IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia
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7º ano
Capítulo 15 – A organização do espaço da Amazônia
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Observe as imagens.
O cartaz é uma propaganda do governo federal divulgada nos primeiros anos da década de 1970.
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Processo artesanal de confecção de couro ecológico desenvolvido pela comunidade do Maguary, na Floresta Nacional do Tapajós, em Alter do Chão, PA.
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Conversa
Qual é a região destacada no cartaz. O que você sabe sobre ela?
Como podemos interpretar a expressão “Chega de lendas” na frase em destaque no cartaz?
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Qual mensagem sobre a Amazônia os criadores do cartaz quiseram transmitir? Quais os objetivos do governo federal em relação a essa região?
Se você fosse elaborar um cartaz para atrair pessoas que desejassem investir na Amazônia, quais aspectos destacaria? Explique.
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Amazônia Legal e o domínio amazônico
Complexo regional amazônico
Abrange uma área de aproximadamente 41,8 milhões de km².
Onde vivem cerca de 18 milhões de habitantes.
É área de atuação da Agência de Desenvolvimento da Amazônia.
Atualmente a Amazônia Legal
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Fonte: Pedro Pinchas Geiger. Organização regional do Brasil. Revista Geográfica. Rio de Janeiro, n. 61. jul./dez. 1964. p.51. In: Angélica Alves Magnano. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro, v. 57, n.4, out./dez. 1995. p. 77 (adaptado).
Complexo Regional da Amazônia
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Essa área é também chamada de Amazônia Internacional.
Domínio Amazônico Trecho da América do Sul com cerca de 7,8 milhões de km².
ABRANGE
Territórios da Bolívia, do Peru, do Equador, da Colômbia, da Venezuela, da Guiana, do Suriname, da Guiana Francesa e do Brasil.
Foi delimitado com base nos
aspectos naturais.
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Fonte: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia), 2002.
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Brasil – Amazônia Legal
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Fonte: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia), 2002.
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daAmazônia Internacional
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O Domínio Amazônico:
• compreende cerca de um terço das florestas tropicais;
• um quinto da água doce disponível no globo;
• apresenta grande variedade e diversidade de espécies vegetais e animais.
Por isso, afirma-se que a Amazônia apresenta uma grande biodiversidade.
Como mais da metade da Amazônia faz parte do Brasil
Boa parte dessa biodiversidade encontra-se no país.
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Muitas de suas plantas e animais
Podem ser fabricados medicamentos e outros produtos. Bases de novas matérias-primas podem ser descobertas.
Outras tantas são analisadas pelos institutos de pesquisa dos países desenvolvidos.
São utilizadas pela indústria farmacêutica de perfumaria e cosméticos, de alimentos etc.
A partir de substâncias encontradas nessas plantas e animais:
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Floresta Amazônica, AM (2002).
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A organização espacial da Amazônia
Também foram instalados fortes, com o objetivo de defender o território de invasões. Muitos desses fortes acabaram se tornando vilas.
A porção norte do território brasileiro não despertou grande interesse da metrópole portuguesa na época da colonização.
Pois nela não foram encontradas riquezas minerais, ou solos favoráveis para a prática agrícola.
Durante o período colonial, a sua ocupação limitou-se à instalação de missões religiosas.
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Provocando uma sensível diminuição no fluxo populacional para a região.
Final do século XIX - início do século XX
Ocorreu um surto de povoamento
Proporcionado
Pela extração do látex da seringueira.
Nesse período, a região atraiu milhares de
pessoas, que se estabeleceram para
trabalhar como seringueiros.
Década de 1920
A atividade econômica de extração do látex entrou em decadência
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Teatro da Paz, em Belém, PA (2008).
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Um desafio amazônico: desenvolver sem destruir
A natureza da Amazônia é “reavaliada e revalorizada a partir de duas lógicas muito diferentes”.
E a visão da região como estoque de recursos naturais a serem explorados sem preocupação com a sustentabilidade e como área de expansão para a pecuária e para a agricultura.
A preocupação em conservar os ecossistemas e possibilitar a sobrevivência e o desenvolvimento dos povos que vivem na região.
Geógrafa Bertha Becker
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O próprio debate sobre a necessidade de encontrarmos modelos de desenvolvimento que priorizem:
• a redução das desigualdades sociais;
• a eliminação da pobreza;
• a conservação dos ecossistemas naturais;
Pensar nessas duas lógicas significa pensar no futuro da Amazônia.
Deve servir de exemplo para a elaboração de propostas de desenvolvimento socioeconômico na Amazônia.
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Comunidade quilombola que vive na floresta, em Saracusa, Santarém, PA (2005).
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Tem um papel expressivo no volume de gases que podem ou não intensificar o efeito estufa.
A Amazônia é uma reserva fundamental de:
• biodiversidade;
• água;
• carbono fixado.
Brasil:
• considerado o 5º maior emissor mundial de gases do efeito estufa;
• 75% das emissões são resultado dos desmatamentos e das queimadas;
• apenas 25% das emissões do Brasil são fruto da queima de combustíveis fósseis.
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Considerando:
• a grande diversidade sociocultural da região amazônica;
• a importância que tem para a estabilidade climática regional e continental;
• a influência que tem na intensificação do efeito estufa;
• o estoque de água;
• a biodiversidade;
Não há como realizar projetos que não tenham como ponto de partida estudos aprofundados sobre as peculiaridades sociais, ambientais e econômicas
da Amazônia.
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É provável que venha a ocorrer uma expansão significativa da produção de cana no Brasil.
Criando condições para que a pesquisa seja intensificada e a fiscalização, mais atuante.
O governo precisa atuar mais diretamente na região
Inclusive
É fundamental estabelecer projetos que não colaborem para a expansão das áreas desmatadas.
Há também a preocupação com a expansão da agricultura voltada para a produção de biocombustíveis.
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Cultivo de cana-de-açúcar nas proximidades de Sinop, MT (2005).
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A ocupação da Amazônia
Em 1958, no governo Juscelino Kubitschek, iniciava-se a construção da rodovia Belém-Brasília.
Porque a consideravam um espaço com um vazio demográfico que deveria ser ocupado.
Em 1953, no governo Getulio Vargas, foi criada a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia.
Governos anteriores à década de 1970 já davam sinais de preocupação com o povoamento da Amazônia.
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As estratégias do Estado brasileiro
O governo entendia que a região desocupada poderia ser facilmente invadida e ter suas riquezas
exploradas por estrangeiros.
Período da ditadura militar
Os governantes do Estado brasileiro pretendiam levar adiante planos, programas e projetos diversos com o objetivo de ocupar e explorar economicamente a região amazônica.
Além disso, nessa imensa área poderiam ser organizadas forças contrárias ao governo militar.
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Foram criados órgãos como:
• a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, que substituiu a SPVEA, para planejar, coordenar e controlar o desenvolvimento.
Também foram criados:
• projetos de pesquisa;
• outras rodovias;
• o polo industrial — a Zona Franca de Manaus;
• diversos projetos agropecuários e minerais.
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As rodovias e as agrovilasInício de 1970
O governo brasileiro aplicou recursos para a abertura de 15 mil km de estradas.
Rodovia Transamazônica Grande símbolo da integração nacional.
Revelou-se, em pouco tempo, um exemplo de má administração de recursos e de projetos na região.
Apenas um trecho ainda funciona como estrada.
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Rodovia Transamazônica em Altamira, PA (2006).
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Em função de uma série de fatores, como:
• a distância de centros urbanos maiores;
• terras de baixíssima fertilidade;
• falta de assistência escolar e de assistência médica;
• uma grande incidência de doenças.
Ao implantar os projetos de colonização, por meio do Incra
Elas eram formadas por lotes de terra doados às famílias de agricultores.
O governo estabeleceu uma rede de agrovilas ao longo dessas diversas rodovias.
O projeto das agrovilas fracassou.
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Observe o mapa a seguir.C
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Estradas - Amazônia
Fonte: Disponível em: http://www.imazon.org.br/upload/m_estradas2003.jpg. Acesso em: 7 mai 2008.
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Polamazônia e os grandes projetos
Esse novo programa caracterizou-se:
• pela implantação de extensas áreas agrícolas, de criação de gado e de exploração da madeira.
A partir de 1974
O governo redirecionou a ocupação e a exploração econômica.
Implantou a Polamazônia, por meio do qual estabeleceu 15 “polos de desenvolvimento”.
Essas atividades foram grandes responsáveis pela maior parte das áreas devastadas na Amazônia.
![Page 32: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/32.jpg)
Além de contribuir para o desmatamento, esse programa:
• levou à formação de grandes propriedades rurais;
• estimulou os conflitos pela posse de terras;
• colaborou para a invasão de terras indígenas.
O governo acabou contribuindo para o aumento dos problemas sociais e para a criação de permanentes focos de conflitos envolvendo latifundiários, empresas madeireiras, índios e posseiros.
Os maiores latifúndios improdutivos do Brasil
estão na região amazônica.
![Page 33: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/33.jpg)
O projeto grande Carajás
• Extração de riquezas minerais;
• Construção da hidrelétrica de Tucuruí;
• Construção da Estrada de Ferro Carajás, ligando a região de extração mineral aos portos de Itaqui e Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão.
Foi o de maior destaque, pela sua área de atuação e pelas atividades e obras envolvidas.
![Page 34: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/34.jpg)
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Fonte: Bertha Becker. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990. p. 66 (Série Princípios).
Projeto Grande Carajás
![Page 35: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/35.jpg)
Fazem parte também do projeto Grande Carajás os projetos:
• Trombetas, de onde se extrai a bauxita;
• Alumar e Alunorte, que transformam a bauxita em alumina;
• Albrás, onde a alumina é então transformada em alumínio.
![Page 36: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/36.jpg)
Fábrica da Alunorte (2006).
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![Page 37: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/37.jpg)
Um modelo de desenvolvimento sem futuro
O governo brasileiro esperava que esses projetos atraíssem as empresas transformadoras de alumínio e,
com isso, houvesse geração de muitos empregos.
Entretanto, não foi o que ocorreu.
Acabou favorecendo os grandes grupos empresariais estrangeiros e nacionais e exigiu grandes gastos do governo brasileiro.
Para poder investir, o governo brasileiro fez mais empréstimos no exterior, tornando a dívida externa ainda maior.
![Page 38: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/38.jpg)
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Desmatamento na floresta Amazônica, AM (2008).
![Page 39: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/39.jpg)
Em termos sociais e ambientais, o saldo do modelo de ocupação e desenvolvimento colocado em prática é bastante negativo:
• parte considerável da floresta foi devastada;
• muitas riquezas foram retiradas da região, com pouco benefício à população local;
• os conflitos pela posse de terras se agravaram com a concentração da propriedade rural;
• terras indígenas foram invadidas e muitos confrontos entre não-índios e grupos indígenas continuam a ocorrer.
![Page 40: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/40.jpg)
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Representante de etnias indígenas manifestando-se pelos seus direitos em Brasília (2004).
![Page 41: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/41.jpg)
O extrativismo sustentável e o ecoturismo
Na década de 1970, uma enorme quantia foi oferecida pelo governo, por meio de subsídios, a grandes e médios empresários e produtores rurais.
Um novo modelo de desenvolvimento precisa ser posto em prática na Amazônia
Que combine a conservação e a preservação ambiental e a melhoria nas condições de vida.
Essa quantia, além de favorecer quem já dispunha de muitos recursos, contribuiu para a devastação da floresta.
![Page 42: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/42.jpg)
Dentre essas atividades, destaca-se
o extrativismo sustentável, que não
causa prejuízos à floresta.
Uma quantidade menor de recursos, que fosse investida na região para desenvolver outras atividades geradoras de empregos e renda, teria bons resultados na melhoria das condições de vida da população.
![Page 43: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/43.jpg)
O estudo compreende:
• o mapeamento dos recursos naturais;
• a indicação de áreas aptas para o uso sustentável;
• potencialidades e limitações quanto ao uso do solo;
• conservação e preservação ambiental;
• potencialidades sociais.
Para subsidiar as empresas interessadas e os planejamentos dos governos municipais e estaduais, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária está realizando o Zoneamento Agroecológico da região.
![Page 44: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/44.jpg)
Em razão da riqueza do ecossistema amazônico.
Outra atividade que poderia ser uma grande fonte de renda para a região:
O ecoturismo
Pode-se dizer que o potencial da Amazônia para o desenvolvimento dessa atividade é o maior do mundo
![Page 45: IECJ - Cap. 15 - A organização do espaço na Amazônia](https://reader033.fdocumentos.tips/reader033/viewer/2022061516/557378f5d8b42af4698b4c00/html5/thumbnails/45.jpg)
O turismo verde na Amazônia está apenas engatinhando. Barcos de turismo no encontro do rio Solimões (de águas claras) e do rio Negro (de águas escuras).