ILMENITA-Matérias Primas

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2 Índice Generalidades..............................................................pág 3. Usos, aplicações...........................................................pág 4. Principais associações e subgrupos.............................pág 4. Lavra e beneficiamento.................................................pág 4 e 5. Reservas.......................................................................pág 6. Produção, consumo e comércio....................................pág 7. Referências.................................................................... pág 7.

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Índice

Generalidades..............................................................pág 3.

Usos, aplicações...........................................................pág 4.

Principais associações e subgrupos.............................pág 4.

Lavra e beneficiamento.................................................pág 4 e 5.

Reservas.......................................................................pág 6.

Produção, consumo e comércio....................................pág 7.

Referências....................................................................pág 7.

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Generalidades Propriedades Químicas Fórmula Química - FeTiO2 Composição - Óxido de ferro e titânio. 52,6% de Ti2O, 47,4% de FeO Cristalografia - Trigonal Classe - Romboédrica Propriedades Ópticas e Físicas Anisotropia forte, marrom pálido, às vezes, com matriz rosada ou violeta Hábito - Romboédrico, lamelar, maciço, compacto, granular Clivagem - Ausente, partição similar à da hematita. Dureza - 5 - 5,5 Densidade relativa- 4,5 – 5 Fratura - Conchoídal Brilho - Submetálico a metálico Cor - Preto Associação

Variável, normalmente com magnetita em rochas basálticas e ácidas. Propriedades Diagnósticas Pode apresentar magnetismo, densidade, brilho. Ocorrência

Ocorre como mineral acessório em rochas magmáticas e metamórficas. Usos Fonte de ferro e titânio, principalmente de titânio.

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Usos e Aplicações A Ilmenita é um minério constituído de óxidos de Titânio e Ferro.Ela apresenta grande ocorrência e abundância na crosta terrestre.Por isso é considerada a principal fonte de dióxido de titânio.Além do aproveitamento de ferro derivado da mineração e processamento da Ilmenita. O titânio metálico é usado em indústrias metalúrgicas, químicas, elétricas, cerâmicas, etc. (Froes, 1987). Por sua vez, o dióxido de titânio (TiO2), devido às suas características de opacidade, alvura, resistência ao ataque químico, poder de cobertura e ausência de toxidez, é amplamente utilizado na fabricação de pigmento empregado nas indústrias de tinta, papel, plástico, borracha, fibras, vernizes, entre outros (Ellis, 1987).Além do ferro que extraído é vendido como ferro gusa por algumas empresas para industria de ferro fundido e aço.

Principais associações e subgrupos Pertencem ao mesmo subgrupo,os minerais: ecandrewsita (óxido de titânio, zinco, ferro e manganês); geikielita (óxido de titânio e magnésio) e a pyrophanita (óxido de titânio e manganês). Os principais minerais acessórios da ilmenita são: zirconita, hematita, magnetita, rutilo, espinélio, albita, apatita, monazita, calcita, microclina, olivina, pirrotita, biotita e quartzo.

Lavra e Benefiaciamento Exemplo de lavra e beneficiamento adotado pela Millennium Inorganic Chemicals. LAVRA O método de lavra empregado é a céu aberto e o desmonte é feito por meio de tratores de esteira D-65 e D-73 Komatsu e D6R-XL Cartepillar. Existem três frentes de lavra, duas dessas trabalham simultaneamente, o que possibilita melhor homogeneização do minério lavrado. A terceira fica em espera, para qualquer eventualidade ou manutenção programada nas linhas de transporte em operação.A frente móvel de lavra permite o seu deslocamento, de acordo com o plano de aproveitamento econômico da jazida. O transporte do minério até a calha vibratória (moega), instalada na base da duna, é realizado com o auxílio de tratores de esteira. Essa calha tem mecanismos que regulam o fluxo de material na correia transportadora e consequentemente na alimentação da usina. Da moega, o material é transportado até a usina por meio de correias transportadoras, de fabricação Svedala Faço, com uma parte móvel e outra

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fixa. Na frente de lavra, a correia transportadora, de largura 0,76 m, desloca-se numa extensão de 300 m, conforme o avanço da lavra. As correias fixas, com 0,91 m de largura, possuem uma extensão total de 1400 m. Existe um plano de expansão para dobrar a capacidade de lavra mediante a utilização do método de dragagem, com previsão de investimento da ordem de US$ 24 milhões. BENEFICIAMENTO As duas moegas alimentam um sistema de correias transportadoras fixas, com extensão aproximada de 1400 m, que conduz o minério bruto (ROM) até a usina de beneficiamento. Este inicia-se com uma classificação a úmido, mediante o uso de duas peneiras vibratórias (abertura de 2,5x2,5 mm – Svedala Faço). A fração grossa é constituída de material orgânico e areia grossa, utilizada para recomposição superficial das dunas e bases das estradas da mina. A fração fina, abaixo de 2,5 mm, é condicionada em um tanque com capacidade de 110 m^3.A polpa, com 58% de sólidos, é bombeada na taxa de 650 t/h para duas baterias de nove cones Reichert com 73,8x2000 mm (DSV Mineral Deposit Ltda.). Em cada linha tem-se seis unidades de cones na etapa desbaste (rougher);duas na primeira limpeza e uma na segunda limpeza.O concentrado resultante da segunda limpeza segue para um classificador hidráulico (AKW), onde é conduzido à separação magnética e o fino é reprocessado em 24 espirais tipo Humphrey (HG7 – AKW e Multotec). Os rejeitos das espirais, primárias e secundárias, retornam aos cones de primeira e segunda limpezas e o concentrado junta-se ao grosso (concentrado) do classificador e segue para separação magnética a úmido, realizada em separadores Jones, modelo DP180, operando com um campo de 15.000 Gauss.A fração magnética, rica em ilmenita, com mais de 50% de óxido de titânio (TiO2), é estocada separadamente da fração não-magnética. Esta, rica principalmente em zirconita,rutilo e cianita, abastece o circuito de concentração em mesa vibratória, denominado de via úmida zirconita. IMPACTOS AMBIENTAIS O processo de beneficiamento da Millennium é totalmente físico e por isso não impacta o meio ambiente. A água utilizada no processo, após a etapa de sedimentação em barragens, retorna ao Rio Guaju, sem qualquer prejuízo ecológico. Parte dessa água é utilizada para irrigação das áreas em reflorestamento.Os rejeitos da separação gravítica da usina retornam à cava da mina, para recomposição das dunas, através do reflorestamento com o plantio de árvores nativas. O projeto foi desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras – MG.O material proveniente do decapeamento da mina, contendo matéria orgânica,nutrientes, sementes e microorganismos, é transportado e espalhado sobre as dunas do rejeito do beneficiamento. Na etapa seguinte, são erguidos quebra-ventos, para,então, realizar o plantio de mudas de espécies nativas, as quais são capinadas e adubadas até adquirirem a condição de auto-sustentabilidade.O programa foi considerado como modelo, tendo recebido prêmios como o LAURO PIRES XAVIER 99, conferido pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba-SUDEMA.

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Reservas A China apresenta reservas da ordem de um quarto do total do mundo, seguida pela África do Sul, Índia e Austrália. As reservas mundiais atendem à demanda atual e novas reservas minerais poderão ser desenvolvidas rapidamente, caso a demanda pelo minério de titânio se intensificar. O Brasil, figura como detentor da quinta maior reserva mundial de ilmenita. Outros importantes depósitos de ilmenita ainda não devidamente avaliados ocorrem ao longo da costa brasileira, na forma de depósitos de placeres de praia ou em terraços marinhos, no litoral do nordeste, sudeste e sul do país. O país também é o detentor dos maiores jazimentos de titânio na forma de anatásio, que ocorrem nos estados de Minas Gerais e Goiás. A notável tonelagem desse tipo de minério de titânio deve ser registrada como um recurso explorável no futuro, tendo em vista que até o presente, apesar dos investimentos realizados pela Vale, não há comprovação de processos metalúrgicos técnica e economicamente viáveis que permitam a instalação de unidades industriais de processamento para o aproveitamento desse bem mineral.

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Produção, consumo e comércio PRODUÇÃO A Ilmenita é trabalhada essencialmente para produção de dióxido de titânio,logo sempre está associada a outros concentrados de titânio. As reservas de Ilmenita estão concentradas na Noruega, Canadá, Índia, Austrália e África do Sul, que juntos detêm 65,0%.Os depósitos mais importantes, no Brasil, de Ilmenita situam-se no Estado da Paraíba (Mataraca). Basicamente, toda produção comercial de minério de Titânio, foi proveniente da jazida de Mataraca (PB), através da Millennium Inorganic Chemicals, que atualmente detém 16,0% do mercado mundial de dióxido de titânio, produzindo 80.000 t em sua fábrica na Bahia, o que responde por 62,0% do mercado brasileiro e a Dupont, aproximadamente, 28.000 t. CONSUMO Cerca de 85,0% dos concentrados provenientes dos minérios de titânio são direcionados para a produção de dióxido de titânio (TiO2). Os setores de tintas e vernizes (70,0%), plásticos (20,0%), celulose e outras aplicações (10,0%), constituem os consumidores da oferta de pigmentos de titânio no país. Os 15,0% restantes são utilizados na fabricação de titânio metálico, eletrodos, soldas e outros. A própria Millennium Inorganic Chemicals foi a maior consumidora de concentrados de Ilmenita e a ESAB S.A. Ind. e Comércio Ltda. a maior consumidora de Rutilo, da produção brasileira. A Indústria brasileira de pigmentos é representada pela Millennium e pela Dupont do Brasil S/A. COMÉRCIO O comércio exterior de minérios de titânio como a Ilmenita apresentou, ao longo do período de 1988 a 2000, constantes saldos negativos. A partir de 1990, o Brasil deixou de importar ilmenita, sendo suprido totalmente pela produção nacional.

Referências http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/oxidos/ilmenita.html http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2005-142-00.pdf http://www.riotinto.com/documents/ReportsPublications/corpPub_Minerals_por.pdf http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P16_RT36Perfil_do_Titxnio.pdf http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2002-178-00.pdf http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/titanio.pdf