Ilhas de calor

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Centro Educacional SESI 0-79

.Ilhas de Calor.

Nome: Natasha

Nmero:27 Sumrio

Ano: 8 ano A

Introduo ------------------- pgina:3 Desenvolvimento do trabalho --------------- pgina: 4 5 Concluso ------------------ pgina: 6 Biografia ----------------pgina: 7 Anexos----------------pgina: 8 12

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Introduo Esse trabalho fala de como se forma as ilhas de calor,quem contribui para sua formao, de como as alteraes climticas(por exemplo, sol de manh e tarde e chuva a noite) muito rpidas e que conseqncias elas tem.

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Definio Ilhas de calor ou ilha de calor urbano (ICU) um fenmeno caracterizado pela elevao de temperaturas em um determinado local, comparado com as temperaturas de zonas vizinhas. noite as ilhas de calor podem aumentar a temperatura em at 8 C. Na zona rural a existncia de vegetao sobre o solo permite a que parte da umidade seja retirada pela evaporao, consumindo, portanto parte da energia solar absorvida. Nos grandes centros urbanos, a quase total impermeabilizao do solo e a ausncia de cobertura vegetal diminuem a umidade do solo e impede a evaporao, aumentando a quantidade de calor disponvel para o aquecimento do ambiente. Alm destes fatores, a topografia e a localizao da cidade so elementos que podem favorecer a formao de ilha de calor, na medida em que locais ventilados dissipam a nvoa que se forma sobre a cidade e que um dos fatores causadores do maior aquecimento urbano. Fatores contribuintes para as Ilhas de calor: Existem vrios fatores que podem contribuir para o surgimento das Ilhas de calor, como por exemplo: A utilizao de ar condicionado e refrigerao; Fumaa de automveis; A pouca vegetao (rvores e plantas); Os poluentes lanados na atmosfera; Concentrao de asfalto e concreto; Diminuio de superfcies lquidas;

Esses fatores acabam determinando uma temperatura mais elevada no centro e, medida que se afasta deste, em direo aos subrbios, as temperaturas tendem a diminuir.

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Brisa urbana e precipitao A brisa urbana carrega o ar mais fresco e mido das reas rurais para o centro urbano, tentando reestabelecer as condies mais amenas da temperatura e umidade do ar. Com a chegada dessa brisa nas ilhas de calor, forman-se nuvens, e h possibilidade de precipitao sobre os centros urbanos mais aquecidos.

Efeitos das Ilhas de Calor

As ilhas de calor urbanas so fenmenos microclimticos favorveis ao aumento da temperatura no inverno nas cidades de latitudes mdias, mas provocam muito desconforto nas cidades de clima tropical e quente. A ilha de calor um fenmeno tambm caracterizado pelo aumento da precipitao sobre a rea urbana ou para onde o vento arrasta as precipitaes. As ilhas de calor tornam as ondas de calor mais frequente, com consequncias sobre o aumento da morte de idosos e doentes que apresentem reduo em sua capacidade de controlar a temperatura corporarea e de percceber que o corpo prescisa ser hidratado (idosos e pacientes com doenas mentais ou de mobilidade). Um periodo muito quente se abateu na Europa em 2003. A populao da frana foi muito atingida e mais de 1500 pessoas morreram nos dias de forte calor, principalmente nas metrpoles, entre os dias 3 e 14 de outubro de 2003 (Ref.: Abenhaim, 2003).

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Conseqncias das ilhas de calor O aumento no consumo de gua, o que gera problemas de distribuio. O corpo humano tambm se ressente. O ar seco traz desconforto e desidratao. Isso provoca garganta seca, o ardor dos olhos e ressecamento na mucosa do nariz, o que pode causar sangramento,crianas e idosos so os que mais sentem, mas os cerca de 10% de brasileiros que sofrem de problemas respiratrios como asma brnquica e renite so diretamente prejudicados. O calor traz ainda outro transtorno: a invaso de mosquitos e pernilongos, que costumam se proliferar no vero e alta temperatura.

Concluso

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Biografia

http://www.terra.com.br/istoe/1728/ciencia/1728_deserto_artificial.htm - 16h44min http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_calor- 16h17min http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx- 16h34min Folha de So Paulo, Folha Cotidiano, 15 de Fevereiro de 2004, p. C1. http://www.infoescola.com/clima/ilha-de-calor/- 17h05min http://arquiambiental.blogspot.com/2007/09/ilhas-de-calor.html- 17h10min http://www.webartigos.com/articles/10654/1/ilha-de-calor-urbana/pagina1.html http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Ilha_de_calor

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Ilhas de calor afastam chuvas de represas

Mariana Viveiros

Em quase todos os veres, as cenas so as mesmas em So Paulo: enchentes de um lado e reservatrios vazios de outro. A explicao tambm recorrente: chove no lugar "errado", ou seja, na cidade, no nos mananciais. Mas por que a chuva "atrada" para o centro urbano e no chega -ou chega com menos intensidade do que o necessrio- s represas? A explicao, segundo especialistas, est no efeito das ilhas de calor formadas pelas excessivas pavimentao e verticalizao em reas especficas da metrpole. Que elas so responsveis por chuvas mais intensas e localizadas em grandes reas urbanizadas de todo o mundo, no novidade. Mas, para a Grande So Paulo, as conseqncias so mais perversas: as ilhas de calor "seqestram" a umidade vinda do mar e afastam as chuvas dos reservatrios. Um volume menor de precipitao dificulta ainda mais a recuperao dos sistemas de abastecimento, que operam sem nenhuma folga e sofrem com desperdcios e consumo excessivo, de um lado, e perdas na rede, de outro. Em So Paulo, as ilhas de calor esto exatamente na rota da brisa martima que traz a umidade fundamental para fazer chover. O ar mido entra na regio metropolitana pelo sudeste, mas no costuma ir muito longe porque encontra, na fronteira entre as regies central e leste da capital, temperaturas que, no vero, chegam a ser 5C superiores s registradas nos mananciais das represas Billings e Guarapiranga (zona sul) e do sistema Cantareira (zona norte). As partculas do ar quente tm mais energia cintica (de movimento), portanto tendem a se deslocar mais e com maior rapidez para as camadas altas da atmosfera, carregando consigo a umidade da brisa. L, ao entrar em contato com temperaturas mais frias, a umidade se condensa e causa as chuvas fortes. Instabilidade Quanto mais quente o ar, mais ele sobe. Quanto mais ele sobe, maior a instabilidade atmosfrica, ou seja, maior a tendncia a temporais, raios e granizo. "Brisa martima e ar quente formam uma mistura explosiva", resume Augusto Jos Pereira Filho, professor do Departamento de Cincias Atmosfricas do IAG/USP (Instituto Astronmico Geofsico da Universidade de So Paulo). Estudo realizado por Pereira Filho, Reinaldo Haas e Trcio Ambrizzi (os dois ltimos tambm do IAG) concluiu que, entre 1999 e 2002, 60% das chuvas que causaram enchentes na capital paulista foram causadas pela combinao de brisa martima e ilhas de calor. Quanto mais umidade consumida nas tempestades, menos sobra para se deslocar e provocar chuvas nos extremos norte e sul. As chuvas intensificadas pelas ilhas de calor costumam atingir as prprias ilhas ou se deslocar um pouco por causa dos ventos. Em So Paulo, h ventos que vm do noroeste que costumam empurrar as tempestades ainda mais para o leste e para a regio sudeste. Segundo Pereira Filho, os reservatrios de So Paulo se beneficiam mais das frentes frias do que das tpicas chuvas de vero. Anteontem, a situao dos dois principais sistemas de abastecimento da Grande So Paulo era a seguinte: Cantareira, 5,9% da capacidade mxima e chuva acumulada de 74,3 mm (contra uma

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mdia de 109 mm para fevereiro); Guarapiranga, 34,3% da capacidade mxima e chuva acumulada de 85,6 mm (contra uma mdia de 196,2 mm em fevereiro). Cada milmetro equivale a um litro de gua em um metro quadrado. Matemtica da "atrao" A "atrao" que a ilha de calor exerce sobre a chuva fica clara nos dados do radar meteorolgico. Avaliando imagens de 12 episdios de chuva entre fevereiro e maro de 2001, o professor Augusto Jos Pereira Filho constatou que, em todos os dias, choveu mais nas zonas centrais e leste do que nas regies norte e sul. A diferena entre a precipitao acumulada variou de 25 a 100 mm. Segundo medies da Defesa Civil do Municpio, em janeiro, a chuva acumulada nos distritos que esto no centro da ilha de calor superou em quase 300 mm os volumes registrados nos que ficam mais prximos aos principais mananciais. Na subprefeitura da Mooca (zona leste), choveu 228,1 mm, na Vila Prudente (zona leste), 300,6 mm, e na S (centro), 262,8 mm. J em Perus (zona norte), o acumulado foi de 192 mm, na Capela do Socorro (zona sul), de 134,8 mm e no Campo Limpo (zona sul), de 181,1 mm.

SP AQUECEU 50% MAIS QUE NYEntre 1900 e o ano 2000, a cidade de So Paulo sofreu um aquecimento de 1,2C. O aumento foi 50% maior que o registrado na cidade de Nova York (EUA) no mesmo perodo -0,8C. A comparao mostra que, embora o aquecimento seja uma conseqncia inevitvel da urbanizao, pode ser reduzido por meio do planejamento, diz a gegrafa Magda Adelaide Lombardo, professora da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro e da ps-graduao da USP e uma das primeiras pessoas a estudar ilhas de calor no mundo. "As ilhas de calor resultam do desequilbrio na proporo entre reas verdes e gua de um lado, asfalto e concreto de outro. So Paulo cresceu canalizando crregos, desmatando e se verticalizando", completa. As causas do problema, portanto, so conhecidas: altas concentraes de edifcios, vias pavimentadas e superfcies como asfalto e concreto, que retm calor; muitos carros que, consumindo combustveis, liberam energia; poluio atmosfrica, que tambm favorece a reteno de calor; falta de vegetao e de espelhos d'gua. Toda essa ao modificadora encontra a reao natural na forma das tempestades, diz Augusto Jos Pereira Filho, do IAG/USP. "O ambiente fica superaquecido, como se fosse uma fogueira. A natureza tentar apagar a fogueira com a chuva." A soluo para o problema? "Revegetar a cidade." Falar fcil, fazer nem tanto. O Plano Diretor de So Paulo prev o aumento de reas verdes nos fundos de vale e ao longo de rios e crregos, com os parques lineares, explica Ivan Maglio, da Secretaria do Planejamento. Mas ainda no h nenhum parque linear concludo. S um novo parque municipal foi inaugurado -outros trs devem ser entregues neste ano-, e a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente construiu seis praas pelo Procav (programa de canalizao de crregos). Outra ferramenta importante a nova lei de zoneamento, que ainda est em discusso na Cmara. Ela aumenta a poro de rea verde por empreendimento imobilirio de 5% para 15%. Nos planos diretores regionais, o percentual chega a 30% nos mananciais. "Podemos fazer de So Paulo uma nova cidade, mas no fcil. Por que voc acha que a lei de zoneamento e os planos regionais ainda no saram?", pergunta o secretrio do Verde e do Meio Ambiente, Adriano Diogo.

SO PAULO TEM 77 MICROCLIMAS DIFERENTESEm 1554, o planalto de Piratininga, onde Anchieta construiu o colgio que deu origem a So Paulo, era uma regio de temperaturas estveis, mais fria, onde, alm dos pinheiros (da o nome do rio que corta a cidade), predominavam quatro climas que se dividiam, por causa de fatores como relevo, altitude e circulao dos ventos, em 26 microclimas. Passaram-se 450 anos, e os paulistanos hoje vivem num mosaico de 77 microclimas (restritos a reas especficas) que reflete uma urbanizao e ocupao do solo desigual, desordenada e ambientalmente despreocupada. A diviso est no Atlas Ambiental do Municpio de So Paulo, feito pelas secretarias municipais do Verde e do Meio Ambiente e do Planejamento, com financiamento da Fapesp (Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo). Ela foi alm do conceito tradicional de clima, somando a ele caractersticas sociolgicas. Na atualizao do mapa dos climas naturais, foram fundamentais fatores como o tipo dominante de construo (vertical ou horizontal), a presena de bairros-jardins, a predominncia de comrcio ou indstria, a existncia de importantes vias de trfego, favelas, grandes parques ou reas de proteo ambiental (APAs). As principais distines entre os microclimas dizem respeito temperatura e ao conforto trmico (muito calor no vero e muito frio no inverno). "Mas as pessoas tambm podem sentir diferenas na

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ventilao, na umidade e na concentrao de poluio", diz Patricia Marra Sepe, chefe da assessoria tcnica da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Grande unidades climticas Para efeito de climas urbanos, a cidade foi dividida em quatro grandes unidades, mais homogneas no tipo de ocupao e nos atributos naturais. No interior delas, ocorrem as subdivises. A Unidade Climtica Urbana Central abrange todo o centro expandido, mais distritos que esto fora do anel formado pelas marginais Tiet e Pinheiros, como Morumbi, Butant, Pirituba, Tucuruvi, Vila Maria, Vila Guilherme e Santana. Nela, os principais fatores condicionantes do clima so as densidades de prdios, carros e atividades econmicas. dentro dela que esto as ilhas de calor. Na Unidade Climtica Urbana Perifrica esto as regies mais afastadas do centro, onde se concentram as favelas e os conjuntos habitacionais populares, nos extremos leste, norte e oeste, alm dos distritos beira das represas Billings e Guarapiranga. Quem vive nesses locais enfrenta principalmente o desconforto trmico. Unidade Climtica do Urbano Fragmentado pertence o extremo sul da cidade (Marsilac e Parelheiros), onde a ocupao rarefeita e predomina um clima mais frio e mido -o mesmo que domina a Unidade Climtica No-Urbana, onde est apenas a APA Capivari-Monos, tambm no extremos sul da cidade. Para chegar ao mapa dos 77 microclimas, o gegrafo Jos Roberto Tarifa, professor aposentado da USP, sobreps no mapa dos climas naturais os dados de uso e ocupao do solo, alm de informaes sobre qualidade do ar, dados resultantes de medies de temperatura in loco e imagens de satlite do calor superficial.

EUA TENTAM EVITAR SUPERAQUECIMENTONo s So Paulo que sofre as conseqncias das ilhas de calor. O problema aflige tambm grandes cidades do mundo como Atlanta, Dallas, Houston e Nashville (nos EUA), Tquio (Japo) e Cidade do Mxico. Ainda que esses centros urbanos no enfrentem o paradoxo das enchentes versus represas vazias, eles sofrem efeitos do superaquecimento na deteriorao da qualidade do ar. Isso porque, no inverno, as ilhas de calor costumam favorecer inverses trmicas (quando uma camada de ar quente prende uma camada de ar mais frio prxima superfcie), o que impede a dissipao dos poluentes. Embora o fenmeno ocorra tambm na capital paulista, no h ainda estudos que avaliem o seu peso no agravamento da poluio. Nos EUA, a EPA (agncia ambiental) mantm com a Nasa (agncia espacial) um projeto-piloto para avaliar o problema das ilhas de calor nas cidades de Salt Lake City (Utah), Sacramento (Califrnia) e Baton Rouge (Louisiana), com o intuito de buscar solues locais que possam ser depois aplicadas em larga escala. A avaliao das instituies que, apesar de as ilhas de calor existirem em muitos centros urbanos, sua intensidade varia conforme as caractersticas especficas de cada um deles -a exemplo do clima, da topografia, do nvel e do padro de urbanizao e da localizao geogrfica. Por isso as estratgias mais eficazes para reduzir os efeitos do aquecimento tambm devem obedecer s particularidades regionais. Para tanto, o projeto combina o resultado da anlise de dados de satlite e aeronaves espaciais da Nasa com o conhecimento adquirido a partir de reunies das quais participam diversas entidades de cada cidade envolvida (ONGs, tcnicos, representantes das indstrias e rgos governamentais locais) para identificar que medidas devem ser tomadas para combater as ilhas de calor. Pesquisas e trabalhos de campo indicam que plantar rvores em locais estratgicos e aumentar a reflexividade de prdios e superfcies pavimentadas podem ser alternativas. O que se quer saber o efeito real dessas aes em diferentes realidades urbanas. Chuvas No caso dos temporais, a Nasa confirmou em 2002, por meio de um satlite que mede chuva, que as precipitaes de vero so mais intensas em cima das grandes cidades por causa das ilhas de calor. Segundo Augusto Jos Pereira Filho, pesquisador do IAG/USP, no norte do Estado de So Paulo tambm j existem locais mais quentes que a mdia, mas, como a regio est muito distante do mar, que a principal fonte de umidade, no sofre tanto com as chuvas fortes no vero.

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Folha de So Paulo, Folha Cotidiano, 15 de Fevereiro de 2004, p. C1.

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