INCT OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES OFICINA DE TRABALHO
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INCTOBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES
OFICINA DE TRABALHO
Linha II: Dimensão sócio-espacial da Exclusão/Integração nas metrópoles, projeto
Estudo sobre as formas de provisão da moradia e seus impactos na re-configuração espacial das metrópoles.
A CONFIGURAÇÃO SOCIOESPACIAL DO AGLOMERADO METROPOLITANO SARANDI-MARINGÁ-PAIÇANDU/RMM:
replicação de cenário ou direito a cidade?
FLEURY E SILVA, Beatriz - Universidade Estadual de MaringáSAVI, Elise – Universidade Estadual de Maringá
SILVA, Ricardo Dias- Universidade Estadual de Maringá
Argumentos para seleção dos três municípios da RMM:
únicos da RMM que possuem alto nível de integração com elevado fluxo pendular e densidade demográfica, fruto do histórico de formação e evolução destes municípios (relatório Projeto de Análise das Regiões Metropolitanas do Brasil (OBSERVATÓRIO, 2005).
a região apresenta sua configuração sócio-espacial pautada na peculiar política habitacional da cidade polo-Maringá.
A demanda habitacional gerada na cidade pólo foi elemento principal da configuração das cidades conurbadas.
Novas formas de provisão no aglomerado
1. Novas empresas construtoras/incorporadoras - produção em grande escala, direcionada aos setores populares nos três municípios;
2. Provisão estatal de habitação popular em áreas periféricas
3. Manutenção ou não da produção habitacional por autogestão individual.
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1ª etapa – Compreensão do cenário de estudo;
2ª Etapa – Investigação das formas de provisão de moradia;
3ª Etapa - A partir de cada agente, analisar o impacto sob as seguintes variáveis: padrão tipo-morfológico dos loteamentos, acesso à terra, valor do solo, impacto urbano-ambiental, infra-estrutura instalada, mobilidade ofertada, acesso ao trabalho, lazer, bens, serviços: direito a cidade
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4ª Etapa - Investigar o papel da legislação e gestão urbana no alcance a esta configuração metropolitana;
5ª Etapa - Avaliar o reposicionamento ou reforço às condições de dependência regional entre estes municípios;
6ª Etapa - Investigar as possibilidade e dificuldades da legislação e gestão urbana às formas de produção habitacional auto-gestionárias.
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Maringá apresenta índices de renda, de incremento econômico, de organização institucional, de demografia, de habitação e de violência bastante diferenciados daqueles dos demais municípios da RMM.
É importante destacar que processos de segregação sócio-espacial foram os definidores dessa espacialidade, especialmente na área conurbada, formada por Maringá, Sarandi e Paiçandu.
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Domicílios particulares permanentes urbanos
MunicípioPopulação
Total Área (km²)
Densi-dade
demográ-fica Total até 1/2 SM
mais de 1/2 a 1 SM
mais de 1 a 3 SM
acima de 3 SM Total
C/ abasteci-mento adequado de água¹
C/ escoamen-to sanitário adequado²
C/ coleta adequada de lixo³
Ruas pavimen-tadas
Ângulo 2.840 105,7 26,9 867 20% 35% 36% 9% 641 99% 0% 98% 40 a 60%
Floresta 5.122 159,4 32,1 1.560 15% 36% 37% 12% 1.267 100% 0% 99% 80 a 100%
Iguaraçu 3.598 166,1 21,7 1.081 20% 35% 33% 12% 819 98% 40% 97% 80 a 100%
Mandaguaçu 16.828 294 57,2 4.890 22% 31% 34% 13% 3.971 98% 42% 96% 60 a 80%
Mandaguari 31.395 336 93,4 9.718 21% 29% 37% 12% 8.326 99% 33% 98% 60 a 80%
Marialva 28.702 476,4 60,2 8.345 17% 30% 38% 15% 6.392 99% 63% 97% 80 a 100%
Maringá 288.653 490,9 588,0 88.997 9% 19% 43% 29% 82.969 94% 71% 99% 80 a 100%
Paiçandu 30.764 171 179,9 8.969 22% 34% 38% 6% 8.306 99% 23% 98% 20 a 40%
Sarandi 71.422 104,3 684,8 21.200 20% 33% 40% 7% 19.515 99% 13% 99% 40 a 60%
Total 479.324 2.304 208,1 145.629 13% 24% 41% 22% 132.205 96% 54% 99% -Fonte: IBGE. Censo demográfico 2000. METRODATA ( ¹ ) - considerou-se como adequado aquele domicílio servido por rede geral, canalizada em pelo menos um cômodo.( ² ) - considerou-se como adequado aquele domicílio ligado à rede geral ou à fossa séptica.( ³ ) - considerou-se como adequado aquele domicílio atendido por serviço de limpeza ou caçamba.
Tabela 1 - Municípios da Região Metropolitana de Maringá segundo população total, área e densidade demográfica, por faixa de renda familiar per capita, domicílios, abastecimento adequado de água, escoamento sanitário adequado, coleta adequada de lixo e percentual de ruas sem pavimentação - 2000
Número de famílias por faixas de renda familiar per capita
População total, área e densidade demográfica
8 municípios – inseridos em 1998
3 municípios – inseridos em 2002-2005
demais municípios inseridos em 2010
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Grande parte da população de baixa renda que reside em SARANDI busca um custo de vida mais baixo que em Maringá (FIGUEIREDO, 1997) .
Incorporadoras imobiliárias de Maringá promoveram a transformação e ampliaram o espaço urbano em treze vezes a área inicial, em menos de 30 anos.
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Loteamento Urbano e Empreendedores Responsáveis em Sarandi Fonte: PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse
Social de Sarandi, 2008
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UPAIÇANDU é um dos municípios que mais crescem no Estado do PR: entre as décadas de 70 e 90 o crescimento anual local foi 17,8% maior que o de Maringá.
PLHIS PAIÇANDU - LOTEAMENTOS URBANOS E EMPREENDEDORES RESPONSÁVEIS Vicki - Maringá
GEMAR - Maringá
Célula - Maringá
Pozza - Maringá
Ribeiro & Possamai
José Zago
Ercio e Higinio
Jardim Paiçandu
Imperial
Osvaldo Cordeiro
BMW - MaringáTuparandy - Maringá
CORPOS HÍDRICOS
LINHA FÉRREA
CURVAS DE NIVEL
PERÍMETRO URBANO
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O PLHIS já aprovado para Paiçandu e Sarandi em 2008 e o PLHIS em andamento para Maringá, podem acenar mudanças para estes três municípios
Porém é política que se restringem ao território onde é elaborado, não alcançará êxito se continuar ausente uma política metropolitana para moradia popular para este aglomerado.
Este momento de planejamento, indica mudanças na forma de pensar o desenvolvimento destas cidades, quando chama a população para a tomada de decisão e insere o planejar diante da moradia e o território.
HIPÓTESE: O novo quadro legal de alcance ao direito à cidade, implantado desde 2001, bem como as políticas habitacionais que sinalizam novas formas de aquisição da moradia popular, ainda não proporcionaram que se desenhassem um novo cenário para o recorte da região metropolitana de Maringá,
Assistimos apenas a reafirmação do modelo de expansão metropolitana adquirida há 50 anos, o qual instala sobretudo na periferia das cidades menores, uma extensa área de moradias populares, em um processo que imprime impactos urbano-ambientais, segregação sócio-espacial, mobilidade urbana restrita, dependência econômica, entre outros.
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