, quando a concentrao de fsforo estiver acima de 18,0 mg dm-3, 14 mg dm-3 e 9 mg dm-3, em solos com teor de argila 40%, respectivamente, e o potssio estiver acima de 0,30 cmolc dm-3, em todos os tipos de solo, em anlise de amostra de solo coletada na camada de 0-20cm, possvel suprimir a adubao com fsforo e potssio para a cultura da soja em sistema de plantio direto. Para o monitoramento da fertilidade do solo, a anlise do solo a cada dois anos ferramenta fundamental para a tomada de deciso quanto quantidade e periodicidade das adubaes. A anlise de solo deve ser obrigatria ao final do cultivo de soja, onde houve a supresso da adubao com fsforo e potssio. (Embrapa Soja; Embrapa Cerrados; Embrapa Agropecuria Oeste, 2008). Diante do exposto, a deciso final de adubar ou no a cultura da soja, aps o cultivo de inverno adubado, fica a critrio do Profissional da Assistncia Tcnica, conhecedor do histrico da rea a ser cultivada com soja.

2.3.2.3. Micronutrientes Em trabalhos de pesquisa desenvolvidos no Paran, no tem sido constatadas respostas do trigo a micronutrientes. 2.3.3. Estado do Mato Grosso do Sul 2.3.3.1 Nitrognio Para a adubao nitrogenada ser mais eficiente, observar os seguintes critrios: a) quando o trigo for semeado em rea cultivada com soja por mais de trs anos, aplicar 5 a 15 kg ha-1 de N na base. Neste caso, dispensar a aplicao em cobertura quando a produtividade esperada for inferior a 1.800 kg ha-1 de gros. Para lavouras com maior potencial de produtividade, pode-se aplicar at 30 kg ha-1 de N em cobertura; b) em reas de plantio direto, quando o trigo for cultivado aps milho, aplicar 5 a 15 kg ha-1 de N na base e 30 kg ha-1 em cobertura. Para o triticale, como o potencial de rendimento maior e o risco de acamamento menor que o do trigo, estas doses podem ser aumentadas.29

A adubao nitrogenada de cobertura dever ser feita, preferencialmente, entre 15 a 20 dias aps a emergncia.

2.3.3.2. Fsforo e potssio A interpretao dos teores de fsforo e potssio no solo e as indicaes de adubao de manuteno para as culturas do trigo e triticale no Mato Grosso do Sul so apresentadas nas Tabelas 9 e 10, respectivamente.Tabela 9. Interpretao dos teores de fsforo (P) e potssio (K) para solos do Mato Grosso do Sul. Solo argiloso e (1) (2) Interpretao Solo arenoso Nutriente (3) franco-argiloso 3 .................... mg/dm ............................ P Baixo < 10 20 > 12 3 ................... cmolc/dm ......................... K Baixo < 0,08 < 0,08 Mdio 0,08 - 0,15 0,08 - 0,15 Bom > 0,15 > 0,15(1) Extrado pelo Mtodo de Mehlich 1; argila. (2)

Menos de 20% de argila;

(3)

Mais de 20% de

30

Tabela 10. Adubao de manuteno para trigo e triticale no Mato Grosso do Sul. Nvel do solo Semeadura (1) P K N P2O5 K2O -1 ........................ kg ha ......................... Baixo Baixo 5 a 15 60 a 75 45 Mdio 5 a 15 60 a 75 30 Bom 5 a 15 60 a 75 15 Mdio Baixo 5 a 15 45 a 60 45 Mdio 5 a 15 45 a 60 30 Bom 5 a 15 45 a 60 15 Bom Baixo 5 a 15 30 45 Mdio 5 a 15 30 30(1)

Solvel em citrato neutro de amnio + gua ou cido ctrico, conforme a fonte.

2.3.3.3. Micronutrientes e Enxofre A adubao com micronutrientes e enxofre s deve ser feita depois de constatada a deficincia. No indicada a aplicao de micronutrientes via foliar. O chochamento (esterilidade masculina) pode ser provocado, entre outros fatores, por deficincia de boro. Caso esta carncia tenha sido constatada em anos anteriores, sugere-se aplicar 0,65 a 1,30 kg ha-1 de boro, na forma de brax ou FTE, no sulco de semeadura. 2.3.4. Estado de So Paulo 2.3.4.1 Nitrognio A adubao nitrogenada em cobertura, para o trigo e triticale de sequeiro e para o trigo irrigado, indicada nas Tabelas 11 e 12, respectivamente, de acordo com a classe de resposta e a produtividade esperada. A adubao de cobertura deve ser efetuada entre 30 a 40 dias aps a emergncia. Para o trigo irrigado, doses maiores de 40 kg ha-1 podem ser divididas em duas aplicaes, especialmente em solos arenosos, sendo a metade aplicada aos 30 dias aps a emergncia e a outra metade cerca de 20 dias depois. As doses de nitrognio indicadas, por ocasio da semeadura, esto relacionadas na Tabela 13.

31

Tabela 11. Adubao em cobertura, para o trigo e triticale de sequeiro, de acordo com a classe de resposta e a produtividade esperada. Produtividade Classe de resposta a N -1 esperada (t ha ) Alta Mdia Baixa 1,0 2,0 20 0 0 2,0 3,0 40 20 0 Tabela 12. Adubao em cobertura, para o trigo irrigado, com a classe de resposta e a produtividade esperada. Produtividade Classe de resposta a N -1 esperada (t ha ) Alta Mdia 2,5 3,5 60 40 3,5 5,0 90 50 de acordo Baixa 20 20

2.3.4.2. Fsforo e potssio A adubao de semeadura com fsforo e potssio indicada de acordo com a anlise de solo e a produtividade esperada, conforme a Tabela 13. 2.3.4.3. Micronutrientes e enxofre A adubao de semeadura deve ser complementada com 10 kg ha-1 e 20 kg ha-1 de S para trigo e triticale de sequeiro e trigo irrigado, respectivamente. Em solos com teor de Zn (mtodo DTPA) inferior a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg ha-1 de Zn, e 1,0 kg ha-1 de B em solos com teor de B (mtodo da gua quente) inferior a 0,3 mg/dm3.

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(1) Rendimento de 3,0 a 5,0 t ha-1 de gros, sem irrigao, pode ser conseguido no sul do Estado de So Paulo, em solos de elevada fertilidade e em anos com distribuio de chuva uniforme. Para esses casos, usar a indicao de adubao para trigo irrigado para esta faixa de rendimento. (2) Doses elevadas de potssio no sulco de semeadura podem provocar reduo no estande. Assim, sugere-se aplicar a lano, antes da semeadura, toda a dose de K ou a parte que exceder 60 kg ha-1 de K2O.

Tabela 13. Necessidade de adubao de semeadura conforme a produtividade esperada. 3 3 Produtividade Nitrognio --------- P resina (mg/dm ) ---------------- K trocvel (mmolc/dm ) --------1 -1 esperada (t ha ) (kg ha ) 0 - 6 7 - 15 16 - 40 > 40 0 - 0,7 0,8 - 1,5 1,6 - 3,0 > 3,0 -1 -1 ----------- P2O5 (kg ha ) --------------------------- K2O (kg ha ) ---------------2,5 3,5 20 80 60 40 20 60 40 20 10 (1),(2) 3,5 5,0 30 90 60 40 20 90 60 40 20

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2.3.5. Distrito Federal e Estados de Gois, Minas Gerais, Mato Grosso e BahiaPara obteno de elevada produtividade com as culturas de trigo e triticale na regio de Cerrados, imprescindvel a adoo de uma adubao equilibrada. Como os solos desta regio so pobres em fsforo e em potssio, torna-se necessria a aplicao de elevada quantidade desses nutrientes. Para isso, so propostos dois sistemas de adubao: correo total com manuteno do nvel atingido e correo gradual.

2.3.5.1. Fsforo Para uma criteriosa indicao de adubao fosfatada, devese conhecer o plano de utilizao da propriedade rural, incluindo a seqncia de culturas, o prazo de utilizao das reas e a expectativa de produo. Na regio dos Cerrados, o mtodo usado pelos laboratrios de anlise de solo para extrair P do solo o Mehlich 1. Na Tabela 14, so apresentados o teor de P extravel pelo mtodo de Mehlich 1 e a correspondente interpretao, que varia em funo do teor de argila. Os nveis crticos de P correspondem a 4, 8, 15 e 18 mg/dm3 para os solos com teor de argila maior que 60%, entre 60 e 36%, entre 35 e 16% e menor ou igual a 15%, respectivamente. Em solos com menos de 15% de argila, no se recomenda praticar agricultura intensiva. So apresentadas duas alternativas para a adubao fosfatada corretiva: a correo do solo em dose nica, mantendose o nvel de fertilidade atingido (Tabela 15) e a correo gradativa, com aplicaes anuais no sulco de plantio (Tabela 16).

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Tabela 14. Interpretao da anlise de solo para P extrado pelo mtodo Mehlich 1, de acordo com o teor de argila, para adubao fosfatada em sistemas de sequeiro com culturas anuais em solos de Cerrado.Teor de Argila --- % --15 16 a 35 36 a 60 >60 Teor de P no solo Muito baixo Baixo Mdio Adequado Alto 3 -------------------------------- mg/dm ----------------------------------0 a 6,0 6,1 a 12,0 12,1 a 18,0 18,1 a 25,0 > 25,0 0 a 5,0 5,1 a 10,0 10,1 a 15,0 15,1 a 20,0 > 20,0 > 12,0 0 a 3,0 3,1 a 5,0 5,1 a 8,0 8,1 a 12,0 > 6,0 0 a 2,0 2,1 a 3,0 3,1 a 4,0 4,1 a 6,0

Fonte: Sousa e Lobato (2004).

Tabela 15. Indicao de adubao fosfatada corretiva total de acordo com a disponibilidade de fsforo e com o teor de argila do solo, em sistemas agrcolas com culturas anuais de sequeiro em solos de Cerrado.Argila ------ % ----- 15 16 a 35 36 a 60 60 Disponibilidade de fsforo no solo Muito baixa Baixa Mdia -1 ---------------------------- kg ha de P2O5 ----------------------60 30 15 100 50 25 200 100 50 280 140 70(1)

(1)

Classe de disponibilidade de P no solo. Ver Tabela 14. Fonte: Sousa e Lobato (2004).

Tabela 16. Indicao de adubao fosfatada corretiva gradual em cinco anos, de acordo com a disponibilidade de fsforo e com o teor de argila do solo, em sistemas agrcolas com culturas anuais de sequeiro em solos de Cerrado.Argila --- % -- 15 16 a 35 36 a 60 60 Disponibilidade de P no solo Muito baixa Baixa Mdia -1 --------------------- kg ha /ano (P2O5) ---------------------70 65 63 80 70 65 100 80 70 120 90 75(1)

(1)

Classe de disponibilidade de P no solo. Ver Tabela 14. Fonte: Sousa e Lobato (2004).

35

Sugere-se aplicar o adubo fosfatado a lano, incorporandoo camada arvel, para propiciar maior volume de solo corrigido. Doses inferiores a 100 kg de P2O5 ha-1, no entanto, devem ser aplicadas no sulco de plantio, a semelhana da adubao corretiva gradual. A adubao corretiva gradual (Tabela 16) constitui-se em alternativa que pode ser adotada quando no h possibilidade de utilizar o sistema proposto acima, isto , de fazer a correo do solo de uma vez. Essa prtica consiste na aplicao em sulco de plantio de uma quantidade de P superior indicada para adubao de manuteno, acumulando-se, com o passar do tempo, o excedente e atingindo-se, aps alguns anos, a disponibilidade de P desejada. Ao se utilizar as doses de adubo fosfatado sugeridas na Tabela 16, espera-se que, num perodo mximo de seis anos, o solo apresente teor de P na anlise em torno do nvel crtico. Sugere-se analisar o solo periodicamente. Para o caso de lavouras irrigadas, aplicar 20% a mais na quantidade de fsforo indicada na Tabela 16, independentemente do teor de argila e da classe de disponibilidade de P no solo.

2.3.5.2. Potssio Para adubao potssica, sugerem-se, a exemplo do fsforo, duas alternativas (Tabela 17): a) Corretiva total: em aplicao a lano; b) Corretiva gradual: que consiste em aplicaes feitas no sulco de plantio de quantidade superior adubao de manuteno. Quando a lavoura for irrigada, aplicar 10 kg ha-1 de K2O a mais, independente do teor de K extrado do solo.

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Tabela 17. Interpretao da anlise do solo e indicao (kg ha de K2O) de adubao corretiva de K para culturas anuais, conforme a disponibilidade do nutriente em solos de Cerrado.Teor de K 3 (mg/dm ) 15 16 a 30 31 a 40 > 40 25 26 a 50 51 a 80 > 80 Interpretao Corretiva total Corretiva gradual3

-1

Para solos com teores de potssio dentro dessa classe, indica-se adubao de manuteno de acordo com a expectativa de produo. (2) Para solos com teores de potssio dentro dessa classe, indica-se 50% da adubao de manuteno ou da extrao de potssio esperada ou estimada com base na ltima safra. Fonte: Sousa e Lobato (2004).

(1)

CTC a pH 7,0 menor do que 4,0 cmolc/dm Baixo 50 Mdio 25 (1) Adequado 0 (2) Alto 0 3 CTC a pH 7,0 igual ou maior do que 4,0 cmolc/dm Baixo 100 Mdio 50 (1) Adequado 0 (2) Alto 0

70 60 0 0 80 60 0 0

2.3.5.3. Adubao de manuteno Esta adubao visa manuteno, em nveis adequados, de fsforo e de potssio no solo. indicada quando se utiliza integralmente a adubao corretiva (Tabelas 15 e 17), sendo dispensada quando se procede a adubao corretiva gradual (Tabelas 16 e 17). Aplicar 60 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha-1 de K2O, para uma expectativa de rendimento de 3,0 t ha-1 de trigo. Se a expectativa de rendimento for de 5,0 t ha-1 as doses sero de 80 kg ha-1 de P2O5 e 40 kg ha-1 de K2O. A adubao nitrogenada deve ser feita em duas etapas: por ocasio da semeadura e no incio do estdio de perfilhamento, quando inicia o processo de diferenciao da espiga. Este estdio ocorre cerca de 14 dias aps a emergncia das plntulas do trigo. Tanto para o cultivo de sequeiro quanto para o irrigado, aplicar, pelo menos, 20 kg de nitrognio por hectare por ocasio da semeadura. Para o trigo de sequeiro, cujo potencial de rendimento menor que o irrigado, de maneira geral, aplicar 20 kg ha-1, em cobertura, no perfilhamento. Para as cultivares MGS1 Aliana e MGS Brilhante, aplicar 40 kg ha-1 no incio do perfilhamento, se as37

condies de umidade do solo estiverem proporcionando bom desenvolvimento das plantas; esta mesma dose pode ser utilizada para o triticale de sequeiro. Para o trigo irrigado, cujo potencial de produo mais elevado, indica-se dose maior em cobertura, respeitando-se as caractersticas das cultivares em relao a acamamento e s culturas anteriores. A adubao de nitrognio para as cultivares BRS 207 e BRS 210 deve ser de at 100 kg ha-1 de N, enquanto que para a BRS 264, Embrapa 42 e UFVT1 Pioneiro a dose de at 80 kg ha-1, e Embrapa 22 e BRS 254 de at 70 kg ha-1.

2.3.5.4. Controle de chochamento O controle de chochamento (esterilidade masculina) feito pela adio de boro na adubao de semeadura. A dose de boro a aplicar pode variar de 0,65 a 1,3 kg ha-1, o que equivale a aplicar 5,9 a 11,8 kg ha-1 de brax, ou 35 a 70 kg ha-1 de FTE BR 12 (1,8% de boro). O efeito residual do boro de trs anos para a forma de FTE e de dois anos para a forma de brax.

2.4. Inoculao de SementesIndicao da inoculao de sementes de trigo com Azospirillum brasilense de estirpes e concentrao mnima (1x108 clulas viveis/g ou mL) recomendadas pela Relare (Rede de Laboratrios Recomendadores de Estirpes para Produo de Inoculantes). As estirpes recomendadas pela RELARE devem ser consultadas no site www.relare.com.br.

38

3. Classificao comercial de trigoA classificao comercial de trigo (Tabela 18) e a tipificao de trigo (Tabela 19) esto baseadas na Instruo Normativa n 7, de 15 de agosto de 2001, do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), denominada Regulamento Tcnico de Identidade e Qualidade do Trigo, publicada no Dirio Oficial da Unio de 21 de agosto de 2001, Seo 1 ou em legislao que venha a substitu-la.Tabela 18. Classificao de trigo segundo a Instruo Normativa n 7, de 15 de agosto de 2001, do MAPA.Classe Trigo Brando Trigo Po Trigo Melhorador Trigo para outros usos Trigo Durum Alveografia (W) -4 (10 Joules) mnimo 50 180 300 Qualquer Nmero de Queda (segundos) mnimo 200 200 250 < 200 250

Tabela 19. Tipificao de trigo segundo a Instruo Normativa n 7, de 15 de agosto de 2001, do MAPA.Tipo Peso do hectolitro (kg hL-1) (% mn.) Matrias Estranhas Umidade e impurezas (% mx.) (% mx.) Gros danificados por insetos (% mx.) Gros avariados Pelo calor, Chochos, mofados e triguilhos e ardidos quebrados (% mx.) (% mx.)

1 2 3

78 75 70

13 13 13

1,00 1,50 2,00

0,50 1,00 1,50

0,50 1,00 2,00

1,50 2,50 5,00

A classificao comercial estima a aptido tecnolgica de trigo. Na Tabela 20 so indicados usos tecnolgicos de trigo, por produto, com base nos valores de fora geral de glten (W), de relao tenacidade/extensibilidade (P/L) e de nmero de queda (NQ).

39

Tabela 20. Indicaes de caractersticas de qualidade por produto base de trigo.Produto Bolo Biscoitos Cracker Po francs Uso Domstico Po de forma Massas alimentcias W (10 Joules) 50 150 50 150 250 350 180 250 150 220 220 300 > 200-4 (1)

P/L

(2)

(1) (2)

Fora geral de glten, expressa em 10-4 Joules; Relao entre tenacidade (P) e extensibilidade (L).

0,40 1,00 0,40 1,00 0,70 1,50 0,50 1,20 0,50 1,00 0,50 1,20 1,00 3,00

Nmero de queda (segundos) > 150 > 150 225 275 200 300 200 300 200 300 > 250

40

4. Cultivares de trigo e triticaleNas Tabelas 21 a 24, esto relacionadas s informaes gerais das cultivares de trigo e triticale, como cruzamento, obtentor, ano de lanamento, estado onde so indicadas, classe comercial, estatura da planta, reao ao crestamento, teste de germinao na espiga e s doenas. Nas Tabelas 25 a 36 relacionam-se, por Estado e por cultivar, o ciclo e a(s) regio(es) tritcola(s) de adaptao onde (so) indicada(s). Nas Figuras 1 a 5 esto apresentadas as regies homogneas de adaptao de cultivares de trigo e triticale, utilizadas para fins de indicao de cultivares no Zoneamento Agrcola de Risco Climtico do Ministrio da Agricultura e para realizao de ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) de trigo e triticale, para os Estados considerados. As figuras so baseadas nas Instrues Normativas: n 3, de 14 de outubro de 2008 e n 58 de 19 de novembro de 2008. No Anexo 1 esto listados os municpios que compem as regies homogneas de adaptao de cultivares de trigo segundo a Instrues Normativas n 3, de 14 de outubro de 2008.

41

42Obtentor RS, SC, PR RS, PR, MS PR, MS, SP, MG, GO, DF, MT RS, SC RS, SC RS, PR RS, SC, PR MG, GO, DF RS, SC, PR, MS e SP PR, MS, SP, MG, GO, DF SC, PR, MS, SP SC, PR, MS, SP SC, PR, MS, SP SC, PR MG, GO, DF, MT MG, GO, DF, MT, BA RS, SC, PR 2008 2009 2010 2011 EMBRAPA 2003 RS, SC, PR RS, SC, PR, MS, SP RS, SC, PR, MS, SP PR RS, SC Continua... Estado Ano de Lanamento OR/Biotrigo 2006 OR/Biotrigo EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA 2000 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2005 2005 2005 2008 Po Po Po Melhorador Po Po/Brando Brando Po Melhorador Po Po 2000 1986 1987 1999 1999 Po Po Brando Brando Brando Classe Comercial Po Brando Brando (RS) Po (PR) Po Po/ Melhorador Brando

Tabela 21. Relao das cultivares de trigo registradas no MAPA, cruzamento, obtentor, ano de lanamento, classe comercial e Estado(s) em que indicada para cultivo em 2011.

Cultivar

Cruzamento

Abalone

Alcover BR 18-Terena BR 23 BRS 177 BRS 179

BRS 194 BRS 207 BRS 208 BRS 210 BRS 220 BRS 229 BRS 248 BRS 249 BRS 254 BRS 264 BRS 276

BRS 277 BRS 296

ORL93299/3/ORL92171//EMB16/2*OR1/4/ RUBI OCEPAR-16/EMBRAPA-27//OCEPAR-16 SEL. ALONDRA CC/ALD S/3/IAS 54-20/COTIPOR//CNT8 PF 83899/PF 813//F27141 BR 35/PF 8596/3/PF 772003*2/PF 813//PF 83899 CEP14/BR23//CEP17 SERI 82/PF 813 CPAC89118/3/BR23//CEP19/PF85490 CPAC89118/3/BR23//CEP19/PF85490 EMBRAPA 16/TB 108 EMB27*3//BR35/BUCK PONCHO PAT 7392/PF 89232 EMBRAPA 16/ANAHUAC 75 EMBRAPA 22*3/ANA 75 BUCK BUCK/CHIROCA//TUI EMBRAPA 27*3/KLEIN H3247 a 33400//PF93218 OR 1/COKER 97.33 PF 93232/COOK*4/VPM1

BRS 327 BRS Albatroz

CEP 24/BRS 194 PF 940301/PF 940395

BRS Buriti

EMBRAPA 27/KLEIN ORION

Tabela 21. Continuao. Obtentor

Cultivar

Cruzamento

BRS Camboat BRS Camboim BRS Guabiju BRS Guamirim BRS Louro BRS Pardela BRS Tangar

PF 93232 SEL 14 EMB 27*4/KL.Cartucho//PF 869114/BR23 PF 86743/BR 23 EMB 27/BUCK NANDU//PF 93159 PF 869114/BR23 BR 18/PF 9099 BR 23*2/PF 940382

BRS Tarum BRS Timbava BRS Umbu Campeiro CD 104 CD 105

CENTURY/BR 35 BR32/PF 869120 CENTURY/BR 35 ORL 97217//BRS 177/AVANTE PFAU S/IAPAR 17 PFAU S/2*OCEPAR 14//IAPAR 41

CD 106 CD 108 CD 110 CD 111

PG 864/GENARO TAM200/TURACO ANAHUAC 75/EMBRAPA 27 EMBRAPA 27/OCEPAR 18//ANAHUAC 75

CD 112 CD 113

IOC 905/PG 877 EMBRAPA27/OC946

CD 114 CD 115 CD 116 CD 117 CD 118 CD 119

PF 89232/OC 938 OC 926/OC 935 MILAN/MUNIA PF 87373/OC 938 VEERY/KOEL//SIREN/3/ARIVECHI M 92 BRS 49/CDI 0303

Ano de Classe Estado Lanamento Comercial EMBRAPA 2003 Po RS, SC, PR, MS EMBRAPA 2004 Brando RS, SC EMBRAPA 2003 Po RS, SC, PR, MS EMBRAPA 2005 Po RS, PR, MS, SP EMBRAPA 2003 Brando RS, SC, PR EMBRAPA 2007 Melhorador SC, PR, MS, SP EMBRAPA 2007 Po/ SC, PR, MS, SP Melhorador EMBRAPA 2004 Po RS, SC, PR EMBRAPA 2003 Po RS, SC, PR, MS EMBRAPA 2003 Brando RS, SC, PR OR/Biotrigo 2009 Brando RS, SC e PR COODETEC 1999 Melhorador PR, MS, SP COODETEC 1999 Brando RS, SC, PR, MS, SP, MG, GO, DF, MT COODETEC 2000 Melhorador PR COODETEC 2003 Po PR, MS, MG, GO, DF, MT COODETEC 2003 Po RS, SC, PR COODETEC 2003 Melhorador RS, SC, PR, MS, SP, MG, GO, DF, MT COODETEC 2004 Po PR COODETEC 2004 Po RS, SC, PR, MS, SP, MG, GO, DF, MT COODETEC 2004 Po RS, SC, PR, MS, SP COODETEC 2005 Brando RS, SC, PR COODETEC 2006 Melhorador PR, MS, SP COODETEC 2007 Po PR COODETEC 2008 Melhorador PR, MS, SP, MG, GO, DF MT COODETEC 2009 Brando RS, SC, PR Continua...

43

44Obtentor COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC COODETEC EMBRAPA EMBRAPA FEPAGRO FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP FUNDACEP 2006 2009 2004 2006 1996 1982 Melhorador Po Brando Po Po Melhorador 2004 2005 2005 2005 2009 2010 2009 Brando Brando Brando Brando Brando Po Brando RS, SC RS RS, SC, PR RS, SC, PR RS RS,SC,PR,MS RS, SC, PR RS, SC, PR, MS, SP RS, SC, PR, MS RS, SC, PR RS, SC, PR PR SP, MG RS, SC, PR RS, SC, PR RS, SC, PR RS, SC, PR PR, MS, SP, MG, GO MG, GO, DF, MT, BA GO, DF RS, SC RS, SC RS, SC Estado Ano de Classe Lanamento Comercial 2009 Brando 2010 Brando 2010 Po 2010 Pa 2009 Melhorador 1993 Melhorador 1995 Melhorador 1998 Brando 1999 Brando 2002 Brando Continua...

Tabela 21. Continuao.

Cultivar

Cruzamento

CD 120 CD 121 CD 122 CD 123 CD 150 Embrapa 22 Embrapa 42 Fepagro 15 Fundacep 30 Fundacep 40

RUBI/CD 105 ORL 95688 / CD 116 IPR 85 / WT 96168 BRS 177 / CD 108 CD 104/CD 108 VEES/3/KLTOS/PAT 19//MO/JUP LAP 689/MS 7936 SA 9458 BR 32/CEP 21//Ciano 79 PF 85235/SA 8615/5/CEP 8879/4/KLAT/ Soren//PSN S/3/BOW S EMBRAPA 27/CEP 8818 Fundacep 47 CEP 88132/PG 876//BR 34/CRDN Fundacep 50 CEP 88132/PG 876//BR 34/CRDN Fundacep 51 CEP 88132/PG 876//BR 34/CRDN Fundacep 52 BR 32/CEP 21//CIANO 79 Fundacep 300 Fundacep Bravo Rubi/Fundacep 37 Fundacep Campo CEP 889171/PF 869114//OR 1

BR 35/CEP 9291/4/BR 32/3/CNO 79/PF 70354/MUS S BRS 119/CEP 97184

Real Fundacep Cristalino Fundacep Horizonte Fundacep Nova Era Fundacep Razes

CEP88132/PG 876//BR 34/CRDN

IAPAR 78 IAC 24-Tucuru

EMB 27/CEP 24/3/BUCS/FCTS//PF FUNDACEP 85229 VEES/BOWS IAPAR IAS 51/4/SON 64/YAQUI 50E/GB/2*CIANO IAC

Tabela 21. Continuao. Obtentor IAC IAC IAC IAC IAC IAC IAPAR IAPAR IAPAR IAPAR IAPAR IAPAR OR/Biotrigo EPAMIG EPAMIG EPAMIG OR/Biotrigo OR/Biotrigo OR/Biotrigo OR/Biotrigo OR/Biotrigo Fepagro OR/Biotrigo OR/Biotrigo Biotrigo Biotrigo 2007 1999 1999 2005 2008 2002 1996 2004 2007 1984 2004 2004 2010 2010 Po Po Durum Po Po Po Po Brando Po Brando Po Po Po Po 1999 2001 2006 2007 2007 2009 Melhorador Durum Po Po Melhorador Po 2003 2003 2003 2009 2009 Po Po Po Melhorador Po SP SP SP SP SP PR, MS, SP PR PR, MS, SP PR, MS, SP PR, MS, SP PR, MS e SP SP Ano de Lanamento 1999 Estado Classe Comercial Po

Cultivar

Cruzamento

BB/NAC//VEE/3/BJY/COC IAC 370Armageddon IAC 373-Guaicuru FCT//YR/PAM IAC 375-Parintins MRN/BUCS//BLOS/PSNS/3/BUC/PVN IAC 376-Kayabi BUCS/PAVONS//IAC 24 RL6010/5*inia66//IAC 24/IAC 287 IAC 380-Saira CMH75.A.66/SERI/3/BH1146//AA"S"/ IAC 381-Kuara

IPR 85 IPR 902 IPR 128 IPR 130 IPR 136 IPR 144

Marfim MGS 1-Aliana MGS 2-gata1 MGS Brilhante Mirante nix OR 1 Pampeano Quartzo RS 1-Fnix Safira Supera TBIO Pioneiro TBIO Iva

WIN"S" IAPAR30/BR18 OSTE S//CTA S/YAV S VEE/LIRA//BOW/3/BCN/4/KAUZ RAYON//VEE#6/TRAP#1 TAW/SARA//BAU/3/ND 674*2/IAPAR 29 SERI*3/BUC/5/BOW/3/CAR 853/COC//VEE/4/OC 22 ORL 94101/2*ORL 95688 PF 858/OCEPAR 11 STNS/3/TEZS/YAV 79//HUIS PF 8640/BR 24 nix/Taurum/nix CEP-24/RUBI 'S' EMBRAPA 27/BAGULA'S' ORL91274/ORL93807//ORL95711'S' ONIX/AVANTE PF 70100/J 15157-69 PF9099/OR-1//GRANITO PF-9099/OR-1 Cronox/Vaqueano ORL 97061/CD 104

RS, SC, PR MG, GO, DF, MT MG MG, GO, DF RS, SC, PR RS, SC, PR, GO PR RS, SC, PR RS, SC, PR RS RS, SC, PR RS, SC, PR, GO RS PR Continua...

45

46Ano de Lanamento Biotrigo 2010 UFV 2003 UTFPR 2001 OR/Biotrigo 2004 OR/Biotrigo 2008 OR/Biotrigo 2008 Obtentor Classe Comercial Po Po Brando Po Po Brando Estado PR MG, GO, DF SC PR PR RS, SC, PR

Tabela 21. Continuao.

Cultivar

Cruzamento

Supera/nix TBIO Tibagi UFVT 1-Pioneiro VEERY 5/NACOZARI BR 23/BR 38/EMBRAPA 40 UTF 101 BR 18/Alcover Valente OR-1/3/ORL 92171//EMB-16/OR-1 Vanguarda IOR 951/ORL 957/Granito Vaqueano 1 Trigo durum (Triticum durum).

Tabela 22. Relao das cultivares de triticale registradas no MAPA, cruzamento, obtentor, ano de lanamento Estado(s) em que indicada para cultivo em 2011.

Cultivar Cruzamento Obtentor Ano Lanamento BRS 148 YOGUI/TATU EMBRAPA 1998 BRS 203 LT-1/RHINO EMBRAPA 2000 BRS Minotauro OCTO 92-3/Triticale BR 4 EMBRAPA 2005 BRS Saturno PFT 512 / CEP 28-Guar EMBRAPA 2010 BRS Ulisses ERIZO/NIMIR EMBRAPA 2007 Embrapa 53 LT 1117.82/CIVET//TATU EMBRAPA 1996 Fundacep 48 ERIZO-15/FAHAD-3 FUNDACEP 2004 IAC 2-Tarasca TEJON/BGL IAC 1992 IAC 3-Banteng BANTENG S IAC 1998 IAC 5-Canind LT 978.82/ASAD//TARASCA IAC 2006 Iapar 23-Arapoti CIN/CNO//BGL/3/MERINO IAPAR 1987 Iapar 54-Ocepar 4 OCTO NAVOJOA/HARE//BROCHISS/SPY RYE IAPAR 1992 IPR 111 ANOAS 5/STIER 13 IAPAR 2002 Obs.: O triticale indicado para a elaborao de biscoitos, massas alimentcias, pizzas e rao animal.

Estado RS, SC, PR RS, SC, PR RS, SC, PR, MS, SP RS, SC, PR, MS, SP RS, SC, PR, MS, SP RS, SC, PR RS, SC, PR, SP SP SP, MG SP RS, SC, PR, SP RS, SC, PR PR

47

48Ferrugens FolhaRPA/ MR/MS

Tabela 23. Informaes quanto estatura, ao crestamento, a reao germinao na espiga e s doenas de cultivares de trigo indicadas para cultivo no Brasil, segundo o obtentor, 2011.GibeColmo relaBronGluma Marron zeada

Cultivar RPA/MS MS RPA S/MS S S S R MR MS MS MS R S S MR MR RPA S MS MS MS MR/MS MR/MS SI SI S R R R R SI MR MR R R R R SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR/MS MS S S MR MR S S MS S MS MS MS MS S S MS MS MR MR MS MS MS MR MS SI MS SI SI SI SI SI S S S MS R MR S S S SI SI SI SI MR SI SI SI SI MS SI S S MR MR MR SI MR S MR MS MR MS SI SI MR MR MR MR MR MS MS MR MS SI MS S S MS MR MS MS MR S MR MR MR MS MS S SI SI MR MR MR MS S MS MS MS MS S S MR MS MR MS MR S MR MR MR MS MS S SI SI MR MS MR S MS S MS

Germinao na Odio espiga Abalone Md/baixa MR MR/MS MR Alcover Mdia MR MS MR BR 18-Terena Baixa MS S MS BR 23 Mdia R/MR MS S BRS 177 Mdia MR MR/R MR BRS 179 Md/alta R/MR MR MS BRS 194 Md/alta R R R BRS 207 Baixa MS S S BRS 208 Mdia R MS MR BRS 210 Baixa R MS MR BRS 220 Mdia MR S MS BRS 229 Mdia R MR/R MS BRS 248 Mdia R MR MS BRS 249 Baixa MR S R BRS 254 Baixa S MR S BRS 264 Baixa S MS S BRS 276 Mdia MR MR S BRS 277 Mdia MR MR MR BRS 296 Md/alta MR MR R BRS 327 Alta MR MR MR BRS Albatroz Mdia MR MS/S R BRS Buriti Md/alta MR MR S BRS Camboat Baixa MR MS R BRS Camboim Baixa MR MR MR BRS Guabiju Mdia MR MS S Brusone

Estatura Crestade planta mento

Manchas

Vrus mo- VNAC saico(1) MR MS S MS S SI MS SI MR SI MS SI R SI SI SI MR MR MS MS R S R MR MR MS MR S SI SI SI SI MS SI S SI MR MS MR MR MR SI S SI R/MR SI MS SI MS SI Continua...

Tabela 23. Continuao. Ferrugens Folha MR/MS RPA MS MR R RPA MS RPA MR/MS S MS MR MR MS S MR MR MR MR MR MS MR MS MS MR MR SI SI SI R R SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR S MR MS MS MR MR MR MS S S S S MS S S S MS MS S MS S MS MS MS MS SI SI SI MR/MS MS SI SI SI SI S S SI MR SI S SI MR SI SI MR MR MR SI SI MR MR MR S MR MR MR MS MR MR SI MS MS MR MS MS MS MS MS MS MR MS MS MR MS MS MS MS Colmo Giberela Gluma MarronBronzeada

Cultivar

Estatura Crestade planta mento

Brusone

Manchas

BRS Guamirim Baixa BRS Guatambu Md/alta BRS Louro Mdia BRS Pardela Mdia BRS Tangar Mdia BRS Tarum Baixa BRS Timbava Md/alta BRS Umbu Mdia Campeiro Mdia CD 104 Baixa CD 105 Baixa CD 106 Baixa CD 108 Baixa CD 110 Mdia CD 111 Mdia CD 112 Baixa CD 113 Mdia CD 114 Baixa CD 115 Mdia CD 116 Baixa CD 117 Baixa CD 118 Mdia CD 119 Mdia CD 120 Mdia CD 121 Baixa CD 122 Baixa

Germinao na Odio espiga MR MR S/MS R/MR MS R MR MS MS MR S R MR MR R MR MR R MR MS S MR MR MR MR MR/MS MR MS MR/MS MS MR MS MS MS MR/MS MS S MR/MS MS MR MR MS MS MR/MS MS MR MR/MS MS MR MS MS MR MS MS MR MR MS MS MS MS MR MR/MS MS MS MS MS R MR/MS MR SI MR MS MS MS MR MR MR/MS MR

Vrus mo- VNAC saico(1) SI SI S SI S S MS SI MS MS MS SI MR MR MR MR MS/MR MS/MR MR MR S MS MR SI MS MS MR SI S R MR SI MR MR MR MS MS MS MS SI MS MS MR SI MR MS S SI MR SI MS SI MS SI MS SI MR SI MS SI MS SI MR SI MS SI MR SI MR SI MS SI MR SI MR SI MS SI SI SI MS MS SI SI MR MR MS SI MS SI MR SI MS SI S SI MS MS MR SI MS MS MR SI Continua...

49

50Ferrugens Folha MR MR S S S S S MS S S S S MR S MR R S MR S MS SI SI R SI SI SI MS MR/MS S S MS MS SI MR SI SI SI SI SI MS MS/MR SI MS SI MR MS S S MS MS S MS MS MS S MS MS S MR MS MS S R S R S MR S SI SI SI S S R R SI SI SI SI SI SI SI MS S SI SI S MS MS MS MS MS S S MS MR MR S S SI SI SI SI SI SI SI SI SI MS MS SI SI MR MS MR SI MR MR MR SI MR MS MS MS S MS MS MR MR MS MS MS MR MS MS SI MS S SI MR MR MR MR MR MR MR MS Colmo Giberela Gluma MarronBronzeada

Tabela 23. Continuao. Brusone Manchas

Cultivar MS MS MS MS MR MR R R R R R SI MR SI MR MR R R MR R MR/MS R S MS MR/MS MS S MR MS MS S MS MR R

Estatura Crestade planta mento

Germinao na Odio espiga MR MR MR/MS MS MR S MR S R/MR MS MS R MR MR MR MS MS MR MS MR MS MR MS R MR/MS MR MS MS MS R MR S SI Continua...

CD 123 Baixa CD 150 Baixa Embrapa 22 Baixa Embrapa 42 Baixa Fepagro 15 Mdia Fundacep 30 Md/baixa Fundacep 40 Mdia Fundacep 47 Alta Fundacep 50 Alta Fundacep 51 Alta Fundacep 52 Baixa Fundacep 300 Md/baixa Fundacep Md/baixa Bravo Fundacep Mdia Campo Real Fundacep Mdia Cristalino Fundacep Mdia Horizonte Fundacep Mdia Nova Era Fundacep Mdia Razes IAPAR 78 Mdia IAC 24-Tucuru Baixa

Vrus mo- VNAC saico(1) MR SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR MS S S S MS S R S R S R MR MS R MS

Tabela 23. Continuao. Ferrugens Folha S MR/R MR SI SI SI SI MR SI MS SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI S SI MS MS/MR MS MS MS MR MS MR S MR/MS S MR S MR S MR S MR MS/S MS/S SI MS SI S SI MS S SI MS MR MS MS MR SI MS SI S SI MS SI S MS MS S SI SI SI SI SI MS SI SI SI MR SI MS MS MR MS MS S MS MS S MS MR MS MR MS MS MS SI MS S S MR SI MR S S SI MS MS/MR S MS S S MS MS MS MS MR MS MR MS MS MS SI MS MS/S S MR MS MR S S SI MS MR S MS S SI MS S S S S Colmo Giberela Gluma MarronBronzeada

Cultivar

Estatura Crestade planta mento

Germinao na Odio espiga MR S Brusone MR/MS R MR/MS MS MR R MS MR R MR MR MR MR MR S MR MR MS MR MS MS S MS MS/MR S MS MS MS MS MR/MS S/MS MR MS S S AS R S MR R MR MS MR S R/MR MR S MR AS S MR MR MR/MS R/MR MR/MS MS R/MR S RPA MR MR RPA/MS MR MR SI SI

Manchas

Vrus mo- VNAC saico(1) SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI S S SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI MR S MR S S MS MS S MR MS MR SI MR S Continua...

IAC 370Baixa S Armageddon IAC 373Baixa MS Guaicuru IAC 375Baixa MR Parintins IAC 376-Kayabi Baixa MS IAC 380-Saira Baixa MS IAC 381-Kuara Mdia MR IPR 85 Mdia MR IPR 902 Mdia S IPR 128 Mdia MS IPR 130 Baixa MS IPR 136 Baixa S/MR IPR 144 Baixa MS Marfim Baixa MR/MS MGS 1-Aliana Baixa R MGS 2-gata(2) Baixa S MGS Brilhante Mdia R Mirante Mdia MR nix Mdia MR OR 1 Baixa MR Pampeano Md/alta MR Quartzo Mdia MR RS 1-Fnix Alta MR Safira Mdia MR

51

52Ferrugens Folha MS MR MR S S MS MS MS SI SI SI SI SI SI SI SI MS MS MS MR/MS S MS S MS MS SI MR MR S SI SI MS MS SI MR MR SI SI MR MS GibeColmo rela Brusone MR MR MR MR SI MR MR MR Germinao na Odio espiga MS MS MR MR MR/MS MR MR/MS MS/S MS S MS S S MR MR/MS MRBronGluma Marron zeada

Tabela 23. Continuao. Manchas

Cultivar

Estatura Crestade planta mento

Vaqueano Mdia MR MR MR MR SI MS/MR SI MS MS MS/S R/MR MS/MR R=resistente; MR=moderadamente resistente; S=suscetvel; MS=moderadamente suscetvel; AS=altamente suscetvel; RPA=resistncia de planta adulta; T=tolerante; SI=sem informao. (1) Pode ocorrer mosaico em cultivar R ou MR, desde que as condies sejam extremamente favorveis doena. (2) Trigo durum (Triticum durum).

Supera TBIO Pioneiro TBIO Iva TBIO Tibagi UFVT1-Pioneiro UTF 101 Valente Vanguarda

Mdia Mdia Mdia Mdia Baixa Mdia Mdia Baixa

Vrus mo- VNAC saico(1) MR MR SI MS MS MS MR MS MR MR S S MS MR MR/MS MR/MS MR MR SI SI MS MR SI MS MR/MS MR/MS S MS MS MS MR MS

Tabela 24. Informaes quanto estatura, ao crestamento, a reao germinao na espiga e s doenas das cultivares de triticale indicadas para cultivo no Brasil, segundo o obtentor, 2011.Vrus do mosaico1 R MS MR S MR MR SI SI SI SI MR MR MS

Ferrugem Estatura Germinao Mancha Crestamento Odio Giberela de planta na espiga de gluma Folha Colmo BRS 148 Alta T S R R R S R BRS 203 Alta T MS R MR R MS R BRS Minotauro Md/alta T MS R R R MS MR BRS Ulisses Baixa T MS R R R S MR BRS Saturno Alta MT MS R R R S MR Embrapa 53 Alta R MS R R R S MR Fundacep 48 Alta SI SI R R R MS MR IAC 2-Tarasca Alta R S R R R S R IAC 3-Banteng Alta R S R R R S MR IAC 5-Canind Alta MR MR R R R MR MR Iapar 23-Arapoti Alta MR S R R R MS MR Iapar 54-Ocepar 4 Alta MR S R MR MR MR MR IPR 111 Alta T S R MR SI MS MR R=resistente; MR=moderadamente resistente; S=suscetvel; MS=moderadamente suscetvel; AS=altamente suscetvel; RPA=resistncia de planta adulta; T=tolerante; SI=sem informao. 1 Pode ocorrer mosaico em cultivar R ou MR, desde que as condies sejam extremamente favorveis doena.

Cultivar

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4.1. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Rio Grande do SulTabela 25. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de trigo indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Abalone Alcover BR 23 BRS 1771 BRS 179 BRS 194 BRS 208 BRS 276 BRS 277 BRS 296 BRS 327 BRS Buriti BRS Camboat BRS Camboim BRS Guabiju BRS Guamirim BRS Louro BRS Tarum BRS Timbava BRS Umbu Campeiro CD 105 CD 110 CD 111 CD 113 CD 114 CD 115 CD 117 CD 1191

Cultivares tambm adaptadas s condies de solos com potencial para cultivo de arroz irrigado.

Regies Ciclo tritcolas de adaptao M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 P 1e2 T 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 T 1e2 P 1e2 T 1e2 M 1e2 P 1e2 M 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 M 1e2 P 1e2 M 1e2

Regies Ciclo tritcolas de adaptao CD 120 M 1e2 CD 121 M 1e2 CD 122 M 1e2 CD 123 M 1e2 Fepagro 15 M 1e2 Fundacep 30 M 1e2 Fundacep 40 P 1e2 Fundacep 47 M 1e2 Fundacep 50 M 1e2 Fundacep 51 M 1e2 Fundacep 52 P 1e2 Fundacep 300 M 1e2 Fundacep Bravo M 1e2 Fundacep Campo Real M 1e2 Fundacep Cristalino P 1e2 Fundacep Horizonte M 1e2 Fundacep Nova Era M 1e2 Fundacep Razes M 1e2 Marfim P 1e2 Mirante M 1e2 nix M 1e2 Pampeano M 1e2 Quartzo M 1e2 RS 1-Fnix M 1e2 Safira M 1e2 Supera P 1e2 TBIO Pioneiro M 1 Vaqueano M 1e2 Cultivar

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4.2. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Santa CatarinaTabela 26. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de trigo indicadas para cultivo em Santa Catarina, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Abalone BR 23 BRS 1771 BRS 179 BRS 194 BRS 208 BRS 220 BRS 229 BRS 248 BRS 249 BRS 276 BRS 277 BRS 296 BRS 327 BRS Buriti BRS Camboat BRS Camboim BRS Guabiju BRS Louro BRS Tarum BRS Timbava BRS Umbu BRS Pardela BRS Tangar Campeiro CD 105 CD 110 CD 111 CD 1131

Regies tritcolas Ciclo de adaptao M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 M 1e2 P 1e2 M 1e2 P 1e2 T 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P 1e2 P P P T P T M M M P M P P 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2

Cultivar CD 114 CD 115 CD 117 CD 119 CD 120 CD 121 CD 122 CD 123 Fepagro 15 Fundacep 30 Fundacep 40 Fundacep 47 Fundacep 50 Fundacep 51 Fundacep 52 Fundacep Bravo Fundacep Campo Real Fundacep Cristalino Fundacep Horizonte Fundacep Nova Era Fundacep Razes Marfim Mirante nix Pampeano Quartzo Safira Supera Vaqueano

Ciclo P M P M M M M M M M P P M M P M M P M M M P M M M M M P M

Regies tritcolas de adaptao 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2 1e2

Cultivares tambm adaptadas s condies de solos com potencial para cultivo de arroz irrigado.

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4.3. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do ParanTabela 27. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de trigo indicadas para cultivo no Paran, segundo os obtentores, em 2011.Regies Ciclo tritcolas de adaptao Alcover M 1, 2 e 3 Abalone M 1 e 2* BR 18-Terena P 2e3 BRS 194 M 1e2 BRS 208 M 1, 2 e 3 BRS 276 P 1 BRS 277 T 1 BRS 296 P 1e2 BRS 210 M 2e3 BRS 220 M 1, 2 e 3 BRS 229 M 1, 2 e 3 BRS 327 M 1, 2 e 3 BRS 248 P 1, 2 e 3 BRS 249 M 1, 2** e 3** BRS Camboat M 1e2 BRS Albatroz 1, 2 e 3 BRS Louro M 1e2 BRS Guabiju M 1e2 BRS Guamirim P 1e2 BRS Pardela M 1, 2 e 3 BRS Tangar M 1, 2 e 3 BRS Tarum T 1 BRS Timbava M 1e2 BRS Umbu T 1 Campeiro M 1 CD 104 M 1, 2 e 3 CD 105 P 1, 2 e 3 CD 106 M 1, 2 e 3 CD 108 P 1, 2 e 3 CD 110 M 1, 2 e 3 CD 111 P 1, 2 e 3 CD 112 P/M 1, 2 e 3 CD 113 M 1, 2 e 3 CD 114 P 1, 2 e 3 CD 115 M 1e2 CD 116 P 2e3 Cultivar Regies Ciclo tritcolas de adaptao CD 117 P 1, 2 e 3 CD 118 P 1, 2 e 3 CD 119 M 1e2 CD 120 M 1e2 CD 121 M 1e2 CD 122 M 1e2 CD 123 M 1e2 CD 150 P 1, 2 e 3 Fundacep 51 M 1e2 Fundacep 52 M 1e2 Fundacep Bravo M 1, 2 e 3 Fundacep Campo Real M 1, 2 e 3 Fundacep Cristalino M 1, 2 e 3 Fundacep Horizonte M 1, 2 e 3 Fundacep Nova Era M 1 Fundacep Razes M 1, 2 e 3 IAPAR 78 M 2e3 IPR 85 P 2e3 1 IPR 90 M 3 IPR 128 M 3 IPR 130 M 1, 2 e 3 IPR 136 M 1, 2 e 3 IPR 144 P 1, 2 e 3 Marfim P 1, 2 e 3 Mirante M 1, 2 e 3 nix M 1, 2 e 3 OR 1 M 1, 2 e 3 Pampeano M 1 Quartzo M 1, 2 e 3 Safira M 1 Supera M 1, 2 e 3 TBIO Iva M 3 TBIO Tibagi M 3 Valente M 2e3 Vanguarda M 1, 2 e 3 Vaqueano M 1 Cultivar

*, ** Semear em altitudes acima de 600 metros e 700 metros, respectivamente. 1 Trigo durum (Triticum durum).

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59

4.4. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Mato Grosso do SulTabela 28. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de trigo indicadas para cultivo no Mato Grosso do Sul, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Alcover BR 18-Terena BRS 208 BRS 210 BRS 220 BRS 229 BRS 327 BRS 248 BRS 296 BRS Camboat BRS Guabiju BRS Pardela BRS Tangar BRS Timbava CD 104 CD 105 Ciclo M P M M P M M P P M M M M M M P Regies tritcolas de adaptao 3 3e4 3 3 3 3 3e4 3 3 3 3 3 3 3e4 3e4 3e4 Cultivar CD 108 CD 111 CD 113 CD 114 CD 116 CD 117 CD 118 CD 150 Fundacep Bravo Fundacep Cristalino Fundacep Horizonte IPR 85 IPR 128 IPR 130 IPR 136 IPR 144 Cicl o P P M P P P M P M M M P M M M P Regies tritcolas de adaptao 3e4 3e4 3e4 3e4 3e4 3e4 3e4 3e4 3 3 3 3 3 3 3 3

60

61

4.5. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de So PauloTabela 29. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de trigo indicadas para cultivo em So Paulo, segundo os obtentores, em 2011.Regies Ciclo tritcolas de adaptao BR 18-Terena P 4 BRS 208 M 2 BRS 210 M 2, 3 e 4 BRS 220 P 2 BRS 229 M 2, 3 e 4 BRS 327 M 2, 3 e 4 BRS 248 P 2, 3 e 4 BRS Guamirim P 4 BRS Pardela M 2 BRS Tangar M 2 BRS 296 P 2e3 CD 104 M 2, 3 e 4 CD 105 P 2, 3 e 4 CD 108 P 2, 3 e 4 CD 111 M 2, 3 e 4 CD 113 P 2, 3 e 4 CD 114 P 2, 3 e 4 Cultivar Cultivar CD 116 CD 117 CD 118 CD 150 Fundacep Cristalino IAC 24-Tucuru IAC 370-Armageddon IAC 373-Guaicuru IAC 375-Parintins IAC 376-Kayabi IAC 380-Saira IAC 381-Kuara IPR 85 IPR 128 IPR 130 IPR 136 IPR 144 Ciclo P P M P P P M M P P M P/M P M M M P Regies tritcolas de adaptao 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2e3 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2, 3 e 4 2 2 4 2, 3 e 4 2 2e3 2e3

62

63

4.6. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Minas GeraisTabela 30. Informaes quanto ao ciclo e tipo de cultivo das cultivares de trigo indicadas para Minas Gerais, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar BR 18-Terena BRS 207 BRS 210 BRS 254 BRS 264 CD 105 CD 108 CD 111 CD 113 CD 116(1) (2)

Ciclo P M M P P P P P/M P P

Tipo de cultivo(1) Sequeiro

Cultivar CD 117 CD 118 CD 150 Embrapa 22 Embrapa 42 IAC 24-Tucuru MGS Brilhante MGS1 Aliana MGS2 gata2 UFVT1 Pioneiro

Ciclo P M P P P M P P M M

Sequeiro: para altitudes acima de 800 m; Irrigado: para altitudes acima de 400 m. Cultivar de trigo durum (Triticum durum).

Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado

Tipo de cultivo1 Sequeiro e Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Sequeiro Sequeiro Irrigado Irrigado

64

4.7. Indicao de cultivares de trigo para o Estado de Gois e para o Distrito FederalTabela 31. Informaes quanto ao ciclo e tipo de cultivo das cultivares de trigo indicadas para Gois (ao Sul do paralelo 1330S) e Distrito Federal, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Ciclo P M M P P P P P/M P P BR 18-Terena BRS 207 BRS 210 BRS 254 BRS 264 CD 105 CD 108 CD 111 CD 113 CD 1161

Tipo de cultivo1 Sequeiro

Cultivar

Ciclo P M P P P P P M P M

CD 117 CD 118 CD 150 Embrapa 22 Embrapa 42 MGS Brilhante MGS1 Aliana nix Supera UFVT1 Pioneiro

Sequeiro: para altitudes acima de 800 m; Irrigado: para altitudes acima de 500 m.

Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado

Tipo de cultivo(1) Sequeiro e Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Sequeiro Sequeiro Irrigado Irrigado Irrigado

65

4.8. Indicao de cultivares de trigo para o Estado do Mato GrossoTabela 32. Informaes quanto ao ciclo e tipo de cultivo das cultivares de trigo indicadas para o Mato Grosso (ao Sul do paralelo 1330S e a leste do meridiano 56W), segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Ciclo P M M P P P P P/M BR 18Terena BRS 207 BRS 210 BRS 254 BRS 264 CD 105 CD 108 CD 1111 2

Tipo de cultivo(1) Sequeiro Irrigado Irrigado

Cultivar

Ciclo P P P M P P P

CD 113 CD 116 CD 117 CD 118 Embrapa 22(2) Embrapa 42(2) MGS1 Aliana

Sequeiro: para altitudes acima de 800 m; Irrigado: para altitudes acima de 600 m. Indicada apenas para a regio Sul do Estado.

Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado Irrigado Sequeiro e Irrigado

Tipo de cultivo(1) Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado Sequeiro e Irrigado Irrigado Irrigado Irrigado Sequeiro

4.9. Indicao de cultivares de trigo para o Estado da BahiaTabela 33. Informaes quanto ao ciclo e tipo de cultivo das cultivares de trigo indicadas para a Bahia (ao Sul do paralelo 11S e a oeste do meridiano 40W), segundo os obtentores, em 2011.Cultivar Ciclo P Embrapa 22(2)(1) (2)

Tipo de cultivo(1) Irrigado

Cultivar

Ciclo P

Embrapa 42(2)

Tipo de cultivo(1) Irrigado

Para altitudes acima de 600 m Indicada apenas para a regio Oeste do Estado

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4.10. Indicao de cultivares de triticale para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa CatarinaTabela 34. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de triticale indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, segundo os obtentores, em 2011.Cultivar BRS 148 BRS 203 BRS Minotauro BRS Ulisses BRS Netuno BRS Saturno CEP 22-Botucara M Ciclo P P M P P Regies de adaptao PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) Cultivar CEP 23-Tatu CEP 28-Guar Embrapa 53 Fundacep 48 Iapar 23-Arapoti Iapar 54-Ocepar 4 Ciclo M M P M M M Regies de adaptao PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2) PR (1 e 2) SC (1 e 2)

67

4.11. Indicao de cultivares de triticale para os Estados do Paran, do Mato Grosso do Sul e de So PauloTabela 35. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de triticale indicadas para cultivo no Paran, Mato Grosso do Sul e em So Paulo, segundo os obtentores, em 2010.Cultivar BRS 148 BRS 203 BRS Minotauro BRS Ulisses BRS Saturno Embrapa 53 P Ciclo P P M P Regies de adaptao PR (1, 2 e 3) PR (1, 2 e 3) PR (1, 2 e 3) MS (3 e 4) SP (2 e 4) PR (1, 2 e 3) MS (3, 4) SP (2 e 4) PR (1, 2 e 3) MS (3) SP (2 e 3) PR (1, 2 e 3) Cultivar IAC 2-Tarasca IAC 3-Banteng IAC 5-Canind Iapar 23-Arapoti Iapar 54-Ocepar 4 IPR 111 Ciclo P P P M M M Regies de adaptao SP (2 e 4) SP (2 e 4) SP (2 e 4)

PR (1, 2 e 3) SP (2 e 4) PR (1, 2 e 3) PR (1, 2 e 3)

4.12. Indicao de cultivares de triticale para o Estado de Minas GeraisTabela 36. Informaes quanto ao ciclo e regies tritcolas de adaptao das cultivares de triticale indicadas para cultivo em Minas Gerais, segundo os obtentores, em 2010.Cultivar IAC 3-Banteng(1)

Para altitudes acima de 800 m.

Ciclo P

Tipo de cultivo Sequeiro(1)

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4.13. Escalonamento de cultivaresO escalonamento da produo de trigo por meio da utilizao de cultivares de diferentes ciclos, em diversas pocas de semeadura, indicado para reduzir riscos causados por adversidades climticas. No inicio da poca indicada para a semeadura, dar preferncia a cultivares de ciclo tardio enquanto as de ciclo precoce so mais indicadas para o final da poca de semeadura para reduzir riscos com geada no perodo crtico na regio 1.

69

5. Regionalizao para pocas semeadura de trigo e triticale

de

importante salientar que, para fins de crdito de custeio agrcola oficial e de seguro rural privado e pblico (PROAGRO), so vlidas apenas as indicaes constantes nas Portarias do MAPA, disponveis no portal do MAPA e publicadas no Dirio Oficial da Unio. Estas indicaes so revisadas anualmente e esto sob a responsabilidade da Coordenao-Geral de Zoneamento Agropecurio, subordinada ao Departamento de Gesto de Risco Rural, da Secretaria de Poltica Agrcola do MAPA. Para mais detalhes, consultar o portal do MAPA na internet, no caminho: http://www.agricultura.gov.br/ > Servios > Zoneamento Agrcola > Portarias de Zoneamento por UF.

5.1. Estado do Rio Grande do SulA indicao para poca de semeadura em cada municpio do Rio Grande do Sul com aptido para o cultivo de trigo e triticale, segue o estabelecido pelo Zoneamento Agrcola do MAPA para a cultura de trigo no estado, contemplando os solos Tipo 2: com teor de argila entre 15 e 35% e menos de 70% de areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm, e Tipo 3: a) com teor de argila maior que 35%, com profundidade igual ou superior a 50 cm; b) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de areia (textura siltosa), com profundidade igual ou superior a 50 cm.

5.2. Estado de Santa CatarinaA indicao para poca de semeadura em cada municpio de Santa Catarina com aptido para o cultivo de trigo e triticale, segue o estabelecido pelo Zoneamento Agrcola do MAPA para a cultura de trigo no estado, contemplando os solos Tipo 2: com teor de argila entre 15 e 35% e menos de 70% de areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm, e Tipo 3: a) com teor de argila maior que 35%, com profundidade igual ou superior a 50 cm; b) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de70

areia (textura siltosa), com profundidade igual ou superior a 50 cm.

5.3. Estado do ParanA indicao para poca de semeadura em cada municpio do Paran com aptido para o cultivo de trigo e triticale, segue o estabelecido pelo Zoneamento Agrcola do MAPA para a cultura de trigo no estado, contemplando os solos Tipo 2: com teor de argila entre 15 e 35% e menos de 70% de areia, com profundidade igual ou superior a 50 cm, e Tipo 3: a) com teor de argila maior que 35%, com profundidade igual ou superior a 50 cm; b) solos com menos de 35% de argila e menos de 15% de areia (textura siltosa), com profundidade igual ou superior a 50 cm. As pocas de semeadura indicadas para a cultura de trigo e triticale no Paran so as que tm maiores probabilidades de apresentar melhor rendimento de gro conforme o ciclo das cultivares. Historicamente, os perodos de maior probabilidade de geada nas regies tritcolas do Paran tm sua maior freqncia entre 11 a 31 de julho. De modo geral, as cultivares indicadas para o cultivo no Estado tm, no seu ciclo, fator de fundamental importncia na deciso de sua poca ideal de semeadura. Portanto, em locais onde a ocorrncia de geada tem sido mais freqente, especialmente, no Centro, Oeste e Sudeste, nas semeaduras em que a emergncia de trigo e triticale ocorre no intervalo entre 11 de abril a 31 de maio, estas lavouras, provavelmente, estariam espigando durante o ms de julho. Assim, aconselha-se o escalonamento de pocas de semeadura e diversificao de cultivares para uma mesma propriedade rural, mas sempre objetivando que as cultivares atinjam o pleno espigamento at 1 de junho.

71

5.4. Estado do Mato Grosso do SulPara efeito de zoneamento para a cultura de