INFO nº08

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info TRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2006 • Nº 8 • 2 Magazine de informação da Ordem dos Engenheiros REGIÃO NORTE Xavier Malcata, uma aposta ganha na Engenharia Química

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Abril - Junho 2006 Xavier Malcata, uma aposta ganha na Engenharia Química

Transcript of INFO nº08

  • infoTRIMESTRAL | ABR.MAI.JUN. 2006 N 8 2 Magazine de informao

    da Ordem dos EngenheirosREGIO NORTE

    Xavier Malcata, uma aposta ganha na Engenharia Qumica

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    No nmero de Primavera da INFO Magazine prosseguimos o roteiro,iniciado h precisamente dois anos, de entrevistas a colegas dosdiferentes ramos da Engenharia e que se destacaram no exerccio dassuas profisses. O escolhido deste trimestre o engenheiro XavierMalcata, engenheiro qumico de formao e professor catedrtico daUniversidade Catlica Portuguesa e ainda o coordenador do ColgioRegional Norte de Engenharia Qumica da Ordem dos Engenheiros. Asua carreira acadmica e profissional est inteira e intensamenteassociada biotecnologia, sendo um dos responsveis pelo sucesso epela excelncia alcanados pela Escola Superior de Biotecnologia dessauniversidade, da qual o actual director, e pelo Centro de Incubao eDesenvolvimento de Empresas em Biotecnologia, onde exerce o cargode administrador executivo. A seco Perfil Jovem esboa o retrato de uma promessa da EngenhariaAgronmica, de seu nome Sandra Bebiana Carvalho Monteiro, e que foicontemplada com o melhor Estgio de 2005, atribudo pela Ordem dosEngenheiros no seu Dia Nacional e que decorreu, no passado ms deNovembro, em Bragana. Licenciada pela Escola Superior deBiotecnologia da Universidade Catlica, realizou o seu estgio noDepartamento de Qualidade e Segurana Alimentar da CONSAGRA,Consultoria Agro-alimentar, com um trabalho sobre a Implementaodo Sistema HACCP na Indstria Agro-Alimentar. O destaque deste nmero inclui ainda um dossier, elaborado peloColgio Regional Norte, sobre o ensino da Engenharia Civil em Portugal.Com base em informaes e estatsticas disponveis, os seus autoresdesenvolvem uma reflexo cuidada sobre os importantes desafios quetemos pela frente, acadmicos e profissionais, tendo em vista aexigncia de um ensino de qualidade para uma actividade competente.De realar ainda a notcia sobre a 1. edio do Engineers Trophy, umevento organizado, em Ponte de Lima, de 21 a 23 de Abril, e que tevepor objectivo, para alm do indispensvel e salutar convvio, colocar prova a estratgia, a criatividade, a perseverana e o esprito competitivodos mais de 30 de participantes. Objectivo plenamente alcanado e quedever conduzir realizao de uma segunda edio desta iniciativa emtempos prximos.Finalmente, merecem ainda destaque os artigos de opinio dos colegasRicardo Cunha Reis, sobre Inovao ou investir no Futuro, e PatrcioMartins, sobre Internacionalizao, que compromisso?. Ou ainda oambicioso programa de encontros que o Conselho Directivo e osColgios da Regio Norte da Ordem dos Engenheiros vo organizar atao final do ano em diferentes localidades da regio.

    Boa leitura.

    Lus RamosVice-presidente do Conselho Directivo

    ndice4 8Opinio

    Notcias

    Entrevista 1612Vida Associativa20

    Perfil Jovem

    29Destaque

    28Disciplina

    30Engenharia no Mundo

    32Agenda

    Propriedade: Ordem dos Engenheiros Regio Norte.Director: Lus Ramos ([email protected].).Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Lus Leite Ramos, FernandoAlmeida Santos, Maria Teresa Ponce Leo, Antnio Machado e Moura, JoaquimFerreira Guedes, Jos Alberto Gonalves, Aristides Guedes Coelho, Hiplito Camposde Sousa, Jos Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, Antnio FontainhasFernandes, Joo da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, Fernando Junqueira Martins,Lus Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo Pinto Rodrigues, AntnioRodrigues da Cruz, Maria da Conceio Baixinho.Redaco: Ana Ferreira (edio), Liliana Marques, Natrcia Ribeiro e Susana Branco.Paginao: Joel Rocha.Imagens: Arquivo QuidNovi e Getty Images/ImageOne.Grafismo, Pr-impresso e Impresso: QuidNovi. Praceta D. Nuno lvares Pereira, 20 4 DQ 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155.www.quidnovi.pt. [email protected] trimestral: Abr/Mai/Jun n. 8/2006. Preo: 2,00 euros. Tiragem: 12 500exemplares. ICS: 113324. Depsito legal: 29 299/89.Contactos Ordem dos Engenheiros Regio NorteJorge Baslio, secretrio-geral da Ordem dos Engenheiros Regio NorteSede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 4000-425 Porto. Tel. 222 071 300. Fax.222002876. http://norte.ordemdosengenheiros.ptDelegao de Braga: Largo de S. Paulo, 13 4700-042 Braga. Tel. 253269080. Fax. 253269114.Delegao de Bragana: Av. S Carneiro, 155/1/Fraco AL. Edifcio Celas 5300-252 Bragana. Tel. 273333808.Delegao de Viana do Castelo: Av. Lus de Cames, 28/1/sala 1 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522.Delegao de Vila Real: Av. 1 de Maio, 74/1 dir. 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473.

    12 3020

    editorial

    Ficha Tcnica

    Lazer31

  • Poderia iniciar este pequeno artigo de opinio com algunschaves, invocando palavras como inovao ou aindainvestir no futuro, mas no o vou fazer. Irei sim tentar serprtico e conciso em algumas ideias e reflexes que a seguirexponho.Como foi do conhecimento geral, realizou-se em Fevereiroltimo o 6 Congresso Internacional da Segurana, Higiene eSade do Trabalho na FEUP de 23 e 24 de Fevereiro,organizado pela Ordem dos Engenheiros RegioNorte/FEUP/APSET, com uma adeso fora do comum, o quetornou, mais uma vez, aquele evento um verdadeiro sucesso,no s porque intervieram nos seus painis alguns dos maisimportante nomes ligados a esta rea, mas tambm pordiversos factores, entre outros, os que passo a citar:1. um assunto bastante meditico, pois continua averificar-se, apesar de ter vindo a decrescer, uma taxa desinistralidade no trabalho significativa relativamente aoresto da Europa;2. No mbito da construo civil, foram abordadas algumasquestes relativas aplicao da nova regulamentaonomeadamente, o Decreto-lei 273/03 de 29 de Outubro e oDecreto-lei 12/2004 de 9 de Janeiro; 3. E ainda, qual dever ser o perfil do Coordenador deSegurana, ainda no mbito do Decreto-lei 273/03 de 29 deOutubro, de modo ser possvel regulamentar estaactividade.Penso, fundamentalmente, que foi este ltimo ponto quedespertou um interesse generalizado, pois na realidade trata-se da criao de novas profisses que se do pelo nomede Coordenador de Segurana e Sade em Obra e Projectoe de Tcnicos Superiores de Higiene e Segurana noTrabalho e Tcnicos de Higiene e Segurana no Trabalho.Funes ou misses essas obrigatrias na generalidade dasobras de construo civil, pois existem, quase sempre, maisde dois projectistas na realizao de um projecto(Arquitectura e Especialidade) e mais de duas empresas aexecutar uma obra (Empreiteiro e Sub-empreiteiros). E aquesto era: quem que dever desempenhar essa funo?Bom, no irei pronunciar-me sobre esta questo, mas simconstatar que de facto estas duas novas profisses teroobrigatoriamente de existir no ramo da Indstria deConstruo Civil e a pergunta que dever ser feita :

    E a restante indstria, txtil, calado, informtica e outras,no deveriam ter as mesmas obrigatoriedades que aconstruo civil? Ser que se trata de indstrias de 2categoria e de menor importncia?Para se ter uma ideia, qualquer indstria para se manter emlaborao dever ter o chamado alvar. No caso daconstruo civil, existe uma entidade regulamentadorachamada IMOPPI Instituto dos Mercados de ObrasPblicas e Particulares e do Imobilirio, e no caso dageneralidade das indstrias, a entidade regulamentadora o Ministrio da Economia.Ora, de acordo com a Portaria 16/2004 de 10 de Janeiro,regulada pelo IMOPPI, para a obteno das vrias classesde Alvar de Construo Civil a empresa dever ter nos seusquadros os seguintes tcnicos, entre outros:

    Tec. Hig. Seg. Trabalho

    Classes Engenheiro Eng. Tcnico CAP nvel 5 CAP nvel 3

    6 1 1 17 2 2 1 18 4 4 1 29 6 6 2 2

    Nas restantes indstrias, reguladas pelo Ministrio daEconomia, apenas est previsto um Interlocutor eresponsvel tcnico do projecto, pessoa ou entidadedesignada pelo industrial para efeitos de demonstrao deque o projecto se encontra em conformidade com alegislao aplicvel e para o relacionamento com aentidade coordenadora e as demais entidadesintervenientes no processo de licenciamento industrial,conforme mencionado no art. 2 do Decreto-lei 69/2003 de10 de Abril. Sem mais definies relativamente ao perfil ouqualificao acadmica do mesmo, e em temos desegurana e sade no trabalho, devero ser exigidos osservios internos, externos ou mistos, conforme Decreto-lei441/91 de 14 de Novembro.Ora, poder ser legtima a argumentao de que: como aconstruo civil tem uma componente tcnica elevada,dever ter quadros mnimos com competncia especficapara o desenvolvimento dos trabalhos na empresa. E nas

    Inovao ou aindainvestir no futuro

    Ricardo da Cunha Reis, engenheiro civil

    infoPgina 4 OPINIO

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    restantes indstrias no so necessrios esses quadros?Caso o projecto de construo civil no seja bemconcebido, no seu todo, podero estar em risco muitasvidas humanas. E no resto das indstrias no? Como porexemplo a informtica que est, hoje em dia,constantemente presente em todos os sectores deactividade?Mas gostaria de ir mais longe na minha reflexo. doconhecimento geral que qualquer empresa comcontabilidade organizada dever ter um Tcnico Oficial deContas (TOC) ou eventualmente um Revisor Oficial deContas (ROC). Ora estes tcnicos tero como funoprincipal o tratamento dos nmeros numa fase final, ouseja, iro trabalhar com os valores que so debitados pelaempresa em funo do seu desempenho. E ser que essedesempenho ser o ideal, ser que a indstria estar

    munida de quadros tcnicos suficientes, em quantidade equalidade, para que as empresas sejam produtivas emtodas as suas vertentes: comercial, planeamento, gesto derecursos, etc.Na indstria da construo civil, como o quadro mnimo obrigatrio, a probabilidade da empresa conseguir obterum maior desempenho maior. Nas restantes indstrias,infelizmente para todos, a probabilidade muito menor.Termino este pequeno texto, apesar de no o fazer noincio, com as palavras inovao ou ainda investir nofuturo porque disto que o nosso tecido empresarialnecessita, mas para tal dever ter nos seus quadrostcnicos trabalhadores vlidos e qualificados, pois ser estaa mais-valia para vencer as guerras com outros mercadosque esto a proliferar de forma desmedida e muitas vezessem regras.

  • Nos dias de hoje assiste-se, nos meios de comunicao,nos cafs, nos corredores das empresas, a uma discussoabusadora e at arrepiante sobre a crise econmica do pas,sobre o equilbrio oramental, sobre o fraco poder decompra dos portugueses, sobre o dfice da balanacomercial, entre outros temas que fazem a actualidade. Poroutro lado, os especialistas em economia e finanas apelamdiariamente para a conteno da despesa pblica e maisconcretamente para o cuidado na concretizao de grandesobras. Tendo como objectivo a retoma da economia, estesprestigiados especialistas apontam como uma dasprincipais solues a aposta na inovao e na penetraoem novos mercados exteriores, aumentando desta forma asexportaes. Ora, pegando na palavra exportao, pergunto: Paraaumentar as exportaes no ser preciso em primeirolugar que as empresas se internacionalizem? No sernecessrio criar e aproveitar know-how interno dasgrandes realizaes? Motivar para inovar conceitos oumotivar para ganhar um dinheiro extra? No sero precisosdecisores que assumam riscos razoveis? No seroprecisos processos que capacitem a nossa engenhariainterna? No sero precisos mtodos de produo eficazes?No sero precisos mtodos rigorosos de qualidade eprodutividade? No sero precisos mtodos de deciso, deconcepo e de explorao diferentes do que aqueles queat aqui se tm aplicado? No sero precisas receitas deinovao? No ser necessrio mudar o comportamentodas pessoas no seu dia-a-dia? necessrio e determinante criar na nossa cultura umamentalidade diferente por parte da massa empresarial egovernamental porque penso que unnime que noestamos no bom caminho e que se no mudarmos deatitude ir haver desequilbrios na balana comercial nocorrigvel, nem a curto nem a longo prazo. Precisamos de desenvolver a nossa capacidade criativa.Precisamos de aproveitar o que internamente h a fazer,criando, na medida do possvel, uma proteco aosconcorrentes nacionais para desenvolver ou importarmtodos de anlise, investigao e desenvolvimento queenriqueam o pas, pegando por exemplo no que de melhorh em pases superdesenvolvidos. Tomando como exemplo

    o aeroporto da OTA. Na realizao desta grande e estruturalobra para o pas, qual o capital empresarial portugus quevai ser investido ou empregue? Quantas empresasportuguesas de tecnologia vo contribuir com soluesinovadoras, sem ser com a fora da pesada mo-de-obra,nesta infra-estrutura?O pas e as empresas precisam, sem margem para dvidas,de pessoas competentes ao nvel da sua gesto superiorporque assumir o compromisso da internacionalizao assumir a vontade de criar riqueza interna atravs da vendade produtos/solues ao exterior. Assumir ainternacionalizao expandir a nossa tecnologiaexportando o nosso know-how. Assumir ainternacionalizao aceitar riscos inerentes a este tipo denegcio. Para internacionalizar necessrio criarcompetncias diferenciadoras que permitam elevar o nossondice de competitividade global (interno e externo). necessrio determinao por parte da governaoestratgica do pas, para assumir uma engenharia derecrutamento eficaz, virada para o conceito daintermobilidade dos seus colaboradores, dainternacionalizao dos seus conceitos, da globalizao dosseus mtodos produtivos. O pas precisa de um leque deindivduos, onde os engenheiros tm um papelfundamental e preponderante, capazes de pr em prticatodo o seu saber para, em complemento com outrasactividades de gesto estratgica, exportar o conceito dopas que sabe fazer apresentando um imagem moderna,inovadora e de grande valor tecnolgico. Porque no mundoactual s se exporta tecnologia com valores diferenciadores,a exportao no mais do que saber negociar mais-valiasentre duas sociedades/entidades. Capacidade intelectualno falta neste pas, portanto vamos l arregaar asmangas!

    Internacionalizao, que compromisso?

    Patrcio Martins, engenheiro electrotcnico

    infoPgina 6 OPINIO

  • infoPgina 8 NOTCIAS

    Noel Vieira homenageado na FEUP

    No passado dia 8 de Maro, oDepartamento de EngenhariaMecnica e Gesto Industrial(DEMEGI) da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto (FEUP)homenageou o engenheiro Noel Vieira,um dos seus mais antigos professoresconvidados e recentemente jubilado. Do seu vasto currculo destacam-se osvrios anos de ensino e a suaparticipao em diversos projectos derenome internacional, bem como afundao de uma das empresas deprojectos mais bem sucedidas aFASE. Membro da Ordem dosEngenheiros h mais de 25 anos e ex-membro da Comisso de Admisso eQualificao da Ordem dosEngenheiros, Noel Vieira apresentou asua Viso sobre o Sector de Servios deEngenharia em Portugal.Caracterizando a actividade, desde oseu incio at ao momento do sectorde servios de Engenharia, o

    homenageado prosseguiu a suaapresentao fazendo meno a vriosaspectos dos servios de Engenharia,desde o seu enquadramento legal at relao entre empresas euniversidades, destacando que hestudos de ambos os lados. Seriadesejvel um entrosamento maiorentre universidades e empresas. Noel Vieira referiu ainda o papel cadavez mais importante das empresas deservios de Engenharia no futuro, quereconmico quer social do pas, e ovalor crescente desta rea em Portugalque conta, cada vez mais, comprofissionais bastante qualificados.Os engenheiros A. Machado e Moura(vogal da OERN) e EduardoMaldonado (presidente do ColgioNacional de Engenharia Mecnica), emrepresentao, respectivamente, doConselho Directivo da Ordem dosEngenheiros da Regio Norte e dobastonrio da Ordem dos Engenheiros,associaram-se a esta cerimnia. Nofinal da sesso, Noel Vieira recebeudas mos de Machado e Moura umpin de prata, representativo dos 25

    anos de inscrio na Ordem dosEngenheiros e foi igualmentepresenteado pelo director do DEMEGI engenheiro Paulo Tavares Castro com o livro Memrias da FEUP,evocativo das antigas instalaes damesma faculdade na Rua dos Bragas.

    Bons projectos

    Os bons projectos resultam, apenas es, de um trabalho de equipamultidisciplinar simultneo, desde asua raiz. Esta ideia foi defendida porunanimidade entre os vrios engenheiros e arquitectos queprotagonizaram as terceiras Jornadas deDireco e Gesto da Construo. Poroutro lado, neste encontro, realizadorecentemente na sede da OE esubordinado ao tema A importncia deum bom projecto e da suacoordenao, ficou ainda claro que ummau projecto o principal causador deconflitos na construo e poder terconsequncias imprevisveis no seudesenvolvimento. Por seu lado, a OEadvertiu para a importncia dos bonsprojectos, assentes na Especializao deDireco e Gesto da Construo.

    Novas leis da construo em debate

    A Reviso Legislativa do Sector daConstruo foi tema de debate,promovido pela Ordem dosEngenheiros (OE), em mais um dosjantares-debates, inseridos num ciclosobre assuntos ligados Engenhariaportuguesa, no mbito dascomemoraes do 70 aniversrio da

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    OE. Hiplito Ponce de Leo,presidente do Instituto dos Mercadosdas Obras Pblicas e Particulares doImobilirio (IMOPPI), foi o oradorconvidado, tendo abordado os vriosdiplomas sujeitos a uma reformulaopelo Ministrio das Obras Pblicas,Transportes e Comunicaes,nomeadamente A contratao pblicade empreitadas e servios, A revisodo Decreto 73/73, A ficha tcnica dehabitao e O Decreto lei sobre aqualificao profissional doscoordenadores de segurana em sedede projecto e obra. Na sede da OE eperante uma plateia de cerca de umacentena de engenheiros, Ponce deLeo defendeu ainda uma revisocuidadosa da Lei dos alvars.

    Estabilizao na habitao nova

    O Instituto Nacional de Estatstica(INE) divulgou, no passado dia 11 deAbril, um relatrio sobre o ndice decustos de construo de habitaonova. Em Fevereiro registou-se umcrescimento de 3,6%, no Continente,face ao perodo homlogo do anopassado, sendo que o mesmo ndiceestabilizou relativamente ao msanterior. Segundo o INE, estecrescimento deve-se proporcionalidade entre a aceleraodo crescimento da componente demateriais (em o,1%) e o abrandamentoda mo-de-obra.

    Centro de Engenharia da Maia oficializado

    Jos Socrates presidiu, no passado dia18 de Abril, ao lanamento oficial do

    Centro de Engenharia do Centro Para aExcelncia e Inovao na IndstriaAutomvel (CEIIA-CE). Com sede naMaia, esta infra-estrutura tem comoobjectivo o desenvolvimento deprodutos de valor acrescentado para osector automvel. Apesar dacerimnia, a CEIIA-CE comeou alaborar em 2005 e, em pleno, no inciodo ano. Com uma rea de 4109 metrosquadrados, o centro encontra-se nasinstalaes da Tecmaia e, em 2007,conta triplicar o nmero deengenheiros empregados queinicialmente era de 20. A realizao deprogramas completos solicitados porclientes ou parceiros, desde o designat produo, para desenvolvimentode veculos de nicho ou pequenassries destacam-se entre as actividadesdesenvolvidas pelo CEIIA.

    Siemens no Qatar

    A construo de um terminalaeroporturio temporrio no Quatar

    est na base de um contratocelebrado entre a Siemens Portugal eaquele pas, num investimentosuperior a 20 milhes de euros. Assolues a exportar, como ossistemas de raio-X para controlo debagagens e de deteco de metais eexplosivos para passageiros, serocriadas por engenheiros nacionais. Avenda de know-how portugusresulta numa estrutura que, segundoum comunicado emitido pelaempresa, um produto directo doSiemens Capacity Plus, um conceitocriado pelo Operating GroupIndustrial Solutions and ServicesPortugal.

    Licenciamentos dos edifcios diminuem

    No ms de Fevereiro, assistiu-se a umdecrscimo do nmero delicenciamentos dos edifcios face aoano anterior. Uma quebra registada emtodas as regies do pas. De acordo

  • infoPgina 10 NOTCIAS

    com dados revelados pelo InstitutoNacional de Estatstica, entre asvariaes mdias negativas destacam-se as regies da Madeira, com menos15,6%, de Lisboa, com menos 11,2%, edo Alentejo, com menos 10,1%. Nototal, 75,9% destinaram-se aolicenciamento de construes novas,83% dos quais aplicados habitaofamiliar.

    Nova ponte sobre o Douro

    O engenheiro Ado da Fonseca deverser o autor da nova ponte que ligar oPorto a Gaia. Esta stima travessiasobre o rio Douro, orada em 10,5milhes de euros, ser pedonal e

    situar-se- a cerca de 500 metros daponte D. Lus I, a jusante da Praa daRibeira (no Porto) e do LargoSandeman (em Gaia). Ocupando umarea total de 1750 metros quadrados, aponte suspensa tem cinco metros delargura e 350 metros de comprimento.O tabuleiro, em ao, com o pavimentoem madeira em deck, ficar a umacota de cerca de 12 metros do rio. Ovo da travessia ter 202 metros eficar ao mesmo nvel do tabuleiroinferior da ponte de D. Lus I, porforma a assegurar a serventia do canalde navegao. O mesmo vo ficaralteado, na sada da margem do Porto,decrescendo depois at margemgaiense, onde ser implantado o nicopilar em ao da ponte. De resto, oacesso nova ponte (a partir de Gaia)far-se- atravs de uma rampa com 4%

    de inclinao, enquanto do ladooposto a rampa ter uma inclinao de10%, qual tambm se poder acederde elevador.Alm de Ado da Fonseca, responsvelpela concepo da ponte e dodesenvolvimento da componente dasestruturas, a equipa de trabalhoenvolvida no projecto integra ainda osengenheiros Matos Fernandes(fundaes), Elsa Caetano (estruturas),lvaro Cunha (comportamentodinmico da ponte) e Veloso Gomes(hidrulica fluvial). Uma fotografia da ponte Pnsil, daautoria de Domingos Alvo, e umaoutra imagem representativa daactividade porturia da ribeira do Portodo sc. XIX serviram de inspirao aoengenheiro Ado da Fonseca para aconcepo da nova ponte, cuja

  • Pgina 11info NOTCIAS

    integrao paisagstica e serviosespecializados de arquitectura foramassumidos por lvaro Siza.

    O novo IMOPPI

    Instituto da Construo e doImobilirio a nova designao doInstituto dos Mercados de ObrasPblicas e Particulares (IMOPPI). Aalterao do nome insere-se noPrograma de Reestruturao daAdministrao Central do Estado,depois da nova estrutura do Ministriodas Obras Pblicas ter sido aprovadaparcialmente em Conselho deMinistros. A reviso dos estatutos doorganismo liderado por Ponce de Leoestar na base destas alteraes.

    Concurso na REFER

    O passado dia 2 de Maio foi a datalimite estipulada pela REFER para aentrega das propostas de trabalho paraas obras na Linha do Norte, avaliadasem 3,867 milhes de euros. As obrascontemplam a supresso daspassagens de nvel nos quilmetros59/279,59/733 e 648 da Linha doDouro, no concelho de Marco deCanaveses (no distrito do Porto).

    Reabilitao da baixa do Porto

    O Salo Ibrico do MercadoImobilirio e Turismo Residencial, quedecorreu at ao passado dia 26 deMaro, serviu de pretexto para aSociedade de Reabilitao Urbana doPorto (SRU) sublinhar o papel da Porto

    Vivo no processo de renovao dabaixa da cidade. Uma interveno quej se iniciou na Praa de Carlos Albertoe que se estender, a partir deOutubro, em algumas reas daAvenida dos Aliados e nas zonas deMouzinho da Silveira e do Infante. Afase inicial dos trabalhos rondar osdois mil milhes de euros, a crer nasntese do masterplan da reabilitaourbana e social da baixa portuense,apresentada no ano passado.Segundo dados da SRU, cerca de 40%das casas situadas no centro histricodo Porto e mais de 25% do total deedifcios encontram-se devolutos.

    Primeiro parque empresarial de Gaia

    12,5 milhes de euros o investimentoprevisto para a construo da novoParque Tecnolgico de Gaia, quedever ficar concludo em 2008. Umprojecto comparticipado at 70% peloPrograma de Incentivos Modernizao da Economia e quecontar como parceiros com asuniversidades do Porto e de Aveiro ecom as empresas municipais locais.Os empreendimentos de So Flix daMarinha, Sandim e Brandariz-Perosinho so as trs novas estruturasapresentadas pela Cmara Municipalde Gaia com vista a concentrar asdiversas unidades industriaisdispersas.

    SICO 2006 recebe Portugal

    Entre os prximos dias 21 e 25 deJunho, Portugal participa na SICO2006, a Feira de Construo da Galiza,

    organizada pela Associao dePromotores Imobilirios de Pontevedra(APROIN). Este encontro, consideradoum dos mais importantes do sector naPennsula Ibrica, visa incrementar ointeresse e facilitar o investimento nomercado da construo da Galiza,sendo que Portugal poder desde logobeneficiar do factor da proximidade.De resto, a participao nacional nestecertame ser activa, j que alguns dosapoios institucionais so portugueses,como o caso da AssociaoPortuguesa dos Comerciantes deMateriais de Construo (APCMC).

    Primeira estao GPS do Norte

    No dia 4 de Julho, os engenheirosSandra Carvalho, da CM de Penafiel,Helena Kol, do Instituto GeogrficoPortugus, e Lus Santos, da LeicaGeosystems, presidem a uma sessoorganizada pelo Colgio Regional deEngenharia Geogrfica que ter lugarna sede da OERN e versar sobre aestao GPS permanente da CmaraMunicipal de Penafiel.O sistema GPS hoje largamenteutilizado em aplicaes da topografiae da geodesia, que requerem umposicionamento de grande preciso.Esta estao, a primeira do gneroinstalada na regio Norte,disponibiliza correces diferenciaispara utilizadores do sistema GPS. Sodesta forma facilitados osprocedimentos de aquisio deinformao geo-referenciada degrande rigor, fundamental actividadede uma cmara municipal. Osoradores convidados iro fazer umaexposio dos diferentes aspectostcnicos da instalao e operaodaquela estao.

  • Para Xavier Malcata, os engenheiros qumicos acabampor ter uma viso de conjunto integrador que osdiferencia das outras engenharias, que so maisespecficas para o produto e o processo

    Xavier Malcata, engenheiro qumico

    infoPgina 12 ENTREVISTA

    Engenheiro qumico de formao, Francisco Xavier DelgadoDomingos Antunes Malcata h muito deixou de dedicar-seapenas s pesquisas laboratoriais para abraar outrasactividades que o ocupam a tempo inteiro. Professorcatedrtico da Universidade Catlica Portuguesa,administrador executivo do Centro de Incubao eDesenvolvimento de Empresas em Biotecnologia,coordenador do Colgio de Engenharia Qumica na Ordemdos Engenheiros Regio Norte (OERN), delegadonacional Comisso Europeia na Food Quality and Safety,director da Escola Superior de Biotecnologia, responsveladministrativo de duas associaes tecnolgicasrecentemente criadas, editor de duas novas publicaes daOrdem dos Engenheiros-Regio Norte Rodrigo Guedes deCarvalho: um projecto, um percurso, um paradigma eEngenharia Qumica: uma engenharia de interface(s) eautor de vrios artigos e trabalhos so algumas das suasactividades profissionais que preenchem o seu interminvelcurrculo. Xavier Malcata considera que um desafio chamapor outro e enfrenta-os de forma arrebatadora, com omesmo tipo de abertura e de vontade. No entanto,considera umas actividades mais motivantes do que outras:H umas que me do um gosto interior pessoal, que

    compensam outras funes que no me do umasatisfao to grande. Mas todas do-me paixo. Destaforma, rev-se nos desenvolvimentos e resultados dessasactividades e at nos que os outros que com ele colaboramtambm alcanam, pois so para mim um orgulho pessoalenorme, sendo a principal recompensa que consigorecolher da minha interveno. A ideia de ser engenheiro qumico acompanhou desde cedoXavier Malcata. Na escola secundria sabia bem quais ospassos a seguir em termos profissionais. Embora tivessenotas elevadas para optar por outro curso superior, como,por exemplo, Medicina, da preferncia de seu pai, queinsistiu para que seguisse esse curso em vez de EngenhariaQumica. Mas respondia-lhe sempre que a sua vocao eraEngenharia Qumica, como explica: Uma vocaoreforada pela influncia importante das minhasprofessoras da escola. Elas mostraram que a qumica, que

    A qumica a essncia da vidaA qumica a essncia da vida

  • info Pgina 13ENTREVISTA

    uma lgebra especial, em que dois mais dois no sonecessariamente quatro, est na base de tudo o queacontece no nosso mundo e, em particular na vida. Sereparamos bem, a qumica a essncia da vida, umconjunto de reaces, de transformao de molculas comtomos, que se vo associando de maneiras diferentes, e seisso se for fazendo de forma controlada, integrada ecoordenada, acabamos por conseguir um conjunto decompetncias e de funes a que ns globalmentechamamos vida e isso sempre me fascinou. Por outro lado,a Engenharia fsica muito prtica. Sempre me dei muitobem nestas reas, com uma capacidade de abstraco queter vindo das minhas razes familiares, visto que a minhame licenciada em Matemtica e na minha formaoenquanto pessoa sempre tive uma componente muito fortenessa disciplina. Esta base das cincias que lida com afsica, que a cincia mais distintiva da Engenharia. Foramestas duas componentes que acabaram por motivar desdemuito novo Xavier Malcata no sentido de seguir EngenhariaQumica, tendo hoje a certeza absoluta que fez a apostacorrecta. Terminou a licenciatura em Engenharia Qumica, em 1986,na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, na

    poca ainda na Rua dos Bragas. De seguida, foi contratadocomo assistente estagirio da Escola de Biotecnologia, queainda se encontrava numa fase inicial. Esta foi umaoportunidade que aceitou de braos abertos, sabendo quelhe iria dar a possibilidade de crescer e abrir horizontes queno teria tido nas ofertas que entretanto ocorreram. De 1988 a 1992, frequentou a Universidade de Wisconsin,em Madison (Estados Unidos da Amrica), onde concluiu odoutoramento em Engenharia Qumica, mas j na interfacecom a rea dos alimentos. A a sorte voltou a bater-lhe porta, pois teve a possibilidade de frequentar um dosdepartamentos de Engenharia umica mais conceituadosdo mundo.Esta deslocao foi benfica em vrios aspectos. Primeiro,porque esteve afastado do seu meio usual, que o Porto(no a sua cidade-natal, pois nasceu em Malange, emAngola), alargando-lhe horizontes; depois, porque permitiu-lhe contactar com o pas mais desenvolvido do mundo,designadamente nas componentes cientfico-tecnolgicas.

    Engenheiros portugueses entre os melhores do mundoMesmo tendo sido uma experincia nica nos quatro anosque ficou nos Estados Unidos, Xavier Malcata nunca

    Texto de Ana Ferreira . Fotos de Alfredo Pinto

  • Xavier Malcata, engenheiro qumico

    infoPgina 14 ENTREVISTA

    colocou a hiptese de no regressar a Portugal por vriosmotivos: os afectos e sobretudo a vontade de ensinar osoutros a fazer melhor. Se, por um lado, Xavier Malcata incentiva as deslocaesdos seus estudantes como enriquecimento da suaformao, por outro, defende o regresso e a transmissodos seus onhecimentos a outros portugueses. O que opreocupa que, uma vez l fora, dificilmente as pessoasregressam a Portugal. Hoje fala-se muito da fuga decrebros para o exterior e, de facto, o que acontece quetemos massa cinzenta muito boa no pas. Temos uma boacapacidade de aprendizagem, temos pessoas muitocompetentes, mas infelizmente muitas vezes no lhesdamos condies de realizao pessoal e profissional. Na opinio do engenheiro qumico, no h um tecidosocioeconmico que consiga absorver essas pessoas e assuas competncias, de forma a ser motivador e a garantirperspectivas de carreira. Para ele, o desafio est na respostaa esta questo: Se eles vingam l fora, porque no vingamem Portugal se lhes dermos condies? Temos de os fazerregressar para trazer ensinamentos e novas formas depensar mais aberta, pragmtica e sistemtica, para que emrede tenham fora e contribuam para essa massa crticanecessria para que o nosso pas caminhe para a frente.O que provoca esta situao, segundo a sua opinio, quevivemos num pas que tem dificuldade em agir. um pasem que se for forado a fazer alguma coisa at capaz de ofazer, mas preciso chegar a esse ponto. um pas quedificilmente toma iniciativas e quem as toma normalmenteno bem visto pelos seus pares. Portugal o contrriodos Estados Unidos, onde se premeia o empreendedorismoa todos os nveis. Curiosamente, nesse pas existemprmios de empregado do ms nas cadeias de fast food.Ns no incentivamos aqueles que se destacam dosoutros pela positiva, porque se acha que esses voconstituir uma ameaa aos que fazem menos, explica. Oengenheiro qumico quando se refere postura actual dosportugueses reporta-se atitude do Velho do Restelo queLus de Cames cantava na sua obra pica h cinco sculosatrs: a vontade de ir contra aqueles que querem ir maislonge. Temos uma perspectiva pessimista e noimpulsionamos quem se evidencia pela positiva e enquantono mudarmos essa postura, que obviamente exigegeraes, no vamos ser capazes de estar altura de pasesmais desenvolvidos, que h muito tempo enveredaram poressa via. No de agora que Xavier Malcata faz questo de salientaro seu ponto de vista em relao a esta matria. No sente,porm, que est sozinho a clamar no deserto, pois outraspessoas manifestam publicamente ideias idnticas, masmuito ainda h a fazer. A comear por descobrir asrespostas a estas perguntas: Agora que as fronteiras seabriram, agora que estamos integrados no peloto da

    frente a nvel mundial que a Unio Europeia, agora quetemos financiamentos especficos para modernizar eacompanhar os outros, porque no somos um caso desucesso como outros pases tm sido, como a nossavizinha Espanha? O que vem de fora que bom e nssomos uns coitadinhos, mas no conseguimos porqu?Somos feitos de uma massa gentica diferente e de piorqualidade? Para ele, a organizao e a vontade de o fazer,que tem de comear por todos, esto na base destesproblemas, sob o lema think globally, act locally (pensaglobalmente, actua localmente). Alm disso, osportugueses, na sua opinio, tambm tm um problemade auto-estima.

    Engenharia Qumica, a mais globalizante das engenhariasPara Xavier Malcata ser engenheiro em Portugal um desafio,que vai ser cada vez maior. Aqueles que so engenheiros, emparticular os engenheiros qumicos, tm pela frenteoportunidades que no devem descurar e para as quais sedevem treinar devidamente. Na sua opinio, a Biotecnologiaconstitui claramente um manancial de oportunidades para ainterveno dos engenheiros qumicos e d como exemplo oseu prprio percurso profissional: comeou como engenheiroqumico na verso mais clssica e hoje est completamenteconvertido e operacional na rea da Biotecnologia. A formao em Engenharia foi para mim qualquer coisa deestruturante, pois aprendi a pensar de forma racional epragmtica. Como costumo dizer, ser engenheiro no meramente ter um diploma que se recebe ao fim de cincoanos de formao. muito mais do que isso: pensar comoum engenheiro, funcionar como um engenheiro. Serengenheiro uma forma de estar na vida. isto que tentoensinar aos meus alunos. Digo-lhes que o que aprenderamno chega, pois tem de ser operacionalizado no mundo real eno ideal, num mundo onde faltam sempre dados e onde osproblemas so quase sempre imprevisveis. Comoengenheiros de formao j tm as ferramentas, mas tm deaprender a pensar de forma realista adaptada situao, massobretudo de modo eficiente. Um engenheiro deve fazermuito bem a gesto do tempo, ou seja, mesmo que sejapossvel arranjar uma soluo perfeita ou quase perfeita, seessa demorar muito tempo ou tempo infinito no til paraningum. muito importante para quem se est a formar emEngenharia que fique com esta ideia.Xavier Malcata defende que dentro das especializaes emEngenharia, a Qumica a mais globalizante, devido formacomo feita a abordagem, isto , os engenheiros qumicosnos currculos mais clssicos tocam num conjunto muitovariado de reas e portanto acabam por ter uma viso deconjunto integrador que os diferencia das outras engenharias,que so mais especficas para o produto e o processo. Paraele, a Engenharia Qumica tem de tudo um pouco e no poracaso a grande percentagem de engenheiros qumicos que

  • info Pgina 15ENTREVISTA

    ocupam lugares de chefia em relao total populao deengenheiros em Portugal. Este um dos pontos que estou atentar desenvolver e ser um dos contributos que pretendodeixar desta minha passagem enquanto coordenador doColgio Regional de Engenharia Qumica da Regio Norte,diz o engenheiro qumico. E acrescenta: O esprito colectivo muito importante e talvez um dos soft skills que maisprecisamos em Portugal um certo tipo de auto-estima declasse. Compreender que estar nesta rea no apenasnecessrio para uma postura exigente e reivindicativa peranteterceiros, mas muito mais do que isso: sobretudo terconfiana em ns prprios enquanto cidados eprofissionais.

    O grande desafio da Engenharia Qumica vai passar pelasferramentas da BiotecnologiaO sculo XXI o da biologia, tal como o sculo XX foi o dafsica e o sculo XIX o da qumica. E quando se trata dabiologia consideram-se ferramentas que se baseiam na vida eisso que a Biotecnologia. Actualmente um engenheiroqumico tem de saber lidar de forma proficiente com estasferramentas e, por isso, sendo eu engenheiro qumico deformao e estando frente de uma escola de Biotecnologia,trata-se de um desafio face a uma rea que aparentementeseria nova, mas que no fundo a Engenharia Qumica inclui, talsignifica lidar com os problemas da bioremediao (ou aresoluo de muitos problemas ambientais a posteriori), massignifica tambm o desafio ainda maior dos processoslimpos, ou seja, dos que no so poluentes, e que por issotipicamente recorrem a ferramentas da Biotecnologia. O grande desafio da Engenharia Qumica vai passar pelasferramentas da Biotecnologia, por aquela forma deimplementar processos que replica o que a natureza faz e quetem vindo a fazer h muito tempo. Hoje em dia, percebemoso que acontece e conseguimos manipular essas ferramentas.Quanto postura de um cidado comum, Xavier Malcataaponta que todos tm a obrigao de participar todos os diasnos processos que estejam ligados ao ambiente, alimentao, etc. Contudo, tm de ser treinados e motivados.Educao a palavra-chave para o engenheiro. Tal como nose sabia reciclar lixo at h alguns anos atrs e hoje em diareciclar faz parte do lxico dirio dos cidados. Alm do ambiente, os hbitos alimentares tambm opreocupam. Afirma que a dieta mediterrnica, rica emvegetais, produtos frescos e peixe joga a nosso favor, mas queinfelizmente est-se a perder cada vez mais em favor da fastfood, devido ao acelerado ritmo de vida dos portugueses. Contrariamente, o conceito de slow food, valoriza o retorno sorigens em relao alimentao. O acto da pessoa sealimentar muito importante a nvel nutricional e da sade,pelo que deve ser muito bem pensado o que o menu, mastambm um momento social, de convivncia. Temos derecuperar estes contributos. Felizmente, a nova gerao de

    chefes de culinria j comeou a recuperar o que era atradio alimentar portuguesa e a riqueza dos seusingredientes, dando-lhes o que faltava para ser apelativa auma populao mais urbana e mais exigente. (...) A sopa, porexemplo, que era tradicional, est a ser recuperada e j umsucesso, sendo que cadeias de fast food esto a apostar nasopa e na fruta fresca. O futuro olhado com optimismo. Sou um optimista pornatureza e se assim no fosse no conseguia ter esta foraanmica para estar sempre a lutar contra a corrente num pasque em vez de nos ajudar a crescer nos cria entraves eempecilhos.

  • Engenharia Civil Alguns Indicadores

    infoPgina 16 DESTAQUE

    Pretende-se abordar neste artigo, de forma sinttica, asquestes relativas formao em Engenharia Civil e situao do exerccio profissional dos Engenheiros Civis. Para o efeito, apresentam-se alguns indicadores relativos aonmero de escolas, vagas e alunos admitidos, mdias deacesso, relao entre cursos acreditados e no acreditados,e evoluo do nmero de diplomados.Relativamente aos Engenheiros Civis membros da OE,apresentam-se alguns indicadores relativos sua actividadeprofissional.

    EscolasO Sistema de Ensino portugus, em termos de licenciaturasem Engenharia Civil, oferece no subsistema do Ensino Pblicodez instituies de Ensino Universitrio, das quais sete soacreditadas pela OE e treze instituies de Ensino Politcnico,sendo uma acreditada. No subsistema do Ensino No Pblicoexistem seis universidades de Ensino Particular e Cooperativoe a Universidade Catlica Portuguesa. Nenhum destes cursos acreditado pela Ordem dos Engenheiros.

    Evoluo do nmero dos diferentes cursos que conferem licenciatura

    em Engenharia Civil

    Vagas por escolaO nmero total de vagas das Escolas Universitrias ePolitcnicos que leccionam Engenharia Civil manteve-se emcrescimento entre 2000 e 2002 (2130 e 2310respectivamente), passando a decrescer a partir desta data,verificando-se uma diminuio de cerca de 150 vagas, entre2002 e 2005. Deste nmero, os cursos acreditados representam 45% dototal de vagas em 2005/2006, tendo as redues acimareferidas ocorrido sobretudo nos cursos da UBI (Universidade

    da Beira Interior), UM (Universidade do Minho) e da UTAD(Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro). No querespeita aos cursos no acreditados de salientar ocrescimento do nmero de vagas no perodo de 2000 e 2002,passando a sua importncia de 52% para 55%. A partir de2002 no se verificaram alteraes significativas.

    Evoluo do nmero de cursos que conferem licenciatura em Engenharia

    Civil por tipo de Escola

    Exigncia no acesso nota mnimaPela primeira vez no ano lectivo 2005/2006 noingressaram no Ensino Superior estudantes com notas decandidatura negativas, nas disciplinas de Matemtica eFsica, indiciadoras de uma preparao deficiente nasmatrias nucleares para um curso de Engenharia Civil.Constata-se que a introduo deste critrio afectou muitomenos os cursos acreditados pela OE do que os cursos noacreditados do Ensino Universitrio e Politcnico, j que erafrequente alguns destes estabelecimentos admitirem alunoscom classificao inferior a 9,5/20.

    Nota Mnima no acesso a cursos acreditados

    Colgio Regional de Engenharia Civil

  • info Pgina 17DESTAQUE

    Nota Mnima no acesso a cursos no acreditados

    Relao vagas/colocadosNo ano lectivo 2005/2006, atravs do concurso nacional deacesso para ingresso no Ensino Superior Pblico, foramabertas 1835 vagas, das quais 53% em cursos acreditados e47% em cursos no acreditados. Dados que no incluem asvagas e os admitidos das escolas privadas, que sedesconhecem.Na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensinosuperior pblico foram preenchidas 67% das vagas emcursos acreditados e 33% nos cursos no reconhecidos pela OE. As Universidades que preencheram totalmente as vagas na1. fase de colocaes foram as do Porto, a Tcnica e a Novade Lisboa, mesmo com a imposio da nota mnima de 9,5valores.

    Relao nmero de vagas e alunos admitidos em cursos acreditados

    e no acreditados

    DiplomadosEntre 2000/2001 e 2003/2004, o nmero total de diplomadosem Engenharia Civil teve uma tendncia crescente, como sepode verificar pelo respectivo grfico. No ano lectivo

    2000/2001 houve 1104 diplomados e, no ano lectivo2003/2004, houve 1783 no total, ou seja, um crescimento de61,5%. No que se refere aos cursos acreditados, o nmero dediplomados cresceu 47% enquanto naqueles que no soreconhecidos pela OE o aumento foi de 81%.Analisando a evoluo do nmero de diplomados por escolasverifica-se que as Universidades do Porto, Coimbra, Tcnicade Lisboa, a Nova de Lisboa e o ISEL apresentam um maiornmero de diplomados. Nos cursos no acreditados, o ISEP o instituto que mais contribuiu para o aumento do referidonmero de licenciados em Engenharia Civil.

    Evoluo do nmero de diplomados em Engenharia Civil

    Os Engenheiros Civis em nmeroA outorga do ttulo de Engenheiro Civil uma prerrogativada OE. Sintetiza-se no organograma, em baixo, de formasimplificada o percurso mais frequente e a progresso dosEngenheiros Civis na Ordem.

    Vias de admisso e qualificao na Ordem dos Engenheiros

  • infoPgina 18 DESTAQUE

    No que respeita s candidaturas a membros da OE, porparte de licenciados oriundos de cursos no acreditados noperodo de 2002 a 2005, o acrscimo de candidatos aexame foi superior a 200%, donde resultou um aumentonas admisses OE por esta via at 2004. Em 2005, apesardo maior nmero de candidatos, o nmero de admitidossofreu um decrscimo de 47%.Quanto importncia da Especialidade de Engenharia Civilna OE, salienta-se que esta se distancia das restantes,correspondendo-lhe o maior nmero de membros: 13031,em 2004, o que representa cerca de 40,7% dos membrostotais da OE.

    Exames de admisso a OE, Especialidade de Engenharia Civil

    A maioria dos Engenheiros Civis membros da OE (87,2%)tm qualificao profissional de Membro. 10,2% tm aqualificao de Membro Snior e 0,6% de MembrosConselheiros. O ttulo de especialista foi atribudo a 3,2%dos membros.Constata-se que os Engenheiros Civis, membros da OE,residem principalmente na Regio de Lisboa (41,8%) e emmenor grau na Regio do Porto (18,7%). Analisando aRegio de Trabalho, verifica-se uma tendncia semelhante delineada para a Regio de Residncia, o mesmoacontecendo com o nmero de inscritos em cada uma dasRegies (Sul48,8%; Centro18,6%; Norte29%).Tendo em conta a idade, verifica-se que 30,3% dosmembros tm entre 40 a 49 anos, 27,5% situam-se entre os30 e os 39 anos e 18,9% entre 50 e 59 anos, sendo a maioriado sexo masculino (85,3%).Na especialidade de Civil, 79,2% so licenciados, tendo9,3% adicionalmente uma ps-graduao, 7,6% ummestrado e 3% doutoramento.

    Os Engenheiros Civis no plano profissionalEm relao situao profissional, a maioria dosEngenheiros Civis membros da Ordem dos Engenheiros trabalhador por conta de outrem: 40,6% no sector privado e

    27,1% no sector pblico. A percentagem de empresrios de 15,1%, enquanto 5,6% so reformados e 0,8%encontram-se no desemprego.

    Ramo de actividade dos Engenheiros Civis membros

    da Ordem dos Engenheiros

    O ramo de actividade que mais se destaca o daconstruo, empregando 64.2% dos Engenheiros Civis. Oramo da administrao pblica, defesa e segurana socialrepresenta 12,3% e a educao 6%, seguindo-se outrosmenos expressivos. Em relao s principais reas deactividade exercidas, as mais registadas so as deprojecto (22,5%), planeamento, controlo ou fiscalizao(20%) e direco e execuo de obras (17,6%). Noexerccio de segundas actividades, a rea de projecto novamente a mais registada, com 28,7%, seguindo-sedireco e execuo de obras, com 13,8%, e consultoriacom 11,6%.Mais de metade dos membros da OE (57,8%) trabalhaem empresas privadas, enquanto na administrao localou regional trabalham 10,9%.Considerando a dimenso da instituio empregadora,verifica-se que 29% dos Engenheiros Civis, membros daOrdem, trabalham em empresas com mais de 500trabalhadores e que 32,1% trabalham em empresas commenos de 50 trabalhadores. Cerca de 52.1% trabalham hmais de 10 anos e menos de 30. 16,6% h mais de 30anos.Quanto mobilidade profissional, os Engenheiros Civisque mudaram de empresa, pelo menos uma vez desdeque iniciaram a carreira, rondam os 64,2%. Aqueles quecontinuam na mesma empresa, mas que desempenhamoutras funes, aproximam-se dos 17,3%. Relativamenteao plano remuneratrio, os escales de rendimento

    Colgio Regional de Engenharia Civil

  • info Pgina 19DESTAQUE

    intermdio so os que abrangem maior nmero deEngenheiros. O escalo que compreende vencimentosentre os 15001 e 25000 obtm a maior percentagem,com 20,1%, seguindo-se o escalo compreendido entreos 25.001 e 35.000, com 19,6%.

    ConclusoO acesso aos cursos de Engenharia Civil e a qualidade deensino tm que ser objecto de exigncias mnimas,compatveis com um exerccio profissional competente esocialmente respeitado. A exigncia de uma classificaopositiva nas provas de ingresso parece ser indispensvelpara credibilizar o ensino. Perspectiva-se na actualidade um nmero de vagasdisponveis nos vrios tipos de licenciatura emEngenharia Civil claramente superior ao nmero decandidatos, parecendo evidente a necessidade dedescobrir vocaes alternativas para a capacidadesuperabundante instalada nos vrios sistemas de ensino.Parece fazer sentido um redireccionamento dessacapacidade e dos meios tcnicos subjacentes para umapoio mais directo actividade de construo,designadamente na formao contnua de tcnicossuperiores activos e na formao profissional de jovenstcnicos intermdios, atenuando o distanciamento entreformaes acadmicas muito semelhantes e as reaisnecessidades do sector, bem como procurandodisponibilizar ao mercado profissionais comcompetncias intermdias onde existe neste momentogrande dificuldade em encontrar, ou cujas funes sotendencialmente preenchidas por profissionais semqualquer formao de base em construo. Este esforoser tendencialmente mais reprodutivo nos locais maisafastados dos grandes centros urbanos, onde asempresas do sector apresentam em geral maioresdebilidades.Perante a profuso de escolas com oferta de licenciaturasem Engenharia Civil, a necessidade de garantia de nveismnimos de qualidade vem reforar o papel da Ordemdos Engenheiros, com uma postura esclarecida,interventiva e coerente. Por sua vez, o exerccio destaresponsabilidade por parte da OE far com que asescolas se apercebam da necessidade urgente deintroduzir racionalidade neste sistema global do Ensinoda Engenharia Civil, clarificando as indefiniesestratgicas sobre as vocaes dos sistemas de EnsinoPolitcnico e Universitrio.No plano dos membros Engenheiros Civis, a Ordem dosEngenheiros tem de se aperceber que o seu perfil tem

    vindo a mudar no que respeita s funes, idade, tipo deentidade empregadora e preocupaes. Face reduzidaexpresso em nmero parece poder afirmar-se que omercado e a generalidade dos Engenheiros no atribuigrande importncia classificao dos membros e aottulo de especialista. indispensvel que a Ordem dosEngenheiros consiga aproximar os Engenheiros Civis daOrganizao, contribuindo para uma melhor regulao dosector da construo, sabendo identificar os reaisproblemas da classe e conseguindo efectuar propostasvisando a sua resoluo.

    Fontes:

    MCTES, Ministrio da Cincia, Tecnologia e Ensino Superior www.mctes.pt

    www.acessoensinosuperior.pt

    Relatrio Preliminar Caracterizao e identificao das necessidades dos

    membros da Ordem dos Engenheiros

  • infoPgina 20 VIDA ASSOCIATIVA

    Engineers Trophy em Ponte de Lima

    Entre os passados dias 21 e 23 de Abrilo municpio de Ponte de Lima foi palcoda 1. edio do Engineers Trophy,uma prova de desporto e de aventuraorganizada pela Ordem dosEngenheiros Regio Norte (OERN).Esta iniciativa contou ainda com oapoio da Cmara Municipal de Ponte

    de Lima e da empresa Desafios(Consultsport consultoria e turismo,Lda), que assumiu toda a coordenaodas provas. Desta forma, a terralimiana foi, durante o fim-de-semana, acasa de diversos profissionais, nasua maioria membros da OERN.Trinta e dois elementos divididos poroito equipas participaram noEngineers Trophy, colocando assim prova a sua estratgia, criatividade,perseverana e esprito competitivo.

    Acessvel a concorrentes compreparao fsica mdia, esta provapromoveu o trabalho intelectualassociado actividade fsica e ocontacto com o meio ambiente. Na opinio dos engenheiros FernandoSantos e Jos Mendes membros daentidade organizadora o desafio foisuperado. Apesar de esta ter sido aprimeira edio, o Engineers Trophyatraiu diversos profissionais queprometeram desde logo participar numprximo evento do mesmo gnero,caso seja realizado.As provas e actividades preparadaspara a iniciativa realizaram-se ao arlivre e com condies climatricasbastante agradveis para a prticadesportiva.Os concorrentes ficaram na Quinta dePentieiros (Paisagem Protegida dasLagoas de Bertiandos e de So Pedrode Arcos), onde se instalou a AldeiaTrophy, que, alm de ter sido o pontode partida para as provas, garantiuainda todas as infra-estruturasnecessrias para o bem-estar econvvio de cada elementoparticipante. Exemplo disso foram: azona de tendas para o alojamento,zona VIP, onde os patrocinadores ouas empresas inscritas puderam criarum espao para a promoo da suaimagem e zona de servios.Diversas provas e percursosgarantiram a diverso, ocompanheirismo e a aventura aosdiferentes concorrentes, os quaistiveram ainda oportunidade deconhecer melhor o municpio de Pontede Lima e todas as suas riquezasnaturais, patrimoniais e culturais. Adinmica, a capacidade de superao eo divertimento reinaram durante estaprimeira edio do Engineers Trophy.Canoas, pagaias, coletes de salvao,capacetes de canoagem e de BTT,bssolas, cartas topogrficas, bicicletas

  • info Pgina 21VIDA ASSOCIATIVA

    de montanha e apitos foram entreoutros alguns dos materiais fornecidospela Desafios (Consultsport consultoria e turismo, Lda), entidadeque coordenou e tratou de garantir eexplicar as medidas de segurana eutilizao dos diferentes materiais ecom a envolvente ambiental.Durante os dias das provas, a boadisposio foi a caracterstica maismarcante do encontro. Cultura geral,boa disposio e uma preparaofsica mdia foram os requisitosnecessrios para a obteno de bonsresultados e para registar momentosinesquecveis. Risos foram muitos,gargalhadas ainda mais. Quando seolhava para os concorrentes lestavam com sorriso de orelha aorelha e com bastante vontade deexperimentar todos os desportosradicais que se encontravam ao dispor.Todas as equipas deram o seu mximoem cada desafio. Durante as provasno faltaram incentivos por parte doscolegas de equipa. A equipa, identificada com o nmerotrs, que representou a GEG (Gabinetede Estruturas e Geotcnica, Lda), com

    sede na Cidade Invicta, demonstrouque, para alm das competncias deelaborao de projectos de Engenhariae Arquitectura, fiscalizao ecoordenao de obras, tambm possuiuma preparao fsica e intelectual

    invejvel, pois de outra forma no teriaconseguido arrecadar o primeiroprmio.O sorriso de Nuno Santos, capito daequipa, espelhou a alegria do devercumprido. Em declaraes revistaInfo, o engenheiro civil realou quemais importante do que vencer foi oacto de participar e de conviver comoutras pessoas. Num tom mais debrincadeira, a equipa GEG defendeuque a sorte foi transmitida atravs dacor do equipamento rosa choque.Com a GEG subiram ao pdio maisduas equipas: a IMAGO/IMOBUILD(Imago atelier de Arquitectura eEngenharia, Lda/IMOBUILD Sociedade de Promoo Imobiliria,SA) e a TABIQUE (Tabique Engenharia, Lda). AIMAGO/IMOBUILD, uma equipa dearquitectos e engenheiros, sediada emBraga, conquistou o segundo lugar.Esta empresa dedica-se aodesenvolvimento de promoes

  • infoPgina 22 VIDA ASSOCIATIVA

    imobilirias, desde a prospeco dosterrenos comercializao dashabitaes construdas, propondosolues a partir das necessidadeshabitacionais dos seus clientes. J a TABIQUE tambm deu mostras dasua bravura ao alcanar o terceiroprmio. Sediada tambm em Braga,esta empresa centra-se em actividadescomo a consultoria, inovao,desenvolvimento, pesquisa e serviosde todas as vertentes que sejamrelativas ao desenvolvimento daEngenharia de Segurana. CarlosNeves, engenheiro mecnico, capitoda equipa nmero sete, ficou muitosatisfeito com o fim-de-semana radical.Orientao pedestre, BTT e canoagemforam das provas mais divertidas paraeste engenheiro, que apenas esperavater ficado a meio da tabela depontuao.Os prmios para as equipasvencedoras foram vinho de Ponte de

    Lima, serigrafias e trofus. Porm,todos os elementos fizeram questo desublinhar que no participaram peloprmio, mas sim pelos desportosradicais e pelo convvio.As restantes equipas que participaramneste Engineers Trophy foram a REN-PP (Rede Elctrica Nacional), empresaque tem por misso garantir ofornecimento ininterrupto deelectricidade, satisfazendo critrios dequalidade e de segurana, mantendo oequilbrio entre a produo e oconsumo (o que passa tambm pelapreviso da evoluo dos consumos deelectricidade e identificao dasnecessidades de novos centrosprodutores do SEP e respectivos locaisde implementao), assegurando osinteresses legtimos dos intervenientesno mercado de electricidade econjugando as misses de operador desistema e operador de mercado quelhe esto cometidas; a AdML (guas

    do Minho e Lima SA) tem aresponsabilidade de construir, explorare gerir o Sistema Multimunicipal deAbastecimento de gua e deSaneamento do Minho-Lima, umprojecto desenvolvido pelas guas dePortugal e pelas cmaras municipaisintegradas no sistema; a DST-DTE(Domingos da Silva e Teixeira, SA/Domingos da Silva e Teixeira,Empreitadas Elctricas, S.A) apresenta-se como uma empresa de construocivil e obras pblicas; a Ns Fixos(Ns Fixos Engenharia Civil, Lda) e aXispoli (Xispoli-Engenharia, Lda), quetm por finalidade a preveno esegurana no trabalho.J na hora da despedida, a organizaorevelou estar de olhos postos naprxima edio. Este um desafiopara continuar, um projecto que tempernas para andar, concluiu JosMendes. Elogiando a empresacoordenadora das provas (Desafios), o

  • info Pgina 23VIDA ASSOCIATIVA

    responsvel pela ComissoOrganizadora do Engineers Trophyafirmou que os participantes estavamentregues em boas mos. Mais doque tudo Jos Mendes deuimportncia componente convvioque esta iniciativa permitiu.O presidente da OERN, GerardoSaraiva Menezes, entregou com toda asimpatia o prmio equipa vencedora,aproveitando o momento para elogiara iniciativa. Satisfeito pela participaodas equipas, acrescentou que aOrdem no organiza s encontros paradiscutir leis e assuntos relacionadoscom Engenharia, mas tambmmomentos de descontraco. Esta ainda uma forma de estimular opblico, concluiu.No final da entrega dos prmios ficoubem patente a inteno dos elementosdas equipas em participar no segundoEngineers Trophy, caso sejaorganizado. Esta iniciativa foi semmargem para dvidas uma porta deacesso para o fascinante mundo daaventura no Alto Minho.

    3 Encontro de Engenharia CivilNorte de Portugal Galiza A gua

    Este ano, cabe ao Colgio Regional deEngenharia Civil da Regio Norte daOrdem dos Engenheiros organizar maisum dos Encontros de Engenharia CivilNorte de Portugal-Galiza. Desta vez, Agua ser o tema deste evento, adecorrer na Fundao Cupertino deMiranda (no Porto), dias 25 e 26 deMaio.Desde 2001, o Colgio Regional deEngenharia Civil da Regio Norte daOrdem dos Engenheiros e o Colgio deCaminos, Canales y Puertos da Galiza Demarcacion de Galcia tm vindo aorganizar estes encontros que debatemtemas actuais de interesse estratgicopara o desenvolvimento bilateral e, emgeral, com enfoques que ultrapassam aestrita dimenso regional. A suarealizao tem ocorrido alternadamente

    no Norte de Portugal e na Galiza, comum formato que assenta emconferncias de oradores convidados,portugueses e espanhis,complementadas com perodos dediscusso. Os engenheiros Fernando Santo(bastonrio da Ordem dos Engenheiros)e Gerardo Saraiva (presidente doConselho Directivo da Regio Norte daOrdem dos Engenheiros), e aindaEdelmiro Ra (presidente CICCP) e JorgeAntonio Santiso (presidente Aguas deGalicia) esto entre os convidadosportugueses e espanhis para acerimnia de abertura, seguida de umaconferncia inaugural sobre El Agua enel Mundo que ser presidida por CarlosFernndez Juregui, vice-presidente doPrograma Mundial Del Agua UNESCO.Falar da relevncia do tema quasedesnecessrio, numa altura em que segeneraliza a conscincia social de que agua, nas suas vrias formas, umrecurso cuja gesto racional vai serdecisiva no futuro. Mas nos planosestratgicos, de articulao bilateral etcnico, h muito a discutir sobre agua, possibilidades de utilizao,gesto racional e riscos. Assim, esteterceiro encontro elegeu como temasprincipais: gua e a Energia, guaComo Recurso, incluindo guassuperficiais e subterrneas, esturios,problemas de segurana e reservas,Fenmenos Extremos e Poluio eRegimes de Utilizao da gua. Sobre

  • infoPgina 24 VIDA ASSOCIATIVA

    cada um destes temas existiroconferncias de especialistas de ambosos pases, bem como um espao paradiscusso em mesas-redondasalargadas, fazendo deste evento ummomento de excelncia para a reflexode todos quantos, de uma forma ou deoutra, esto envolvidos nestaproblemtica ou simplesmente sepreocupam com os temas vitais dodesenvolvimento da nossa comunidade.Para alm das sesses de trabalho, umcomplemento social cuidado temcontribudo para fomentar aaproximao e a troca de experinciasbilaterais. De resto, um minicruzeiro norio Douro e um jantar no Salo rabe doPalcio da Bolsa encerram os dois diasdo encontro.

    IV JornadasInternacionais de Suinicultura

    A Associao Internacional deEstudantes de Agricultura realizou, nospassados dias 12 e 13 de Maio, as IVJornadas Internacionais deSuinicultura. Estas jornadas tiveramlugar na Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro e fomentaram atroca de ideias e de conhecimentosentre a comunidade cientfica nacionale internacional, empresrios,produtores e a comunidade estudantil.O programa englobou alguns dosaspectos mais importantes na rea dasuinicultura, desde o maneio alimentare reprodutivo s instalaes, ambientee bem-estar, melhoramento gentico esanidade animal.A exemplo de edies anteriores, estainiciativa mereceu o apoio da Ordemdos Engenheiros da Regio Norte.

    Sede da Regio Norterecebe propostas do concurso pararemodelar instalaes

    A Ordem dos Engenheiros RegioNorte (OERN) abriu no passado dia 6de Maro um concurso pblico para aelaborao do projecto deRemodelao das instalaes da Sededa Regio Norte da Ordem dosEngenheiros (OERN). A abertura das propostas ocorreu natarde de 3 de Maio, com a presena dopresidente do Conselho Directivo daRegio Norte, engenheiro GerardoSaraiva, dos representantes do Colgiode Engenharia Civil, engenheiroHiplito de Sousa e engenheiro Matosde Almeida, e tambm da consultorajurdica da OERN, Teresa MachadoCoelho. Aps rubricadas pelos presentes,abriram-se as cinco propostas lacradasanteriormente, que sero avaliadas,consoante os critrios de adjudicao

    definidos aquando da elaborao doconcurso. A OERN pretende, assim, seleccionar amelhor proposta de soluo, a nvel deestudo prvio, para a elaborao dosprojectos de arquitectura eengenharias necessrios remodelao da sua sede.Sero atribudos prmios de 2.500,2.000 e 1.500 beneficiando as trspropostas melhor classificadas. Almdisso, prev-se a celebrao do contratode prestao de servios com uma daspropostas seleccionadas pelo jri.

  • info Pgina 25VIDA ASSOCIATIVA

    Qualificao de Edifcios em debate na FEUP

    No passado dia 31 de Maro, na Salade Actos da Faculdade Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP), foiapresentado o workshop Metodologiae Procedimentos para a Qualificaode Edifcios. Ao adquirir uma habitao, nemsempre o investimento correspondeao objectivo de qualidadepressuposto. Abordar o problema daqualificao torna-se, assim,importante de modo a beneficiar quero utente, quer o prprio sector daconstruo atravs da valorizao daqualidade de construo. Esteprojecto nasce de uma iniciativa daOrdem dos Engenheiros RegioNorte (OERN) e est a ser

    desenvolvido pela FEUP,nomeadamente pela engenheira AnaCunha e pelo engenheiro PedroMagalhes.A abertura do debate contou com apresena do presidente do ConselhoDirectivo da OERN, Gerardo Saraiva,com o responsvel peloDepartamento de Engenharia Civil daFEUP, professor catedrtico JosManuel Pinto Ferreira Lemos, e pelorepresentante da Ordem dosArquitectos Regio Norte, CristvoIken.Presente esteve tambm o ColgioRegional de Engenharia Civil daOERN, representado pelosengenheiros Hiplito de Sousa,Antnio Matos de Almeida e PauloRibeirinho Soares, assim comooutros membros do Departamento deEngenharia Civil da FEUP.A workshop iniciou-se com a

    apresentao das linhas gerais doprojecto comeando pelo estadoactual de qualificao em vriospases e a proposta de metodologiadesenvolvida pelos investigadores.Seguiu-se um debate orientado, como objectivo de auxiliar beneficamentea investigao.

  • infoPgina 26 VIDA ASSOCIATIVA

    tica e DeontologiaProfissional em tertlia

    No dia 6 de Abril, a Sede da Ordemdos Engenheiros Regio Norte(OERN) realizou a primeira tertliasobre tica e DeontologiaProfissional. Uma iniciativa integradanum conjunto de eventos promovidospela OERN, com o objectivo depromover o debate de temasrelevantes da Engenharia actual.O encontro iniciou-se com uma breveintroduo ao tema pelos convidados,o engenheiro Aristides Guedes Coelho,presidente do Conselho Disciplinar daRegio Norte, e o engenheiro ArmandoLencastre, presidente emrito daAcademia de Engenharia, que, de umaforma simples e divertida,exemplificaram o significado daterminologia em causa.Seguiu-se um debate aceso, em que osvrios membros presentesmanifestaram a sua opinio e receiosrelativamente tica e deontologia

    praticada por muitos profissionais deEngenharia. O debate encerrou com oagradecimento por parte do presidentedo Conselho Directivo da RegioNorte, Gerardo Saraiva, dirigidoespecialmente aos convidados quegentilmente acederam em participar.

    Empreendedorismo e Criao de Empresaspreenche auditrio da Ordem dos Engenheiros

    O Conselho Directivo da Ordem dosEngenheiros Regio Norte (OERN) e aNET BIC (Novas Empresas eTecnologias, S.A Bussiness InovationCenter) do Porto realizaram, no passadodia 15 de Maio, pelas 18h30, no auditrioda sede da Ordem dos Engenheiros Regio Norte, uma conferncia sobre

    Empreendedorismo e Criao deEmpresas de Base Tecnolgica.Esta conferncia contou com apresena do presidente do ConselhoDirectivo da OERN , Gerardo Saraiva edo engenheiro Jos Martins, queapresentou o trabalho desenvolvidopela NET-BIC, no apoio e nadinamizao do empreendedorismo,atravs da promoo do prprioemprego pela criao da sua prpriaempresa.Atravs desta apresentao, a NET-BICe a OERN suscitaram o interesse dospresentes, que questionaram sobre osriscos existentes da criao de umaempresa, as dificuldades deconcretizao do projecto e aestruturao da ideia que dar origem empresa.De uma forma contundente, oengenheiro Jos Martins demonstrouque a construo de uma empresaconstitui um estimulante desafio paraos mais empreendedores. Valorizou aimportncia do acompanhamento eapoio dado pela NET BIC do Porto,desde a estruturao e a concretizaoda ideia at uma empresa inovadora ede sucesso.

    1. Encontro Nacionalde EngenheirosMunicipais

    A Ordem dos Engenheiros irpromover, no prximo dia 2 de Junho,em Viseu, o 1. EncontroNacional de Engenheiros Municipais,com vista anlise da intervenodos engenheiros nosmunicpios e nas empresas pblicasmunicipais.Os engenheiros so uma das classesprofissionais mais envolvidas nas

  • info Pgina 27VIDA ASSOCIATIVA

    diversas actividades assumidas pelosmunicpios, com contributos eresponsabilidades por demaisconhecidas, justificando-se, assim,uma particular ateno para a formacomo a sua actividade exercida.Este encontro, apoiado pelaAssociao Nacional de MunicpiosPortugueses, tem comos objectivosconhecer e debater as dificuldades e asexpectativas no exerccio da profisso,analisar o enquadramento jurdico dacarreira de engenheiro e apresentarrecomendaes que visem contribuirpara melhorar a interveno dosengenheiros na administrao local.Eduardo Cabrita, secretrio de EstadoAdjunto e da Administrao Local,Fernando Ruas, presidente daAssociao Nacional de MunicpiosPortugueses, Fernando Santo,bastonrio da Ordem dos Engenheiros,e Celestino Quaresma, presidente doConselho Directivo da Regio Centroda Ordem dos Engenheiros, presidem cerimnia de abertura, que serseguida de trs sesses de debatesobre as temticas: A Perspectiva dosMunicpios. Os Desafios para asPrximas Dcadas; A IntervenoTcnico-legal do EngenheiroMunicipal; Gesto da Carreira dosEngenheiros.

    CongressoInternacional de Segurana, Higiene e Sade do Trabalho

    O 6 Congresso Internacional deSegurana, Higiene e Sade doTrabalho realizou-se entre os dias 23e 24 de Fevereiro, no Auditrio daFaculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (FEUP).

    A iniciativa que contou com a Ordemdos Engenheiros Regio Norte(OERN), a FEUP e a APSET teve comoobjectivo abordar o tema do congressoenquanto competncia nas empresas ea preveno de eventuais riscos.A sesso de abertura, para alm dosrepresentantes de diversas empresasde renome contou com Jos AntnioVieira da Silva, ministro do Trabalhoe da Solidariedade Social. A formao de profissionais deSHST e a organizao de actividadescomo pilares do desenvolvimento dapreveno foi o tema que deu voz primeira sesso. J de tarde tevelugar O impacto da legislao nasempresas: h, hoje, maiorinteriorizao das obrigaes?,enquanto o final de tarde ficoumarcado com o tema Sade nolocal de trabalho, hoje: ondeestamos?.A manh de 24 ficou preenchida comduas sesses: Riscos Especiais eBoas prticas na preveno deriscos profissionais. Posteriormenteseguiu-se a conferncia tcnica, que

    teve como tema A OIT e aSegurana e Sade do Trabalho naConstruo, e uma mesa redonda,onde se debateu a questo dosCoordenadores de Segurana eTcnicos de Segurana do Trabalhoda Construo: a complementaridadenecessria.A sesso de encerramento ficou acargo de Alfredo Soeiro, presidenteda Comisso Organizadora, o qualrealou que ainda h muito a fazer,esperando que no prximo congressoas medidas no sejam s deimaginao. J Hiplito Ponce deLeo, presidente do IMOPPI, realouque a profisso de engenheiro umaprofisso de risco, mas que no casode Portugal tem havido uma boagesto e um louvvel funcionamento,dando como exemplo a construesdos estdios, onde, felizmente, s sedeu uma vtima mortal. Da mesmaopinio foi Paulo Campos, secretriode Estado das Obras Pblicas eComunicaes, o qual afirmou quenas ltimas dcadas o pas temevoludo.

  • infoPgina 28 DISCIPLINA

    Acrdo do Conselho Disciplinar da Regio Norte da Ordem dos EngenheirosSnteseProcesso CDISN 05/2005

    Factos Provados:Que o arguido foi director tcnico da obra de construo civilde um edifcio para habitao e comrcio, situado no lugar X,freguesia Y, concelho Z (Processo de Construo n W).Que as licenas de utilizao das vrias fraces autnomasdaquele edifcio foram concedidas, entre 15 de Maio de 2000 e4 de Maro de 2002, mediante a apresentao do termo deresponsabilidade do director tcnico da obra, no qual estedeclarou que a obra estava executada de acordo com oprojecto aprovado, as condies de licenciamento e asnormas legais e regulamentares aplicveis.Que, na sequncia de uma reclamao apresentada em 7 deJaneiro de 2003, por trs condminos/proprietrios doedifcio acima mencionado, a fiscalizao tcnica municipalse deslocou ao local e constatou que as infra-estruturaselctricas e de gs no se encontravam executadas deacordo com o projecto aprovado, apesar das licenas deutilizao das vrias fraces autnomas terem sidoemitidas nos termos acima referidos.Que o arguido afirmou ter assinado o livro de obra apenasporque foi informado pelo construtor civil que j tinhaentrado na Cmara Municipal e estava em vias de aprovaoa implantao do depsito de gs e a alterao dalocalizao do armrio de electricidade no exterior do prdio,e os contadores de gua e energia elctrica e TV das partescomuns j tinham sido colocados.Que o arguido estava convencido que o termo deresponsabilidade que subscreveu substituiria a licena deutilizao a conceder pela Cmara Municipal e justificou asua afirmao de que a obra estava executada de acordocom o projecto aprovado, as condies de licenciamento eas normas legais e regulamentares aplicveis, apesar dasinfra-estruturas elctricas e de gs no se encontrarem emconformidade com o projecto aprovado, com o facto de tersido informado pela empresa construtora que as alteraesao projecto elctrico tinham sido impostas pela EDP e jtinham sido aprovadas e vistoriadas por essa entidade, e,quanto s infra-estruturas de gs, as alteraes j tinhamsido aprovadas e vistoriadas pela Portgs.Que o arguido no tem quaisquer antecedentes disciplinares.

    Deciso:Em face do que acima vem exposto, conclui-se que o arguido,ao prestar falsas declaraes no termo de responsabilidadeque subscreveu, e com base no qual foram concedidas aslicenas de utilizao, dizendo que a obra estava executadade acordo com o projecto aprovado, as condies delicenciamento e as normas legais e regulamentaresaplicveis, quando as infra-estruturas elctricas e de gs nose encontravam, de facto, executadas de acordo com oprojecto aprovado, no pugnou pelo prestgio da profissoque exerce, desempenhando de uma forma repreensvel a suaactividade profissional e violando, deste modo, os deveresdeontolgicos previstos na norma do n 1 do artigo 88 doEstatuto da Ordem dos Engenheiros.Conclui-se, ainda, que a violao da norma deontolgica acimacitada foi culposa, pois o arguido tinha a obrigao deconhecer a legislao aplicvel sua actividade profissional,acima citada, bem como a norma deontolgica em causa, ebem sabia que as declaraes que prestou no termo deresponsabilidade que subscreveu no correspondiam verdade dos factos. No sendo de excluir o dolo, pelo menosna forma eventual, certo que o arguido omitiu deveres decuidado que seriam exigveis a um profissional de engenhariaque actuasse com a diligncia de um bom pai de famlia(artigo 487/n2 do Cdigo Civil), agindo, por isso, comnegligncia. Por conseguinte, nos termos do disposto noartigo 67 do Estatuto da Ordem dos Engenheiros condena-seo arguido pela prtica de uma infraco disciplinar, consistentena violao culposa do dever deontolgico consagrado no n 1do artigo 88 do mesmo Estatuto da Ordem dos Engenheiros.Considerando a circunstncia atenuante referida no ponto 3 daFundamentao, mas tendo em conta as exigncias depreveno geral e de defesa do interesse pblico associadasao exerccio da engenharia, que no caso so elevadasconforme se conclui das consideraes acima expostas,decide-se, nos termos do disposto no artigo 71 do Estatuto daOrdem dos Engenheiros e no artigo 5 do RegulamentoDisciplinar, pela aplicao ao arguido de uma pena de CensuraRegistada, prevista na alnea b) do n 1 do artigo 70 doEstatuto da Ordem dos Engenheiros.

  • Bebiana Monteiro

    Melhor Estgio de EngenhariaAgronmica de 2005

    Com um nome pouco vulgar, Bebiana Monteiro de nome completo Sandra Bebiana Carvalho Monteiro, tenta impor-se num mundo dominado na maioria porhomens. Foram sete os premiados por melhor estgiopor especialidade, entregues no decorrer dascomemoraes do Dia Nacional do Engenheiro ,realizadas nos passados dias 18 e 19 de Novembro, masapenas duas mulheres foram chamadas ao palco doTeatro Municipal de Bragana para o receber. Bebiana foiuma delas, em representao do Colgio Agronmico. Otrabalho que lhe valeu esta distino intitula-seImplementao do Sistema HACCP na Indstria Agro-Alimentar. O estgio decorreu no mbito doDepartamento de Qualidade e Segurana Alimentar daCONSAGRA, Consultoria Agro-alimentar para onde,alis, foi trabalhar depois de terminar a licenciatura naEscola Superior de Biotecnologia da Universidade

    Catlica Portuguesa , alcanando-se os objectivosinicialmente propostos: estruturao de projectos e orespectivo desenvolvimento e implementao deSistemas de Gesto de Segurana Alimentar na indstriaagro-alimentar, nomeadamente no sector dos vinhos ecarnes e produtos crneos, com base na metodologia deHACCP Hazard Analysis and Critical Control Points(Anlise dos Perigos e Pontos Crticos de Controlo),descrita no Codex Alimentarius, na legislao em vigor,nos Cdigos de Boas Prticas de Higiene e Fabrico e naNorma DS 3027E.Bebiana Monteiro explica que o HACCP um sistemapreventivo, que tem como objectivo garantir a seguranados alimentos atravs da identificao dos perigos e daprobabilidade da sua ocorrncia em todas as etapas deproduo de alimentos, definindo medidas para o seucontrolo; resultante da aplicao do bom senso dosprincpios tcnicos e cientficos inerentes aoprocessamento alimentar, podendo ser aplicado desde aproduo primria at ao consumidor final.As actividades desenvolvidas no decorrer deste estgiopermitiram adquirir conhecimentos e experincia detrabalho num ambiente empresarial veculo promotorde um aumento de potencialidade para a subsequenteintegrao profissional no mercado de trabalho emHigiene e Segurana Alimentar, bem como a integraodos conhecimentos adquiridos nas componentesacadmica e deontolgica, sendo esta ltima de carcteressencial numa profisso de confiana pblica como aengenharia, afirma a premiada. Com apenas 27 anos e ainda em incio de carreira,Bebiana Monteiro actualmente engenheira alimentarnas Caves Valdarcos, exercendo paralelamente actividadecomo formadora. Ser engenheira na gesto da produoalimentar infantil uma ideia que a fascina. Mas o queest completamente fora de questo a vontade de serpediatra, um sonho de quando era nova. com rigor, sensibilidade e motivando as equipas para ocumprimento das especificaes dos produtos/servios,superando as expectativas dos clientes, que estaengenheira pretende-se destacar numa rea onde oshomens ainda mandam.

    info Pgina 29PERFIL JOVEM

  • infoPgina 30 ENGENHARIA NO MUNDO

    Os estdios do Mundial 2006

    1,5 bilies de euros foi o financiamentoaplicado na reconstruo e remodelaodos 12 estdios que acolhem oCampeonato Mundial de Futebol daAlemanha. Palco de um total de 64jogos, os recintos distribuem-se pelascidades de Hamburgo, Hanover, Leipzig,Berlim, Gelsenkirchen, Dortmund,Colnia, Kaiserslautern, Estugarda,Munique, Nuremberga e Frankfurt.Autnticas obras de arte de engenharia,estes estdios oferecem as melhorescondies logsticas e de segurana,diferenciadas pelas caractersticas edesign ultramodernos de cada um deles. Inaugurado em 2000, o novo estdio deHamburgo, foi oficialmente classificadopela UEFA com a categoria mxima decinco estrelas. Pontuao dada depoisdas obras efectuadas no antigoVolksparkstadion, cujos melhoramentosassentaram na alterao da orientaodo campo, na remodelao de todas asreas funcionais, Vip e de Imprensa, bemcomo na cobertura integral de todos oslugares e na introduo de um sistemade leitura por microchip para controlarelectronicamente o acesso ao recinto.Um ano depois abria as portas o estdiode Gelsenkirchen, que obteve a mesmaclassificao da UEFA e que logo se

    tornou num novo padro de refernciana arte de construo de estdios.Apelidado como a coroa de glria dofutebol, o Gelsenkirchen Stadiumpoder mesmo ser um dos maismodernos da Europa graas s tcnicasrevolucionrias introduzidas, como umasuperfcie de jogo removvel, um cubo devdeo gigante e um telhado retrctil.O Zentralstadion de Leipzig, construdopropositadamente para este Mundial , um exemplo em que a inovao estticase funde com o passado. Em 1956, oantigo Zentralstadion chegou a ser omaior estdio da Alemanha, comcapacidade para 100 mil espectadores.Quarenta anos mais tarde, foiconstrudo um novo estdio dentro dosmuros do antigo, atravs de pontes deconexo entre o novo complexo e asantigas paredes. No estdio deFrankfurt, as vigas mestras e os cabosde ao utilizados na construo dotelhado contrastam com as meras 30toneladas do cubo de vdeo, resultandonuma estrutura minimalista atravessadapor raios de luz natural atravs de umtelhado translcido. A ecologia foi uma das preocupaes noplaneamento de reconstruo dosestdios de Nuremberga e Hanover. Oprimeiro inclui mesmo uma enormecisterna de colecta de guas pluviais queopera com base num plano de gestoecolgica e de qualidade sonora, umsistema de optimizao ambiental. J ocampo de Hanover dotado de umsistema de drenagem no subsolo. Asseces do tecto de 2.500 toneladas,suportadas por uma estruturaindependente, que avanam sobre ocampo, foram construdas com placasmetlicas permeveis aos raiosultravioleta, por forma a garantir asmelhores condies ao relvado, atravsde uma iluminao ajustada. Originalmente construdo para oMundial de futebol de 1974, o

    Westfalenstadion, de Dortmund, foisujeito a dois programas deremodelao. Um em 2001 e depois em2005, este ltimo, que seria decisivopara a imagem de marca destecomplexo, sustentado por oito pilares de62 metros de altura, de um amarelointenso, e cuja uma estrutura metlicaexterior poder ser avistada aquilmetros de distncia. Outro dos palcos deste campeonato defutebol o estdio de Estugarda que, aolongo de vrias remodelaes ganhouuma nova cobertura do tecto. Umaenorme malha de polister revestidacom PVC que cobre na ntegra todas asarquibancadas, num total de 34 milmetros quadrados de material comalturas entre os 18 e os 35 metros. A fase final do projecto relativo aoestdio de Kaiserslautern foi concludano ano passado e resultou numa novatorre para os meios de comunicaosocial, outra para os convidados Vip e aampliao das arquibancadas oeste esul. Obras que deram ao recinto umaspecto modular invulgar.Alm de Gelsenkirchen e Frankfurt, oestdio de Colnia vai receber a selecoportuguesa na fase inicial do Mundial.Com uma forma quadrangular, esteestdio sobressai pelos quatro mastrosde 72 metros de altura que servem desuporte ao telhado e funcionam comoum sinal luminoso. O Allianz Arena, em Munique, e oOlympiastadion, em Berlim, sorespectivamente os estdios inaugural ede encerramento do mundial de futebole curiosamente os mais caros. O novoestdio de Munique, construdo de raiz,rondou um investimento na ordem dos341 milhes de euros, enquanto areconstruo do estdio de Berlimcustou 242 milhes. Mais dois modelosem que o brilhantismo da engenharia sematerializou em obras esteticamentemagnficas.

  • Agostinho Peixoto, consultor/especialista em Turismo

    info Pgina 31LAZER

    A Rota do Romnicodo Vale do Sousa

    O romnico foi introduzido em Portugalnuma fase adiantada do sculo XI, poraco do Conde D. Henrique e da suaCorte. Os primeiros testemunhos dessegnero surgiram no Norte do Condado,depois Reino, e so sobretudo edifciosreligiosos catedrais, mosteiros,igrejas, capelas , edifcios militares castelos e torres senhoriais eedificaes civis monumentosfunerrios e pontes.No Vale do Sousa, o romnico est

    associado ao despoletar danacionalidade, reflectindo a ocupaodas terras progressivamenteconquistadas. A diversidade dostestemunhos monumentais romnicosa existentes permite oferecer um lequemuito completo dos tiposarquitectnicos ento construdos, quepassavam pelos:- conjuntos monsticos (Mosteiro dePombeiro de Ribavizela, Igreja de S.Salvador de Unho, Igreja de S. Vicentede Sousa, Igreja de Santa Maria deAires, Igreja de S. Pedro de Ferreira,Igreja de S. Pedro de Cte, Igreja deS. Salvador de Pao de Sousa),

    igrejas paroquiais e santuriosisolados (Igreja Velha de S. Mamede deVila Verde, Igreja de Santa Maria deMeinedo, Igreja do Salvador de Aveleda,Igreja de S. Gens de Boelhe, Igreja de S.Miguel de Gndara/Cabea Santa, Igrejade S. Pedro de Abrago, Igreja de S.Miguel de Entre-os-Rios e Ermida deNossa Senhora do Vale de Cte), estruturas funerrias (Monumentofunerrio do Sobrado/Marmoiral,Memorial da Ermida), torres senhoriais e/ou defensivas earquitectura civil (Torre/Castelo deAguiar de Sousa, Torre de Vilar, Ponte deVilela e Ponte de Espindo).Foi a partir desta singularidade, criadapela memria histrica deste territrio,no perodo de afirmao da arteromnica, que a RRVS foi estruturada,integrando 21 objectos patrimoniaisque, no conjunto, procuramtestemunhar o papel que este territriooutrora desempenhou na histria danobreza portuguesa e das ordensreligiosas. Este conjunto empresta RRVS um carcter nico que deve servalorizado, no sentido de fazer destaRota e do Vale do Sousa um produtoturstico e um destino comespecificidades, ancorado a umpatrimnio com grande valor regional,nacional e ibrico. A Rota do Romnico constituiu oarranque de um projecto, que pretendeaproveitar um importante patrimniohistrico e arquitectnico e criar umproduto turstico, que permita apromoo da imagem deste espaoregional, atraindo visitantes nacionais eestrangeiros e promovendo adinamizao e a criao de emprego narea do turismo, da restaurao e doalojamento. Aproveitam-se as enormespotencialidades que o Vale do Sousapossui em termos paisagsticos,monumentais, culturais, gastronmicos,entre outros.

  • infoPgina 32 AGENDA

    ENCONTRO, CONGRESSOS E SEMINRIOS EXTERNOS

    4 A 8 DE JUNHOLOCAL: LISBOAORGANIZAO: INSTITUTO DE ENGENHARIAMECNICA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO (IDMEC-FEUP)CONFERNCIA HEALTHY BUILDINGS 2006Mais informao: Tel: 225081763/Fax: 225082153,e-mail: [email protected] ou www:www.hb2006.org

    26 A 29 DE JUNHOLOCAL: LAS VEGAS, EUAORGANIZAO: UNIVERSITY OF GEORGIA DEPARTMENT OF COMPUTER SCIENCEWORLDCOMP06 CONGRESSO MUNDIAL EM CINCIA DE COMPUTADORES,ENGENHARIA DE COMPUTADORES E COMPUTAO APLICADA 2006Este congresso antecipado pelo maior encontro anual de investigadores na rea das cincias de computadores,engenharia de computadores e computao aplicada.

    25 A 29 DE OUTUBROLOCAL: EXPONOR, PORTOORGANIZAO: CONCRETAFEIRA INTERNACIONAL DE CONSTRUO E OBRAS PBLICAS

    9 A 12 DE NOVEMBROLOCAL: FIL, LISBOAORGANIZAO:AMBIURBE SALO INTERNACIONAL DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVAEL

    ENCONTRO, CONGRESSOS E SEMINRIOS OE

    2, 3, 4 DE OUTUBROLOCAL: ILHA DE S. MIGUEL - AORESORGANIZAO: OEXVI CONGRESSO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS A ENGENHARIA AO SERVIO DO PAIS Mais informaes: http://www.ordemdosengenheiros.pt

    13 DE OUTUBROLOCAL: PORTOORGANIZAO: ORDEM DOS ENGENHEIROS REGIO NORTESEMINRIO A BACIA HIDROGRFICA DO RIO DOURO

    14 OUTUBROLOCAL: PORTO (LOCAL A DESIGNAR)ORGANIZAO: ORDEM DOS ENGENHEIROS REGIO NORTE2 DIA REGIONAL NORTE DO ENGENHEIRO E ENCONTRO 2006 DE MEMBROS ELEITOS DA REGIO NORTE DA ORDEM DOS ENGENHEIROS

    26 E 27 DE OUTUBRO (DATA A CONFIRMAR)LOCAL: PORTOORGANIZAO: OERNII CONGRESSO NACIONAL DE CONSTRUOSUSTENTVELMais informao: http://norte.ordemdosengenheiros.pt

    NOVEMBRO/DEZEMBROLOCAL: PORTO (A DESIGNAR)ORGANIZAO: OERNCOMEMORAES DOS 70 ANOS DA ORDEMDOS ENGENHEIROS; INCIO DAS OBRAS DA SEDE; CERTIFICAO DA QUALIDADE E LANAMENTO DA MONOGRAFIACOMEMORATIVA HISTRIA DA OERN

    FORMAO OE

    1 A 29 DE JUNHOLOCAL: BRAGANAORGANIZAO: OERNCURSO DE ITED INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAES EM EDIFCIOSO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    3 A 18 DE JUNHOLOCAL: BRAGANAORGANIZAO: OERNCURSO DE AUTOCADO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    5 A 9 JUNHOLOCAL: VILA REALORGANIZAO: OERNCURSO DE SISTEMAS DE ILUMINAO,INTEGRAO E EFICI NCIA ENERGTICAO curso de 20h. Preo: 220.

  • 5 A 22 DE JUNHOLOCAL: BRAGAORGANIZAO: OERNCURSO DE FINANAS E CONTABILIDADE PARA NO FINANCEIROSO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    5 DE JUNHO A 7 DE JULHOLOCAL: VIANA DO CASTELOORGANIZAO: OERNCURSO DE PROJECTISTAS DE REDES DE GSNATURALO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    16 JUNHO A 1 DE JULHOLOCAL: BRAGAORGANIZAO: OERNCURSO DE PROJECTO DE AVALIAOIMOBILIRIAO curso de 30h e ser realizado entre 18h30 e as 22h30.

    19 DE JUNHO A 7 DE JULHOLOCAL: PORTOORGANIZAO: OERNCURSO DE PROJECTISTA DE SISTEMAS SOLARESTRMICOSO curso de 58h. Preo: 510.

    8 E 15 JULHOLOCAL: SEDE DA OERNORGANIZAO: OERN28 CURSO DE TICA E DEONTOLOGIAPROFISSIONAL

    3 A 18 DE AGOSTOLOCAL: PORTOORGANIZAO: OERNCURSO DE INFORMTICAO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    7 A 28 DE OUTUBROLOCAL: GUIMARESORGANIZAO: OERNCURSO DE TICA E DEONTOLOGIAPROFISSIONALO curso de 30h e ser realizado 2s, 3s e 5s, entre 18h30e as 22h30.

    VISITAS TCNICAS

    8 JUNHOLOCAL: VIANA DO CASTELOORGANIZAO: CONSELHO REGIONAL DO COLGIO DE ENGENHARIA MECNICAVISITA AO APROVEITAMENTOHIDROELECTRICO DE VENDA NOVA

    22 DE JUNHOLOCAL: VIANA DO CASTELOORGANIZAO: CONSELHOS REGIONAIS DO COLGIOS DE ENGENHARIAS MECNICA E ELECTROTCNICAVISITA AOS ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO

    TERTLIAS E DEBATES OE

    1 DE JUNHO S 20H30LOCAL: ARCOS DE VALDEVEZ (RESTAURANTE MATADOURO)ORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE VIANADO CASTELOJANTAR-DEBATE ENGENHARIA NA GESTOMUNICIPAL (QUESTES RURAIS E URBANAS)Oradores: Eng. Joo Baptista (responsvel pela rea de Segurana no Trabalho da Estradas de Portugal, EPE)Eng. Matos de Almeida (membro do Colgio Regional de Engenharia Civil - director de Produo da MotaEngil)inspector Fraga de Oliveira (IGT - Inspeco Geral do Trabalho)Moderador: Eng. Antnio Cruz (delegado distrital de Vianado Castelo) e Eng. Gerardo Saraiva (presidente do ConselhoDirectivo da Regio Norte)

    7 DE JUNHO S 20H30LOCAL: PORTO (RESTAURANTE OE)ORGANIZAO: OERNJANTAR-DEBATE SEGURANA NO TRABALHODA CONSTRUOOradores: Eng. Joo Baptista (responsvel pela rea de Segurana no Trabalho da Estradas de Portugal, EPE)Eng. Matos de Almeida (membro do Colgio Regional de Engenharia Civil - director de Produo da MotaEngil)inspector Fraga de Oliveira (IGT - Inspeco Geral do Trabalho)Moderador: Eng. Joo Baptista

    info Pgina 33AGENDA

  • infoPgina 34 AGENDA

    9 DE JUNHO S 20H30LOCAL: BRAGANA (RESTAURANTE GEADAS)ORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE BRAGANAJANTAR-DEBATE INOVAO E ESENVOLVIMENTO (QUALIDADE E AMBIENTE)Oradores: Eng. Alexandra Alves (responsvel peloDepartamento da Qualidade, Ambiente e Segurana e Sade ThyssenKrupp Portugal, Lda.) Prof. Francisco Cepeda(ex-professor do Instituto Politcnico de Bragana e actualcolaborador da Universidade Catlica) Eng. ConceioBaixinho (delegada da distrital de Bragana)Moderador: Eng. Conceio Baixinho

    19 DE JUNHO S 19HLOCAL: FAMALICOORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE BRAGATERTLIA SEGURANA NO TRABALHODA CONSTRUOOradores: Eng. Joo Baptista (responsvel pela rea de Segurana no Trabalho da Estradas de Portugal, EPE)Eng. Zulmiro Ferreira Neves (A. Mesquita e Filhos)Dr. Paulo Lima (IGT - Inspeco Geral do Trabalho)Moderador: Eng. Fernando de Almeida Santos (secretriodo CDRN)

    29 DE JUNHO S 20H30LOCAL: BRAGAORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE BRAGAJANTAR-DEBATE TICA E DEONTOLOGIAPARA ENGENHEIROSOradores: Eng. Ado da Fonseca (FEUP) e Maria OtliaCaetano (Conselho Disciplinar da Regio Centro)Moderador: Eng. Gerardo Saraiva (presidente do ConselhoDirectivo da Regio Norte)

    6 DE JULHO S 20H30LOCAL: VILA REALORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE VILA REALJANTAR-DEBATE INOVAO E DESENVOLVIMENTOOradores: Eng. Teresa Ponce Leo (tesoureira da OE) e Prof. Bulas Cruz (UTAD), Eng. Lus Ramos (vice-presidente do CDRN)Moderador: Eng. Paiva Rodrigues

    7 DE JULHO S 21H30LOCAL: MACEDO DE CAVALEIROSORGANIZAO: OERN/DELEGAO DE BRAGANATERTLIA NOVAS VAL NCIAS DO ENSINOSUPERIOR O PROCESSO DE BOLONHA/A FORMAO CONTNUAOradores: Eng. Jos