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INCENTIVO A LEITURA E ESCRITA ATRAVÉS DA MÚSICA
CURITIBA
2014
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR
MARCIA DO ROCIO SIQUEIRA FARIA JAMBISKI
MARCIA DO ROCIO SIQUEIRA FARIA JAMBISKI
INCENTIVO A LEITURA E ESCRITA ATRAVÉS DA MÚSICA Projeto de pesquisa elaborado para atender ao Programa de Desenvolvimento Educacional PDE da Secretaria Estadual de Educação SEED. Orientador: Ana Josefina Ferrari
CURITIBA
2014
[...] devemos lembrar que não há criatividade na criança se não há criatividade no adulto: a criança competente e criativa existe se existir um adulto competente e criativo.
Abril 2014,novaescola.org.br
PDE 2014 - PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
1 IDENTIFICAÇÃO
PROFESSORA PDE: Marcia do Rocio Siqueira Faria Jambiski
ÁREA PDE: Língua Portuguesa
NRE: Área Metropolitana Norte
IES Vinculada: Universidade Federal do Paraná
PROFESSOR ORIENTADOR: Ana Josefina Ferrari
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Shirlene de Souza Rocha – Rio
Branco do Sul – Paraná
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: 9º ano do Ensino Fundamental
LINHA DE ESTUDO:Ensino e a aprendizagem da leitura
DETALHAMENTO DA LINHA DE ESTUDO: Uso da música como recurso
favorecedor do desenvolvimento do gosto pela leitura
2 TÍTULO
Incentivo a leitura e escrita através da música.
3 JUSTIFICATIVA
A experiência de onze anos como professora de Língua
Portuguesa,possibilitou perceber que quando os estudantes ingressam no 9º ano do
Ensino Fundamental, muitos delesapresentam déficits relacionados à leitura devido
a dificuldades nos anos iniciais.Como observam Kramer, Nunes e Cursino (2011),
isso se deve às políticas voltadas a diminuir a repetência e a evasão dos alunos,
com base na progressão continuada, na promoção automática e nas políticas de não
reprovação; medidas essas que, em última análise, comprometem a qualidade da
educação.
De fato, os alunos chegam aos anos finais do ensino fundamental com
pouco interesse pela leitura, com dificuldades para interpretar textos e, não raro,
mostram-se inseguros em escrever. Diante desse quadro, o professor de língua
portuguesa assume a tarefa de revisar conteúdos fundamentais com seus alunos.
Para que esses possam alcançar o entendimento sobre os novos conteúdos que o
currículo determina, num processo de retrabalho que seria desnecessário caso as
abordagens nos anos iniciais se mostrassem mais consistentes. E, nessas
incursões, percebe-se que os alunos necessitam de estratégias de ensino que
privilegiem a aprendizagem significativa, que lhes permita compreender a função
social da língua e a aplicação desse conhecimento em suas práticas diárias.
Kramer, Nunes e Cursino (2011) explicam que no ensino fundamental
prevalece uma concepção de língua como objeto, conjunto de informações, normas
e regras, com algumas incursões sobre a prática de interpretar diferentes textos e de
uso competente e frequente da leitura e da escrita, preparando o aluno para a
autonomia em termos de letramento.
Os professores de língua portuguesa, como regra geral, têm a preocupação
de que, no 9° ano do ensino fundamental, seus alunos estejam aptos a ler,
interpretar e produzir textos de maneira fluente. O problema que ora vivenciam –
professor e alunos – se estenderá para o ensino médio, comprometendo o
aproveitamento escolar nesse nível de ensino, onde as exigências relacionadas à
leitura se mostram mais intensas, fazendo do uso da leitura, da interpretação e da
produção de textos condição indispensáveis à aprendizagem significativa dos
conteúdos e à construção de conhecimentos específicos.
Por isso o interesse pessoal de propiciar aos educandos, ainda no nível
fundamental, situações de aprendizagem que possibilitem o exercício da leitura e da
interpretação de textos relacionados ao meio e à realidade do aluno. Este
posicionamento encontra-serespaldadono pensamento de Bencini (2006, p. 31),
quando discorre sobre a importância de adotar estratégias diferenciadas para
despertar o interesse dos alunos para a leitura, e para isso, é preciso diversificar a
abordagem dos conteúdos, ou seja, “[...] trabalhar não apenas leitura, mas todas as
leituras que se apresentam no nosso dia”.
Seguindo nesta linha de pensamento temos Amorin (2013)que observa
aexistências devárias estratégias,as quaispodem ser utilizadas para despertar no
leitor o desejo de ler, como os exercícios de leitura e escrita articulados
interdisciplinaridade com artes plásticas, além de interpretação da poesia e de letras
de música.
Uma infinidade de estratégias pode ser utilizada para despertar no leitor o desejo de ler, como as realizadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Aristóbulo Barbosa Leão (ABL) e muitíssimas outras, já que o livro e a leitura oferecem infinitas possibilidades. [...] O trabalho de incentivo à leitura, realizado no ABL, envolve mais diretamente os alunos de 1º ao 5º ano, que quinzenalmente vêm à biblioteca e participam de um momento de atividades, que inclui música, poesia, artes plásticas, “contação” de histórias, leitura, escrita e muitas outras atividades (AMORIN, 2013, p. 110).
Dentre os recursos nominados, a música se destaca por sua grande
aceitação entre os jovens, sendo elacapaz de tornar as aulas mais dinâmicas,
alegres e favorecer o trabalho de leitura, tornando-a mais interessante aos olhos dos
alunos.
Na busca de referenciais que respaldem a escolha da música como
ferramenta para incentivar a leitura e a escrita. Assimobservam-seas
recomendações de Machado (2007, p 190), quando afirma ser necessário interagir e
completar as práticas pedagógicas com os modos de pensar e agir, com as
experiências vividas e os estímulos diversos que cercam o mundo das crianças e
dos jovens. É nesta perspectiva, que a música pode ser considerada um meio de
estimulação divertido por meio do qual se torna possível simbolizar sentimentos,
enquanto dá-se vazão à criatividade. Para a autora, mais do que um instrumento de
simbolização de sentimentos onde os indivíduos ampliam o conhecimento de si
próprios através da descoberta de padrões e da natureza de seu sentir. A música
pode possibilitar o desenvolvimento da educação (ibidem).
Da mesma forma, Martins (2003, p. 14) defende a ideia de que, quando os
alunos se mostram desinteressados, com pouca concentração e baixo
comprometimento, ou apresentam superficialidade em suas relações com o ensino-
aprendizagem. Estes precisam ser estimulados a experimentar formas de apreensão
da linguagem musical, mesclando estilos e procedimentos, experiência essa que
proporciona maior abertura para o diálogo e mesmo para o “fazer musical”, pois
propicia a articulação de vivências com as possibilidades do encontro com o novo.
Por essa razão, partindo do pressuposto de que a música promove a
concentração e favorece o interesse pela leitura e interpretação, o presente projeto
de intervenção visa incentivar a leitura e escrita por meio do estudo e análise de
música, com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Shirlene
de Souza Rocha, de maneira que estes possam reconhecer o ato de ler como uma
estratégia versátil,ao mesmo tempo, que lhes possibilita compreender o meio em
que vivem; propiciandoaprendizagens para a construção de conhecimentos
relacionados ao uso social da língua, numa perspectiva de letramento.
4 PROBLEMÁTICA
Os alunos do 9º ano do Colégio Estadual Shirlene de Souza Rocha
apresentam dificuldades na leitura e, em função disso, se mostram desinteressados
em concentrar-se na leitura, principalmente quando se trata de textos longos, os
quais muitos leem apenas por obrigação.
Assim, como trabalhar a música em língua portuguesa, compreendendo
esse gênero como ferramenta-método para o incentivo à leitura e a escrita?
5 OBJETIVOS
5.1OBJETIVO GERAL
Propiciar atividades aos alunos do 9° Ano do Ensino Fundamental que
envolva a leitura e a interpretação de letras de músicas. Consequentemente,
defendendo a ideia de que essa estratégia serve para a construção do
conhecimento. Sendo estes necessários ao enriquecimento das experiências
individuais e coletivas dos educandos. Estas favorecemo gosto pela leitura, pela
interpretação de diferentes texto/ letras de músicas, de maneira que o aluno aprecie
o encanto que a leitura pode proporcionar.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Oportunizar aos educandos, situações que favoreçam o reconhecimento
da importância da leitura e da forma como essa subsidia ao leitor recursos
para a reflexão e análise acerca das questões presentes na sociedade;
Despertar nos alunos o gosto pela leitura por meio de atividades que
utilizam letras musicais, as quais traduzem sentimentos universais, onde
muitos sujeitos se identificam;
Ofertar ao aluno um ambiente de alegria e descontração, permitindo que
com espontaneidade e imaginação,este aprenda a valorização das
lembranças e das interações sociais;
Oportunizar situações educativas para que os alunos se mantenham
interessadose estendama investigação sobre outras fontes de leitura de
músicas como: religiosas, folclóricas eruditas, indígenas, africanas,
europeias;
Promover aos alunos, situações de aprendizagem que exijam a
observação sobre as relações entre a linguagem oral e a escrita, bem
como os sentidos conotativo e denotativo das palavras que permeiam as
letras das músicas.
Propor reflexões aos alunos acerca da qualidade da música que é
consumida, hoje, pela maioria da população;
Valorizar as pesquisas dos alunos por determinadas letras de música,
analisando-as.
Propiciar aos alunos a expansão do vocabulário, o domínio da estrutura
gramatical, a fluência na conversaçãoe ainda, o aprimoramento do
espírito crítico no que compete à leitura.
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
A MÚSICA COMO FERRAMENTA: MÉTODO PARA O INCENTIVO À
LEITURA E ESCRITA
A partir das leituras realizadas, observa-se que a leitura na perspectiva da
atuação do professor Albuquerque (2010, p. 11), explica que o ato de ler é
interdisciplinar, pois exige a correlação de diversos aspectos, como a capacidade de
decifrar sinais e a de dar sentido a eles, compreendendo-os. Neste sentido é que se
faz presente as letras de músicas na sala de aula, ou seja, a capacidade de decifrar
sinais e dar sentido a eles interdisciplinariamente.
Já Adem, Starr (apud COLOMER, CAMPS, 2002, p. 29), define a leitura como “[...]
a capacidade de entender um texto escrito”.Mas, o professor de língua portuguesa
sabe que não é só isso, pois ler implica em atribuir sentido ao texto, em identificar-se
com a construção elaborada que o autor fez uso para descrever uma realidade que
é comum a muitos.Como explica Barthes (1980, p. 17), a experiência de ler pode
ser comparada
[...] uma rede com mil entradas; seguir esse caminho é visar ao longe, não uma estrutura legal de normas e desvios, uma lei narrativa e poética, mas uma perspectiva (de restos, de vozes vindas de outros textos, de outros códigos) cujo ponto de fuga é misteriosamente aberto e, no entanto, continuamente transferido.
Nessa lógica, a leitura nunca se encerra com o final da frase ou do capítulo,
pois se trata de um processo constante de descobertas que vão se sucedendo a
cada linha, a cada página.Por essa razão, Kato (apud CORACINI, 2010, p. 14)
considera o texto como de fundamental importância para a compreensão do mundo
e, principalmente, da mensagem presente nas entrelinhas escritas pelo autor, pois,
“[...] é na sua leitura literal que o leitor encontrará os indícios para significados não
literais”.
Por isso o professor deve orientar seu trabalho com os alunos na
perspectiva de ler e interpretar o conteúdo do texto escrito pelo autor, partindo do
contexto em que foi escrito e qual a sua finalidade; procurando, dessa forma,
atribuir-lhe maior significado.Essa também é a percepção de Santa Rosa (2005)
para quem, a leitura se torna significativa quando o texto se relaciona com o
contexto e com as experiências previas do leitor; aspecto também evidenciado por
Paulo Freire (2000, p. 8), quando afirma que“[...] a leitura da palavra é sempre
precedida da leitura do mundo” e as relações entre o texto e o contexto. Por isso a
lógica no pensamento de Kleiman (2002) quando define a leitura como um processo
interativo entre os níveis de conhecimento linguístico, textual e de mundo.
No entanto,é preciso considerar que para o aluno estabelecer essa relação
ele precisa dominar conceitos gramaticais de forma a alcançar o significado dos
termos e períodos utilizados, reconhecer a intenção do discurso e a forma como ele
se refere a assuntos do dia a dia.Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o ensino de Língua Portuguesa (BRASIL, 1998),definem a leitura
como
[...]um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto [...] não se trata simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando-a, letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão (BRASIL, 1998, p. 41).
Mas, para compreender, vários fatores e elementos devem ser
correlacionados com vistas à significação do texto.Sobre esse aspecto, Menegassi e
Fuza (2010, p. 321) entendem quea leitura é constituída de etapas que exigem um
trabalho de construção de significado do texto, por parte do leitor. Pressupõe-se,
pois, nesse sentido, a interação do autor com o texto.
É nesse sentido que Cagliari (2009) compreende a leitura como uma prática social
que só se torna significativa para o leitor quando ele apropria-se das ideias e
consegue falar, a seu modo, sobre o que leu e como interpretou. Por isso, as
Diretrizes Curriculares de Educação Básica no Paraná (DCE-PR, 2008, p. 48),
definem a linguagem como um acontecimento social numa perspectiva
interacionista, posto que nasça da necessidade de interação entre os homens. Para
Sandroni e Machado (1998) trata-se de um ato involuntário e individual que se inicia
com a decodificação dos signos linguísticos, mas que para se efetivar, exige do leitor
a capacidade de interação com o mundo que o cerca.
Entende-se, pois que a linguagem é uma prática de uso comum, que
possibilita a comunicação entre interlocutores. Seu significado não pode ser
deliberadamente modificado por uma das partes, dado a sua condição de
convenção, uma vez que tornaria inviável a comunicação. No entanto, é preciso
reconhecer que a versatilidade é uma condição inerente à linguagem, porquanto,
para cada situação ou finalidade são utilizados termos adequados ao contexto.
Assim sendo, da mesma maneira que a leitura promove o enriquecimento do
vocabulário do aluno e a apreensão da correta grafia das palavras, também amplia
as possibilidades de produção textual e de contextualização do que lê com a
realidade de mundo em que vive.Nunes (1994) explica esse fenômeno observando
que a leitura demanda atributos intelectuais do leitor, suas memórias e historicidade,
Por isso diz-se que a leitura possui um caráter individua, mas sua característica mais
forte está em sua função social, uma vez que estão sujeitas às convenções
linguísticas, ao contexto político e cultural de onde se manifestam.
Nessa lógica, evidencia-se a perspectiva de Zilberman (2007) para quem a
escola, por reunir condições de propiciar aos alunos, de maneira organizada e
sequencial,constituiespaço ideal para a construção de aprendizagens relacionadas à
leitura e escrita,
[...]tanto como o local onde se dá a aprendizagem da leitura e a preparação
para o consumo de obras impressas, quanto como o espaço do
desencantamento e da perda da magia trazida da infância, já que impede o
contato direto com o mundo da oralidade, onde se fazia a transmissão
original de histórias (contos de fadas, poemas, cantigas de ninar, etc.). A
leitura na escola constitui um amplo campo de investigação porque, nas
atuais condições de aprendizagem e ensino, é o lugar onde o indivíduo
pode amadurecer intelectualmente ou retrair-se, evitando (ou minimizando)
seus intercâmbios com o universo da cultura (ZILBERMAN, 2007, p. 2).
Visto que, a leitura na escola está intimamente ligada ao perfil do professor;
como bem observa a autora, ou seja, ele primeiramente precisa ser um leitor; “[...]
não apenas um indivíduo letrado, mas alguém que, com certa frequência, lê
produtos como jornais, revistas, bulas de remédio, histórias em quadrinho, romances
ou poesias. O professor precisa se reconhecer como leitor e gostar de se entender
nessa condição” (ibidem).
Como se depreende, o exemplo do professor pode ser o diferencial para
despertarnos alunos o interesse pela leitura, pois sem convicção não há
convencimento, por isso não basta querer tornar os alunos melhores leitores, é
preciso ter argumentos sobre uma obra, um texto, sobre o impacto positivo que a
leitura proporciona.
Martins (2003, p. 34) ressalta a importante função do educador nesse
processo, que está para além de ensinar a ler, mas, de criar condições para o
educando realizar a sua própria aprendizagem. Mas, como bem observa Pffeifer
(1998, p. 95), essa realidade é pouco observada nas escolas, poisna prática, não é
dado ao aluno espaço para que ele reflita sobre a leitura, uma vez que todas as
respostas são dadas antes que ele responda.
Estas respostas vêm via fala do professor, baseada no livro didático que assume as vestes do discurso científico da verdade unívoca; e via livro didático (com os grifos das respostas que o mesmo texto traz). E nos parcos momentos em que os alunos se posicionam sob a forma de comentário, eles são ignorados pelo professor. Há sempre nas aulas, uma busca pela “síntese interpretativa” que checa o conhecimento adquirido via repetição mnemônica. [...] Parece-nos que, na grande maioria das vezes, a professora já traz pronto um sítio de significância criado – ou dado pela academia – em outro lugar que não a sala de aula. Não há, então, uma entrada no espaço dizível dos sentidos que estão se produzindo no processo discursivo: o professor veta – vetando-se – a entrada do aluno nesse campo discursivo em específico porque o gesto interpretativo não foi deste, mas de outro. O que não significa que o aluno – ou o professor – não é capaz de atribuir sentidos (PFFEIFER, 1998, pg. 96-97).
Realmente, o que se observa nas escolas, é que no ensino fundamental, as
leituras limitam-se aos conteúdos do livro didático e a interpretação dos textos nele
contido. E estando a atuação do professor orientada pelo livro didático, certamente
as atividades de leituras não possibilitarão ao aluno o desenvolvimento necessário
nessa área.No entendimento de Zilberman (2007, p. 3), se o professor não despertar
no aluno o interesse pela leitura, o exercício de ler em sala de aula acaba se
tornando uma forma de obrigação, confundida com a prática de leitura do livro
escolar.já que,o professor precisa demonstrar aos educandos, o encanto de explorar
um texto, um livro e a própria biblioteca da escola.Mas, é importante que no
envolvimento do aluno com a literatura, o livro seja apresentado a ele como “[...] um
produto industrial, com características específicas e dentro do qual existe a matéria
para leitura. O aluno precisa reconhecer que essa matéria é oriunda de um terceiro,
o autor, com o qual o leitor dialoga” (ZILBERMAN, 2007, p. 3).
E essa percepção, o aluno somente alcançará pela interpretação do texto,
pela contextualização do conteúdo escrito pelo autor com a realidade que ele, leitor,
conhece. Ou seja, a intenção do autor precisa ser identificada, assim como os
recursos linguísticos do qual ele fez uso para atrair a atenção e encantar o leitor.
Afinal, se existe texto é porque houve um autor, que possui um estilo próprio que o
caracteriza. E é o fazer dessa arte que precisa ser apresentada ao aluno.
É nesse sentido que Silva e Martiniaki (2013) evidenciam o potencial de
comunicação da leitura e o papel de autor, texto e leitor no processo deapropriação
do conteúdo e sua interpretação.
[...] o texto em si não tem significado, ele só terá sentido quando o leitor passa a dar sentido às ideias expostas. A leitura é uma conversa entre autor e leitor. E como os leitores daquele determinado texto são diferentes, cada um dará um significado a ele, será uma conversa diferente em cada leitura, mesmo que seja o mesmo texto (SILVA e MARTINIAKI, 2013, p. 61).
Por isso é que Dell’Isola (1996) entende que a leitura deve ser
compreendida como uma atividade pela qual o leitor busca, em sua bagagem
sociocultural, informações para auxiliar na compreensão do que está sendo lido. E é
no sentido dos diferentes significados que são atribuídos ao texto durante sua leitura
e dos diferentes níveis de compreensão por ele exigidos que Geraldi (2006)
evidencia o ato de ler como um processo de interlocução entre leitor e autor mediado
pelo texto.
Nessa mesma linha de raciocínio, Lima (1988, p. 19),explica que o texto une
autor e leitor de uma forma tão bem integrada que os dois se confundem e se
tornam elemento único no contexto, transformando-o num espaço de “coabitação
harmônica” (ibidem). Isso só se torna possível porque a leitura literária enseja a
reflexão, o questionamento, a interação, a empatia e a alteridade. Ou, como
descreve Coenga (2008), porque “[...] a leitura literária desencadeia em nós nossa
quota de humanidade, na medida em que nos torna mais compreensivos, tolerantes
e sensíveis, porque tratam de assuntos que afetam a dimensão humana”.
Martins (2003) explica esse fenômeno de identificação entre autor e leitor
por intermédio do texto, porque a leitura se desenvolve em três níveis básicos de
percepção: sensorial, emocional e racional.Sobre a leitura sensorial, a autora
ressalta que essa começa muito cedo e se mantém ao longo da vida, aprimorando-
se
[...]Embora a aparente gratuidade de seu aspecto lúdico, o jogo com e das imagens e cores, dos materiais, dos sons, incita o prazer, a busca do que agrada e a descoberta e rejeição do desagradável aos sentidos. [...] vai, portanto, dando conhecer ao leitor do que ele gosta ou não, mesmo inconscientemente, sem a necessidade de racionalizações, justificativas, apenas porque impressiona a vista o ouvido, o tato, o olfato ou o paladar. [...] Na criança essa leitura através dos sentidos revela um prazer singular, relacionado com a sua disponibilidade (maior que a do adulto) e curiosidade (mais espontaneamente expressa) (MARTINS, 2003, 40-42).
Depreende-se, então, a importância do prazer de ler, do potencial de
satisfação que a leitura pode proporcionar ao leitor. E nesse sentido, Barthes (1996)
explica que o texto se mostra prazeroso quando
[...] contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com
ela, está ligado a uma prática confortável da leitura. Texto de fruição: aquele
que põe em estado de perda, aquele que desconforta (talvez até certo
enfado), faz vacilar as bases históricas, culturais, psicológicas, do leitor, a
consistência de seus gostos, de seus valores e de suas lembranças, faz
entrar em crise sua relação com a linguagem (BARTHES, 1996, pp. 21-22).
É esse tipo de texto que cala na percepção sensorial do leitor, promovendo
emoções e sensações, instigando a continuar a ler outra página, outro capítulo e
outro livro.
Colomer eCamps (2002, p. 33) explicam que o nível sensorial está presente
na percepção sobre o que o texto traz para o leitor, destacando que esse processo
“[...] inicia-se com a captação de determinados estímulos mediante os sentidos (uma
música, palavras escritas em um papel, a luz de um semáforo, etc.)”.Ampliando suas
considerações, Martins (2003, p. 48) observaque “[...] quando uma leitura – seja do
que for – nos faz ficar alegres ou deprimidos, desperta a curiosidade, estimula a
fantasia, provoca descobertas, lembranças – aí então deixamos de ler apenas com
os sentidos para entrar em outro nível de leitura o emocional”.
Na leitura emocional emerge a empatia, tendência de sentir o que se sentiria caso estivéssemos na situação e circunstâncias experimentadas por outro, isto é, na pele de outra pessoa, ou mesmo de um animal, de um objeto, de uma personagem de ficção. Caracteriza-se, pois, por um processo de participação afetiva numa realidade alheia, fora de nós. Implica necessariamente disponibilidade, ou seja, predisposição para aceitar o que vem do mundo exterior, mesmo se depois venhamos a rechaça-lo (MARTINS, 2003, p. 52).
Martins (2003) destaca, contudo, que a leitura emocional também pode levar
a outro nível de percepção de leitura, mais racional; e isso ocorre quando
[...] um filme, uma reportagem, um livro, uma canção, uma escultura, uma pessoa, que nos desgostam ou agradam profundamente, são lidos de um jeito e a leitura revelada de modo distorcido. E assim agimos porque temos motivos intelectuais para isso. Estamos, nesse caso, penetrando – ainda que pela porta dos fundos – em outro nível de leitura – o racional. [...]A leitura a esse nível intelectual enfatiza, pois, o intelectualismo, doutrina que afirma a preeminência e anterioridade dos fenômenos intelectuais sobre os sentimentos e a vontade. Tende a ser unívoca; o leitor se debruça sobre o texto, pretende vê-lo isolado do contexto e sem envolvimento pessoal, orientando-se por certas normas preestabelecidas. (MARTINS, 2003, p. 65-66).
Para Martins (2003), a leitura racional, quando acrescentada à sensorial e
emocional, possibilita ao leitor a necessária interação de conhecimentos que conduz
à reflexão e, por conseguinte, à reordenação do mundo objetivo, alcançando - pelo
ato de ler - novos sentidos sobre o que vê e vivencia. Neste sentido que Colomer
eCamps (2002) destacam a lógica presente na relação entre o texto e o leitor.
A relação entre o texto e o leitor durante a leitura pode ser qualificada como dialética: o leitor baseia-se em seus conhecimentos para interpretar o texto, para extrair um significado, e esse novo significado, por sua vez, permite-lhe criar, modifica, elaborar e incorporar novos conhecimentos em seus esquemas mentais (COLOMER e CAMPS, 2002, p. 31).
De fato, nenhum leitor sai incólume de uma leitura, pois este exercício
promove reflexões involuntárias, correlações com outros temas e assuntos, a
expansão da percepção e, por conseguinte, a ampliação da compreensão, a
construção, enfim, de novos conhecimentos.Schank e Abelson (1977, apud
COLOMER, CAMPS, 2002) observam,
[...] As pessoas necessitam de uma grande quantidade de conhecimentos para poder compreender. [A compreensão é] um processo pelo qual as pessoas relacionam o que veem ou ouvem [ou leem] com grupos de ações pré armazenadas que experimentarem previamente. [...] A nova informação é entendida nos termos da antiga (Schank e Abelson, apud COLOMER e CAMPS, 2002, p. 54).
Evidencia-se, assim, a importância de proporcionar aos alunos diversificadas
oportunidades de leitura, interpretaçãoe reflexão dediferentes textos, de maneira
que os três níveisde leitura (sensorial, emocional e racional) - conceito esse
defendido por Martins (2003) - possam ser exigidos, exercitados, compreendidos e
utilizados na perspectiva do letramento.
. No caso da leitura e interpretação de uma letra de músicaé preciso identificar
o contexto em que ela foi escrita, a mensagem implícita e/ou explícita e a finalidade
de sua mensagem; reconhecendo-a como uma forma de poesia. Como é defendido
por Malanski e Costa-Hübes (2001) em que o aspecto discursivo presente nas letras
de música, pode ser compreendido como um poema cantado. Assim também, Flach
(2008) estende essa percepção, observando que a canção/músicaé um gênero
híbrido, de caráter intersemiótico, pois é resultado da conjugação de dois tipos de
linguagens: a verbal e a musical (ritmo e melodia).
Dantas (2014, p. 2)define a música de forma clara e objetiva, como
oresultado de uma “[...]sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo”.
O autor explica, ainda, que ao longo dos tempos, a música vem se firmando como
recurso utilizado em práticas religiosas, educacionais e terapêuticas (ibidem).
De fato, a música está presente em diferentes culturas, impactandode forma
incontestávelna vida dos seres humanos, como explica Nogueira (2004),
[...] ela (a música) tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas: ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. [...] Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, particularmente nas décadas finais do século XX, confirmam que a influência da música no desenvolvimento da criança é incontestável. Algumas delas demonstraram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros Outros estudos apontam também que, mesmo se o contato com a música for feito por apreciação,
isto é, não tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo com atenção e propriedade (percebendo as nuances, entendendo a forma da composição), os estímulos cerebrais também são bastante intensos (NOGUEIRA, 2004, p. 1-3). (grifo nosso).
Nesta mesma linha de pensamento, Cunha (2012, p. 5) articula os conceitos
de Vygotesky e La Pierre para afirmar que os circuitos neurobiológicos processam
as sensações proporcionadas pela música, as quais são percebidas pelos sentidos,
promovendo alterações nas dinâmicas biológica, psicológica, fisiológica, psíquica,
emocional e cognitiva, que podem conduzir a uma nova visão acerca de si mesmo e
do ambiente ao redor.
É nesse sentido que Nogueira (2004, p. 4), ressalta que “[...] ao mesmo
tempo eque a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela, por seu caráter
relaxante, pode estimular a absorção de informações, isto é, a aprendizagem”. Como
se observa, amúsica se mostra uma ferramenta potencial para incentivar a leitura,
notadamente porque exige que o aluno faça uso dos níveis sensorial, emocional e
racional, processo que torna as pessoas mais alegres e receptivas, favorecendo,
inclusive a disposição para aprender.Temos também nesta perspectiva,Soares e
Rubio (2012) que reconhecem a música como
[...]favorecedora do desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança, pois, já que estão todos correlacionados; [...] a ação musical deve induzir comportamentos motores e gestuais, que direcionados às atividades lúdicas de alfabetização, escrita, leitura, e que facilitem a compreensão e associação dos códigos e signos linguísticos, gerando uma construção do saber. [...] É importante que o professor, por meio da música, direcione sua ação pedagógica [...] a uma formação crítica e sensibilizada e, que a música ajude-o a levar os alunos a aprender a sentir, expressar e pensar a realidade ao seu redor, desenvolver capacidades, habilidades e competências; criando situações de comunicação e expressão para que o aluno se conecte ao imaginário e a fantasia dos processos de criação, interpretação e fruição, desenvolvendo a dimensão sensível que a música traz ao ser humano (SOARES e RUBIO, 2012, p. 2-4).
Os benefícios da música são muitos, tanto em seu aspecto sensorial - que
influencia as emoções e até mesmo o comportamento, quanto no sentido de
promover reflexões sobre o discurso presente nas suas letras, que - assim como o
texto de um livro - exige a leitura atenta, a busca pelo significado presente em seu
texto e, por conseguinte, a apropriação de sua mensagem.
Por isso, pode-se considerar que os processos desencadeados pela música
são promotores de novas assimilações,acomodações e equilíbrio de conceitos e
informações, conforme observa Piaget (1975), discorrendo sobre as estruturas
cognitivas e a construção do conhecimento.É preciso levar em conta, também, que a
música possibilita ao indivíduo reconhecer-se e mostrar a si mesmo para os demais;
funcionando, portanto, como um mecanismo para a superação de bloqueios que
impedem o desenvolvimento.Esse aspecto é defendido por Gainza (1988) quando
afirma que
[...] toda atividade musical é uma atividade projetiva, algo que o indivíduo faz e mediante a qual se mostra; permite, portanto, que o observador treinado observe tanto os aspectos que funcionam bem no indivíduo, como aqueles aspectos mais incompletos ou em conflito, seus bloqueios, suas dificuldades (GAINZA, 1988, p. 43).
Dada a sua linguagem sensorial, a música se insere no
pensamento,promove o reencontro com o eu interior, propiciando identificações com
fatos e situações que podem tornar os indivíduos mais animados, concentrados em
um determinado assunto, motivados a integrar-se, a se mostrar como realmente são,
sem medo de errar, mas principalmente, dispostos a enfrentar as dificuldades que
surgem no dia a dia.
Jordão et al. (2012) reafirmam esse potencial da música, destacando que
tais propriedades a tornaram uma das principais formas de expressão humana,
marcada por uma linguagem multissensorial, que transcende os gestos e as
palavras presente em todas as culturas desde os primórdios.E, da mesma maneira
que a linguagem e o ato de ler, a música também constitui uma prática social, como
explica Loureiro (2010, p. 115), ressaltando que nela estão inseridos valores e
significados atribuídos aos indivíduos e à sociedade que a constrói e dela se
ocupam.
Ao longo da história, a música vem desempenhando um importante papel no
desenvolvimento do ser humano e, mais recentemente, quando foi reconhecida por
seu potencial pedagógico, passou a incorporar o rol de recursosutilizados para fixar
a aprendizagem, em função de sua capacidade de acalmar e estimular, mas
principalmente, de influência positiva ao processo de desenvolvimento do
pensamento, da memória, da criatividade, da imaginação e da percepção
(ALMEIDA, 2007).
Analisando os efeitos da música sobre os indivíduos, Cunha (2012, p. 5)
destaca que os circuitos neurobiológicos processam as sensações percebidas pelos
sentidos na realidade exterior e na realidade interior do organismojá que, a música
socialmente vivenciada pode promover alterações fisiológicas e psíquicas nas
pessoas e, portanto, transformações no âmbito cognitivo e impactos emocionais, na
forma de um conjunto de reações que podem resultar em uma nova percepção
acerca de si mesmo e do ambiente, favorecendo a autoestima, a motivação e,
consequentemente, a aprendizagem.
Essa percepção remete à ideia de que a música não se limita a atividades
recreativas na escola, mas se firma como uma importante ferramenta para a
construção do conhecimento. Almeida (2007)ressalta, ainda, que o trabalho com a
música em sala de aula, além de favorecer aspectos relacionados à aprendizagem,
propicia o acesso àmúsica popular brasileira, cuja riqueza em diversidade precisa
ser conhecida e valorizada pelos alunos, até porque, como gênero textual, oferece
inúmeras possibilidades de leitura e interpretação.
7 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
7.1 ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICAS
Aplicação de pesquisa de campo para identificar, junto aos alunos do 9º
ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Shirlene de Souza
Rocha, quais as dificuldades que esses encontram em relação à leitura e a
forma como percebem a música no contexto literário (Questionárioa
elaborar)
Realização de pesquisa bibliográfica para dar suporte ao desenvolvimento
do material didático-pedagógico.
7.2 ESTRATÉGIAS DE APROFUNDAMENTO TEÓRICO
Elaboração do Material Didático Pedagógico que será referência para a
implementação do Projeto de Intervenção na escola;
Sistematização das experiências e discussões levantadas na
Implementação do Projeto, destacando os avanços as dificuldades
observadas, aspectos estes que darão subsídios para a produção do
material didático.
7.3 ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS COM A UTILIZAÇÃO DE SUPORTE
TECNOLÓGICO
Tutoria do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, em que ocorrerá a
interação e a implementação do Projeto de Intervenção e serão aceitos
contribuições e sugestões;
7.4 SÍNTESE DAS ATIVIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA DO PROJETO
JUNTO AOS ALUNOS DO 9° ANO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO
ESTADUAL SHIRLENE DE SOUZA ROCHA
Audição, canto, leitura, análise e interpretação de letras de músicas
brasileiras;
Debates sobre o conteúdo das músicas em relação ao contexto em que
foi produzida ou que descreve;
Produção de paródias sobre letras de músicas conhecidas com enfoque
em temas atuais e de conhecimento geral.
O detalhamento das atividades e a metodologia a ser adotada para o seu
desenvolvimento constará da produção didático-pedagógica a ser produzida na
segunda etapa dos trabalhos do PDE no ano de 2014.
8 CRONOGRAMA
ANO 2014
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
INTENÇÃO DE PESQUISA
X
FUND. TEOR. X X X X X X X X X X
ENCONTROS DE ORIENT.
X X X X X X X X X
ELAB. PROJ.INTER. PEDAGÓGICA
X X X X X
ENTREGA X
ATA CONSELHO ESCOLAR
X
ELAB. PRODUÇÃO DID. PEDAGÓGICA
X X X X
ENTREGA X
ANO 2015
FEV
MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
IMPLEM. DO PROJETO
X X X X X
Socialização do Conhecimento
GTR
X X X
ENCONTROS DE ORIENT.
X X X X X X X X
FUND. TEOR. X X X X X X X
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