Infecção Hospitalar
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0s 10 “melhores” artigos de 2007
Renato S GrinbaumCCIH Hospital do Servidor Público Estadual
Critérios� Método
� Minimamente aceitável� Isoladamente, não há sentido em se escolher
somente pelo desenho
� Tema� Diversidade� Impacto
� Consulta� Revistas específicas (grande número de estudos com
interesse secundário ou metodologia pobre)� Artigos relevantes em revista de peso
Cadeia epidemiológica
Trabalhando com sintomas de infeccção respiratória: Profissionais que cuidam de pacientes de alto risco
Sherry LaVela, Barry Goldstein
Chicago, IL
Am J Infect Control 2007; 35(7):448-54
Introdução� Infecções respiratórias: risco no hospital� Influenza
� Paciente-profissional� Profissional-paciente� Até 70% contaminados durante surtos� Fonte: profissionais da saúde� Incubação: 1-5 dias� Transmissibilidade máxima: 3 dias da doença; até 7 dias� Evidência sugerindo que vacinação e limitação de trâncito
durante sintomas reduz risco
� Pacientes em risco: inclui trauma medular� Vacinação
Introdução� Observar padrões de infecções respiratórias
� Práticas de prevenção, inclusive vacinação
Método
� Questionário� Profissionais do Hospital de Trauma
Medular� Resposta após 4 semanas � Uma resposta por profissional
Srgunda parte do questionário não será apresentada
Métodos
� 1552 profissionais com contato direto� 3 grupos
1. Enfermeiros2. Médicos, estagiários médicos e de
enfermagem3. Fisioterapeutas e psicólogos, etc
Resultados
� 820, respostas 753 com dados demográficos
Enfermeiro 55,43%Praticante 31,52%FT/psicólogo 13,04%
Resultados
Tiveram sintomas respiratórios no período de risco
Sintomas36%
Trabalharam com sintomas
Sim68%
Resultados – Fatores de risco para infecção respiratória
Fator OR p
Idade>50 anos 0,58(0,40-0,83) 0,003>1 condição de saúde 2,44(1,44-3,49) 0,000
Vacina Não significante!!!
Discussão
� Incidência de infecções respiratórias é similar às relatadas para outras atividades profissionais
� É alarmante a proporção de profissionais que trabalham com sintomas (ao contrátio de outras atividades
Discussão
� Natureza “obrigatória” e “insubstituível”� Pior nas áreas mais especializadas
� Falta de profissionais� Estudo prévio: Falta de 35% durante surto, gerando problemas
Discussão
� Transmissão para pacientes� Pior desempneho durante o trabalho
� Mais destacado no final do expediente
Discussão
� Sem diferenças de acordo com classes profissionais� Mesmo com diferenças na forma de
remuneração
Interesse do estudo
� O que fazemos com profissionais com sintomas respiratórios?
� Estamos trazendo risco ao paciente?� A política de recursos humanos lida com
qualidade de atenção ou qualidade do ponto de vista econômico?
Higienização das mãos
Um guia para seleção de produtos utilizados para a higienização das mãos
Kathryn Bush, MSc, Manuel W. Mah, MD, MPH, FRCPC, Gwyneth Meyers, MSc, Pamela Armstrong, BN,Janice Stoesz, RN, CIC, and Sally Strople, BAdm, CIC
Calgary, Alberta, Canada
AJIC 2007; Vol. 35 No. 10:690
Introdução
� Produtos para higinização das mãos são essenciais
� Efetividade� Tolerabilidade� Aquisição: processo multidisciplinar
Envolvidos
� Responsáveis pela saúde ocupacional� Hotelaria� CCIH� Setor de compras� Setores representativos dos profissionais� CIPA (inflamáveis)
Que decisões dão base para a instalação de produtos?
Que decisões dão base para a instalação de produtos?
� Soluções alcoólicas� Não têm ação satisfatória em mãos com
sujidade� Ação fraca sobre vírus não envelopados
� Sabão deve estar disponibilizado� Mesmo se o programa tiver o álcool como
prioridade
� Sabão antisséptico também deve estar disponível� Tolerabilidade
Que decisões dão base para a instalação de produtos?
� Creme hidratante� Cuidados com o profissional
� Avaliação criteriosa da tolerabilidade dos produtos
Que decisões dão base para a instalação de produtos?
� Normas escritas� Instalação dos dispensadores� Manutenção� Segurança (longe de gás/rede elétrica)� Compras� Uso
Que decisões dão base para a instalação de produtos?
� Cartazes com informações visuais� Conteúdo� Linguagem� Local
Exemplos de cartazes informativos
Obtidos no Google/Internet
http://www.lung.ca/protect-protegez/germs-microbes_e.php
http://www.weblo.com/domain/available/grammyredcarpet.com/
http://www.co.la-crosse.wi.us/health/Environmental/docs/HandWsh.htm
http://1st-in-handwashing.com/germfarm_copy.jpg
http://www.fsis.usda.gov/OA/pubs/hwdecal.htm
http://www.crisis.gov.sg/NR/rdonlyres/AA2142D9-BA63-4288-A268-F85FBEEBB6D7/0/Handwashing_adult_EM.jpg
http://www.mrsanotes.com/wp-content/uploads/2006/06/handwashing.jpg
http://www.hcphes.org/PROJ/templates/poster2.gif
http://birdflubook.com/a.php?id=95&t=p
Planejamento
� Levantamento das necessidades
� Avaliação periódica do estado
� Erros de instalação
Sugestão de localização de dispensadores
Produto Local
Álcool Na entrada de salas na entrada de pacientesou salas de exame; dentro dos quartos e salas de exameÁreas públicas: Saguão, áreas de espera, elevadores
Sabão antisséptico Áreas de preparação de medicamentos, ondeprocedimentos invasivos são realizados, salasde suprimento de materiais limpos
Sabão Demais piasHidratante Pias onde há sabão antisséptico
Áreas exclusivas de profissionais
ResponsabilidadesMembro da equipe Responsabilidade sugerida
Líder Coordenação da instalação, criação de cronograma, auxíliioao departamento de compras na especificação, elaboraçãode documento de criação de local para dispensação e normas para futuras instalações, coordenação da instalação, educação, promoção do uso de novos produtos
“Engenharia” Treinamento e supervisão da instalação (redehidráulica/elétrica)
CIPA Cuidados na prevenção de incêndio: instalação, acondicionamento, volume máximo de estoque
Firma produtora Rapidez na entrega de produtos e dispensadores, auxílio emmaterial educativo
Hotelaria (housekeeping) Solicitação de produtos,instalação de novos dispensadoresSaúde ocupacional Criar algoritmo para dermatite alérgica ou de contato,
manejo de casos individuais, vigilância sobre produtos com maior reação
Unidade de cuidados Designar pessoa para auxiliar instalaçãoCompras Contrato de compra, coordenação (com hotelaria) das
compras, manutenção do estoque
Como as dermatites devem ser avaliadas?
� Evitar novos produtos no inverno (tempo seco/pele ressecada)
� Casos mais graves devem ser discutidos pelo grupo� Pré-existente� Relação com produtos� Técnica para minimizar: Temporariamente: limpar
com creme hidratante e água
� Evitar álcool após sabão: aumenta risco de lesão
� Monitorizar
Que problemas de governança podem ser antecipados?
� Gerenciamento dos dispensadores� Mantê-los sempre
cheios� Psicologia� Evita que acabe
� Rotina de enchimento� Telefone para rápida
resolução
Interesse do estudo� Programa que deve ser estruturado� Normas escritas
Controle de bactérias resistentes
Implementação de um programa intensificado para reduzir a transmissão do MRSA num hospitário terciário na Alemanha
Matthias Trautmann, MD,a Angela Pollitt, RN, MPH,a UlrikeLoh, RN,a Iris Synowzik, RN,a Wolfgang Reiter, MD,bJens Stecher, MD,c Michael Rohs, MD,d Ulrich May, MD,e and Elisabeth Meyer, MDf
Stuttgart and Freiburg, Germany
Am J InfectControl 2007;35:643-9
Introdução
� Epidemiologia do MRSA na Europa: incidência variável
� Hospitais maiores: 30-50%� Escandinávia: redução
� Discreto aumento recente na Finlândia e Suécia
� Resultado de programa iniciado em 1983
Material e métodos
� Tipo do estudo� Katharinenhospital, Stuttgart,900 leitos� 24 leitos de UTI cirúrgica� 18 leitos de UTI clínica� Estudo pré-pós
Material e métodos
� Pré-intervenção (desde 1994)� Quarto privativo ou coorte� Avental e luvas� Descolonização nasal com mupirocina por 5
dias� Limpeza e desinfecção após a alta
Material e métodos� Pré-intervenção (desde 1994)� Identificação de pacientes com risco
� Feridas crônicas ou de pressão� Transferidos de hospitais secundários ou terciários� Pacientes acamados, provenientes de casas de
repouso� DM insulino-dependente� IRC em diálise
� Culturas de vigilância� Swab nasal, de feridas, e de locais infectados� Culturas pós-descontaminação
Material e métodos� Diferenciação entre casos autóctones e importados� Relação entre autóctones/importados
� Quantos casos secundários por importado
� Inserir gráfico
Material e métodos� Pós-intervenção (2002)
� Programa escrito� Avental longo, com tarja amarela
� Reutilizados pelos mesmos profissionais durante 8 horas
� Carrinhos separados para quartos de isolamento� Sinalização� Vigilância intensificada, retorno de dados e
treinamento� Cultura de vigilância de todos os pacientes na UTI
cirúrgica, após casos inexplicados� Marcação do prontuário eletrônico
Interesse do estudo� É possível!� Temos dificuldade de implementar porque
� Estamos acostumados� Os administradores enxergam os gastos com o
programa, mas não o custo total
� Estudar individualmente programas factíveis� Precauções e isolamento� Quarentena� Descontaminação
Dispositivos seguros
Taxa aumentada de infecção da corrente sangüínea relacionada a cateter associada com o uso de dispositivo valvulado sem agulha num hospital de agudos
Cassandra D. Salgado, MD, MS; Libby Chinnes, RN, BSN, CIC; Tammy H. Paczesny, RN; J. Robert Cantey, MD
From the Division of Infectious Diseases, Medical University of South Carolina (C.D.S., J.R.C.), and Kindred Hospital (L.C., T.H.P.), Charleston, South Carolina
Infect Control Hosp Epidemiol 2007;28:684–688
Introdução
� CDC: 385000 acidentes/ano� Risco
� Responsabilidades do profissional� Tipo do material
� Sistemas seguros, sem agulha
Introdução
� Needless split-septum device (NSSD)� Reduz risco de acidentes
� Aumenta risco de obstrução� Infecções da corrente sangüínea
� Needless mechanical valve device (NMVD)� Reduz oclusão e refluxo
� Troca do NSSD por NMVD (Smartsite®)
Material e métodos
� 59 leitos� Pacientes complexos� PICC� Desinfecção das conexões com álcool
Resultados
Resultados
� NSSD – 1,79 infecções por mil cateteres-dia
� NMVD – 5,95 infecções por mil cateteres-dia
� OR=3,32 (2,88-3,83) p<.001� NMVD: aumento de gram-negativos e
enterococos
Resultados
Discussão
� Relata infecções associadas a dispositivos seguros
� Práticas não mudaram no período� Rotinas de desinfecção não são
suficientes
Interesse do estudo
� Taxas de infecção e agentes tambémdependem dos materiais que utilizamos
� Estamos prontos para a NR 32?
� Quem deve dizer que o dispositivo é seguro? Temos capacidade de testar?
Dispositivos seguros
Uso de dispositivos seguros e a prevenção de acidentes percutâneosentre profissionais de saúde
Victoria Valls, MD; M. Salud Lozano, RN; Remedios Yánez, RN; María José Martínez, RN; Francisco Pascual, MD; Joan Lloret, MD; Juan Antonio Ruiz, MD
Servicio de Medicina Preventiva (V.V.), Dirección de Enfermería (M.S.L., R.Y., M.J.M.), y Dirección Médica (F.P., J.L., J.A.R.), Hospital Virgen de la Salud-Elda, Elda, y Departamento de Salud Pública, Historia de la Ciencia y Ginecología (V.V.), UniversidadMiguel Hernández, Campus de San Juan, San Juan de Alicante, Alicante, Spain.
Infect Control Hosp Epidemiol 2007;28:1352–1360
Introdução
� Dispositivos com agulha: acidentes� HIV� HBV� HCV� Outros
� Desenho de novos dispositivos podeauxiliar a reduzir número de acidentes
� Dúvidas com relação a efetividade e custos
Material e métodos
� Estudo pré e pós� Hospital de 350 leitos
Material e métodos
� Intervenção em 2005� Educação (75 enfermeiros)� Dispositivos
� Coleta: dispositivos a vácuo (Eclipse®)� Sistemas com agulha encapada (Saf T-EZ®)� Adaptadores (Surshield®)
Resultados: pré
Resultados: pré
Resultados: pré
Resultados: pós
Resultados: pós
Resultados: pós
Resultados: pós
Interesse do estudo
� Nós precisamos de dispositivos seguros
� Nós precisamos de informações!
Antissépticos
Surtos associados a antissépticose desinfectantes contaminados
David J. Weber, William A. Rutala, and Emily E. Sickbert-Bennett
Department of Hospital Epidemiology, University of North Carolina Health Care System, Chapel Hill, North Carolina,1 and
Division of Infectious Diseases, University of North Carolina School of Medicine, Chapel Hill, North Carolina2
ANTIMICROBIAL AGENTS AND CHEMOTHERAPY, Dec. 2007, p. 4217–4224
Introdução
� Diversos surtos relacionados� Veículos de transmissão há >50 anos
Termos
� Germicida: Produto químico que tem a propriedade de inativar total ouparcialmente os microrganismos� Desinfetante: Aplicado sobre materiais
inanimados� Aplicados sobre pele e mucosa
Resistência aos germicidas
� Pode ocorrer� Inato ou adquirido� Cromossomial ou plasmideal
Álcool
� Isopropanol, etanol, ou N-propanol� Contaminação rara� Um relato de pseudosurto de bacteremia� Um relato de surto
� Intrínseca� Diluição com água contaminada
Álcool
Contaminant(s) Site(s) of microbes Mechanism of
contamination/source
Bacillus cereus Blood (pseudobacteremia), Intrinsic contaminationpleural fluid
Burkholderia cepacia Blood (catheter related) Contaminated tap waterused todilute alcohol for skinantisepsis
Clorexidina
� 16 relatos� Concentrações 2 a 4%
� Mais freqüentes com concentrações <2%
� Uso inapropriado� Desinfecção de certos materiais� Procedimentos de diluição
Clorexidina
Contaminant(s) Site(s) of microbes Mechanism of contamination/source
Pseudomonas spp. Not stated Refilling contaminated bottles;washing used bottles usingcold tapwater; contaminatedwashingapparatus; low concentration(0.05%)
Burkholderia cepacia Blood, urinary, wounds Not determined (84)Flavobacterium Blood, CSF,a wounds, skin Not determined but possibly dueMeningosepticum to contaminated water and/or
topping off of stock solutionor low concentration(1:1,000–1:5,000)
Pseudomonas sp., Serratia Not stated Not determined, but authorsmarcescens, Flavobacterium speculate due to overdilution
or refilling of contaminated bottlesPseudomonas aeruginosa Wounds Tap water used to dilute stock
Solutions; low concentration(0.05%)
Bulkholderia cepacia Blood, wounds, urine, Metal pipe and rubber tubing inmouth, vagina pharmacy through which deionized
water passed during dilution of chlorhexidine; low concentration
Clorxilenol
� Um surto� Neonatologia� Contaminação extrínseca� Pia
Quaternários de amônio
� Cloreto de benzalcônio� Menor potência� Maior número de relatos� Fontes mais comuns
� Estoque inapropriado� Procedimentos de diluição� Escópios: relacionados com infecção
Iodóforos
� Relato de sobrevivência de B. cepacea em frascos
� Surtos por contaminação intrínseca Pseudomonas putida, B. cepacea, P. aeruginosa
Tricolsan
� Um surto� Conjuntivite� Serratia marscecens
� Contaminação intrínseca
Desinfetantes: glutaraldeído
� Cita pseudo-surto de micobacterioses� Resistência de diversos microrganismos
Interesse do estudo
� Em situações especiais, os germicidaspodem ser fonte de infecção
� Suspeitar� Cuidados com a manipulação
Racionalização de antimicrobianos
Efeito dos erros de comunicaçãona avaliação telefônica de solicitação de antimicrobianos
Darren R. Linkin, MD, MSCE; Neil O. Fishman, MD; J. Richard Landis, PhD; Todd D. Barton, MD; Steven Gluckman, MD; Jay Kostman, MD; Joshua P. Metlay, MD, PhD
Infect Control Hosp Epidemiol 2007;28:1374–1381
Introdução
� Programa de controle de antimicrobianos é prioridade
� Pré-aprovação é medida recomendada� Disponibilidade 24h/dia: telefonemas
� Estudo prévio: 40% dos telefonemas com informações imprecisas
Material e métodos
� Todos os telefonemas de fevereiro a maiode 2003
� Checagem com prontuário
Definições
� Comunicação sem acurácia� Discrepância significante
� Recomendação inapropriada� Três auditores� Avaliação do controle de antimicrobianos gerou
conduta discrepante
Interesse do estudo
� Controle de antimicrobianos: fichas de restrição são a base ou ferramenta do programa?
� Comuinicação inapropriada� Avaliação inapropriada pela CCIH
Paramentação
Uniformes: Revisão baseada em evidências do significado microbiológico e política de uso de uniformes na prevenção e controle das infecçõesrelacionadas aos serviços de saúde. Relato do Departamento de Saúde da Inglaterra
J.A. Wilson, H.P. Loveday b, P.N. Hoffman , R.J. Pratt
Department of Healthcare Associated Infection and Antimicrobial Resistance, Centre for Infections,Health Protection Agency, London, UKb Richard Wells Research Centre, Thames Valley University, London, UKc Laboratory of Healthcare Associated Infection, Centre for Infections, Health Protection Agency,London, UK
Journal of Hospital Infection (2007) 66, 301e307
Introdução
� Percepção pública: usar uniformes fora do ambiente de trabalho ajuda a disseminarinfecções e microrganismos
� Poucos hospitais têm roupas para todos e locais para troca de roupas
� Revisão sistemática� Eficácia dos uniformes� Práticas de lavagem das roupas
Questões chave1.A roupa dos profissionais se contamina com microrganismoshospitalares?
2.Microrganismos causadores de IH têm maior capacidade de aderência a um tecido que outro?
3.Há ligação entre microrganismos presentes na roupa e aqueles causadores de IH?
4.Algum processo da lavagem é mais eficaz que outro nadescontaminação?
5.Há diferenças de descontaminação nos processos de lavagemindustrial e caseiro?
Métodos�Revisão sistemática
A roupa dos profissionais se contamina com microrganismoshospitalares?
� Sete estudos pequenos� Indicam que há contaminação de roupas
dos enfermeiros� Maior com procedimentos de maior risco, como
curativos� Proteção com avental plástico� Pequena quantidade
� Aventais brancos, dos médicos� Contaminação progressiva� Bactérias não patogênicas
Há ligação entre microrganismos presentes na roupa e aqueles causadores de IH?
� Um estudo em unidade de queimaduras: Transmissão das roupas para paciente e roupas de cama
� Um relato: transmissão em situação não usual� Bacillus cereus
� Cirurgia prolongada� Contaminação intrínseca
Microrganismos causadores de IH têm maior capacidade de aderência a um tecido que outro?
� Dois estudos� Inconclusivos
Algum processo da lavagem é mais eficaz que outro na descontaminação?
� Diluição� Logicamente eficaz� Dois estudos� Redução da carga bacteriana
Algum processo da lavagem é mais eficaz que outro na descontaminação?
� Temperatura da água� Facilita ação de detergente e pode ser
inativadora� Um estudo com <40°C� Um estudo 66°C x 31°C: Sem diferenças� S. aureus: Redução a 55°C e eliminação
a 61°C� Enterococos: mais resistentes ao calor
Algum processo da lavagem é mais eficaz que outro na descontaminação?
� Uso de “bleach”� Hipoclorito de sódio ou peróxido de
hidrogênio� Evidência escassa
Algum processo da lavagem é mais eficaz que outro na descontaminação?
� Secagem� Desidratação bacteriana� Termodesinfecção
� Um estudo sem efeito� Um estudo: maior efeito dobre gram-
negativos
Há diferenças de descontaminaçãonos processos de lavagem industrial e caseiro?
� Lavagem industrial: há evidência de que todo o processo reduza a carga bacteriana
� Caseira: poucos estudos� Autores afirmam menor eficácia� Problemas de desenho (p.e. contaminação
inicial)� Recuperação de não patogênicos� Sem comparação com industriais� Um estudo: eliminação de S.aureus e
recuperação de não patogênicos, posteriormente eliminados em processo de secagem em câmara quente
Interesse do estudo� Roupa contaminada oferece risco, mas
pequeno� Procedimentos de risco
� Paramentação/EPI
� Lavagem é processo importante� Muito baseada na tradição� Não há evidência que suporte práticas, mas
também não há justificativa para mudanças� A roupa pode ser lavada em casa?
Desinfecção
Estudo prospectivo de infecções cruzadastransmitidas por endoscopia digestiva alta(EDA) em população de alta prevalênciade HCV
Nabiel N. Mikhail, MD, David L. Lewis, PhD, NabielOmar, MD, Hossam Taha, MD, Amal El-Badawy, PhD,Naglaa Abdel-Mawgoud, PhD, Mohamed Abdel-Hamid, MD, PhD, George T. Strickland, MD, PhD, DCMT
Shibin El-Kom and Cairo, Egypt
Gastrointest Endosc 2007;65:584-8.)
Introdução
� Relatos prévios de transmissão de HCV porEDA
� Guias para desinfecção para minimizarriscos
� Egito: alta prevalência de Hepatite C (HCV)
Pacientes e métodos� 859 pacientes: sorologia para HCV antes
do procedimento (653 diagnóstico, 206 terapêutico)
� Sorologia de seguimento de 149 negativos: 2,8-10 meses após
� Estratégia agressiva para seguir os anti-HCV negativos, no basal
� Laboratório: anti-HCV e PCR� Desinfecção: técnica rigorosa +
glutaraldeído
Resultados
� 653 pacientes em diagnóstico:66% anti-HCV+
� 206 procedimentos terapêuticos: 88% anti-HCV+
Resultados
� 4 conversões� 2 anti-HCV negativos na entrada, mas PCR
positivo� 2 soroconversões. Procedimentos cuja limpeza
completa do dispositivo é impossível; PCR negativo
Discussão
� Risco de conversão muito baixo, se procedimentos de desinfecção forem bemrealizados
� 2 casos em provável latência ou falsopositivo
� 2 casos – explicações possíveis1. Depuração do vírus2. Falso negativo no basal3. Aquisição por outro mecanismo – população de
alto risco
Interesse do estudo
� Existe transmissão por endoscopia� Cuidados na desinfecção: rigor
� Transmissão mínima ou ausente, mesmo emsituações de alta prevalência
Precauções
Estudo controlado de precauções de contato versus luvas para todos os contatos na prevenção de transmissão de organismos multirresistentes
Gonzalo M. L. Bearman, MD, MPH,a Alexandre R. Marra, MD,a,b Curtis N. Sessler, MD,a Wally R. Smith, MD,aAdriana Rosato, PhD,a Justin K. Laplante,c Richard P. Wenzel, MD, MSc,a and Michael B. Edmond, MD, MPH, MPAa
Richmond, Virginia, and Sa o Paulo, Brazil
(Am J Infect Control 2007;35:650-5.)
Introdução
� Precauções de contato: redução da transmissão
� Evidência que uso contínuo de luvas seria mais efetivo� Década de 80: BSI * CDC
� Comparar as duas estratégias
Material e métodos
� Estudo 6 meses
Material e métodos
� Colonização e infecção por MRSA e VRE� Biologia Molecular
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Discussão
� Precauções: menor uso de luvas mas maior lavagem de mãos
� Colonização: sem diferenças� Infecção: precauções mais efetivo� Profissionais: acreditam que luvas
“universais” são mais eficazes que precauções
Interesse do estudo
� Reforço das precauções� Luvas podem atrapalhar� Lavagem das mãos é insubstituível
Comportamento
Efetividade das intervenções comportamentaisem pacote (“bundle”) no controle das infecçõesrelacionadas aos serviços de saúde: uma revisãosistemática
S.W. Aboelela*, P.W. Stone, E.L. Larson
Columbia University School of Nursing, New York, NY, USA
Journal of Hospital Infection (2007) 66, 101e108
Introdução
� Intervenções pontuais� Difíceis (impacto pouco visível)� Etiologia multifatorial� Atuações em geral com muitos
componentes� Qualidade da literatura: ruim
Introdução
� Pacotes� Reduz viés� Dificulta a avaliação de uma única
medida� Associado a times e mudança de
comportamento
Material e métodos
� Seleção de artigos� 2000-2006� ‘nosocomial infection’, ‘healthcare
associated infection’,‘clinical practice’, ‘behaviour’, and ‘compliance’,‘staff’.
� Estudo publicado em revista com revisão� Avaliação de colonização ou infecção� Intervenção com medida + retorno e/ou
adesão
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
USA 17 (51.5)South America 5 (15.2)Europe 7 (21.2)Middle East/Asia 4 (12.1)
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
Randomized clinical trial 0
Non-randomized intervention(preepost comparison) 30 (90.9)
Non-randomized intervention(different unit comparison) 3 (9.1)
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
Acute care (general units) 4 (12.1)ICU only 20 (60.6)Entire hospital 9 (27.3)
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
No. of interventions:Single 6 (18.2)Multiple 27 (81.8)2e3 interventions 16 (48.5)4e5 interventions 11 (33.3)
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
Type of intervention:Educational intervention 28 (84.8)Compliance monitoring 7 (21.2)Staff feedback 13 (39.4)Staff testing or skills development 12 (36.4)Introduction of a new product 5 (15.2)
Resultados (n=33)
Characteristics No. (%)
Process control, quality assurance team 19 (57.6)Computer prompts 4 (12.1)Financial incentives 1 (3)Leadership education 1 (3)(ex. cohorting, change in contactprecautions) 6 (18.2)
Resultados (n=33)Characteristics No. (%)
Outcomes assessed:Healthcare-associated infection rate:Bloodstream infections 8 (24.2)Ventilator-associated pneumonia 3 (9)Single organism infection (across body sites) 1 (3)Multiple-drug-resistant organism 30 (90.9)Overall HAI rate 30 (90.9)
Other outcome (ex. colonization rate, compliance with care, volume of new product used) 5 (15.2)
Resultados (n=33)� Quatro estudos de melhor qualidade
� Melhoria das taxas de IH� Um redução da colonização por K.pneumoniae� Três: bacteremia
� Melhoria da adesão
Discussão
� Pacotes – recomendação� http://www.ihi.org/IHI/Topics/CriticalCare/IntensiveCare/ImprovementStories/BundleUpforSafety.htm).
� Estudos clínicos limitados� Sugestão de que mudar metodologia de trabalho parece ser efetivo
Discussão
� Planejamento (inclusive ciclos de qualidade)
� Múltiplas intervenções, pontuais� Times� Visitas e monitorização
Interesse do estudo
� CCIH é necessária� Temos que mudar método
� Menos teoria� Menos ofícios “cumpra-se”� Mais trabalho em equipe� Mais monitorização da aplicação