Impactos Ambientais - Complexo Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá.

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Complexo Lagunar Barra da Tijuca Grupo: Felipe Marina Mateus Tamiris

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Ao longo dos anos, o grande complexo lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, graças ao crescimento populacional, e descaso do governo, vem se tornado um ambiente degradado e com grande perda de sua fauna e flora.

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Complexo Lagunar Barra da Tijuca

Grupo: FelipeMarinaMateusTamiris

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É formado por três lagoas principais: Tijuca, Jacarepaguá e Marapendi, e a de Camorim, situada entre as lagoas da Tijuca e de Jacarepaguá.

COMPLEXO LAGUNAR BARRA DA TIJUCA

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A Bacia hidrográfica do complexo se estende por cerca de 280 Km² de área.

É composta por diversos rios que descem as vertentes dessas montanhas e deságuam nas lagoas.

Esses rios se ligam ao mar pelo canal da Barra da Tijuca (ou canal da Joatinga), permitindo a troca de água com o mar.

COMPLEXO LAGUNAR BARRA DA TIJUCA

Região Barra da Tijuca no município do Rio de Janeiro. Fonte: Modificado de IPP,2004

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Principais Problemas – Ocupação Urbana

Na cidade do Rio de Janeiro, o crescimento urbano tem se direcionado para a Zona Oeste, sobretudo, para a Baixada de Jacarepaguá, onde se insere a Região da Barra da Tijuca.

A recente ocupação urbana da região, a partir dos anos 70, vem transformando sua paisagem que era habitacional rural

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Principais Problemas – Ocupação Urbana

Por mais que o processo de urbanização na Barra da Tijuca se assemelhe ao de inúmeras localidades de cidades brasileiras, a ausência de sistema de saneamento ambiental regional para coletar e tratar os efluentes domésticos é evidente.

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Principais Problemas – Ocupação Urbana

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Principais Problemas – Ocupação Urbana

Das 513 favelas registradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Região Metropolitana, mais de 100 estão concentradas em apenas três bairros da Zona Oeste. Uma mudança e tanto para uma região que há 40 anos era quase um vazio no mapa.

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Principais Problemas – Saneamento Ambiental

A Baixada de Jacarepaguá, onde se insere a Região da Barra da Tijuca é, provavelmente, o maior exemplo da possível contradição entre desenvolvimento urbano e sustentabilidade ambiental. O resultado da

expansão urbana na região ausente de uma política pública de investimentos em infra-estruturas de saneamento é a degradação ambiental do Complexo Lagunar da Baixada de Jacarepaguá.

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Principais Problemas – Saneamento AmbientalO tema do equipamento

sanitário tornava-se urgente à medida que, surgiam problemas com relação às soluções dotadas para o destino do esgoto. Entretanto, esse processo de reivindicação assume maior importância a partir das discussões acerca da bitributação arcada pelos condomínios, pois os condomínios

além de arcar com a manutenção de suas compactas estações de tratamento de esgoto (ETE) continuavam a pagar taxas correspondentes ao esgotamento à Companhia Estadual de Água e Esgoto (CEDAE).

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Assoreamento no Sistema Lagunar

Devido à falta de fiscalização quanto à destinação de resíduos sólidos, efluentes que trazem grandes arrastos de areia e lixo das encostas que desembocam nessas lagoas, poluentes orgânicos também são lançados devido a falta de infra-estrutura básica de saneamento.

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Assoreamento no Sistema Lagunar

Atualmente, são lançados nas Lagoas despejos de esgoto sanitário “in natura”, despejos de resíduos sólidos, provenientes das favelas ao redor; despejos por rebaixamento do lençol d’água, decorrentes das construções à margem dos Canais. As construções despejam grande quantidade de areia nas margens, reduzindo a lâmina d’água, causando impactos na região, tais como, impedimento da navegabilidade dos rios; mortalidade dos peixes; prejuízos aos pescadores, como o desemprego ou redução da pesca; impedimento do direito de ir e vir dos moradores das ilhas próximas

Marés

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Além da poluição, isso ocasiona o assoreamento, que é a perda da coluna d'água devido ao depósito do lodo, parte sólida do esgoto, no fundo das lagoas — na Lagoa da Tijuca o assoreamento chega a 75% — e a proliferação de doenças de veiculação hídrica, principalmente em crianças.

Assoreamento no Sistema Lagunar

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Canal da Joatinga na maré vazante, mancha indicando floração de algas (cianobactérias) que conferem coloração verde a água

Esgoto e Poluição

As lagoas costeiras recebiam em 2007 3,2 mil litros de esgoto in natura por segundo.

Foi constatado que, antes da conclusão do emissário submarino, 1/3 da vazão do Canal da Joatinga correspondia a esgoto líquido.

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Apesar de haver rede de coleta de esgoto, não existe tratamento e muito menos disposição adequada dos efluentes. O esgoto é levado diretamente para um canal ou rio que deságua nas lagoas.

Esgoto e Poluição

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O lodo orgânico resulta em mau cheiro em razão da formação do gás sulfídrico no sedimento do fundo das lagoas. Além disso, a matéria orgânica lançada nas lagoas provoca a eutrofização, que é a produção excessiva de algas, principalmente no verão. 

Esgoto e Poluição

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Com a poluição, o paisagismo da região é destruído, a vegetação às margens dos rios é sufocada pelo acúmulo de lixo e há uma depreciação do valor imobiliário da região. A perda da coluna d’água afeta a navegabilidade e perde-se o potencial de lazer e de esportes, como por exemplo, navegação à vela da classe Laser. 

Esgoto e Poluição

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Proliferação de doenças

As lagoas do complexo são locais de prática de esportes e pesca, expondo a risco de diversas doenças aqueles que entram em contato com a água.

O assoreamento e a eutrofização, em conjunto, possibiliutam a formação de aguapés, que acumulam água limpa, favorecendo a proliferação do mosquito da dengue.

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Destruição da fauna e flora

Os animais dos ecossistemas aquáticos são diretamente afetados pela poluição e eutrofização das águas.

As espécies vegetais nativas são prejudicadas pelo desmatamento e pela inserção de espécies oriundas de outras áreas.

Com isso, animais como a capivara e o jacaré de papo amarelo são também prejudicados, pois perdem o seu habitat e alimento.

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Monitoramento É realizado mensalmente em oito

estações de amostragem (dois pontos de coleta na lagoa de Jacarepaguá, três na lagoa de Marapendi, um na lagoa de Camorim e dois na lagoa da Tijuca).

São analisados os principais indicadores físicos e químicos de qualidade de água.

A comunidade fitoplanctônica quanto à sua composição quantitativa e qualitativa também é analisada.

São também realizados testes semi-quantitativos para detecção de toxinas de cianobactérias na água.

E feitas análises em sedimentos.

Coleta de fitoplâncton com rede – Canal da Joatinga

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Os corpos d’água são classificados pelo INEA de acordo com os usos preponderantes.

O Complexo Lagunar de Jacarepaguá é enquadrado como:

• recreação por contato secundário;• preservação da flora e fauna;• uso estético;• e espécies destinadas à alimentação humana.

Contato secundário entendem-se as atividades em que o contato com a água é esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena.

(58 - ISSN 1677-7042, D.O.U., Seção 1, art. 2°, XXXI, de 18 de março de 2005, Conselho Nacional do Meio Ambiente, MMA) Os rios e canais da bacia contribuinte são

classificados para preservação de flora e fauna e uso estético.

(Diretriz da extinta Feema nº. 109)

Monitoramento

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Para fins de avaliação da qualidade de água dessas lagoas e das bacias contribuintes, utilizam-se os padrões recomendados pelo Conama segundo à Resolução nº. 357, de 17 de março de 2005.

As lagoas e os rios contribuintes são enquadrados como:

• Classe 1 (das águas salobras) — para os pontos de amostragem localizados nas lagoas;

• Classe 2 (das águas doces) — para os pontos de amostragem localizados em trechos da bacia hidrográfica.

Monitoramento

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Diagnóstico O conjunto de resultados obtidos ao

longo de 30 anos revela que o complexo encontra-se sob intensa influência de águas residuárias, ricas em matéria orgânica.

O impacto antropogênico pode ser observado, principalmente, a partir dos parâmetros de natureza orgânica – OD, DBO, Nitrogênio e Fósforo.

Além disso, destaca-se a redução do espelho d’água, à ocupação inadequada da faixa marginal de proteção, e à formação de ilhas por assoreamento.

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O transporte de sedimentos é intensificado em função da degradação da mata ciliar e da erosão nas vertentes dos vales.

Os impactos são agravados por uma intensa ação antrópica local, com a entrada de resíduos sólidos e líquidos.

O processo de eutrofização artificial já era apontado em 1986 como de séria gravidade e vem gerando eventos de florações, principalmente de cianobactérias, muitas vezes tóxicas. 

Diagnóstico

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Atualmente as florações de cianobactérias são causadas principalmente por Microcystis aeruginosa.

A permanência delas alerta para o risco potencial de contaminação humana através do consumo do pescado ou do contato primário.

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Emissário da Barra da Tijuca O projeto do emissário da Barra da

Tijuca é uma alternativa para a poluição das lagoas e do mar.

A construção do emissário da Barra é importante porque tira a carga orgânica que vai para dentro das lagoas, saneia as águas, evitando o despejo de poluentes que causam doenças na população ribeirinha.

As obras do emissário submarino não beneficiam apenas os ricos da Barra e do Recreio. 104 favelas naquela região, das quais 63% localizavam-se à beira de rios, lagoas e canais. A quantidade de crianças que estão expostas à água suja nessas comunidades é muito grande.

Poluição da Lagoa de Marapendi causa mancha marrom nas praias da Barra da Tijuca.

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A construção do emissário submarino e da ETE Barra fazem parte do Programa de Saneamento da Barra e Jacarépaguá, que incluiu também a construção de redes de coleta de esgoto em Jacarepaguá e no Recreio dos Bandeirantes.

Emissário da Barra da Tijuca

O emissário lança os resíduos a 5.800 metros da praia, a uma profundidade de 45 metros, através de difusores especialmente projetados.

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Estação de Tratamento de Esgoto - Barra

A Estação Barra foi projetada para tratamento primário, com objetivo de adequar os resíduos às condições de lançamento no mar pelo emissário submarino.

Beneficia atualmente uma população de 680 mil habitantes, com previsão de 1,4 milhão.

A vazão é de 1,94 m3/s, com previsão de 2,94 m3/s.

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Projetos de revitalização do complexo

O projeto LagoAmar uniu novamente a lagoa ao mar, reativando o Canal de Sernambetiba, além do desassoreamento dos canais que interligam as lagoas.

Recentemente, foram instaladas nesse canal as ecobarreiras, para impedir a passagem de lixo e gigogas para o mar.

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Projetos de revitalização do complexo

O projeto Rio Limpo ajudou com a dragagem de mais de dez rios da região, que deságuam nas lagoas.

Além deste, outros diversos projetos de dragagem das lagoas são realizados constantemente, para melhorar a dinâmica de águas e diminuir o assoreamento.

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Aspecto da Lagoa sem a floração de cianobactérias

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http://www.cedae.com.br/raiz/070.asphttp://www.abepro.org.br/biblioteca/

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lagunar-jpa.asp?cat=75&subcat=80http://www.cedae.com.br/

Bibliografia