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Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com 1 IGREJA EM CÉLULAS: UMA AMEAÇA À ECLESIOLOGIA REFORMADA E AO PASTORADO APOSTÓLICO Rev. Moisés C. Bezerril O MÉTODO HUMANISTA PARA FORMAR UMA “IGREJA” FRAGMENTADA, SECULARIZADA, SEM DOUTRINA, E SEM PASTOR O método secular de células para formar mega igrejas, foi o método que deu a Paul Young Cho o título de pastor da maior igreja do mundo. Com o termo “igreja” aqui, entenda-se aquilo que Cho deu à luz, e não propriamente o que se tem entendido historicamente com a igreja do modelo neo-testamentário. Seguindo Cho, vários outros líderes carismáticos também fizeram aquisição de títulos de pastores das maiores igrejas do mundo. É evidente, que a linguagem de “maiores igrejas do mundo” tem um sabor de arrogância e pretensão humana de poder e glória. É possível um presbiteriano adotar o método de Cho, e ainda assim continuar fiel ao presbiterianismo reformado? A resposta é: não! Vejamos as razões: 1) O movimento das células carece de fundamento bíblico para seu modelo eclesiológico. REDE DE CÉLULAS: UMA ESTRUTURA DESCONHECIDA DOS APÓSTOLOS E DA IGREJA PRIMITIVA O movimento da igreja em células, com toda a sua estrutura bem articulada e planejada, consiste de um artifício moderno que nunca passou pela cabeça dos apóstolos. O método de evangelização proposto por esse movimento também é totalmente estranho à evangelização apostólica. Nos livros dos proponentes do movimento, nada encontramos ali de significativo que prove a originalidade apostólica do movimento das células. Os textos mais comuns usados pelo movimento são At 2:46 e At 5.42. Ainda que Paulo e os demais apóstolos, esporadicamente tivessem usado reuniões em lares, o método apostólico que fez a igreja se multiplicar estrondosamente no primeiro século foi unicamente a pregação da Palavra no templo e na sinagoga, para grandes concentrações, e não reuniões em lares,(Atos 3:1,11; 5:12,20,21;9:2,20; 11:26; 13:5,14,15,16; 13:42,43; 14:1; 17:1,4; 18:4,19,26; 19:8; 19:9;

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    IGREJA EM CLULAS: UMA AMEAA ECLESIOLOGIA REFORMADA E AO

    PASTORADO APOSTLICO

    Rev. Moiss C. Bezerril O MTODO HUMANISTA PARA FORMAR UMA IGREJA FRAGMENTADA, SECULARIZADA, SEM DOUTRINA, E SEM PASTOR O mtodo secular de clulas para formar mega igrejas, foi o mtodo que deu a Paul Young Cho o ttulo de pastor da maior igreja do mundo. Com o termo igreja aqui, entenda-se aquilo que Cho deu luz, e no propriamente o que se tem entendido historicamente com a igreja do modelo neo-testamentrio.

    Seguindo Cho, vrios outros lderes carismticos tambm fizeram aquisio de ttulos de pastores das maiores igrejas do mundo. evidente, que a linguagem de maiores igrejas do mundo tem um sabor de arrogncia e pretenso humana de poder e glria.

    possvel um presbiteriano adotar o mtodo de Cho, e ainda assim continuar fiel ao presbiterianismo reformado? A resposta : no! Vejamos as razes: 1) O movimento das clulas carece de fundamento bblico para seu modelo eclesiolgico. REDE DE CLULAS: UMA ESTRUTURA DESCONHECIDA DOS APSTOLOS E DA IGREJA PRIMITIVA O movimento da igreja em clulas, com toda a sua estrutura bem articulada e planejada, consiste de um artifcio moderno que nunca passou pela cabea dos apstolos. O mtodo de evangelizao proposto por esse movimento tambm totalmente estranho evangelizao apostlica. Nos livros dos proponentes do movimento, nada encontramos ali de significativo que prove a originalidade apostlica do movimento das clulas. Os textos mais comuns usados pelo movimento so At 2:46 e At 5.42.

    Ainda que Paulo e os demais apstolos, esporadicamente tivessem usado reunies em lares, o mtodo apostlico que fez a igreja se multiplicar estrondosamente no primeiro sculo foi unicamente a pregao da Palavra no templo e na sinagoga, para grandes concentraes, e no reunies em lares,(Atos 3:1,11; 5:12,20,21;9:2,20; 11:26; 13:5,14,15,16; 13:42,43; 14:1; 17:1,4; 18:4,19,26; 19:8; 19:9;

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    19:31). Como o evangelho poder (Rm 1:16;I Co 1:18,24; 2:4), ele no precisa de acomodaes de locais e nem de circunstncias, nem de persuaso, pois poderoso para salvar os pecadores onde eles estiverem e como estiverem. Os apstolos tinham essa viso (I Ts 2:5), e por isso preferiam grandes conglomerados de gente para a pregao do evangelho. O evangelho da igreja em clulas s funciona nas clulas porque comprometido com a bajulao de pecadores e persuaso de sabedoria humana, essa razo porque eles menosprezam o templo e os grandes conglomerados de gente. Possivelmente o evangelho das clulas no tem poder para converter pecadores no meio das multides. O mtodo da bajulao e persuaso muito mais eficaz em pequenos grupos, corpo a corpo, ou pessoalmente, porque s dessa maneira acontecem os laos sociais que prendem seus fiis muito mais rpido do que a verdadeira converso pelo poder da Palavra.

    Durante os dias apostlicos havia a necessidade das credenciais

    apostlicas serem vivenciadas pelo maior nmero de pessoas que representassem naes e cidades; este era o instrumento do primeiro sculo para expandir o evangelho por todas as partes do mundo em pouco tempo. por essa razo que o Pentecostes ocorreu em Jerusalm, bem como essa cidade tornou-se o centro do Cristianismo para o mundo: as multides convergiam para Jerusalm. Depois das pregaes apostlicas em mega reunies (o que nunca poderia ter ocorrido em lares) acompanhadas por suas credenciais, cada pessoa voltava para seu pas de origem com a mensagem do evangelho. Mais tarde, quando os apstolos chegam a esses lugares, j existe uma base evanglica de poucos cristos que tiveram contato com a mensagem apostlica. Isto nunca seria possvel se o mtodo de evangelizao fosse igreja em clulas.

    Pelos dados bblicos do Novo Testamento, o crescimento

    espantoso da igreja primitiva nos dias apostlicos se deu exclusivamente pela pregao pblica a grandes auditrios, e no em pequeninas reunies domsticas providas de articulaes pr-definidas e modelos enformados. Alm do mais, o mtodo apostlico de evangelizao pela pregao da Palavra era muito distinto do que o movimento das clulas prope. O mtodo apostlico continha apenas a pregao, e nada mais. No Novo Testamento nunca se ouve falar do mtodo quebra-gelo antes da pregao de Pedro, nem do mtodo de se tomar refrescos depois da pregao de Paulo, nem tampouco se ouve falar no livro de Atos que os apstolos fizeram reunies em lares que consistiam de uma mistura de lazer somado a uma caricatura de culto com participao de pagos.

    O cristianismo primitivo foi incendiado em seus primeiros dias

    pela simples pregao da Palavra no templo, e depois, continuamente, nas sinagogas. Esse era o mtodo apostlico de evangelizao.

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    Os livros dos defensores da igreja em clulas no contm nenhuma teologia desse movimento dos dias da antiguidade apostlica. H muito tempo tenho procurado em livros e na internet a base bblica para o movimento, e at agora os autores da tese no tm se preocupado muito com isso. Os livros de Comiskey e Neighbour (proponentes do movimento), consistem de manuais estratgicos, sendo raro o uso das Escrituras, e quando acontece, o autor emprega hermenutica duvidosa. Neighbour usa textos bblicos apenas para referendar as clulas sem nenhuma anlise.

    As pginas do Novo Testamento falam de um grande grupo que sempre est junto, (At 2:44), e que cresce assombrosamente. E que os evangelistas sempre falam para grandes grupos, os quais se multiplicam logo aps a mensagem. Dizer que essa multiplicao ocorria em clulas pura conjectura.

    Em Atos 6:1-7 a razo para a instituio dos diconos era por causa da multiplicao da igreja e da sua vida em um grande grupo. Se essa igreja tivesse sido administrada em pequenos grupos, ningum teria sido esquecido na distribuio diria. Para justificar esse nmero, em nenhum lugar nas Escrituras comenta-se que esse grande grupo era administrado por meio de pequenos grupos. Uma anlise cuidadosa nos textos acima apresentados demonstra que a igreja primitiva ainda era muito vulnervel perseguio, e que era muito importante a unidade da grande multido por causa das necessidades. Fragmentar-se naqueles dias implicaria em risco de heresias e incorreria em muitos prejuzos para a igreja. Alm do mais, a igreja que estava nascendo, precisava estar perto dos apstolos todo tempo.

    O Novo Testamento usa apenas o termo igreja para definir um

    grande grupo, e s reconhece apstolos e presbteros como pastores sobre ela, (At 14:23; 20:28), mas nada revelado sobre uma possvel rede de micro-igrejas ou clulas dirigidas por mini-pastores. Se o mtodo da igreja em clulas tivesse sido o mtodo apostlico, de tanta importncia para o crescimento da igreja, e se de fato fosse a vontade de Deus para a evangelizao do mundo, por que ento, nada foi escrito ou citado pelos apstolos e presbteros nos dias da igreja primitiva ou, posteriormente, referendado nas epstolas s igrejas?

    Se o mtodo das clulas no foi utilizado pelos apstolos, e nem ensinado por eles, logo, o mtodo da igreja em clulas no pode se tornar um princpio imutvel (ou axioma) da evangelizao, no sendo, portanto, um princpio divino, e sim, mais um movimento de tonalidade humana, temporal, sujeito adaptao social e geogrfica. Essa a razo porque o movimento no d certo em qualquer lugar. o que veremos mais adiante.

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    O CONTRA-SENSO DOS PEQUENOS GRUPOS

    O movimento de igreja em clulas nada mais do que um modelo secular de gerenciamento de empresas e de mega-igrejas.

    A idia de uma eclesiologia de pequenos grupos defendida pelo movimento das igrejas em clulas falsa. Na verdade, o que o movimento defende a eclesiologia da MEGA IGREJA dirigida por uma nica figura carismtica. A estrutura eclesistica defendida pelo movimento para comportar uma mega igreja por meio de pequenos grupos. Todos os lderes de igreja em clula tm o sonho de ser chamado pastor da maior igreja. A idia por trs dos pequenos grupos debaixo de um lder leigo o imenso grupo debaixo de um lder carismtico que se sobrepe a todos. 2) o movimento das clulas montado em cima de conceitos pentecostais, e isto o que motiva 90% da sua estrutura. Muitos pastores que querem implantar as clulas em suas igrejas, sem contrair o estigma negativo do movimento G12, tm afirmado que o movimento de igreja em clulas nada tem a ver com o G12. Os que fazem tal afirmao esto mentindo e enganando a igreja. Os movimentos de igreja em clula e G 12 compartilham dos mesmos princpios e filosofia secularizadoras de criao das mega-igrejas. Vejamos o que diz Joel Comiskey, um dos papas do movimento:

    A implantao de clulas sempre existiu na igreja em clulas. Agora ela est na dianteira do pensamento em clulas, muito em virtude da influncia da Misso Carismtica Internacional, em Bogot, na Colmbia. Se algum quer estar na crista da onda na compreenso do ministrio em clulas, essencial entender a MCI e o Modelo dos grupos de 12. (Crescimento explosivo da Igreja, p.105, segunda edio, 2002)

    Esta afirmao de Comiskey desmente muitos pastores que esto passando uma falsa identidade do mtodo de igreja em clula. A igreja em clulas, na verdade, comeou no movimento pentecostal, com Paul Young Cho, e chamava-se grupos familiares. Conheci este trabalho quando ainda era divulgado apenas pelas Assemblias de Deus. Csar Castellanos, o fundador do movimento G12, , reconhecido internacionalmente como o responsvel pela expanso do movimento em clulas em toda Amrica latina. A nica diferena entre G12 e igreja em clulas apenas o nmero 12. As clulas de Csar Castellanos contm apenas 12 pessoas, e seus pastores supervisores jurisdicionam apenas 12 lderes, e assim sucessivamente.

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    Qual a importncia de se saber que G12 e igreja em clulas compartilham da mesma natureza? que se os dois movimentos compartilham a mesma natureza, ento derivam da mesma fonte. A natureza pentecostal do movimento pode ser percebida, tanto nas reunies, quanto nos escritos dos seus defensores. Comiskey afirma que Deus mostrou a Castellanos que o nmero dos convertidos que ele iria pastorear era maior que as estrelas do cu e os gros de areia do mar, e que Castellanos recebeu uma viso de Deus para criar o sistema das clulas baseado nos 12 discipulos de Jesus (Crescimento Explosivo, pp. 105, 106).

    No apenas Castellanos com o G12, mas o prprio Comiskey imita Castellanos dizendo que Deus comeou a falar com ele, dizendo-lhe que ele tinha de comear um ministrio em clulas, (Crescimento Explosivo, p. 12).

    Essas idias supersticiosas de revelao tm feito o movimento se popularizar muito no meio pentecostal. Mesmo as igrejas histricas que se envolveram com o movimento, j tinham simpatia por pentecostalismo ou tendncias pentecostais, e o massivo nmero de pastores que lideram o movimento de igreja em clulas pentecostal ou simpatizante. O pentecostalismo do movimento tambm est nas reunies de clulas, as quais foram so estruturadas com predefinies pentecostais. Comiskey denomina de a reunio das clulas de uma aventura liderada pelo Esprito (Crescimento Explosivo, p.28). possvel ouvir de alguns lderes do movimento que, se no houver uma pitada de pentecostalismo nas reunies de clulas o trabalho tende a morrer. A Confisso de F e o Manual de liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil, bem como seu mais novo documento sobre o assunto (Carta Pastoral) probem qualquer viso pentecostal no seio da igreja. Os pastores envolvidos no movimento com tendncias pentecostais devem ser exortados pelos seus conclios a abandonarem a prtica pentecostal. 3) O movimento fundamentado em cima do pragmatismo e secularismo humano, nos quais o sucesso e o fracasso das clulas atribudo habilidade humana. CLULAS BEM SUCEDIDAS OU FRACASSADAS: UMA ARTE OU FALTA DE HABILIDADE HUMANA No livro de Atos podemos perceber que a evangelizao era o verdadeiro poder de Deus convertendo multides. Os apstolos no tinham nenhum programa artificioso para prender a ateno ou causar

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    interesse nas pessoas por suas mensagens. Eles apenas procuravam lugares onde o povo se encontrava em grande nmero, pregavam a Palavra, e o Esprito de Deus se encarregava da segunda parte. O programa das clulas no diferente do movimento de crescimento de igreja de Peter Wagner e MacGravan. A maioria dos proponentes desse tipo de movimento tem uma origem comum: o seminrio de Fuller. A viso desses novos pragmatas a nfase exagerada no mtodo e na estratgia humana, em detrimento da soberania e do poder de Deus.

    Comiskey referenda seu ponto de vista utilizando-se da afirmao de Macgravan

    Com relao aos mtodos, somos agressivamente pragmticos doutrina algo completamente diferente.

    No poderia ser diferente. Este o mesmo pensamento de Peter Wagner quanto famosa teoria das macieiras maduras. O movimento de igreja em clulas copia o mesmo princpio de Wagner e MacGravan, pois o tempo da frutificao das clulas determinado por eles.

    Os proponentes da igreja em clulas determinam o tempo dos frutos de sua pregao, quando estabelecem o tempo para a multiplicao dessas clulas e at a data de seu fechamento ou reestruturao. Vejamos o que diz Neighbour:

    A experincia de longos anos com grupos constatou que eles estagnam depois de um certo perodo. Durante os primeiros seis meses as pessoas atraem-se mutuamente; passado esse tempo elas tendem a se tolerar. Por essa razo, deve-se esperar que cada grupo de pastoreio seja multiplicado naturalmente aps seis meses, ou que seja reestruturado. (Ralph Neighbour- Manual do Lder de Clula, p.113)

    Com esta afirmao, Neighbour deixa claro que as clulas so um mtodo humano, altamente manipulvel para produzir frutos, sujeito a toda colorao social temporal, e conseqentemente, pragmtico. Nessa viso, o Esprito de Deus no opera o que quer, quando quer, e onde quer, nem o evangelho considerado poder. O movimento das clulas est totalmente desprovido da viso soberana de Deus na evangelizao, (leia Mt 13:11,12). Eles abrem e fecham clulas dependendo do tempo que determinam para o sucesso e o fracasso delas. O tempo de vida das clulas no o tempo de Deus, e sim o tempo que os seus lderes determinam. Dessa forma, o evangelho no seria poder, e sim filosofia, pois os homens podem manipular e determinar sua atuao e eficcia.

    Um outro aspecto que denuncia a igreja em clulas como um movimento desprovido da viso divina do evangelho, que atribui-se o

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    sucesso ou o fracasso dessas clulas aos lderes e suas estratgias. Vejamos:

    Se os lderes das clulas fracassam no alcance de seus objetivos, Cho os envia ao retiro da montanha de Orao da igreja para jejuar e orar. Os lderes de clulas e os auxiliares que conduziram suas clulas multiplicao devem ser valorizados e elogiados em pblico diante de toda a igreja. (Crescimento Explosivo, pp.25, 97)

    Com esta citao, fica muito claro que a viso pragmatista da

    igreja em clulas atribui o xito ou fracasso s pessoas que as lideram. Isto est de acordo com o sistema deles, pois, se as clulas dependem de uma metodologia puramente humana, logo os resultados sero resultados de autoria humana. Essa a razo pela qual o crescimento das igrejas em clulas est sempre relacionado aos nomes de seus pastores, e por que eles cultivam os elogios a si prprios diante da igreja: a igreja em clulas um instrumento de auto-promoo e glria humana.

    Mais interessante ainda a viso dos dois tipos de incrdulos que

    Neighbour apresenta em seu livro Manual do Lder de Clula. Os incrdulos do tipo A so pessoas que esto prestes a aceitar a Cristo. Os jovens podem ganhar estes para Cristo. Quando eles no se tornam cristos, porque algum no explicou ainda como aceitar a Cristo. Os incrdulos do tipo B so os mais resistentes, que no querem estudos bblicos, nem se interessam por qualquer atividade crist. Esses s podem ser alcanados por adultos maduros, e pode levar meses para que consigam isso. Para alcanas tal objetivo, eles precisam montar um grupo de amizade ou de interesse para reunirem-se semanalmente com esses incrdulos, para tratarem de assuntos no religiosos. Enquanto isso, devem observar o grau de interesse desses incrdulos por coisas espirituais. (Manual do Lder de Clula, p. 39,41).

    Em toda a literatura do movimento da igreja em clulas, a

    linguagem e a nfase sobre salvao ou converso nunca em tom de uma visitao especial de Deus, e sim em tom de uma atividade humana em adaptar pessoas pags a um estilo de vida crist por meio de mtodos e estratgias manipulveis. Com isto em mente, eles estipulam tipos e classes de incrdulos, os mtodos mais especficos para cada classe, os tipos de evangelizadores que surtiro mais efeitos com determinadas classes, o tempo e o nmero estimado para as converses. Tudo isto organizado por meio de volumosos manuais, grficos, tabelas, clculos, pesquisas e muito, muito mtodo e estratgia. Os livros de Neighbour so volumosas, interminveis e cansativas receitas de como multiplicar clulas e fabricar crentes em srie.

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    Nada dos mtodos da igreja em clulas foi citado ou empregado pelo cristianismo apostlico. A evangelizao apostlica era uma verdadeira visitao do poder salvador de Deus. O evangelho era tido como poder de Deus, e a salvao de pecadores era de sua exclusiva autoria. Os pecadores no passavam meses sendo convencidos, ou sendo atrados por algo de seu interesse em grupos cristos. Ningum recebia glrias nem elogios pela salvao de algum. Os apstolos no tinham um mtodo nem uma mensagem para cada tipo de pessoa. Os pecadores no eram tratados por classes ou tipos, e sim pelo estado de desobedincia ao evangelho. A mensagem do evangelho no era travestida, nem camuflada para atrair pessoas, nem tampouco os apstolos estiveram envolvidos em grupo de amizades para tentar convencer pecadores pela simpatia, sem ofend-los. O evangelho apostlico sempre foi ofensivo desde os dias de Jesus, (Leia Joo 6), e sempre foi poder. Estava implcito na mensagem o poder para mudar os coraes daqueles a quem Deus deu a conhecer os mistrios do reino, (Mt 13:12,13). Ningum era convencido do evangelho por se sentir bem num quebra-gelo de um grupo social, nem porque recebia ateno ou tinha necessidades sociais supridas. Tudo isso fruto de articulaes humanas para distrair pecadores com um evangelho que no ofende ningum, e mant-los agrupados socialmente num ambiente de pessoas moralmente dignas. Nicodemos foi encontrado numa situao semelhante, porm Jesus disse-lhe que ainda faltava-lhe nascer de novo.

    A constante avaliao social do grupo, a incessante mudana de estratgias, e a incansvel manipulao do grupo para produzir frutos, a incansvel nfase e iniciativa de criao de mtodos deixam claro que a igreja em clulas um sistema humano empresarial do mundo capitalista moderno para gerenciar um mega grupo de religiosos. 4) A Bblia descentralizada, e h uma nfase muito grande no mtodo e nas estratgias. A nfase exagerada nos mtodos e nas estratgias tem estigmatizado o movimento das igrejas em clulas como uma viso secularizadora e humana sobre a igreja e o reino de Deus. Nunca poderamos esperar de uma abordagem humanista uma apreciao das Escrituras. O movimento das clulas levanta-se criticando o modelo histrico de igrejas, chamando-o de igreja convencional. Declaram completa averso ao dia do Senhor, escola dominical, e toda espcie de trabalhos eclesisticos herdados com a reforma protestante. Vejamos o que diz Comiskey:

    Cheio de entusiasmo, comprei o livro de Cho Clulas Bem-sucedidas e comecei a ensinar lderes chave em minha igreja. O entusiasmo durou por algum tempo e demos incio a

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    quatro clulas. Mas depois que introduzimos o culto dominical, perdi o controle do meu enfoque nos pequenos grupos. Os afazeres da igreja esgotaram as minhas foras. No entanto, nunca perdi a viso e o entusiasmo para o que uma igreja poderia vir a ser por meio do ministrio de pequenos grupos. Planejamos atividades de escola dominical, classes de novos convertidos e programas de visitao, todos com pouco sucesso.(Crescimento Explosivo, p. 11)

    A maneira como Comiskey tenta destruir o modelo tradicional de igreja desonesta, pois ele usa uma experincia prpria mal contada, para servir de paradigma da verdade. Esse o mtodo pentecostal de se estabelecer a verdade. Na viso da igreja em clulas o culto dominical, a escola dominical, a visitao, e a classe de novos convertidos atrapalham o crescimento da igreja. Esse antigo modelo de trabalho eclesistico chamado de o velho paradigma da pesca de vara, que deve ser trocado, se o mega crescimento da igreja almejado.

    O velho paradigma da pesca com vara est sendo trocado por equipes de crentes que entraram na parceria (comunidade) com o propsito de evangelizar almas em conjunto. Jesus usou a parceria da pesca com rede para ilustrar o maior princpio de evangelismo: nossa produtividade muito maior quando trabalhamos em conjunto do que sozinhos (Crescimento Explosivo, p. 81).

    Como o movimento das igrejas em clulas vem para trocar todos os velhos paradigmas da igreja convencional, a viso de Palavra de Deus, conseqentemente, tambm dever ser mudada. A igreja em clulas uma igreja que no se dedica ao estudo da Palavra. Os obreiros dessa nova modalidade de igreja consideram uma perda de tempo o estudo das Escrituras. Acham que doutrina e evangelizao devem seguir separadamente, e uma coisa no precisa da outra.

    Qual a razo desta perspectiva para com as Escrituras Sagradas? A

    verdade que a prpria dinmica da igreja em clulas no foi criada a partir do estudo das Escrituras, pois no se encontra l. Sendo assim, no haver muita motivao ou apego para com a doutrina, pois o que vale o pragmatismo. Qual pois a origem da dinmica da igreja em clulas? Vejamos a resposta de Comiskey:

    Das minhas experincias pessoais e por meio da pesquisa tenho descoberto princpios de dinmica e sugestes prticas para compartilhar com outros que tm a viso de alcanar o

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    mundo por meio de igrejas em clulas (Crescimento Explosivo, p. 13).

    Qualquer anlise feita nos princpios e na dinmica da igreja em clulas revelar que o novo paradigma que veio para substituir o antigo da pesca de vara, no se origina na Palavra de Deus. Todo o modelo da igreja em clula pura sugesto advinda das experincias humanas. Muitos afirmam ter recebido revelaes sobre o novo paradigma, bem como outras experincias. Se sua origem humana, logo, a natureza humana sempre ser em primeiro lugar; se a dinmica da igreja encontrada na experincia humana, para que a igreja em clula precisaria da Palavra de Deus?

    Os manuais de implantao e liderana da igreja em clulas so o produto da formatao de modelos de interao e vivncia social j conhecidos e experimentados em muitas reas de humanismo, adaptados para o grupo religioso; usam textos sagrados apenas ilustrativamente. impossvel encontrar qualquer texto bblico contendo os princpios ensinados por Comiskey e Neighbour. Quando muito, utilizam-se de princpios bblicos muito gerais, os quais no do sequer uma mera pista de um paradigma de igreja em clula, nem referendam suas sugestes pragmatistas. Se o movimento nasce e mantm-se sem a Palavra de Deus, logo, nunca haver aquela nfase na Palavra, como h nas igrejas reformadas. Essa razo por que a igreja em clulas uma igreja de baixssimo apego s Escrituras Sagradas.

    A fragmentao e o descaso com a preparao teolgica da

    liderana da liderana da igreja so reflexos da falta de centralidade das Escrituras na vida da igreja. H uma mentalidade no movimento, que ofusca o interesse pela Palavra, e avulta a nfase no mtodo. Nas reunies de clulas, dedica-se muito tempo parte social, e os lderes esto muito preocupados com a impresso que vo causar nos visitantes.

    Toda a reunio estrategicamente preparada com vistas ao

    mtodo, e no Palavra. Nessas reunies, a nfase no conhecer a Palavra, e sim proporcionar a experincia. As idias de mestres, professores, conhecimentos, doutrina, informaes, tudo isso retirado da igreja em clulas e substitudo por experincia:

    A clula aquele lugar em que se d apoio espiritual e emocional a cada membro. Ali a pessoa contribui com seu envolvimento pessoal, no com os seus conhecimentos e informaes. Para que cada pessoa se anime a fazer isso, preciso que haja um ambiente de estima, aceitao e apoio. (MANUAL DO LDER DE CLULA, Ralph Neighbour, p. 173)

    Com essa afirmao, Neighbour ensina ao seu movimento o total descompromisso com o conhecimento da Palavra. Essas reunies no

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    esto fundamentadas em cima do conhecimento da Palavra de Deus, mas em simplrias conversas sobre suas experincias crists do dia-a-dia, e como elas entendem determinado tema. A coisa mais estranha nesse modelo eclesistico que as pessoas, nas reunies das clulas, so estimuladas a falar sobre a Palavra de Deus, sem conhecimento e sem informao. Pergunto: Qual a natureza de uma reunio sem o conhecimento da Palavra de Deus? Puramente humana. Com uma roupagem de reunio bblica, as clulas so reunies de acomodao psquica e social. Veja que Neighbour enfatiza demais o ambiente de estima, apoio e aceitao nas clulas.

    Vejamos uma outra razo por qual a Bblia no o centro das reunies de uma igreja em clula:

    30 ESTGIO: EDIFICAO

    O foco se move agora para as necessidades das pessoas presentes. A Bblia ser usada nesse momento, mas ela a ferramenta e no o ponto central. (MANUAL DO AUXILIAR DE CLULA, P. 40, Ministrio Igreja em Clulas, Curitiba, PR, edio IV, 2002)

    O Foco da reunio da clula a necessidade humana, e no a glria de Deus. evidente que, onde a nfase est na necessidade humana, a Bblia nunca ter lugar de destaque. Ela, como tantas outras, constitui uma das ferramentas para suprir as necessidades humanas. Uma afirmao contraditria de Comiskey revela que as reunies de clulas no so reunies comprometidas com a Palavra de Deus:

    O encontro da clula no um estudo bblico, mas a Palavra de Deus tem um lugar central. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA, p. 58)

    Como pode uma reunio no caracterizada pelo estudo da Bblia ter a Palavra de Deus como centro? A verdade que a reunio de clula tambm usa As Escrituras, mas ela nunca foi o centro da reunio das clulas. claro que Comiskey faz essa afirmao contraditria apenas para no chocar as denominaes mais tradicionais.

    Nas reunies de clulas o termo edificao usado como sinnimo de necessidades supridas, e nunca aperfeioamento na Palavra.

    As clulas so grupos pequenos abertos focalizados no evangelismo que esto embutidos na vida da igreja. Elas se renem semanalmente para que os seus participantes se edifiquem uns aos outros como membros do corpo de Cristo, e

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    para anunciar o evangelho queles que no conhecem a Jesus. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p. 17)

    Nesta citao, podemos perceber que, edificao, na mentalidade da igreja em clulas, uma idia muito simplria de relao com a Palavra. Crentes que edificam crentes quando todos esto no mesmo patamar de maturidade parece ser absurdo. Somos edificados por aqueles que tm mais maturidade do que ns, e nunca por quem compartilha da mesma infncia nossa na Palavra. Mesmo porque, dentro do movimento, os lderes no so incentivados a ensinar nem a serem mestres, e sim, facilitadores. Sendo assim, j previsto que, no s a Palavra, mas muitos outros elementos das reunies de clulas, promovem tal edificao. Essa uma das razes por que a Bblia no o centro do movimento.

    Em nenhum lugar nas Escrituras encontramos a idia de edificao voltada para necessidades humanas. Edificao sempre est voltada para aperfeioamento no conhecimento de Cristo. O conhecimento a palavra chave para edificao. Ef 4. 5) A idia de liderana enfraquecida e confundida com iniciativa e boa vontade. Uma igreja o que a sua liderana produz. Ao julgarmos a natureza da liderana da igreja em clulas, perceberemos o tipo de igreja que est sendo formada nessas clulas.

    Nos escritos dos peritos em clulas, as palavras que mais ocorrem nos seus textos so liderana e lderes. Tal nfase se d pelo fato da igreja em clulas ser uma igreja entregue nas mos dos prprios membros, no levando-se em conta vocao ou aptido nata para o ministrio e a liderana. Os defensores afirmam que qualquer pessoa pode ser lder, basta, apenas, que recebam um treinamento.

    O que um lder na viso das clulas, e o que o treinamento

    desses lderes? Vejamos o que os mentores das clulas afirmam sobre a natureza da liderana e do treinamento desses lderes.

    Treinamento para lderes no muito importante. No entanto, treinamento no to importante como a vida de

    orao do lder e a clareza de seus alvos. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p.27)

    Observemos que at mesmo os alvos so mais importantes do

    que treinamento. A liderana eficaz no inclui, necessariamente, mtodo de estudo

    bblico.

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    Uma liderana eficaz de clulas muito mais uma aventura liderada pelo Esprito do que uma tcnica de estudo bblico.(CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p.28)

    Com esta afirmao, Comiskey diz que o lder da clula no

    precisa ser expert para manejar bem a Palavra, pois sua liderana uma aventura.

    A liderana da clula no inclui necessariamente dons espirituais.

    Os dons espirituais so importantes, mas este estudo estatstico e a experincia de outros demonstram que no necessrio nenhum dom especfico para liderar uma clula bem sucedida. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p.30) Essa afirmao contradiz a anterior: incrivelmente, a liderana da clula uma aventura do Esprito sem dom espiritual. Comiskey afirma que um lder no precisa de dom espiritual para conduzir uma clula. Com isso, a liderana passa a ser simplesmente uma arte humana aprendida. Os lderes de menor grau escolar so os mais indicados para liderar clulas. As estatsticas indicaram que lderes de clulas com menor formao escolar multiplicam as suas clulas com mais regularidade e com maior freqncia!

    (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p.32) Um movimento que, ao estilo pentecostal, no d valor ao estudo

    das Escrituras, nem ao ensino, nem doutrina, tende a comprometer-se com um analfabetismo teolgico tambm. Pode-se perceber no movimento a mesma averso que os pentecostais tm para com a letra.

    O lder de clula no precisa de pr-requisitos, nem perfil, nem de

    qualificaes. Essas estatsticas revelam que o sexo, idade, estado civil,

    personalidade e dons tm pouca relao com a eficcia de um lder de clula.Como veremos nos prximos captulos, o crescimento da clula depende de elementos simples que qualquer pessoa pode colocar em prtica.

    (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p.32) O lder da clula eficaz pode ser qualquer pessoa desqualificada,

    sem perfil de liderana, e sem dom algum. Essa a principal caracterstica de um modelo humano.

    Os lderes so treinados nas prprias clulas, pragmaticamente,

    com o mesmo contedo das reunies para os outros membros. J que a sua clula um campo de treinamento para novos

    lderes, pea Maria para liderar o quebra-gelo na prxima semana. Ou

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    convide Joo para liderar o louvor. Mais algumas semanas e algum ir facilitar o estudo. As pessoas aprendem ao fazer, portanto permita que os seus membros sejam evolvidos.

    (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p. 61) Aquilo que chamam de treinamento de lderes algo comum a

    todos. Portanto, no h treinamento especfico para liderana. A reunio de clula , em si, o treinamento, ou seja, reunio de clula e treinamento so a mesma coisa. O lder no ningum diferente ou mais capaz, e seu treinamento a sua participao nas reunies de clulas. O que eles chamam de treinamento a simples reunio rotineira nos lares, da qual todos participam. Assim, todos so treinados para serem lderes. O resultado dessa filosofia que, no fundo, nunca haver liderados. Cada membro de clula ser transformado num lder, quando houver a multiplicao compulsria da clula. A igreja em clulas uma igreja onde todo mundo lidera todo mundo e ningum lder de fato.

    O lder s pode passar seis meses de treinamento em uma

    clula, at iniciar sua nova clula. Seis meses geralmente tempo suficiente para que voc

    desenvolva um novo lder para pastorear uma clula. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p. 63) O movimento em clulas tambm contrrio ao longo tempo de

    preparo para sua liderana. A cada seis meses, as clulas despejam uma nova leva de lderes para formar novas clulas. O pouqussimo tempo de treinamento e a alta rotatividade desses grupos so o fator determinante da igreja em clulas. Os lderes no so treinados em doutrina, apenas em como multiplicar a clula. Para eles, aprender o mtodo e a estratgia est acima de ter uma boa viso das Escrituras e princpios do verdadeiro pastorado.

    Cursos extras de liderana no enfatizam doutrina, mas apenas

    estratgia de crescimento. 1) o curso ministrado pela equipe pastoral e 2) o curso sempre

    cobre a organizao da clula, viso da clula e requisitos de liderana do Novo Testamento. Igrejas em clulas que levantam lideranas com rapidez aliada eficincia, mantm tanto o aspecto quantitativo como o qualitativo. Ambos so essenciais.

    (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS, p. 64) Mesmo que os lderes das clulas faam um curso extra de

    liderana, a nfase em doutrina praticamente extinta. Lembremos que, no movimento da igreja em clulas, lderes no so mestres, e sim facilitadores. Portanto, no precisam aprender doutrina ou teologia.

    O que podemos concluir depois lermos todas essas afirmaes

    dos telogos das clulas sobre a liderana da igreja em clulas? Somente h uma concluso: a proposta do movimento uma excelente opo

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    para produzir uma gerao de cristos imaturos e ignorantes da Palavra de Deus.

    O que poderamos dizer de uma igreja que considera alvos mais

    importantes do que treinamento? De uma liderana desvinculada do mtodo de estudo da Palavra?De uma liderana desprovida de dons espirituais? De uma liderana preferencialmente de escolaridade baixa? De uma liderana sem pr-requisitos, nem perfil, nem qualificaes? De uma liderana que foi treinada com o mesmo contedo de reunies de clulas oferecido a todos os outros membros? A melhor concluso a qual podemos chegar que essa viso de liderana veio para destruir a igreja de Cristo.

    O movimento de clulas pode fazer o grupo crescer, mas

    impossvel faz-la amadurecer. Colocar a igreja aos cuidados dela mesma, iludir as pessoas com a falsa idia de que todas so lderes, responsabiliz-las para se auto treinar apenas com auto experincias, apressar o suposto treinamento de tais lderes, e tentar explodir o crescimento da igreja, uma excelente proposta para perverter o evangelho e mundanizar a igreja de Cristo.

    Ela no encontra modelo nas Escrituras Sagradas. No h

    nenhuma referncia a uma igreja administrada num sistema de liderana de rede com um pastor geral. O Novo Testamento s reconhece apstolos e presbteros (ou bispos) como ofcios sobre a igreja. No h nenhuma citao ou referncia de algum lder de clula destacado no Novo Testamento. Tambm no h nenhum mandamento apostlico para as igrejas quanto instituio do modelo, nem das qualificaes para o lder. Se isso era a vida e o sistema para o avano da igreja, por que no foi tratado pelos apstolos?

    A igreja em clulas o ambiente sujeito a proliferao de heresias

    e a formas de governos totalitrios e tirnicos. O modelo de liderana das igrejas em clulas um modelo de

    liderana do episcopado monrquico, no qual, apenas um detm o poder absoluto sobre a igreja. A nica maneira de se ter uma mega igreja debaixo do poder de um pastor geral adotando uma viso episcopal papal, na qual o poder sobre o grupo exercido por meio de lderes de pouca ou nenhuma importncia na hierarquia do movimento. por isso que se diz que Paul Young Cho pastor da maior igreja do mundo. No sistema de clulas, apenas um tem o poder supremo. Como o sistema propcio a formar uma igreja de baixo nvel doutrinrio e teolgico, facilmente o pastor geral alcana o pedestal de uma figura carismtica que tem o monoplio da Palavra e do governo. Esse modelo de liderana foi o colaborou muito para corromper o cristianismo da era apostlica. Numa poca em que a igreja tinha baixo conhecimento doutrinrio, e quando todo o poder de governo e de doutrina ficou nas mos apenas de um s, a igreja ficou sem juiz, e a merc dos caprichos

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    e loucuras de seus lderes. Portanto, um povo de baixo conhecimento da Palavra e debaixo de um governo episcopal monrquico um povo sujeito mesma degradao do Catolicismo Romano.

    5) O movimento no contm princpios imutveis, mas s d certo em algumas sociedades.

    O movimento de igrejas em clulas tem se apresentado como o achado do sculo. A frmula de crescimento da igreja coreana de Paul Young Cho considerada por alguns como o verdadeiro modelo de crescimento da igreja crist. Muitas igrejas em vrios lugares no mundo implantaram o mesmo sistema de crescimento de Cho. Hoje, a igreja em clulas tem tido xito apenas na Coria e alguns pases de terceiro mundo, mas estranhamente no deu certo nos Estados Unidos.

    Se a igreja em clulas , de verdade, o melhor mtodo para a igreja de Cristo, por que ela no deu certo nos Estados Unidos? Vejamos o que os defensores do movimento afirmam sobre isso:

    Os estados Unidos tm sido uma nao muito lenta na transio para a estrutura da igreja em clulas. Uma das razes para isso o esprito de independncia que existe na cultura americana e na sua vida tradicional de igreja, a qual rejeita o estilo de vida em que pessoas prestam contas e se tornam responsveis umas pelas outras. Outra razo para a adoo vagarosa desse modelo tem sido o forte controle das estruturas rgidas das denominaes sobre a vida da igreja local, cujas igrejas se formaram ao redor de doutrinas distintas mais do que em torno da responsabilidade do uns-aos-outros encontrada na igreja do Novo Testamento.(MANUAL DO AUXILIAR DA CLULA, P.23)

    Esta afirmao nos leva a constatar as seguintes verdades sobre a natureza do movimento das clulas: Primeiro que o movimento encontra barreiras sociais para ter xito. Se as clulas no funcionam entre os americanos por causa do esprito independente que existe na cultura americana, isto faz do modelo em clulas um modelo social, e no divino. Deus no pode ter dado um mtodo de evangelizao sua igreja que funciona apenas em algumas culturas. O evangelho tem que funcionar em qualquer cultura humana, doutra forma no passaria de filosofia humana. Na verdade, o modelo em clulas no funciona nos Estados unidos porque ele mais um modelo humano de adaptao social religiosa. Os elementos contidos nesse modelo pertencem a certos paradigmas sociais de outras culturas que ao tentar ser exportados para culturas diferentes encontra resistncia. H, ainda, um detalhe importante contido na afirmao

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    supracitada em relao cultura americana. Os defensores do modelo em clulas afirmam que o movimento no deu certo nos Estados Unidos por causa do esprito de independncia da cultura americana. Isso pode nos levar a entender as razes porque as clulas deram certo na Coria e em pases de terceiro mundo: por causa do esprito de subservincia a poderes tirnicos e carismticos por parte desses grupos sociais. possvel que o baixo nvel doutrinrio desses grupos seja um excelente fator para colaborar com seu esprito de subservincia. Segundo, que a idia de doutrina est estigmatizada como um fator de impedimento ao modelo de clulas. claro que isto uma afirmao absurda para quem conhece a histria do Cristianismo e a f reformada.

    O movimento das clulas declaradamente contra a nfase doutrinria. A verdade que nos Estados Unidos existe uma maioria muito forte da herana da reforma protestante, e o nvel de maturidade desses cristos americanos muito maior do que os cristos de pases cujas sociedades emergiram de religies orientais e animistas. Os americanos sabem o que querem em matria de cristianismo porque herdaram a bagagem teolgica dos cristos europeus reformados, enquanto que a igreja da Coria e pases de terceiro mundo nasceram em culturas de religies de mistrios, animismo, e catolicismo espiritualista. Alm do mais, possvel que o modelo de clula, por ser um modelo de governo episcopal monrquico, tenha dificuldades com sociedades muito democrticas.

    Comiskey concorda com Cho que a principal razo para as clulas no funcionarem nos USA porque a igreja americana muito resistente em abrir a liderana para os leigos. Os lderes do movimento das clulas acham que os primeiros lderes da igreja apostlica eram novatos que estavam a pouco tempo na igreja, e pensam que a liderana da igreja moderna em clulas imita a igreja apostlica nesse sentido. Isto revela-se um absurdo em interpretao da histria do Cristianismo, pois a maioria desses lderes eram judeus vindos da antiga educao judaica, j conhecedores profundo da revelao do A.T., e a minoria gentlica no era composta por nefitos. A liderana do movimento das clulas se ope fortemente a uma educao teolgica formal:

    Uma filosofia que conta com treinamento formal para a liderana da clula, freqentemente minimiza o poder do, e a confiana no Esprito Santo.Tome o exemplo do apstolo Paulo. Durante o primeiro sculo Paulo fundou igrejas em todas as partes do Mediterneo e deixou-as nas mos de cristos relativamente novos. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA, p. 55)

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    A viso de educao teolgica ser incompatvel com a obra do Esprito consiste na jurssica viso pentecostal da letra que mata. quase impossvel encontrar um pentecostal que goste de estudar a Palavra de Deus. A averso aos estudos teolgicos estigmatiza o movimento pentecostal como um movimento anti-conhecimento, sem tradio teolgica, e um esplndido bero de famosas heresias. Suas preferncias so pelas supostas revelaes existenciais, ou por suas prprias elucubraes humanas. Quanto ao modelo apostlico, podemos dizer que a grande falha desse movimento reconhecer que naquela poca os apstolos contavam com o ofcio proftico e com os dons espirituais de mestre, discernimento de esprito, sabedoria e conhecimento, (I Co 12:8-10). Comparar os lderes da era apostlica, que eram equipados com dons miraculosos da Palavra, com os lderes modernos das clulas sem dons, sem educao formal, sem doutrina, e de preferncia os analfabetos, fazer uma comparao absurdamente desnivelada. 7) Fere os padres confessionais e constitucionais da Igreja Presbiteriana do Brasil quanto ao culto. O CULTO HUMANISTA DAS IGREJAS EM CLULAS Como o perfil do movimento das igrejas em clulas um perfil pentecostal, necessariamente seu culto dever ser de natureza humana, no qual a nfase ser sempre nas obras humanas. A idia de culto formal ou solene absolutamente proibida no movimento. Os membros de clulas participam de reunies informais, nas quais a idia de culto vista como nociva ao crescimento do movimento. Como esses membros vivem na informalidade, suas mentes so programadas para uma religio informal tambm no templo. O pouqussimo ou nenhum convvio com a assemblia solene, faz com que o movimento das clulas seja uma igreja que, fora das clulas, se rene apenas para passar em revista o nmero dos que freqentam as mesmas, ao invs do verdadeiro culto a Deus. Vejamos a definio que Comiskey d ao culto:

    Tudo aquilo que a igreja precisa fazer treinamento, preparo, discipulado, evangelismo, orao, adorao feito por meio da clula. Nosso culto dominical somente uma celebrao coletiva. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p.17)

    Essa afirmao de Comiskey nos d a entender que o culto da igreja em clulas no funciona organicamente quando a igreja se rene com todos os membros. Afirmar que o culto dominical consiste apenas de uma celebrao em contraposio ao culto nas clulas o torna praticamente invlido no templo. Seguindo a definio de culto de Comiskey, a igreja no teria necessidade nenhuma de uma mera celebrao dominical, j que todos os elementos do culto encontram-se verdadeiramente nas reunies das clulas.

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    A expresso Igreja em clulas condiz perfeitamente com a idia de culto do pequeno grupo. Se a igreja em clulas, seu culto tambm dever ser em clulas. Essa a razo pela qual o movimento no d valor algum ao domingo como dia do Senhor, e descaracteriza totalmente a noo histrica do domingo para os cristos desde os dias apostlicos. A igreja em clulas busca alternativas diversas para substituir o antigo conceito de dia do Senhor, to cultivado pelas igrejas srias da reforma, bem como modificou o conceito histrico de culto dominical. Como eles mesmos afirmam, o culto dominical da igreja em clulas no propriamente um culto, apenas uma celebrao. O culto dominical estigmatizado pelos defensores das clulas como uma reunio ameaadora:

    Dale Galloway escreve: Muitas pessoas no querem participar de uma igreja porque isso muito ameaador, viro para uma reunio domiciliar. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p.83)

    Como o movimento entende que o culto no deve ameaar ningum, tudo feito para que ningum se ofenda, e sim, sinta prazer nos cultos. A natureza hedonista do culto das clulas clara e vamos estud-la mais adiante. O movimento de igrejas em clulas um movimento de fora centrfuga para a igreja institucionalizada. Em parte parecem ser contra toda forma de instituio eclesistica, mas no verdade. A prpria a igreja em clulas organizada em cima de uma mega estrutura com ofcios bem definidos e institucionalizados. A verdade que o movimento contra a instituio, estrutura e organizao da igreja histrica e contra seu culto. Quando o movimento surge dentro de igrejas histricas, sua antiga estrutura est ameaada. Essa uma das razes por que os Estados Unidos no assimilaram o modelo das clulas; os americanos no abrem mo do antigo modelo eclesistico histrico.

    A mudana ou transio de modelos ocorre sem muitos problemas em igrejas pouco doutrinadas ou de pastorados pouco influentes em teologia. J nas igrejas onde se tem um maior grupo esclarecido na Palavra de Deus, ou que teve um pastor que prezou por uma formao teolgica da igreja, nesses grupos o movimento das clulas encontra total resistncia para ser implantado. De certa forma, manter uma igreja pouco informada da doutrina consiste em vantagem para a implantao das mais estranhas estruturas eclesisticas do nosso tempo.

    Se o verdadeiro culto no acontece com a reunio de toda a igreja, mas apenas nas clulas, merece perguntarmos pelo culto das clulas e sua natureza. Vejamos:

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    O MANUAL DO AUXILIAR DE CLULA nos d o modelo exato do que acontece nos cultos das clulas, seguindo uma ordem cronolgica. PRIMEIRO PASSO: quebra gelo Objetivo:interao:voc para mim Atividades:refrescos e perguntas/dinmicas Atmosfera: No ameaadora, de 15 a 20 minutos SEGUNDO PASSO: adorao Objetivo:interao:ns para Deus Atividades:louvor e adorao Atmosfera: reverncia e gratido, de 15 a 20 minutos A primeira razo por que o culto das clulas no se encaixaria no templo com uma grande multido reunida a inviabilidade de se executar momentos de lazer sem tumultuar o conglomerado. O culto das clulas caracteristicamente um culto hedonista, marcado por uma sesso de lazer antes dos outros estgios. Para o movimento, importante no criar um ambiente solene, e sim bizarro, para que as pessoas relaxem psiquicamente, no criando nenhuma barreira para com a reunio. Esta estratgia uma metodologia humanista para preparar o recipiente para uma estratgia humanista. Se os lderes das clulas tivessem uma viso do evangelho de poder, nunca estariam preocupados em dar um jeitinho para que sua mensagem fosse aceita. A questo que dentro do movimento acredita-se mais no mtodo do que no poder de Deus. O modelo do culto quebra-gelo das clulas o famoso culto arminiano da bajulao e apelao, que foi condenado por Jesus e os apstolos. I Ts 2:5 A verdade que nunca usamos de linguagem de bajulao, como sabeis, nem de intuitos ganaciosos. Deus disto testemunha. Jo 6:60 muitos dos seus discpulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro este discurso; quem o pode ouvir. Por estes textos, fica claro que o modelo quebra-gelo do movimento das clulas uma afronta doutrina de Cristo e dos apstolos. Nem Jesus nem os apstolos estiveram preocupados em criar uma atmosfera no ameaadora para o culto e a entrega da Palavra. O evangelho sempre ofensivo para os pecadores que no esto em Cristo. Pregar um evangelho no ameaador, ou realizar um culto de bajulao descaracterizar o verdadeiro evangelho e mundanizar o culto. Com a mxima preocupao em agradar os incrdulos com o mtodo e a linguagem de bajulao, o culto da igreja em clulas , por natureza, um culto antropocntrico.

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    POSSVEL UMA IGREJA PRESBITERIANA, QUANTO AO CULTO, ADOTAR OS PADRES DO MOVIMENTO DE IGREJAS EM CLULAS SEM FERIR A CONSTITUIO, OS SMBOLOS DE F, E O MANUAL DE LITURGIA DA IGREJA? Vejamos, comparativamente, o que ensina a Igreja Presbiteriana do Brasil e o movimento de Igreja em Clulas: O Templo Igreja Presbiteriana: local de culto CI (Princpios de Liturgia) cap. II, art. 5 Igreja em Clulas: local de mera celebrao Enquanto o templo a representao das assemblias solenes do povo de Deus na antiga aliana, para a Igreja em Clulas o templo perde seu valor como local de adorao da assemblia, e cai na mais completa informalidade litrgica. Dia do Senhor Igreja Presbiteriana: obrigatrio para o culto pblico CI (Princpios de Liturgia) cap.I, art 3 Igreja em clulas: relativamente para uma mera celebrao ou qualquer atividade evangelstica, podendo-se at fechar o templo. Em algumas igrejas as celebraes acontecem de seis em seis meses ou at de ano em ano, e nada tem a ver com o culto das igrejas reformadas. A viso reformada do Dia do Senhor como o dia especfico da adorao solene em assemblia totalmente desviada para uma concepo de um dia reservado para outras atividades, desde que sejam da igreja. O culto pblico nesse caso no necessrio, pois ele j ocorre durante a semana nas clulas. Elementos do Culto Igreja Presbiteriana: leitura da Palavra de Deus, pregao, cnticos sagrados, oraes e ofertas, ministrao dos sacramentos CI (Princpios de Liturgia) cap. III, art. 8 Igreja em clulas: entretenimento(quebra-gelo), adorao, edificao, evangelizao. Na viso crist reformada os crentes, antes do culto, devem ter uma preparao espiritual com meditao na seriedade do que vai ser feito, enquanto que na Igreja em Clulas as pessoas precisam estar relaxadas, passando do entretenimento direto para a adorao.

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    Local de Culto Igreja Presbiteriana: templo CI (Princpios de Liturgia) cap.II, art. 5 Igreja em Clulas: nas clulas Na concepo reformada, qualquer lugar local de verdadeiro culto (domstico: no lar; pblico: no templo), enquanto que na Igreja em Clulas o verdadeiro culto acontece s nas clulas, sendo no templo apenas uma celebrao. 8) O movimento no defendido por nenhum telogo reconhecidamente erudito. CLULAS: UM MOVIMENTO DE BAIXA EXPRESSIVIDADE TEOLGICA NO MUNDO O modelo de igreja em clulas ainda permanece inexpressivo no mundo teolgico. Os maiores defensores do movimento no so reconhecidamente como eruditos ou homens do saber teolgico. A macia maioria dos intelectuais e pensadores do movimento so pragmatas ou missilogos que estudam o fenmeno social moderno, suas cores, formas, e movimentos, na tentativa de extrair brechas sociais nas quais possam acomodar o evangelicalismo dos nossos dias. O modelo eclesiolgico e pastoral das clulas no foi defendido por nenhum telogo srio da escolstica protestante nem depois dela. O movimento produto da compreenso pentecostal de igreja e sociedade que originou-se no sculo XX. Era de se esperar que a igreja em clulas no tivesse muita expresso teolgica, tendo em vista que os pentecostais sempre foram inimigos dos estudos teolgicos, carecendo, ainda hoje, de tradio teolgica sria. Podemos classificar o movimento como mais uma filosofia prtica dos nossos tempos que parece estar auxiliando a igreja em crescimento numrico. O que normalmente tem acontecido que muitas pessoas consideram a teologia do movimento das clulas vlida, pelo fato de poderem ver uma multido sendo trazida para a igreja. Mas, se o crescimento numrico da igreja referendasse uma boa teologia, certamente Edir Macedo e seus colegas pentecostais seriam os maiores telogos do nosso sculo. Na verdade, eles no so telogos, e sim, prticos, pois seus modelos eclesiolgicos funcionam muito bem com qualquer outro grupo social ou empresa. Esse modelo eclesiolgico no retirado a partir dos estudos teolgicos das Sagradas Escrituras, mas a partir dos paradigmas psico-scio-econmicos encontrados em todas as sociedades. A prova do que estou falando que o movimento das igrejas em clulas no funciona em todas as sociedades onde

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    implantado, pois, com muita dificuldade sai da Assemblia de Deus da Coria para umas poucas sociedades de terceiro mundo. Nos Estados Unidos, por ser uma sociedade muito mais preparada teologicamente, o movimento das clulas no consegue decolar. A tradio teolgica americana acende um esprito crtico para com o movimento de tal forma que no se abre para o pragmatismo das clulas. Tudo isto acontece porque os americanos ainda so muito apegados aos modelos da Palavra de Deus, e no abrem espao para modelos sociais. Os americanos buscam modelos da Bblia para o social, enquanto que o movimento de igrejas em clulas busca modelos do social para a Bblia. Onde houver esse paradoxo a igreja em clulas no se estabelece. 9) O conceito neotestamentrio do pastorado completamente pervertido e mudado para empreendedorismo pelo movimento. Como o movimento das clulas inaugura uma nova categoria eclesiolgica, necessariamente o pastorado tambm ser afetado. Paul Young Cho chamado de pastor da maior igreja do mundo da mesma forma como o papa chamado de pastor de todos os catlicos do planeta. So pastores que no pastoreiam, de fato, uma igreja desse porte. Secularmente, o termo pastor vai tomando o significado de dono, administrador, gestor, facilitador, idealizador, gerente, supervisor, analista, etc. Mas nada tem a ver com o sentido bblico da palavra. A AVERSO AO OFCIO PASTORAL APOSTLICO O movimento de igreja em clulas demonstra em seus escritos uma total averso ao ofcio pastoral apostlico. Para o movimento, o ofcio pastoral causa do impedimento do crescimento da igreja. Vejamos o que ComisKei afirma:

    Quando pessoas leigas fazem visitas de quinze minutos nas casas dos que vieram pela primeira vez num prazo de 36 horas, 85% destes retornaro na semana seguinte. Se o fizer num prazo de 72 horas, retornaro 60%. Se o fizer sete dias depois, 15% iro voltar. Se o pastor fizer esse contato, em vez de pessoas leigas, cada resultado cair pela metade. (CRESIMENTO EXPLOSIVO, P. 72) Incrivelmente, Comiskey afirma que o ofcio pastoral a desgraa

    da igreja: Visitar os recm-chegados logo em seguida faz uma diferena enorme. Observe quanto mais impacto essa visita tem quando ela vem de uma pessoa leiga em vez do clero. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO,P. 72)

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    Com estas afirmaes, Comiskey deixa claro que o ofcio pastoral no serve para o discipulado. Os leigos fazem um trabalho muito mais efetivo do que o pastor. Para o movimento de igrejas em clulas, conquistar almas que simpatizam com evangelho no algo promissor para o ofcio pastoral.

    Vejamos o que acontece ao ofcio pastoral no movimento de igreja em clulas:

    Nas igrejas em clulas, o ministrio tirado das mos de alguns escolhidos e colocado no colo de muitos. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p. 56)

    Comiskei considera que o ministrio pastoral dos leigos apenas uma extenso do ministrio do ofcio pastoral; o ministrio pastoral dos leigos foi retirado das mos do ofcio pastoral. assustador a equiparao de leigos e clero no movimento das clulas, sendo o ofcio pastoral considerado algo no muito relevante para a igreja. Intrigante tambm a viso de um clero preparado consistir em algo danoso para a igreja. Vejamos:

    O ministrio de ensino e pregao tpico das manhs de domingo no envolve muitas pessoas leigas. S permitida a participao de pessoas muito dotadas ou altamente formadas. Hadaway escreve: O cristianismo dominado pelo clero no mundo ocidental tem alargado o vo entre o clero e o laicato no corpo de Cristo. Essa diviso de trabalho, autoridade e prestgio comum quando existe um clero profissional.(CRESCIMENTO EXPLOVISO, P. 56)

    Essas palavras de Comiskey so sarcsticas. Para ele o pastorado preparado ou formado no bom para a igreja. mais importante que a igreja seja pastoreado por gente muito simples e leiga. Nessa viso, o estudo ou formao teolgica consiste num fator de impedimento de crescimento da igreja. Isto nada mais do que a velha premissa pentecostal que j tem um sculo: a letra mata. Esta foi a premissa que lanou os pentecostais na mais profunda ignorncia quanto Palavra de Deus e fez surgir grandes heresias. Essa a razo pela qual no aprendemos com pentecostais, pois eles no produziram teologia nem idias. A proposta pastoral do movimento de uma igreja pastoreada por gente que no tem conhecimento profundo da Palavra. No fundo, a igreja pastoreada pelo prprio povo que nada sabe nem para si. PASTORES QUE NO PASTOREIAM Quem so os pastores e o que fazem no movimento de igreja em clulas?

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    Na verdade, o movimento ilude o povo com a idia de que todo mundo pode ser pastor, utilizando-se do termo pastor-lder, mas no fundo ningum recebe remunerao ou mrito seno o clero deles. Essa viso pastoral no passa de demagogia crassa. Os pastores das clulas entregam todo o trabalho eclesistico ao povo, mas so eles que recebem a glria do crescimento to esperado. Todos os leigos so chamados de pastores de clulas, mas nenhum deles ascendem ao clero dos pastores gerais ou pastor da maior igreja. Certa vez, um pastor me mostrou uma estrutura de clulas que ele pretendia implantar em sua igreja. No final da apresentao perguntei-lhe onde estava o seu papel naquela estrutura gigantesca de trabalho; ele apontou para o topo da estrutura, local onde ele no teria que fazer absolutamente nada, a no ser uma reunio semanal com alguns lderes de distritos. Fiquei to surpreso com sua resposta que perguntei-lhe: E esse pessoal que trabalha pra voc recebe salrio pastoral? Por que no? Voc no me disse que todos so chamados para o pastorado? Por que s voc ganha quando o que menos trabalha? Na estrutura da igreja em clulas o clero no faz o trabalho pastoral, pois essa tarefa realizada pelo leigo. O trabalho do clero do movimento das clulas no passa de superviso estratgica de liderana. O clero no lida com o povo, pois isso, dizem eles, compete aos leigos. Esses pastores que no pastoreiam nem mesmo conhecem a igreja da qual se dizem pastores. H uma to grande rotatividade de pessoas e grupos dentro dessas igrejas que o pastor nem consegue acompanhar. Os pastores da igreja em clulas no conhecem o rebanho, no sabem dos nomes de suas ovelhas, no conhecem seus problemas, no sabem dos nomes dos filhos dos crentes; no sistema das clulas isso no relevante. Afinal de contas, o que faz o clero do movimento da igreja em clulas?

    Eles se afadigam somente em elaborao de estratgias, mtodos e superviso de lderes. A mesma tarefa de executivos que dirigem empresas. Essa foi a viso humanista que tomou conta do termo pastor na igreja em clulas. O que esses homens querem, na verdade, jogar o trabalho pastoral pesado nas costas dos leigos, enquanto eles posam de executivos, cuidando apenas do gerenciamento da estrutura do negcio. So gestores e supervisores de estratgias executadas pelo povo leigo da igreja. Este o mtodo copiado do mundo empresarial moderno e implantado nas igrejas em clulas. Os livros de treinamentos dos lderes no passam de manuais de mtodos de gerenciamento de empresas.

    O que os pastores da igreja em clulas deixam de fazer? Eles deixam de cuidar do povo. Eles deixam de ensinar o povo.

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    Eles deixam de ouvir o povo. Eles deixam de conhecer o povo. Eles deixam de curar o povo. Tudo isso feito pelo prprio povo, e eles ainda se orgulham de seus pastorados que nada realizam. Os pastores das igrejas em clulas so remunerados apenas para gerenciamento de estruturas. Nada tm a ver com o ofcio pastoral apostlico. As igrejas em clulas se colocam debaixo da liderana de seus pastores gerais, mas no precisam deles; dependem deles apenas como gestor e supervisor da estrutura. PASTOR NO GESTOR NEM GERENTE NO NOVO TESTAMENTO A palavra pastor no foi usada indiscriminadamente para qualquer membro de igreja como o faz Ralph Neighbour na sua teologia do pastorado leigo. Nenhum dom ou vocao espiritual dado a todos os membros da igreja. O apstolo Paulo deixou claro que a tarefa pastoral pertence a uns, e no a todos. Da mesma forma que o apostolado e a profecia foram dados a alguns, o pastorado tambm se encontra entre esses dons e ofcios. E Ele mesmo concedeu uns para apstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef 4:11) O termo pastor nunca foi usado para gerenciamento nem gesto de estruturas ou sistemas nas Escrituras. Paulo deixa claro que Deus estabeleceu o dom de governos, (I Co 12:28), e o dom de pastor, (Ef 4:11), como coisas distintas. O movimento de igreja em clulas faz confuso de significados, interpretando o pastorado como governo. O dom de governo o presbiterato ou liderana, que cuida dos negcios materiais da igreja, enquanto que pastor o dom do cuidado, do alimento, e da cura espiritual. A menos que o pastor realize esta obra pessoalmente, ele nunca poder ser chamado de pastor de ovelhas. Qual a necessidade de pastores para uma igreja que se auto-pastoreia? Como Deus chamaria pastores para o povo se auto-pastorear? Por que ento seriam chamados de pastores se o povo que faz sua tarefa? Como posso falar que Paul Young Cho pastor de gente que ele nunca viu? Dificilmente o termo pastor se aplicaria a pastorado virtual. Vejamos de que tipo de pastor fala a profecia de Ezequiel 34:1-16: Ai dos pastores que apascentam a si mesmos! Os pastores da igreja em clulas no apascentam o povo. Essa tarefa foi delegada aos leigos. Eles apascentam muito mais a si mesmos do que ao povo. No existe nessa profecia nenhuma indicao de pastorado por meio de terceiros ou indiretamente. Tambm no h nessa profecia nada que se assemelhe ao pastor executivo das igrejas em clulas. O pastor verdadeiro lida com ovelhas. Seu trabalho carregar ovelhas nos ombros, no delegar essa funo prpria ovelha.

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    No apascentaro os pastores as ovelhas? Os pastores das clulas incutiram na mente do povo que a igreja chamada a pastorear; mas a Palavra de Deus diz que a igreja chamada para ser pastoreada por alguns que foram vocacionados para isso, e no por ela mesma (Ef 4:11). Comeis a gordura, vesti-vos da l, e degolais o cevado, mas no apascentais as ovelhas. Os membros da igreja em clulas se auto-pastoreiam, fazem a tarefa do pastor,e no recebem nenhuma remunerao; enquanto isso, os pastores que no pastoreiam ganham a remunerao. A fraca no fortalecestes, a doente no curastes, a quebrada no ligastes, a desgarrada no tornastes a trazer e a perdida no buscastes. Os pastores de igreja em clulas no visitam as ovelhas. Ensinam que o povo d mais valor s visitas feitas por leigos. Assim, todo o trabalho de fortalecer, curar, buscar a ovelha perdida feito pelas prprias ovelhas. Mas dominais sobre elas com rigor e clareza. Os pastores das igrejas em clulas nada fazem no pastorado, mas buscam serem chamados de pastores da maior igreja do mundo. Adoram serem vistos como os chefes do povo; e se seus comandados no fizerem o trabalho pastoral certo dentro das clulas, eles dissolvem as clulas, retiram seus lderes, tomam seus postos e do a outros. Assim se espalharam, por no haver pastor

    O funcionamento orgnico da igreja em clulas comprometido por uma fragmentao e secularizao de alta rotatividade.

    O fim mais certo das igrejas em clulas um inchao massivo no nmero de membros, uma secularizao, e uma fragmentao de sua vida orgnica. A igreja em clula no funciona organicamente como igreja. Normalmente, e por pouco tempo, as pessoas s conhecem e se relacionam com os membros de sua clula, o que no ultrapassa a 15 pessoas. Ainda assim, cada clula se reparte em outra, formando outro grupo. A cada seis meses, as pessoas vo tendo um relacionamento rpido, rotativo e superficial com um novo grupo. Essa relao rotativa faz com que a igreja no tenha vida orgnica no corpo. A orelha no poder estar ligada cabea. Cada parte do corpo foi separada para viver isoladamente, com pouqussima relao com o restante da igreja. Por causa da alta rotatividade das relaes, as partes do corpo flutuam.

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    Quando todas as clulas se renem, os membros s conhecem apenas seu pequeno grupo por determinado tempo. Como substituram o culto no templo por uma mera celebrao que pode ocorrer esporadicamente, a cada dia que passa, mais gente conhece menos gente, e a igreja vai se tornando secularizada at se tornar um conglomerado de pessoas que no tm nenhuma relao umas com as outras, chegando a um tipo de Catolicismo Romano. Dessa forma o movimento de igreja em clulas consegue reunir uma mega igreja debaixo de um teto, na qual ningum conhece ningum, fragmentando e espalhando o corpo de Cristo, e esfacelando a vida orgnica da igreja como um todo. E se tornaram pasto para todas as feras do campo.

    A vida doutrinria da igreja em, clulas devastada, e dado lugar a uma selvagem busca por nmeros.

    Como a liderana da igreja em clulas formada por gente sem

    conhecimento, a nfase no dom de mestre banida, as reunies de doutrina so vetadas, e os treinadores dos lderes so o prprio povo, a igreja em clulas se torna um excelente bero para todas as anomalias doutrinrias e pentecostais de nossa poca. Uma igreja liderada por si mesma fraca e imatura. Qualquer lobo devorador a atacar com facilidade. O erro sempre estar porta de uma igreja onde todo mundo ensina a todo mundo e ningum sabe de nada. Como o grupo vai se tornando cada vez mais superficial na Palavra, e pouco esclarecido sobre a verdade, torna-se presa fcil para os dominadores vorazes que s trazem destruio para a igreja.

    10) O movimento consiste de mais um movimento religioso de bases psico-sociais, e no genuinamente evanglico. A PROPOSTA DE IGREJA EM CLULAS UM MTODO FUNDAMENTADO EM PRESSUPOSTOS ARMINIANOS O movimento de igreja em clulas no confia inteiramente na obra do Esprito, nem pode ser chamado de uma aventura do Esprito, como quer Comiskey. O movimento depende muito mais de estratgias e mtodos psico-sociais do que do poder do evangelho. muito claro em seus cursos, livros, manuais e treinamentos, a nfase demasiada em tticas, mtodos, dados, modelos, tcnicas, dicas, passos, estruturas, esquemas, sistemas, nmeros, grficos, posturas, testes, pesquisas, amostragens, princpios, regras, e muito know-how em como aumentar a igreja em mega igreja. Tudo isto consiste em viso humana empresarial moderna para o crescimento da igreja. Nada dessas coisas foram praticadas pelos apstolos. Eles confiavam inteiramente no poder salvador do evangelho (Rm 1:16), e suas palavras no eram apelaes de mtodos e estratgias, mas era demonstrao de poder, (I Co 2:4,5). O evangelho apostlico salvava vidas no meio das multides e dos

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    conglomerados apenas pela pregao da Palavra sem nenhuma linguagem de bajulao, (I Ts 2:5). Mas a proposta da igreja em clulas completamente diferente do evangelho apostlico. Vejamos: 1) Os relacionamentos sociais so a base do interesse dos freqentadores de uma clula, e no a conscincia de uma mente culpada e que necessita de salvao.

    O primeiro estgio da vida da clula gasto para que os membros possam se conhecer melhor. Talvez os lderes das clulas devessem desenvolver bem a arte dos quebra-gelos (conhecendo-se uns aos outros) durante os primeiros dias. Esse estgio dura um ms. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p. 20)

    A primeira investida arminiana para com os incrdulos fazer com

    que eles dependam emocionalmente uns dos outros, criando vnculos fortes e difceis de serem rompidos. Uma estratgia montada e um ambiente criado para que todos busquem a companhia e a amizade dos outros mutuamente; comea-se assim um relacionamento cativante na clula, o qual, depois de pouco tempo, passa a ser chamado de converso. Pessoas que estiveram nas reunies por motivos sociais passaram a ser vistas como convertidas. Dessa forma a igreja em clulas vai inchando at tornar-se a maior igreja do mundo, dando falsa f e falsa esperana a pecadores que nunca conheceram o verdadeiro evangelho de Cristo. 2) A participao humana com eventos sociais muito importante para abrir o corao dos pecadores.

    Um meio eficaz de abrir coraes e atrair o seu oikos so os encontro sociais. Piqueniques, eventos esportivos, retiro em um chal nas montanhas, ou refeies em conjunto no so ameaadores e so ambientes no vinculados igreja, onde os no cristos se sentem vontade. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p. 76) O meio eficaz para a abrir o corao dos novos convertidos na Era

    Apostlica era o poder de Deus somente pela pregao da Palavra. Deus abria seus coraes enquanto ouviam a Palavra, (At 16:14).

    Comiskey afirma nesta citao que o ambiente de igreja

    ameaador para no crentes. Segundo ele, o mtodo de fazer a igreja crescer tornar o evangelho no ofensivo para transgressores. Eles devem se sentir muito vontade, mesmo tendo um status de culpados, ofensores de Deus e inimigos de Cristo. Ningum dever dizer essas coisas feias a eles para que eles no se ofendam. muito importante que no ouam nada disso, para que no se sintam constrangidos. Toda a atmosfera das clulas para fazer os visitantes relaxados e satisfeitos consigo mesmos. Tambm importante que a abordagem ou primeiros contatos com pessoas incrdulas sejam por um bom tempo sem falar de

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    igreja, para que no se sintam ameaadas e venham a recusar o convite a uma reunio de clula.

    Que absurdo! O que dizer de um evangelho que no est

    preocupado em constranger pecadores nas mos de um Deus irado? Esse o evangelho da bajulao que todos querem ouvir, e depois de ouvir, eles estaro rindo, relaxados, divertidos, e muito satisfeitos consigo mesmos. Esse evangelho no foi o mesmo pregado por Jesus, pois os pecadores foram constrangidos e ofendidos pelas palavras do nosso Salvador, (Jo 6:60,66); tambm no foi o evangelho pregado por Paulo e os apstolos porque foi chamado de loucura para gentios, e escndalo para judeus, (I Co 1:23). Se Paulo pertencesse ao movimento das igrejas em clulas, ele teria dado um jeito para no escandalizar ningum nem fundir suas cucas. Mas o verdadeiro evangelho ofensivo para pecadores. Quando no h ofensa na pregao do evangelho, certamente os pecadores no foram tocados pela Palavra de Deus em sua verdadeira essncia.

    Essa a razo da igreja em clulas crescer: grande agrupamentos

    de gente que entrou pela janela da satisfao social, e no pela porta do arrependimento e f. 3) A base das converses nas clulas a necessidade alheia suprida, e no o poder regenerador do Esprito de Deus. 92

    Temos mais de 50.000 clulas e cada clula ir amar duas pessoas para Cristo durante o prximo ano. Eles escolhem algum que no cristo por quem eles podem orar, a quem podem amar e servir. Eles levam refeies, ajudam a varrer a loja de algum qualquer coisa que possa mostrar que realmente se importam com as pessoas... Depois de trs ou quatro meses desse tipo de amor, a alma mais endurecida amolece e se rende a Cristo.(CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p. 92) Como j falamos anteriormente, a igreja em clulas no cr que o

    evangelho poder em si s. Para eles necessrio que alguma coisa seja feita para ajudar a mensagem a fazer efeito. por esta razo que todo trabalhalho evangelstico deles obrigatoriamente acompanhado de movimentos sociais; so obras que ajudaro a Deus conseguir converter pecadores.

    Se a igreja em clula retirar o elemento social de seu projeto eclesiolgico ele certamente no produzir frutos, pois a proposta da igreja em clulas uma proposta humana, e s pode funcionar em bases sociais. 4) A barreira social o que impede a Deus de realizar a converso de pecadores.

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    Donald McGravan faz a alegao revolucionria de que as maiores barreiras para a converso so sociais e no teolgicas, e isto muitas vezes verdade no evangelismo na clula. Sempre melhor formar novos grupos de acordo com relacionamentos oikos naturais. (CRESCIMENTO EXPLOSIVO, p. 100)

    Essa uma das mais graves afirmaes vinda dessa pastorada oriunda do Fuller Seminary. Esta afirmao de Comiskey revela o por qu dessa gente dar tanta importncia a mtodos e eventos sociais para acomodar o evangelho ao homem moderno. Com esta afirmao, o mentor das clulas justifica o seu mtodo celular com base naquilo que ele acredita que o homem pode fazer para interromper o desgnio de Deus. Para eles, Deus s converte pecadores depois que a igreja em clulas derruba as barreiras sociais. Eis a razo por que tanta nfase em quebra-gelos e tantos outros eventos sociais e nfases no humano. Tudo isto faz parte do cardpio principal do movimento. Toda a estratgia da igreja em clula uma viso arminiana de que necessrio remover as barreiras sociais dos homens para possibilitar Deus salvar pecadores. Tudo isso o mais puro e verdadeiro arminianismo: uma terrvel ofensa ao Deus soberano Todopoderoso. TODO MUNDO PASTOREIA TODO MUNDO, E NINGUM SABE DE NADA. A idia do pastorado leigo uma idia romntica e falsa quanto maturidade da igreja. Nenhum grupo leigo pode produzir conhecimento suficiente para amadurecer a igreja de Cristo sem estudos teolgicos de terceiro grau. A proposta de uma liderana leiga levar o grupo aos mais baixos nveis culturais na Palavra de Deus, e descortinar excelentes oportunidades para heresias e contracultura crist. A histria da Igreja Crist tem mostrado que todos os modelos de grupos religiosos de liderana leiga terminaram nos piores exemplos de erros, misticismos, heresias, ignorncia e averso ao estudo da Palavra de Deus. Isso tambm relembra muito a nfase pentecostal de pouco apego s Escrituras Sagradas. A perspectiva pentecostal contra o estudo teolgico e mente teolgica produto da conhecida tese a letra mata. No movimento da igreja em clula, proposto um treinamento de liderana que est muito longe do preparo pastoral bblico e necessrio para a igreja de Cristo.

    A irresponsabilidade tamanha. Pessoas comuns, sem muita familiaridade com as Sagradas Letras, recebem um treinamento duvidoso e parcial dentro das prprias clulas, pelos lderes mais antigos (que s tm seis meses de experincia), treinamento esse voltado apenas para estrategismo e pragmatismo, e recebem um ttulo de pastor, aos quais, depois de fragmentado, o rebanho entregue a eles para ser cuidado e alimentado. As reunies de doutrina, antes feitas pelo pastor, so agora substitudas pelas reunies leigas nas quais todo mundo ensina a todo mundo e ningum sabe de nada.

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    Ainda no conheo igrejas em clulas de crentes maduros na palavra. Alis, os pastores que esto frente das igrejas em clulas no recebem destaque teolgico, e sim pragmtico. Eles no so conhecidos por terem amadurecido a igreja, e sim por terem-na aumentado.

    A nfase do movimento no est preocupada com o ministrio da

    Palavra, mas no aumento selvagem de freqentadores de clulas. O nome de um dos livros de Joel Comiskey : CRESCIMENTO EXPLOSIVO DA IGREJA EM CLULAS. evidente que todo crescimento explosivo anmalo, e no pode ser uma proposta sadia de crescimento para a igreja de Cristo.

    cmico, depois de uma proposta de povo auto-pastoreado, encontrar nos livros do movimento, afirmaes de que eles esto preocupados com a qualidade da igreja que esto formando.

    A idia de edificao ensinada na igreja em clulas estranha s Escrituras Sagradas. Por edificao os mentores do movimento entendem necessidade de qualquer tipo suprida. A sugesto de Neighbour que cada irmo edifica o outro como pode, e assim a Igreja vai sendo edificada. O movimento de igreja em clulas totalmente contra os termos mestre, e doutrina. Dessa forma, o conceito de edificao tambm tem de ser mudado. No vocabulrio da igreja em clulas doutrina foi substituda por experincia, mestre por facilitador, edificao por necessidades supridas. (MANUAL DO LDER DE CLULA, Neighbour, p.163) 11) O movimento uma excelente proposta para criar lderes carismticos tirnicos. AUTORITARISMO, TIRANIA, E PROMOO HUMANA: FRUTOS DE UMA MEGA IGREJA O que est por trs do pastorado leigo das igrejas em clulas? A estratgia to apreciada do movimento das clulas, em entregar o pastorado da igreja aos leigos, cham-los de pastores, e dizer que a igreja em clulas uma igreja que se auto-pastoreia, parece ser uma proposta muita boa para pessoas sem vocao que nunca freqentaram uma escola teolgica, e desejam liderar a igreja. Vejamos o que prope o movimento das clulas para o pastorado:

    Diferente do movimento de Igrejas nas casas, as clulas so parte de um todo. As clulas no so independentes, mas interdependentes umas das outras. Muitas clulas se encontram formando uma congregao para terem uma celebrao semanal em conjunto. Uma congregao uma extenso das clulas e no funciona sem as clulas. Desse modo, o pastoreio

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    dos membros feito pelo lder de clula, que responsvel por um grupo de apenas 3 a 15 pessoas, e no pelo pastor da igreja, que pode ser o responsvel por centenas ou at milhares de pessoas.

    No movimento de igreja em clulas a tarefa pastoral transferida para os leigos, mas quem leva a fama de pastor de milhares so os pastores oficiais da igreja. Isso significa que os leigos so pastores para trabalhar pesado, e os pastores oficiais so pastores para dar ordens, comandar, chefiar, demitir e admitir. Na verdade, no so pastores, so executivos. Qualquer pessoa de bom senso entende que isto o sistema de gerenciamento de empresa, e no de uma igreja. H, nessa proposta do pastorado de clulas, uma malfica filosofia, baseada na perspectiva pentecostal do lder carismtico. No pentecostalismo, o pastor perde suas funes teraputicas ordinrias do ofcio, e passa a encarnar a figura divina e tirnica do lder carismtico. Ele passa a se destacar do povo, se torna difcil ser encontrado, nunca vai na casa do crente comum, e ainda assim considerado um semi-deus, por ser uma figura rarssima no meio dos irmos. Todos querem tocar suas vestes, e suas palavras funcionam quase como orculos. Geralmente tm interesse de agrupar o maior nmero possvel debaixo de seu domnio, com alguns auxiliares no muito influentes sobre o povo. Para eles, quanto maior a igreja, mais carisma e mais poder para o seu pastorado. O mtodo de igrejas em clulas uma proposta para se acabar com a vocao do ofcio pastoral no meio do povo, e tornar os pastores gerais (nome dado aos pastores do movimento) em lderes carismticos de poder absoluto. O povo desse movimento no percebe que a proposta da igreja em clulas de se manter uma igreja gigante debaixo do menor nmero possvel de liderana oficial. Quanto mais raro for a figura do ofcio pastoral, mais carismtico ele se torna. Da, esta estratgia resulta em mais poder dominando um maior nmero de leigos. Isto redunda em trs malefcios: o de formar pastores que so verdadeiras figuras carismticas, dando-lhes poder sobre o maior nmero possvel de pessoas; o de enganar a igreja, dizendo que ela pode se auto-pastorear, desviando a ateno da necessidade de lderes oficiais bem preparados; o de retirar do povo a oportunidade do ofcio pastoral.

    O mtodo das clulas exatamente esta proposta de manter o maior nmero de clulas debaixo de um pastorado geral e auxiliado por pastores opacos e no muito significantes, que colaboraro para o engrandecimento da figura carismtica do pastor geral. Por esta razo que se diz que:

    David Young Cho Coria pastor de 153.00 pessoas Csar Castellanos Colmbia pastor de 35.000

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    Jorge Galindo El Salvador pastor de 35.000 H muitos outros pastores que auxiliam estes homens, mas somente um recebe a glria. A igreja em clula , politicamente, um sistema autoritrio de promoo de lideranas carismticas, imbatvelmente destacadas. O desejo de configurar como pastores das maiores igrejas do mundo, faz com que esses lderes carismticos construam sistemas polticos autoritrios para se destacarem como criaturas de grande poder e eficcia entre os homens, e no permitir que nenhum outro nome dentro de seu grupo receba o ttulo. Em outras palavras, a mega igreja em clulas uma excelente opo para formatar a fama e o poder para seus lderes carismticos, bem como para a captao de grandes somas de recursos financeiros centralizados. AFIRMAES FALSAS, RESPOSTAS DURAS! A IGREJA EM CLULAS AFIRMA: A organizao de uma Igreja em clulas um retorno comunidade crist de base, descrita no novo testamento: Cada casa uma igreja, cada membro um ministro, vivendo em Cristo de casa em casa e na grande congregao. OBJEO: Tudo no passa de conjecturas e invencionices da cabea dos mentores do movimento. No h como provar que a Igreja neotestamentria era em clula. No h no NT nenhuma estrutura parecida com o que eles inventaram hoje. A IGREJA EM CLULA AFIRMA: Em outras palavras, no modelo de grupos pequenos, ns podemos experimentar a proximidade com Deus de um modo que no podemos experimentar de outra forma. Jesus expressou isso quando disse que estaria no meio de duas ou trs pessoas que se reunissem em seu nome. H algo de incomparavelmente ntimo a respeito da presena de Deus nos pequenos grupos. O alvo da clula que os membros encontrem a presena de Jesus, que est intimamente interessado em suas vidas, para submet-las ao seu domnio. OBJEO: Jesus ensinou exatamente o contrrio: no h mais um lugar definido para se adorar melhor a Deus, (Jo 4:21-23). A verdadeira adorao no est no templo ou em casas, pois Deus no est condicionado a lugares. A IGREJA EM CLULA AFIRMA: Ns cremos tanto na asa do grupo grande como na do grupo pequeno. Ns cremos que o modelo de ministrio em clulas um modelo bblico de ministrao, que melhor expressa o carter e a vida de Deus entre ns,

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    que permite que todos os membros sejam ministros (e no apenas o pastor), que um modelo que trabalha com evangelismo e transfervel para todas as culturas (fazendo dele um modelo para plantar igrejas). OBJEO: Falso! O que melhor expressa o carter e a vida de Deus entre ns a figura do tabernculo que ainda continua sendo o modelo da presena de Deus na vida futura, e no clulas, (Ap 21:3).

    A IGREJA EM CLULA AFIRMA:

    A clula uma expresso do carter e da vida de Deus entre ns. O Pr Bill Beckham usa a idia de Deus sendo o "Deus mais alto" e o "Deus mais prximo" para mostrar porque as clulas expressam o carter e a vida de Deus entre ns.

    OBJEO: Se isto verdade, ento Israel nunca experimentou Deus, pois toda a sua histria ao lado de um Deus cultuado continuamente no Tabernculo e mais tarde, no Templo. A IGREJA EM CLULA AFIRMA: Quando a clula cresce em nmero, a liderana reproduzida e as clulas se multiplicam. Depois da multiplicao de uma clula, ela comea a focalizar-se novamente no crescimento e multiplicao. OBJEO: Tudo o que cresce tem que amadurecer. Se a nica filosofia da igreja em clula crescer incessantemente, ela se tornar uma monstruosidade anmala e sem vida. A IGREJA EM CLULA AFIRMA: O seu principal trabalho como lder de um processo investir no trabalho de treinamento de lderes e levantamento de futuros lderes, mesmo que esses futuros lderes sejam ainda novos-convertidos. No conseguimos ter lderes da noite para o dia. Eles precisam estar inseridos em um processo de treinamento (discipulado) desde sua converso. O trilho de treinamento faz parte do processo de amadurecimento dos lderes. Um excelente livro para esse assunto Multiplicando a liderana de Joel Comiskey. OBJEO: A funo pastoral no fabricar lderes, e sim cuidar do povo de Deus. Liderana pastoral vocao dada pelo Esprito de Deus, e no pelos homens. A Bblia no diz em lugar nenhum que todo crente um lder, mas que a UNS Deus estabeleceu na igreja com uma funo; no todos. A IGREJA EM CLULA AFIRMA: Sem dvida, o processo de encontrar lderes multiplicadores uma das tarefas mais delicadas no processo de uma igreja em clulas. Baseado em Ex 18 (Jetro), dizemos que um lder precisa ser fiel, capaz (ou ensinvel) e

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    disponvel. Na parte de ser capaz, no exigimos nada alm que ele seja capaz de facilitar um encontro de clula e ter alguma noo de aconselhamento para poder ajudar os membros. Isso diminui o grau de expectativa a respeito dos lderes. No h necessidade de encontrar "super-homens ou mulheres", mas pessoas normais, que podem fazer o trabalho sem grandes exigncias. Outro detalhe muito importante que candidato a lder tenha certeza que no vai ser deixado na mo, mas que ter