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Por: Carlos Alberto Gonçalves Alfredo Orientador Professor Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2012 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSUAVM FACULDADE INTEGRADA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA ECONÔMICO GLOBAL

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Por: Carlos Alberto Gonçalves Alfredo

Orientador

Professor Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS

PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA

ECONÔMICO GLOBAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS

PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA

ECONÔMICO GLOBAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Gestão de Projetos

Por: . Carlos Alberto Gonçalves Alfredo

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia e este curso à minha família, na presença eterna da minha dadivosa esposa Kylma, agradecendo a DEUS por ter nos presenteado com os nossos dadivosos filhos DANIEL e DAVI, e com uma gratidão à minha netinha MARIA CLARA, um anjo de DEUS que nasceu para completar a nossa felicidade. A Nathália e Mere nossas duas filhas-noras, nossos agradecimentos a DEUS por te-las em nossa família. DEUS A TODOS ABENÇOE

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RESUMO

Esta monografia tem como objetivo, discorrer sobre o processo de

Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no panorama

econômico global, de acordo com os seus princípios de origem, os quais

conceituam a globalização como um processo social que atua no sentido de

mudanças na estrutura política e econômica das sociedades, ocorrendo em

ondas, com avanços e retrocessos separados por intervalos que podem durar

séculos, caracterizando aspectos geopolíticos diferenciados que modificam

padrões econômicos e sociais, integrando os mercados em nível mundial no

sentido de que um produto, independentemente de sua origem ou procedência

possa estar oferecido para consumo em qualquer parte do globo terrestre.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta monografia consiste na junção de dados e

fontes de informações pesquisadas pelo autor deste trabalho, existentes

separadamente, contribuindo para a compilação de um conjunto de elementos

descritivos relativos ao título deste estudo, reunindo-os em um todo

compreensível para elaboração e apresentação deste texto.

Graças a disponibilidade de fontes de pesquisas em diversas áreas do

conhecimento humano, é possível recorrer à GESTÃO DO CONHECIMENTO

quer na área bibliográfica, na área digital e outras fontes informativas,

facilitando o armazenamento de informações, contribuindo para a

disseminação do conhecimento, através da GESTÃO DO CONHECIMENTO,

estimulando os estudiosos na busca de novas metodologias de pesquisas,

capazes de oferecer novos mecanismos de acesso mais rápidos e eficazes em

torno dos objetivos alvos a serem pesquisados.

As fontes de pesquisas utilizadas nesta monografia estão suportadas na

TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, abrangendo:

• Pesquisas bibliográficas;

• Pesquisas digitais;

• Pesquisas de mídia;

• Outras fontes e referências informativas.

As fontes pesquisas estão citadas no índice bibliográfico no final deste

trabalho, com as respectivas referências de acesso e localização.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

Fundamentação Teórica 09

CAPÍTULO II

Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no

Panorama global econômico global 15

CAPÍTULO III

Gestão educacional para o Brasil no século XXI 25

CAPÍTULO IV

Tecnologia educacional para o Brasil no século XXI 36

CONCLUSÃO 48

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 53

INTRODUÇÃO

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O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL

O processo de industrialização brasileiro inicia-se no período colonial,

entre o fim do século XVIII e no início do século XIX, conforme descrito por

Gilberto Freyre na obra, “Sobrados e mucambos”, (3º volume), e Decadência

do Patriarcado Rural e Desenvolvimento do Urbano,

pois, na época em que na Europa ocidental, quando nos Estados Unidos

iniciava-se o declínio do cavalo e do burro como animais de tração e sua

substituição pela tração a vapor, na antiga capital do Brasil – cidade da maior

importância comercial, e não apenas política , entre as do Império – a tração

humana não só fora ainda superada pela animal como continuava quase a

única. Não se enxergavam cavalos nem burros, nem carruagens nem carroças.

Só palaquins. Nenhuma pessoa ou coisa sobre rodas puxadas por animal ou

mesmo por homem.

No período colonial, até 1785 o governo português proibiu formalmente o

funcionamento de fábricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e

roupas comercializadas por portugueses no Brasil. Os primeiros esforços

importantes para a industrialização brasileira ocorreram durante o período

imperial.

Na mesma obra, Gilberto Freyre destaca a presença dos ingleses que

conseguiram descobrir no Brasil tesouros que os brasileiros eram incapazes de

encontrar, ao introduzirem introduziram maquinários importados, que

diminuíram a importância tanto do escravo como do senhor, contribuindo para

uma transformação que abalou todo o sistema escravocrata e patriarcal

dominante na colônia e após o Império.

Em meados do século XIX começaram a chegar barcos a vapor, trilhos,

locomotivas, vagões, equipamentos sanitários, encanamentos para gás,

modificando toda a economia, a organização social e a cultura brasileira,

principalmente a paisagem dos sobrados e dos mucambos.

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Durante o Segundo Reinado, Irineu Evangelista de Souza (o visconde de

Mauá) e grupos estrangeiros investiram em estradas de ferro, empresas de

transporte urbano e gás, bancos e seguradoras.

A política econômica oficial, porém, continuava a privilegiar a agricultura

exportadora. No final do século XIX e início do XX, as indústrias brasileiras, em

sua maioria, não passavam de pequenas pelarias, serrarias, moinhos de trigo,

fiações e fábricas de bebida e de conserva. O país importava matérias-primas,

máquinas, equipamentos e grande parte dos bens de consumo.

As dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial ao comércio

internacional favoreceram a estratégia de substituição de importações,

favorecendo o desenvolvimento industrial do Brasil. Em 1946 começou a

operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em

Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1953 foi criada a Petrobrás.

Em 1956 Juscelino Kubistschek de Oliveira foi eleito para governar o

Brasil entre 1956 até 1961, tendo criado um ambicioso Plano de Metas

composto por 31 metas, tendo como principal objetivo o desenvolvimento

econômico do Brasil, ou seja, baseando-se em um conjunto de medidas que

atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a

dinamização do processo de industrialização do Brasil, concentrado na

produção de bens duráveis buscando atingir o mercado de massas, com a

finalidade de atrair investimentos nestes setores, dado o potencial de geração

de fornecedores, contribuindo para a criação de um mercado de trabalho e

renda para a população, com a implantação de um moderno parque industrial

no Brasil.

O fato de ainda sermos um país em construção, apresenta uma dupla

vantagem: evitar a repetição de modelos e construir um país preservando a

nossa cultura e nossos valores. Nossos problemas ainda são muitos e só

poderemos solucioná-los com criatividade, através da educação.

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CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Alguns autores como Samuel P. Huntington como descrito na obra “O

Choque de Civilizações” consideram a evolução política e o desenvolvimento

social e econômico latino-americano como um desdobramento da civilização

europeia.

De acordo com essa visão, podemos conceituar a Europa como berço

da industrialização brasileira, visto ter sido o Brasil ter sido descoberto e

colonizado pelos portugueses a partir de 1500, no século XVI no segundo

período global, considerado como o período das grandes navegações.

Nos três primeiros séculos, os descobridores mantiveram o Brasil sob

seu estrito domínio, restringindo qualquer iniciativa que viesse proporcionar o

seu desenvolvimento.

Assim, podemos dividir a industrialização brasileira em quatro períodos:

O PRIMEIRO PERÍODO – Vai de1500 até 1808. É com conhecido como

o período da proibição, quando Portugal proibiu o desenvolvimento de

qualquer atividade industrial no Brasil. Assim, em 5 de janeiro de 1785,

D. Maria I lavrou um alvará, extinguindo todas as manufaturas têxteis da

colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e

trabalhadores.

O SEGUNDO PERÍODO – Vai de 1808 até 1930, sendo considerado o

PERÍODO DA IMPLANTAÇÃO, dividindo-se em duas fases:

• A primeira fase vai de 1808 até 1850, quando Dom João

VI anulou o alvará lavrado por Dona Maria,

implementando o comércio exterior, beneficiando o

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Brasil com um baixo crescimento e desenvolvimento

industrial;

• A segunda vai de 1850 a 1930, sendo marcada pela da

Lei Eusébio de Queirós que proibiu o tráfico

intercontinental de escravos atitude que resultou em

ótimos acontecimentos em relação á indústria

brasileira, marcando o desenvolvimento do setor têxtil,

favorecido pela cultura algodoeira, face a Guerra da

Secessão nos Estados unidos entre 1861 e 1865.

Em 1880 houve um crescimento industrial, quando o número de

estabelecimentos passou de 200, em 1881, para 600, em 1889, dando

início ao processo de substituição de importações.

Em 1907 foi realizado o 1° censo industrial do Brasil, indicando a

existência de pouco mais de 3.000 empresas. O 2° censo, em 1920,

mostrava a existência de mais de 13.000 empresas, caracterizando um

novo grande crescimento industrial nesse período, principalmente

durante a 1ª Guerra Mundial quando surgiram quase 6.000 empresas,

predominado a presença da indústria de bens de consumo que já

abastecia boa parte do mercado interno.

O setor alimentício cresceu bastante, principalmente a exportação

de carne, ultrapassando o setor têxtil. A economia do país continuava,

no entanto, dependente do setor agroexportador, especialmente o café,

que respondia por aproximadamente 70% das exportações brasileiras.

O TERCEIRO PERÍODO – Ocorreu entre 1930 e 1956, sendo

considerado como a etapa da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, com início

no governo de Getúlio Vargas, implantando mudanças fundamentais na

política interna, eliminando as oligarquias dominantes, passando a

implantar uma política industrial, na criação de uma infraestrutura

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baseada na área industrial e energética, salientando-se os seguintes

investimentos:

• Conselho Nacional do Petróleo (1938)

• Companhia Siderúrgica Nacional (1941)

• Companhia Vale do Rio Doce (1943)

• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)

• Petrobras, criada em 3 de outubro de 1953 pela Lei n º 2004

Constituindo fatores contribuintes para o desenvolvimento industrial

brasileiro a partir da década de 30, com elevada concentração inicial na região

Sudeste, no eixo Rio-São Paulo, posteriormente expandindo-se para a região

Sul..

Em 1945, no início da 2ª Guerra Mundial houve uma redução do

crescimento industrial, devido s dificuldades existentes para importar o

maquinário indispensável à expansão do parque industrial instalado no Brasil,

chamando-se a atenção para a ausência de fontes de Bens de Capital,

indispensáveis para alavancar e manter a sustentabilidade da industrialização

brasileira.

Apesar disso as exportações brasileiras, continuaram a se manter

acarretando um acúmulo de divisas e, as matérias-primas nacionais

substituíram as importadas.

Ao final da segunda-guerra já algumas existiam indústrias de Bens de

Capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.

No segundo governo Vargas (1951-1954), os projetos de

desenvolvimento baseados no capitalismo de Estado, através de investimentos

públicos no extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC, em 1951), BNDES, dentre

outros, forneceram importantes subsídios para Juscelino Kubitschek lançar seu

Plano de Metas, (1956/1961), composto por 31 metas, atraindo para o Brasil,

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grande volume de investimentos privados, expandindo o parque industrial

brasileiro.

Durante esse período, o Brasil cresceu a uma taxa anual de 8,2, medida

pelo PIB, com uma inflação média de 22,6%. As expectativas de exportação

ficaram muito aquém, o café estagnou e os preços caíram constantemente, a

capacidade de importar ficou reduzida, e o resultado, foram déficits na balança

de pagamentos de US$ 176 milhões em média no período, apesar dos

ingressos de capitais de longo prazo.

No período de 1957-1961, o Brasil cresceu a uma taxa anual de 8,2%,

medida pelo PIB, e a inflação média atinge 22,6%, porém, as expectativas de

exportação ficaram muito aquém, o café estagnou e os preços caíram

constantemente, a capacidade de importar ficou reduzida, e o resultado, foram

déficits na balança de pagamentos de US$ 176 milhões em média no período,

apesar dos ingressos de capitais de longo prazo.

O Plano de Metas do Governo JK, considerado em longo prazo, gerou

benefícios para a sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito ao

desenvolvimento do interior do país, com a construção de Brasília, que

deslocou a capital do país para Goiás, na região do Centro-Oeste

constituindo-se em um dos resultados do Plano de grande êxito, pois visava,

realizar a integração norte-sul, ao mesmo tempo em dava-se inicio a ocupação

da faixa não litorânea do país.

Um dos desdobramentos da construção de Brasília foi a integração

Norte-Sul, com a construção da Rodovia Belém-Brasília.

Encerrado o período de governo de JK (1956/1961), e esgotada a fase

de vigência do programa de metas, o processo de desenvolvimento industrial

brasileiro viu-se às voltas com a inexistência de mecanismos capazes de

impulsionar a continuidade do ciclo de crescimento até então em curso.

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Uma das razões foi a limitação da capacidade produtiva do parque

industrial brasileiro, cujo atraso tecnológico, inadequação operacional e

organizacional inviabilizavam o desenvolvimento dos setores de ponta da

indústria de então (metal-mecânica, equipamento elétrico, máquinas,

ferramentas, material de construção).

Outro motivo foi a limitação da demanda, em consequência da excessiva

concentração da renda, inibindo a expansão e a diversificação do consumo

entre as camadas médias urbanas.

Inversamente, nos anos do governo de João Goulart, verificou-se um

processo, ainda que tímido, de ampliação da massa salarial, em decorrência

das exigências das reivindicações trabalhistas (toleradas e, em alguns casos,

incentivadas, pelo próprio governo), o que conduziu a uma queda da taxa

média de lucro das empresas e o declínio da rentabilidade das inversões.

Houve também uma redução extremamente da capacidade de

realização de investimentos governamentais, devido ao crescimento do déficit

público e ao desequilíbrio da relação entre gastos e carga fiscal, que originou a

aceleração do nível inflacionário.

Por último, houve uma queda uma redução nos investimentos

estrangeiros diante da política de controle das remessas de lucros ao exterior

estabelecida por Goulart em 1963, além dos fatores mencionados acima.

Atualmente, neste início de século XXI, a indústria brasileira está diante

de um cenário tecnológico em constante mutação, completamente diferente

das décadas de 60 e 70, onde a produção mundial de bens e serviços, a

difusão e os padrões de competitividade tecnológica da indústria, estão

mudando muito mais rapidamente do que nas décadas anteriores. Essas

mudanças, além de aprofundar a eficiência dos processos, têm causado

consequências da seguinte ordem:

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• redução de tempo entre as inovações tecnológicas;

• redução do ciclo de vida de novos produtos;

• ampliação da diversidade de diferenciações de produtos;

• mudanças centradas em produtos e em processos, voltadas para

a redução de custos e de impactos ambientais por unidades

fabris.

A alocação insuficiente de recursos ou a inexistência de tecnologias de

ponta nos países em desenvolvimento, causam dificuldades na transferência

de tecnologias necessárias ao desenvolvimento e sustentabilidade tecnológica

industrial do Brasil.

Contudo, esses obstáculos não são intransponíveis, e mesmo com as

dificuldades de acesso existentes, o Brasil poderá a médio prazo responder a

esses desafios, através da capacitação educacional como ferramenta

necessária e essencial para implementar o desenvolvimento empresarial

sustentável.

Sinopse do primeiro capítulo

Neste primeiro capítulo procurou-se conceituar teoricamente, segundo

os seus princípios de origem, o processo da industrialização brasileira, como

suporte para elaboração do segundo e terceiro capítulo desta monografia.

O segundo capítulo abordará as perspectivas de inserção da indústria

brasileira no panorama econômico global, que corresponde ao título desta

monografia.

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CAPÍTULO II

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS

PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA ECONÔMICO

GLOBAL

Segundo a opinião do Diplomata Roberto de Oliveira Campos, em

crônica publicada na edição do jornal “O Globo”, edição de 11/05/1997

intitulada “a quarta globalização”, a globalização econômica não é um evento

inédito e assustador. É um processo que ocorre em ondas, com avanços e

retrocessos separados por intervalos que podem durar séculos.

O primeiro período global surgiu com a ascensão do império Romano,

que dominou o mundo do oriente, pelo predomínio do latim, pela forma de

tratar os povos dominados, respeitando seus valores e costumes, pela difusão

de seus sistemas legal e de sua moeda que findou com a feudalização política

e comercial.

O segundo período global teve início com o mercantilismo, no período

das grandes descobertas dos séculos XIV e XV, com os novos continentes e os

seus caminhos marítimos para as Índias e para a China provocando uma

enorme ampliação no comercio internacional entre a Europa, a África e as

Américas. A imensa expansão daqueles mercados favoreceu os artesãos e,

principalmente, os industriais emergentes.

O terceiro período global surgiu no século XIX, após as guerras

napoleônicas, a partir da Revolução Francesa, com o liberalismo se

sobrepondo ao mercantilismo, com a democracia política começando a

prosperar, ocasionando grandes mudanças sociais, entre elas: o inicio da

liberalização do comércio, com o tratado de livre comercio entre a França e a

Inglaterra em 1860; as novas rotas de comércio que surgiram com a

colonização da África e da Ásia, O terceiro período global foi interrompido pela

primeira grande guerra mundial, de 1914 a 1918, que gerou o comunismo, o

facismo e a inversão de mais de um século rumo à democracia, pois, esses

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dois regimes políticos pregavam o protecionismo econômico em detrimento ao

livre comércio.

2.1 – A QUARTA GLOBALIZAÇÃO

Após o desmanche da União Soviética, o mundo entrou no quarto

período global.

Em artigo escrito por este orientando em 2008, intitulado “PANORAMA

E PERSPECTIVAS DOS MOVIMENTOS DE GLABALIZAÇÃO

ECONÔMICA”, disponível para consultas no endereço:

“http://pt.scribd.com/doc/9459816/Panorama-e-Perspectivas-Dos-

Movimentos-de-Globalizacao-Econômica”, são feitas referências às profundas

transformações que este quarto período global está trazendo, destacando-se:

• O acelerado desenvolvimento tecnológico, gerando altas

velocidades de mudança (modernização) dentro das instituições

públicas e privadas, ao evoluir através de um oceano de imensos

riscos e incertezas, mas, essas mudanças não deveriam

desequilibrar o “todo já existente”, porém, deu-se exatamente o

oposto, pois o fenômeno da globalização gerou o que os

especialistas estão chamando de “a praga do fim e do início do

novo século”: o desemprego em massa. No primeiro mundo trata-

se de desemprego aberto; nos países em desenvolvimento,

agrava-se a crise crônica do desemprego;

• A implantação de novas tecnologias educacionais, necessárias

aos países em desenvolvimento, para que os mesmos possam

alcançar o acelerado desenvolvimento tecnológico, que exige

investimentos em educação para a formação de contingentes de

mão-de-obra especializada, principalmente em informática,

tentando minimizar a dependência tecnológica em relação aos

países industrializados;

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• Aumentar a produção de BENS DE CAPITAL, e exportar mais,

dependendo menos da economia do petróleo, pois, se a produção

de petróleo significasse realmente “poder”, a Alemanha seria mais

fraca do que o conjunto dos países do Oriente Médio e o Japão

seria pobre;

• Realizar e incentivar investimentos em pesquisas, através da

formação de clusters universitários, a exemplo do já existente na

Universidade de São Carlos no interior de São Paulo.

2.2 – INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA NO PANORAMA

GLOBAL (PERSPECTIVAS)

O advento deste quarto período global revelou ao mundo um novo

cenário econômico e político, onde os continentes geopoliticamente tornaram-

se um todo unificado,

Na visualização desse processo, os países perceberam que as

negociações comerciais se tornariam mais eficientes formando uma sinergia

das suas economias, com a constituição de BLOCOS ECONÔMICOS

REGIONAIS com a finalidade de eliminar entraves burocráticos, barreiras

tarifárias e alfandegárias, buscando soluções comuns para o desenvolvimento

das suas economias, existindo atualmente quatorze blocos econômicos

conforme visto na figura 1:

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Disponível em: http://vejabemvr.blogspot.com/2011/05/o-mundo-esta-se-

dividindo-em-blocos.html - Acesso em 27/08/2012

Para competir com esse conjunto de blocos econômicos, o Brasil, a

Rússia, a Índia e a China formaram um novo bloco comercial denominado

BRIC, com a finalidade de inserir o Brasil e sua economia na economia

globalizada, fundado em 2002 mediante um tratado assinado entre os quatro

países membros componentes do bloco.

Os membros fundadores e a África do Sul estão todos em um estágio

similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico.

A composição dos BRICS é vista na figura 2:

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Disponível em: http://colunistas.ig.com.br/poder-economico/tag/brics - Acesso

em 09/09/2012

Os BRICS tem tido uma inserção e um desempenho considerável no

panorama econômico global, representando entre 2003 e 2007 65% da

expansão do PIB mundial, superando em paridade de poder de compra o dos

EUA e de alguns países membros da União Europeia.

Em 2003, os países membros do bloco dos BRICS respondiam por 9%

do PIB mundial; em 2009 esse percentual chegou a 9%. Em 2010, o PIB

conjunto dos cinco países membros do bloco (incluindo a África do Sul),

totalizando US$ 11 trilhões, ou em termos percentuais 18% da economia

mundial.

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2.3 – PERFIS ECONÔMICOS E GEOPOLÍTICOS DOS BRICS

BRASIL

O perfil econômico e geopolítico brasileiro revela que o país tem

excelentes possibilidades de se destacar dentro do Bloco, devido aos seguintes

fatores:

TEMOS:

• Um estoque genético riquíssimo que estimula a adaptação e a

tolerância;

• Um importante mercado interno;

• Uma boa matriz energética

• Uma promissora disponibilidade futura de petróleo;

• Terra, água e tecnologia para expandir sua agricultura;

• Uma única língua.

NÃO TEMOS:

• Problemas fronteiriços;

• Problemas étnicos e religiosos sensíveis;

• Somos uma democracia constitucional consolidada com um Supremo

Tribunal Federal independente que “garante” nossas liberdades

individuais.

• Temos uma taxa anual projetada de crescimento da economia

projetada de 5% ao ano.

• Nossa ambição de crescimento é modesta (5% ao ano), o que nos situa

bem na economia mundial.

Conforme descrito o Brasil apresenta características sociais que o colocam

em condições competitivas frente aos outros quatro países membros

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componentes do Bloco dos BRICS, que tem características culturais

diversificadas em relação ao Brasil, com as quais o país tem que lidar em suas

trocas comerciais.

RÚSSIA

• É o maior país do mundo em extensão territorial e ocupa um território de

17.075.400 Km². Tem uma extensão territorial duas vezes maior que o

Brasil;

• Tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais,

particularmente petróleo e gás natural. Tem a 12ª maior economia do

mundo por PIB nominal e a 6ª maior por paridade do poder de compra;

• Composição da População: russos 80%, tártaros 4%, ucranianos 2%,

chuvaches 1%, outros 10% (2002).

• Idioma: Russo (Oficial), chuvache, calmuco, chechene.

• Religião: Cristianismo 76,2% (ortodoxos 75,0%, católicos 0,3%,

protestantes 0,9%), islamismo 5%, judaísmo 0,2%, outras 8,0% (maioria

ateista) (1995).

ÍNDIA

A economia indiana é atualmente uma das maiores do mundo (4°

economia em poder de paridade de compra) com um mercado promissor para

vasta gama de produtos. Com um PIB de US$ 1.099 trilhões, e um crescimento

de 9.2% do mesmo (est. 2007) a Índia vem se consolidando como uma das

principais economias em crescimento no mundo, com um setor externo com

um desempenho compatível com o quadro econômico global.

Apesar do grande desenvolvimento, crescimento e investimentos a

economia Indiana ainda enfrenta desafios, convivendo com as desigualdades

ainda muito presentes na Índia, pois ainda hoje, 27% da população vive abaixo

da linha de pobreza e é através do desenvolvimento econômico que o governo

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pretende mudar esses números e continuar o desenvolvimento do país mais

igualitariamente.

CHINA

É o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais

de 1,3 bilhão de habitantes, com 56 etnias, com predominância da etnia HAN

que é predominante no país (91% da população), com uma moderada

tolerância com os grupos religiosos existentes no país: catolicismo, budismo,

taoismo, islamismo e outras crenças, porém, quem é filiado ao PC chinês não

pode ter religião.

Como membro do bloco dos BRICS, o Brasil deve desenvolver

estratégias de relacionamento diplomático capazes de conviver

hamoniosamente com essa ampla diversidade cultural existente nos demais

tres componentes dos BRICS.

As projeções indicam que aé 2030 a China poderá ser a primeira

potência econômica mundial, ultrapassando os Estados Unidos.

ÁFRICA DO SUL

A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma

república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares,

os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um

presidente dependente do parlamento. É um dos membros fundadores da

União Africana e é a maior economia do continente..

O Brasil é atualmente a sexta economia do mundo, porém, para inserir a

sua economia no panorama econômico global, não pode depender apenas do

bloco dos BRICS, concorrendo com outras nações membros do bloco que

estão atraindo mecanismos de investimentos, a exemplo da Rússia que em 22

de agosto de 2012, tornou-se o 156º membro da OMC, após quase duas

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décadas de negociações, pois, desde 1995, o país vem pedindo sua adesão à

Organização Mundial de Comércio.

A Rússia tem as maiores reservas de gás natural do mundo, a segunda

de carvão e a oitava de petróleo, matérias-primas que ao lado da siderurgia,

indústria madeireira e armamentos constituem 80% de suas exportações.

Como resultado de sua entrada na OMC, a Rússia deverá diminuir até

2015 sua taxa alfandegária da média atual de 9,5% até 6%.

A entrada da Rússia na OMC vai facilitar o desenvolvimento industrial do

país, dispondo de um grande parque industrial pesado, graças à

disponibilidade de minério de ferro nas montanhas cristalinas da região, e

carvão, nas bacias sedimentares em torno da cidade de Kizel. Um dos setores

mais desenvolvidos do país está na indústria petrolífera e nas reservas de gás

natural, que são asa duas maiores riquezas do pais.

2.4 – A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NOS BRICS

No grupo dos países membros dos BRICS, o Brasil se destaca na

produção e exportação de matérias-primas agropecuárias entre os países

emergentes ao mercado externo, se comparado com a Rússia, Índia, China e

África do Sul, porém, ocupa a última posição no ranking dos países

componentes do bloco.

A China é líder no ranking dos BRICS com seu comércio voltado para a

exportação de manufaturados, como produtos têxteis, vestuário e brinquedos.

A Índia se destaca pela exportação de mão-de-obra e serviços,

enquanto a Rússia baseia seus negócios nas vendas externas de itens que vão

de gás e petróleo a matérias-primas minerais como ferro e níquel.

Quanto as possibilidades de inserção do parque industrial brasileiro no

panorama econômico global, é necessário citar o papel desempenhado por

cada país membro dos BRICS. Dentro do bloco, apenas a Rússia, a China e a

Índia exercem um peso maior no cenário econômico global. Até a entrada da

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Rússia na OMC, a China gozava de uma posição privilegializada no comércio

mundial, porém, a partir de agora terá que tornar-se mais competitiva em

relação à Rússia. A China destaca-se na geração de produtos de

TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, enquanto o Brasil concentra-se nas

exportações agrícolas.

Os países membros dos BRICS não comercializam muito entre si. Em

2011, o movimento comercial entre a Rússia e a China, apesar de serem

países vizinhos, chegou somente até 2%.

A recente crise econômica demonstra que o que o bloco dos BRICS,

assim como de outros blocos econômicos emergentes não podem desvincular-

se dos Estados Unidos, Europa e Japão, visto que seus mercados internos não

prosperam sem as suas exportações para esses países.

A transformação brasileira em uma economia plenamente

industrializada, vai facilitar a inserção do parque industrial brasileiro no

panorama econômico global, além de colocar o país em condições de negociar

acordos comerciais multilaterais independentes com diversos países, porém,

isso, só será possível a médio e longo prazo, conforme exposto no Capítulo III

deste trabalho “GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI”

SINOPSE DO CAPÍTULO II

Abordamos neste segundo capítulo a origem e a formação dos BRICS.

O terceiro capítulo desta monografia, terá o tíulo “GESTÃO

EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI”

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CAPÍTULO III

GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI

Understanding Media – Herbert Marshall McLuhan

Em 1964 o sociólogo canadense Herbert Marshall McLuhan,

Professor da Universidade de Toronto, em 1964, publicou um livro chamado

“Understanding Media”, que, em português recebeu o título de “Os meios de

comunicação como extensões do homem”. (Os meios de comunicação

como extensões do homem), (understanding media), Editora Pensamento-

Cultrix Ltda. – São Paulo, SP).

Ao publicá-lo, talvez não imaginasse que estava lançando um dos

clássicos da comunicação – mais discutido do que lido, mais desprezado do

que estudado.

McLuhan foi o criador do termo “Aldeia Global” projetando a educação

em um novo universo baseado em suas teorias sobre comunicação ao afirmar

que uma rede mundial de rede mundial de computadores tornaria acessível,

em alguns segundos, todo o tipo de informação às pessoas do mundo inteiro.

Em tempos de Internet essa frase é óbvia, porém, quando foi dita, há 48 anos

parecia extraída de um livro de ficção.

e da literatura.

Em seu livro “Os meios de comunicação como extensões do homem

(Understanding Media), “O meio é a mensagem”, página 21, McLuhan afirma

que "a nova interdependência eletrônica recriou o mundo à imagem de uma

aldeia global".

Quando ele fez essa citação, o que existia de mais parecido com a

Internet, eram as redes de computadores militares norte-americanas; o

computador pessoal era apenas um sonho muito distante.

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Com o passar do tempo, a evolução tecnológica deixou de ser mera

coadjuvante na sociedade, onde a informação, disseminada pela comunicação

social é parte inseparável da vida.

Muitas das páginas que estão na Internet, por exemplo, já se tornaram

em livros eletrônicos e muitos estão até disponíveis para download

gratuitamente, tornando-se interessantes justamente por que estão inseridas

em um novo meio de comunicação.

McLuhan afirma que "os meios de comunicação são extensões do

homem", pois, assim como se usa uma pinça para aumentar a precisão das

mãos e uma chave de fenda para girar um parafuso, os meios de comunicação

são, na verdade, extensões dos sentidos do homem.

Encerrando este tópico, podemos afirmar que Marshall McLuhan foi o

criador e precursor da SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, na qual estamos

vivendo, estimulou através da sua obra, a imaginação de outro escritor de

ficção científica, Arthur C. Clarke, a escrever e desenvolver em conjunto com

Stanley Kubrick, o roteiro de 2001 – Uma Odisseia no Espaço (disponível em:

http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/faps/2012/piassi-faps2012.html, acesso em

10/09/2012), um clássico da ficção científica onde demonstra virtualmente o

pouso do homem na lua, mostrando uma estação espacial em órbita

estacionária a 36.000 quilômetros de altura, na qual satélites artificiais ficariam

em órbita permanente, sincronizados com a Terra. Os cálculos foram

confirmados 18 anos mais tarde, hoje conhecida como “Estação Espacial

Internacional”.

Fazer previsões como essas fazem parte da ficção científica, mas,

acabaram tornando-se fatos concretos, descrevendo detalhadamente o pouso

do homem na lua, antecipando em termos de realidade virtual, os ônibus

espaciais e até a Internet bem antes dessas tecnologias se tornarem parte do

cotidiano da humanidade.

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3.1– A Educação no Século XXI

Neste tópico abordaremos os efeitos e os desdobramentos do processo

pedagógico ao longo do tempo, tomando com base o processo evolutivo e a

evolução cognitiva dos seres humanos, estreitamente relacionados à

inquietude, ao inconformismo e sua capacidade cognitiva, conceituando a

origem grega do termo “pedagogo” que vem do grego paidagogos e do latim

paedagogu, significando, “aquele que aplica a pedagogia, que ensina;

professor; mestre; preceptor”; prático da Educação e do Ensino.

Assim, o anseio pela busca do desconhecido, pela descoberta de novas

fronteiras e produção de novos conhecimentos impulsionaram e continuam a

projetar a sociedade em direção ao desenvolvimento.

Estamos no início do século XXI onde os progressos científicos,

tecnológicos e econômicos relacionados a diferentes aspectos globais,

provocaram mudanças de toda ordem, revelada em fenômenos de exclusão

social, em diversas partes do mundo.

Diante dessas mudanças, os países que quiserem aumentar e melhorar

os níveis de vida dos seus habitantes devem se comprometer em

investimentos maciços com a educação, buscando entender as transformações

ocorridas, porque elas é que vão ditar as novas competências exigidas não só

em conhecimentos e habilidades individuais.

Em relatório apresentado à UNESCO, a Comissão Internacional de

Estudos sobre a Educação, cita que a Gestão do Conhecimento no campo

educacional deve estar focada em quatro pilares:

1- Aprender a conhecer, através da difusão do conhecimento e do

domínio aprofundado de diversas áreas do conhecimento humano,

principalmente nas áreas de Tecnologia de Ponta, através da utilização

não só da Educação presencial, bem como contando com a utilização da

EAD e a Educação continuada;

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2- Aprender a fazer, desenvolvendo adquirindo conhecimentos,

habilidades e atitudes (CHA), contribuindo para a inserção das pessoas

no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo;

3- Aprender a conviver, procurando desenvolver e aumentar nas pessoas

o sentimento social gregário social, que foi afetado pela enorme dos

meios de comunicação eletrônica, que isolou os indivíduos uns dos

outros, provocando o isolamento social humano;

4- Aprender a ser, unindo as outras três, favorecendo a integração e o

desenvolvimento social das pessoas.

A educação do XXI face aos avanços tecnológicos passará por grandes

transformações, transformando os professores em “técnicos-especialistas”

implementando técnicas de ensino adquiridas no conhecimento científico,

exigindo dos mesmos novas técnicas e competências cognitivas e relacionais,

destacando-se as seguintes:

• Prospecção: ter capacidade de percepção ambiental

individual e coletiva, recolhendo dados situacionais,

analisando as ocorrências e propondo soluções para

correção das mesmas;

• Analíticas: os docentes deverão possuir as

competências necessárias para interpretar os dados

descritivos, para se necessário teorizar a respeito;

• Avaliativas: possuir condições para avaliar os

resultados obtidos nos métodos e técnicas

educacionais utilizadas, propondo correções quando

necessário;

• Estratégias: saber planificar ações, antecipando a

sua implementação de acordo com as análises

realizadas e os resultados obtidos;

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• Práticas: devem estar aptos a estabelecer relações

entre a análise e a prática, assim como entre os fins e

meios para alcançar um bom efeito;

• Comunicação: Devem saber comunicar e partilhar

suas experiências idéias com outros colegas.

3.2 – OS AVANÇOS NA ÁREA EDUCACIONAL

No decorrer do século XX a educação passou por transformações

relevantes, notadamente pela implantação do sistema de EDUCAÇÃO À

DISTÂNCIA (EAD), que alterou radicalmente o conceito da GESTÃO DO

CONHECIMENTO na difusão do processo pedagógico.

Assim, a PEDAGOGIA deixará de ser apenas uma área na qual os

profissionais aplicam os conhecimentos, utilizando os métodos atuais de

ensino, tornando-se profissionais altamente especializados no exercício das

suas funções que exigirão a absorção de novas tecnologias instrucionais, que

obrigatoriamente serão utilizadas a curto e médio prazo.

Um dos benefícios da utilização da EAD é o surgimento da EDUCAÇÃO

CONTINUADA, feito por grandes Universidades nacionais e internacionais,

além de fóruns de debates, que disponibilizam conteúdos nas mais diversas

áreas do conhecimento, ao alcance de milhares de pessoas, gratuitamente,

através de vídeo aulas, que podem ser inclusive acompanhadas de textos em

HTML, em diversos idiomas.

Contudo, a consolidação do SISTEMA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

(EAD), exigirá dos Pedagogos a reciclagem profissional para fazer frente à

crescente demanda da oferta e procura dos cursos disponíveis por essa

modalidade de ensino, destacando-se:

• Desenvolvimento de habilidades de comunicação à distância,

preparando-se para o advento da implantação de centros de

TELECONFERÊNCIAS, que gradativamente substituirão os

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modelos presenciais, nos quais possivelmente as salas de

aula tenderão ao minimalismo;

• Assimilação da Neurociência pedagógica, por parte dos

Professores, para fazer face a absorção cognitiva dos

educandos, principalmente no que diz respeito ao aspecto

andragógico, como instrumento de comunicação à distância

com os educandos;

• Investimentos por parte dos Estabelecimentos e Ensino e

Universidades na expansão, modernização e aquisição de

Softwares Educacionais, de modo a atender as crescentes

demandas de cursos à distância, que estão ocorrendo de

forma exponencial, enquanto os recursos físicos disponíveis

existem em progressão aritmética;

• A PEDAGOGIA deverá utilizar a GESTÃO DO

CONHECIMENTO, substituindo o termo “MÃO-DE-OBRA”,

pelo conceito de “CAPITAL SOCIAL = REDE SOCIAL”,

reunindo conjuntos de recursos reais e potenciais em redes

sustentáveis de relacionamentos, criadas com o propósito

de induzir o desenvolvimento humano e social integrado e

sustentável, neste propósito construídas para fins

educacionais, conforme mostrado na figura 3 abaixo:

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31

Disponível em: http://www.nuvemseo.net/o-que-e-escola-de-redes - Acesso em

10/09/2012

Porém, para lecionar nesse modelo educacional, será (ao) necessário

(as) aos PEDAGOGOS, o desenvolvimento do seguinte conjunto de

competências, de modo a acompanhar os atuais recursos tecnológicos

utilizados na área educacional, assim como absorver as novas tecnologias

educacionais que estão a caminho:

• COMPETÊNCIAS COGNITIVAS E NEUROPEDAGÓGICAS;

• COMPETÊNCIAS RELACIONAIS;

• COMPETÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS;

• COMPETÊNCIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS;

• COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS GERAIS E ESPECÍFICAS;

• CONHECIMENTO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E

OPERACIONAIS DAS UNIVERSIDADES.

Porém, esse conjunto de competências só podem ser desenvolvidas na

prática; não basta apenas o saber teórico, mas sim o saber fazer.

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A PEDAGOGIA terá que ir além do ensino de conceitos abstratos, sendo

necessária a leitura do conhecimento, para saber onde e como aplicá-lo. .

Devido a crescente presença do MINIMALISMO, em todas as áreas do

conhecimento humano e também devido aos altos custos tecnológicos, as

Universidades terão aplicar o conceito de EDUCAÇÃO DIGITIAL, utilizando a

TECNOLOGIA DE REDES, conforme mostrado na figura 5 abaixo:

3.3 – A Educação Digital

Em um futuro próximo, a educação poderá será ministrada em outros

formatos ainda desconhecidos, alargando as fronteiras da Educação

continuada, porém, para introduzir a GESTÃO CONHECIMENTO no processo

de Educação Continuada, será necessário formar e treinar professores nessa

práxis educacional.

O Brasil precisa de um novo e moderno sistema educacional formatado

para absorver as modernas tecnologias de informação, porém, tudo terá que

ser minuciosamente pensado e planejado de modo a diminuir e equilibrar os

contrastes sociais existentes no país.

Deve-se também lembrar que os custos de acesso à Internet

(pagamento de linha e/ou provedores de acesso), dificultam a inclusão digital

de empresas, universidades e pessoas, contribuindo para impedir a inclusão e

a integração digital da sociedade brasileira.

A partir da segunda metade da década de 90, o Brasil assistiu a uma

enorme expansão do uso da Internet.

De acordo com o Instituto Ibope NetRatings, o Brasil é o quinto país

mais conectado à Internet, com 79,9 milhões de usuários. De acordo com a

Fecomércio-RJ/Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet

aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011.

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O principal local de acesso é a Lan House (31%), seguido do acesso

domiciliar (27%) e dos domicílios de parentes e amigos, com 25% (abril/2010).

Quarenta e seis milhões de usuários acessam a Internet com regularidade:

• 6,3 milhões de usuários acessam regularmente a Internet;

• 38% das pessoas acessam à web diariamente;

• 10% de quatro a seis vezes por semana;

• 21% de duas a três vezes por semana;

• 18% uma vez por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros

entram na internet semanalmente; esses percentuais revelam que os

acessos à Internet são cada vez mais intensos.

O acesso da classe C à Internet tende a manter esse mesmo compasso

de aumento no número de usuários residenciais.

A Tabela 1 abaixo mostra o acesso à Internet por faixas etárias:

Disponível em:

http://www.comscore.com/por/Press_Events/Press_Releases/2010/6/comScore_Expands_Capabilities_in_Brazil - Acesso em 26/09/2012

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De acordo com a pesquisa de estudos da internet, recém-divulgada,

quase 38% dos usuários da rede no Brasil são jovens, com faixa etária entre os

seis e 24 anos de idade. Há alguns anos, o grupo de usuários de internet

brasileiros era distribuído de forma mais homogênea, mostrando que com o

passar dos anos, a fatia de usuários está mais bem distribuída, quando

relacionada a faixas etárias:

- 50% dos internautas do país tem idade entre 25 e 44 anos.

- 12% dos usuários de internet no Brasil são crianças e adolescentes, com

faixa etária de seis a 14 anos, que acessam a internet para bater-papo,

navegar nas redes sociais e sites de entretenimento.

O Brasil pode e deve tirar proveito desse cenário, educadores hoje

reconhecem nas tecnologias de informação e comunicação poderosas

ferramentas no processo ensino aprendizagem, mediante a necessidade de

discutir os usos da tecnologia no campo de construção de saberes e

conhecimento, tanto em sua aplicação como recurso em sala de aula quanto

na criação de novas metodologias como a Educação à Distância.

Porém, de acordo com a entrevista do Gerontologista Alexandre

Galache concedida ao Programa Canal Livre, Edição de 11/06/2012 – 4º bloco,

a leitura dos números da Tabela 1 acima, permite as seguintes conclusões:

“O Brasil está entre os três países que mais envelhecem no mundo, com

um contingente de 11 milhões de pessoas acima de 60 anos, representando

11% da população; em 17 anos esse contingente chegará a 22 milhões de

pessoas (22% da população). As projeções feitas pelo Dr. Galache indicam que

em 2042, o Brasil estará mais envelhecido que o Japão; atualmente, segundo o

Dr. Galache a taxa de fecundidade da mulher brasileira é de 1,7%, inferior a da

mulher americana.

Esses dados mostram que o Brasil está formando gerações de

profissionais para o século XX, em sua grande maioria todos jovens, que terão

uma vida útil de aproximadamente cerca de 40 ou mais anos, indo além de

2050, trabalhando com contingentes de envelhecimento populacional

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atualmente em crescimento, adaptando-se com essa realidade, para a qual o

país não está preparado e nem pode ignorar.

Os gráficos da figura 4 abaixo mostram as curvas de envelhecimento da

população brasileira, para o período 2000/2050:

Disponível em: http://esa.un.org/unpp, Acesso em 26/09/2012

SINOPSE DO CAPÍTULO III

Neste terceiro Capítulo, abordamos resumidamente aspectos referentes

à GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI, sob o aspecto

tecnológico, descrevendo os recursos disponíveis para aplicação na área

educacional e também as competências técnicas mediante a leitura da

GESTÃO DO CONHECIMENTO no mesmo campo.

O quarto Capítulo abordará o possível cenário educacional brasileiro no

Século XXI, considerando-se as perspectivas de inserção da industrialização

brasileira no panorama econômico global, e terá o título “TECNOLOGIA

EDUCACIONAL PARA A REALIDADE BRASILEIRA NO SÉCULO XXI”.

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CAPÍTULO IV

TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A REALIDADE

BRASILEIRA NO SÉCULO XXI

O Brasil assim como os demais países está vivendo na sociedade do

conhecimento, onde os avanços tecnológicos surgem continuamente, impondo

novos desafios a toda humanidade. Pode-se caracterizar o século XXI, como o

século da sociedade do conhecimento e da informação, no qual a tecnologia

não é simplesmente ciência aplicada, mas uma ciência reedificada e

impulsionada por instrumentos técnicos conceituais propositadamente

instituídos, constituindo-se em desafios e inovações que não podemos ignorar,

correndo o risco de sermos dominados por ela.

Partindo da integração à essa sociedade tecnológica, podemos destacar

um dos maiores instrumentos capazes de expandir e incluir as pessoas nas

mudanças culturais que a tecnologia vem dispondo, denominado “inclusão

educacional”, que visa a integração da sociedade ao seu meio social.

Assim, sob a égide da revolução tecnológica a cada dia e momento que

passa, a escola precisa integrar novas ferramentas: computadores, Internet,

vídeo, projetor, transparências, data-show, câmera digital, laboratório de

informática etc., as quais fornecem diversas possibilidades de enriquecimento

das práticas pedagógicas.

Para tanto, a tecnologia educacional, passa por uma revolução no seu

modo de difusão da Gestão do Conhecimento, sobretudo devido às rápidas e

sucessivas transformações que o mundo globalizado apresenta à educadores e

educandos na época atual.

Naturalmente, com essas ferramentas, os Docentes não são só

convidados, mas conduzidos a reciclar as suas práticas pedagógicas, ao

mesmo tempo que criar novos métodos de ensino, facilitando o processo

cognitivo correndo o risco de situar-se dentro da exclusão digital.

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Nesta acepção, a escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas

gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber metódico, científico,

precisando gerar novos processos pedagógicos em relação aos seus

processos de origem adequados a essa finalidade.

Nunca a tecnologia foi tão utilizada no âmbito educacional como recurso

didático e de aprendizagem, sem contar que hoje a sociedade, onde as

pessoas, não importa a idade, onde vivem todos estão inseridas no mundo da

informática, com à Internet, como meio de comunicação e extensões do

homem, para se informar, trocar idéias, discutir temas específicos, pesquisar, e

se comunicar, passando a ser um difusor de informações e conhecimentos, de

modo a contribuir para que o corpo discente seja capaz de melhor assimilar os

aspectos cognitivos, selecionando informações e distinguindo entre o que é

inútil e o que é realmente significativo.

Neste aspecto, o Brasil tem dois grandes desafios a enfrentar em termos

educacionais:

4.1 – Levar a Educação até a Amazônia Legal

A área da região norte do país conhecida como “Amazônia Legal” tem

uma extensão territorial correspondente a 5.217.423km quadrados, ocupando

cerca de 61% do território brasileiro, que engloba os seguintes Estados

brasileiros: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, em

sua totalidade e parte dos Estados do Maranhão (Nordeste) e Mato Grosso

(Centro-Oeste), no entanto, abrigando apenas 11,93% da população do país

(1996).

Os Estados mais expressivos da Amazônia Legal são representados

pelo o Amazonas e o Pará que, juntos respondem por mais de 55% do território

total da região.

Trata-se de uma região muito grande e remota, em que o acesso a

educação e à cultura, ainda que sejam direitos sociais básicos previstos na

Constituição Federal brasileira e em tratados internacionais de direitos

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humanos ratificados pelo Brasil, é bastante limitado, com uma enorme

densidade florestal e inúmeros municípios afastados das capitais e com

populações ribeirinhas.

Devido as dificuldades logísticas existentes, a Assistência Social a essas

populações são realizadas com o auxílio das Forças armadas, que mantém

contingentes estacionados nos municípios mais distantes, a exemplo dos

batalhões de selva do Exército brasileiro que são polos de agregamento

populacional dos contingentes populacionais que vivem no meio na área da

Amazônia legal.

Contudo, o governo brasileiro tem desenvolvido esforços no sentido de

expandir e levar a Gestão do conhecimento educacional aos pontos mais

remotos do país, citando como exemplo a expansão da Universidade Federal

do Semi-Árido que está levando conhecimentos e esperanças e uma das

regiões mais pobres do país, onde a pobreza e seca caminham de mãos dadas

com a absoluta falta de oportunidades de estudo e de trabalho.

Conseguir um diploma de graduação para abrir horizontes e tentar um

emprego melhor, ainda é um sonho distante para a maioria dos jovens que

vivem nas regiões mais pobres do Brasil, onde apenas dois em cada cem tem

acesso ao ensino superior na região, enquanto no ABC paulista essa relação é

de 45 para cem e nas capitais do Nordeste é de 35 por 100.

Disputar uma vaga nas universidades fora do sertão também não é uma

opção muito animadora, pois, os poucos jovens que conseguem ingressar nas

universidades têm que arcar com os custos de manutenção extra-domicílio,

enfrentando uma competição desigual com os jovens das capitais, onde o

ensino é de melhor qualidade.

Em meio a cenário desolador, quem está tentando fazer diferença é a

Universidade Federal Rural do Semi-Árido, a UNIFERSA, na qual o reitor

Josivan Barbosa, o mesmo que apesar de citar as desvantagens enfrentadas

pelos jovens do interior, descreve com entusiasmo a expansão da antiga

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Escola Superior de Agricultura de Mossoró transformada em Universidade

Federal em 2005, onde nos últimos quatro anos o número de professores

saltou de 54 para 250 e o número de cursos, de dois para 23.

As microrregiões mais precárias em ensino superior em todo o semiárido

estão ganhando mais três campi – cada um com seis cursos e 1,2 mil alunos,

com um deles já em funcionamento.

O déficit de vagas no ensino superior na região do sertão é assustador,

sendo enorme a expectativa da população, pois, as empresas instaladas na

região já buscam na UNIFERSA estagiários em engenharia e tecnologia da

informação.

A esperança é que, aos poucos, seja possível substituir a mão de obra

‘importada” recrutada na região Nordeste e Sudeste.

Os profissionais formados em ciências agrárias serão encaminhados

para o desenvolvimento da fruticultura irrigada, que é um sustentáculo da

economia local.

Assim os jovens passam a ter oportunidades de emprego que nunca

tiveram, enquanto as empresas poderão reduzir os seus custos de contratação

de mão de obra, e toda mão de obra e a economia local sairá ganhando,

inclusive com o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o

desenvolvimento da região do semiárido.

Na região amazônica, cursos de nível técnico e superior começam a

mudar a realidade de quem vive em plena floresta.

Os chamados povos da floresta – tribos indígenas, pequenos produtores

rurais – que vivem em pontos remotos da região amazônica, a educação está

começando a mudar a realidade regional e incentivar o seu desenvolvimento

sustentável.

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As margens do Rio Negro, no campus do Instituto Federal do Amazonas,

em São Gabriel da Cachoeira, que dista a quatro dias de barco de Manaus,

muitas vezes os Professores têm que se deslocar até cinco horas de voadeira

para dar aulas nas próprias tribos.

De acordo com o Professor Paulo Nascimento reitor do Instituto Federal

do Amazonas em São Gabriel da Cachoeira, o conhecimento é um direito de

todos, sendo a única forma da população amazônica ser respeitada em sua

diversidade, contribuindo para a preservação do ambiente, atuando como

agente do seu próprio desenvolvimento.

Para a juventude de São Gabriel da Cachoeira, os cursos técnicos na

área de agropecuária, secretariado, administração, contabilidade, informática,

meio ambiente e recursos pesqueiros, constituem uma rara oportunidade de

profissionalização.

As pesquisas científicas nas áreas de manejo florestal, sistemas agro

florestais, piscicultura e etnobotânica, representam um salto de

desenvolvimento para toda a comunidade.

A parceria entre o campus e os movimentos indígenas tem permitido um

trabalho pioneiro junto às etnias BANIWA, KURIPACO e TUKANO.

Os cursos de desenvolvimento sustentável indígena e de

etnodesenvolvimento são dados diretamente nas aldeias, onde os professores

ensinam presencialmente as técnicas de plantio e de produção de pescado,

ajudando também a montar oficinas de marcenaria e salas de informática nas

escolas comunitárias.

Em 2010 foram abertos os cursos superiores em licenciatura intercultural

indígena, passando a impactar a educação escolar indígena, porém, ainda não

existem professores indígenas para atender à demanda do ensino médio,

ocasionando o êxodo de jovens indígenas, que acabam se inserindo de forma

marginal nas cidades.

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41

A expansão universitária em São Gabriel da Cachoeira despertou o

interesse de outros municípios da região Amazônica, tendendo a se expandir

para outros estados componentes da Amazônia legal.

A educação como instrumento de transformação social e

conscientização ambiental e cultural dos povos da floresta, chamou a atenção

do reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Mello em um artigo

publicado na revista do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, ao

dizer:

“Será tão somente pelo conhecimento, com doses de sabedoria política,

que a Amazônia poderá ser preservada, defendida, interligada e resgatada a

um projeto de nação”, ressalvando que a Universidade Amazônica interessa

investigar não de que maneira a ciência pode se servir da Amazônia e sim

como pode o conhecimento científico ser produzido e utilizado pela região.

Visando melhorar o acesso à Educação na região da Amazônia Legal,

mais de 50 secretários de Educação de cidades da região Norte, do Maranhão

e do Mato Grosso aderiram ao Educamazônia, programa do Fundo das

Nações Unidas para a Infância (Unicef) que prevê a articulação com

governos municipais, estaduais e federal e entidades educacionais para

enfrentar as dificuldades do ensino público na Amazônia Legal (região Norte,

MA e MT).

O UNICEF realizou um levantamento para identificar o transporte

escolar, a fragmentação dos projetos pedagógicos escolares, a precária

formação inicial e continuada de professores e a ausência de colaboração

entre prefeituras e governos estaduais como os principais desafios para a

educação nessa região.

Os estados e as cidades situadas na área da Amazônia Legal se

defrontam com enormes dificuldades para definir as responsabilidades do

transporte escolar, que tem um custo mais elevado do que a média nacional

por exigir uso de embarcações.

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42

Além disso, as condições geográficas da região dificultam os processos

de qualificação de professores, pois, cerca que 42 mil (30% do total)

professores das redes municipais e estadual do Pará não têm ensino superior,

tornando necessário criar uma agenda envolvendo as ações governamentais

na área educacional na região amazônica. Acre e Tocantins são exemplos.

Lá Estado e municípios trabalham juntos na divisão de gastos, no

planejamento das políticas públicas de formação de docentes.

4.2 – O Brasil tem um milhão de alunos fora da escola

De acordo com a matéria publicada pela edição Online do jornal

“O Globo”, edição de 27 de setembro de 2012, o Brasil ainda tem um milhão de

alunos sem escolas.

Os números do Censo do IBGE mostram que, apesar da gravidade do

problema ser mais grave nas regiões Norte e Nordeste, nenhum estado

conseguiu até hoje incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na escola.

Esse contingente populacional de não estudantes representa 3% do total

da faixa etária; pode parecer um percentual pequeno, mas é grave quando se

considera que representa quase um milhão de crianças que ainda não têm

garantido um de seus direitos mais básicos, previsto pela Constituição de 1988:

estudar.

Se a esse grupo forem incorporados as crianças de 4 e 5 anos e os

jovens de 15 a 17 (que passam a fazer parte da faixa etária de escolaridade

obrigatória a partir de 2016), o número aumenta para 3,8 milhões, ou 8% do

total.

Apesar da gravidade do problema estar nas regiões Norte e Nordeste,

nenhum estado conseguiu até hoje incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na

escola.

Esta população de não estudantes representa 3% do total da faixa

etária. Pode parecer um percentual pequeno, mas é grave quando se

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43

considera que representa quase um milhão de crianças que ainda não têm

garantido um de seus direitos mais básicos, previsto pela Constituição de 1988:

estudar.

Os microdados do Censo mostram que o problema é maior entre os

mais pobres e crianças com algum tipo de deficiência. Os números também

revelam que a maioria (62%) das crianças que não estudam dos 6 aos 14

chegou um dia a frequentar a escola, mas abandonou os estudos. O problema

é ainda mais grave se consideradas as faixas etárias de 4 e 5 anos e de 15 a

17, que desde 2009 passaram a ser também obrigatórias, mas com prazo para

adequação dos sistemas até 2016. As razões mais citadas por especialistas

para isso são falta de interesse, repetência, gravidez precoce e necessidade de

trabalhar.

O Ex-representante da Unesco no Brasil e doutor em Educação pela

Universidade de Stanford, o assessor internacional para a área de educação,

Jorge Werthein, diz que o primeiro passo, nada fácil, é identificar essas

crianças e adolescentes.

— O Brasil é um país de contrastes. Há estados importantes com uma grande

periferia urbana e muitas desigualdades econômicas. Há estados com uma

área rural significativa que sofrem com a falta de escolas. Num país

continental, é uma tarefa árdua chegar a essas crianças e adolescentes por

estado, por capital, por região metropolitana. Mas é preciso achá-los e depois

convencê-los a ingressar ou a voltar para a escola — diz.

— Depois, nós temos que repensar a escola para que ela seja um espaço não

apenas prazeroso, mas em que os alunos sintam que estão aprendendo. Uma

escola ruim em qualquer lugar do mundo expulsa os alunos, com repetências e

abandono. Deixa para eles a mensagem de que não são capazes, o que marca

de forma brutal meninos e meninas — completa Werthein.

— Houve uma evolução inegável nos últimos dez anos. Mas ainda há muita

criança fora da escola, situação agravada pelas desigualdades. Entre 4 e 5

anos, há 83% estudando no Sudeste, o que ainda é ruim, mas pior é haver só

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44

69% dentro de sala de aula no Norte — afirma Andrea Bergamaschi, do

movimento “Todos pela Educação.”

Para reverter este quadro, precisamos de políticas públicas cirúrgicas,

específicas para cada situação.

Apesar desse quadro, de acordo com a matéria publicada pela revista

Veja, Edição 2287- Ano 45 – Nº38, de 19/09/2012, página 100, o Brasil

avançou como poucos nos investimentos com educação, porém esse esforço

está distante de se traduzir em níveis de excelência educacional.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico,

(OCDE), organização internacional formada por 34 países, produz desde 1992

o Education at a Glance (Indicadores de Escolaridade), considerado uma

Bíblia estatística da educação, que reúne e compara dezenas de indicadores

em 42 países, revela que poucos países desenvolveram tantos esforços quanto

o Brasil em investimentos em educação.

O percentual de investimentos do PIB na área educacional aumentou

57% na última década, menos apenas em relação à Rússia, onde as verbas

aumentaram 90%. Em termos de investimentos públicos, o Brasil surge,

surpreendentemente, no mesmo patamar das nações mais ricas.

Porém, os investimentos realizados não acompanharam os aspectos

qualitativos, de acordo com o ranking da OCDE, pois, será só será possível dar

o passo decisivo em prol da excelência educacional, se o Brasil passar a atrair

pessoal qualificado para a carreira de professor.

4.3 – Uma possível contribuição para o desenvolvimento

educacional brasileiro

O exposto nos Capítulos 3 e 4 desta monografia, nos leva a leitura do

modelo educacional chinês, como uma possível contribuição para o

desenvolvimento educacional brasileiro.

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45

Em 1976 o primeiro ministro Deng Xiaoping assumiu o poder logo após a

morte de Mao Tse Tung, lançando o processo de modernização na China, com

um amplo programa de reformas, priorizando a área educacional.

Visionário, ele acreditava que investir na Educação seria o atalho mais

curto para o desenvolvimento, tendo como exemplo o sucesso de nações como

Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão - economias que se destacam pela

capacidade de inovação, preparo intelectual e das suas universidades.

De 1978 para 1998, o orçamento anual para Educação passou de 6,8%

do orçamento total do país para 14,6%, segundo a Academia de Ciências

Sociais da China.

Entre os principais atores no processo de reforma do Ensino Superior na

China, o Banco Mundial exerceu um papel extremamente relevante,

praticamente dando a receita de sucesso do novo sistema, de acordo com

pesquisa da professora-doutora em Educação Ângela de Siqueira, do

NEIC/UFF (Núcleo de Educação Internacional Comparada da Universidade

Federal Fluminense).

A partir de 1981, a entidade financiou vários projetos e estudos no país:

• projetos de desenvolvimento universitário;

• pesquisas de educação agrícola;

• universidades politécnicas e por televisão;

• universidades provinciais;

• desenvolvimento de pontos básicos.

e, finalmente, em 1999, o plano de reforma no Ensino Superior chinês,

proporcionado ao país formalizar acordos com renomadas universidades

estrangeiras, como Harvard e a Universidade da Pensilvânia, que abriga

Wharton e Cambridge, seguindo a lógica do Banco Mundial, para quem a

compra de pacotes educacionais produzidos em alguns países desenvolvidos é

um dos meios para reduzir custos e, supostamente, melhorar a qualidade.

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46

Assim, diversos cursos de graduação e pós-graduação são criados na

China sob orientação de profissionais de universidades estrangeiras.

Toda essa revolução fez mais do que dobrar o número de matrículas no

Ensino Superior entre 1986 e 1994: segundo relatório analítico do Banco

Mundial cresceu de 2,3 milhões para 5,1 milhões. Hoje já são 16 milhões de

estudantes de graduação no país.

Nas universidades, a taxa de jovens hoje já atinge 21% (no Brasil este

número é de 19%). Lá, 1 milhão de universitários se formam por ano em

carreiras tecnológicas (aqui são 94 mil). Os artigos publicados em periódicos

científicos internacionais representam 5,9% da produção mundial (no Brasil, é

1,8%). Há 88 Ph.Ds. por 100 mil habitantes (aqui são 63).

No novo sistema de ensino chinês, tudo foi pensado, inclusive as

diferenças regionais e culturais do país. Foram considerados todos os

contextos e diversificados os meios de transmissão do ensino de acordo com

eles (investimento na Educação a Distância e Educação Continuada), com o

uso intensivo da EDUCAÇÃO DIGITAL, cujos conteúdos são concentrados em

centros de pesquisas educacionais (CLUSTERS) educacionais e

disponibilizados para difusão da Gestão do Conhecimento através da EAD e da

Educação Continuada, onde os professores foram reciclados no uso de

recursos de TI de última geração.

Esse modelo é utilizado pelos países desenvolvidos que se valem

desses recursos, como por exemplo, os Estados Unidos que concentram no

Vale do Silício na California, um gigantesco Cluster de pesquisas em

Informática.

No Brasil, a cidade de São Carlos é considerada como a “Capital

Nacional da Tecnologia”, onde estão instalados os campi avançados da USP e

da UFSCar.

A China tem um território com 9.571.300 km2º com uma população que

ultrapassa a casa de um bilhão de habitantes, contra o Brasil que tem uma

extensão territorial de 8.500.000 km2º e uma população de aproximadamente

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47

110 milhões de acordo com o último censo do IBGE realizado em 2010, porém,

o país passa por um acelerado processo de envelhecimento populacional, não

só porque a expectativa de vida cresce, mas também porque as taxas de

fecundidade diminuíram, pois, atualmente as brasileiras já têm, em média,

menos filhos que as americanas.

SINOPSE DO CAPÍTULO 4

Neste quarto e último capítulo deste trabalho monográfico,

procuramos destacar o papel e a contribuição que a Tecnologia

como vetor de desenvolvimento para a Gestão Educacional

Brasileira, através da aplicação da Gestão do Conhecimento.

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48

CONCLUSÃO

Neste singelo trabalho monográfico, procuramos dentro dos nossos

limites de conhecimento, dar a nossa contribuição para a o desenvolvimento da

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUA INSERÇÃO NO PANORAMA

ECONÔMICO GLOBAL, destacando a EDUCAÇÃO e a GESTÃO DO

CONHECIMENTO como fatores essenciais e contribuintes para a inserção do

Brasil como potência Industrial na Economia Global neste início do século XXI,

onde o vetor tecnológico avança a velocidades espantosas, rumo a Sociedade

Pós-Industrial ou do Conhecimento, onde o Brasil tem um lugar de destaque a

ocupar.

Page 49: INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS PERSPECTIVAS … · INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA ... do grau de especialista em Gestão de Projetos

49

BIBLIOGRAFIA

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Disponível em

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O BRASIL DOS ANOS 50 E O PLANO DE METAS DO GOVERNO JK – artigo

escrito pelo Engenheiro José Roberto de Souza Pinto, Rio de Janeiro, RJ.

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51

RUMO À GLOBALIZAÇÃO – A ECONOMIA BRASILEIRA E O ESPAÇO

ECONÔMICO MUNDIAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS – Disponível em:

http://cadernocrh.ufba/viewarticle.php?=417

O GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS RECURSOS HÍDRICOS COMO

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GLOBALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA NOS PAÍSES DE

INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA – Luciano Coutinho – Disponível em

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-01996000100003&script=sci_arttext

ESTADO, MERCADO E DESENVOLVIMENTO NA AMÉRICA LATINA –

Norberto Lechner – Disponível em

http://www.sicelo.br/scielo/scielo.Php?Pid=S010264451993000100011&script=

sci_artttext

A EMPRESA BRASILEIRA E OS DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO:O PAPEL

DA PESQUISA CIENTIFICA NA BUSCA DE NOVOS MODELOS DE GESTÃO

– Moisés Francisco Farah Junior – Disponível em

http://fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae__v2_n2/a_empresa_brasileira-

e_os.pdf

ESTRATÉGIAS, ORGANIZAÇÃO E GESTÃO EM MERCADOS

GLOBALIZADOS: A RECENTE EXPERIÊNCIA DO BRASIL – Afonso Fleury,

Disponível em http://www.scielo.br/pdf/gp/v4n3/a02v4n3.pdf

IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIAS – Engenheiro Cyro Eyer do Valle – Livros

Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de janeiro, 1975.

A GLOBALIZAÇÃO E ANOVA ORDEM MUNDIAL – Disponível em

http://netopedia.tripod.com/diversos.globaliz.htm

REVISTA VEJA – E A CONTA NÃO FECHOU – Página nº 100 - Edição nº

2287, ano 45, nº 38, edição de 19/09/2012

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52

ENTREVISTAS

RICARDO SEMLER: OS CAMINHOS DA NOVA EDUCAÇÃO NO BRASIL –

PROGRAMA CONTA-CORRENTE, GLOBO NEWS, Edição de 20/05/2011 –

Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Z0ajs-7ZZm0

WALDEZ LUDWIG, PROGRAMA SEM CENSURA, O MERCADO DE

TRABALHO; Rede Brasil, edição de 25/04/2011 – Disponível em

http://youtube.com/watch?v=QS8wn2wL4hw

PROGRAMA CANAL LIVRE (Rede Bandeirantes de Televisão) –

www.band.com.br:

A situação da indústria brasileira – edição de 02/04/2012 – Disponível em

http://youtube.com/watch?v=jxTO7GV4R_o

A conquista da longevidade – edição de 11/06/2012 – Disponível em:

http:www.youtube.com/watch?v=ckhuaVJs

VÍDEO

MUNDO MUÇULMANO – Disponível em http://youtube.com/watch?=6D90UV8

FIGURAS

FIGURA 1 – CONSTITUIÇÃO DOS BLOCOS ECON\ÕMICOS REGIONAIS

Pág. 18 – Disponível em http//vejabemvr.blogspot.com.br/2011/05/0-mundo-

esta-se-dividindo-em-blocos-blocos.html

FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS – Pág. 19 – Disponível em

http://www.colunistas.ig.com.br/poder-economico/tag/brics

FIGURA 3 – OS TRÊS TIPOS DE REDES – Pág. 31 – Disponível em

http://www.nuvem.nuvemseo.net-o-e-escola-de-redes

FIGURA 4 – CURVAS DE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO DA

POPULAÇÃO BRASILEIRA – Pág. 35 – Disponível em http://esa.mn.org.mnpp

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53

TABELAS

USUARIOS DE INTERNET NO BRASIL – Pág. 33 – Disponível em

www.comscore.com/por/Press_Events/Press_Releases/2010/Score_Expands_

Capabiliies_in_Brazil

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

DEDICATÓRIA 03

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

Fundamentação teórica 09

CAPÍTULO II

Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no panorama global

econômico global 15

2.1 – A quarta globalização 15

2.2 – Industrialização brasileira no panorama global (perspectivas) 17

2.3 – Perfis econômicos e geopolíticos dos BRICS 20

2.4 – A participação brasileira nos BRICS 23

CAPÍTULO III

Gestão educacional para o século XXI 25

3.1 – A educação no século XXI 27

3.2 – Os avanços na área educacional

3.3 – A educação digital 36

CAPÍTULO IV

Tecnologia educacional para o século XXI 36

4.1 – Levar a educação até a Amazônia Legal 37

4.2 – O Brasil tem 1 milhão de alunos fora da escola 42

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54

4.3 – Uma possível contribuição para o desenvolvimento educacional brasileiro

brasileiro 44

CONCLUSÃO 48

BIBLIOGRAFIA 49

ÍNDICE 53

ÍNDICE DE FIGURAS 55

OS AUTORES 56

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55

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – CONSTITUIÇÃO DOS BLOCOS ECON\ÕMICOS

REGIONAIS 18

FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS 19

OS TRÊS TIPOS DE REDES 31

FIGURA 4 – CURVAS DE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 35

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56

OS AUTORES

Afonso C. Fleury – Professor da Escola Politécnica de São

Paulo

Carlos Alberto Gonçalves Alfredo – Monografando e aluno do

Curso de Gestão de Projetos em nível de Pós-Graduação do

Instituto A Vez do Mestre

Cyro Eyer do Valle – Engenheiro brasileiro formado pela Universidade do Brasil em 1990, Consultor da ONU e autor do livro “IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIAS (1975)

Edward Gibbon – Historiador inglês

Fabricio Luiz Bronzatti – Engenheiro de Desenvolvimento de

Produto

Gilberto Freyre – Sociólogo, Antropólogo, Historiador,

Escritor e Pintor brasileiro

Ignacy Sachs – Economista Polonês

Luciano Coutinho – Economista brasileiro – Presidente do

BNDES

Marcelo Coutinho Vargas – Sociólogo brasileiro

Moises Francisco Farah Junior – Economista brasileiro

Muniz Gonçalves Ferreira – Historiador - UFF

Norberto Lechner – Sociólogo alemão

Octavio Ianni – Sociólogo brasileiro

Ricardo Semler – Administrador e Advogado, CEO da SEMCO

Roberto de Oliveira Campos - Economista, diplomata, escritor

e professor brasileiro

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