Influência do óxido nítrico na melhora da potência muscular

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DANIELA NAVARRO D’ALMEIDA INFLUÊNCIA DO ÓXIDO NÍTRICO NA MELHORA DA POTÊNCIA MUSCULAR Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. SÃO PAULO 2013

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DANIELA NAVARRO D’ALMEIDA

INFLUÊNCIA DO ÓXIDO NÍTRICO NA MELHORA DA POTÊNCIA MUSCULAR

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da

Faculdade de Ciências Médicas da Santa

Casa de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

SÃO PAULO 2013

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DANIELA NAVARRO D’ALMEIDA

INFLUÊNCIA DO ÓXIDO NÍTRICO NA MELHORA DA POTÊNCIA MUSCULAR

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da

Faculdade de Ciências Médicas da Santa

Casa de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientadora: Profa Dra Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs Área de Concentração: Ciências da Saúde.

SÃO PAULO 2013

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FICHA CATALOGRÁFICA

Preparada pela Biblioteca Central da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

D’Almeida, Daniela Navarro Influência do óxido nítrico na melhora da potência muscular./ Daniela Navarro D’Almeida. São Paulo, 2013.

Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

Área de Concentração: Ciências da Saúde Orientadora: Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs 1. Óxido nítrico 2. Terapia por exercício 3. Força muscular

BC-FCMSCSP/78-13

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Dedicatória Dedico este trabalho às pessoas que lutam diariamente ao meu lado,

transmitindo fé, amor, alegria, determinação, paciência e coragem, tornando os

meus dias mais felizes e bonitos.

Ao todo criador Deus, que está acima de todas as coisas deste mundo.

Concebendo sempre os nossos desejos e vontades, mesmo quando de forma

oculta.

Aos meus pais, Eduardo Manoel e Rogéria, a minha irmã Jéssica e ao meu

marido Rogério Bernardo, sem vocês eu não seria nada!

“Eu pedi Força e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi

Sabedoria e Deus me deu problemas para resolver. Eu pedi prosperidade e Deus

me deu cérebro e músculos para trabalhar. Eu pedi coragem e Deus me deu perigo

para superar. Eu pedi amor e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar. Eu

pedi favores e Deus me deu oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas eu

recebi tudo de que precisava.”

(autor desconhecido)

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Agradecimentos A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na pessoa do DD

Provedor Dr Kalil Rocha Abdalla,exemplar instituição de ensino e atendimento aos

pacientes.

A Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa de São Paulo, na pessoa

de seu DD Diretor Professor Dr. Valir Golin, pela oportunidade do Curso de Pós-

Graduação.

A Capes pelo auxílio durante o Curso.

A minha orientdora Drª Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs, pela paciência,

ensino e dedicação neste trabalho.

Ao Profº Flávio Fernandes Bryk por transmitir seus conhecimentos, por fazer

de minha dissertação uma experiência positiva e dedicar parte do seu tempo à mim.

Aos funcionários da Secretaria, em especial à Mirtes, por tirar todas minhas

dúvidas e pela compreensão em todos os momentos.

Aos particpantes da pesquisa, que quando convidados, aceitaram participar

desta pesquisa, arranjando tempo para realização dos testes. Obrigada!.

A instituição que trabalho, Unisalesiano- Araçatuba-SP, pela força, ajuda,

principalmente nos momentos de ausência, e pelo incentivo na dedicação do estudo.

“Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos vão

ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos e sonho e outras

ainda porque nos desafiam a construí-los”.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

1.1- Revisão de Literatura.................................................................................4

2. OBJETIVOS.............................................................................................................6

2.2 Objetivos gerais...........................................................................................6

2.3 Objetivos específicos...................................................................................6

3. CASUÍSTICA E MÉTODOS.....................................................................................8

3.1 Procedimentos.............................................................................................9

3.2 Avaliação antropométrica............................................................................9

3.3 Grupos: placebo e ON...............................................................................10

3.4 Protocolo de avaliações.............................................................................11

3.5 Protocolo de treinamento...........................................................................12

3.6 Critérios de inclusão e exclusão................................................................14

3.7 Análise estatística......................................................................................15

4. RESULTADOS.......................................................................................................16

5. DISCUSSÃO..........................................................................................................22

6. CONCLUSÃO.........................................................................................................26

7. ANEXOS.................................................................................................................28

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................32

FONTES CONSULTADAS..............................................................................36

RESUMO.........................................................................................................38

ABSTRACT......................................................................................................40

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1. INTRODUÇÃO

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1. Introdução O óxido nítrico (ON) constitui uma das menores e mais simples moléculas

biossintetizadas. (Morris, Billiar, 1994). É um radical livre, gasoso, incolor, que possui

sete elétrons do nitrogênio e oito do oxigênio, tendo um elétron desemparelhado.

(Beckman, Koppenol, 1996). Atualmente, o ON constitui um dos mais importantes

mediadores de processos intra e extracelulares (Dusse et al, 2003).O radical óxido

nítrico (ON) é uma molécula endógena envolvida em inúmeros processos

fisiológicos que variam desde a neurotransmissão até a modulação do estado

inflamatório, agindo na agregação plaquetária, vasodilatação, quimiotaxia e

possuindo ação bactericida. (Katzung, 2006; Saha, 2006; Yuan, 2009).

Com base na função vasodilatadora, Angeli et al (a) (2007) evidenciam o

papel estimulante e potencializador do óxido nítrico para que haja a transição entre

os tipos de fibras musculares, em situações de sobrecarga.

Segundo Flakol et al (2004), a suplementação de óxido nítrico pode estar

associada à melhora da força contráctil através de uma maior síntese de proteínas

musculares em períodos de administração mais prolongados quando realiza

concomitantemente a um programa de exercícios resistidos.

Aparentemente, a administração oral de ON proporciona melhor qualidade de

treino por de três mecanismos inter-relacionados e interdependentes

desencadeados simultaneamente pela vasodilatação: o aumento da perfusão

sanguínea ( Meneilly et al,(a) 2001; Radegran, Saltin, 1999), facilitando o aporte de

oxigênio e nutrientes aos tecidos; a maior oferta de glicose para o músculo em

atividade proporcionando maior substrato energético para a contração muscular (

Meneilly et al (b) 2001); e a redução da concentração plasmática de amônia e

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lactato, retardando a fadiga e diminuindo o desconforto provocado pelo acúmulo

desses catabólitos na musculatura (Schaefer et al 2002).

Segundo Angeli et al (b) (2007), pode-se considerar que o próprio efeito da

melhora da perfusão da musculatura esquelética contribui para a melhor qualidade

do treinamento resistido, apresentando ao longo do tempo uma potencialização dos

efeitos do treino e consequentemente maior aumento de massa muscular e da força

contráctil.

Algumas definições de força e potência são freqüentemente contraditórias e

confusas, entretanto, pelas leis que regem a física, a força é expressa como o

produto da massa pela aceleração (F [N] = m [kg]). a [m/s]) (Thompso, Bembem,

1999). Já a potência representa o trabalho mecânico desenvolvido sob uma série de

condições, podendo ser caracterizada da seguinte forma: [P (W) = F (N) x V.(m.s-1)].

Portanto, a potência muscular é altamente dependente da força e ambas são

importantes para desempenho desportivo e para as atividades cotidianas.

(Thompson, Bembem, 1999).

Nos seres humanos, há uma carência de informações e estudos sobre o

efeito da suplementação de ON em resposta ao exercício anaeróbio na melhora da

potência muscular.

O objetivo deste é investigar os efeitos da suplementação de ON na melhora

da potência muscular após realizar um protocolo de exercício de fortalecimento

muscular.

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1.1. Revisão de literatura

O ON produzido pelas células endoteliais vasculares é um importante

regulador da função vascular. (Furchgott, Zawadski 1980).

A produção de ON no organismo humano ocorre quando o aminoácido L-

arginina é convertido em L-citrulina numa reação catalisada pela enzima óxido

nítrico sintase (ONS). (Angeli et al,(a) 2007).

O ON produzido pelas células endoteliais tem um papel essencial no

processo de relaxamento do vaso sanguíneo. Em condições fisiopatológicas, o

relaxamento vascular ocorre quando os receptores da membrana das células

endoteliais são ativados por estímulos solúveis ou quando há um aumento do atrito

exercido pelas células circulantes sobre a camada endotelial, levando à ativação da

e-ONS presente nestas células e à conseqüente produção de ON. (Busconi, Michel,

1993). A e-ONS está estrategicamente ancorada à membrana da célula endotelial, o

que favorece a presença de grandes quantidades de ON próximo à camada

muscular do vaso e às células sanguíneas circulantes. O ON produzido na célula

endotelial difunde-se rapidamente para a célula muscular e para o lúmen vascular. A

difusão rápida e a facilidade com que esta molécula penetra em outras células,

graças ao seu pequeno tamanho e à sua característica lipofílica, são cruciais para o

entendimento das suas atividades biológicas. (Moncada et al, 1991)

Segundo Cerqueira, Yoshida (2002), o ON medeia vários fenômenos, como

vasorrelaxamento dependente do endotélio, adesão e agregação plaquetária,

regulação da pressão sanguínea basal. Nos vasos sanguíneos o ON exerce função

na modulação do diâmetro vascular e da resistência vascular pela sua habilidade em

relaxar o músculo liso vascular.

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O treinamento físico melhora a função autonômica cardiovascular e

vasodilatadora endotelial de modo sistêmico, promovendo efeitos benéficos

cardíacos e vasculares. Esses benefícios, entre diversas causas, também estariam

relacionados com a maior produção do ON (Maiorana et al, 2003).

Os mecanismos responsáveis pela hipertrofia muscular, em resposta ao

treinamento de força, não estão, totalmente elucidados (Goldspink, Harridge, 2003).

Neste contexto, várias teorias foram elaboradas para explicar como estas

respostas agudas estimulariam a hipertrofia do músculo esquelético. Considerando

os possíveis mecanismos fisiológicos envolvidos nesse processo, alguns autores

propuseram a hipótese da supercirculação (Zatsiorsky, 1999).

Segundo Flakoll et al (2004), a suplementação de ON está associada à

melhora da força contráctil através de uma maior síntese de proteínas musculares.

Angeli et al (b) (2007) constatou que após 2 meses de treinamento com

pesos, o grupo que recebeu a suplementação com arginina apresentou valores de

peso e massa magra significativamente maiores (p< 0,05), percentual de gordura

corporal significativamente menor e força de membros inferiores significativamente

maior, enquanto o grupo controle não mostrou diferenças significativas para o

mesmo período. Como a administração prolongada de arginina aumenta a produção

de ON, sua suplementação tem sido relacionada à melhora da função contráctil do

músculo esquelético.

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2. OBJETIVOS

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2. Objetivos

2.1 Objetivos gerais

Investigar os efeitos da suplementação do ON na potência muscular em

indivíduos sadios após realizar um protocolo de exercício de fortalecimento

muscular.

2.2 Objetivos específicos

Avaliar se a suplementação de ON associados a exercícios de fortalecimento

muscular apresenta relação direta com o aumento de potência muscular mediante

aos testes funcionais de salto vertical e horizontal.

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3. CASUÍSTICA E MÉTODOS

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3. Casuística e Métodos

3.1 Procedimentos

Estudo de ensaio clínico randomizado placebo controlado, duplo cego. A

randomização ocorreu em forma de envelopes lacrados, sendo os dados ocultados,

tanto para o pesquisador quanto para os participantes da pesquisa, um terceiro

indivíduo (FFB), foi o responsável pela randomização. O estudo foi realizado com 44

participantes pós-graduandos no Setor de Fisioterapia do serviço de Reabilitação da

Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, (20 homens e 24 mulheres) e destes

apresentaram documentação completa 36 indivíduos (16 mulheres e 20 homens),

com idades entre 21 e 30 anos (média : 23,97 anos, desvio padrão (DP): 2,38),

peso corporal entre 46 e 135 quilogramas (Kg) (média: 72,90 Kg, DP: 17,69),

estatura entre 145 e 184 centímetros (cm) (média: 1,66m, DP: 0,09) e índice de

massa corporal (IMC) entre 18,53 e 42,13 Kg/m² (quilogramas por metro quadrado)

(média: 25,87Kg/m², DP: 4,59). Todos os indivíduos não tinham histórico de

atividade física anterior ao estudo.

O estudo foi aprovado pelo Comité de Ética em Pesquisa da Irmandade da

Santa Casa de Misericórdia de São Paulo sob o número: 267.152.

3.2 Avaliação antropométrica

Após o convite para ser voluntário da pesquisa, foi explicado ao participante

os objetivos da pesquisa e sua participação na mesma. Todos os participantes do

estudo assinaram o Termo de consentimento livre esclarecido (ANEXO 1).

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Foram coletados dados demográficos como nome completo, idade e telefone

para contato. Em seguida foi realizada a avaliação antropométrica, os participantes

foram pesados e medidos em altura na balança ergométrica de marca Welmy,

calibrada em 29/08/12, peso máximo de 150Kg e altura máxima de 2,20 metros

pertencente ao Setor de Fisioterapia.

3.3 Grupos: Placebo e ON

Os indivíduos estudados foram divididos em dois grupos, um grupo com a

suplementação de óxido nítrico e realizando o fortalecimento muscular (GON), e um

segundo grupo placebo (GC), que também realizou o fortalecimento muscular. O

placebo é composto por maltodextrina, um carboidrato complexo oriundo da hidrólise

do milho, o qual não interfere no resultado do estudo, uma vez que a quantidade de

maltodextrina não é suficiente para otimizar o desempenho do treino. A forma de

administração do ON e do placebo foi por via oral, em cápsulas iguais, ambos com

quantidade de 0,5 gramas em cada cápsula. Foi administrado para os participantes

uma quantidade de 3 gramas de ON ou placebo, sendo o total de cápsulas de 6

cápsulas por dia de treino, a ingestão foi realizada 45 minutos antes do treino para

cada grupo, em jejum de uma hora, para melhor efeito da suplementação. A

procedência desta suplementação foi fornecida pelo Laboratório ADS, intitulado

Atlhética.

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3.4 Protocolo de avaliações

No estudo foram realizadas duas avaliações de potência, sendo consideradas

a primeira antes de iniciar o trabalho de fortalecimento muscular (M1), tendo como

objetivo avaliar a potência inicial dos indivíduos e a última após oito semanas do

início do mesmo (M2) com o objetivo de investigar se a suplementação foi eficaz

para o aumento da potência muscular.

Para a avaliação dos efeitos da suplementação, os grupos foram submetidos

a dois testes funcionais sendo eles o Single Hop Test Daniel et al (1982) que é

utilizado para avaliar a potência muscular dos membros inferiores. Este teste

consiste em saltar para frente com uma perna só, com as mãos para trás atingindo a

máxima distância a qual será marcada. O teste foi realizado duas vezes com o

membro inferior dominante e não dominante, a primeira para compreensão e

correção do salto e a segunda para análise.

O segundo teste funcional, salto vertical Daniel et al (1982), tem como

objetivo medir a potência dos membros inferiores no plano vertical. A pessoa

avaliada assume a posição em pé, de lado para uma parede lisa com o braço

estendido acima da cabeça o mais alto possível, mantendo as plantas dos pés em

contato com o solo. Realizou-se uma marca com os dedos sujos de tinta na parede

na posição mais alta que o indivíduo atingiu. O teste consiste em saltar o mais alto

possível, sendo facultado à pessoa avaliada o flexionamento das pernas e o balanço

dos braços para a execução do salto. O teste foi realizado duas vezes a primeira

para compreensão e correção do salto e a segunda para análise.

Para a comparação entre os participantes dos resultados das distâncias

atingidas no salto vertical e hop teste, os mesmos foram normalizados pela altura de

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12

cada individuo através da fórmula (Distância dos testes em centímetros/ Altura em

centímetros x 100).

3.5 Protocolo de treinamento

O treinamento consistia em executar o protocolo (ANEXO 2) três vezes por

semana totalizando 24 sessões. O tempo total para execução do protocolo de

treinamento foi de 30 minutos, com intervalo para descanso entre as séries de um

minuto. A carga estipulada para o fortalecimento muscular foi de iniciar os

exercícios sem peso e aumentar um quilograma a cada duas semanas seguidas,

com exceção da cadeira extensora que utilizou-se 70% da resistência máxima (RM).

Com o objetivo de reduzir a margem de erro do protocolo de exercícios, foram

adotadas estratégias para compreensão exata dos movimentos, tais estratégias

como: instruções padronizadas foram oferecidas antes de realizar os exercícios, de

modo que o participante estivesse ciente de toda a rotina a que envolvia; o

participante foi instruído sobre a técnica de execução do exercício; o avaliador

estava atento quanto à disposição adotada pelo praticante no momento da execução

dos exercícios. Pequenas variações no posicionamento das articulações envolvidas

no movimento poderiam acionar outros músculos, levando a interpretações errôneas

para o estudo.

Os exercícios do protocolo de treinamento demonstrado na Figura 1 visaram

fortalecer a musculatura abdutora e adutora de quadril, flexores e extensores do

joelho e a musculatura flexora plantar. Foram realizadas quatro séries de 10

repetições de cada exercício.

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Abdução Adução

Flexão do joelho Cadeira extensora

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Panturrilha Bipodal Panturrilha Unipodal

Figura 1. Ilustrações dos tipos de exercícios do protocolo de treinamento.

3.6 Critérios de inclusão e exclusão

Como critérios de inclusão foram selecionados indivíduos de ambos os sexos,

com idades entre 20 e 30 anos, não atletas, ativos, não portadores de afecções

cardiorespiratórias e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Como critérios de exclusão, a desistência da aplicação dos testes em ambos os

momentos e do protocolo de treinamento, a não ingestão da suplementação placebo

ou ON, com o uso de ergogênicos auxiliadores na melhora da potência muscular,

indivíduos com fraturas, pós cirúrgicos, com doença ortopédica nos últimos seis

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meses, com distúrbios gastrointestinais que dificultariam a ingestão das cápsulas e

antecedentes de doenças cardiovasculares.

3.7 Análises estatísticas

Todos os dados foram registrados em planilha Microsoft Office Excel 2007 e

transportados para o programa de SPSS 20, no qual foram efetuadas as análises

estatísticas.

Para a comparação dos dois grupos em relação à homogeneidade dos dados

como peso corporal, altura, IMC e idade, no momento inicial do estudo foram

utilizados o teste ANOVA de medidas independentes. Já para a comparação intra

grupos no início e final da intervenção e para a comparação inter grupos no

momento após a intervenção foi utilizado o teste ANOVA de medidas repetidas.

O cálculo inicial da amostra foi baseado na comparação de médias utilizando

como referência artigos similares, com diferença de média de 1,5 e desvio padrão de

2, foi adotado nível de significância 5% com um poder de teste de 80%. Da diferença

estatística significante identificada com asterisco.

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4. RESULTADOS

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4. Resultados Não houve diferença estatística quanto a idade, o peso e o índice de massa

corporal, porém houve uma diferença estatística (p≤ 0,05) na amostra para altura,

demonstrando o grupo do óxido nítrico ter maior altura que o grupo placebo

conforme tabela 1.

TABELA 1. Média e desvio padrão de idade, altura, peso e índice de massa corporal.

GON GC

Idade 24,45 ± 2,50 23,37 ±2,15

Altura(m) * 1,70 ± 0,07 * 1,61 ± 0,10 *

Peso(kg) 75,49 ± 12,91 69,67 ± 22,34

IMC(kg/m²) 25,64 ± 3,32 26,16 ± 5,91

* Diferença estatística p≤ 0,05.

GON: grupo do óxido nítrico, GC: grupo controle,, m:metro, kg:quilograma, IMC: índice de massa

corpórea.

Para o teste single hop test normalizado com a altura, houve uma diferença estatística (p≤ 0,05) intragrupos no momento inicial e final, porém não houve uma diferença estatística intergrupos conforme tabela 2.

TABELA 2. Média e desvio padrão do single hop test normalizado e altura

HT.N M1 x Alt HT.N M2 x Alt Intra G Inter G

GON 73,99 ± 11,09 78,70 ± 11,43 P = 0,0001 P = 0,314

GC 68,93 ± 17,88 76,30 ± 16,38

HT.N M1 x Alt; single hop test no momento inicial normalizado com a altura; HT.N M2 x Alt; single hop test no momento final normalizado com a altura

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A figura 2 demonstra a média do single hop test normalizado com a altura para o grupo da suplementação com óxido nítrico no momento inicial e final, após o fortalecimento muscular.

Figura 2

A figura 3 demonstra a média do single hop test normalizado com a altura

para o grupo controle no momento inicial e final, após o fortalecimento muscular.

Figura 3

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A figura 4 demonstra a média do single hop test normalizado com a altura para o grupo da suplementação de óxido nítrico e grupo controle no momento final, após o fortalecimento muscular.

Figura 4 Para o teste salto vertical, houve uma diferença estatística (p≤ 0,05)

intragrupos no momento inicial e final, porém não houve uma diferença estatística intergrupos conforme tabela 3.

TABELA 3. Média e desvio padrão do salto vertical e altura normalizada.

SV.N M1 x Alt SV.N M2 x Alt Intra G Inter G

GON 149,27 ± 7,02 150,64 ± 7,27 P = 0,014 P = 0,55

GC 148,23 ± 7,50 149,09 ± 7,16

SV.N M1 x Alt; salto vertical normalizado no momento inicial com a altura; SV.N M2 x Alt; salto vertical normalizado no momento final com a altura.

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A figura 5 demonstra a média do Salto vertical normalizado com a altura para o grupo da suplementação de óxido nítrico no momento inicial e final, após o fortalecimento muscular.

Figura 5 A figura 6 demonstra a média do Salto vertical normalizado com a altura para

o grupo controle no momento inicial e final, após o fortalecimento muscular.

Figura 6

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A figura 7 demonstra a média do Salto vertical normalizado com a altura para o grupo da suplementação de óxido nítrico e grupo controle no momento final, após o fortalecimento muscular.

Figura 7

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5.DISCUSSÃO

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5. Discussão

A literatura tem demonstrado que força e potência muscular são fundamentais

tanto para o desempenho físico quanto para a saúde.(Tompson, Bembem, 1999;

Friedrick, 2001; Foldvari et al, 2000). Para o treinamento desportivo, a potência

muscular é uma das variáveis mais importantes. (Kraemer et al, 1996; Kanehisa,

Miyashita, 1983). Isso também é válido para as atividades cotidianas, nas quais a

potência muscular desempenha um papel de grande relevância. (Tompson,

Bembem, 1999; Friedrick, 2001).

Dentre os vários estudos enfatizando o ON e o ganho de força e massa

muscular destaca-se o de Angeli et al (b) (2007), o qual conclui que a administração

oral de 3g/dia de ON potencializa os efeitos do treinamento com pesos,

proporcionando maior ganho de força e massa muscular, porém essa associação

em uma possível melhora de potência muscular não está elucidada na literatura, não

existem trabalhos comprovando que a ingestão de ON acarreta no aumento da

potência muscular. Uma vez que a variável potência é diretamente proporcional a

variável força e velocidade, se há uma melhora da força muscular

conseqüentemente haveria uma melhora da potência muscular.

Para se avaliar a melhora da potência muscular, estudos têm abordado testes

específicos para essas funções, como o salto vertical e o single hop test. (Hespanhol

et al , 2006; Marchtti, Uchida, 2011; Simão et al, 2001).

Segundo Hespanhol et al (2006), o pico da potência muscular, da potência

média e do índice de fadiga são medidas confiáveis no que se refere às medidas

repetidas na avaliação de teste de salto vertical.

Entre outros métodos desenvolvidos para fornecer informações sobre a

função muscular, está o single hop test, descrito por Daniel et al,(1982), para

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avaliação dos componentes de força e potência, para a estabilidade de um

segmento lesado agregou-se o método de Selistre et al, (2012). Este método

apresenta vantagens bem estabelecidas, como baixo custo, fácil aplicação, boa

validação e confiabilidade (Sekir et al, 2008; Reid et al, 2007; Hamilton et al, 2008).

A distância dos saltos dos testes funcionais foi normalizada com a altura para

demonstrar que não há diferenças estatísticas (p ≤0,05) entre os grupos GC e GON,

mesmo sendo um grupo mais alto que o outro conforme mostra a Tabela 1. Uma das

limitações do estudo foi que houve diferença na altura dos grupos, fato este que

poderia influenciar na distância e altura encontradas do single hop test e no salto

vertical, respectivamente. Entretanto, como os resultados foram normalizados pela

altura de cada participante, esse viés é minimizado e os dados podem ser

comparados sem que a diferença de altura seja um fator relevante.

No presente estudo, não houve diferença estatística (p ≤0,05) intergrupos

GON e GC, porém houve uma diferença estatística intragrupos para ambos os

momentos M1 e M2.

Com base no resultado obtido, diferença estatística presente entre os

momentos, demonstra que a suplementação de ON não foi eficaz para a melhora da

potência muscular, mas sim no exercício de fortalecimento muscular, uma vez que

em ambos os grupos, GC e o GON, a diferença esteve presente.

Infelizmente, não existem na literatura dados que possam ser comparados

com os achados da presente investigação, uma vez que a grande maioria dos

estudos sobre ON relatam seus efeitos cardioprotetores, vasodilatadores, melhora

de força muscular e massa magra corpórea.

No que diz respeito à associação de força, massa muscular e potência

muscular, o que diferencia nos exercícios de fortalecimento a força e a potência

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muscular é a relação de velocidade para a execução do movimento. (Komi, 1995;

Hakinnen et al, 1985; Maud, Foster, 1995). A força geralmente está relacionada ao

trabalho envolvendo cargas elevadas, sem existir a necessidade da imposição de

elevadas velocidades ao movimento. Já a potência tem sido associada a cargas

abaixo daquelas preconizadas para força, estando mais relacionada às velocidades

de movimento do que à própria carga. (Maud, Foster, 1995).

Na equação de potência muscular há duas variáveis para obtenção de seu

cálculo, a de força e velocidade. Neste estudo, a razão força foi a variável

preconizada para o protocolo de treinamento, uma vez que há trabalhos citados na

literatura enfatizando a melhora da força muscular com o uso do ON (Meneilly et al

(b), 2001; Radegran, Saltin, 1999), porém não foi associada a razão velocidade

neste protocolo e poderia ter sido este o motivo da não melhora da potência

muscular entre os grupos GON e GC. Fica, entretanto, a questão dos efeitos da

associação do ON e potência muscular a ser investigada no futuro.

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6. CONCLUSÃO

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27

6. Conclusão

A suplementação do ON (3g/dia de treino) em indivíduos sadios após realizar

exercício de fortalecimento muscular não promoveu melhora na potência muscular.

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7.ANEXOS

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7. Anexos

ANEXO 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Pesquisadora: Daniela Navarro D’Almeida

A pesquisa intitulada Investigação dos efeitos da suplementação oral de óxido nítrico na

melhora da potência muscular após fortalecimento muscular tem como objetivo geral investigar os

efeitos da suplementação de óxido nítrico em indivíduos sadios após realizar um exercício de

fortalecimento muscular e objetivo específico avaliarem se a suplementação de óxido nítrico tem

relação direta com o aumento de força e como conseqüência no aumento de massa muscular em

resposta ao exercício anaeróbio.

Por meio deste, convido-lhe para ser voluntária (o) da pesquisa, que se refere à um trabalho

de conclusão de curso nível Mestrado em Ciências da Saúde. A forma de participação consiste em

sujeitarem-se ao processo de avaliação antropométrica e de força muscular, técnicas não invasivas,

do desempenho físico e aceitar a utilizar a suplementação de óxido nítrico ou placebo. Vale ressaltar

que estas avaliações não oferecem quaisquer riscos à saúde do participante. Não será cobrado nada;

não estão previstos ressarcimentos ou indenizações; não haverá benefícios imediatos na sua

participação.

O participante terá livre acesso a qualquer informação sobre os procedimentos da pesquisa,

inclusive para dirimir eventuais dúvidas, liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e

de deixar de participar do estudo.

Em caso de dúvida(s) e outros esclarecimentos sobre esta pesquisa o participante poderá

entrar em contato com a pesquisadora do projeto Daniela Navarro D’Almeida, Nutricionista, CRN

24346, endereço Rua Tibiriçá 1220, Araçatuba-SP, telefone para contato 18- 97944970 ou 18 3117-

7257.

Eu confirmo que Daniela Navarro D’Almeida explicou-me os objetivos desta pesquisa, bem

como, a forma de participação. As alternativas para participação também foram discutidas. Eu li e

compreendi este termo de consentimento, portanto, eu concordo em dar meu consentimento para

participação como voluntária desta pesquisa.

São Paulo, ___ de ___ de 2013.

________________________________________

(Assinatura do participante)

________________________________________

(Assinatura da pesquisadora)

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30

ANEXO 2

Pesquisadora: Daniela Navarro D’Almeida

Nível: Mestrado Ciências da Saúde Orientadora: Drª Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs

Co-orientador: Flávio Fernandes Bryk Investigação dos efeitos da Suplementação oral de óxido nítrico na melhora da

potência muscular no subseqüente fortalecimento muscular.

Data:___ de___ de 2013

PROGRAMA DE TREINAMENTO Duração: 3x/semana por 2 meses- total= 8 semanas de treinamento Nome:______________________________________________________________

Exercício Repetições Séries Carga Observações Abdução 10º

10 rep. 4x 0-3 Kgs Aumentar a cada 2 semanas 1Kg, iniciando sem carga

Adução 10 rep. 4x 0-3 Kgs Aumentar a cada 2 semanas 1Kg, iniciando sem carga

Panturrilha Unipodal

10 rep. 4x Plano + degrau

Realizar nos dois planos

Panturrilha Bipodal

10 rep. 4x degrau -----------------------------------------

Isqueotibial 10 rep. 4x 1-4 Kgs Aumentar a cada 2 semanas 1 Kg

Extensora 1RM (70%FC)

10 rep. 4x -------- ------------------------------------------

Suplementação: Ingerir 6 cápsulas 45 minutos antes do exercício em jejum de pelo menos 1 hora.

Bom treino! Agradeço pela colaboração e compreensão de vocês.

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31

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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33

8. Referências Bibliográficas

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RESUMO

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Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar se a suplementação de óxido nítrico tem relação

direta com o aumento de potência muscular em resposta ao exercício de

fortalecimento. Participaram do estudo 36 indivíduos do sexo masculino e feminino,

submetidos a oito semanas de treinamento com pesos (três vezes por semana),

divididos aleatoriamente em dois grupos, um grupo fez o uso de três gramas de

óxido nítrico e o protocolo de treinamento e outro foi o grupo placebo e realizando o

protocolo de treinamento.Não houve diferença estatística (p<0,05) inter grupos,

apenas uma diferença estatística intra grupos para ambos os momentos, antes da

realização do protocolo de treinamento e após o mesmo para ambos os

grupos.Conclui-se que a administração oral de óxido nítrico associada a um

programa de treinamento não aumentou a potência muscular dos indivíduos.

Unitermos: óxido nítrico, terapia por exercícios , força muscular.

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ABSTRACT

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Abstract The aim of this study was to evaluate whether nitric oxide supplementation is directly

related to the increase of muscle power in response to strength training exercise. The

study included 36 males and females, underwent eight weeks of training (three times

per week) were randomly divided into two groups, one group made use of three

grams of nitric oxide and protocol training and other was the placebo group and

performing protocol training. There was no statistical difference (p <0.05) intergroup,

only a statistical difference for both groups intra moments prior to the training

protocol and following the same for both groups. It is concluded that oral

administration of nitric oxide associated with a training program did not increase the

muscular power of individuals.

Keywords : nitric oxide, exercise therapy, muscle power.