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LEIA NO PANORAMA GERAL Pagamentos por serviços ambientais no meio rural LEIA NESTA EDIÇÃO Grãos: Beneficiadas pelas chuvas, lavouras se desenvolvem bem N.º 1058 12 de novembro de 2009 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações Estruturais e Conjunturais – NIC Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte PANORAMA GERAL Pagamentos por serviços ambientais no meio rural O Brasil passa por uma discussão sobre o novo Código Florestal. Alem dos debates em nível nacional, os Estados procuram apresentar suas manifestações e produzir seus próprios códigos ambientais. São exemplos, desse processo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nessa complexa e discutida legislação, com inúmeros interesses, destaca-se a remuneração para aqueles que desejam preservar o ambiente. A remuneração dos serviços ambientais, que geram melhorias para toda a população, ganha cada vez mais espaço em toda a sociedade. Apesar disso, a delimitação do conceito ainda é muito difícil, devido aos interesses econômicos relacionados ao tema. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a noção prática de pagamento de serviços ambientais surge a partir da assinatura do Protocolo de Kyoto, firmado em dezembro de 1997 e colocado em vigor em 2005. As questões ambientais e as mudanças climáticas são temas que têm despertado cada vez maior interesse em âmbito global, mas em nível regional, local e/ou para a propriedade rural, qual é o seu efeito prático? O produtor rural é ressarcido no momento da venda de um produto ou serviço, como soja, milho, feijão, frango, leite, alface, enfim, produtos físicos e/ou venda de sua mão-de-obra. Além desses, o produtor rural deve ser compensado monetariamente por abrir mão do plantio, dessas culturas, para produzir água e/ou sequestrar Carbono. Como exemplo, cito o município de Extrema/MG, onde os produtores estão recebendo para preservar florestas e nascentes. Naquele município, os agricultores perceberam que os recursos naturais são tão importantes quanto a lavoura e o rebanho. O pagamento aos agricultores iniciou em 2007, após a aprovação de lei municipal regulamentando o repasse de recursos para o setor privado. O ressarcimento varia de acordo com a atividade explorada pela propriedade, ou seja, a propriedade que produz leite deverá receber valores compatíveis com esta atividade. Assim, naquele município, além dos produtos tradicionais, os agricultores vendem um serviço ambiental. Esse exemplo é o que podemos visualizar de efeito prático, visto que aumenta o volume de água disponível para a população. Além do pagamento por um serviço ambiental realizado pelos agricultores, tornando-os produtores de alimentos e de água e, também, conservadores da natureza. Águeda Marcéi Mezomo Diretora Técnica Emater/RS Superintendente Técnica Ascar

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LEIA NO PANORAMA GERAL • Pagamentos por serviços ambientais no

meio rural LEIA NESTA EDIÇÃO • Grãos: Beneficiadas pelas chuvas,

lavouras se desenvolvem bem •

N.º 1058 12 de novembro de 2009

Aqui você encontra: �� Panorama Geral

�� Condições Meteorológicas

�� Grãos

�� Hortigranjeiros

�� Criações

�� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações Estruturais e Conjunturais – NIC Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

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PANORAMA GERAL

Pagamentos por serviços ambientais no meio rural

O Brasil passa por uma discussão sobre o novo Código Florestal. Alem dos debates em nível nacional, os Estados procuram apresentar suas manifestações e produzir seus próprios códigos ambientais. São exemplos, desse processo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nessa complexa e discutida legislação, com inúmeros interesses, destaca-se a remuneração para aqueles que desejam preservar o ambiente. A remuneração dos serviços ambientais, que geram melhorias para toda a população, ganha cada vez mais espaço em toda a sociedade. Apesar disso, a delimitação do conceito ainda é muito difícil, devido aos interesses econômicos relacionados ao tema. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a noção prática de pagamento de serviços ambientais surge a partir da assinatura do Protocolo de Kyoto, firmado em dezembro de 1997 e colocado em vigor em 2005. As questões ambientais e as mudanças climáticas são temas que têm despertado cada vez maior interesse em âmbito global, mas em nível regional, local e/ou para a propriedade rural, qual é o seu efeito prático? O produtor rural é ressarcido no momento da venda de um produto ou serviço, como soja, milho, feijão, frango, leite, alface, enfim, produtos físicos e/ou venda de sua mão-de-obra. Além desses, o produtor rural deve ser compensado monetariamente por abrir mão do plantio, dessas culturas, para produzir água e/ou sequestrar Carbono. Como exemplo, cito o município de Extrema/MG, onde os produtores estão recebendo para preservar florestas e nascentes. Naquele município, os agricultores perceberam que os recursos naturais são tão importantes quanto a lavoura e o rebanho. O pagamento aos agricultores iniciou em 2007, após a aprovação de lei municipal regulamentando o repasse de recursos para o setor privado. O ressarcimento varia de acordo com a atividade explorada pela propriedade, ou seja, a propriedade que produz leite deverá receber valores compatíveis com esta atividade. Assim, naquele município, além dos produtos tradicionais, os agricultores vendem um serviço ambiental. Esse exemplo é o que podemos visualizar de efeito prático, visto que aumenta o volume de água disponível para a população. Além do pagamento por um serviço ambiental realizado pelos agricultores, tornando-os produtores de alimentos e de água e, também, conservadores da natureza.

Águeda Marcéi Mezomo Diretora Técnica Emater/RS

Superintendente Técnica Ascar

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O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, foi o convidado da reunião semanal de diretorias da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) realizada nesta quarta-feira (11). O Secretário centralizou sua palestra no atual cenário do agronegócio gaúcho e suas perspectivas para 2010. Como exemplo do papel do setor primário, Machado destacou a participação agrícola nas exportações brasileiras: “dos US$ 197,9 bilhões vendidos pelo Brasil ao exterior em 2008, o agronegócio foi responsável por US$ 71,8 bi”. Ele também mostrou os números referentes ao Rio Grande do Sul, cuja participação do agronegócio na balança comercial é ainda maior, com 58% dos US$ 18 bi exportados em 2008. Nos últimos dez anos, o estado pulou de US$ 3,8 bi para US$ 10,6 bi em vendas agropecuárias externas, tornado-se o segundo maior exportador agropecuário do país. Os complexos soja, carne e fumo correspondem a 70,9% das commodities exportadas. Segundo ele, a consolidação da posição e a ampliação de mercados “passa necessariamente pela manutenção das estratégias adotadas pelo estado – e priorizadas pelo atual governo – referentes à sanidade animal e vegetal, certificação, rastreabilidade, capacitação técnica e ampliação da irrigação nas lavouras”. “Nosso governo tem a consciência de que a esmagadora maioria dos pequenos e médios municípios tem sua economia baseada no campo. Além disso, incentivar a permanência do homem no campo é nosso dever como gestores”, observou Machado, ao apresentar os projetos de “Modernização da Defesa Agropecuária” e o de “Certificação e Rastreabilidade de Produtos Agropecuários”, integrantes do Programa Estruturante Terra Grande do Sul. Os riscos embutidos na possibilidade de vigência da Reserva Legal, o câmbio desfavorável, o endividamento de parte considerável dos agricultores e as cadeias logísticas desagregadas se constituem, hoje, na opinião do Secretário, os maiores obstáculos do campo. Já entre as metas a serem atingidas, estão a ocupação de novos mercados mundiais, o estabelecimento definitivo de políticas de preço, o fomento a novas tecnologias e a consolidação do associativismo. Para o ano agrícola estadual de 2010, ele

destacou a perspectiva de nova safra recorde de grãos, a expansão da lavoura da cana-de-açúcar e a ampliação das indústrias de lácteos, suínos e aves. Como base para essas projeções, dados do Ministério da Agricultura combinados com de outras instituições, levando em consideração os próximos dez anos, revelam um aumento de 28,7% (chegando a 40 milhões de toneladas) na produção de grãos no país, enquanto a produção de carnes crescerá 51% (12,6 milhões de ton). Já a indústria leiteira terá um incremento de 34,6% (9 bilhões de litros) e o etanol chegará a 173%, atingindo a marca dos 37 bilhões de litros produzidos. Fonte: www.agricultura.rs.gov.br

Ministério da Agricultura cria selo único para

produtos orgânicos O Ministério da Agricultura instituiu o selo único oficial para os produtos orgânicos. O selo só pode ser usado nos orgânicos produzidos em unidades credenciadas pelo ministério. A instrução normativa foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (6/11). A exceção da obrigatoriedade de certificação dos orgânicos vale para os produtos da agricultura familiar, que podem ser vendidos diretamente aos consumidores, desde que os agricultores estejam vinculados a uma organização de controle social (OCS). O selo de certificação serve para dar ao consumidor a certeza de estar levando para casa um produto sem contaminação química. Os orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas, o que os torna mais saudáveis. A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservando a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. O agricultor orgânico se preocupa com a preservação do meio ambiente e não cultiva produtos transgênicos porque não quer arriscar a diversidade de variedades existentes na natureza. De acordo com o Ministério da Agricultura, o selo só é conferido após rigorosos exames de controle de qualidade de solo, da água e reciclagem de matéria orgânica. Fonte: Agência Brasil.

Embrapa e Cirad preparam lançamento de arroz híbrido

A Embrapa e o Cirad pretendem lançar, até a safra 2010/2011, a cultivar de arroz híbrido: BRS Cirad 302. As sementes se destinam ao plantio irrigado na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul. O desenvolvimento da cultivar teve início em 1985,

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quando a Empresa estabeleceu parceria com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França. Naquele ano, especialistas em genética, qualidade de grãos e fitotecnia, dentre outros, iniciaram o uso das linhagens do programa de melhoramento convencional para a geração dos híbridos. Após seis anos de interrupção, as pesquisas foram retomadas em 2004, sob a liderança dos pesquisadores Péricles Neves, da Embrapa Arroz e Feijão, e James Taillebois, do Cirad. Atualmente, os experimentos estão sendo conduzidos no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso e na sede da Embrapa Arroz e Feijão (GO), com o apoio da Embrapa Clima Temperado e da Embrapa Transferência de Tecnologia, escritório Capão do Leão, em Pelotas (RS). O arroz híbrido é obtido pelo cruzamento de duas linhagens, o que resulta em uma semente com maior capacidade produtiva. A produção de sementes ocorre em faixas intercaladas de linhas machos e fêmeas. As linhas fêmeas não produzem pólen, ou seja, dependem de polinização pelas linhas machos. O Programa Arroz Híbrido Embrapa-Cirad sustenta-se na criação permanente de novos híbridos, com programa de melhoramento próprio. Ao invés partir do cruzamento entre variedades convencionais, como é comum, os pesquisadores desenvolvem as linhagens "mãe" e "pai" do híbrido, de maneira a maximizar a produtividade e manter a qualidade dos grãos. De acordo com Péricles, a BRS Cirad 302 assegura maior produtividade ao agricultor, que utilizará também menor quantidade de sementes no plantio: "O agricultor vai colher mais, utilizando menos da metade da semente que usaria hoje", explicou. Isso ocorre porque a semente híbrida tem alto potencial de perfilhamento, o que reduz a densidade de semeadura para cerca de 40 quilos por hectare. A média atual é de 100 quilos de semente tradicional por hectare e 50 quilos no caso das sementes híbridas que já estão no mercado. Já a produtividade dos grãos pode ser de uma a duas toneladas superior ao arroz tradicional. No entanto, experimentos realizados pela Embrapa indicam que esse valor pode ser ainda maior, dependendo do clima e manejo aplicados. Além disso, a própria familiaridade que o agricultor adquirir pode melhorar o manejo, o que também vai refletir na maior produtividade. Segundo o pesquisador em Melhoramento de Arroz Irrigado da Embrapa Clima Temperado,

Ariano Magalhães Júnior, a BRS Cirad 302 destaca-se pela maior produtividade obtida pela heterose, quando comparada com cultivares convencionais e pelos grãos com alta qualidade industrial e culinária. Apresenta plantas do tipo moderno de folhas lisas, estatura de 93,5 centímetros, alta capacidade de perfilhamento e maturação uniforme. Os grãos são do tipo “agulhinha” de casca lisa-clara. Ainda conforme Ariano, o rendimento industrial dos grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é superior a 62% de grãos inteiros-polidos, com renda total de 70%. “Quando polidos, os grãos apresentam ótimo aspecto visual, aparência vítrea com baixa incidência de centro branco e ótima qualidade culinária. A produtividade observada em diversas regiões do Rio Grande do Sul situa-se acima de 10 toneladas por hectare”, disse Ariano. O híbrido BRS Cirad 302 apresenta ciclo biológico médio de 125 dias, oscilando entre 120 e 130 dias da emergência à completa maturação, conforme interação com ambiente de cultivo. Segundo os pesquisadores da Embrapa, o preço das sementes híbridas só poderá ser definido após o lançamento da cultivar: "O preço obedece às leis de oferta e procura e depende também da nossa capacidade de produção", afirmou Péricles. Um aspecto adicional é que as cultivares de arroz lançadas pela Embrapa, incluindo os híbridos, são protegidas levando em consideração a caracterização molecular ("finger printing"), de maneira a garantir a sua identidade. Um plano de marketing foi elaborado, em conjunto com a Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília-DF), para divulgar as qualidades do arroz híbrido. Em um primeiro momento, as ações devem priorizar a atração de empresas de produção de sementes, para então, posteriormente, despertar o interesse dos agricultores pelo produto. Adicionalmente, o escritório da Embrapa Transferência de Tecnologia em Capão do Leão(RS), é quem coordenará o processo de transferência de tecnologia para os agricultores. Texto: Vivian Maia (Embrapa Arroz e Feijão) Embrapa Clima Temperado

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS As condições meteorológicas se mostraram bastantes instáveis neste último período, alternando momentos de tempo seco com céu claro, com ocorrência de pancadas de chuvas por vezes bastante intensas, acompanhadas de

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ventos fortes, dependendo da região. Ao contrário do ocorrido nos primeiros dias de novembro, os maiores volumes acumulados foram registrados principalmente na parte Norte e Noroeste do Estado, com picos que ultrapassaram os 100mm em várias zonas destas regiões. Apesar da frente fria, que provocou os temporais, as temperaturas se mantiveram elevadas em boa parte do Estado, com os termômetros marcando máximas acima dos 30°C em determinados momentos. De modo geral, para a agricultura e a pecuária, as condições verificadas até o momento não têm sido desfavoráveis, apesar dos contratempos típicos provocados pelos temporais. Com exceção de casos pontuais, a maioria das lavouras e pastagens se desenvolve normalmente, apresentando, inclusive, bom padrão. Apenas para o trigo, que se encaminha para o final da colheita, são verificados atrasos no processo de retirada do grão das lavouras, devido ao excesso de umidade, durante algumas horas do dia. Com os volumes acumulados nestes primeiros dias, as barragens localizadas na Fronteira Oeste, que apresentavam problemas quanto ao volume armazenado, voltaram aos seus níveis normais, afastando de vez possível desabastecimento durante o período de irrigação das lavouras de arroz. Nos quadros a seguir, a precipitação acumulada até às 9h do dia 12 e sua comparação com a média esperada para o total do mês de novembro.

GRÃOS Arroz - Mesmo com os momentos de paralisação, devido às chuvas mais intensas em algumas zonas produtoras, que trazem contratempos como reconstrução de taipas, devido ao excesso de água dentro dos quadros, e dificuldades de trânsito dentro das lavouras, o processo de plantio como um todo segue dentro da normalidade, com os orizicultores semeando, até esta semana, 60% da área prevista. Apesar de algumas falhas provocadas pelas enxurradas, a germinação também vem ocorrendo sem problemas, com 55% das lavouras se enquadrando nesta fase e apresentando bom desenvolvimento inicial.

Safra Atual Safra Anterior

Média* Fases da cultura no RS Arroz

Em 12/11

Em 05/11

Em 12/11

Em 12/11

Plantio 60% 50% 61% 59% Germinação/Des. Veget 55% 46% 56% 49% Floração Enchimento de grãos Maduro e por colher Colhido Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2005-09 A comercialização, apesar do bom volume escoado via exportações (algo como 700 mil toneladas, até agora), segue com os preços pagos ao produtor abaixo dos níveis históricos, trazendo

Precipitação Acumulada (mm): novembro/09

Município mm Méd.Hist Desvio(%) Dias Chuva

Iraí 97,1 155,0 -37,4 5

SLGonzaga 200,2 154,0 30,0 6

Cruz Alta 111,5 149,0 -25,2 6

P Fundo 67,3 141,0 -52,3 6

L Vermelha 86,1 137,0 -37,2 6

Cx do Sul 87,0 144,0 -39,6 7

S Maria 174,9 131,0 33,5 7

P Alegre 96,7 104,0 -7,0 5

Uruguaiana 187,4 105,0 78,5 5

Livramento 209,8 122,0 72,0 6

Bagé 167,9 112,0 49,9 7

Pelotas 185,0 96,0 92,7 7

S V Palmar 57,0 85,0 -32,9 6

Média 132,9 125,8 9,6 6

Fonte: 8º DISME / INMET Elaboração: Emater/RS-Ascar (GPL/NIC)

Precipitação - Distribuição semanal (mm): novembro/09

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semanaMunicípio 01 - 07 08 - 14 15 - 21 22 - 31

Iraí 17,9 79,2 0,0 0,0

SLGonzaga 52,5 147,7 0,0 0,0

Cruz Alta 8,7 102,8 0,0 0,0

P Fundo 6,8 60,5 0,0 0,0

L Vermelha 45,8 40,3 0,0 0,0

Cx do Sul 26,8 60,2 0,0 0,0

S Maria 159,1 15,8 0,0 0,0

P Alegre 19,0 77,7 0,0 0,0

Uruguaiana 164,6 22,8 0,0 0,0

Livramento 207,3 2,5 0,0 0,0

Bagé 161,6 6,3 0,0 0,0

Pelotas 180,5 4,5 0,0 0,0

S V Palmar 56,9 0,1 0,0 0,0

Média 85,2 47,7 0,0 0,0

Fonte: 8º DISME / INMET

Elaboração: Emater/RS-Ascar (GPL/NIC)

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insatisfação ao setor, que espera recuperação com a perspectiva de aumento nas cotações internacionais, por conta de problemas na safra da Índia, o que elevaria a demanda pelo produto. Por enquanto, no mercado local, a saca de 50kg ficou cotada durante a semana a um preço médio de R$ 26,88. Um recuo de 0,3% em relação à semana passada. Feijão – A lavoura se encontra em evolução, chegando aos 87% da área estimada. Os agricultores estão aproveitando os intervalos de tempo sem precipitações para avançar no plantio, diminuindo a diferença de atraso sobre a média histórica.

Safra Atual Safra Anterior

Média* Fases da cultura no RS feijão 1ª safra

Em 12/11

Em 05/11

Em 12/11

Em 12/11

Plantio 87% 80% 86% 88% Germinação/Des. Veget 55% 62% 54% 57% Floração 19% 14% 20% 18% Enchimento de grãos 10% 4% 9% 9% Maduro e por colher Colhido

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2005-09

A cultura segue com bom desenvolvimento e os produtores tendo alguns cuidados com focos de doenças em áreas pontuais, em razão da umidade e altas temperaturas. O valor médio da saca de feijão preto no RS, nesta semana, foi de R$ 63,45, auferindo pequeno aumento de 0,29% sobre a anterior. O volume de negócios encontra-se estável, mantendo esta tendência para o próximo período. Milho - Beneficiada pelas condições meteorológicas verificadas até aqui, a safra deste ano evolui de maneira bastante satisfatória, com a maioria das lavouras apresentando bom desenvolvimento. Cerca de 2% do total já semeado começa a entrar em floração, com as plantas apresentando bom aspecto fitossanitário. No que tange à área semeada, apesar das paradas momentâneas devido à alta umidade, o plantio também segue sem maiores problemas, com os produtores avançando sobre 69% da área prevista para esta safra. Sem problemas de deficiência hídrica, as sementes já germinaram sem dificuldades em 62% da área. Nas lavouras mais adiantadas, os produtores seguem os trabalhos de controle de inços e eventuais pragas, além de aplicarem adubos nitrogenados em cobertura, com o objetivo de manter o bom padrão das lavouras.

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Nasemana

Semanapassada

Mêsanterior

Anoanterior

Médiageral

Médianovembro

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P r e ço M éd i o A r r o z e m 1 2 d e n o v e mb r o = R $ 2 6 , 8 8 ( 5 0 k g )

- 1 8 , 7 9

- 6 , 7 3

- 0 , 3 0

- 3 , 4 5- 5 , 3 2

- 2 5

- 2 0

- 15

- 10

- 5

0

5

10

Semana

anter i or

M ês anter i or Ano anter i or M édi a ger al M édi a

novembr o

V a r i a ção p e r c e n t u a l e m r e l a ção à. . .

%

6 3 , 4 5 6 3 , 2 7 6 4 , 5 5

1 3 4 , 4 2

8 2 , 2 68 3 , 4 5

25,00

50,00

75,00

100,00

125,00

R $

Nasemana

Semanapassada

Mêsanter ior

Anoanter ior

Médiager al

Médianovembr o

Fei j ão - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca 60 kg

O b s : S e ma n a A t u a l , Se ma n a A n t e r i o r e M ês A n t e r i o r : V a l o r

N o mi n a l

P r eço M édi o Fei j ão em 12 de novembr o = R$ 62, 45 ( 60 kg)

- 22 , 87 - 23, 97

0, 28

- 1 , 70

- 52 , 80-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

Semana

ant er ior

Mês ant erior Ano anter ior Média geral Média

novembro

V ar i ação per cent ua l em r e l ação à. . .

%

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Safra Atual Safra Anterior

Média* Fases da cultura no RS Milho

Em 12/11

Em 05/11

Em 12/11

Em 12/11

Plantio 69% 61% 67% 67% Germinação/Des. Veget 62% 59% 59% 59% Floração 2% 0% 5% 5% Enchimento de grãos Maduro e por colher Colhido

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2005-09 Se os produtores não vêm encontrando dificuldades na implantação desta safra, o mesmo não pode se dizer da comercialização da passada. Apesar da valorização de 3,21% nos últimos 30 dias, a cotação da saca de 60kg, paga ao produtor, segue abaixo das cotações históricas, o que faz com que os negócios se tornem lentos e com poucos volumes negociados. Nesta semana, a cotação média no Estado aumentou apenas um centavo em relação à anterior, ficando a mesma em R$ 17,38. Soja - O plantio da soja aumentou 13 pontos percentuais nesta semana, chegando a 25% do total da área prevista. Sem problemas quanto à falta de umidade, as sementes germinam sem

dificuldades em 21% da área. Estes números, apesar do significativo salto verificado nos últimos dias, ainda deixam o atual plantio em atraso na comparação com a média das últimas cinco safras. Com o encaminhamento, para o final, da colheita de trigo, o plantio da atual safra deverá se intensificar nos próximos dias.

Safra Atual Safra Anterior

Média* Fases da cultura no RS Soja

Em 12/11

Em 05/11

Em 12/11

Em 12/11

Plantio 25% 12% 23% 32% Germinação/Des. Veget 21% 8% 19% 27% Floração Enchimento de grãos Maduro e por colher Colhido

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2005-09 A comercialização do produto também não vem apresentando dificuldades, haja vista a demanda em alta e os bons preços praticados pelos mercados compradores. Apenas a valorização do real frente ao dólar tem subtraído ganhos maiores aos detentores de estoque. Na semana, a cotação média da saca de 60kg, em âmbito estadual, teve queda de 1,96%, ficando em R$ 41,05. Trigo - Entre uma chuva e outra, os produtores seguem com os trabalhos de colheita da safra

1 7 , 3 8 1 7 , 3 7 1 6 , 8 41 8 , 5 4

2 1 , 2 5 2 0 , 9 4

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

R $

Na

semana

M ês

anter i or

M édi a

ger al

M i l ho - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca 60kg

O b s : S e ma n a A t u a l , S e ma n a A n t e r i o r e M ês

A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l

Preço Médio Milho em 12 de novembro = R$ 17,38 (60 kg)

-18,21 -17,00

-6,26

3,21

0,06

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Médianovembro

Variação percentual em relação à...

%

4 1 , 0 5 4 1 , 8 7 4 1 , 6 5 4 2 , 3 5

3 8 , 3 73 6 , 2 4

2 5 , 0 0

3 0 , 0 0

3 5 , 0 0

4 0 , 0 0

4 5 , 0 0

R $

Na seman a Seman a

passada

M ê s an t er ior An o an t er ior M é dia ger al M é dia

n ovembr o

Soj a - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca 60 kg

O b s : S e ma n a A t u a l , Se ma n a A n t e r i o r e M ês

A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l

Preço Médio Soja em 12 de novembro = R$ 41,05 (60 kg)

-1,44 -3,07-1,96

13,27

6,98

-10

-5

0

5

10

15

20

25

Semanaanterior

Mês anterior Ano anterior Média geral Médianovembro

Variação percentual em relação à...

%

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2009 do cereal. Na semana, o percentual de colheita atingiu 52% da área plantada, aumentando 14 pontos em relação à semana passada. Mesmo assim fica 13 pontos atrás da média. Apesar do tempo úmido ocorrido desde o final do processo de maturação das lavouras, a qualidade do grão colhido, ao contrário do que se podia esperar, tem se mantido satisfatória, com muitos casos de PH próximo aos 82.

Safra Atual Safra Anterior

Média* Fases da cultura no RS Trigo

Em 12/11

Em 05/11

Em 12/11

Em 12/11

Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. Veget 0% 0% 0% 0% Floração 0% 2% 0% 1% Enchimento de grãos 12% 25% 9% 8% Maduro e por colher 36% 35% 31% 26% Colhido 52% 38% 60% 65%

Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média 2004-08 Se a qualidade da safra não compromete, o mesmo não se pode dizer das cotações. Durante a semana, o preço médio novamente sofreu queda, que desta vez foi de 0,36%, passando a saca de 60kg para R$ 22,07. Canola – Durante o último período, houve bom avanço na colheita, restando poucas áreas a

serem colhidas. Em várias regiões de produção, os rendimentos têm variado muito, em decorrência das adversidades climáticas que influíram na produtividade final da lavoura. No Noroeste Colonial e Alto Jacuí, os grandes volumes de chuvas na época da floração determinaram baixa fecundação e consequente redução no número de grãos por síliqua em muitas lavouras. Cevada – A safra gaúcha se aproxima do final de colheita. Nas áreas mais ao Norte do RS, os volumes já colhidos têm se apresentado entre 70% e 80% com boa qualidade industrial. A produtividade está, até o momento, dentro das estimativas iniciais. Na Fronteira Oeste, os municípios de Santa Margarida do Sul e São Gabriel, que possuem áreas de lavoura com 1.200 ha cada, a colheita também está chegando ao seu final, com boa produtividade.

HORTIGRANJEIROS

Olerícolas Batata-doce – No município produtor de Barra do Ribeiro, na região Centro Sul, já foram colhidos 84% da área plantada estimada em 300 ha. O preço do produto mantém-se estável, em R$ 8,00/cx de 20kg, valor este comercializado na lavoura. Cebola – O excesso de chuvas na Zona Sul, maior produtora deste bulbo no RS, tem ocasionado aumento no índice de doenças fúngicas, que pode, no futuro, acarretar redução de produtividade nas variedades tardias, que representam cerca de 60% da área plantada na região. Por essa situação, neste último período, é intensa a aplicação de fungicidas na lavoura. As vendas permanecem estáveis, com preços oscilando entre R$ 1,20 a R$ 1,30/kg Intensifica-se a colheita das variedades superprecoces na Serra, mantendo boa sanidade e rendimentos. As chuvas foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura, que, até o momento, se apresenta com muito bom aspecto e sanidade. A adubação de cobertura, o controle químico de ervas e os tratamentos foliares vêm sendo intensificados. No Litoral Médio, nos municípios de Mostardas e Tavares, as lavouras estão com bom desenvolvimento vegetativo e boa sanidade. As lavouras se apresentam em início de colheita, com

2 2 , 0 7 2 2 , 1 5 2 1 , 8 7 2 3 , 7 3

2 6 , 8 3

2 5 , 5 6

10 , 0 0

15 , 0 0

2 0 , 0 0

2 5 , 0 0

3 0 , 0 0

R $

Na

semana

Semana

passada

M ês

anter i or

A no

anter i or

M édi a

ger al

M édi a

novembr o

T r i g o - P r e ço M éd i o P a g o a o P r o d u t o r - R $ / s a c a 6 0 k g

O bs : S e ma n a A t ua l, S e ma n a A n t e r io r e M ês A n t e r io r : V a lo r N o min a l

A n o A n t e r io r e M édia s ( 2 0 0 4 - 2 0 0 8 ) : C o r r ig id a s I G P - D I

P r eço M édi o T r i go em 12 de novembr o = R$ 22 , 07 ( 60 kg)

- 7 , 0 0

- 1 7 , 7 4

- 1 3 , 6 5

- 0 , 3 6

0 , 9 1

-20

-15

-10

-5

0

5

Semanaanter ior

Mês anter ior Ano anter ior Média ger al Médianovembr o

V a r i a ção p e r c e n t u a l e m r e l a ção à. . .

%

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boa produtividade e excelente média de preço (R$ 1,20/kg), que se manteve estável na semana. Tomate - Inicia-se a colheita da safra na região Serrana, apresentando muito bom aspecto geral dos frutos. As plantas ainda se ressentem das adversidades ocorridas, primeiro do excesso de chuvas e, depois, por temperaturas demasiado altas, principalmente por estarem com as variedades do cedo estabelecidas em locais de baixa altitude e ambientes mais quentes. Nesse momento, intensifica-se o transplantio das variedades da safra do tarde.

Frutas Ameixa - Transcorre normalmente o desenvolvimento dos pomares de ameixa na Serra, demonstrando boa sanidade e pegamento inicial de frutos, surpreendendo, haja vista o ápice do florescimento ter ocorrido sob chuvas prolongadas. Na semana, foram realizados tratamentos foliares e raleios das plantas. Melancia - As fortes chuvas deste final de semana na zona da produção da região Carbonífera, em média de 90mm, prejudicaram a cultura que está em fase de embaraçamento e frutificação. Produtores estão prevendo um retardo no início da colheita, o que poderá ocasionar uma grande concentração de oferta para o mês de dezembro, fazendo com que os preços tendam a cair. Está programado encontro da Associação dos Produtores de Melancia de Triunfo e Montenegro para o próximo dia 20 de novembro, na localidade de Fazenda Barbosa, município de Triunfo. Melão – Em Dom Pedrito, na Campanha, os produtores de melão deverão repetir a área com a fruta, mantendo os 40 hectares da safra passada. Pêssego – No Sul do Estado, maior produtor de pêssego com destino à indústria, tem ocorrido avanços na comercialização futura, como a parceria com a Conab, que irá realizar a compra do produto em conserva, através de cooperativas da região, mas ainda persiste a indefinição quanto à aquisição da fruta da safra que se inicia, em relação às agroindústrias. Uva – Na Serra Gaúcha, maior produtora do país, a cultura se desenvolve bem, com boa sanidade e ausência de pragas. A brotação é exuberante até o momento. Variedades superprecoces em locais mais quentes já estão com as bagas tamanho ervilha. As variedades viníferas, híbridas e a

principal variedade cultivada, a Isabella, se encontram em pleno florescimento. Na região, o momento é de maior intensidade com a poda verde, requerendo muita dedicação, face ao elevado número de brotos. Também é a fase de maior atenção quanto aos tratamentos foliares, pois qualquer deslize nesse sentido pode comprometer o rendimento final, em razão da perda de inflorescências. Comercialização de Hort igranjeiros Na CEASA/RS de Porto Alegre, dos 35 principais produtos analisados em relação a preços, pela Gerência Técnica, no período entre os dias 03/11/09 a 10/11/09, 16 se mantiveram estáveis, 14 tiveram alta e cinco tiveram queda.

PRODUTOS EM BAIXA

03/11/09

(R$)

10/11/09

(R$)

% de Baixa

Pêssego nacional 2,67/kg 2,00/kg 25,09

Milho verde 1,30/scl 3 und

1,20/scl 3 und 7,69

Pepino salada 0,56/kg 0,50/kg 10,71 Tomate caqui Lvida 2,40/kg 2,25/kg 6,25 Vagem 2,50/kg 2,00/kg 20,00

PRODUTOS EM ALTA

03/11/09

(R$)

10/11/09

(R$)

% de Aumento

Banana Caturra 0,80/kg 0,85/kg 6,25 Banana Prata 1,22/kg 1,25/kg 2,46 Laranja Pêra 0,75/kg 0,80/kg 6,67 Mamão Formosa 1,92/kg 2,00/kg 4,17 Brócolis híbrido 1,00/und 1,25/und 25,00 Couve-flor 1,00/cab 1,50/cab 50,00 Chuchu 0,75/kg 0,83/kg 10,67 Batata branca lisa 1,50/kg 2,00/kg 33,33 Batata rosa lisa 1,40/kg 1,70/kg 21,43 Batata-doce 0,94/kg 1,00/kg 6,38 Beterraba 1,00/kg 1,11/kg 11,00 Cebola nacional 1,90/kg 2,00/kg 5,26 Cenoura 1,15/kg 1,28/kg 11,30 Aipim 0,61/kg 0,67/kg 9,84

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Nas Feiras dos Produtores de Passo Fundo, os preços praticados na semana foram:

Produto R$ Alface 0,55/pé Brócolis 1,50/mol Chicória 0,75/pé Couve-flor 1,00/cab Couve 1,00/mol Tempero verde 0,75/mol Cenoura 1,00/mol Beterraba 1,00/mol Aipim 2,00/kg Repolho roxo 1,50/cab Repolho verde 1,00/cab

Na região Central do Estado, os valores na semana foram:

Produto R$ Alface 0,33/pé Repolho 0,50/kg Beterraba 0,60/kg Cenoura 1,00/mol

CRIAÇÕES Forrageiras. – O clima segue mantendo um padrão de intensas precipitações, intercalado com períodos que variam de nublado a intensa insolação. Este comportamento oscilante segue produzindo resultados positivos e negativos. O volume continua sendo expressivo em algumas localidades, o que está causando problemas relacionados excesso de umidade do solo. As operações de preparo do solo e semeadura estão com seu calendário alterado. As lavouras de milho destinadas à produção de silagem na região de Estrela estão com a semeadura atrasada. Por outro lado, a boa disponibilidade de água, combinada ao gradativo aumento da temperatura e à maior intensidade luminosa, está se refletindo num crescimento exuberante das pastagens anuais já implantadas, assim como as perenes e o campo nativo. Na Fronteira Oeste e Campanha, as pastagens cultivadas de aveia estão próximas do seu final de ciclo. Já o azevém segue ainda em sua fase reprodutiva. As áreas de trevo e cornichão estão apresentando um bom desenvolvimento e representam atualmente uma importante fonte de alimento. As novas pastagens de verão seguem sendo implantas. A recuperação do campo nativo está superando as expectativas iniciais e já representa uma importante fonte de

alimento. A mesma recuperação gradativa está ocorrendo nos campos da zona Sul. Na zona Central, o campo nativo também está mostrando sinais de boa recuperação. Nas zonas Noroeste e Norte do Estado, em que pese a constante alternância do clima, algumas áreas destinadas às pastagens de verão já foram implantadas. As pastagens nativas do Litoral Norte e Médio estão apresentando um bom desenvolvimento, que se reflete na melhoria da qualidade e no aumento da oferta de forragem para o rebanho. Bovinocultura de corte – Na Campanha e Fronteira Oeste, em decorrência do aumento da oferta de alimento resultante da recuperação do campo nativo e o bom desenvolvimento das áreas com trevos e cornichão, está aumentando, de forma gradativa, a oferta de gado para o abate. O aumento do número de animais ofertados no mercado local está derrubando os preços. A queda dos preços no mercado local do boi gordo também está influenciado negativamente os preços daqueles destinados à recria e à terminação. A comercialização dos reprodutores está boa, mas a média dos preços praticados é inferior de anos anteriores. Já na zona Sul, os preços se mantiveram estáveis durante o período, com exceção do mercado de Capão do Leão, onde os animais estavam sem cotação. O aumento da oferta de alimentos está propiciando uma melhora na condição corporal dos animais. Isso ocorre devido à boa recuperação que o campo nativo vem apresentando. Já no Centro do Estado, o mercado de reprodutores e matrizes vem se mantendo dentro da normalidade esperada para esta época do ano, com os preços registrados na mesma faixa dos anos anteriores. Nos remates de primavera, que estão ocorrendo no Litoral e área Metropolitana, está sendo comercializada toda a oferta, o que projeta uma tendência de alta para o mercado local. Segundo relatam os técnicos da EMATER/RS-ASCAR, o mercado vem mantendo um comportando semelhante ao observado em anos anteriores para o mesmo período, com os preços em baixa e praticados sem muita variação. No mercado estadual, o preço médio do boi gordo assim como da vaca gorda segue apresentando uma tendência de baixa. Os preços que, no período anterior, estavam fixados em R$ 2,32 e R$ 2,08 o kg vivo, caíram respectivamente para R$ 2,31 e R$ 2,06 o kg vivo. Queda de 0,43% e 0,96%, respectivamente.

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Ovinocultura – Segundo apurou o levantamento realizado pela EMATER/RS–ASCAR, o mercado estadual do cordeiro permaneceu inalterado na comparação com o período anterior. O preço médio do cordeiro destinado ao abate segue cotado em R$ 2,32 o kg vivo. Na zona da Campanha, os produtores seguem envolvidos com a prática de esquila de lã, sendo que a previsão é que esta se estenda até dezembro. O mesmo vem ocorrendo entre os criadores da Zona Sul, onde mais de 50% do rebanho já foi esquilado. A comercialização do produto está estável, mesmo com a baixa da moeda americana, um importante balizador dos negócios. Nessa mesma zona, as atuais condições climáticas começam a causar certa preocupação entre os criadores, uma vez que surgem os primeiros casos de verminose no rebanho. Na área Centra do Estado, as parições estão praticamente finalizadas. O estado corporal dos animais é bom. Nesta zona, a prática da esquila segue intensa entre os criadores, que também estão mobilizados para impedir o desenvolvimento da bicheira parasita comum, que ocorre após a realização da mesma, caso não sejam tomados os devidos cuidados. O baixo preço obtido pela lã, contudo, segue desestimulando o setor. Bovinocultura de leite – Segundo apurou o levantamento de preços realizado pela EMATER/RS–ASCAR nas principais regiões de produção, o preço médio pago ao produtor apresentou queda. O valor, que anteriormente estava fixado em R$ 0,58, caiu para R$ 0,57 o litro do produto, queda de 1,72% no período. O mesmo não ocorreu com os preços máximo e mínimo, que permaneceram, respectivamente, em R$ 0,72 e R$ 0,48. Em parte, a oscilação negativa se deve à maior oferta do produto, uma vez que, com a boa disponibilidade de água e o aumento gradativo da temperatura e insolação, amplia-se a oferta e a qualidade da forragem disponível para os animais. Esta maior oferta também ameniza as dificuldades de acertar o balanço financeiro do setor, uma vez que representa uma considerável redução de custos no item alimentação, visto que menos ração e concentrados necessitam ser utilizados. Porém, as constantes precipitações em algumas localidades estão retardando o andamento do plantio das lavouras de milho destinadas à produção de silagem, assim como causando alguns prejuízos, principalmente nas áreas com pastagens anuais de verão, que se encontram na fase inicial de desenvolvimento.

Suinocultura – O preço médio do suíno voltou a reagir positivamente, após permanecer um período de comportamento estável. Isto foi o que apurou o levantamento de preços realizado pela EMATER/RS–ASCAR nas principais zonas de produção suinícola do Estado. O preço médio, que se mantinha estável, na faixa de R$ 1,96 o kg vivo, até este último período passou para R$ 1,98 o kg vivo. A alta representou um reajuste de 1,02% sobre o preço médio praticado. Contudo, esta tendência normalmente é observada em igual período em anos anteriores, em parte devido à maior demanda do produto e de seus processados, no período que coincide com as festa de final de ano. Os produtores, contudo, seguem aguardando uma maior recomposição dos preços pagos, com vistas a corrigir a forte defasagem entre o custo de produção e o valor pago pelo produto. Manifestam que, somente desta forma, haverá disposição de ampliar a produção. O milho, um dos componentes básicos da ração, apresentou pequena elevação no mercado estadual neste último período. Pesca artesanal – As condições do mar neste último período foram bastante afetadas pela variação dos ventos. Ocorreram rajadas que variaram de zero a 72 km/h, sendo que, no dia 3/11, este chegou a atingir 77 km/h. Nos municípios litorâneos de Tramandai e Imbé, na pesca com redes de cabo, rendeu algo em torno 20 a 30 kg por dia de atividade, sendo que as espécies mais capturadas foram a tainha, o bagre, a pescada amarela, o papa-terra e o pampo. Já com o bote, a produção ficou em torno 60 a 80 kg. As espécies mais capturadas foram a corvina, o linguado, a pescada amarela, o papa-terra e o bagre. Na localidade de balneário Quintão, as condições de pesca foram consideradas regulares e as espécies mais capturadas foram a pescadinha e a cascota (a corvina, em sua fase inicial de desenvolvimento).

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÕES ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES. R$

MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA 2004-2008

PRODUTOS

UNIDADE

SEMANA ATUAL

12.NOV.09

SEMANA ANTERIOR 05.NOV.09

MÊS ANTERIOR 15.OUT.09

ANO ANTERIOR 13.NOV.08 GERAL NOVEMBRO

ARROZ 50 kg 26,88 26,96 27,84 33,10 28,82 28,39 FEIJÃO 60 kg 63,45 63,27 64,55 134,42 82,26 83,45 MILHO 60 kg 17,38 17,37 16,84 18,54 21,25 20,94 SOJA 60 kg 41,05 41,87 41,65 42,35 38,37 36,24 SORGO 60 kg 14,03 14,03 13,95 15,60 17,31 17,17 TRIGO 60 kg 22,07 22,15 21,87 23,73 26,83 25,56 BOI kg v 2,31 2,32 2,40 2,64 2,28 2,29 VACA kg v 2,06 2,08 2,12 2,43 2,03 2,06 SUÍNO kg v 1,98 1,96 1,87 2,46 2,46 2,50 CORDEIRO kg v 2,32 2,32 SI 2,35 2,72 2,81 LEITE litro 0,57 0,58 0,58 0,47 0,54 0,51 P e r í o d o 09/11-13/11 02/11-06/11 12/10-16/10 10/11-14/11 - -

Fonte dos dados / Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Índice de correção: IGP-DI ( FGV ). NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinqüênio 2003-2007 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2003-2007

OBS: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto 3) SI, indica sem informação. ST, indica sem transação.