EditorialÉ com um imenso orgulho que a Direcção da AEFCUP cele-bra o Centenário da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Nesta efeméride muito espe-cial, a minha mensagem de apreço vai para todos os cons-tituintes e ex-constituintes de grupos académicos ou da AEFCUP, que se dedicaram altruisticamente ao volunta-rismo académico. De igual forma, um fraterno agradeci-mento a todos os outros que se dedicaram ao engrandeci-mento da FCUP, dirigindo-me concretamente e com apreço, a todo o corpo docente e não docente. Sem qualquer dis-criminação positiva, todos são importantes para a afirmação dos nossos valores e trabalho e, igualmente, pela contínua passagem de testemunho dos vectores com que nos temos vindo a guiar.Não obstante, este inevitável saudosismo, é importante que tenhamos uma visão optimista e de futuro. Assim a AEFCUP continuará a trabalhar em rede para uma Faculdade mais in-clusiva e humanista, positivista e solidária, profissional e dedi-cada, criativa e inovadora.A AEFCUP assume e assumirá o compromisso de continuar a caminhar ao lado de todos vós.

Saudações Académicas.

Cláudio Carvalho(Presidente da AEFCUP)

100 ANOS - FCUP

Mensagem do Presidente da FAP, Luís Rebelo

Resumo do Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legislativas 2011

Centenário da FCUP

Scientiphicvs

Dia do Estudante

“Porto an Erasmus City”

Campeonatos Nacionais Universitários

Campeonatos Académicos do Porto

e muito mais!...

Nesta Edição...

2 Maio 2011 | Jornal Info

A AEFCUP convidou-me para dirigir uma pequena mensagem aos estudantes que representa. Aceitei com agrado. Nesta altura poderia falar sobre muitos temas, sobre a agora passada Queima das Fitas, sobre eleições, sobre o centenário da U. Porto ou sobre a difícil situação que o país neste momento atravessa. Contudo vou falar sobre como podemos melhorar, na minha opinião, a nossa universidade e o ensino superior português. Aliás, acredito que é esse o principal papel das estruturas associativas, contribuir para um ensino superior melhor e mais justo.Para além da omnipresente questão da acção social, a FAP tem tido como bandeira a reorganização da rede de ensino superior, e é sobre este assunto que me debruço. Falo da rede de institituições e da rede de oferta formativa. Não tenhamos dúvidas que temos em Portugal um excesso de insti-tuições de ensino superior. Não tenhamos também dúvidas que a falta de regulação do sector e o atraso que se viveu no que toca à avaliação das instituições e dos seus ciclos de estudo permitiu que subsistissem até hoje casos de muito má qualidade. Temos de recuperar deste atraso estrutural. A Agência de Avaliação e Acreditação do ensino superior termina este ano lectivo o seu primeiro round de avaliações. Uma ronda preliminar mas que como primeiro filtro resultou já no encerramento ou na não abertura de mais de um milhar de cursos. Temos em Portugal o triplo (!) das instituições de ensino superior (IES) por milhão de habitantes face à média da OCDE. É urgente repensarmos o in-vestimento que é feito no ensino superior e adaptá-lo para que possamos ser mais produtivos. Com os mesmos recursos fazer mais e melhor. Posso também dizer-vos que em Portugal se assiste (apesar de um teórico entendimento entre as universidades, politécnicos e ministério) a uma total desregu-lação no que toca a nomenclaturas de ciclos de estudos. Se nos segundos ciclos fruto da necessária especialização a que se assiste nestes, é natural e razoável uma maior diversificação das nomenclatu-ras o que se assiste nos primeiros ciclos é no mínimo selvático. Tem sido apregoado (posição com a qual a FAP concorda) que devemos apostar em primeiros ciclos de formação sólida de base mas esta posição é completamente contraditória quando vemos que em Portugal temos cerca de centena e meia de nomes diferentes de cursos na área da engenharia e mais de 200 na área da gestão. Cursos que muitas vezes de diferente apenas têm o nome. É necessário que se perceba e que seja público que muitas vezes isto representa apenas jogadas de marketing duvidoso na tentativa de atrair alu-nos. Publicidade enganosa. Todos sabemos, não existem tantas áreas diferentes para cursos de 1º ciclo em engenharia, gestão ou outras. É necessário ter uma visão crítica sobre o modelo organiza-tivo do ensino superior em Portugal. As próprias IES têm ser reformadas. Muitas vezes apresentam modelos organizativos que se encontram no limite das suas potencialidades e só com intervenções de fundo poderemos maximizar o potencial que temos em cada instituição ou unidade orgânica. A racionalização de recursos é fundamental em momentos em que estes são mais escassos e por isso a racionalização de recursos humanos e físicos é tão importante. Devemos procurar novas maneiras de realizar parcerias, consórcios e partilhar recursos. Propostas em como a FAP acredita que deve isto acontecer estão presentes no documento programático disponível no site da federação.E nestes momentos o que não devemos esquecer é que os conselhos que damos devemos aplicar também às nossas próprias estruturas. Isso é ser e fazer melhor. Subir degraus. E a reorganização in-terna de que falava é urgente também na nossa universidade. Poucos se aperceberam mas a U. Porto atravessa hoje provavelmente o período mais importante desde a sua fundação. O momento de rasgar com o passado e dar um salto qualitativo. Salto esse só pos-sível com a mudança de paradigma. De-vemos deixar de trabalhar como federação de faculdades e assumirmos que somos todos U. Porto. Partilhar recursos físicos, humanos e financeiros. Abraçar possíveis fusões como um bem maior, deixando de lado velhos feudalismos e sensações de falsa posse. É este o desafio da U. Porto hoje. Reformar-se e com um salto, subir um degrau.

Subir um degrau

Luís Rebelo, Presidente da FAP

Maio 2011 | Jornal Info 3

O país enfrenta momentos de adversidade. Dezoito anos depois da segunda “entrada” do Fundo Monetário Internacional no nosso país, Portugal volta a necessitar de recorrer a ajuda externa.

À crise financeira alia-se uma crise política complexa. O Primeiro-Ministro do Governo so-cialista, José Sócrates, demitiu-se acusando a oposição de precipitar estes acontecimentos. O Parlamento foi dissolvido pelo Presidente da República, convocando eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho de 2011, mas será que as eleições resolvem o impasse?

Aproveitando o enquadramento político e temporal, a AEFCUP promoveu um debate com jovens líderes político-partidários, com o intuito de fomentar a discussão em torno do fu-turo do país e procurar tentar saber de que forma as eleições podem ajudar a melhorar o “status quo”.

Assim, no dia 24 de Maio teve lugar no Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências, o I Ciclo de Conferências: Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legisla-tivas 2011, que reuniu jovens dirigentes políticos de alto topo - Michael Seufert (CDS-PP), Hugo Sousa (PSD), João Torres (PS), José Soeiro (BE) e Rita Rato (CDU) -, num evento organizado pela Direcção da Associação de Estudantes da FCUP.

O evento mereceu rasgados elogios pela imprensa, audiência, convidados especiais e mem-bros do painel. Mais de 150 pessoas marcaram presença e inquiriram os representantes partidários sobre diversas problemáticas que vão desde a afectação da acção social esco-lar até às bolsas de investigação e a crise económico-financeira nacional. O evento teve, ainda, acompanhamento de órgãos de imprensa e nas redes sociais.

Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legislativas 2011

Rita Rato - CDU Hugo Sousa - PSD João Torres - PS

José Soeiro - BE Michael Seufert - CDS Cláudio Carvalho- Presidente da AEFCUP

4 Maio 2011 | Jornal Info

Esta história poderia ser contada ao estilo de um conto de fadas, com o sempiterno “Era uma vez…” e todas as suas peripécias - os seus momentos bons, os seus momentos maus.Mas comecemos pelo princípio, muito antes da formação da Universidade há cem anos atrás, falemos dos seus antecedentes que remontam às datas de 30 de Julho de 1762 e 27 de Novembro de 1779, aquando da criação da Aula Náutica e da Aula de Debuxo e Desenho, sediadas no antigo Colégio dos Meninos Órfãos (Actual Reitoria).Esta primeira fase durou até 1803, altura em que foi criada a Academia Real da Marinha e Comércio, que mais tarde originou a Academia Politécnica, a Real Escola de Cirurgia e ainda, posteriormente, deu origem à Escola Médico-Cirúrgica (tendo em anexo a Escola de Farmácia) e à Academia Portuense de Belas Artes.Em 1911, mais precisamente no dia 22 de Março desse ano, sai o primeiro decreto a assi-nalar a fundação da nova Universidade do Porto; saindo, na sua peugada, a 19 de Abril, o segundo decreto, que declara a constituição das suas duas primeiras faculdades: a Facul-dade de Ciências da Universidade do Porto (com um anexo em Engenharia) e a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (com um anexo em Farmácia). Logo no primeiro ano da Universidade surge também a primeira associação de Estudantes, formada a 10 de Maio de 1911.

A 16 de Julho de 1911, é denominado fundador da Universidade do Porto António José de Almeida, presidindo à cerimónia de inauguração oficial da Universidade e à eleição, nesse mesmo dia, do primeiro reitor: Francisco Gomes Teixeira.Os primeiros cursos da Universidade arrancam a 1 de Novembro de 1911, altura em que a Faculdade de Ciências e a Faculdade de Medicina tinham cerca de 533 estudantes para 83 professores - cem anos depois, e após uma evolução gradativa da Universidade, esta possui 30 mil alunos e 1900 professores.Com o início desta nova era no ensino superior da cidade Invicta, foi necessário aguardar seis anos para a formatura do primeiro Doutor pela Universidade, de seu nome Rodrigo Sarmento Beires, que apresentou a 20 de Junho de 1917 a sua tese de Doutoramento em Ciências Matemáticas, na Faculdade de Ciências.

Cem anos de História

Maio 2011 | Jornal Info 5

Realizou-se, no já de si histórico Teatro Sá da Ban-deira, no passado dia 14 de Abril, o VI Scientiphicvs, com organização da AEFCUP e da tuna Masculina de Ciências - a Javardémica.Apesar de uma afluência mais fraca relativamente a anos anteriores (talvez reflexo directo da crise finan-ceira), não deixou de ser um grande espectáculo ini-ciado com a magnífica actuação do nosso Grupo de Fados de Ciências e animado pelas tunas: “In Vinus Tuna”, TAUP, Gatunos, Tuna de Contabilidade do Porto, TFUCP e claro, pela nossa magnífica JAVARDÉMICA, que mais uma vez nos proporcionou um momento único com o Sá da Bandeira de pé, a cantar o “Ciencito Aluno”, conhecido como o Hino de Ciências, que para muitos faz lágrimas correr pelo rosto.Em Outubro, realizar-se-á ainda o Vintage – Festival de Tunas de Ciências – Organizado pela AEFCUP e pela Cientuna.

Dia 24 de Março – Dia do Estudante Estava programado para este dia um protesto dos estudantes de todo o país contra os serviços de acção social e a Direcção Geral do Ensino Superior. Como tal, organizou-se um movimento conjunto de associações e federações de forma a puderem dirigir-se a Lisboa e escrever no livro de reclamações da DGES.A AEFCUP mobilizou os seus estudantes para a iniciativa, que teve na FAP o seu principal im-pulsionador e suportador de custos.Chegados a Lisboa e em conjunto com os estudantes de Castelo Branco, Évora e Lisboa, foram feitas as reclamações possíveis até às 18 horas, hora em que foi necessário regressar à Invicta Cidade do Porto. Como o Dia do Estudante não poderia ficar somente marcado pelo protesto, a AEFCUP juntou-se à AEFLUP para a festa “Porco no Espeto”, que contou com a actuação do grupo de Ciências - Lá Lá Pito, que veio trazer ainda mais animação à festa em estilo de churrasco, que se prolongou pela noite dentro.

Durante os primeiros anos de existência, a FCUP teve um papel fulcral no desenvolvi-mento da Universidade, pois para além da formação do primeiro Doutor, foi também nesta faculdade que se deu a atribuição dos primeiros “Honoris Causa”, a 13 de Abril de 1921, e ainda a formação das primeiras Mulheres Doutoradas (em 1944 e 1945); tendo sido tam-bém desta mui nobre instituição que partiu a criação do Jornal Porto Académico (1922).Ao longo dos anos, a Universidade foi evoluindo, passando de duas Faculdades para treze Faculdades, um Instituto e uma Escola de Negócios. Tornou-se uma das Universidades mais conceituadas da Europa, e como tal merece as felicitações do Jornal Info pelo seu e Nosso CENTENÁRIO!

Parabéns Universidade do Porto e Parabéns Faculdade de Ciências. TC/IR

100 anos de CiênciaA nossa Faculdade criou-se a 19 de Abril de 1911 com 3 ramos de ensino: Ciências Históri-co-Naturais, Ciências Fisico-Quimicas e Ciências Matemáticas.

Scientiphicvs e o Dia do Estudante

6 Maio 2011 | Jornal Info

The University of Porto has been growing in the ranking of the great European destinies for Exchange, with nearly 3000 foreign students per year, making it the number one Institution nationwide, and the 33th in the top 100 of the Index - In-coming Erasmus Student Mobility.

The Info spoke with two Exchange Students, one from the Erasmus Program and the other from the CPLLA/Brasil, asking them why they have chosen, Porto to study and the answers were quite interesting: “I have chosen it, first of all, because of the Weather”, said Mirella Paldyna, a polish girl, one of the many polish students who came to Porto this year, “I dare say that the relatively low cost is another point in favor of this city”. Meanwhile, Victor Marcondes, a Brazilian student, mentioned the city’s beauty as an influ-ence to his choice and concluded: “The common Language between our coun-tries will always be a decisive factor for the students in Brazil, when they start to think about studying in Europe”.

When we asked if they already think in returning, Victor thought twice, while Mirella answered swiftly: “Returning? Beyond any doubt.”

Let’s hope they enjoy the stay, never forgetting that they are most welcome. IR

Porto an Erasmus City

Maio 2011 | Jornal Info 7

Uma campanha irrepreensível nos Campeonatos Académicos do Porto levou a equi-pa de futsal feminino da AEFCUP a um honroso título de vice-campeãs da Academia do Porto, perdendo apenas a final para uma fortíssima equipa da AEESTSP por 3-1. Nesta final, uma menção honrosa para o público que se deslocou até ao Pavilhão do IPP em massa, tanto para apoiar as nossas meninas, como com fair-play con-gratular a equipa campeã.

A presença nesta final valeu à AEFCUP uma participação nos Campeonatos Na-cionais Universitários de Futsal Feminino, algo que não acontecia há 6 anos. Tal como nessa altura, a nossa equipa ficou aquém das expectativas e não conseguiu ultrapassar a fase de grupos. Desta vez a nossa equipa abriu o torneio em Coimbra contra a equipa da casa, a campeã europeia em título, perdendo por 12-1, depois de ir para o intervalo a perder por 2-0 para aquela que viria a ser a finalista vencida da competição deste ano. No segundo jogo, foi já uma equipa desgastada da AE-FCUP que defrontou a equipa da Academia Militar mais fresca, apesar da presença no Play-off, e mais rotinada neste tipo de competição para quem acabou por per-der por 9-3, depois de recuperar da desvantagem de 1-0 e de ir para o intervalo a perder por 2-1.

No entanto, apesar destes resultados pesados que em nada condizem com a quali-dade e empenho da nossa equipa, a AEFCUP está muito orgulhosa das atletas que a representaram ao longo da época de 2010/2011, na qual conquistaram para nós o título de vice-campeões da academia. Nos CNUs encontraram equipas maioritaria-mente federadas e com hábitos de competição que mostraram, para quem assistiu aos jogos desta competição, serem na sua grande maioria claramente mais fortes do que a nossa equipa. Mas não pode deixar de ser uma honra para esta equipa, pertencer à elite das 12 melhores equipas de futsal feminino universitário do país, mormente quando esse feito foi conseguido por um plantel de estudantes com um percurso académico de referência e para quem a prática de futsal não é mais do que um hobby saudável, o qual promove o convívio com outros estudantes do Porto e, este ano, também do resto do país. Parabéns meninas, estamos orgulhosos e honrados por representarem a AEFCUP. PP

TAÇA DOS CAMPEONATOS ACADÉMICOS DO PORTO - RESULTADOS

As equipas de futsal - feminino e masculino - alcançaram o título de vice-campeãs na Taça dos Campeonatos Académicos do Porto. Enquanto, a equipa masculina per-deu por 4-1 com a AEFLUP, a equipa feminina perdeu com a AEISCAP por 3-0. As atletas estão, indubitavelmente, de parabéns por mais esta conquista. PP

Campeonatos Nacionais Universitários

Presidente AEFCUP: Cláudio Carvalho.Coordenador Info: Filipe Fonseca.Redacção Info: Cristiana Barbosa, Edite Mar-tins, Ivo Reis, Ricardo Gomes, Patrick Pais e Tiago Costa.

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