IMPLANTAÇÃO DO PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE SÃO …licenciamento.ibama.gov.br/Hidreletricas/Sao...
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UHE SÃO MANOEL
25 - 1
IMPLANTAÇÃO DO PROJETO BÁSICO
AMBIENTAL UHE SÃO MANOEL
PROGRAMA DE TRANSPOSIÇÃO DA
ICTIOFAUNA
RELATÓRIO CONSOLIDADO
Relatório Consolidado, referente ao Acompanhamento do
Programa de Transposição da Ictiofauna. Fase de
Instalação. Período: de agosto/2014 a dezembro/2016.
Licença de Instalação - LI nº. 1017/2014 – IBAMA
Processo n. 02001.004420/2007-65.
FEVEREIRO - 2017
UHE SÃO MANOEL
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EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO,
ACOMPANHAMENTO E GESTÃO DO PROGRAMA
Nome Cargo
Assinatura
MSc. Thiago Millani Gestor Operacional de Meio
Ambiente
1.1.1
UHE SÃO MANOEL
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5 1.
ATIVIDADES REALIZADAS NO PERIODO.............................................................................. 6 2.
ATENDIMENTO AS METAS E INDICADORES ........................................................................ 8 3.
RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................... 10 4.
JUSTIFICATIVA (ANÁLISE DE CONFORMIDADE) ............................................................... 10 5.
CRONOGRAMA - PREVISTO E EXECUTADO ...................................................................... 11 6.
PROPOSTA DE CONTINUIDADE – FASE DE OPERAÇÃO .................................................. 12 7.
ANEXOS ................................................................................................................................. 12 8.
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LISTA DE FIGURAS
Figura - 1: Imagens da tubulação de abastecimento
Figura - 2: Posicionamento da entrada do sistema de atração e captura
LISTA DE QUADROS
Quadro - 1: Status de atendimento dos objetivos estabelecidos no programa
Quadro - 2: Status de atendimento das metas e indicadores estabelecidos no programa
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INTRODUÇÃO 1.
O presente documento visa contextualizar o tema transposição em função do cronograma de
implantação do empreendimento, bem como direcionar esforços na análise dos resultados dos
programas correlacionados de forma a propor uma alternativa que atenda as premissas que
cercam a transposição de peixes na UHE São Manoel.
Para entender as restrições que o empreendimento tem para a instalação de um Sistema de
Transposição de Peixes no corpo da barragem, com saída para o reservatório, podemos
destacar dois fatos:
1. A inexistência de tributários laterais de porte relevante no trecho a ser ocupado pelo
futuro reservatório da UHE São Manoel não permite antever a possibilidade de que esse trecho
comporte populações autossustentáveis de espécies migradoras de longa distância. Nesse
caso, uma escada ou elevador de peixes convencionais, incorporados à barragem, promoveria
a atração de reprodutores de áreas em que poderiam reproduzir com sucesso (ex.: rios São
Benedito e Apiacás) para trechos onde isso seria inviável, com poucas chances de retorno ao
trecho a jusante. Essas condições permitiriam caracterizar o sistema de transposição como
uma “armadilha ecológica” (Pelicice & Agostinho, 2008), ou seja, responsável por promover um
impacto adicional sobre um grupo de espécies (migradoras) que, em geral, já é o mais afetado
por represamentos (Agostinho et al., 2016).
2. As espécies migradoras eventualmente transpostas para o reservatório da UHE São
Manoel (sem locais de desova e desenvolvimento inicial) não teriam chances de serem
transpostas para trechos superiores da bacia. Além da barreira representada pelas corredeiras
de Sete Quedas, que permitia passagens esporádicas de apenas alguns peixes migradores, a
construção da barragem da UHE Teles Pires eliminou em definitivo essa possibilidade.
Como mencionado, o conhecimento disponível até o momento, não permite detalhar a melhor
estratégia para a transposição de peixes para UHE São Manoel e dimensionar as estruturas
que deverão ser utilizadas para a atração e captura destes com o mínimo de estresse. Assim,
embora seja certo que transposição deverá ser realizada, há ainda dúvidas em relação às
espécies e a quantidade de peixes que serão envolvidas nesse processo. As espécies que
devem alcançar os trechos a montante das corredeiras de Sete Quedas são aquelas que
comprovadamente conseguiam ascender esses obstáculos antes da construção da barragem
da UHE Teles Pires. Os estudos de genética e radio-telemetria realizados até o momento
mostram que apenas a curimatã Prochilodus nigricans e o jaú Zungaro zungaro foram bem-
sucedidos nessa passagem. É possível que novas espécies sejam somadas a essas duas
pelos estudos de genética em andamento em desenvolvimento pelos dois empreendimentos
(UHE São Manoel e UHE Teles Pires). Entretanto, a passagem de espécies que anteriormente
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não superavam esses obstáculos não deva ser feita, dado que isso poderia se configurar como
introdução de espécies ou de um pool gênico diferente, com reflexos indesejáveis sobre a
conservação, representando um impacto adicional.
Considerando os longos trechos livres de rio, ainda bem conservados, a montante do
reservatório da UHE Teles Pires (>300 km) e a jusante da barragem da UHE São Manoel, é
esperado que populações autossustentáveis se mantenham nesses segmentos da bacia.
Nesse caso, o tamanho das populações dependerá da capacidade de suporte (ou biogênica)
desses trechos, e certamente prescindirá da manipulação demográfica por transposição. Dessa
maneira, as passagens controladas e com objetivos exclusivamente genéticos, deverão ser
promovidas. Essa meta pode ser alcançada com a passagem de algumas dezenas de casais.
Dessa maneira, as alternativas de captura para a transposição poderiam se estender desde a
pesca seletiva até o elevador, passando por escadas.
ATIVIDADES REALIZADAS NO PERIODO 2.
Face ao progresso na construção da barragem da UHE São Manoel e a demanda de um maior
tempo para a definição do tipo do sistema de transposição de peixes, algumas medidas foram
tomadas.
2.1 Tomada d’água
Conforme informado em relatório anteriores, foi previsto um sistema de adução (com
capacidade de vazão de 8m3/s), incorporado à barragem, com controle de vazão para
abastecimento de eventual STP. O desenho da localização da tubulação da tomada d’água na
barragem é apresentado no Anexo I. Considerando que a saída da tubulação da, a jusante do
barramento, estava localizada na cota 134m, fez-se necessário o alteamento dessa tubulação
a jusante antes da concepção do desvio de segunda fase, uma vez que após o desvio essa
área seria alagada durante a maior parte do ano.
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Figura 3: Imagens da tubulação de abastecimento.
2.2 Proposta de Sistema de Atração e Captura
Cronograma de construção requer decisões rápidas, especialmente sobre eventuais obras nas
áreas a serem submersas. No entanto, o início da construção de um Sistema de Transposição
nesse momento pode resultar em desperdício de esforços e recursos. Embora sem a formação
necessária para detalhar alternativas de obras de atração e captura de peixes que pudessem
ser realizadas após o enchimento do reservatório, a situação ideal seria prover facilidades para
uma instalação de atração e captura posteriormente.
A atração e a localização são aspectos fundamentais ao sucesso de STP, qualquer que seja. A
primeira é realizada pela manipulação do fluxo da água na entrada dos peixes, que deve ser
competitivo com aquele da água onde ela se situa. A localização, por outro lado, deve ser
aquela que sabidamente um maior número de espécies alvo para a transposição se concentra.
Isso ocorre no canal de fuga e nele, nos trechos em que a velocidade da água se situa próximo
ao limiar da capacidade natatória dos peixes.
Como escadas e elevadores têm as mesmas demandas em relação a localização da entrada e
fluxo de atração, não é esperado que esses sirvam de critério para definir o mecanismo que
melhor se ajusta. Entretanto, como não há muitas alternativas locacionais para entrada do
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mecanismo, qualquer que seja ele, o espaço disponível nas margens nas imediações do canal
de fuga pode ser decisivo na escolha.
Diante desse cenário, optou-se por posicionar a entrada do proposto sistema nas imediações
do canal de fuga. Como esse local após o desvio ficaria inacessível, a entrada do sistema de
atração foi construída até a cota 142m, o que permite a continuidade de sua implantação após
o desvio caso essa alternativa se mostre viável após análise dos dados dos estudos em
andamento.
Em atenção ao cronograma do Programa de Transposição da Ictiofauna, um pré-projeto de
sistema de atração e captura de peixes foi elaborado e segue para conhecimento no Anexo II.
Ressalta-se que essa estrutura é apenas uma proposta e só será implantada caso os estudos
apontem sua viabilidade e seja de consenso entre os especialistas que auxiliarão na definição
do tema.
Figura 4: Posicionamento da entrada do sistema de atração e captura.
ATENDIMENTO AS METAS E INDICADORES 3.
A seguir (Quadro 1) são apresentadas as informações referentes aos objetivos estabelecidos
no Programa de Transposição da Ictiofauna.
Quadro 1: Status de atendimento dos objetivos estabelecidos no programa.
OBJETIVOS GERAIS DO PBA STATUS DE ATENDIMENTO
Elaborar um projeto que identifique a necessidade da implantação de um sistema de transposição de peixes (STP) junto a UHE São Manoel que permita o deslocamento de jusante para montante de espécies-alvo e a seleção de espécies e biomassa transposta
Em atendimento
Avaliar a necessidade de instalação de um STP Em atendimento
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OBJETIVOS GERAIS DO PBA STATUS DE ATENDIMENTO
junto à UHE São Manoel com base nos dados obtidos neste Programa e nos Programas de Telemetria e Marcação de Peixes e de Monitoramento da Ictiofauna
Identificar o comportamento de peixes próximo ao eixo da UHE São Manoel na fase pré-enchimento
Em atendimento
Avaliar os possíveis efeitos deletérios da transposição de espécies indesejáveis para os trechos a montante da barragem
Em atendimento
Apontar o tipo de STP mais adequado para instalação na UHE São Manoel com base em critérios de atração, facilidade de ascensão, gasto energético, entre outros
Em atendimento
Determinar as espécies e biomassa a serem transpostas pelo mecanismo a ser definido, bem como protocolos de operação para o mecanismo
Em atendimento
Identificar os efeitos de parâmetros como temperatura, turbidez, vazão e velocidade da água sobre o deslocamento das espécies;
Em atendimento
Identificar o possível retorno de peixes para jusante através do STP.
Em atendimento
O Quadro 2 apresenta o status de atendimento obtido até o momento para as metas e
indicadores de desempenho do programa.
Quadro 2: Status de atendimento das metas e indicadores estabelecidos no programa.
METAS INDICADORES STATUS DE ATENDIMENTO
Obtenção de uma definição sobre a necessidade ou não da realização da transposição de peixes e das espécies de peixes para as quais a transposição pode vir a ser desejável, até o terceiro ano de implantação do empreendimento
Posicionamento em relação à necessidade ou não da realização da transposição de peixes e das espécies de peixes para as quais a transposição pode vir a ser desejável
Não previsto para o período
Definição, caso necessário, do sistema mais adequado para a transposição de espécies alvo até o terceiro ano de implantação do empreendimento
Definição, caso necessário, de um sistema adequado para a transposição de peixes
Não previsto para o período
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RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.
Está em desenvolvimento uma análise conjunta dos resultados levantados ao longo da
execução dos programas Monitoramento da Ictiofauna (P20), Programa de Telemetria e
Marcação da Ictiofauna (P24) e Programa de Investigação Genética da Ictiofauna (P21),
previstos no PBA da UHE São Manoel, e dos resultados levantados pela UHE Teles Pires
durante sua fase de implantação e operação até a presente data.
JUSTIFICATIVA (ANÁLISE DE CONFORMIDADE) 5.
Essa análise conjunta dos programas executados nesse trecho da bacia do rio Teles Pires
possbilitará uma análise integrada dos ponteciais impactos relacionados a ictiofauna devido a
implantação dos dois empreendimentos. Essa análise deverá nortear a discussão para a
tomada de decisão acerca da implantação de um Sistema de Transposição de Peixes.
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CRONOGRAMA - PREVISTO E EXECUTADO 6.
↓ ↓ ↓ ↓↓ ↓
P/R
P
R
P
R
P
R
P
R
P
R
Previsto
Ajustado
Realizado
OP ER A ÇÃ O
C OM ER C IA L
2018
T1 T2 T3 T4T2 T3 T4 T3
2017
T4T4 T1T1 T2 T3
2014
IM P LA N T A ÇÃ O
2015 2016
T1 T2 T3 T4 T2T1
Pre
vist
o/R
eal
izad
o
ETAPAS
Item Atividade
P25 - Programa de Transposição da Icitiofauna
1 Análise de dados dos programas relacionados ao monitoramento da ictiofauna
2 Avaliação da necessidade de implantação de um STP
3 Definição do STP mais adequado para UHE São Manoel
4 Elaboração do Projeto Básico para STP
5 Relatório Semestral
Atividades
Marcos
Ense
cad
eira
de
2ª
Fase
Ense
cad
eira
de
1ª
Fase
Co
mis
sio
nam
ento
Un
ida
de
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PROPOSTA DE CONTINUIDADE – FASE DE OPERAÇÃO 7.
Conforme informado no cronograma do programa de transposição de ictiofauna, a análise de dados
dos programas relacionados ao monitoramento da ictiofauna, vão até o 4º trimestre de 2018. Caso
haja necessidade de continuação do monitoramento, um novo cronograma será submetido para
avaliação e aprovação do IBAMA.
ANEXOS 8.
Anexo I: Desenho Tubulação de Tomada D’água
Anexo II: Pré-Projeto de Sistema de Atração e Captura