Influencia da desinfecção dos moldes

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INFLUÊNCIA DA DESINFECÇAO DE MOLDES NA ALTERAÇAO DIMENSIONAL DE MODELOS DE GESSO Ana Cláudia PAVARINA* Cinara Maria Camparis BUSSADORI* Ana Lúcia Machado CUCCI* Carlos Eduardo VERGANI* Eunice Terezinha GIAMPAOLO* RESUMO: Este estudo avaliou a alteração dimensional dos modelos de gesso em razão dos materiais de moldagem e das soluções desinfetantes. Para tan- to, foi utilizado um modelo-padrão de aço inoxidável, do qual foram obtidos moldes com três tipos de material de moldagem: hidrocolóide irreversível; silicona e polissulfeto. Os moldes foram submetidos a três diferentes condi- ções de tratamento por um período de 30 minutos: C,- armazenagem em umidade relativa a 100%; C,- imersão em solução de glutaraldeído a 2%; e C,- imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,5%.A seguir, foram vazados com gesso-pedra melhorado, e os modelos obtidos tiveram suas distâncias mensuradas em um projetor de perfis. Pelos resultados obtidos a partir das leituras nos modelos de gesso, pudemos concluir que: as condições de desin- fecção analisadas não causaram alteração dimensional estatisticamente significante; a silicona e o polissulfeto não propiciaram média de alteração dimensional significativa; e o hidrocolóide irreversível proporcionou média de alteração dimensional significativa em duas das cinco regiões analisadas. PALAVRAS-CHAVE: Materiais para moldagem odontológica; alteração dimensional; desinfecção; desinfetantes. * Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odontologia - UNESP - 14801-903 - Araraquara - SP. Rev. Odontol. UNESP, São Paulo, 27(2): 381-391, 1998

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Desinfecção dos moldes

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  • INFLUNCIA DA DESINFECAO DE MOLDES NA ALTERAAO DIMENSIONAL DE MODELOS DE GESSO

    Ana Cludia PAVARINA* Cinara Maria Camparis BUSSADORI*

    Ana Lcia Machado CUCCI* Carlos Eduardo VERGANI*

    Eunice Terezinha GIAMPAOLO*

    RESUMO: Este estudo avaliou a alterao dimensional dos modelos de gesso em razo dos materiais de moldagem e das solues desinfetantes. Para tan- to, foi utilizado um modelo-padro de ao inoxidvel, do qual foram obtidos moldes com trs tipos de material de moldagem: hidrocolide irreversvel; silicona e polissulfeto. Os moldes foram submetidos a trs diferentes condi- es de tratamento por um perodo de 30 minutos: C,- armazenagem em umidade relativa a 100%; C,- imerso em soluo de glutaraldedo a 2%; e C,- imerso em soluo de hipoclorito de sdio a 0,5%. A seguir, foram vazados com gesso-pedra melhorado, e os modelos obtidos tiveram suas distncias mensuradas em um projetor de perfis. Pelos resultados obtidos a partir das leituras nos modelos de gesso, pudemos concluir que: as condies de desin- feco analisadas no causaram alterao dimensional estatisticamente significante; a silicona e o polissulfeto no propiciaram mdia de alterao dimensional significativa; e o hidrocolide irreversvel proporcionou mdia de alterao dimensional significativa em duas das cinco regies analisadas.

    PALAVRAS-CHAVE: Materiais para moldagem odontolgica; alterao dimensional; desinfeco; desinfetantes.

    * Departamento de Materiais Odontolgicos e Prtese - Faculdade de Odontologia - UNESP - 14801-903 - Araraquara - SP.

    Rev. Odontol. UNESP, So Paulo, 27(2): 381-391, 1998

  • Introduo

    No consultrio odontolgico muitas doenas infecciosas de ori- gem bacteriana ou vira1 podem ser transmitidas da cavidade bucal do paciente para o profissional e o ambiente, desencadeando uma infeco c r ~ z a d a . ~ Da mesma forma, os profissionais dessa rea da sade pode- ro constituir-se num verdadeiro veculo de propagao, uma vez que nem todo paciente com doenas infecciosas pode ser identificado mediante histria mdica, exame fsico ou exames laboratoriais. En- to, todos os pacientes devem ser considerados como infectados, e os procedimentos para o controle da infeco devem ser usados indistin- tamente?

    No tratamento odontolgico, os cuidados dispensados durante a manipulao e o tratamento dos moldes e modelos de gesso so uma das etapas mais negligenciadas pelos profissionais. Segundo Pavarina et al., l8 Powell et a].," Rhodes et al.,21 Rice et a1.,22 Rowe & ForrestZ3 e Samaranayake et al.,24 os moldes podem armazenar partculas virais e devem ser considerados como veculos de transmisso de doenas infecto- contagiosas. Leung & Schonfeld13 observaram que os microrganismos so transmitidos via moldes contaminados para os modelos de gesso.

    De maneira geral, os moldes so enxaguados em gua corrente para remover a saliva ou o sangue, mas nenhum tipo de esterilizao ou mesmo desinfeco praticado pelos dentistas. Segundo a American Dental Associationl, 2v 4, Naylor, l6 Setcos et e W ~ o d , ~ ~ a lavagem remo- ve uma parte da flora microbiana; porm, microrganismos patognicos podem permanecer na superfcie dos moldes.18 Portanto, esses moldes devem ser desinfetados, 17* 21- 29 uma vez que so capazes de desencadear uma infeco cruzada, especialmente entre os pacientes, profissionais e tcnicos de laboratrio que manipulam esses materiais contaminados. As normas da American Dental Asso~iation,~ de 1991, sugerem que materiais como os hidrocolides irreversveis, os polissulfetos, os polis- teres e as siliconas devem ser lavados em gua corrente e imersos em soluo desinfetante.

    Com base nos trabalhos encontrados na literatura, preocupados com a extrema importncia da preveno das doenas infecto-contagiosas e com a realizao de tratamentos odontolgicos dentro de tcnicas que preservem as propriedades dos materiais utilizados, julgamos oportuno um estudo sobre o comportamento dimensional dos materiais de moldagem ante a imerso dos moldes em solues desinfetantes.

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  • da moldagem, o modelo-padro de ao inoxidvel foi fixado numa morsa, e a moldeira preenchida e pressionada at o assentamento final. A se- guir, o conjunto molde/modelo de ao foi levado a um urnidificador para geleificar ou polimerizar em umidade relativa de 100%. Decorrido o tem- po indicado pelo fabricante, o modelo foi novamente fixado a morsa, e o molde removido num nico movimento no sentido vertical. Esses mol- des foram lavados em gua corrente e, de acordo com sorteio aleatrio, submetidos a uma das trs condies experimentais:

    C, - os moldes eram colocados em um recipiente com umidade relativa de 100% durante 30 minutos;

    C, - os moldes eram imersos em soluo de glutaraldedo a 2% (Rioqumica Ltda.) durante 30 minutos;

    C,- os moldes eram imersos em soluo de hipoclorito de sdio a 0,5% (Ibiza Qumica Ltda.) durante 30 minutos.

    Para as condies C, C, e C,, decorrido o tempo de 30 minutos, os moldes foram novamente lavados em gua corrente e vazados com ges- so-pedra melhorado da marca Velmix (Kerr). O conjunto permanecia no umidificador por 45 minutos, e, ento, o molde era separado do modelo. Decorridas 2 horas do vazamento dos moldes, foram realizadas as mensuraes dos modelos no projetor de perfis da marca Nikon. A alte- rao dimensional dos corpos-de-prova foi verificada pela diferena en- tre as dimenses dos modelos de gesso obtidos e as dimenses do mo- delo-padro de ao inoxidvel.

    Os efeitos que os fatores material e condio, bem como os de suas interaes, propiciaram a alterao dimensional linear foram o de anlise de varincia paramtrica a dois critrios fixos, segundo o mode- lo fatorial, 3 materiais x 3 condies x 8 repeties em cada distncia, o qual foi definido aps a realizao de um plano-piloto para adestramen- to na metodologia empregada.

    Resultado e discusso

    Na Tabela 1 podemos observar que, considerando as distncias D, e D,, houve significncia para o fator material, enquanto para o fator condio e para a interao material x condio houve no-significncia. Para as distncias D,, D, e D, verifica-se que houve no-significncia, tanto para os fatores material e condio isoladamente, como para a interao material x condio.

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  • Tabela 1 - Resumo da anlise de varincia para a alterao dimensional segundo cada distncia separadamente

    Fonte de variao Dist Estat. Material Condio Mat. x Cond. Residual

    O.M.

    Q.M.

    Q.M.

    Q.M.

    Q.M. D, FO

    P

    * valor significante; n = valor no significante.

    Observando a 5" coluna da Tabela 2, pode-se notar que, para o fator material que se mostrou significante na distncia D,, os modelos obtidos com o hidrocolide irreversvel reproduziram as medidas do mo- delo-padro com maiores alteraes que a silicona e o polissulfeto. Es- tes dois materiais, por sua vez, originaram modelos que reproduziram o modelo-padro com menores alteraes e que foram semelhantes entre si na distncia D,, de acordo com o teste de Duncan aplicado. O fato de o hidrocolide irreversvel ser um dos materiais de moldagem menos

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  • estvel dimensionalmente j foi constatado por Phillips,lg que atribuiu essa caracterstica ao fenmeno da sinrese e embebio, em que as alteraes ocorrem pela flutuao do contedo de gua do material quan- do armazenado em qualquer meio. Em contrapartida, Coleman et e Hattori & Lacy10 observaram que o vazamento mediato de moldes de hidrocolide irreversvel dentro da primeira hora no resulta em altera- o dimensional significativa, independentemente do meio de armaze- nagem.

    Com relao aos elastmeros, Phillipslg afirmou que existem v- rias fontes de alterao dimensional, como a contrao durante a reao de presa, a volatilizao de produtos e a deformao. Desta forma, o comportamento dos materiais aqui estudados est de acordo com os achados de Cuccig e SkinnerIz8 que consideraram os elastmeros mais estveis dimensionalmente que os hidrocolides irreversveis.

    Tabela 2 - Mdias, erro-padro e Duncan para material, condio e material x condio em Dl (pm)

    r Condio Mdia Mat. c, c, C, : p/ Mat. EP D2 Ml 117,75 129,75 111,00 : 119,50 5,18 14,66 M2 92,87 100,12 98,OO 97,OO M3 95,75 105,50 97,87 ' 99,71

    EP = 8,97 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Mdia p/ condio 102,12 111,79 102,29 EP = 5,18

    Analisando a 5"oluna da Tabela 3, pode-se notar que, para o fator material considerado isoladamente e que se mostrou significante na distncia D5, os modelos obtidos com o hidrocolide irreversvel re- produziram o modelo-padro com maiores alteraes que os obtidos com a silicona e o polissulfeto. A silicona proporcionou a alterao dos modelos de gesso com magnitude semelhante a do polissulfeto, mas que, pelo valor negativo da mdia obtida, se refere a uma contrao ou a modelos com distncia D, menor que o modelo-padro. J para o polissulfeto, a alterao dimensional observada foi um aumento na dis-

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  • tncia D, em relao ao modelo-padro. Chong & Docking7 observaram um melhor comportamento do polissulfeto, quando comparado a silicona, com relao a alterao dimensional. Entretanto, Cuccig e Sawyer et obtiveram modelos de gesso mais precisos com as siliconas do que com os polissulfetos.

    Tabela 3 - Mdias, erro-padro e Duncan para material, condio e material x condio em D, (pm)

    Condlo Mdia Mat. c, c, C, p/ Mat. EP D2 M1 51,25 54,75 73,87 59,96 10,26 29,04 I% -22,OO -22,75 -1,37 -15,37 M3 7,87 25,25 17,OO 16,71

    EP = 17,77 Mdia p/ condio 12,37 19,08 29,83 EP = 10,26

    Analisando ainda a Tabela 1, pode-se observar que houve no- significncia para o fator condio e para a interao material x condi- o nas distncias D, e D,. Com relao as distncias D,, D, e D, , pode- se notar que houve no-significncia para o fator material e para o fator condio, bem como para a interao material x condio.

    Com relao ao fato de que neste trabalho houve no-significncia para o fator condio e para a interao material x condio em qual- quer das distncias analisadas, pode-se supor que os mtodos de desin- feco empregados nas condies C, (imerso dos moldes em soluo de glutaraldedo a 2%) e C, (imerso dos moldes em soluo de hipoclorito de sdio a 0,5%) propiciaram alterao nos modelos semelhante a ocasio- nada pela condio C, (grupo controle), em que os moldes foram lavados somente em gua e permaneceram em condies de umidade relativa de 100%.

    Esse talvez seja o dado mais importante do presente estudo, pois o fato de que h uma variedade de bactrias potencialmente patognicas na flora bucal humana que pode ser transmitida pela infeco cruzada no consultrio odontolgico inc~ntestvel.~, 18. 22. 23. 24. 25 Portanto, os

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  • dados sugerem que as recomendaes da American Dental Ass~ciationl,~ com relao aos cuidados dispensados aos moldes podem ser seguidas, isto , os moldes de polissulfeto, silicona e alginato podem ser lavados em gua ao serem removidos da boca, imersos em soluo desinfetante e novamente lavados em gua corrente. A escolha do mtodo de desin- feco e do tipo de soluo a serem utilizados deve ser criteriosa, a fim de evitar distores nos moldes. Molinari & Runnells15 sugeriram a uti- lizao de um desinfetante de alto nvel, compatvel com o material de moldagem, sempre seguindo as instrues do fabricante, e que no re- queira para atuao um tempo de exposio maior que 30 minutos.

    Sem dvida, o grande problema do controle da infeco por mol- des contaminados a alterao dimensional dos materiais de moldagem. Vrios autores testaram a estabilidade dimensional dos elastmeros ante a desinfeco por um perodo de 30 minutos. Merchant et a1.l4observa- ram mnima distoro nos moldes de polissulfeto quando imersos em soluo de hipoclorito de sdio ou glutaraldedo. J Can & Ozmen6 e Herrera & Merchantll observaram que a desinfeco nessas solues no afeta a estabilidade dimensional dos elastmeros. Os resultados desses trabalhos vm de encontro aos resultados por ns encontrados.

    Outros autores estudaram o comportamento do alginato aps a imerso por um perodo de 30 minutos. Jones et a1.12 e Setcos et observaram que a imerso dos moldes em soluo de glutaraldedo no provocou alterao dimensional significativa. Can & Ozmen6 e Herrera & Merchantl' verificaram que as solues de hipoclorito de sdio e glutaraldedo no afetaram significativamente as dimenses dos mode- los resultantes de moldes de hidrocolide irreversvel, o que corrobora os resultados do presente trabalho.

    Com base nos resultados deste estudo, reiteramos uma vez mais a necessidade de preveno da infeco cruzada entre o consultrio e o laboratrio de prtese. Os moldes e modelos devero receber tratamen- to apropriado com a soluo desinfetante indicada. Mediante essas con- dutas, o profissional limitar a propagao de microrganismos capazes de desencadear doenas.

    Concluso

    O hidrocolide irreversvel apresentou mdia de alterao dimensional significativa em duas das cinco regies analisadas, e a silicona e o polissulfeto no propiciaram alterao dimensional significativa nos modelos de gesso.

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  • As condies estudadas, isto , lavagem em gua, imerso em solu- o de glutaraldedo a 2% e imerso em soluo de hipoclorito de sdio a 0,5%, consideradas isoladamente e nas interaes com os materiais de moldagem, no proporcionaram alterao dimensional nos modelos de gesso. Os resultados obtidos mostraram que a desinfeco dos moldes de hidrocolide irreversvel, silicona e polissulfeto pode ser feita com as solues de glutaraldedo a 2% e hipoclorito de sdio a 0,5% por 30 minutos, sem causar alteraes dimensionais significativas nos mo- delos de gesso.

    PAVARINA, A. C. et al. Influence of dental impressions disinfection on the casts dimensional changes. Rev. Odontol. UNESP (So Paulo), v.27, n.2 , p.381- 391. 1998.

    i ABSTRACT: A study was undertaken to evaluate the dimensional changes of casts, through impression materials and disinfectant solutions. Impressions were obtained through a stainless steel model using three types of impression materials: irreversible h ydrocolloid; silicone rubber; polysulfide rubber. The impressions were subjected to different conditions: C,- storage in 100% relative humidity during 30 minutes; Cz immersion in 2 % glutaraldehyde solution during 30 minutes; C,- immersion in 0,5% sodium hypochlorite solution during 30 minutes. Then, the impressions were poured in dental stone and the dimension casts were measured in a profile projector. The results permitted the following conclusions: the disinfection conditions caused no significant dimensional changes casts in any ofthe analysed distantes; the silicone rubber and the polysulfide rubberprovided no significant dimensional changes casts; and the irreversible hydrocolloid produced significant dimensional changes in two of the five surfaces casts evaluated.

    i KEYWORDS: Dental impression materials; dimensional changes; disinfection; disinfectants.

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