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XVIII ENCONTRO NACIONAL DOS GRUPOS PET ENAPET RECIFE PE 1 A 6 DE OUTUBRO 2013 UFPE/UFRPE
1Tutor do PET-Conexes de Saberes da Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadmica de Garanhuns
2 Graduandos do curso de Bacharelado em Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadmica de Garanhuns membro do
grupo PET-Conexes de Saberes / UFRPE - UAG 3 Graduandos do curso de Bacharelado em Zootecnia da Universidade Federal de Pernambuco - Unidade Acadmica de Garanhuns membro do grupo
PET-Conexes de Saberes / UFPE UAG 4 Graduando do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco - Unidade Acadmica de Garanhuns membro do grupo
PET-Conexes de Saberes / UFPE UAG 5 Graduanda do curso de Bacharelado em Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Pernambuco - Unidade Acadmica de Garanhuns membro
do grupo PET-Conexes de Saberes / UFPE UAG
SANTOS, M. Gilmara
1. Almeida, F. Marcos
2.SILVA, C. S. Ivonaldo
2. FIRMINO, H. T. Francis
2. LIMA, B. Jaciele
2. SILVA, A. Lucas
2.MELO, G.V.
Maria2. CAVALCANTE, C. M. Edjane
3. SOUZA, F. S. Marcos
3. SILVA, G. Thiago
3. LIMA, A. Alex
4. SANTOS, L. M. Edeneide
5.
IMPLANTAO DE HORTA ESCOLAR NO POVOADO CASTAINHO NO
MUNICIPIO DE GARANHUNS/PE
Introduo
A produo de hortalias uma atividade quase sempre presente em pequenas propriedades
familiares, seja como atividade de subsistncia ou com o objetivo da prpria comercializao do
excedente agrcola em pequena escala. A pequena propriedade rural possui uma produo agrcola
diversificada, caracterizada pela limitao de rea e baixa fertilidade dos solos, porm, o agricultor
dotado de imensa preocupao com a preservao dos recursos naturais e a qualidade de vida.
O aumento no consumo de hortalias tem aumento graas a maior conscientizao da
populao devido a maior conscientizao da populao em busca de um estilo de vida mais saudvel.
Observando integraes entre grupos de indivduos, a Organizao Mundial da Sade (2012) define
que uma das melhores formas de promover a sade atravs da escola. Isso porque, a escola um
espao social, onde muitas pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os
professores passam a maior parte de seu tempo. Assim o despertar pelo maior consumo de hortalias
deve-se tambm a participao da escola.
O conhecimento e a ao participativa na produo e no consumo principalmente de hortalias-
fonte de vitaminas, sais minerais e fibras- despertam nos alunos mudanas em seu comportamento
alimentar, atingindo toda a famlia (TURANO, 1990).MAGALHES (2003) afirma que utilizar a
horta escolar como estratgia, visando estimular o consumo de feijes, hortalias e frutas, torna
possvel adequar a dieta das crianas. Outro fator interessante que as hortalias cultivadas na horta
escolar, quando presentes na alimentao escolar, fazem muito sucesso, ou seja, todos querem provar,
pois fruto do trabalho dos prprios alunos. Diversificar as culturas tambm favorece a atribuio de
maior participao dos alunos uma vez que as preferencias so mais variadas e no direcionadas a uma
nica fonte.
Induzir os alimentos para a sala de aula, tentando, de algum modo, modifica-los em elemento
pedaggico, faz com que as crianas participem das atuaes de educao alimentar desenvolvidas e
no fiquem como meros espectadores GAZOLA (2002), aprendendo ainda acerca da importncia da
higienizao desses alimentos. Entende-se por consorciao de culturas, o cultivo de duas ou mais
espcies com diferentes ciclos e arquiteturas vegetativas, exploradas concomitantemente na mesma
rea e num mesmo perodo de tempo, sendo que no necessariamente tenham sido semeadas ao mesmo
tempo REZENDE et al., (2002).
A necessidade do sistema de consorcio fundamental principalmente quando se trabalha com
hortas-escolas. O sistema consorciado empregado, sobretudo, pelos pequenos agricultores, que dessa
forma, procuram aproveitar ao mximo as reas limitadas de que dispem, dos insumos e da mo-de-
obra utilizada em capinas, adubaes, aplicaes de defensivos e outros tratos culturais CAETANO et
al., (1999), alm de possibilitar maior diversificao da dieta e aumento da rentabilidade por unidade
de rea cultivada COELHO et al., (2000).
O trabalho tem como objetivo trabalhar o consorcio de hortalias em uma escola da
comunidade quilombola Castainho, localizada no municpio de Garanhuns - PE, despertando a
importncia dos produtos hortcolas e como se d a sua produo.
XVIII ENCONTRO NACIONAL DOS GRUPOS PET ENAPET 2013 UFPE/UFRPE: RECIFE - PE, 1 A6 DE OUTUBRO.
Material e Mtodos
A. Caracterizao da rea de estudo
A comunidade quilombola Castainho encontra-se localizada a seis quilmetros do centro da
cidade de Garanhuns, na regio do agreste do estado de Pernambuco, sendo a rea de 190 hectares
(IBGE, 2010). A escola Vrgilia Garcia Bessa encontra-se inserida no povoado contando com
aproximadamente 230 alunos, sendo a escola de ensino primrio.
B.Visitas e realizao de palestras na Escola
Inicialmente foram feitas visitas escola Vrgilia Garcia Bessa, dentre a qual foram
apresentadas aos alunos da escola palestras sobre a importncia do cultivo de hortas escolares para
promoo de uma alimentao saudvel, sendo o publico alvo, alunos das sries primrias, visando o
aspecto de sustentabilidade e preservao do meio ambiente. No decorrer das palestras realizadas
ressaltou-se como seria a contribuio de cada aluno para a execuo da implantao da horta.
C. Implantao, Preparo e Manuseio da Horta
Em meados do ms de junho iniciamos os trabalhos de implantao da horta. Primeiramente,
foram preparadas as mudas das hortalias (alface, couve-flor) em bandejas de propiletileno de 200
clulas instaladas na estufa da Unidade Acadmica de Garanhuns, sendo transplantadas aps a
germinao para o local definitivo. As outras hortalias utilizadas, rabanete, coentro, rcula, cenoura,
foram semeadas diretamente em canteiro definitivo.
A horta foi desenvolvida em uma rea de aproximadamente 10x 20 m onde foram construdos
canteiros medindo 2 m x 1m, com altura de 40 cm, sendo no total de seis canteiros, dentre os quais
teve um espaamento entre canteiros de 50 cm para ajudar no manejo. O espaamento de cada cultura
foi realizado seguindo a literatura recomendada para cada cultivar. Os canteiros foram adubados
organicamente com esterco bovino, sem nenhum uso de adubo qumico, em quantidade aproximada de
1,5 L/m2.
Em relao aos cuidados com a horta, a irrigao foi em dias alternados, realizada pelas
crianas da escola, sendo regada uma vez por dia, nos turno da manh, bem como as capinas manuais
feitas regularmente e o desbaste das plantas. No caso da incidncia de pragas e doenas, foram
realizadas observaes quinzenais e manejadas adequadamente sem uso de substncia qumica. Foram
avaliados os parmetros qualitativos como: tamanho e colorao das hortalias, bem como se observou
a produtividade de cada cultura.
D. Colheita
A colheita foi realizada de acordo com o ciclo de cada cultura sendo o coentro e a alface colhidos a
cerca de 40 dias aps o plantio (Figura 1), sendo a colheita realizada pelos alunos da escola com o
auxlio dos integrantes do grupo PET (Programa de Educao Tutorial). Para as demais culturas houve
problema com a colheita devido o ataque de pragas durante a produo. Aps a colheita, os alimentos
foram direcionados a merenda escolar dos alunos, onde estes puderam contar com uma alimentao
saudvel.
Resultados e Discusso
Em relao s visitas realizadas e as palestras decorrentes na escola, verificou-se o grande interesse
por parte das crianas que estudavam na escola por contribuir na execuo da horta, sendo o papel da
escola de grande relevncia no decorrer do projeto, alm da grande contribuio da escola em fornecer
o espao e abraar a implantao da horta, e com o objetivo de tornar as aulas mais educativas.
Em relao s plantas transplantadas, a alface apresentou timo crescimento e desenvolvimento
alcanando tamanhos adequados de acordo com a cultura, ambas com boa rigidez e altos teores de
colorao. J a couve-flor apresentou grandes perdas na produo devidas o ataque de lagartas roscas
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(Agrotisipsilon). J em relao s culturas semeadas em canteiro definitivo, o rabanete e a rcula no
apresentaram resultados significativos. O rabanete apresentou frutos deformados imprprios para o
consumo alimentar. A rcula apresentou problemas com o ataque de lagartas. Contudo, o Coentro
apresentou uma tima colorao e boa produo. A cenoura ainda encontra-se em fase de avaliao
devido o ciclo da cultura ser mais longo e, portanto, a colheita ainda no foi realizada, sendo que esta
apresenta bom aspecto visual.
No caso da incidncia de pragas, outras foram detectadas pragas nas demais culturas como a
mosca minadora (Liriomyzasp.) e formigas-sava (Atta spp.) que foram controladas com o controle
alternativo da calda de fumo e manipueira de mandioca, respectivamente sem qualquer uso de
substncias qumicas, porm que trouxe poucos resultados para culturas como a rcula e o rabanete
devido a susceptibilidade ao ataque destas pragas e a alta incidncia ocorrida.
Em relao colorao e o tamanho as culturas que foram colhidas (Coentro