IMPORTÂNCIA DO CARVÃO VEGETAL PARA A ECONOMIA … · carvão mineral na siderurgia. 1....

55
Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Florestal IMPORTÂNCIA DO CARVÃO VEGETAL PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Alessandro Albino Fontes

Transcript of IMPORTÂNCIA DO CARVÃO VEGETAL PARA A ECONOMIA … · carvão mineral na siderurgia. 1....

Universidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia Florestal

IMPORTÂNCIA DO CARVÃO VEGETAL PARA A ECONOMIA

BRASILEIRA

Alessandro Albino Fontes

1. INTRODUÇÃO

• Definição• O carvão vegetal é um subproduto florestal resultante da pirólise da madeira, também conhecida como carbonização ou destilação seca da madeira. É um método destrutivo. No processo de carbonização, a madeira é aquecida em ambiente fechado, na ausência ou na presença de quantidades controladas de oxigênio, a temperaturas acima de 300ºC, desprendendo vapor d’água, líquidos orgânicos e gases não condensáveis, ficando como resíduo o carvão.

1. INTRODUÇÃO

• Breve histórico– Uso praticamente coincidindo com o crescimento da humanidade.

– Como redutor siderúrgico há registros desde o ano de 792 a.C., na China.

– Até por volta do Século XVIII foi único redutor disponível para a produção de ferro-gusa.

– Com o aumento da demanda de aço surgiu o carvão mineral na siderurgia.

1. INTRODUÇÃO

• Incertezas– Pressões ecológicas

– Pressões por parte da legislação

– Maior consumidor: siderurgia

– Enfrenta a concorrência de outros energéticos

1. INTRODUÇÃO

OBJETIVO:

• Mostrar a importância do carvão vegetal na economia nacional, principalmente no que tange à siderurgia, abordando aspectos sócio-econômicos como sua produção e oferta, consumo e demanda, preços, custos, além da geração de renda, empregos e impostos.

2. PANORAMA MUNDIAL

• Produção em 2002 = 42.407.468 Mt (crescimento de 4,00%, em relação a 2001)

• Importações em 2002 = 996.046 Mt (crescimento de -0,48%, em relação a 2001)

• Exportações em 2002 = 996.403 Mt (crescimento de -4,03%, em relação a 2001)

Figura 1 – Evolução da produção e do consumo mundial de carvão vegetal.

Produção e consumo mundial de carvão vegetal

-

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

1961 1964 1967 1970 1973 1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Qua

ntid

ade (M

t) Produção Consumo aparente

Fonte: FAO

Figura 2 – Evolução do comércio mundial de carvão vegetal.

Comércio mundial de carvão vegetal

-

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1961 1964 1967 1970 1973 1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Qua

ntid

ade (M

t)

Exportação Importação

Fonte: FAO

Figura 3 – Principais produtores, consumidores, importadores e exportadores mundiais de carvão vegetal, em 2002.

Fonte: FAO

Maiores produtores

29%8%

7%4% 4%

Brasil Nigéria Etiópia Índia Congo

Maiores consumidores

29%8%

7%4% 4%

Brasil Nigéria Etiópia Índia Congo

Maiores importadores

13%

10%

10%

8% 5%

Japão Coréia Alemanha

China Arábia Saudita

Maiores exportadores

14%

10%10%

6%

6%

Indonésia China África do Sul

Malásia Argentina

3. ÁREA REFLORESTADA

• Não existe, atualmente, no Brasil, um levantamento preciso quanto ao total da área florestada ou reflorestada.

• Os dados estimados por iniciativa das instituições estaduais e federais de meio ambiente ou ainda pelas entidades de classe que congregam as indústrias de base florestal.

• Não são computados os plantios em pequenas propriedades ou aqueles não vinculados diretamente à reposição florestal obrigatória.

Quadro 1 – Área total reflorestada com pinus e eucaliptos existente no Brasil, no ano de 2000, em hectare

Estado Pinus Eucaliptos TotalAmapá 80.360 12.500 92.860Bahia 238.390 213.400 451.790Espírito Santo - 152.330 152.330Mato Grosso do Sul 63.700 80.000 143.700Minas Gerais 143.410 1.535.290 1.678.700Pará 14.300 45.700 60.000Paraná 605.130 67.000 672.130Rio Grande do Sul 136.800 115.900 252.700Santa Catarina 318.120 41.550 359.670São Paulo 202.010 574.150 776.160Outros 37.830 128.060 165.890Total 1.840.050 2.965.880 4.805.930Fonte: SBS (2002a).

Figura 4 – Área anual reflorestada no Brasil por segmento, em hectare.

Fonte: AMS/BRACELPA

Área anual reflorestada no Brasil por segmento

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Período (ano)

Área (h

ectare)

Carvão vegetal Celulose e papel Outros

Figura 5 – Plantios anuais efetuados em Minas Gerais, em hectare.

Fonte: AMS/EMPRESAS

Plantios efetuados em Minas Gerais

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003Período (ano)

Área (hectare)

Pinus Eucaliptos

Figura 6 – Plantios anuais de eucaliptos efetuados em Minas Gerais, em hectare.

Fonte: AMS/EMPRESAS

Plantios de eucaliptos efetuados em Minas Gerais

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

1999 2000 2001 2002 2003Período (ano)

Área (hectare)

Próprio Fomento

4. OS ESTABELECIMENTOS

• Atividade produção de carvão vegetal (Brasil):– Florestas naturais: 9.257 estab. (733.729,38 ha)

– Florestas artificiais: 1.595 estab. (740.454,23 ha)

– Total: 10.852 estabelecimentos (1.474.183,60 ha)

• Proporção florestas naturais/artificiais:– Estabelecimentos: 5:1

– Área: ~ 1:1

Quadro 2 – Número de estabelecimentos agropecuários existes no Brasil e em Minas Gerais, no ano de 1996

Brasil Minas Gerais MG/BRItem (unidade) (unidade) (%)

Total de estabelecimentos agropecuários 15.943.442 1.932.953 12,12 Com matas e florestas naturais 1.955.577 251.923 12,88 Dedicados à exploração florestal 76.160 3.709 4,87 Dedicados à produção de carvão vegetal 9.257 2.587 27,95 Com matas e florestas artificiais 398.473 38.204 9,59 Dedicados à silvicultura 13.865 989 7,13 Dedicados à produção de carvão vegetal 1.595 593 37,18Fonte: IBGE (1998).

Quadro 3 – Área dos estabelecimentos agropecuários (ha) existes no Brasil e em Minas Gerais, no ano de 1996

Brasil Minas Gerais MG/BRItem (hectare) (hectare) (%)

Área total dos estabelecimentos agropecuários 353.611.238,726 40.811.659,790 11,54 Com matas e florestas naturais 88.897.582,416 5.670.306,096 6,38 Dedicados à exploração florestal 8.939.710,963 322.903,092 3,61 Dedicados à produção de carvão vegetal 733.729,375 431.085,074 58,75 Com matas e florestas artificiais 5.396.015,930 1.707.782,483 31,65 Dedicados à silvicultura 3.015.697,736 755.305,088 25,05 Dedicados à produção de carvão vegetal 740.454,229 642.143,956 86,72Fonte: IBGE (1998).

5. A PRODUÇÃO NACIONAL

• Produção em 2002 = 7.353 mil toneladas

• Crescimento de 4,58% (em relação a 2001)

• Carvão de plantada = Minas Gerais (74,24%)

• Carvão de nativa = Pará (38,57%)

• Ambos = Minas Gerais (48,84%)

Figura 7 – Evolução da produção nacional de carvão vegetal, em mil toneladas.

Produção nacional de carvão vegetal

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

1970 1973 1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Produção (mil t.)

Fonte: BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL

Figura 8 – Evolução da quantidade produzida de carvão vegetal na silvicultura e na extração vegetal, em tonelada.

Quantidade produzida de carvão vegetal

0

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Período (ano)

Quantidade produzida (t.)

Silvicultura Extração vegetal

Fonte: IBGE

Figura 9 - Quantidade produzida de carvão vegetal na silvicultura, por região geográfica, no ano de 2002, em porcentagem.

Fonte: IBGE

Produção de carvão na silvicultura

79%

3%8%

0%10%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

Figura 10 - Quantidade produzida de carvão vegetal na extração vegetal, por região geográfica, no ano de 2002, em porcentagem.

Fonte: IBGE

Produção de carvão na extração vegetal

39%

17%

23%

5% 16%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

Figura 11 - Quantidade produzida de carvão vegetal, por região geográfica, no ano de 2002, em porcentagem.

Fonte: IBGE

Produção total de carvão vegetal

19%

13%51%

4% 13%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

6. CUSTOS

• Maior eficiência na conversão da madeira em carvão ⇒ controle de custos e melhoria das condições de trabalho.

• De modo geral, pequenos produtores apresentam índices de conversão superiores a 2,2.

• Índice de conversão = quantidade de estéreos de lanha consumidos na produção de 1 mdc.

Quadro 4 - Influência da eficiência da carbonização no custo do carvão vegetal

Custo Índice de conversão (estéreos/mdc)Item de custo Unidade unitário 1,65 1,80 2,00 2,20

Madeira em pé R$/st 3,80 6,27 6,84 7,60 8,36Colheita, baldeio até carvoaria R$/st 3,34 5,51 6,01 6,68 7,35Madeira posto carvoaria R$/st 7,14 11,78 12,85 14,28 15,71Mão-de-obra carbonização R$/mdc 2,94 2,94 3,27 3,59Administração R$/mdc 1,55 1,55 1,55 1,55 1,55Carga do caminhão e frete* R$/mdc 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25Outros R$/mdc 1,36 1,36 1,36 1,36 1,36Lucro R$/mdc 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00Soma R$/mdc 21,88 22,95 24,71 26,46Variação (índice 1,80 = 100%) % 95% 100% 108% 115%* Até 150 km.Fonte: SINDIFER (1997).

7. MERCADO E COMÉRCIO

• O comércio de carvão vegetal concentra-se no estado de Minas Gerais.

• Principais mercados consumidores: Sete Lagoas, Divinópolis, Belo Horizonte, Vertentes, Vale do Aço e Norte de Minas.

• Carajás (nos estados do MA e PA).

• Mercados são integrados espacialmente.

7. MERCADO E COMÉRCIO

• Mercado mineiro é de grande relevância.

• A comercialização do carvão vegetal éfeita por 5 tipos de fornecedores:– o produtor profissional (empreiteiro),

– o fazendeiro (área para pasto ou agricultura),

– o intermediário (compra o carvão e revende),

– os reflorestadores (empreitam e produzem) e,

– o eventual (períodos de preços em alta).

8. COMÉRCIO EXTERIOR

• A participação do Brasil no comércio internacional de carvão vegetal é pouco expressiva.

• Atualmente, as importações superam as exportações em volume físico transacionado, porém, em valores monetários, são consideravelmente inferiores.

8. COMÉRCIO EXTERIOR• Exportações brasileiras em 2003:

– 12.980 toneladas

– US$ FOB 2,4 milhões

• Principais compradores:

– Portugal: 22,67%

– Alemanha: 21,38%

– Reino Unido: 18,91%

• Estados que mais exportaram:

– Minas Gerais: 55,55%

– Bahia: 22,43%

– Espírito Santo: 21,01%

8. COMÉRCIO EXTERIOR

• Importações brasileiras em 2003:

– 24.780 toneladas

– US$ FOB 400 mil

• Principais vendedores:

– Paraguai: 92,76%

– Bolívia: 6,35%

• Estados que mais importaram:

– Paraná: 92,84%

– Mato Grosso do Sul: 6,40%

Figura 12 – Saldo da balança comercial brasileira de carvão vegetal.

Saldo da balança comercial

-500.000

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Valores (US$ FOB)

Fonte: SECEX - DECEX

9. PREÇOS

• Os preços de carvão são diferenciados em função de sua origem.

• Historicamente, o preço do carvão vegetal de florestas nativas é inferior ao preço do carvão vegetal de florestas plantadas.

Figura 13 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem nativa na região de Sete Lagoas, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Jan/79 Ago/81 Mar/84 Out/86 Mai/89 Dez/91 Jul/94 Fev/97 Set/99 Abr/02 Nov/04Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Sete Lagoas

Média histórica: US$16,86/mdc.

Figura 14 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem nativa na região de Belo Horizonte, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Jan/80 Dez/81 Nov/83 Out/85 Set/87 Ago/89 Jul/91 Jun/93 Mai/95 Abr/97 Mar/99 Fev/01 Jan/03 Dez/04Período (mês/ano)

Preço (US$/m

dc)

Belo Horizonte

Média histórica: US$17,93/mdc.

Figura 15 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem nativa na região de Divinópolis, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Jan/80 Dez/81 Nov/83 Out/85 Set/87 Ago/89 Jul/91 Jun/93 Mai/95 Abr/97 Mar/99 Fev/01 Jan/03 Dez/04Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Divinópolis

Média histórica: US$17,43/mdc.

Figura 16 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem plantada na região de Sete Lagoas, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

Média histórica: US$19,71/mdc.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Jul/97 Mar/98 Nov/98 Jul/99 Mar/00 Nov/00 Jul/01 Mar/02 Nov/02 Jul/03 Mar/04 Nov/04

Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Sete Lagoas

Figura 17 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem plantada na região de Belo Horizonte, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

Média histórica: US$19,27/mdc.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Jul/97 Mar/98 Nov/98 Jul/99 Mar/00 Nov/00 Jul/01 Mar/02 Nov/02 Jul/03 Mar/04 Nov/04

Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Belo Horizonte

Figura 18 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem plantada na região de Divinópolis, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

Média histórica: US$19,42/mdc.

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

Jul/97 Mar/98 Nov/98 Jul/99 Mar/00 Nov/00 Jul/01 Mar/02 Nov/02 Jul/03 Mar/04 Nov/04

Período (mês/ano)

Preço (US$/m

dc)

Divinópolis

Figura 19 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem nativa em Minas Gerais, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

Média histórica: US$17,02/mdc.

Preço corrente do carvão vege tal or igem nativa em M inas Gerais

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Jan/75 Dez/77 Dez/80 Dez/83 Dez/86 Dez/89 Dez/92 Dez/95 Dez/98 Nov/01 Nov/04

Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Figura 20 – Preços médios praticados na compra de carvão vegetal origem plantada em Minas Gerais, em US$/mdc.

Fonte: ABRACAVE

Média histórica: US$19,31/mdc.

Preço corrente do carvão vege tal or igem plantada em M inas Gerais

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

Jul/97 Mar/98 Dez/98 Set/99 Jun/00 Mar/01 Dez/01 Set/02 Jun/03 Mar/04 Dez/04

Período (mês/ano)

Preço (US$/mdc)

Figura 21 – Preços médios correntes de carvão vegetal no Brasil, em US$/m3.

Fonte: Balanço Energético Nacional

Média histórica: US$17,22/m3

Preços médios correntes de carvão vegetal

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003

Período (ano)

Preço (US$/m3)

Figura 22 – Preços de exportação e importação brasileira de carvão vegetal, em US$ FOB/tonelada.

Fonte: SECEX - DECEX

Média histórica: US$142,09/t. (Exportação)US$26,68/t. (Importação)

Preços inte rnac iona is de c a rvão vege ta l

0 ,0 0

40 ,0 0

80 ,0 0

120 ,0 0

160 ,0 0

200 ,0 0

240 ,0 0

280 ,0 0

1 979 1982 19 85 1988 19 91 1994 19 97 2000 200 3Pe río d o (a n o )

Preço (US$ FOB/t.)

E xp o rta ção Im po rta ção

Figura 23 – Preços de carvão vegetal no mercado mundial, em US$/Mt.

Fonte: FAO

Preço de carvão vegetal no mercado mundial

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

1961 1964 1967 1970 1973 1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Preço (US$/Mt)

Importação Exportação

Média histórica: US$180,19/Mt. (Importação)US$153,06/Mt. (Exportação)

Quadro 5 – Médias históricas dos preços de carvão vegetal.

Origem ComércioMercado Nativa Plantada Importação Exportação

Belo Horizonte US$17,93/mdc US$19,27/mdc - -Sete Lagoas US$16,86/mdc US$19,71/mdc - -Divinópolis US$17,43/mdc US$19,42/mdc - -Minas Gerais US$17,02/mdc US$19,31/mdc - -Brasil US$17,22/m3 US$26,68/t. US$142,09/t.Mundo - - US$182,18/Mt US$156,95/MtFonte: Dados da pesquisa.

10. O CONSUMO NACIONAL

• Consumo nacional, atualmente, é da ordem de 29 milhões de mdc.

• Consumo máximo em 1989, ultrapassando 44 milhões de mdc.

• Consumo de carvão vegetal nativo diminuiu de 91% do consumo total, em 1976, para 26%, em 2003.

Figura 24 – Evolução do consumo nacional de carvão vegetal, em mil mdc.

05.000

10.00015.00020.00025.00030.00035.00040.00045.00050.000

1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003

Período (ano)

Consumo (mil mdc)

Nativa Reflorestamento Total

Fonte: ABRACAVE

Figura 25 – Consumo de carvão vegetal por estado, em 2003, em porcentagem.

Fonte: ABRACAVE/SINDIFER

67%

2%1%

4%1%

19%

2%3%

MG SP BA RJ ES MS MA/PA Outros

Figura 26 – Evolução do consumo de carvão vegetal na siderurgia, em mil mdc.

Fonte: ABRACAVE

Consumo de carvão vegetal na siderurgia

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

1974 1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995

Período (ano)

Consumo (mil mdc)

Brasil Minas Gerais

Figura 27 – Consumo de carvão vegetal no Brasil por setor da economia, no ano de 2002, em porcentagem.

Fonte: Balanço Energético Nacional

Consumo de carvão vegetal por setor da economia

89,20%

9,44%0,10% 1,26%

0,00%

Residencial Comercial Público Agropecuário Industrial

Figura 28 – Consumo de carvão vegetal no Brasil pelo setor industrial, no ano de 2002, em porcentagem.

Fonte: Balanço Energético Nacional

Consumo de carvão vegetal pelo setor industrial

8,14%

86,63%

0,19%4,87% 0,17%

Cimento Ferro-gusa e aço

Ferro-ligas Não-ferrosos e outros metal. Outros

Produção7.353 mil t.

Exportação-7 mil t.

Importação12 mil t.

Consumo total7.137 mil t.

Industrial6.366 mil t.(89,20%)

Comercial90 mil t.(1,26%)

Público0 mil t.(0%)

Agropecuário7 mil t.(0,10%)

Residencial674 mil t.(9,44%)

Não-ferrosos12 mil t. (0,19%)

Química0 mil t. (0%)

Min. e Pelotização0 mil t. (0%)

Variação deestoque, perdase ajustes-221 mil t.

Ferro-ligas518 mil t. (8,14%)

Têxtil0 mil t. (0%)

Ferro-gusa e aço5.515 mil t. (86,63%)

Cerâmica0 mil t. (0%)

Outros11 mil t. (0,17%)

Cimento310 mil t. (4,87%)

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Participação do reflorestamento anual no consumo• Área reflorestada = 83.000 hectares/ano.

• Produtividade (IMA) = 40 m3/ha/ano.

• Produção de 3.320.000 m3 de madeira/ano.

• Índice de conversão = 2 m3 de madeira/1 mdc.

• Oferta de 1.660.000 mdc pelo reflorestamento anual.

• Consumo carvão vegetal = 29.202.000 mdc/ano.

• Participação do reflorestamento = 5,68%.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Área colhida anualmente• Consumo carvão vegetal = 29.202.000 mdc/ano.

• Índice de conversão = 2 m3 de madeira/1 mdc.

• Volume de madeira = 58.404.000 m3/ano.

• Produtividade (IMA) = 40 m3/ha/ano.

• Área colhida = 1.460.100 hectares/ano.

• Estoque de florestas plantadas = 2.965.880 ha.

• Este simples raciocínio mostra que o setor não está equilibrando a oferta e a demanda.

LITERATURA CONSULTADA

FONTES, A.A.; SILVA, M.L. O carvão vegetal na economia nacional. Viçosa: UFV, 2004. 90p.

Obrigado!