IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SEGURANÇA E ......legislações e estabelecendo medidas preventivas...

48
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC EDYSWAN SAMPAIO GOMES TERTO EVANDRO ALBERTO DA SILVA GONÇALVES IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INTEGRADO A PRODUTIVIDADE NA ÁREA DE ENGENHARIA CIVIL: um estudo sobre sua implantação em obras públicas MACEIÓ/AL 2018/1

Transcript of IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SEGURANÇA E ......legislações e estabelecendo medidas preventivas...

1

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

EDYSWAN SAMPAIO GOMES TERTO EVANDRO ALBERTO DA SILVA GONÇALVES

IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INTEGRADO A PRODUTIVIDADE NA ÁREA DE ENGENHARIA CIVIL: um estudo sobre sua

implantação em obras públicas

MACEIÓ/AL 2018/1

2

EDYSWAN SAMPAIO GOMES TERTO

EVANDRO ALBERTO DA SILVA GONÇALVES

IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INTEGRADO A PRODUTIVIDADE NA ÁREA DE ENGENHARIA CIVIL: um estudo sobre sua

implantação em obras públicas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do Prof. Msc. Emerson Acácio Feitosa Santos.

MACEIÓ/AL 2018/1

3

REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

Evandro Santos Cavalcante

Bibliotecário CRB-4/1700

G635i Gonçalves, Evandro Alberto da Silva

G635i Terto, Edyswan Sampaio Gomes

Implantação de políticas de segurança e saúde no trabalho

integrado a produtividade na área de Engenharia Civil: um estudo

sobre sua implantação em obras públicas / Evandro Alberto da

Silva Gonçalves, Edyswan Sampaio Gomes Terto . -- Maceió: 2018

47 f.: il.

TCC (Graduação em Engenharia civil) - Centro Universitário

CESMAC, Maceió - AL, 2018.

Orientador: Emerson Acácio Feitosa Santos

1. Políticas de segurança. 2. Segurança e saúde no trabalho.

3. Engenharia civil. 4. Produtividade.

I. Santos, Emerson Acácio Feitosa. II. Título.

CDU: 624:331.45

4

5

AGRADECIMENTOS

A Deus pela oportunidade, privilégio, discernimento, sustentação nos

momentos difíceis e por ter nos guiado no caminho certo, nesta fase importante da

nossa vida acadêmica.

A nossa família por nos ter apoiado e ensinado a nunca desistir de buscar

os nossos sonhos.

Ao professor Emerson Acácio Feitosa Santos, nosso orientador pelo

incentivo e dedicação, partilhando seus conhecimentos no andamento e

normatização essenciais para a conclusão deste trabalho.

Aos demais professores do curso de engenharia civil que,

incontestavelmente foram corresponsáveis por nosso crescimento intelectual.

Aos colegas de classe pela confiança, espontaneidade e alegria nas trocas

de informações.

E a todos que, direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação.

6

IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INTEGRADO A PRODUTIVIDADE NA ÁREA DE ENGENHARIA CIVIL: um

estudo sobre sua implantação em obras públicas IMPLANTATION OF SAFETY AND HEALTH POLICY IN INTEGRATED LABOR PRODUCTIVITY IN THE CIVIL ENGINEERING AREA: a study on its deployment

in public works EDYSWAN SAMPAIO GOMES TERTO

Graduando em Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC [email protected]

EVANDRO ALBERTO DA SILVA GONÇALVES

Graduando em Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC [email protected]

EMERSON ACÁCIO FEITOSA SANTOS

Mestre em Engenharia de Estruturas [email protected]

RESUMO Sabendo que a competitividade visa atingir melhor qualidade, desempenho e satisfação dos clientes na construção civil, pode-se dizer que a mesma está entre os fatores principais das empresas que almejam a superioridade no mercado competitivo. Por conseguinte, é devido a essa competividade, que os serviços e a produtividade tendem a ascender, e, consequentemente isso serve de impulso para a busca de melhores métodos e planejamentos que aspirem a promoção do bem-estar físico e mental dos colaboradores. As políticas de segurança e saúde no trabalho são consideradas um plano de ações com objetivo de prevenir acidentes e doenças ocupacionais, atendendo às legislações e estabelecendo medidas preventivas dentro de uma organização. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo descrever o processo de implantação da política de segurança em obras públicas, e a análise dos benefícios junto à produtividade nos empreendimentos públicos. Os resultados atrelados a esta pesquisa, demonstram que a implementação das políticas de segurança traz melhorias significativas direcionadas a redução de acidentes no ambiente de trabalho, na área de Engenharia civil.

PALAVRAS CHAVE: Políticas de segurança. Segurança e saúde no trabalho. Engenharia civil. Produtividade. ABSTRACT Knowing that competitiveness aims to achieve better quality, performance and customer satisfaction in civil construction, it can be said that it is among the main factors of companies that aim for superiority in the competitive market. Therefore, it is because of this competitiveness that services and productivity tend to rise, and consequently this serves as an impetus for the search for better methods and planning that aspire to promote the physical and mental well-being of employees. Occupational safety and health policies are considered as a plan of action aimed at preventing occupational accidents and diseases in accordance with the legislation and establishing preventive measures within an organization. In this sense, this research aims to describe the process of implementation of the public works safety policy and the analysis of benefits with productivity in public enterprises. The results linked to this research demonstrate that the implementation of safety policies brings significant improvements directed at the reducing accidents in the workplace, in the Civil Engineering area.

KEYWORDS: Security policies. Safety and health at work. Civil Engineering. Productivity.

7

LISTA DE SIGLAS

AEAT – Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CEM – Campos Eletromagnéticos

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CA – Certificado de Aprovação

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível superior

CAT – Cadastro de Acidente do Trabalho

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

EPI - Equipamento de Proteção Individual

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva

INBEP – Instituto Brasileiro de Educação Profissional

NR – Norma Regulamentadora

OIT – Organização Internacional do Trabalho

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SCIELO – Scientific Electronic Library Online

SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina

do Trabalho

TCPO – Tabela de Composição de Peças de Andaime

TF – Taxa de Frequência

8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 1.1 Considerações Iniciais ................................................................................. 13 1.2 Objetivos ....................................................................................................... 16 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 15 1.2.2 Objetivo Específicos .................................................................................... 15 1.3 Descrição dos Capítulos .............................................................................. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 17 2.1 Política de saúde e segurança do trabalho ................................................ 17 2.2 Normas regulamentadoras de Segurança e saúde no trabalho ............... 19 2.2.1 Norma regulamentadora Nº 01 .................................................................... 19 2.2.2 Norma regulamentadora Nº 03 .................................................................... 20 2.2.3 Norma regulamentadora Nº 04 .................................................................... 20 2.2.4 Norma regulamentadora Nº 05 .................................................................... 21 2.2.5 Norma regulamentadora Nº 06 .................................................................... 22 2.2.6 Norma regulamentadora Nº 07 .................................................................... 22 2.2.7 Norma regulamentadora Nº 08 .................................................................... 22 2.2.8 Norma regulamentadora Nº 09 .................................................................... 23 2.2.9 Norma regulamentadora Nº 10 .................................................................... 23 2.2.10 Norma regulamentadora Nº 11 .................................................................. 23 2.2.11 Norma regulamentadora Nº 12 .................................................................. 24 2.2.12 Norma regulamentadora Nº 18 .................................................................. 24 2.3 Acidentes de trabalho com afastamento e sem afastamento .................. 24 2.4 Taxa de frequência ....................................................................................... 26 2.5 Taxa de gravidade ........................................................................................ 27 2.6 Custo de obra, implantação e políticas de segurança do trabalho .......... 29 2.7 Orçamento de obras...................................................................................... 31 3 METODOLOGIA ............................................................................................... 33 3.1 Local da Pesquisa ........................................................................................ 33 3.2 Amostra ......................................................................................................... 33 3.3 Procedimentos ............................................................................................. 33 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 35 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 41 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43 ANEXO I ............................................................................................................... 47 ANEXO II .............................................................................................................. 48

9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma de atividades, disposições gerais NR - 10 ....................... 20 Figura 2 - Representação de equipamentos de proteção individual .................... 22 Figura 3 - Pirâmide de Bird...................................................................................26 Figura 4 - Representação componentes do orçamento....... ................................ 31

10

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Representação do quadro II, NR-04 .................................................. 21 Quadro 2 - Exemplo de composição de serviço .................................................. 30 Quadro 3 - Representação divisão dos custos diretos e indiretos. ...................... 32

11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Conteúdo aplicado à política de segurança........................................18 Tabela 2 - Conteúdo aplicado aos acidentes ......................................................25 Tabela 3 - Parâmetros para a taxa de frequência................................................27 Tabela 4 - Parâmetros para a taxa de gravidade ................................................29

12

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Acidentes com afastamento e sem afastamento (2016). ................... 35 Gráfico 2 - Acidentes com afastamento e sem afastamento (2017). ................... 36 Gráfico 3 - Taxa de frequência (2016) ................................................................. 37 Gráfico 4 - Taxa de frequência (2017) ................................................................. 37 Gráfico 5 - Taxa de gravidade (2016) .................................................................. 38 Gráfico 6 - Taxa de gravidade (2017) .................................................................. 38 Gráfico 7 - Representação do gasto per capita com segurança (2016) .............. 39 Gráfico 8 - Representação do gasto per capita com segurança (2017) .............. 40

13

1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Iniciais

Nos últimos anos o mercado da construção civil apresentou grandes

transformações a níveis mundiais, bem como, o avanço tecnológico, as demandas de

serviços e principalmente as exigências pelo aumento de competitividade e

produtividade no setor da construção (IBGE, 2015). Com a demanda elevada de

serviços e aumento da competitividade, surge simultaneamente um adequado

planejamento de serviços e término de obras a curto prazo.

Os investimentos nos processos que atendam aos amplos serviços, visando

à redução de custos, e, desenvolvimento nos aspectos produtivos aplicados ao

mercado da construção civil, vêm sendo inserido ainda mais nas empresas do ramo

de construção. Destes processos, por exemplo, está a aplicação de políticas de

segurança e saúde no trabalho no desenvolvimento organizacional das empresas.

Em consonância com o presente tema, o interesse pela pesquisa surgiu

através da implantação da política de segurança e saúde no trabalho em

empreendimentos do segmento da construção civil, com aplicação em manutenção e

reforma em órgãos públicos, objetivando a redução de acidentes de trabalho e custos

indiretos.

Devido ao aumento crescente de serviços, a busca por atingir uma melhor

qualidade e desempenho nas construções, vêm se tornando um processo

imprescindível para as empresas que desejam superioridade no competitivo mercado

da construção brasileira. O principal foco das empresas é atingir a satisfação de seus

clientes; diante dessa realidade gerada no âmbito empresarial, o ramo da construção

civil depara-se em um processo de adequação e implantação de políticas de

segurança e saúde no trabalho para atingir seus objetivos e alavancar o destaque das

mesmas no mercado. Contudo, as empresas encontram circunstâncias que interferem

diretamente no desenvolvimento e no aumento dos índices de acidentes de segurança

do trabalho na construção civil.

De acordo o com o Ministério da Fazenda, entre 2012 e 2016, foram

registrados 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho em 26 Estados e no Distrito

Federal; em nosso Estado os números ainda são mais alarmantes; de acordo com o

Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT) do Governo Federal, ao todo,

14

foram 6.473 registros, com uma taxa de incidência de acidentes de 17,98%, o que

coloca o Estado em oitavo lugar no ranking nacional, atrás de Santa Catarina,

Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.

Já no índice de acidentes incapacitantes, Alagoas fica na quarta posição.

Evidenciando que a área da construção civil, gera o maior índice de acidentes entre

os setores, tendo em consideração o levantamento realizado no ano de 2016, onde

ocorreram cerca de 46.673 mil acidentes na área da construção civil (MINISTÉRIO

DA FAZENDA, 2016).

Com a diminuição e quase inexistência de técnicos e engenheiros de

segurança nos canteiros de obra, gera-se mais um agravante para o aumento dos

índices de acidentes de segurança no canteiro de obra. É grande a dificuldade de

conscientizar o operário a tornar sua higiene pessoal e segurança no ambiente de

trabalho um hábito (ATAÍDE-JÚNIOR, 2002, p.12 apud MOTERLE, 2014), em nossa

realidade, esses maus hábitos causam acidentes de trabalho que poderiam ser

evitados. Para diminuirmos os índices de acidentes na área da construção, devemos

voltar nosso foco dentro do canteiro de obra, para que ocorra uma implantação e um

acompanhamento de programas de segurança e saúde no trabalho e seus respectivos

treinamentos com os colaboradores.

A Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de

metodologias e técnicas apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do

trabalho, objetivando a prevenção de sua ocorrência, cujo papel é assessorar o

empregador, buscando a preservação da integridade física e mental dos

trabalhadores e a continuidade do processo produtivo (SISTEMA DE GESTÃO

VOTORANTIM, 2005).

A mesma visa evitar os acidentes de trabalho, ou seja, aquilo que ocorre pelo

exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional que cause a morte, perda ou redução permanente ou temporária da

capacidade para o trabalho. Sob uma outra visão, acidente é uma ocorrência não

programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de

uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou

danos materiais (SISTEMA DE GESTÃO VOTORANTIM, 2005).

O processo de implantação das políticas de segurança e saúde do trabalho

no âmbito empresarial, têm grandes dificuldades para obter as melhorias e garantias

da integridade física dos colaboradores, que estarão atuando nos locais de trabalho;

15

visto que, os ambientes da construção civil em sua maioria geram risco aos

trabalhadores, deve-se analisar o grau de risco presente e especificá-los através do

programa de prevenção a riscos ambientais, para que essa análise tenha efeitos

positivos nos ambientes de trabalho, deve-se ter um planejamento das atividades

detalhado, evidenciando principalmente, o dimensionamento da mão de obra de

segurança do trabalho em função da produtividade e quantidade de serviços.

Assim é de fundamental importância, o dimensionamento do custo da mão

de obra, seja ele direto ou indireto, um custo mal dimensionado irá comprometer

diretamente no orçamento do empreendimento, prejudicando até o prazo de entrega

da obra. A mão de obra do custo direto, decorre das composições de custos, já para

dimensionar a mão de obra indireta, os orçamentistas ou elaboradores do orçamento

precisam ter uma noção do efetivo da obra e consultar a legislação que dispõe sobre

segurança do trabalho (DÓREA, 2016).

Portanto, no presente trabalho foi analisado, e descrito as principais

vantagens e dificuldades da aplicação de políticas de segurança e saúde no trabalho,

visando redução de custos, a fim de melhorar o planejamento das atividades, gerando

maior segurança aos colaboradores, presentes nas atividades de construção civil e

atingindo os objetivos definidos.

16

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar as implicações da implantação da política de segurança e

saúde no trabalho em empreendimentos públicos.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Elaborar revisão bibliográfica sobre segurança e saúde no trabalho;

• Estudar os impactos da ausência/insuficiência de políticas de segurança no

trabalho em obras públicas.

• Analisar os benefícios da implantação da política de segurança em obras

públicas.

1.3 Descrição dos Capítulos

No primeiro capítulo, houve a exploração do conteúdo histórico da

aplicação das políticas de segurança do trabalho no campo da construção civil.

Dando continuidade, no segundo capítulo foram descritos os aspectos

considerados mais importantes, que padronizam as exigências das principais

normas regulamentadoras voltadas à construção civil, implementação dos custos

indiretos no orçamento de obra, abordando os fatores relevantes da aplicação das

políticas de segurança ao custo global; em seguida, no terceiro capítulo, foi feita

uma análise aprofundada dos dados adquiridos em uma empresa situada na

cidade de Maceió, onde foram obtidos dados gerados entre 2016 e 2017. Ao

concluir esta pesquisa, no quarto capítulo foi relatado e exposto a opinião dos

autores frente aos assuntos que foram discutidos durante toda a pesquisa, bem

como a proposta de intermédio para possível elucidação do tema abordado.

17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Para dar embasamento ao presente trabalho, foram elencados atributos

que favoreciam ao tema de segurança e saúde no trabalho, os mesmos instituídos

através da revisão bibliográfica, com o intuito de aprimorar conhecimento sobre o

referido tema. Ademais, foram demonstrados os principais aspectos do custo de

obra e políticas de segurança do trabalho; e no desfecho final deste capítulo, os

autores relataram quais os componentes imprescindíveis para um orçamento.

2.1 Política de saúde e segurança do trabalho

O primeiro passo para o desenvolvimento e aumento de produtividade na

construção civil, dar-se através da implantação de políticas de segurança e

estratégias motivacionais de desenvolvimento junto aos colaboradores. O

investimento das empresas do ramo da construção civil, cresce cada vez mais no

aspecto de segurança e saúde no trabalho, evitando os alarmantes índices de

acidentes gerados no setor de construção civil. Com uma média de 700 mil registros

de acidentes de trabalho por ano, o Brasil ocupa atualmente o 4º lugar no mundo

em ocorrência de acidentes de trabalho, atrás somente de China, Índia e Indonésia.

Nas empresas brasileiras, em geral, as investigações de acidentes de

trabalho concluem, que a causa é o famoso “ato inseguro”. Ou seja, a demanda

pela maior produtividade em ambientes inseguros que até mesmo fazem com que

a produção esteja acima de qualquer coisa (Inclusive da vida), gerando índices

alarmantes dos registros de eventos indesejados (AGÊNCIA BRASIL, 2016).

Buscando proporcionar saúde e segurança no ambiente de trabalho e a

redução dos acidentes, as empresas estão investindo em infraestrutura e

conscientização a partir da aplicação de políticas de segurança no ambiente de

trabalho, conscientizando seus colaboradores sobre os riscos de acidentes

presentes em suas atividades. Contudo, a realização de um mapeamento dos

riscos e implantação de plano de segurança é o passo inicial para melhor

desenvolvimento dos processos de trabalhos.

Durante a implantação das políticas de segurança nas empresas, que tem

seu posicionamento no segmento de obras horizontais, reformas, manutenção e

serviços em órgãos públicos, pôde-se observar, um maior desenvolvimento dos

18

seus processos de segurança e redução no quadro de doenças e acidentes de

trabalho. O incentivo a nova gestão ocupacional, fez com que as atividades sejam

padronizadas, contribuindo para reanálise periódica dos procedimentos de

execução.

Tabela 1 - Conteúdo aplicado a política de segurança

Política de segurança do trabalho

Gestão Ocupacional

Planejar, executar, verificar e agir

Plano de Segurança Determinar método de trabalho

Execução dos

procedimentos de

execução

Atividades padronizadas e realizadas com

segurança

Análise dos

processos

Periodicamente revisão dos processos, e

exigir sua prática

Gestão de materiais e

ferramentas

Plano de manutenção de equipamentos e

plano de reposição de EPIs e EPC’s

Fonte: Autor, 2018.

19

2.2 Normas regulamentadoras de Segurança e saúde no trabalho

Em consonância com o que foi citado acima, vale salientar que, as normas

regulamentadoras são de observância obrigatória pelos trabalhadores, regidos pela

consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que têm os objetivos de estabelecer

requisitos para garantir integridade física e a saúde dos colaboradores atuantes em

suas atividades típicas. Atualmente, possuem trinta e seis normas

regulamentadoras, destas, vinte e oito aprovadas em 1978 através da Portaria nº

3.214/78 obrigando as empresas a cumprir e fazer cumprir as normas de segurança

e saúde no trabalho (BRASIL, 1978).

Art. 157 - Cabe às empresas: I - Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente (BRASIL, 1977).

2.2.1 Norma regulamentadora Nº 01 – Disposições Gerais

Diante da relevância desta pesquisa e da congruência estabelecida entre

todas as normas regulamentadoras, é válido proferir que, a primeira Norma

Regulamentadora do ministério do trabalho e emprego, estabelece as

responsabilidades do empregador e do empregado perante os procedimentos a

serem cumpridos no ambiente de trabalho, bem como, a aplicação dos requisitos

pelas empresas da administração direta e indireta, órgãos dos poderes Legislativo

e Judiciário (BRASIL, 2009).

Sendo assim, para que se efetue a divulgação dos riscos presentes no

ambiente de trabalho, equipamentos obrigatórios adequados as funções de cada

colaborador, tal como a aplicação de procedimentos em casos de acidentes, ambos

os principais fatores adotados na admissão do trabalhador em um canteiro de obra.

Dando ênfase ao que foi citado anteriormente, sabe-se que a norma Nº 01

determina a elaboração de ordens de serviços, que estabelece o campo de

aplicação, os direitos e obrigações do Estado, dos empregados e dos trabalhadores

que estão regidos pelas normas regulamentadoras de segurança e saúde

ocupacional (BRASIL, 2009).

20

2.2.2 Norma regulamentadora Nº 03 – Embargo ou interdição

2.2.2 Norma regulamentadora Nº 03 – Embargo ou interdição

A terceira norma regulamentadora do trabalho é constituída pelos termos

de embargo e interdição da obra, à medida que constatado situação de trabalho

que apresente risco grave e iminente ao trabalhador, ou seja, condição a qual

expõe o trabalhador a possível acidente de trabalho oferecendo riscos de lesões

graves a sua integridade física, a obra pode ser embargada alcançando paralisação

total ou parcial da obra, ou interditada possuindo paralisação total ou parcial do

estabelecimento, setor de serviço ou máquina (BRASIL, 2011).

2.2.3 Norma regulamentadora Nº 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do trabalho

A NR – Nº 04 em sua obrigatoriedade, visa constituir Serviços

Especializados em engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

nas organizações, com intuito de reduzir ou eliminar os acidentes de trabalho e as

doenças ocupacionais. Os mesmos são constituídos por Engenheiros, Médicos,

técnicos e auxiliares; os quais dependendo do grau de risco da atividade e número

de funcionários serão compostos no quadro efetivo da empresa.

O dimensionamento para identificar a quantidade de profissionais composto

pelo SESMT em uma empresa, dar-se de acordo com o quadro 1 desta pesquisa,

NR 01 - DISPOSIÇÕES GERAIS

EMPREGADOR

DAR CIÊNCIA AOS EMPREGADOS

QUANTO AOS RISCOS ORIGINADOS NO

LOCAL DE TRABALHO

CUMPRIR E FAZER CUMPRIR AS NORMAS REGULAMENTADORAS

FAZER CUMPRIR AS NORMAS

REGULAMENTADORAS

ELABORAR ORDENS DE SERVIÇO REFERETE À

SEGURANÇA DO TRABLHO

Figura 1 - Fluxograma de atividades, Disposições gerais NR-10. Fonte: Autor, 2018.

21

considerando-se o CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas, junto

a gradação do risco da atividade principal do estabelecimento (BRASIL, 2016).

Quadro 1 – Representação do quadro II, NR-04.

Fonte: Norma regulamentadora Nº04, Portaria 3.214/78.

2.2.4 Norma regulamentadora Nº 05 – Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes

Ao relatar sobre a NR - Nº 05, é de extrema relevância descrever que a

mesma determina sobre a Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA),

cujo o objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, bem

como a conscientização dos trabalhadores perante a prevenção e análise de riscos.

Esta estabelece que as empresas públicas e privadas devem a constituir a CIPA

com representantes do empregador e dos empregados, com seu número definido

de acordo com a classificação nacional de atividades econômicas e o código da

atividade.

A importância da CIPA nos estabelecimentos define as diversas ações a

serem adotadas pelas empresas junto a comissão, a Semana Interna de Prevenção

de Acidentes no Trabalho (SIPAT), as reuniões periódicas de melhorias, e os

diálogos de segurança são as principais ações e atribuições de uma CIPA (BRASIL,

2011).

22

2.2.5 Norma regulamentadora Nº 06 – Equipamento de proteção individual

A norma regulamentadora Nº 06 define os conceitos e características dos

equipamentos de proteção individuais e coletivos, citando as responsabilidades do

empregador e empregado quanto aos tipos de equipamentos de acordo com a

finalidade o qual se destina, a obrigatoriedade do fornecimento gratuito, e em

perfeito estado de conservação e funcionamento aos empregados (BRASIL, 2010).

Figura 2 – Representação de equipamentos de proteção individual Fonte: Autor, 2018.

2.2.6 Norma regulamentadora Nº 07 – Programa de controle médico de saúde ocupacional

O programa estabelece a obrigatoriedade da promoção da saúde dos

colaboradores da empresa, estabelecendo medidas de implementação de acordo

com riscos das atividades a serem exercidas pelo trabalhador. O PCMSO deve

incluir os exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de

função e demissional de acordo com os requisitos estabelecidos em norma

(BRASIL, 2013).

2.2.7 Norma regulamentadora Nº 08 – Edificações

A norma regulamentadora NR - Nº 08 estabelece os requisitos a serem

atendidos nos locais de trabalho, evidenciando regularidades nos pisos de locais

de trabalho, circulação e proteção contra intempéries (BRASIL, 2011).

23

2.2.8 Norma regulamentadora Nº 09 – Programa de Prevenção a riscos Ambientais

O PPRA (Programa de prevenção a riscos ambientais) estabelece as

iniciativas da empresa visando à prevenção dos riscos. Sua estruturação é definida

por meio de parâmetros mínimos e diretrizes gerais como: Planejamento anual de

metas, estratégia e metodologia de ação, forma do registro, manutenção e

divulgação dos dados, periodicidade e forma de avaliação. Todos em conjunto

almejam à identificação dos riscos ambientais físicos, químicos e biológicos no

ambiente de trabalho, levando ao conhecimento de todos trabalhadores os riscos

existentes no ambiente trabalhado de acordo com suas atividades (BRASIL, 2014).

2.2.9 Norma regulamentadora Nº 10 – Segurança em instalações e serviços em

Eletricidade

A norma regulamentadora NR - Nº 10 tem como objetivo definir os requisitos

que os empregadores e empregados devem adotar perante aos serviços em

eletricidade ou em suas proximidades. Sua aplicação no canteiro de obra é

bastante eficaz para desenvolvimento das atividades com segurança, a mesma

apresenta diversas particularidades quanto às medidas preventivas, execução de

procedimentos operacionais, equipamentos sujeitos a ensaios elétricos, que

objetiva determinar comportamento dos materiais isolantes e condutores em seus

diversos níveis de tensão, garantindo segurança ao uso destes equipamentos pelos

trabalhadores (BRASIL, 2016).

2.2.10 Norma regulamentadora Nº 11 – Transporte, movimentação, armazenagem

e manuseio de materiais

Esta norma define os procedimentos a serem adotados nas operações com

elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras,

visando estabelecer medidas preventivas quanto ao manuseio e conservação nas

operações e manipulação dos materiais (CPN, 2015).

24

2.2.11 Norma regulamentadora Nº 12 – Segurança no trabalho em Máquinas e

equipamentos

Estabelece os procedimentos de segurança em relação às máquinas e

equipamentos, bem como os profissionais habilitados, qualificados e autorizados

para trabalho. Uso, conservação e treinamentos dos trabalhadores são os

principais requisitos técnicos de operações previstos na norma (MENDES, 2013).

2.2.12 Norma regulamentadora Nº 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

A norma regulamentadora NR - Nº 18 estabelece diretrizes de planejamento

e organização dos canteiros de obras, áreas de vivência, treinamentos e demais

atividades voltadas à construção civil. Um dos fatores principais é realização da

mobilização dos canteiros de obras, onde os requisitos mínimos de conforto e

segurança devem ser atendidos, visando à promoção da saúde a todos

colaboradores ou terceiros. As recomendações técnicas dos procedimentos, são

de suma importância para padronizar as atividades executadas conforme os

parâmetros de segurança e saúde no trabalho (BRASIL, 2015). 2.3 Acidentes de trabalho com afastamento e sem afastamento

Na ABNT NBR 14.280/2001 apresenta uma extensa classificação de

elementos a respeito da análise dos acidentes relacionados à segurança e saúde

no trabalho, classificação na qual facilita a compreensão dos acidentes que venham

a ocorrer, mesmos aqueles que não acarretam lesão ao executor da atividade ou

em terceiros. Baseando-se na respectiva norma tem-se também todas as

condições de efetuar os procedimentos para descrição em laudos, memoriais e no

Cadastro de Acidente do Trabalho – CAT.

25

Tabela 2 - Conteúdo aplicado aos acidentes

Definições

Acidente do trabalho

Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, que resulte em lesão pessoal.

Acidente com afastamento

Lesão sem afastamento

Lesão pessoal que impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do

acidente.

Lesão pessoal que não impede o acidentado de

voltar ao trabalho no dia imediato ao do

acidente.

Taxa de frequência

Taxa de gravidade

Número de acidentes por milhão de horas-

homem de exposição ao risco, em determinado

período.

Tempo computado por milhão de horas-homem

de exposição ao risco, em determinado

período.

Fonte: Autor, 2018.

De acordo com a pesquisa, evidencia-se através de um estudo da

organização americana, conhecida como pirâmide de Bird, que cerca de 96% dos

acidentes têm como causa os comportamentos inseguros e em sua maioria são

resultados de atos inseguros ou condições ambientais de insegurança.

Nesse mesmo estudo, foi demonstrado que para cada acidente com lesão

grave, houve dez ocorrências com lesão leve, trinta danos à propriedade,

seiscentos quase acidentes e trinta mil desvios comportamentais. Essa estatística

identifica o alto índice de desvios que são os geradores dos acidentes do trabalho

e ressalta a importância de se trabalhar a questão comportamental na busca pela

redução nos níveis de acidentes (CÔRTES,2006).

O processo de comportamento seguro é uma abordagem utilizada na prevenção de acidentes que ajuda a obter melhorias contínuas no desempenho de segurança. Esta abordagem é um processo de melhoria da qualidade aplicado à segurança (SISTEMA DE GESTÃO VOTORANTIM, 2005).

26

Figura 3 – Pirâmide de Bird Fonte: Autor, 2018.

2.4 Taxa de frequência

A Taxa de Frequência (TF) é uma estimativa que pode dar ótimos

parâmetros da eficiência ou ineficiência da gestão de segurança e saúde do

trabalho de uma empresa, o dimensionamento ocorre através da equação (1.1)

(ABNT-14280, 2001).

Considerada como uma ótima possibilidade de avaliar a eficácia do trabalho

de segurança na empresa, pois, representa o número de acidentes por milhão de

horas-homem de exposição ao risco em determinado período.

Também vale ressaltar que a própria ABNT NBR 14.280/2001 sugere que

acidentes de trabalho com afastamento e sem afastamento não sejam feitos no

mesmo cálculo. Sugerindo que o dimensionamento dos acidentes com afastamento

e sem afastamentos sejam calculados de forma separada.

A fórmula utilizada é:

TF =N . 1.000.00

H

Equação (1.1)

1

10

30

600

30.000

Lesão grave

Lesão leve

Danos à propriedade

Quase acidentes

Desvios comportamentais

Pirâmide de Acidentes

27

Onde:

TF = Taxa de Frequência.

N = Números de Acidentados: levar em consideração somente os com

afastamento ou os sem afastamento. Podendo ser ambos concomitantemente.

H = Horas Homens de Exposição ao Risco: refere-se ao período de horas

trabalhadas pelos empregados no período determinado para o cálculo.

Após efetuação do cálculo referente a taxa de frequência pode-se analisar

os resultados segundo parâmetros da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Segue abaixo as definições apresentadas pela mesma.

Tabela 3 – Parâmetros para a taxa de frequência

Definições

Taxa de frequência = Até 20

Muito bom

Taxa de frequência = De 20,1 a 40 Bom

Taxa de frequência = De 40,1 a 60 Taxa de frequência = Acima de 60

Ruim

Péssima

Fonte: Autor, 2018.

2.5 Taxa de gravidade

A taxa está relacionada a estimativa da gravidade dos acidentes de

segurança e saúde no trabalho ocorridos, levando em conta os acidentes com

afastamento e dimensionados a partir da equação (1.2) (ABNT-14280, 2001). A

mesma leva em consideração o tempo do acidente com afastamento, fazendo com

que, quanto maior o afastamento maior será a gravidade do acidente.

A ABNT NBR 14.280/2001 determinou a taxa de gravidade como o tempo

computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco em determinado

período, indicando quantos dias de trabalho foram perdidos por afastamento (ligado

28

ao acidente ou doença do trabalho), incapacidade permanente ou morte para cada

1 milhão de horas de trabalho na empresa em determinado período.

Portanto, a taxa de gravidade pode refletir qualquer período de tempo, desde

uma semana de trabalho, um mês, um ano ou uma década. Tornando-se essencial

para que as empresas avaliem a gravidade dos riscos os quais seus trabalhadores

estão expostos, analisando se as medidas de segurança e saúde no trabalho estão

de fato eficazes.

A fórmula utilizada é:

TG =D . 1.000.00

H

Equação (1.2)

Onde:

TG = Taxa de Gravidade.

D = Dias Perdidos + Dias Debitados: em alguns acidentes pode ocorrer somente

os dias perdidos ou dias debitados

H = Horas Homens de Exposição ao Risco: o período de horas trabalhadas pelos

empregados no período determinado para o cálculo.

Ao passo que se calcula a taxa de frequência deve-se analisar a taxa de

gravidade a partir de alguns parâmetros disponibilizados pela após OIT. Segue

abaixo as definições apresentadas pela mesma.

29

Tabela 4 – Parâmetros para a taxa de gravidade

Definições

Taxa de gravidade = Até 500

Muito bom

Taxa de gravidade = De 500,01 a 1.000 Bom

Taxa de gravidade = De 1.000,01 a 2.000

Taxa de gravidade = Acima de 2.000

Ruim

Péssima

Fonte: Autor, 2018.

2.6 Custo de obra e implantação junto às políticas de segurança do trabalho

Devido a não existência de alguns recursos, os orçamentos se tornam

econômicos, pois para sua produção há um dispêndio de matéria, energia e tempo,

sendo assim, o valor agregado correspondente aos custos (AZEVEDO, 1985 apud

SILVA, 2009). A seguir pode-se identificar alguns fatores que estão relacionados

diretamente aos custos de uma obra (MATTOS, 2006 apud GONÇALVES, 2011):

1. Definições técnicas: projetos de diversas áreas, como o projeto arquitetônico,

estrutural, de instalações, entre outros que são compostos de plantas baixas,

cortes, detalhes que permitem maior destaque, tabelas, quadros, etc. e

especificações técnicas que definem qualitativamente os materiais que serão

empregados, padrões de qualidade e aceitação dos serviços, ensaios a serem

realizados, resistências dos materiais e outros.

2. Quantitativos dos serviços: uma etapa muito importante nos orçamentos, pois

um erro pode acarretar falta de recursos, excedendo um orçamento previsto ou ter

como consequência a inviabilidade de uma obra. O levantamento de quantidade é

realizado através de projetos já especificados acima, onde são calculadas áreas

(pintura), volumes (concreto), pesos (aço), quantidades lineares (tubulação) dos

serviços através das dimensões e características técnicas apresentadas, sendo

que alguns serviços são adimensionais, ou seja, 5 são calculados pela contagem,

30

por exemplo, número de torneiras, luminária e outros. É de extrema importância o

memorial de cálculo para possíveis conferências, inclusive por outras pessoas que

não realizaram o levantamento.

3. Produtividade: reflete efeitos diretos na composição de custos. Por exemplo, a

mão de obra (servente) para execução do serviço de demolição de piso cimentado

pelo TCPO9 – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos - são

necessárias 1,30 h/m², pelo Informador das Construções são necessárias 1,10 h/m²

(TCPO,2003), assim, essa diferença de índices pode ser sanada através de

levantamentos reais em campo, apropriando os índices as empresas executoras

dos serviços podem otimizar custos em relação à produtividade ou podem propor

metas de desempenho para as equipes.

4. Cotação dos preços dos insumos: para execução direta dos serviços de uma

obra, são necessários os materiais, equipamentos e mão de obra que são os

insumos de uma composição de um serviço, conforme tabela 1. Os materiais, em

algumas obras de edificações, representam muitas vezes mais da metade do custo

unitário de um serviço, dessa forma, é importante uma maior atenção para cotação

desses insumos.

Quadro 2 – Exemplo de composição de serviço

Composição de serviço - execução de alvenaria com bloco cerâmico 9x19x24 cm

Insumos Unid. Quant. Custo Unid.

Custo Total

Bloco cerâmico, de vedação, 6 furos horizontais,

Dim. 9x19x24 cm Unid. 38 0,46 17,48

Pedreiro H 1,5 6,25 9,38

Servente H 0,75 4,34 3,26

Argamassa industrializada AC -I, Votomassa ou similar

Kg 16 0,39 6,24

Encargos Complementares -Servente

H 0,75 2,47 1,85

Encargos Complementares - Pedreiro

H 1,5 2,41 3,62

Totais

Equipamentos Materiais Mão-de-

obra Enc.

Social Terceiros

Valor Total

- 27,3 13,12 14,99 0,95 56,36

Fonte: Autor, 2018.

31

2.7 Orçamento de obras

No que se refere ao orçamento de obras o mesmo pode se classificar em

três, conforme o grau de detalhamento (MATTOS, 2006 apud GONÇALVES, 2011):

a) Estimativa de custo: estima o custo de um empreendimento, isto é, custo

aproximado partindo de indicadores históricos ou calculando a partir de projetos

parecidos;

b) Orçamento preliminar: mais detalhado que a estimativa de custo, através do

levantamento de algumas quantidades e de cotações de preços;

c) Orçamento analítico: orçamento detalhado, próximo da realidade da obra,

calculado através de composições de custos de todos os serviços e cotações dos

mesmos.

Em grandes organizações existem setores dedicados exclusivamente a

preparar orçamentos para concorrências. Informações de obras passadas são

utilizadas como subsídio para novas composições de custos, que são elaboradas

com programas específicos de computador. Em empresas menores, em geral o

próprio construtor faz a estimativa, muitas vezes sem grandes detalhes, baseando-

se tão somente na experiência adquirida pela execução repetida dos serviços

similares. O que se nota claramente é que, quanto maior o conhecimento prático

de quem orça, maior a probabilidade de o orçamento estar apurado e menor a

chance de que frustrações futuras ocorram na obra (MATTOS, 2006).

Atualmente algumas construtoras se preocupam muito com o ótimo

desempenho dos seus empreendimentos e a busca por atingir a melhor qualidade

necessária. É preciso mais do que controlar o produto deve-se controlar o processo.

Figura 4 – Representação componentes do orçamento Fonte: Autor, 2018

Custos diretos

Custos indiretos

Administração central

Custo financeiro

Imprevistos

32

O controle da qualidade e garantia desta que busca identificar se a empresa utiliza

de ações para determinar se as atividades estão de acordo com a política da

empresa.

Na realidade atual do mercado da construção civil é merecido um enfoque

nas parcelas de mão de obra: sejam diretas, sejam indiretas, devem ser estimadas

com a máxima precisão (THOMÉ, 2016).

As taxas das leis sociais na construção civil têm uma composição bastante

característica, todos os gastos que as empresas consideravam de caráter

voluntário eram lançados como despesas indiretas, a obrigatoriedade de

pagamento gratuito de gratuidade do transporte, alimentação, fornecimento de EPIs

todos contabilizados por meio de encargos complementares. Para composição de

preço para o EPI, formula-se considerando custo médio mensal por operário ou

trabalhador.

Quadro 3 – Representação divisão dos custos diretos e indiretos

Fonte: Thomé, 2016.

Saber a diferença entre os tipos de mão de obra na hora de dimensionar os

custos no orçamento de um empreendimento é de fundamental importância.

Assim, quanto mais cara a mão de obra, mais alto será o custo estimado do

projeto. Existem uma série de outros fatores que impactam no valor final da obra,

mas o custo da mão de obra empregada é decisivo para que a construtora possa

definir com convicção e segurança o preço final, sem correr o risco de ficar no

vermelho ao longo da execução e, ao fim, acumular prejuízo (THOMÉ, 2016).

33

2 METODOLOGIA

Este capítulo visa descrever o desenvolvimento geral do trabalho,

procedimento de análise das características necessárias para aquisição de

discussões e resultados, bem como indicando localização e métodos aplicados a

pesquisa sobre um determinado tema.

3.1 Local da Pesquisa

A pesquisa aconteceu na cidade de Maceió, em cinco obras de uma empresa

do segmento construtivo, manutenção e reforma de órgãos públicos, que utiliza e

incentiva a prática de segurança e saúde no trabalho em seus canteiros de obras.

3.2 Amostra

A amostra da pesquisa foi retirada do banco de dados de uma empresa de

Maceió. Elaborando através da junção de dados gerados pela mesma e aplicando

processos de segurança em seu procedimento construtivo, benefícios e

dificuldades que geram para sua implantação.

3.3 Procedimentos

Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, com dados

levantados em publicações em livros, revistas, e artigos, procurando conhecer e

analisar as contribuições científicas do passado e atuais sobre o tema, foram

conhecidas e analisadas. Ficando decidido que a realização da pesquisa, seria na

base do site Scielo (Scientific Electronic Library Online), e CAPES (Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível superior). Tendo a mesma se concretizado

através da consulta ao banco de dados da empresa localizada em Maceió-Alagoas.

Na pesquisa descritiva foi realizado o estudo, a análise, o registro e a

interpretação dos fatos sem a interferência dos pesquisadores, e, a partir de dados

pré-existentes.

A coleta dos dados ocorreu, entre agosto de 2016 e janeiro de 2018.

34

Após o levantamento e análise dos dados obtidos na empresa, cujo o objeto

é a manutenção e reformas em órgãos públicos, foi realizado um comparativo entre

a situação antes e depois da implantação das políticas de segurança e saúde no

trabalho.

35

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao realizar análise das etapas do processo de implantação da política de

segurança, foi possível obter uma percepção de como a saúde e segurança do

trabalho é gerenciada na empresa, bem como sua aplicação e seus benefícios.

Durante o estudo comparativo realizado através dos dados dos anos de 2016 (Sem

implantação) e 2017 (Com implantação) pôde-se observar através dos gráficos 1 e

2 a demanda de acidentes no trabalho ocorridos nestes anos.

Os gráficos 1 e 2 mostram o número de acidentes com e sem afastamento

nos anos de 2016 e 2017. Considerou-se que nestes anos aconteceram

respectivamente 34 e 19 acidentes de trabalho com afastamento, e a linha

representativa de tendência de 2017 mostra uma redução de acidentes

comparados ao ano de 2016, nesse aspecto com inserção da política de segurança

a tendência será de se manter esse indicador constantemente.

Gráfico 1 – Representação dos acidentes com afastamento e sem afastamento (2016).

Fonte: Autor, 2018.

32

0

2

0

21

01

01

00

23 3

1 1 1 0 12

1 10

2

4

6

8

10

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2016

ACIDENTES DE TRABALHO COM E SEM AFASTAMENTO

ACIDENTES COM AFASTAMENTO ACIDENTES SEM AFASTAMENTO TOTAL DE ACIDENTES

36

Gráfico 2 – Representação dos acidentes com afastamento e sem afastamento (2017)

Fonte: Autor, 2018.

Visando identificar a frequência dos acidentes ocorridos nos anos anteriores,

observou-se a taxa de frequência, identificando o número de acidentes por milhão

de horas-homem de exposição ao risco por determinado período (ABNT-14280,

2001). Através deste resultado, foi possível verificar que o ano de 2016 teve altos

índices de acidentes de trabalho com enfoque no mês de abril; este com maior

índice de acidentes ocorrido. Já no ano de 2017 obteve-se um bom resultado

esperado e uma melhora significativa quanto às taxas de frequências (ver gráfico

2).

Segundo a OIT (Organização internacional do Trabalho) a recomendação

dos seguintes parâmetros para as taxas de frequência são: caso os resultados

forem até 20 é considerado muito bom e acima de 60 é acatado frequência péssima.

Conforme exposto no gráfico 3 pôde-se observar que em 2016 cerca de

quatro meses (janeiro, fevereiro, abril e setembro) apresentaram taxas de

frequências totais consideradas ruins, ou seja, acima do limite permitido; entretanto

a média no ano se classificou em aproximadamente 49. Em comparação com o ano

de 2017 (ver gráfico 4), houve uma redução significativa destas taxas onde todos

os meses permaneceram em frequência boa, com uma média de aproximadamente

25, reduzindo cerca de 32,5% entre os anos de 2016 e 2017.

12

10 0

32

0 0 01

0 0 0 1 1 0 1 0

2

100

2

4

6

8

10

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2017

ACIDENTES DE TRABALHO COM E SEM AFASTAMENTO

ACIDENTES COM AFASTAMENTO ACIDENTES SEM AFASTAMENTO TOTAL DE ACIDENTES

37

Gráfico 3 – Taxa de frequência, 2016

Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 4 – Taxa de frequência, 2017

Fonte: Autor, 2018.

A taxa de gravidade pode ser o reflexo de qualquer período de tempo

trabalhado, seja uma semana ou até mesmo uma década. É uma estimativa da

qualidade das políticas de segurança adotadas, avaliando a eficácia do trabalho de

segurança na empresa. Sabendo disso, a mesma torna-se essencial para que seja

possível avaliar qual a previsão de dias perdidos para cada acidente ocorrido na

71,02

109,2

54,55

90,55

18,11

50,13

32,47

0,00

78,37

31,13

31,57

15,51

0

20

40

60

80

100

120

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Taxa Frequência Total2016

44,56

50,69

15,46

15,7816,96

50,13 52,65

0,00

15,67 15,57

15,05

0,000

20

40

60

80

100

120

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Taxa Frequência Total2017

38

empresa. Pode-se observar entre os gráficos 5 e 6 maiores índices de gravidade

no ano de 2016, onde o mês de julho apresentou-se com maiores dias perdidos na

empresa.

Gráfico 5 – Taxa de Gravidade - 2016

Fonte: Autor, 2018.

Gráfico 6 – Taxa de Gravidade - 2017

Fonte: Autor, 2018.

696,02

699,30

272,73

543,28

235,42

334,22

779,22

0,00

501,57

233,50

63,13

15,51

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900,00

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Gravidade

341,65

388,64

185,53

205,18

542,74

334,22

52,65

519,03

235,11

155,67

105,36

0,00

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 700,00 800,00 900,00

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Gravidade

39

Analisando os custos separadamente, verifica-se em 2016 que o maior valor

sobressai por perda na produtividade, e maiores custos no empreendimento quanto

a exames médicos e procedimentos laboratoriais, para assim garantir o retorno dos

colaboradores sofridos.

Os gráficos 7 e 8 apresentam um resumo per capita com segurança

representando os investimentos, custos com prevenção de acidentes do trabalho e

ocorrências com reabilitações estimados nos anos de 2016 e 2017. Como os

acidentes de trabalho e doenças ocupacionais podem apresentar crescimento ou

redução dos índices de custos de uma empresa, a soma destes pode impactar

quanto ao custo global do empreendimento.

Gráfico 7 – Representação do gasto per capita com segurança - 2016

Fonte: Autor, 2018.

R$ 23

R$ 260

R$ 12R$ 9R$ 26

R$ 14

R$ 168

R$ 13R$ 8 R$ 3 R$ 2 R$ 3

R$ 0

R$ 50

R$ 100

R$ 150

R$ 200

R$ 250

R$ 300

CU

STO

/OP

ERÁ

RIO

CUSTOS COM SEGURANÇA DO TRABALHO

CUSTO COM PREVENÇÃO DEACIDENTES DO TRABALHO EDOENÇA OCUPACIONAL PER CAPITA(R$)

CUSTO COM OCORRÊNCIA EREABILITAÇÃO DE ACIDENTES DOTRABALHO E DOENÇAOCUPACIONAL PER CAPITA (R$)

40

Gráfico 8 – Representação do gasto per capita com segurança - 2017

Fonte: Autor, 2018.

É evidente no ano de 2016, que os custos em segurança do trabalho por

operário, através de equipamentos de proteção, palestras e programas de

prevenção, ocorrências e reabilitações de colaboradores geraram um índice

elevado nos custos, e ao mesmo tempo queda na produtividade devido ao número

de afastamentos dos colaboradores, gerando um custo médio de R$ 139.000 no

ano. Já em 2017, os custos reduziram cerca de 28% levando em consideração a

prevenção de acidentes, reabilitação de acidentes e doença ocupacional, gerando

um custo médio de R$ 100.000 no ano.

R$ 25

R$ 57

R$ 11R$ 8 R$ 6

R$ 85

R$ 15R$ 4 R$ 8

R$ 64

R$ 2 R$ 3R$ 0

R$ 50

R$ 100

R$ 150

R$ 200

R$ 250

R$ 300

CU

STO

/OP

ERÁ

RIO

CUSTOS COM SEGURANÇA DO TRABALHO

CUSTO COM PREVENÇÃO DEACIDENTES DO TRABALHO EDOENÇA OCUPACIONAL PER CAPITA(R$)

CUSTO COM OCORRÊNCIA EREABILITAÇÃO DE ACIDENTES DOTRABALHO E DOENÇAOCUPACIONAL PER CAPITA (R$)

41

5 CONCLUSÃO

A busca do conhecimento motivou o estudo sobre as implicações na

implantação de políticas de segurança e saúde do trabalho integrado a

produtividade na área de engenharia civil. Para tanto, buscou embasamento em

históricos de aplicação de tais políticas, estudando as principais normas

regulamentadoras voltadas à construção civil, com ênfase em obras públicas.

Para atender as exigências do mercado imobiliário, onde a competitividade

e produtividade são os diferenciais, houve a necessidade da implantação de

processos que viessem a atender aos amplos serviços, resultando desta forma na

redução de custos e satisfação plena dos clientes finais do setor da construção civil.

Neste sentido, percebe-se que as dificuldades são impactantes iniciando

quase sempre, com a inadequação do canteiro de obra, onde as empresas

desejando atingir a superioridade no competitivo mercado da construção civil,

focam no lucro e acabam descuidando-se das nuances do processo produtivo.

Por conseguinte, após análise das etapas do processo de implantação, com

amostra retirada do banco de dados de uma empresa em atividade, pode-se

observar no estudo comparativo que, após a implantação, para um efetivo médio

anual de duzentos e setenta trabalhadores, resultou em 15 acidentes de trabalho

com incapacidade temporária e um total de cento e vinte e dois dias perdidos no

ano de 2017; visto que, em 2016 para um efeito de duzentos e noventa e cinco

trabalhadores, ocorreram vinte e oito acidentes com incapacidade temporária,

gerando uma média de duzentos e cinquenta dias perdidos por acidentes com

incapacidade temporária, ou seja, houve uma redução significativa de 35% em

relação ao número de acidentes e incidentes, de um ano em relação ao outro.

Fica evidenciado que a partir da aplicação das políticas de segurança

resultou em diversos benefícios, enfatizando a redução dos custos e despesas

médicas, onde o afastamento de parcela da mão de obra, não interferiu no quadro

técnico produtivo da empresa.

Constatou-se que eliminadas todas as dificuldades já referidas e estudadas,

implantada a política de segurança e saúde no trabalho na área de engenharia civil,

essa opção, tendera a se constituir em um investimento seguro para a empresa,

visto que, um adequado planejamento e término das obras nos prazos previstos,

42

resultará na redução dos custos, na garantia da integridade física e mental dos

colaboradores e satisfação dos clientes.

Portanto, ao final desta pesquisa os objetivos a que se propôs o presente

trabalho, foram alcançados, no entanto, se faz necessário, um estudo em maior

profundidade que, venha esclarecer dúvidas, propiciando o êxito de futuras

empreitadas acadêmicas, propiciando aos discentes uma visão mais ampla sobre

o referido tema. Vale ressaltar que, as entidades da classe da Engenharia Civil

poderiam fomentar através dos resultados existentes, mais pesquisas e congressos

no âmbito acadêmico sobre o tema estudado, pois o mesmo possui escassez

considerável de pesquisas.

43

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA BRASIL. Brasil é o 4º no Mundo em Acidentes de Trabalho. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/brasil-e-quarto-do-mundo-em-acidentes-de-trabalho-alertam-juizes>. Acesso em 25 Mar. 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14.280: Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação. Rio de Janeiro. 2001. Disponível em: < http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=002449>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Lei 6514/77, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6514.htm>. Acesso em 27 Fev. 2018. BRASIL. Portaria nº 3214, de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em: <

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf>. Acesso em 27 Fev. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 01 – Disposições Gerais. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR1.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 03 – Embargo ou Interdição. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR3.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 04 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR4.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 05 – Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 06– Equipamentos de proteção individual. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2010. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017.

44

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 07 – Programa de controle médico de saúde ocupacional. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2013. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR7.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 08 – Edificações. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR8.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 – Programa de prevenção de riscos ambientais. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2014. Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR9.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em: <

http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR18.pdf>. Acesso em: 17 Dez. 2017. CAPPENELE et al. Análise de incidência de mortes por choques elétricos notificados no SUS no período 2009-2013. Rev. Laborativa, v.5, n2, p. 13-26, out./2016. Disponível em: <ojs.unifesp.br/index.php/laborativa>. Acesso em 28 Fev. 2018. CÔRTES, D.S. Um sistema de gestão da segurança do trabalho alinhado à

produtividade e à integridade dos colaboradores. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2006. 57 p. Disponível em: < http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2006_3_Diogo-Cortes.pdf >.Acesso em 14 Mar. 2018. CPN. Manual de Treinamento NR 10. Tradução de João Carlos de Miranda Júnior. São Paulo: CPFL, 2015. 276 p. Disponível em: <

https://www.cpfl.com/arquivo/21344861/apostila-nr10-curso-completo>. Acesso em 28 Fev. 2018. DÓREA, A.M. Como dimensionar a mão de obra de segurança do trabalho. jun. 2016. Disponível em: <http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/como-dimensionar-a-mao-de-obra-de-seguranca-do-trabalho-371614-1.aspx>. Acesso em 02 Mar. 2018. GONÇALVES, Cilene Maria Marques. Método para gestão do custo da construção no processo de projeto de edificações. 2011. 166f. Dissertação

45

(Mestrado em Engenharia de Construção Civil e Urbana) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. doi:10.11606/D.3.2011.tde-06052011-134259. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-06052011-134259/pt-br.php >. Acesso em 26 Abr. 2018. IBGE. Serviços e Investimentos na construção civil caem 16,5% em 2015. Disponível em:<http://www.valor.com.br/brasil/5012208/ibge-servicos-e-investimentos-na-construcao-civil-caem-165-em-2015>. Acesso em 15 Ago. 2017. INBEP. Normas regulamentadoras: o que são e como surgiram? Disponível em: http://blog.inbep.com.br/normas-regulamentadoras-nrs-o-que-e/>. Acesso em 27 Fev. 2018. ISC. NR 10 Segurança em Instalações Desenergizadas. set. 2011. Disponível em: < https://www.institutosc.com.br/web/blog/nr-10-comentada-07-nr10-seguranca-em-instalacoes-eletricas-energizadas>. Acesso em 15 Mar. 2018.MATTOS, A.D. Como preparar orçamentos de obras. 1ª ed. São Paulo: Pini, 2006. 286 p. MATTOS, A.D. Como preparar orçamentos de obras. 1ª ed. São Paulo: Pini, 2006. 286 p. MENDES, M.R.A. Prevenção dos acidentes nos trabalhos em altura. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013. 61 p. Disponível em: <http://www.ufjf.br/engenhariacivil/files/2012/10/TCC_Seg_Trabalho_-_M%C3%A1rcio_Mendes.pdf>. Acesso em 14 Mar. 2018. MINISTÉRIO DA FAZENDA. Estatística de acidentes de trabalho no Brasil. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/2018/04/anuario-acidentes-de-trabalho-apresentam-queda-de-7-em-2016/. Acesso em 21 Fev. 2018. MOTERLE, N. A Importância da Segurança do Trabalho na Construção Civil: um estudo de caso em um canteiro de obra na cidade de Pato Branco – PR. 2014. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2014. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5688/1/PB_CEEST_V_2014_27.pdf>. Acesso em 05 Mar. 2018. OMS. Estabelecendo um diálogo sobre riscos de campos eletromagnéticos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: < http://portalms.saude.gov.br/component/tags/tag/oms>. Acesso em 14 Mar 2018. OIT. Organização Internacional do trabalho. Disponível em: < http://www.oitbrasil.org.br>. Acesso em 14 Mar 2018.

46

PEREIRA, J.G; SOUSA, J.J.B. Manual de auxílio na interpretação e aplicação da NR 10. São Paulo: Seção de Segurança e Saúde no Trabalho – SEGUR/SP, 2010, 100 p. Disponível em: < https://www.martinsfontespaulista.com.br/manual-de-auxilio-na-interpretacao-e-aplicacao-da-nova-nr-10-nr-10-comentada-309208.aspx/p>. Acesso em 21 Fev. 2018. SILVA, S.M.V. Controle de Custos de Obras. (Especialização) Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-9AAK6P/monografia_controle_de_custos_de_obras.pdf?sequence=1>. Acesso em 12 Mar. 2018.

SISTEMA DE GESTÃO VOTORANTIM. Manual do Observador. 1. ed. Juiz de Fora: VOTORANTIM METAIS, 2005. TCPO. Tabela de Composição de preço para Orçamento. São Paulo: PINI, 2003. 441p THOMÉ, B.B. Orçamento na construção civil: como dimensionar os custos indiretos de mão de obra? Florianópolis, SC: SOFTPLAN, 2016. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/orcamento-na-construcao-civil-custos-indiretos-de-mao-de-obra/>. Acesso em 11 Mar 2018.

47

ANEXO I

48

ANEXO II