Indicadores indústria-motores

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1 Indicadores Industriais e o Programa de Eficiência Energética para Sistemas Motrizes Jim Silva Naturesa Joubert Rodrigues dos Santos Junior Antonio Carlos Demanboro Carlos Alberto Mariotoni Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Faculdade de Engenharia Civil Arq. Urb. – FEC-DRH/NIPE/UNICAMP Área de Recursos Hídricos, Energéticos e Ambientais Grupo de Planejamento Energético e Sistemas Elétricos - GPESE [email protected] 1 - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica O objetivo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) é promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica. O Procel foi criado em dezembro de 1985 pelos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, sendo gerido por uma Secretaria Executiva subordinada à Eletrobrás. Em 1991, o Procel foi transformado em Programa de Governo, tendo suas abrangência e responsabilidade ampliadas. Os principais resultados do Procel, para o período de 1994 a 2003, estão indicados na Tabela 1 [www.eletrobras.gov.br/procel/site/home/]. Tabela 1 - Principais resultados do Procel (1994 a 2003). Resultados 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Investimentos aprovados (R$ milhões) 10 16 20 41 50 40 26 30 30 29 Energia economizada/ geração adicional (GWh/ano) 344 572 1970 1758 1909 1852 2300 2500 1270 1300 Redução de demanda de ponta (MW) 70 103 293 976 532 418 640 690 309 270 Usina equivalente (MW) 80 135 430 415 440 420 552 600 305 312 Investimento evitado (R$ milhões) 160 270 860 830 880 840 2019 2818 1486 1914 Fonte: http://www.eletrobras.gov.br/procel/site/oprograma/resultados.asp Pela leitura da tabela anterior percebe-se que, durante os dez anos de programa, o total de investimentos foi de R$ 292 milhões, com uma economia de energia média de 1.573 GWh/ano. As principais áreas de atuação do programa são: comércio, saneamento, educação, indústria, edificações, prédios públicos, gestão energética municipal e iluminação pública.

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Indicadores Industriais e o Programa de Eficiência Energética para Sistemas Motrizes

Jim Silva Naturesa

Joubert Rodrigues dos Santos Junior

Antonio Carlos Demanboro

Carlos Alberto Mariotoni

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Faculdade de Engenharia Civil Arq. Urb. – FEC-DRH/NIPE/UNICAMP

Área de Recursos Hídricos, Energéticos e Ambientais Grupo de Planejamento Energético e Sistemas Elétricos - GPESE

[email protected] 1 - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica

O objetivo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) é promover a

racionalização da produção e do consumo de energia elétrica. O Procel foi criado em dezembro de 1985

pelos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, sendo gerido por uma Secretaria

Executiva subordinada à Eletrobrás. Em 1991, o Procel foi transformado em Programa de Governo, tendo

suas abrangência e responsabilidade ampliadas. Os principais resultados do Procel, para o período de

1994 a 2003, estão indicados na Tabela 1 [www.eletrobras.gov.br/procel/site/home/].

Tabela 1 - Principais resultados do Procel (1994 a 2003).

Resultados 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Investimentos

aprovados (R$ milhões)

10

16

20

41

50

40

26

30

30

29

Energia economizada/

geração adicional

(GWh/ano)

344

572

1970

1758

1909

1852

2300

2500

1270

1300

Redução de demanda de ponta (MW)

70

103

293

976

532

418

640

690

309

270

Usina equivalente

(MW)

80

135

430

415

440

420

552

600

305

312

Investimento evitado (R$

milhões)

160

270

860

830

880

840

2019

2818

1486

1914

Fonte: http://www.eletrobras.gov.br/procel/site/oprograma/resultados.asp

Pela leitura da tabela anterior percebe-se que, durante os dez anos de programa, o total de

investimentos foi de R$ 292 milhões, com uma economia de energia média de 1.573 GWh/ano. As

principais áreas de atuação do programa são: comércio, saneamento, educação, indústria, edificações,

prédios públicos, gestão energética municipal e iluminação pública.

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2 - Motores Elétricos

Devido à crise no abastecimento de energia elétrica no ano de 2001, foi criado o Comitê Técnico

para Eficientização do Uso da Energia, com o objetivo de propor medidas para a conservação e

racionalização do uso de energia elétrica. Dentro desse plano, destacava-se o projeto de sistemas motrizes

eficientes no setor industrial. Os objetivos desse projeto são o de acelerar a penetração no mercado de

motores de indução trifásicos de alto rendimento e o de minimizar as perdas nos sistemas motrizes já

instalados na industria brasileira. O desenvolvimento do projeto ocorre através de convênios com as

federações estaduais de indústria e com a Confederação Nacional da Industria - CNI (Mariotoni et al.,

2006).

O Programa tem como objetivo atingir 2 bilhões de kWh de redução de perdas. Para isso conta com

o auxílio dos próprios agentes treinados gratuitamente pela Eletrobrás/Procel, através de um curso

multidisciplinar de Otimização de Sistemas Motrizes. O Programa estabelece também convênios com

Universidades, instala laboratórios de sistemas motrizes e financia bolsas de estudo para trabalhos de

graduação, mestrado e doutorado (Santos et al., 2005).

3 - Consumo de energia elétrica

Segundo Schuffner (2005) a indústria acumulou uma alta de 8,7% no consumo de energia

elétrica até o mês de setembro. O consumo de energia pelo setor industrial aumentou gradualmente ao

longo do ano de 2005: cresceu 4,6% em janeiro, 6,6% em fevereiro, 7,8% em março, 8,2% em abril, 8,2%

em maio, 9,1% em junho, 9,8% em julho, 12,5% em agosto e 11% em setembro. Por regiões, o consumo

aumentou 8,7% no Sudeste/Centro-Oeste, 11,9% no Norte, 8,2% no Nordeste, 6,7% no Sul e 13,2% na

parte da região Norte que é isolada do sistema. A Tabela 2 apresenta dados do mercado de energia elétrica

para o período 2000 a 2004. Tabela 2 - Mercado brasileiro de energia.

Mercado Brasileiro de Energia

Evolução do consumo industrial

Ano Consumo (GWh) Variação anual (%)

2000 307.500 5,3

2001 290.540 - 5,5

2002 283.260 - 2,6

2003 307.000 8,4

2004 322.400 5

Fonte: Valor Econômico e Eletrobrás, 2005 com adaptações.

Segundo Coimbra e Salgado (2006), de dezembro de 2002 a janeiro de 2006, o preço da

eletricidade subiu 103,8% para os grandes consumidores industriais. Eles afirmam que, neste ano os

clientes industriais da Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais) receberam um aumento de 11,23% nas

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tarifas de energia; na área de concessão da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), as industrias

pagam mais 10,11% pela energia desde abril. A Tabela 3 apresenta o aumento acumulado nas tarifas de

energia elétrica entre 2002 e janeiro de 2006 para as regiões do Brasil. As maiores variações ocorreram

nas regiões Norte e Nordeste, prejudicando ainda mais seus desenvolvimentos.

Tabela 3 - Aumento acumulado nas tarifas de energia elétrica entre 2002 e janeiro de 2006 - em porcentagem.

Regiões Residencial Indústria

Norte 60,38 300,23

Nordeste 49,69 154,87

Centro-Oeste 49,23 103,88

Sudeste 37,01 91,09

Sul 39,05 72,45

Brasil 40,79 103,82

Fonte: Jornal Valor Econômico, Aneel e LCA Consultores; 12 de maio de 2006.

4 - Investimentos da Indústria Brasileira

Segundo o relatório Sondagem Especial de novembro de 2005 da Confederação Nacional da

Indústria (CNI), “o desaquecimento da atividade econômica em 2005 e o baixo otimismo com relação ao

crescimento da demanda afetaram negativamente os planos de investimentos da indústria brasileira”. Os

pesquisadores concluem: “apenas 30% das empresas realizaram os investimentos previstos para o 1°

semestre de 2005 conforme planejado e as perspectivas para 2006 são muito modestas” [Sondagem

Especial, 2005].

O relatório afirma que a baixa atividade econômica está levando os empresários a uma avaliação

desfavorável sobre a demanda para o ano de 2006. “Assim, as perspectivas de compras de máquinas e

equipamentos para 2006 são muito modestas, quando comparadas com a avaliação feita pelos

empresários na Sondagem do ano passado. Apenas 28,9 % das empresas consultadas assinalaram

aumento nas intenções de compras de máquinas e equipamentos em 2006”.

Para o ano de 2006, os principais objetivos dos investimentos são o aumento da produção e a

melhoria da qualidade dos produtos. Porém, os pesquisadores destacam que “em outubro de 2004, a

demanda experimentava um período de forte expansão e o índice de utilização da capacidade instalada

(UCI) da indústria encontrava-se bastante elevado. Em outubro de 2005, a percepção é de fraca expansão

da demanda e o UCI, embora ainda elevado, encontra-se quatro pontos percentuais mais baixo”. A Tabela

4 apresenta os principais objetivos dos investimentos planejados para o ano de 2006 [Sondagem Especial,

2005].

O relatório conclui: “os investimentos para 2006 devem direcionar-se, ainda mais, para o mercado

interno. Para 2006, 75,8 % das pequenas e médias empresas e 45,6 % das grandes empresas assinalaram

que os investimentos planejados destinam-se, principalmente ou exclusivamente, ao mercado interno”.

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Tabela 4 - Principais objetivos dos investimentos planejados para 2006 em %

Pequenas e Médias empresas Grandes empresas

2004 2005 2004 2005

Aumentar a produção 56,7 44 61,8 49,2

Melhorar a qualidade dos

produtos

41,1 44,3 46,2 46,1

Lançar um novo produto 28 30,2 20,4 22,3

Aumentar a eficiência no uso

de insumos

15,6 19,6 26,9 27,5

Reduzir custos de mão-de-

obra

24,5 25,2 13,4 17,6

Reduzir outros custos 15,6 18,6 15,1 24,4

Outros 1,8 3,5 4,3 5,7

Fonte: Sondagem Especial com adaptações, 2005. Observação: A soma das proporções pode ser superior a 100%

devido à possibilidade de múltiplas assinalações.

Segundo o relatório Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira elaborado pelo CNI e

o Sebrae, as empresas investiram no ano de 2005 em pesquisa e desenvolvimento, em design, na

aquisição de máquinas e equipamentos e no treinamento de recursos humanos.

Com relação aos aspectos técnicos, os pesquisadores apontam duas conclusões. A primeira é “que

o esforço inovativo da indústria apresenta um baixo resultado. Os produtos novos, lançados nos últimos

anos, representam ainda um percentual pequeno do faturamento das empresas. A pesquisa apontou que

pouco mais de um terço das empresas teve mais de 10% do faturamento resultante do lançamento de

novos produtos nos últimos dois anos, resultado que não se altera com o tamanho da empresa ou com a

região. Setorialmente se destacaram calçados e vestuário e acessórios”.

A segunda conclusão refere-se ao investimento quanto à aquisição de novas máquinas e

equipamentos: “embora estes investimentos tenham ocorrido em um número significativo de empresas,

eles representaram um valor pouco relevante. Verificou-se que 81,2% das empresas adquiriram máquinas

e equipamentos nacionais em 2003, sendo que dessas, 57,8% destinaram um montante inferior a 5% de

seu faturamento bruto”. As tabelas 5 e 6 apresentam, respectivamente, o percentual investido em 2003 e

previsto para 2005 com relação à aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos.

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Tabela 5 - Qual foi o percentual investido na aquisição de máquinas e equipamentos novos, Nacionais, em relação

ao faturamento bruto estabelecido, em 2003? Em porcentagem.

0 Até 5 Acima de 5 até

10

Acima de 10 até

30

Acima de 30

Porte

Micro 28,1 36,8 23,4 10,0 1,7

Pequenas 14,9 47,0 24,8 12,4 1,0

Médias 15,2 51,5 25,0 6,8 1,5

Grandes 9,0 66,3 12,4 5,6 6,7

Região Geográfica

Norte 1,8 38,2 41,2 5,9 2,9

Nordeste 22,6 50,0 10,7 11,9 4,8

Centro-Oeste 15,9 49,2 22,2 9,5 3,2

Sudeste 22,8 44,2 21,1 10,9 1,1

Sul 13,3 50,5 27,1 6,9 2,1

Fonte: Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira, 2005.

Tabela 6 - Qual foi o percentual previsto para 2005 na aquisição de máquinas e equipamentos novos, Nacionais, em

relação ao faturamento bruto estabelecido? Em porcentagem.

0 Até 5 Acima de 5 até

10

Acima de 10 até

30

Acima de 30

Porte

Micro 15,3 38,0 27,5 15,7 3,5

Pequenas 11,8 45,3 26,6 13,3 3,0

Médias 11,1 51,9 28,1 6,7 2,2

Grandes 4,7 55,8 22,1 14,0 3,5

Região Geográfica

Norte 12,9 32,3 29,0 19,4 6,5

Nordeste 14,6 45,1 25,6 11,0 3,7

Centro-Oeste 7,8 37,5 31,3 17,2 6,3

Sudeste 15,7 45,4 23,9 12,3 2,7

Sul 6,0 50,8 29,5 12,0 1,6

Fonte: Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira, 2005.

Com relação à Pesquisa e Desenvolvimento, a pesquisa constatou um cenário positivo. “Em 2003,

70,7% das empresas pesquisadas investiram nessa atividade, sendo que 73,6% dessas despenderam até

2% do seu faturamento bruto. No corte por porte verificou-se que 84,1% das médias e grandes empresas

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investiram em P&D, contra 60,4% das micro e pequenas” [Indicadores de Competitividade na Indústria

Brasileira, 2005].

O relatório Carta IEDI n.197 - A Indústria em 2005: Expansão para Poucos do Instituto de

Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) conclui que no ano de 2005 houve uma alta

concentração no crescimento industrial. Apenas cinco setores (Veículos automotores, Indústrias

extrativas, Edição, impressão e reprodução de gravações, Material elétrico, aparelhos e equipamentos de

comunicação e Farmacêutica), dos 27 setores pesquisados, responderam por 79% do crescimento da

produção global do setor industrial. O relatório afirma que “a elevada concentração do crescimento

industrial é um indicativo de que a evolução industrial em 2005 não teve um ‘padrão’ definido, ou seja,

não se tratou de um processo encadeado, mas, sim, resultou de uma coleção de experiências

individualizadas de crescimento setorial” [Carta IEDI n. 197 - A Indústria em 2005: Expansão para

Poucos].

Segundo a Análise IEDI - O benefício da diversificação, em 2005 os setores industriais de baixa e

média-baixa tecnologia cresceram pouco; devido basicamente a valorização do Real. Por outro lado, a

análise realizada destaca que as inovações tecnológicas e a ampliação do crédito permitiram um aumento

dos setores de alta tecnologia, fazendo com que a indústria como um todo crescer cerca de 3,1%. Os

principais resultados da produção industrial brasileira em 2005 foram [Análise IEDI, 3 de março de

2006]:

- O grupo que se sobressaiu foi o de alta tecnologia, que cresceu 12,5% ante 2004, com destaque

para equipamentos de informática (17,3%), farmacêutica (14,6%), material eletrônico e equipamentos de

telecomunicações (14,2);

- O segmento de média-alta intensidade tecnológica cresceu 2,6%, destacando-se os segmentos de

equipamentos de transporte (8,9%) e de construção de vagões ferroviários (8,1%);

- O segmento de média-baixa intensidade ficou estagnado com 0,2%, apesar da expansão da

produção de minerais não-metálicos (2,8%), da indústria naval (2,2%) e das refinarias de petróleo (1,5%);

- A indústria de menor conteúdo tecnológico cresceu apenas 2,1% no acumulado do ano. Porém

merecem destaque as áreas de edição, impressão e reprodução de gravações (11,6%), indústrias diversas

(8,4%), bebidas (6,4%) e papel e celulose (3,1%).

A Tabela 7 apresenta os indicadores da indústria de transformação por intensidade tecnológica em

dezembro de 2005. Um dos problemas apontados pelo estudo refere-se à questão do emprego. Dentre as

empresas que compõem as indústrias de menor conteúdo tecnológico estão algumas que empregam uma

grande quantidade de mão-de-obra, e que passam por dificuldades econômicas em parte devido à

valorização do Real.

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Tabela 7 - Indicadores conjunturais da indústria de transformação por intensidade tecnológica em dezembro de

2005.

Segmentos Variação (%) Variação (%)

Igual mês ano anterior Acumulado em 12 meses

Intensidade tecnológica

Indústria de transformação - Total 2,8 2,8

Alta 15,9 12,5

Média-alta 3,8 2,6

Méida-baixa - 1,3 0,2

Baixa 1,6 2,1

Fonte: Análise IEDI, 3 de março de 2006.

O Gráfico 1 apresenta a produção da indústria de transformação por intensidade tecnológica para o

acumulado de 12 meses. Percebe-se que as maiores variações ocorreram em setores de intensidade

tecnológica alta e média-baixa.

Gráfico 1 - Produção da indústria de transformação por intensidade tecnológica para o acumulado de 12

meses. Fonte: Carta IEDI n. 197 - A Indústria em 2005: Expansão para Poucos.

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5 - Cartão BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, lançou em abril de 2003 o

cartão BNDES, que tem por objetivo financiar investimentos de micro, pequenas e médias empresas. O

cartão pode ser utilizado para a compra de equipamentos, em até 36 meses e com prestações fixas, de

fabricação nacional ou que recebam agregação de valor econômico em território nacional. O limite de

crédito é de até R$ 100.000,00 com taxas de juros de 1,22% ao mês (BNDES, 2006).

As principais vantagens para os fornecedores cadastrados no web site do BNDES são: (a)

capacidade de realizar transações comerciais com financiamento automático ao cliente em 12, 18, 24 ou

36 meses; (b) a garantia do recebimento em 30 dias; (c) disposição gratuita, de um espaço no Portal de

Operações BNDES - Cartão BNDES para exposição do catálogo de seus produtos; (d) dispensa de análise

de crédito do cliente a cada venda (limite pré-aprovado) e (e) velocidade e agilidade no processo de venda

(BNDES, 2006).

Os fornecedores cadastrados para a venda de motores elétricos são: Agrale S.A., Automatic

Indústria e Comércio de Equipamentos Elétricos, Cestari Indústria e Comércio S.A., F&M Indústria e

Comércio Ltda., Ibram Industria Brasileira de Máquinas Ltda., Pec Maq Pec Formas Indústria e Comércio

Ltda., Quark Indústria Comércio e Serviços, Sew-Eurodrive Brasil Ltda., Tecmaf Indústria e Comércio

Ltda., Varimot Acionamentos Ltda. e Webermt Maschinentechnick do Brasil. Para maiores informações

visite: https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/index.asp. Segundo Alessandra Baptista do BNDES,

foram vendidos apenas vinte itens (motores, geradores e motoredutores) através do Cartão BNDES,

totalizando R$ 72.198,53.

Agradecimentos

Agradecemos a Alessandra Baptista do BNDES pelas informações prestadas.

Referências

Análise IEDI. Indústria - O Benefício da diversificação - 3 de março de 2006. Instituto de Estudos para o

Desenvolvimento Industrial, disponível em: www.iedi.org.br

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/index.asp

Carta IEDI n. 197. A Indústria em 2005: Expansão para Poucos. Instituto de Estudos para o

Desenvolvimento Industrial. Março de 2006, disponível em: www.iedi.org.br

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Coimbra, L. e Salgado, R. “Energia sobe 103% para indústria e 40% para residências em três anos”.

Jornal Valor Econômico, 12 de maio de 2006.

Indicadores de Competitividade na Indústria Brasileira. CNI Sebrae. Segunda edição - Revista e

atualizada. Brasília, 2005. Disponível em: www.cni.org.br

Mariotoni, C. A.; Naturesa, J. S.; Santos Junior, J. R. e Demanboro, A. C. Comparação dos Programas de

Eficiência Energética para Sistemas Motrizes. XII CBE - Congresso Brasileiro de Energia. Agosto de

2006.

Santos, V.; Perrone, F.; Ferreira, C.;Oliveira, H.; Soares, G.; Motta, B.; Moya, C.; Piffer, R. Otimização

de Sistemas Motrizes Industriais. VI SBQEE - Seminário Brasileiro Sobre Qualidade de Energia

Elétrica. Agosto de 2005. http://www.visbqee.com.br/

Santos, V.; Soares G.; Perrone, F.; Moreira M.; Pontes, R. Programa Nacional de Eficiência na Indústria:

Direcionando o Foco para Sistemas Motrizes. XVII SNPTEE - Seminário Nacional de Produção e

Transmissão de Energia Elétrica. Outubro de 2003. http://www.xviiisnptee.com.br/index.htm

Sondagem Especial da Confederação Nacional da Indústria. Investimento na Indústria Brasileira. Ano 3,

N°. 3, novembro de 2005. Disponível em: www.cni.org.br

Schuffner, C. “Indústria faz o consumo de energia bater recorde”. Jornal Valor Econômico, 7 de janeiro

de 2005.

__________. “Indústria consome 8,7% mais energia em 2004”. Jornal Valor Econômico, 7 de janeiro de

2005.