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ÍF©2LjB!?3l 3í(S>&K3rfi©3.> WíSíl^a IS TSí®$K©X®Ã% ASSIGNATURA Publica-se uma vez por semana. Pagamento adiantado Por anno . Por semestre . Folha avulsa . 60000 . 30000 *. 0200 PHASES DA LUA Ho eorrente inez Qüabto minguante A 5 ás 9 horas da manhã. nova A 13 ás 3 horas damanhã. quarto crescente A 19 ás 10 horas da tarde. cheia A 27 ás 1 hora damanhã. DIAS SANTIFICADOS. «O e 31 OBSERVAÇÕES As publicações do intorosso particular serão feitas por ajusto. Para serem pu- blicados escriptOB que contenham respon- sabilidatlo faz-se prociso quo venham lo- galisados. Todas as correspondências e reclamações deverão ser dirigidas ao escriptorio da re- dacção árua de Hor tas n*. 24 !•, andar» tssssssssi ANUO II llio Orande do Éorte = CJidatle do Assíi, 4 de Maio de |SW = NUIIERO 20 INTERIOR vibrados pela mão delles são sempre j demos as explicações que eram devi- j porem sempre justa o decente aquelle mais dolorosos do que pela dos adver-1 das ; se foram ou não aceeitas, diga-o a ministério, não podia áffirmar que fu» sanos. (Muitos apoiados da maioria.) unanimidade com que esta câmara re- Por maior que seja pois o propósito . cebou a organisação ministerial... . que tenho de ser moderado para com O SR. FLORENCIO DE ABREU : ^U„ I o illustre deputado, posso em uma ou —Unanimidade, não apoiado. CÂMARA DOS SRS. DEPUTADOS outra apreciayi0 dizer aquin0 que não] ^O SR. MINISTRO DA FAZEN Cessão em IO de llareo de está em minhas intenções. Respeito ; DA :—. . excepção da illustre op as suas luzes, respeito a sua conscíen cia, respeito a sua dignidade; mas pe- ço que em compensação, tenha o mes- mo procedimento para com seus ami- gos. (Muito bem da maioria.) Senhores, o illustre deputado tem, posição liberai. Não apresentarei eomtudo uma cx cepção de prescripção; acceitarei a dis gia e procurava as corarnodidados do poder. Muitos apoiados. E comraodidades do poder, senho- res !...Ponhamos alguns pontos. (Mui- tos apoiados; muito bem ; muito bem.) Sr. presidente, são do admirar esta e outras injustiças, porque na reaiida- de é doloroso que, quando se fazem oa maiores sacrifícios pela causa publica, ^^ ^f «^ ^r K.-V ^f %.1é \*/*•/ ». \J ¦•» ^r «. JE,l ¦«.— —— - -w-— —- ²².-j^Ag cussão no terreno em que a collocou o seja aquelle mesmo que deve ter co- illustre cavalheiro ; e terei de repetir o nhecimento desses sacrifícios quem nos que muito pouco me agrada, palavras venha lançar em rosto o nosso proce- i ™..~ i~ í~..«.„ «.nin Ar. ...v-.r> xmrr t-i <.nml vi _ . ri íw» OnfAI A ITknl ri.tt.l\fl como se sabe, uma imaginação arden- í que ja foram rnais.de uraa vezpronun- dimento. (Apoiados.) i A_ _ _ _ i-_i,:x„ J~ -.: ~.,,,„: o,~-v,«„^ i ^.'n^r.»O «ai'* nnr tal forma. O paiz por tal forma marchará para Resposta á falia do Throno. O Hr. Barft» de fotcglpe (Ministro da Fazenda) (Attencã*) :~~ ¦«—-., ----- r~-Q~~s -;- . , Sr presidente, vou tentar responder : te ; e o habito de viver, quasi sempre, , ciadas.yrxrrr 17- -r? —---* a dous illustres cavalheiros athletaa nessas regiões, faz com que, na poli-| Se na continuação da minha resposta,ura fim deplorável de certo ; e e que os desta tribuna Na armadura de um, tica, elle áppliqüè, âs vezes o mesmo \ qae não poderá deixar de ser muitoj homens que podem tomar a responsa- veio a'divisa dos meus adversários, j methodo ; e, vice-versa, nas suas com-' descosida, eu envolver a minha pessoa,bilidado do poder hão de escusar-se de na do outro veio brilharem as cores posições litterarias envolva também, ; desculpe-me a câmara, porque teste-fazei-o. debaixo das' quaes estou acostumado | ás vezes, a politica ; eu próprio, Sr. | munhou que durante quâsi duas horasE os meus illustres adversários que combater I presidente, ja entrei n'uns alfarrábios.. ! o Barão de Cotegipefoi o assumpto dome ouvem hão de um dia sentir a ver- Se me não será fácil aparar os gol- | O SR. AFFONSO CELSO: -Apoia j discurso do nobre deputado.dade que acabodo enunciar. pes do primeiro, como poderei com o .do. i UMA VOZ :'—Está no se peso dos que me foram vibrados pela | O SR. MINISTRO DA FAZEN- mào da um Achiles conservador, o ! DA :—...que o illustre deputado es- qual depois de recolhido ás tendas, ; creveu, narrando aschronicas da cida- voltou ao combate mais temeroso e de do Rio de Janeiro, mais intrépido "Não admira, portanto, que no seu O illustre deputado conservador discurso elle me fizesse o Demônio Fa-. UMA VOZ :—Está no seu direito. OUTRA VOZ':—E' defeza. O SR. MINISTRO DA FAZEN- DA :—Para que eu o podesso ouvir com o sangue frio, que taes oceasiões demandam, foi mister, Sr. presidente, que fizesse uma operaç.ão intellectual: com^arou^noB toldado que não! a-j íni^^daipolitiça. (Hüaridade.)isto é, que me abstrahisse completa bandona o seu posto senão por ordem Mas, tudo isto reduzido a seus devi- mente de mim próprio. Eu dizia : superior. É verdade, senhores: a j dos termos, como hei de reduzir, pela j aquelle de quem Mia o nobre deputa- comparação tem cabimento ; mas em ! exposição da verdade dos factos, não j do não é o Barão do Cotogipe,, que sentido diverso daquelle que lhe deu o restará mais do que uraa bolla peça 1 está sentado nestas) cadeiras, è um illustre deputado.j oratória, digna dos talentos do nobre j outro Barão de Cotegipe de sua inven- O homem politico é, com effeito, um j deputado, e que honra a tribuna deste \ são (muito bem), e então puz-me a ad - soldado; não pode abandonar o seu! paiz. (Muito bem.)| mirar a íertilidade da imaginação do posto diante de quaesquer hostilidades; j O discurso do illustre parlamentar é t nobre deputado. (Muito bem ; muito pode ser vencido, mas deve cahir com j uma teia tão bem tecida e tão bem or- ] bem.) gloria. (Apoiados da maioria.)nada, que eu sinto, na verdade, ter de Eu, portanto, sustentar-me-hei nes tirar-lhe alguns fios, que possam detiir- te posto, emquanto não me faítar a | par a sua belleza ; mas, se essa teia é, confiança de meus amigos politicos. (Muitos apoiados da maioria) Não obedecerei á intimação desse illustre deputado quo julgou-se com- petente para fazel-a, fundado nao sei tam que precedentes. (Muitos apoia- dos da maioria.) UMA VOZ DA MAIORIA :=Fal- lou por conta própria. O SR. MINISTRO DA FAZEN- DA:— Sr. presidente, se nesta luta, a que o illustre deputado nos provoca, eu tiver de suecumbir, talvez que elle próprio nao deixe de derramar uraa lagrima sobre o cadáver de seu com- pánhèirò d'armas, e que para o futu em ultima analyse, uma accusaça> con tra nós, que temos a honra de sentar- nos nestes bancos, ha de ser-me per- mittido lançar mão ousada sobre esse artefacto tão harmônico e tão de ante- mão preparado. Ha nelle um defeito somente, Sr. presidente, e é o de poder ser qualifi- cado como um anachronismo : o dis- curso do illustre deputado tinha seu ca- bimento na occasiao em que o ministe- O exordio e a peroração foram orna- dos com factos allusivos a mira, esque- cendo-so até serviços quo prestei con- junetamente com o illustre deputado. Disse S. Exc. que aqui vinha salvar os créditos e a sorte do partido conaér- vador, e que, na espécie de abystno em que este iria cahir, ja.se prepara- va, levantando a sua tenda para com O SR. DUARTE DE AZEVEDO; —Ja sentiram. O SR. MINISTRO DA FAZENDA; —Abrindo mão destas considerações, tratarei da org.anisação do ministério. O ministério, disse o nobre deputado, foi mal organisado por diversos moti- vos, cada qual mais poderoso, e quo deviam inhibir que elle se apresentas- se perante.o corpo legislativo. Em primeiro logar consideremos que o nobre deputado foi contraclicto- rio, porque, ao passo que dizia que o ministério foi mal organisado, conce- dia que elle tivesse atravessado o es- paço de tempo decorrido ; mas que agora, na reunião das câmaras, devia resignar o poder, porque a sua mis- são estava terminada. Logo o minis- terio tinha sempre alguma missão a cumprir ; logo organisou-se para algum fim de utilidade publica. Mas o nobre deputado, que isto mesmo negou, como apresenta o ulti- mo dos seus alludidos argumentos ? Porque foi, porem, o ministério mal bater os seus adversários, emquanto organisado "^ que outros, isto é, o Barão de Cote- Em synthese o ministério foi mal gipe (risadas), dispunham-se a ir ou- organisado, porque fez parte delle 0 vir o ciclar dos cannaviaes, e repou- j Barão de Cotegipe. Se o ministério tivesse sido organisado sem a presen- ça desse Barão, naturalmente merece- ro venha a lastimar não achar um bra- i de ter passado pela prova de umaelei- ço para a sua defeza. (Muito bem da \ ção, é ura discurso fora de tempo. Miai.nriri._~\/'A-nmn.rl.nsi rl.rt. nmn.rnvi.n. \ maioria.) E sempre uma posição dolorosa ter de arcar com amigos; mas também „_, .„,.„ u„w Ä._ } sara sombra de copada mangueira ' rio de 25 de junho compareceu nesta . Tityre, tu patulae recubans \-¦..-, ^ câmara, exhibindo o seu programma Ora, que outros proferissem taes pa- . ria as graças do nobre deputado. (muitos apoiados !a maioria); o àimuv- lavras, de boamente lhes perdoaria ; | Uma outra rasão era qua no partido so proferido, depois que o ministério ! mas o illustre deputado, que em 1867 i conservador havia membros muito cons- atravessou uma longa serie de dias, e | vio que o Barão de Cotegipe abandonou picuos e muito no caso de serem ena- " ' o ciciar dos cannaviaes e a sombra das ; mados para formar o gabinete, e que mangueiras, e veio para aqui fazer ! o presidente do conselho não estava opposição com S. Exc. ao ministério habilitado para as funeções importân- de 3 de agosto ; que prestou todos os . tes desse cargo, sacrifícios quo podiam depender delle j Sou o primeiro a reconhecer, Sr. pre- (Apoiados da maioria.) A organisação do ministério foi dis- cutida longa e proficientemente no se- de arcar com amigos; mas também j cutida longa e proficientemente no se- sacrifícios quo podiam depender delle j bou o primeiioaioconucooi, ui. pio- V, Exe. comprehendo que os golpes'nado e nesta casa; em um e em outra para fazer opposição vehemente sim,; sidente, que o partido conservador ,_; ILEGÍVEL NGINP MRNCHRDfl

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ASSIGNATURA

Publica-se uma vez por semana.

Pagamento adiantado

Por anno .Por semestre .

Folha avulsa

. 60000. 30000

*. 0200

PHASES DA LUAHo eorrente inez

Qüabto minguante A 5 ás 9 horas da manhã.nova A 13 ás 3 horas da manhã.quarto crescente A 19 ás 10 horas da tarde.cheia A 27 ás 1 hora da manhã.

DIAS SANTIFICADOS.«O e 31

OBSERVAÇÕES

As publicações do intorosso particularserão feitas por ajusto. Para serem pu-blicados escriptOB que contenham respon-sabilidatlo faz-se prociso quo venham lo-galisados.Todas as correspondências e reclamaçõesdeverão ser dirigidas ao escriptorio da re-dacção árua de Hor tas n*. 24 !•, andar»

tssssssssi

ANUO II llio Orande do Éorte = CJidatle do Assíi, 4 de Maio de |SW = NUIIERO 20

INTERIOR vibrados pela mão delles são sempre j demos as explicações que eram devi- j porem sempre justa o decente aquellemais dolorosos do que pela dos adver-1 das ; se foram ou não aceeitas, diga-o a ministério, não podia áffirmar que fu»sanos. (Muitos apoiados da maioria.) unanimidade com que esta câmara re-

Por maior que seja pois o propósito . cebou a organisação ministerial.... que tenho de ser moderado para com O SR. FLORENCIO DE ABREU :

^U„ I o illustre deputado, posso em uma ou —Unanimidade, não apoiado.CÂMARA DOS SRS. DEPUTADOS outra apreciayi0 dizer aquin0 que não] ^O SR. MINISTRO DA FAZEN

Cessão em IO de llareo de está em minhas intenções. Respeito ; DA :—. . .á excepção da illustre opas suas luzes, respeito a sua conscíencia, respeito a sua dignidade; mas pe-ço que em compensação, tenha o mes-mo procedimento para com seus ami-gos. (Muito bem da maioria.)

Senhores, o illustre deputado tem,

posição liberai.Não apresentarei eomtudo uma cx

cepção de prescripção; acceitarei a dis

gia e só procurava as corarnodidadosdo poder. Muitos apoiados.

E comraodidades do poder, senho-res !...Ponhamos alguns pontos. (Mui-tos apoiados; muito bem ; muito bem.)

Sr. presidente, são do admirar estae outras injustiças, porque na reaiida-de é doloroso que, quando se fazem oamaiores sacrifícios pela causa publica,^^ ^f «^ ^r K.-V ^f %.1é \*/ *•/ ». \J ¦•» ^r «. — p» JE l

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cussão no terreno em que a collocou o seja aquelle mesmo que deve ter co-illustre cavalheiro ; e terei de repetir o nhecimento desses sacrifícios quem nosque muito pouco me agrada, palavras venha lançar em rosto o nosso proce-

i ™..~ i~ í~..«.„ «.nin Ar. ...v-.r> xmrr t-i <.nml vi _ . ri íw» OnfA I A ITknl ri.tt.l\flcomo se sabe, uma imaginação arden- í que ja foram rnais.de uraa vezpronun- dimento. (Apoiados.)i A_ _ _ _ i-_i,:x„ J~ -.: ~.,,,„: o,~-v,«„^ i ^.'n^r.» O «ai'* nnr tal forma.O paiz por tal forma marchará para

Resposta á falia do Throno.

O Hr. Barft» de fotcglpe(Ministro da Fazenda) (Attencã*) :~~ ¦« —-., ----- r~-Q~~s -;- . , „Sr presidente, vou tentar responder : te ; e o habito de viver, quasi sempre, , ciadas. yrxrrr 17- -r? —--- — *a dous illustres cavalheiros athletaa nessas regiões, faz com que, na poli-| Se na continuação da minha resposta, ura fim deplorável de certo ; e e que os

desta tribuna Na armadura de um, • tica, elle áppliqüè, âs vezes o mesmo \ qae não poderá deixar de ser muito j homens que podem tomar a responsa-

veio a'divisa dos meus adversários, j methodo ; e, vice-versa, nas suas com-' descosida, eu envolver a minha pessoa, bilidado do poder hão de escusar-se de

na do outro veio brilharem as cores posições litterarias envolva também, ; desculpe-me a câmara, porque teste- fazei-o.debaixo das' quaes estou acostumado | ás vezes, a politica ; eu próprio, Sr. | munhou que durante quâsi duas horas E os meus illustres adversários que

combater I presidente, ja entrei n'uns alfarrábios.. ! o Barão de Cotegipefoi o assumpto do me ouvem hão de um dia sentir a ver-

Se me não será fácil aparar os gol- | O SR. AFFONSO CELSO: -Apoia j discurso do nobre deputado. dade que acabodo enunciar.

pes do primeiro, como poderei com o .do. i UMA VOZ :'—Está no se

peso dos que me foram vibrados pela | O SR. MINISTRO DA FAZEN-mào da um Achiles conservador, o ! DA :—...que o illustre deputado es-qual depois de recolhido ás tendas, ; creveu, narrando aschronicas da cida-voltou ao combate mais temeroso e de do Rio de Janeiro,mais intrépido Não admira, portanto, que no seu

O illustre deputado conservador discurso elle me fizesse o Demônio Fa-.

UMA VOZ :—Está no seu direito.OUTRA VOZ':—E' defeza.O SR. MINISTRO DA FAZEN-

DA :—Para que eu o podesso ouvircom o sangue frio, que taes oceasiõesdemandam, foi mister, Sr. presidente,que fizesse uma operaç.ão intellectual:

com^arou^noB aò toldado que não! a-j íni^^daipolitiça. (Hüaridade.) isto é, que me abstrahisse completabandona o seu posto senão por ordem Mas, tudo isto reduzido a seus devi- mente de mim próprio. Eu dizia :superior. É verdade, senhores: a j dos termos, como hei de reduzir, pela j aquelle de quem Mia o nobre deputa-comparação tem cabimento ; mas em ! exposição da verdade dos factos, não j do não é o Barão do Cotogipe,, quesentido diverso daquelle que lhe deu o restará mais do que uraa bolla peça 1 está sentado nestas) cadeiras, è umillustre deputado. j oratória, digna dos talentos do nobre j outro Barão de Cotegipe de sua inven-

O homem politico é, com effeito, um j deputado, e que honra a tribuna deste \ são (muito bem), e então puz-me a ad -

soldado; não pode abandonar o seu! paiz. (Muito bem.) | mirar a íertilidade da imaginação do

posto diante de quaesquer hostilidades; j O discurso do illustre parlamentar é t nobre deputado. (Muito bem ; muito

pode ser vencido, mas deve cahir com j uma teia tão bem tecida e tão bem or- ] bem.)gloria. (Apoiados da maioria.) nada, que eu sinto, na verdade, ter de

Eu, portanto, sustentar-me-hei nes tirar-lhe alguns fios, que possam detiir-te posto, emquanto não me faítar a | par a sua belleza ; mas, se essa teia é,confiança de meus amigos politicos.(Muitos apoiados da maioria)

Não obedecerei á intimação desseillustre deputado quo julgou-se com-petente para fazel-a, fundado nao seitam que precedentes. (Muitos apoia-dos da maioria.)

UMA VOZ DA MAIORIA :=Fal-lou por conta própria.

O SR. MINISTRO DA FAZEN-DA:— Sr. presidente, se nesta luta,a que o illustre deputado nos provoca,eu tiver de suecumbir, talvez que ellepróprio nao deixe de derramar uraalagrima sobre o cadáver de seu com-pánhèirò d'armas, e que para o futu

em ultima analyse, uma accusaça> contra nós, que temos a honra de sentar-nos nestes bancos, ha de ser-me per-mittido lançar mão ousada sobre esseartefacto tão harmônico e tão de ante-mão preparado.

Ha nelle um defeito somente, Sr.presidente, e é o de poder ser qualifi-cado como um anachronismo : o dis-curso do illustre deputado tinha seu ca-bimento na occasiao em que o ministe-

O exordio e a peroração foram orna-dos com factos allusivos a mira, esque-cendo-so até serviços quo prestei con-junetamente com o illustre deputado.

Disse S. Exc. que aqui vinha salvaros créditos e a sorte do partido conaér-vador, e que, na espécie de abystnoem que este iria cahir, ja.se prepara-va, levantando a sua tenda para com

O SR. DUARTE DE AZEVEDO;—Ja sentiram.

O SR. MINISTRO DA FAZENDA;—Abrindo mão destas considerações,tratarei da org.anisação do ministério.O ministério, disse o nobre deputado,foi mal organisado por diversos moti-vos, cada qual mais poderoso, e quodeviam inhibir que elle se apresentas-se perante.o corpo legislativo.

Em primeiro logar consideremosque o nobre deputado foi contraclicto-rio, porque, ao passo que dizia que oministério foi mal organisado, conce-dia que elle tivesse atravessado o es-paço de tempo decorrido ; mas queagora, na reunião das câmaras, deviaresignar o poder, porque a sua mis-são estava terminada. Logo o minis-terio tinha sempre alguma missão acumprir ; logo organisou-se para algumfim de utilidade publica.

Mas o nobre deputado, que istomesmo negou, como apresenta o ulti-mo dos seus alludidos argumentos ?

Porque foi, porem, o ministério malbater os seus adversários, emquanto organisado ^que outros, isto é, o Barão de Cote- Em synthese o ministério foi mal

gipe (risadas), dispunham-se a ir ou- organisado, porque fez parte delle 0vir o ciclar dos cannaviaes, e repou- j Barão de Cotegipe. Se o ministério

tivesse sido organisado sem a presen-ça desse Barão, naturalmente merece-

ro venha a lastimar não achar um bra- i de ter passado pela prova de umaelei-ço para a sua defeza. (Muito bem da \ ção, é ura discurso fora de tempo.Miai.nriri._~\ /'A-nmn.rl.nsi rl.rt. nmn.rnvi.n. \maioria.)

E sempre uma posição dolorosa terde arcar com amigos; mas também

„_ , .„ ,.„ u„w ._ } sara sombra de copada mangueira 'rio de 25 de junho compareceu nesta . Tityre, tu patulae recubans -¦..-, ^câmara, exhibindo o seu programma Ora, que outros proferissem taes pa- . ria as graças do nobre deputado.

(muitos apoiados !a maioria); o àimuv- lavras, de boamente lhes perdoaria ; | Uma outra rasão era qua no partidoso proferido, depois que o ministério ! mas o illustre deputado, que em 1867 i conservador havia membros muito cons-atravessou uma longa serie de dias, e | vio que o Barão de Cotegipe abandonou picuos e muito no caso de serem ena-

" ' o ciciar dos cannaviaes e a sombra das ; mados para formar o gabinete, e quemangueiras, e veio para aqui fazer ! o presidente do conselho não estavaopposição com S. Exc. ao ministério habilitado para as funeções importân-de 3 de agosto ; que prestou todos os . tes desse cargo,sacrifícios quo podiam depender delle j Sou o primeiro a reconhecer, Sr. pre-

(Apoiados da maioria.)A organisação do ministério foi dis-

cutida longa e proficientemente no se-de arcar com amigos; mas também j cutida longa e proficientemente no se- sacrifícios quo podiam depender delle j bou o primeiioaioconucooi, ui. pio-V, Exe. comprehendo que os golpes'nado e nesta casa; em um e em outra para fazer opposição vehemente sim,; sidente, que o partido conservador

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ILEGÍVEL NGINP MRNCHRDfl

ttrario itonservailor ¦ ^ ¦ •¦¦èâi

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tom membros mais conapicuos do quo servador o.quo amda não softn do

os auo fazem parto do gabinoto actual meus adversários.»Mo apoiados.) o à isto quo forma o mou E, cora efeito; senhores, olle assim

orculho. Se acaso o Sobre deputado o podia dizer, porque quem chega á

pensa que por èst- modo offmde-mo o idade do nobre presidente do conse*

offoi.de nos, pelo contrario dá-nos gran lho, quem nao faz son ão sacrifícios no

do prazer O partido, quu conta tan- posto om que o nobre Duque so acha,

tas capacidades, tantos homens dig razão tam para sentir muito ver quenos de oceupar o lugar, que nós oc- um membro do partido, aquém elle do-

cirnamos, nao ó por certo um partido dica os seus últimos dias, seja tao

que nâo mereça o apoio o nAo ne firmo parcial o tao injusto para com ello.(Apoiados.)

N 10 pára, senhores, aqui a injusti-ça, o se me ô permettida a expressão,a crueldade do illustre deputado. Ellefez ao venerando Duque o maior ag-

nosso paiz.O SU. DANTAS :—W exacto.

março, reconhecondo que nito podia,fazer vingar alli o projocto. nem tam

OSR. MINISTRO DA FAZEN- pouco fazer passar as lois annuas,DA: —Portanto exponho a razão som pedio a sua exonoraç&o.embargos. Os meus adversários no! Disse o illustre representante pelasenado como aqui tocaram nesta corda¦ provincia do Ceará: «Neste caso, deviaatô quo ella nào deu mais som

OSR. DANTAS: -Está dando.O SR. MINISTRO DA FAZEN-

ser chamada possoa que lorraiisse partodosta maioria que apoiava o ministo-rio 7 de março, o nito outras quo lho

quena confiança nacional. (Apoia los)

Ma-i em que e como pode o nobredeputado arguír de incapacidade osmembros do gabinete actual ?

E' esta sem duvida uma nova ma

lneira de opposição que constrange, gravo que se pode fazer a um militar

ua coage aquollos quetem de defen- brioso; disse, que havia abondunado o¦ ,. Hrt seu posto n'umdia de.. .¦st basta dizer que no governo fal- O SR. J. DE ALENCAR :-Nao

ta capacidade para gerir os negocies é exacto, ^disse*aK FA/FN

públicos, ó preciso demonstral-o pelos OSR MINISTRO DA FAZEM-

Seus aetós e pelos factos do sua adiai- DA :-.. .pelo menos d.sso, que acom-

nistracao. (Apoiados.) Emquanto o panhou o movimento popular nesse

nào fizerem força será reconhecer que dia, creio que sendo major / o contes-

palavras indeterminadas não poderão tado pelo illustre presidente do conse-

produzir èffeito. lho, confirmou o nobre deputado o qneO presidente do conselho não está na havia enunciado com as seguintes ex-

altura é a phrase, é o termo consagra* pre3sões-é a historia— o que equi-

doe preferido presentemente para to- vale a dizer ; a sua negativa nao e

das as questões, nào está na altura do verdadeira.carg.,que oecupa. So isto nao importa uma offimsa,

Senhores, os nossos naturaes adver- nao sei o que possa sel-o, o tanto maior,

surios politicos nunca árgúiram o mi- senhores, quanto é inexacto o que diz

nisterio por essa falta. (Apoiados.) o nobre deputado. A historia attesta

Reconhecem, como todos, que o illus- o contrario, e quando nao o testemu*

tre presidente do conselho não é ho- nhasse, nós poderíamos dizer em rela-

inem de tribuna ; mas nenhum lhe re- ção ao nobre Duque - assim e que se

cusa a necessária capacidade para po- escreve a historia (apoiados) ! porque,der diluir um gàtíihéte, e seguramen* convém nào esquecel-o, a historia tem

te acima do iuko do nobre deputado muitas verdades, mas ^ tem também

está o juizo de todos os outros conser- muitas calumnias e muitas mentiras,

vadures. (Apoiados.) (Apoiados.)Creio quoo nobre deputado nesse A historia a semelhante respeito o

ponto achar-se-ha isolado, restando tào que diz porem é que o nobre Duque

somente da sua gratuita arguiçào o pe- esteve no seu posto^até que por ordem

Zar de tel-a enunciado um tào illustra- superior foi mandado delle retirar. Isto

do conservador. é o que diz a historia, e tanto e verda-

Senhores, ha vinte annos que o pre- dadeiro que ninguém contestou ate

sidente do conselho do actual gabine- 1 hoje que assim se passassem os tactos..

te ia servia de presidente a um outro | Eu tenho em mão uma biographia do

eabraete, ¦, nessa oceasião, embora fos- nobre Duque de Caxias, attnbuida ao

seelie interino, formavam parte do nobre deputado na época em que toi

ministério o meu illustre amigo e col- escripta. Nao sei se é delle. Mie o

lega o Sr. Nabuco de Araújo, o Sr. dirá. Ha nessa biographia o seguinte

Pedreira e outros cidadãos distinetos. trecho :Em 1862 serviu de presidente do con- j «Nesse memorável dia b de Abril, o

selho o mesmo que serve actualmente, ! major Luiz Alves estava de guarniçaoe nào menos dignos conservadores.pres \ no paço de S. Christovão quando rora-

taram-se com prazer a eoadjuvar o il- peu a revolução. O dever militar,lustre Duque de Caxias, figurando tomando o pois em flagrante, trium-

entre ellés o nobre conselheiro José An phou. O official permaneceu fielao

tonio Saraiva. ! seu Imperador e acompanhou o até oJa se vê, portanto, que um cidadão | momento supremo, que poz ao primeiro

que ha vinte annos oecupara o cargo -reinado um remate digno de seu co-

que oecupa hoje, e que em outros ain- ! meço.»clamais importantes, posso assim di- i Se naquella .época escreveu-se em taes

ízer e me explicarei depois, tem mos-,| termos, se é verdade que essa biogra-trado um patriotismo, um bom senso phia é attribuida ao nobre deputado,inexcedisrel (apoiados) de certo nao é jaseveque sua opinião de hoje con-

um homem inhabil para assumir a res- trasta com a de outr ora. (Apoiados)ponsabilida ie do poder. (Apoiados.) A historia, portanto, diz o contrario ;

Tratado por uma maneira tão pou- e quando não dissesse bastava que oco moderada como foi hontem por um nobre Duque o affirmasse para que semembro do partido conservador, o no- acreditasse. (^'^^Z'^^ !bre Duque disse «se fiz mai foi em ac- ! O SR. PRESIDE * TE DO CONSE-ceitar o ministério. LHO :-Ha ainda muitas testemunhas

Os nossos adversários apanharam vivas. n/ir7mTlogo a v5o a expressão. i O SR. MINISTRO DA EAZEN-

O SR. AFFONSO CELSO :—Não DA .-—Por estes dous lados tenho res-senhor, demos-lhe o verdadeiro sen- pendido á parte relativa á ma organi-'tido. sação do ministério ; falta a synthese,

O SR. MINISTRO DA FAZEN- a parte especial, a entrada do BarãoDA :—.. .e a applaudiram... \ de Cotegipe.

O SR. DANTAS :—Nem podíamos : A única razão àllegada para que eudeixar de applaudir. (Apoiados da op- não fiaesse parte do ministério que se

posição.) organisou a 25 do Junho, foram as mi-

OSR. MINISTRO DA FAZEN- nhas opiniões relativas ao «ystema elei-

DA:—...com uma confirmação da toral. ^quillo que antes haviam dito em suas ; Eu não devia, eu nao podia, sem

publicações. Apanharam o vôo, por- deaar meu sem quebra do meu carac-

que não entenderam e talvez não ou- ter, sem renunciar minhas opiniões,vissem as outras palavras de que o fazer parte de um ministério que naonobre Duque acompanhou essa sua ex- tivesse por fim a decretação de uma lei

,, pressào^r«pai.\, a&> solto do um con- que estabôleuo886 a eleito airecía em

DA :— Reproduziram minhas cartas tinham feito opposição». Ora, senhomusulmanas mais do cincoenta vezes, o res, se o ministério 7 do março, cora-ou, Sr. presidente, confesso que mo ou- posto como so achava, gtzando da confi*tava vangloriando de ver quanto ora anca da maioria da câmara então, nãoapreciado por meus illustres adversa- podia fazer passar a reforma eleitoral,rios. Mas o que nunca osperei nem nem as leis annuas, dir-me-ha o illus-esperava é que um conservador me lan- tre deputado qual aquolle dossa maio-

casso em rosto, pela maneira quo o ria q-io ia tomar sobre seus hombrosillustre deputado mo lançou, o ter leito tamanha dificuldade ?esto sacrifício. Quando muito, devia Mas, acaso foi chamado algum so-lastimar me, dizer; corapromotteu-se nador ou deputado para organisar opor uma causa sem duvida merecedora ministério, que nao tivesse dado o soude sympathia, mas não de tanto sacri- apoio ao gabinete 7 de Março? Não,ficio. E, demais com antecedência*)a senhores; foi chamado o illustre Sr.me havia o illustre deputado abs Lvido, Duque do Caxias, que sempre prestouquando declarando-me em uma das o seu apoio ao ministério 7 do marçosessões do senado impossível para o mi- (apoiados), e tomou por companheironisterio, d'aqui desta tribuna o illus aquelle quo vos está dirigindo a pak-tre cavalheiro disse : «Nào podeis fa- vra, que sempre sustentou o gabinete 7zer isso, podeis ser necessário ao vosso de março, embora ás vezos fizesse suaspartido; o homem publico não porten- advertências de amigo,ce a si e sim ao seu pai»; e, pois, o | Nestas oircumsiancia3^ nós, o Sr.Barão de Cotegipe proferiu uma pro- Duque de Caxias o eu, que gozava-posição que não devia enunciar.» j mos da confiança da dissidência, en-

Mas, senhores, quando hontem ei-; tendemos que era oceasiaõ ôppôrtunatou-se esta opinião do nobre deputa- de congraçar o partido conservador»do ouvi-lhe com espanto meu dizer: naõ para interesses mesquinhos, masera uma ironia. Eu, Sr. presidente, para interesses da causa publica (mui-disse na ocoasiâo ; «não a percebi i> e tos apoiados da maioria), porque oshoje, vendo transcriptas nos jornaes grandes partidos/ os partidos bom or-as palavras do illustre deputado, tor- ganisados, sao uma necessidade donei a lêl-ascora cuidado, e confesso a j systema parlamentar,curteza de minha intelligencia, não j' O que seria do paiz se os partidospude ainda perceber.a ironia. . O que j não fossem fortes, disciplinados, comeu supponho, Sr. presidente, é que o idéas suas e com desem de executal-as?nobre deputado nessa oceasião estava Seria o que disse o nobre deputado—cora a sua imaginação cheia de iro-, uma partida de homens e naõ um par-nias, e por isso tudo lhe parecia iro- tido político. (Apoiados.)nia, pois que, como elle próprio disse Esse fim vimo-lo nós conseguido, ono seu discurso homens ha que olhara embora uma luta de annos tenha dei-para os objectòs por uma só face por i xado algum resentimento, todavia,um só prisma. para a campanha eleitoral o partido

Se era ironia ou não, pouco se me marchou unido e eu espero ,que essa»dá ; e o que se segue é que d'aqui em pequenas divergências desappareçaradiante, quando o illustre deputado completamente na confiança mutua dafallar, eu entenderei sempre que está

j fallando por ironia, se não rae declararI após sua argumentação que aquiilo é• serio, naõ é irônico, (Hilaridade.)

Para a minha defeza, senhores, eu naõ; preciso, porem, do apoio do illustredeputado, apezar de muito desejal-o,

i e de muito lastimar que naõ m'o possa¦ prestar.I Qual era a situação politica do paiz'; na época em que se organisou o ga-

binete de 25 de Junho ? E' mister,para que se possa apreciar os factos . - —, ,, _tpoliticos que naõ nos esqueçamos das | deveis fazer parte deste,ministério, porsituações em que elles se daõ ; é: mis- I que as vossas opiniões estavam de talter que naõ ponhamos de parte ahis- j forma compromettidas, que melhor se-toria,, nao façamos como o illustre de- j ria que vos abstivesseis.

seus membros. (Muitos apoiados damaioria.)

Só por esta forma poder-se-hiam rea-lisar os intuitos do ministério 7 de mar-ço, isto é, fazer passar a lei eleitorale lazer passar a3 leis annuaSj o quecom efieito conseguio o ministério 25de junho, recebendo, apezar . das mui-tas censuras de que foi acompanhadaa approvaçaõ, em muitos actos, da il-lustrada opposiçaõ do senado.

Será tudo isto exacto, dir-rae-ha oillustre deputado, mas vós équo naõ

putado fez, dizendo que a situaçãopolitica de 1868 ja estava julgada eseu processo na imprensa.

Eu poderia também dizer como elle:o processo, do ministério , de 25 de Ju

Senhores, eu nada mais desejava,nada seria mais conforme ao meu espi-rito, pois que se me acho, nesta posiçãonão é porque a ambicionasse, do quedeixarem-me tranquillo ; mas também

\J MIVWWWWV/, *w-.*_*' a.«l* LJtLU UV l ly V*.'^ ítd tX Viv> */ VA | 1^-_-^*.*»k1.— w —¦-> -—-7 '

nho está julgado, e está na imprensa. I nunca, soube recusar. sacrifícios, quanMas o illustre deputado exprimio-se j do elles me sao pedidos ,no interesseassim porque vio-se no embaraço de j da causa do Brasil. \(Apoiados muitonaò poder condemnar uma situação i bem.)sem defender a outra, porque naõ po-1 Eu entendo, estarei, em erro, que ódia condemnar a uma semeorademnar | de grande interesse que o partido con-

| também por maioria de razaõ a outra, j servador governe. (Apoiados.) Talvezi Qual era, porem, à situação politica, esteja em erro.

Sr presidente? O ministério 7 de j O SR. DANTAS :—Acho que sim.março fazia todo o esforço por uma re*forma eleitoral pelo systema indirecto.

UMA VOZ :-Nâaestá.O SR. MINISTRO DA FAZEN-j.vj. m**i v*w-vV. i^i, 1,/w*.*./ »j yv* vs+M~m i.u\**i.v<w«vi TÍ* — ¦ — —,—.-»— . rTj^ > 7 TT

Encontrara nesta casa, de ha muito DA :—JjjEo, mo ceguei, visto que ostempo, e não na mesma sessão, uma , meus serviços eram julgados indispen-opposição do próprio partido conserva- saveis e (sirvo-me desta palavra pro-dor, vigorosa e numerosa. Com gran positalmente.) Ora, por este facto re-de difíiculdade pôde fazer passar aqui nuncioi acaso, come disse o illustre de-o projecto de lei eleitoral; e, quando putado, as minhas idéas ? Tinha pro-este projecto se achava sujeito á deli- vado a instabilidade to lüiahas opi-

[ beragão do §e»aio9 o saiaiBÉerio I de». afo 2

M. ¦

Ilraclo C«m»«»rv«'1w

Eu, Sr. prcstdeute, poderia aco-balar-me com grande» exemplos ediz ir : senhores, todos vós leu csa liberdadjs .le .mudar, só eu não /

Os inmis dlistres adversários e n1807, quando eu apresentava a eltjição directa cd uo um meto de aca-bar com a iafluência e oppressão dugoverno, re^iondiam unisonòs quenão er.i ile um homem .prudente

Üquillo que eu propuaha, o (jueSignifica que eu cru uma espécie delouco, porque., coíloçado ua posiçãoem que eslava a palavra prudenteera um mudo iolieado do expressaras minhas utopias.

Entretanto com o correr dos tem-po, observei qne a idéa que <mapresentará sem ser por ititèrèsse departido, e pelo contrario, a iíèj.peitqida opinião, deste, foi aproveitada efor ia hoje a bandeira principal d aopp :Sição. (Apoiados da opposição.)

Mudaram coaseguiutemeuL, s*pc-tiGparám as suas idéas.

Pu Jia eu talvez récliflcar tambémas minhas em sentido diverso, porque me recordo qu em uma discas-são eeiébrè que houve uosenado,ur illustre membro da opposiçãoliberal, quando nós dizíamos qoeíamos f tz«r certa reforma, que eraentão do programma libera!, respon-dia-nos : se hegaides alé .ahi, nos

iremos mais adiante, oorque o no$soprogramma é ir sempre adiante.

O SR. DANTAS :—E' xaclo; dar-se-hia o steeplahase de que fallou orei Leopoldo a sen ministro de Des-champs em 1864.' OSR. MINISTRO DA FAZENDA :—De maneira que não era aproeaiencia da opinião que dirigiao procedi mento, mas sim o procedi-meaio dos contrários que dirigia aopinião.

O SR. DANTAS : -dá um aparte;0;R. MINISTRO DA FYZES-

DA :—Mas eu não procedi assim,declarei que conservava as mrnh.pidèas, e que alè hypoíhecava o ra-uvoto á opposição liberal se a reformaeleitoral pelo systema directo live^ede v>^r proposta e realisada por «dia.

E uo senado não se levou tão loa-ge a crueza como o fez o nobre de-putado. Alli se medUse nessa oc-casião—«nao precisamos de vò^»,aqui se me disse—«a vossa pro nessaé ama promessa em que se «tão po-de confio'.»

Agradeço muito aó meu íü estrecorreligionário a idéa que forma dasminhas promessas.

S: a situação do partido conser-vador e da política, era tal como eudescrevi, se a rainha cooperação erajulgada indispeusavel peío illustrepi •¦sidente do conselho,, se eu pres-tava-me a fazer parte do ministério,não renunciando as minhas idéas,que motivos de dignidade, oíi ou-tro» podiam obstar a que eu pres-tasse essa coadjuvação, que me era

^solicitada ? As idéas que tinha so-bre a eleição directa ? Nã o, senho -res, porque não se tratava dc reab-sar essas idèas, e nem eu o podiafazer. A lei eleitoral havia sido vo-tada nesta casa, ao senado linha deentrar em discussão, é eu, ainda.quefosse o. encarregado de formar oministério, tão poderia conseguir da «Brado f> uservador».camaradas deputados a votação de Na sèaiaaá vindoura darmnos doisuma lei pelo systema directo. (Apoi- aumeros deste nosso jorna', ifim deados.) jadiantarmos aos nossos amigos do

, i Wo à&m® *.e mi acoasôlhou po \:mto$ a tortura do impor\mH dia-

eaiüiidasse alli a lei afiai de ser de-volvid.i à câmara, das Srs. deputa•los ; tuas piem nã'"» via q ie era ist •u u laço político, armado por riossofadvvjisuiius ? lJois eu havia de is*:

t coragem de chegar a meus cor.in^ioa.trios e HpspMlir umacoat»dição de seu y do no mesmo d...|,ua mesma hora, na mesma pagina,ua mesma linha ? Eu havia decontribuir para a dcsmoialisnção dopartido dc que fazia parte ? (Apoia-dos.) E se tivesse es.sa ousadia se-ria occasião de recebermos a inti-inação que o ííóbfò d,lpulado nosdirigi.o da qu Ha tribuna—«ictirai-vos, vós uão podeis dirigir esse pai-tido aquém qu reis levar a tal ex-tre mo d e d i ;g i ad açã o. >>

Dzi ,-seaiada—propoade a refor-itia oòusíitiieÁonal. Mas que tempoti tha eu para propor uma reformaconstitucional? (Apoiados.) Porquelei se havia de fazer a eleição nova?Por unia lú eoudeçn tada por hós epor vós ainda mais? (Apoiados.) 0que nineis se os depu ados que viessé/n fossem contrários à eleiçãodirecta ? Que o braço do governoos l.gera. Pottanto, d z>a eu, va-nos ensaiar um systema que offe-

rece, se não toda, eomo quer.-i , t;~gama liberdade da eleição.; va nosco tsuliar a nação e veja nos o queè que sahe do seu seio. Se sahírla• 1 ação direct' , u me parei á fran-te ; se a eleição indireeta,' eu semduvida não hei de cpntinuaí afazeiparte de um governo, quí uão po.^sar alisar essa idéi desde que èntèiV-w que alei votada não offerece a-precisas garantias. Fez-se aelei-çã,", v jamos a opinião.

O SR AFFONSO C^LSO :—I*o;vejamos a op oão.

OSR. MINISTRO DA FAZEN-DA :—E acudo ao aparte do nobredeputado.

(Continua.)

curso do Exm. Sr. Barão de Gotôgl •ae, Ministro daFazoud', piofeiidoaa cantara dos Srs. desnudos, omsessão de 16 dc Mi ço, íbiíja pílbli -

ação hoje ôiictttámos: dando islologar, a que uão saliissôtn alguirras

«=5»«5«C^«==-"U -'»'.'-

«=arS5«H3!*#IÉÍ8e»eBJH

As riquezas são a bagagem davirtude, ell ts só tem uso na distri-büíçao posque dão os meios de soe-correr os miseráveis.

As grandes sommas que se em-pregam em pedras preciosa', nacompra de todas as cousas raras sóservem para uma puia ostentação,são vãs apparençias.

A pedra iman serve para tocar econhecer o bom ouro este espa-lhado pelos homens serve para co-nhecer ocaraéler, % a bondade dosmornos pelo bom ou inau. aso quedeílí fazem ; uo segundo caso é me-lhor que o homem perca as riquezas,do que as riquezas percam o homem.

¦—SPOOOca

iNOTIClARIO

para 29 do mez passado Manoel Lo.urenço Filho duu em Manoel DÜWatfouma formidável facada que lhe fezdeitar as tripas.

O delinqüente foi preso em ila*graute, e a victima ficava

—**—~HXX.v«ü».xm«u.«-«_.

P A1! IS A í fl' Hííí

MTespoiidencias jíi ièsfrlo d.-poi« |""'"'•'"" "v"""' u,:"" a «F"riir

ic«o opostas, de cuja falta pedimosdesculpa aos amigos que as dirigi-ra;cf pronettendo publicai as nonumero seguíute.

!

•lo&*nac» novamente re-cebirittM.—

O «Polengy», periódico litterarioe noticioso que se escreve na capi-tal desta província, ob os auspiiios

Os negócios do Vòm ceminuaoainda sem uma dèciaào definitiva oconclusão satisfatória . a queeirioda libmamia Maria José, depois doter provocado uma appellação, e

de alguns esperançosos jovens, cujo Idous aggrà^ds park o Juíab de Direitalento se revela em seus a ugos.

A «Leitura do Domingo», collee-ção tIlustrada do^ melhores roman

to da Comarca, apreséntou-se agorao depositário delia dizendo, que ellase evadira, (fugira) e que por isto não

ces, publicada na côrtèMo império, ia pôde apresentarem Juiso I O DoutorA «Tesoura», jornal h .bdoiiiar | jü;z ^Q^j Navaas Jnnior [Mudoud ut.), pie se publica em Sautos, naprovincia neS. Paulo.

A «Rozi», pequoiio periódico delitt.Matura e recreação, que veiu nluz nesta (idade uo dia -á2 de Abrilultimo.

O «Lírio» , pequeno periódico ,noral e recreativo, também vm-

do á luz nesta cidade no dia 1 •<io corrente.

A «Aurora», pequeno periódico

em seo despacho, que o depositariad«.'sse conta do objecto depositado,; aescrava libertanda) sob aa penas daLei, que irnpôo prisão em casos taes;o depositário poreo* reclamou qr.esendo o objecto depositado um entepensante nao podia prevenir o extra,vio, (fuga) e por este motivo supplicaao mesmo Doutor Juiz d'()rphsos,que o dispense da prisão ; este sus-

le litteratura e recreação, vindo, f?Dl0u ° seo despacho, baseando-seigualmente á luz nesta cidade nonèsrtfí) dia 1 • do corrente.

Agradecendo a remessa que deseus números nos fizeram as respec-tivasRdacções, seremos recíprocosna tro-.a do nosso semanário.

nos principios do direito c em nossasleis, que positivamente íratSo da naateria ; o depositário aggravou paraO Juiso de Direito da Comarca, ondeo^aggravo ainda nao foi decidido:entretanto, quando assim se agita, c

He» íl ui .mo -e .tá ié fà-1 oorrewem J"is? esla .fieslp »be-w-zimdO este. símio exercicio oâ E^re- i ^ Mfltt s™ se

fm 1eí3?¥ ?j í matriz desta eidato ..om afítiíôH- "ffJ?f 0o S!Í'° Gl<lai- emcass decia de grande numero de devotos ; I hm Sevenano Correia Barbosa, dis-•vendo a cantoria acompanhada pelo i^tanfce desta cidade menos do uma le»cíariuêto do musico--Batalha—qne !goa, no Termo de-Sanf Anna do Mutsè ha prestado não só a tocar á noite,

orno pela manhã na occasião Ia mis-sa, que diariamente celebra o Rvm.Parocho ao romper d'aurora, oquevaé sendo bem concorrida.

Louvores ao Sr. Vigário Mattos,e ao povu Assuense que se propose

tos, da Comarca de Macau I GrandoM^ria José de trabalhos! E grandaprotecção nogenta lhe fazem os seosparticulares proteclores ! Tudo inventão, e a tudo recorrem ; mas dinhei»ro os ...; dusentos mil reis da avalia-cão- niclis l

ram, como de cosiam , a festejar a , q processo instaurado, em virtudeMãe de Deus neste mez de bençãoe de gravas.

Queira ella alcançar de seu Dívi-ao Filho o favor de que ora tantonecessitamos—a chuva.

Rclevação de pena.—-Emsecção da Janta de Fazenda de 18de Abril ultimo foi relevada a penade prda de porcentagem, qúe pelamesma Junta fora imposta ao rol-íe'ctor d*^ rendas geraesd >sla cidade,capm. Luiz Correia de Araújo Fur-tado, altenfas as razoes por esteapresentadas, e que foram com todajustiça attendidas, por aquella mes-ma Junta.

Furto de gados. -Chama-mus a attenção do digno promotorpublico da comarca de Macau para

ponto da Varzea-romprida « Má-zagão da freguesia de S. Anna doM áUrf onde nos consta que ja seestá m taido gado Újaéi-:f e nomea-damente, Vicente Ferreaa da Cos-

/João Bipti4a de Figueiredo e Li-berató de tal.

de uma denuncia dada ao Sr. DoutorChefe de Policia. contra o Sr. JoãoT>?quato Caminha Raposo da Cama-ra foi transtornado em sua maré apor incompetência, de foro, o que foiallegado em petipao do mesmo Sr.Jüão Torquato, depois de ultimados osdepoimentos das testemunhas no forocommum, cinde corria o mesmo pro-cesso. O Sr. JòSo Torquato praticou;o facto, de que injustamente o aceusão, oa qualidade de 2 ° supplentedo Juiso Municipal deste Termo, epo? isto se ha crime é de responsahüidade. como bem acabou de decidir oDoutor Juiz de Direito da Comarca,que mandou éxfcr&hir algumas copiasdos autos para a instauração do competeota processo.

(Continua)

Facada.—Consta-nos que naicidadiâ úú Macau aa uoite"de2âw.y ...<'¦¦¦'¦ v) t.ü ,1 •. ,

¦"¦jgsgap acsgsa»"1——

TRANSCRIPÇAO

Protesto

No discurso do Exm, Sr Conse-lheiro Maaoei P. de Sousa &&ut>m

ILEGÍVEL PAGINA NRNCNDDfl

4 ¦.*%¦,¦ »*ftj*St#**--Aiíi'--; ««»»§;*» «*--!**-.Brado Conservador ..,»,.,.,.»

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publicado ia* Diário da Bahia de 3do corrente, lê-se o seguinte :

«Mais adiante o Sr. D. Romualdo,dando desenvolvimento á esta idóa(direito de padroado) chegou a dizer 0seguinte : (lendo, hz a gazeta.J Queentendia dever o Estado protestar con-tira as invasões da caria romana.

Estas palavras, nesse sentido, juropor Deus, não podiam sahir dos la-bios ítniuaculados do circumspecto eprudeutisaimo Arc-bispo D. Roam-aluo.

Mas, eslão impressas nos annaes.W que esses annaes foram somenteagora revistos e publicados. Ha sobre essas frases engano, confusão,inexacta comprehensão ou qualqueroutro equivoco.

Ffilizmente posso, antes de mais po-sitiva verificação, desde logo demons-trar àluz da razão que essas pala-vras são apocriphaa.

1* porque aqftillo que mal cabe-ria na boca d'um padre imprudente,nao podia sahir dos lábios do preladobrasileiro, que primou por sua sen-satez e espirito sacerdotal.

2" porque essa invectiva acre e des-necessária oão se condiz com o ca*racter cheio de cordura d'aquelle, quemais com o exemplo do que com aspalavras tinh* por divisa ofortiterin re, suaviter in modo, com que inGessantemente doutrinava os que re-cebiam seus conselhos.

3* porque é incrível, que esse gran-de sacerdote fizesse coro com os Fei-jòs, em qualquer situação política emuito menos em matéria religiosa (!)

4 porque finalmente é impossível,que em 1827, quando se diz dado oparecer, o Sr. D, Roniuaido se pro-nunciàsse assim em relação á,cúriarcuiond.

O Sr. D. Róáaualdò foi nomeado Âr-cebispo a 12 db Outubro de 1826 econfirmado pelo Papa Leão XII em

. 30 de Maio de 1827/Neste mesmo auno, sob o pontifi-

cado desse rnesíoo Papa, quando dei-le tinha recebido a soa confirmação,lançar sobre elle uma invectiva taobanal e despropositada, é um impôs-sivel methtiphisico (permitta-se-me aexaltaçãoj quando é attribuido à umespirito iilustrade desde os seus pri-meiros dias públicos ; á nm sacerdo-te, que nunca deixou suas vestes sa -

(s) Esta mcredlhHidade ainda tor-na-se liais patente Sübendo-se, quenesse anno de 48^7 foi justamentequando mais arcou o Sr, Arcebispocontra o famigerado Feijó, como sepôde ler nas Memórias desse Prelado•página 43 a 54.

Abi diz o Sr. Arcebispo. «os maisdiscursos versão quasi todos sobre in-nevações ecclusiasticas, frnetos doprimeiro e mui violento accesso deum mal entendido liberalismo, findan-do a sessão com um breve improvisoeon que me oppuz altamente a ímpres.s*o de um celebre parecer, que pro-punha a revogação da aoiiga e veue-ravel disciplina do celibsto ecclesias-

No tempo em que se praticava as-

.cerdotaes, quanto mais o seu carac-ler ; à um Prelado eiofim, como foio virtuoso, orthodoxo, altamente seusato e perfeitamente cordato D. l\n-mualdo

Por ora ficará nisto o meu prolesto, quo creio tranquiliisarà o ospirúureligioso d^s quo veneram na ver-dadeira comprehensao, a memória doSr. D. Romualdo.

D Vital, o Aihanasio brasileiro,pode não chegar em meus dias a serum D. Rbmuaídój mas D. Romual-do seria um D. Vital, si fosse collo-cado na mesma situação em que ofora esle inclyio Prelado,

Sinto que esse incidente viesse nodiscurso d'um distineto cavalheirotão digno de consideração e estima, oà quem voto particular e perfeita de-dicação. O meu illustrado amigo,citando esse irecho, somente teve umafalta, me permitta a franqueza ; foiacreditar mais no impresso do quanos elevados predicados do veneran-do Prelado, que tão de perto conhe-ceu e cuja amisade cultivou.

Anteponho a todas as consideraçõesainda as mais caras, o voto que fizde não consentir, em quanto viver,maculada nem em um ápice á memoria de meu tio o Sr D. Romualdode SetxüS, de cujas virtudes fui tes-temunha : sendo esse voto sempre inspirado na verdade, isento de toda aidéa de vaidade, apenas alentado poruma eterna gratidão.

SECÇÃO HISTÓRICA.

Bahia, 5 de Abril de 1877. .

O bf*ch.&Té[Romualdo Antônio de Seixas

(Do Lidador.)

Protesto

O abaixo assignado devendo ao Sr.major João Antônio de Souza certaquantia, dinheiro de juros daquepassou lettra, mediante a promessade não pagar mais juros, fiado o prasfüestipulado na leitra, convidou aoseu credor para reeebar em p&ge deseu debito, um pedaço de terra porfalta de recursos pecuniários que lhefallcciam.

Est vista deste convite confirínoude novo o Sr. majoi- João Antônio apromessa de n§o exigir mais juros,mandando qu3 o abaixo assignadoprocurasse venda a sabredita terra ;o que não tendo podido conseguir oabaixo assignado levou ao conheci-mento do seu credor por carta de 7de Setembro e 4 de Outubro do annopassado, coavidando-o para vir oumandar concluir o negocio por meiodo recebimento da terra, corno havi-ato anteriormente conversado.

E porque, até agora, o Sr. majorJoão Antônio não veiu • e nem mau-dou alguém para o fin "«Iludido, ficando subentendido qae continua oabaixo assignado a gosar do indulto

que lhe fora feita pelo mesmo Sr. Em a miséria quo visitava o poetamajor Joã.» Antônio de Souza ; o que moribundo om seu pobre leito na ter-ulias nao e de esperar. ra estrangeira; ora a miséria quo s®

sentava á oabocoira do agonisante e seBarro Vermelho, 27 de abril de 1-877. mostrava fria, horrível, ameaçadora

aos olhos d aquelle quo tinha croadoBufino Álvares de Clavasino Costa, para o Brasil tara mimosas e bellas

Marabá o a Mãi d'água, Qulnare $Ooema. Era a miséria mandada emnomo de nào sei que lei do Brasil,como se o Brasil podesse ter lei quemandasse matar-lho a gloria.

Gonçalves Dias achou-se absoluta-monto sem recursos: o conselheiroDrumond, velho o prestimoso servidordo estado, e hoje cego o pobre, hospe-dou om França durante um racz, edeu metade do seu pâo ao grande poo*ta, que se resolveu a voltar para oBrasil om oompanhia do seu amigo ocomprovinciano Odorico Mendes.

A noticia da situação tristíssima emquo se achava Gonçalves Dias chegouao Rio de Janeiro. S. M. o Impera-dor, que sempre distinguira e estima-va muito o illustre poeta, eque o sup-punha a coberto de quaesquer priva-ções, mercê do providencias que con-tava haverem sido tomadas,, sentiu-seprofundamente affiieto, e logo piandoupelo paquete francez do mez àe Agos-to ordem illimitada para do seu bolsi-nho prestarem-se ao nosso consocio to-dos os meios pecuniários quo lhe fos-sem precisos.

O actual Sr. ministro do impériotornou de novo eífectiva a gratificaçãodo director da secção ethnografica àacommissão scientifica; mas GonçalvesDias já não foi encontrado em França ;a morte súbita e inesperada de Odori-co Mendes tinha acabado de prostral-o •chorando, pediu ao céu dous mezes devida para vir morrer entre seus irmãospela pátria, e dar o seu corpo á terraonde havia nascido : embarcou no na-vio mercante e do vella Ville de Bou*logne, porque não teve dinheiro parapagar a sua passagem no paquete fran-cez, e veiu.... veiu para não chegar.

Já não tinha voz> nem forças, nemesperança alguma durante á viagem;o seu estado aggravou-se ; apezar detudo, escrevia ainda e muito, até quepor fim sua mão tremula não podomais fazêl-o, foi o ultimo golpe, des-fez-se em lagrimas, como Walter Scoitquando, nas vésperas da agonia, pe-dindo para escrever, sua filha não con-seguiu fechar-lhe os dedos que devi-am suster a penna.

(Continua)

(Continuação do n. 21)

Agonisou longe da pátria dous an-nos e alguns mezes, o ora todo essetempo, sem que podessom vencei-o osmartyrios da enfermidade, cumpriu asua missão escrevondo sempre : pagouo que elle suppunha a sua divida dehonra, concluindo a redacção dos seustrabalhos especiaes da commissão sei-entifica, traduziu com esmerado zeloa Noiva de Messina de Schiller ; deucomeço e adiantou muito a sua Histo-ria dos jesuítas na America, obra queplanejara com proporções grandiosas,e para a qual tinha reunido preciosis-simos elementos ; compôz e poliu osdez últimos cant03 do seu poema osTymbiras, e, escrevendo sem cessar ecom um ardor só explicável em quemvia tam próximo 0 seu fim, anhelavadeixar ao Brasil todas a3 preciosidadesdo seu engenho maravilhoso. Gêniomodesto! tentava esgotar uma fonteque IKíus creára prodigiosamente pe-renne.

Gonçalves Dias não tinha fortuna:partindo para a Europa em 1862, teveuma licença de seis mezes com os seusordenados de lu official da secretariade estrangeiros, e a gratificação quelhe competia como ura dos directoresda commissão scientifica; quando ogoverno não pôde legalmente prorogaraqüella licença com ordenado, deu-lhepela secretaria dos negócios do impe-rio a mesma commissão que es ti veradesempenhando em Portugal o nossofinado consocio João Francisco Lisboa,que por sua morte a deixara vaga, amesma commissão de que já uma vezem 1852 fôra Gonçalves Dias encar-regado, e que então em 1862 talvezfosse.... mas porque o não direi ? foium glorioso e patriótico pretexto parasoecorrer o poeta moribundo, cuja ago-nia na miséria seria uma nodoa inde-levei para o Brasil, como é uma nodoaindelével para Portugal a miséria deCamões e a sua morte no leito de umhospital.

O Sr. Guizot, atacado com levian-dade brutal pela tribuna e pela im*prensa da opposiçào por ter dado umamissão na Itália a Theodoro Jouffroy,que começava a soffrer a moléstia pul-monar que o levou á sepultura, res-pondeu dignamente que a missão eraum pretexto, e que os homens quehonravam o nome da França deviamachar na gratidão da França uma ac-ção animadora da sua força e da suacoragem nas dimeuldades da vida.E, mais agradecida ainda que a Fran-ça, mais bella e magestosa nos cultosrendidos ao gênio, a Inglaterra, sobre-saltada pela enfermidade que ameaça-va os dias de Walter Scott, sabendoque uma viagem lhe podia ser útil,não lhe deu uma missão diplomática,não procurou um pretexto para soecor-rêl-o, poz um navio do Estado á des-posição do illustre romancista.

Mas em 1864, custa dizêl-o, é porem verdade, Gonçalves Dias recebeu

.-i .. ,,, do governo do seu paiz a declaraçãoque lhe tora concedido, vt>m este pe-1 impfedosa qua do ±0% JuJho em di_Ia imprensa protestar contra qual j aute ces8ava a sua commissão littera-

sim nãí> se poderia aggredir a cúria quer innovação que haja de appare* i ria e a gratificação de director de umaromana por hypothese de excessos, j cer eia sentido cpposto á promessa [ das secções da commissão scientifica. I £4L

o

BARBA AZULabaixo assignado, proprietário

do estabelecimento com o titulo aci-ma, compra :

Algodão em caroço.Dito em pluma.Pennas de Ema.Courinhos cortidos.

• Solla e couros salgados.Paga todos estes artigos por melhor

preço do que em outra qualquer parte.

Cidade do Assú, 2 de Maio de 1877.

Manoel Pereira de Faria..

Tyjp «lo «Brado Contei*-vador» —Kua de Hortas n:

Imp, Manoel E\ da Silva,

ItEBftEL nGINA MANCHAM