Idade Moderna

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Idade Moderna Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre. Histria universal e pr-histria ? antes do Homem (Plioceno) Pr-histria Sistema de Trs Idades Idade da Pedra Paleoltico inferior Homo, Homo erectus Paleoltico Mdio Homo sapiens arcaico Paleoltico Superior Neoltico Idade do Bronze Idade do Ferro Histria Idade Antiga Registos escritos Idade Mdia Idade Moderna Idade Contempornea Ver tambm: Modernidade

? Futuro A Idade Moderna um perodo especfico da Histria do Ocidente. Destaca-se das demais p or ter sido um perodo de transio por excelncia. Tradicionalmente aceita-se o incio es tabelecido pelos historiadores franceses, em 29 de maio de 1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o trmino com a Revoluo Francesa, em 14 de julho de 1789. Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, no o nic o. Tem sido propostas outras datas para o incio deste perodo, como a Conquista de Ceuta pelos portugueses em 1415, a viagem de Cristvo Colombo ao continente america no em 1492 ou a viagem ndia de Vasco da Gama em 1498. Algumas correntes historiogrficas anglo-saxnicas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos Modernos", entendido como um perodo no acabado, introduzindo nele subd ivises entre Early Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times (mais recente) , ou ento procedem a uma diviso entre sociedades pr-industriais e sociedades indust riais. A noo de "Idade Moderna" tende a ser desvalorizada pela historiografia marx ista, que prolonga a Idade Mdia at ao advento das Revolues Liberais e ao fim do regi me senhorial na Europa, devido a ampla ao das Cruzadas, que expandiram o comrcio na Europa. A dificuldade da delimitao cronolgica do perodo se deve, principalmente, s divergncias de interpretao quanto origem e evoluo do sistema capitalista. Contudo, o perodo hist ico que vai do sculo XV ao XVIII , genericamente percebido com um "perodo de transio" . A poca moderna pode ser considerada, exatamente, como uma poca de "revoluo social" c uja base consiste na "substituio do modo de produo feudal pelo modo de produo capitali sta". O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Mdia (sculos XI, XII e XIII), apresentava o seguinte quadro: no Mediterrneo: fazia-se a ligao entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades ita lianas e os rabes. no Norte da Europa: ligando o mar do Norte ao mar Bltico, predominavam os comerci antes alemes.

no Litoral Atlntico da Europa: atravs da navegao de cabotagem, ligava-se o mar do No rte ao Mediterrneo. no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres. As feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Mdia, eram si nais, tambm, de que o comrcio renascia. A partir do sculo XV o comrcio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, d e modificaes ocorridas no interior das sociedades feudais europeias (aumento da po pulao, crescimento das cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc). Esta poca pode-se caracterizar por um desanuviamento da "trilogia negra" - fomes, pestes e guerras - criando condies propcias s descobertas martimas e ao encontro de povos. ndice [esconder] 1 Feudalismo e capitalismo 1.1 Progresso comercial das cidades 1.2 Fases do capitalismo 2 Grandes Navegaes 2.1 A Pennsula Ibrica e as Grandes Navegaes 2.1.1 Reino portugus 2.1.2 Reino espanhol 2.1.3 Interveno catlica 2.2 Caractersticas da colonizao ibrica 2.2.1 Colonizao portuguesa 2.2.2 Colonizao espanhola 2.3 Poltica econmica 3 Renascimento 3.1 Origens 3.2 Causas 3.3 Renascimento literrio 3.3.1 Itlia 3.3.2 Frana 3.3.3 Inglaterra 3.3.4 Espanha 3.3.5 Portugal 3.3.6 Holanda 3.4 Renascimento artstico 3.4.1 Itlia 3.4.2 Blgica 3.4.3 Espanha 3.4.4 Frana 3.4.5 Alemanha 3.5 Renascimento cientfico 3.5.1 Polnia 3.5.2 Inglaterra 3.5.3 Itlia 3.5.4 Frana 3.5.5 Blgica 3.5.6 Alemanha 3.6 Concluso 4 Reforma e Contra-Reforma 4.1 Precursores 4.2 A Reforma de Martinho Lutero 4.3 Revoltas sociais 4.4 Calvinismo 4.5 Anglicanismo 4.6 Outras consequncias 4.7 Contra-Reforma 5 Primrdios do absolutismo europeu 5.1 Felipe II e o domnio espanhol na Europa 5.2 Formao dos Pases Baixos 5.3 Lutas poltico-religiosas na Frana

5.4 A Inglaterra da rainha Isabel I 6 Absolutismo francs 6.1 Dinastia Bourbon 6.1.1 Henrique IV, o Grande 6.1.2 Lus XIII, o Justo 6.1.3 Lus XIV, o Grande 6.1.3.1 Guerras de expanso 6.1.3.2 Poltica do Rei Sol 6.1.3.3 Colbertismo 6.1.3.4 Balano do reinado 6.1.4 Lus XV, o Bem-Amado 7 Absolutismo ingls 7.1 Ditadura de Cromwell 7.2 Restaurao monrquica (1660-1688) 7.3 Revoluo Gloriosa 7.3.1 Consequncias 8 Breve cronologia da Idade Moderna 9 Referncias 10 Ligaes externas Feudalismo e capitalismo[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: Feudalismo, Capitalismo, Johannes Gutenberg e Liga Hansetic a O feudalismo foi um sistema poltico, econmico e social que predominou durante toda a Idade Mdia. Mas, j no final da Idade Mdia, o uso da terra, fundamental para o po vo naquele perodo, foi perdendo a fora. Os campos foram abandonados e o comrcio nas cia fortalecido. Depois de longos anos de devastao e desordem, comeava certa estabilidade econmica. O castelo, centro das atividades econmicas, ia perdendo sua importncia. O progresso do comrcio artesanal, as feiras medievais, a cidade burguesa incompatvel com o fe udo ofereciam chances de lucro e atrativos do comrcio.

Johannes Gutenberg, o inventor da imprensa. A difuso de alguns inventos que impulsionaram o progresso tcnico e os avanos da cinc ia contriburam para essa transformao: a bssola, inveno dos chineses, comeou a se gener lizar entre os sculos XIV e XV e permitia a orientao dos navegadores em alto-mar; a plvora, tambm inventada pelos chineses, introduzida na Europa (sculo XIV), revoluc ionou a arte da guerra; a imprensa foi um invento revolucionrio devido ao alemo Jo hannes Gutenberg (sculo XV), e com ela se multiplicaram os livros. A vida urbana tem incio, aumenta a populao das cidades. No incio da Idade Moderna, as cidades se expandem, vo de forma gradual deixando pa ra trs a experincia do feudo. Claro que elas tiveram que lutar para sobreviver, ta nto na parte econmica como na social e poltica. As comunicaes iam se tornando mais velozes, estradas iam se abrindo, mudando toda a paisagem de cada localidade. Uma nova classe social, que reunia banqueiros, artesos, camponeses, mercadores, a parecia com o nome de burguesia. O dinheiro adquiriu valor e o comrcio superou a terra. Liga Hansetica. A passagem econmica da Idade Mdia para a Moderna se deu com o aparecimento do capi talismo. Gradativamente, o comrcio foi se desenvolvendo, a princpio dentro da prpria cidade, depois entre duas ou mais cidades e, por fim, entre pases. Com o sistema capitalista, os trabalhadores comearam a ter um salrio. Os produtos foram produzidos em maior quantidade, e nascia assim a passagem do feudalismo ao capitalismo. O desenvolvimento das navegaes vai fortalecer as rotas martimas e comerciais aberta

s na Idade Mdia. Crescia o comrcio por terra e por mar e mudava o quadro poltico, econmico e social da Europa. Grandes associaes surgiram (associaes livres), formando as hansas. A mais conhecida foi a Liga Hansetica ou Hansa Teutnica. Era uma associao que agrupava mais de 160 ci dades no comrcio com o leste da Europa. Progresso comercial das cidades[editar | editar cdigo-fonte] O progresso comercial e urbano, a burguesia, o artesanato, as feiras, as rotas t errestres e martimas deram ao rei a certeza de que, se ele no aceitasse o comrcio e se aliasse aos burgueses, certamente no teria sucesso financeiro. Surgiu a aliana rei-burguesia, e tal fato foi, sem dvida, a abertura do sistema ca pitalista. O capitalismo um sistema poltico, social e econmico que tem como caractersticas: produo voltada para os mercados; relaes monetrias; lucro, neste sistema, fundamental; acmulo de capitais; livre iniciativa; relaes assalariadas de produo. Fases do capitalismo[editar | editar cdigo-fonte] Na sua fase pr-inicial, recebeu o nome de pr-capitalismo, porque nessa fase as rel aes de produo ainda no foram totalmente assalariadas (sculos XII e XV). Capitalismo comercial, fase em que comeam a existir relaes de trabalho e produo assal ariadas (sculos XV ao XVIII) Capitalismo industrial, que surgiu na Inglaterra, com a Revoluo Industrial. A acum ulao de capital comeou a se concentrar em grandes produes e o capital passou a domina r o processo de distribuio e consumo de mercadorias. O trabalho assalariado instal ou-se definitivamente (sculo XVIII a XX). Capitalismo financeiro a base do capitalismo em que se v grande quantidade de con centrao financeira. Grandes movimentos e sistemas bancrios dominaram o mercado. ( o sistema predominante nos dias atuais para os pases que adotam o capitalismo como sistema econmico.) A globalizao um dos processos de aprofundamento da integrao econmica, social, cultura l, poltica, com o barateamento dos meios de transporte e comunicao dos pases do mund o no final do sculo XX e incio do sculo XXI. Portanto a Idade Moderna surge com novos empreendimentos polticos, econmicos e soc iais. Surgiu a organizao empresarial e o esprito de lucro, dando incio aos tempos modernos . Abre-se um novo contexto sociocultural e econmico na Europa. Grandes Navegaes[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: Grandes Navegaes No perodo de transio da Baixa Idade Mdia para a Idade Moderna, o Mar Mediterrneo cont inuou a principal ligao entre os pases conhecidos. Esse intercmbio se fazia atravs da s rotas das especiarias, que eram monoplio das grandes cidades italianas, como Gno va e Veneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e principalmente condim entos, como a pimenta e a canela, indispensveis para a conservao dos alimentos), de pois de passarem por muitos portos e intermedirios, eram vendidas a preos altssimos para as naes europeias, obrigando-as a uma situao de dependncia dos comerciantes ita lianos. A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o trfico de mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterrneos, os turcos exigiam el evadas taxas das caravanas comerciais, forando assim novo aumento nos preos dos pr odutos. Era necessrio descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e italiana. Os reinos ibricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir cond ies tcnicas e financeiras para explorar as novas terras. A Pennsula Ibrica e as Grandes Navegaes[editar | editar cdigo-fonte] Reino portugus[editar | editar cdigo-fonte]

Uma carta nutica de Ferno Vaz Dourado, da frica ocidental extrada do atlas nutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Portugal foi a primeira nao a financiar expedies martimas. Vrios fatores contriburam p ra esse pioneirismo: a existncia de bons portos; a familiaridade portuguesa com o mar, devido grande atividade pesqueira desenvolvida na regio; uma burguesia enri quecida e disposta a investir para aumentar seus lucros; a paz interna e a centr alizao do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando um estado n acional. A Escola de Sagres tambm contribuiu grandemente, fornecendo condies tecno-cientficas para a navegao num oceano ate ento desconhecido: o Atlntico. Bssolas e astrolbios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores car tgrafos da poca e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares possibil itaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso". A expanso portuguesa iniciou-se pelo norte da frica, com a tomada de Ceuta, em 141 5 (importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Aores. Gr adativamente, em expedies sucessivas, sempre contornando o continente africano, em 1487, Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperana no sul da frica. Em 1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da ndia. A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores portu gueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrncia com os produtos trazidos atravs das rotas italianas. Reino espanhol[editar | editar cdigo-fonte] Provvel retrato de Colombo em pormenor de "Virgen de los Navegantes" pintado por Alejo Fernndez entre 1500 e 1536, atualmente na "Sala de los Almirantes", no Real es Alczares de Sevilla (foto por Manuel da Silva Rosa). Formado pela unio dos reis Dom Fernando de Arago e Dona Isabel de Castela, a Espan ha lanou-se explorao dos mares quase um sculo depois de Portugal. Dois motivos provo caram esse atraso: era necessrio primeiramente expulsar os mouros (muulmanos) do territrio espanhol; era preciso descobrir um novo caminho para no utilizar a rota portuguesa. A Espanha no hesitou em dar o empreendimento ao estrangeiro Cristvo Colombo. Sua te oria da esfericidade da Terra (confirmada pouco depois pelo cientista Nicolau Co prnico) no mereceu muito crdito na poca. Acreditando na possibilidade de atingir as ndias sempre navegando para oeste, Col ombo dirigiu suas trs caravelas nessa rota, e teria alcanado as ndias caso o contin ente americano no estivesse no caminho. As naus espanholas desembarcaram na ilha de Guanaani (atual ilhas Bahamas) e dep ois em Cuba e So Domingos. Era o ano de 1492. Certo de que obtivera sucesso, Colo mbo deu o nome de ndios aos habitantes encontrados na nova terra. Realizou ainda outras viagens, sempre explorando as ilhas americanas. Interveno catlica[editar | editar cdigo-fonte] Detalhe do mapa "Terra Brasilis" (Atlas Miller, 1519), atualmente na Biblioteca Nacional de Frana. A descoberta da Amrica por Colombo provocou disputa entre os reinos ibricos, inter essados na posse de terras. Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe a ssegurasse o domnio das terras existentes a leste do oceano Atlntico. O acordo entre os dois pases foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um novo tratado. Partindo-se de uma linha imaginria traada a partir do plo (37), o Tra tado de Tordesilhas estabeleceu que as terras encontradas a oeste dessa linha pe rtenceriam Espanha e aquelas situadas a leste seriam de Portugal. Por esse motivo, a esquadra de Pedro lvares Cabral, que se dirigia s ndias, fez um desvio proposital para oeste para garantir ao rei portugus a posse das terras do Brasil. Os outros pases europeus desconsideraram esse tratado, que os exclua, e procuraram se estabelecer e explorar o novo continente.

Caractersticas da colonizao ibrica[editar | editar cdigo-fonte] As novas conquistas no ofereceram interesse imediato a Portugal. O comrcio de espe ciarias estava no auge: o aumento de consumo e sua falta no mercado europeu fazi am com que as cargas dos navios que retomavam das ndias fossem disputadas e as me rcadorias alcanassem preos elevados na revenda. Por esse motivo, Portugal limitouse a estabelecer algumas feitorias nas novas terras, para desenvolver atividades extrativas. Com a demarcao de terras entre Espanha e Portugal e a posterior ocupao europeia das terras, os indgenas ficaram expostos diante estas duas frentes de ex panso como pelas frentes missionrias e de plantations. Tais frentes no eram movimen tos pacficos e pretendiam incorporar o mesmo territrio e os mesmos indivduos (SCHMI TZ, 1991, p. 49).1 Utilizava-se da mo-de-obra indgena, onde poderia ocorrer o esca mbo, troca de utenslios europeus por outros materiais, servios ou mesmo indgenas de stinados ao escravismo. No sul do Brasil, por volta de 1600, acontecem as "desci das", escravizao sistemtica dos ndios. Eram promovidas pelos moradores de So Vicente que aportavam em Laguna, Ararangu, Mampituba e Lagoa dos Patos, onde na costa exi stiam feitorias para negociar os indgenas. Segundo Schmitz (1991, p. 50),2 este c omrcio tinha como mentores pajs e mestios, que quando os navios chegaram barra, era m enviados emissrios ao serto pelos chefes chama-dos Tubares para avisar que havia utenslios para trocar por gente. Mas a exclusividade da rota martima durou pouco. Inglaterra, Frana e Holanda, igno rando propositadamente o tratado que dividia a Amrica entre as duas naes, passaram a utilizar-se dos caminhos recm-descobertos para suas prprias transaes comerciais. O aumento da oferta de produtos provocou a queda dos preos e, portanto, dos lucros obtidos. Os reinos ibricos tentaram, ento, nova atividade lucrativa, atravs do pov oamento e explorao colonial. Colonizao portuguesa[editar | editar cdigo-fonte] Fez-se ao longo do litoral atlntico, insistindo-se no cultivo de produtos raros n a Europa. Um deles, a cana-de-acar, encontrou condies de solo e clima propcios no Nor deste do Brasil, tornando-se a base da economia lusitana na poca. A necessidade de homens para a lavoura, homens que trabalhassem para donatrios e no para seu prprio enriquecimento, alterou a relao inicial entre brancos e ndios. "A legislao portuguesa sempre procurou contrariar ou dificultar a imigrao, embora milha res de camponeses europeus no tivessem terras e passassem fome" (Dcio Freitas). Li vres, com valores culturais e estrutura social e econmica bem diversos dos coloni zadores, os ndios no se sujeitavam s imposies dos brancos. As lutas entre colonizador es e ndios condenaram ao desaparecimento inmeras naes indgenas, ao mesmo tempo que in stituam a mais abominvel explorao humana: o regime escravo. Colonizao espanhola[editar | editar cdigo-fonte] Os conquistadores espanhis encontraram imprios indgenas ricos e evoludos, como os do s maias, astecas e incas. Esses povos possuam conhecimentos de astronomia e geome tria, cultivavam a terra utilizando o sistema de irrigao, alm de terem um artesanat o e uma arquitetura evoludos. Para dominar esses povos, os espanhis aproveitaram-se de suas armas e cavalos (de sconhecidos para os nativos) e tambm das rivalidades entre tribos, aliando-se s me nores para conquistar os maiores imprios. Com suas tradies destrudas e cidades arras adas, foram forados a aceitar o trabalho obrigatrio (encomienda). Cada comunidade indgena estava sob superviso de brancos (encomenderas), determinando tambm a (mita) , o trabalho forado dos aldees na realizao das obras pblicas e outros servios ao gover no. Considerar o elemento nativo como inferior foi o trao comum na colonizao dos pases i bricos. Desrespeitaram e baniram a cultura local, provocando desaparecimento de m uitas naes indgenas em nome da "civilizao" que Ocidente trouxe como "legado" que deve ria ser incorporado s terras conquistadas. Em menos de cem anos, vitimaram-se trs quartos da populao americana. Tornou-se imperiosa a vinda de escravos africanos. Poltica econmica[editar | editar cdigo-fonte] O objetivo da colonizao foi primordialmente explorar da forma mais lucrativa possve l seus domnios coloniais. No havia nenhuma inteno de povoamento: trabalhadores livre s, em grande nmero, buscariam seu prprio enriquecimento e dificultariam a fiscaliz ao e taxao de impostos. Estabeleceram-se novos princpios econmicos para as relaes entre metrpole e colnia. As

principais leis mercantilistas foram: Metalismo: acreditava-se que a riqueza de uma nao era medida pela quantia de metai s preciosos que possusse. As colnias espanholas ricas em minrios, tornaram essa nao a mais poderosa da poca. Pacto Colonial: definia as relaes entre metrpole/colnia. A colnia vendia seus produto s exclusivamente para a metrpole e dela comprava tudo de que necessitasse. Essa e xclusividade comercial influiu negativamente no desenvolvimento da colnia. Sua ma rgem de lucro era determinada pela metrpole, que reservava para si a revenda dos produtos coloniais a preos bem mais elevados no mercado europeu. Na importao coloni al, a metrpole agia como intermediria, comprando os produtos de outros pases para v end-los com lucros de comerciante na colnia. Esse comrcio desvantajoso, aliado proibio de instalar manufaturas prprias e produzir artigos semelhantes aos da metrpole, gerou uma situao de total dependncia econmica, que posteriormente prejudicou a independncia poltica e financeira dos pases dominad os. Balana comercial favorvel: pases como Inglaterra e Frana, que no puderam contar com o afluxo de metais preciosos, desenvolveram uma poltica de conteno de importaes, enqua nto estimulavam as exportaes. Dessa forma, o dinheiro arrecadado no comrcio externo era bastante superior quele gasto na compra de produtos estrangeiros, deixando u m saldo financeiro favorvel ao pas. Para isso, os governos tomaram medidas proteci onistas: estimulava-se a produo agrcola e manufatureira do pas; impunham-se altas ta xas alfandegrias aos produtos importados, forando a reduo de consumo dos mesmos; no s e permitia a importao de produtos que concorressem com os de fabricao nacional; proi bia-se a exportao de matrias-primas que pudessem desenvolver mercadorias semelhante s s fabricadas pelo pas. Monoplios: a comercializao era permitida a grupos de mercadores escolhidos pelo rei . Esses grupos tinham seus locais de compra e venda predeterminados, no podendo o perar fora de suas regies. Os monoplios permitiam ao soberano um eficaz controle d as transaes efetuadas nos diversos pases. No incio do sculo XVII, a prtica provou que o equilbrio da balana comercial e os mono plios contriburam decisivamente para a supremacia anglo-francesa no conjunto das n aes europeias. O ouro em quantidade, sem aplicao slida, no garantia o progresso de um Estado. A Espanha, que no aplicou seus lucros na melhoria das tcnicas agrcolas e ta mpouco na instalao de manufaturas, perdeu sua posio para os pases que desenvolveram a produo interna e fortaleceram o comrcio nos dois nveis: externo e interno. Renascimento[editar | editar cdigo-fonte] Ver artigo principal: Renascimento Os homens da Idade Mdia consideravam os aspetos e fatos da vida e da histria de ac ordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos his tricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a cincia, a liter atura e a arte daquela poca dependiam do pensamento religioso. Todavia, no decorrer do sculo XIII, a Itlia e o resto da Europa comearam a modifica r seu modo de pensar, voltando suas atenes para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importncia como o grande protagonista de acontecimentos e de terminando, ele mesmo, a sua vontade. No Renascimento, o mundo aparece como cenrio das aes humanas, e no como expresso da v ontade divina. A natureza tambm atrai as atenes e se torna objeto de observaes e estu dos por parte dos renascentistas. A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspetos, o prosseguimento da vid a econmica, social e cultural que aconteceu na Itlia e depois no resto da Europa. O termo Renascimento vem de renascer da Idade Mdia, isto , renascer ou reviver os valores da Antiguidade clssica greco-romana. Origens[editar | editar cdigo-fonte] O Renascimento comeou na Itlia, com o desenvolvimento das cidades e do comrcio. As cidades italianas abrigavam nobres senhores, como os Loureno de Mdici, da cidad e de Florena; os Gonzaga, da cidade de Mantova; os Sforza, da cidade de Milo, e ta ntos outros nobres senhores que, gozando de prosperidade econmica, resolveram fin anciar e proteger artistas, cientistas e literatos. Esses protetores de artistas eram chamados mecenas.

Causas[editar | editar cdigo-fonte] A descoberta do Novo Mundo (Amricas): As Grandes Navegaes trouxeram novas experincia s culturais e cientificas. O humanismo: Durante toda a Idade Mdia, o homem foi uma criatura frgil e submissa vontade de Deus. Com o humanismo, ele acaba por se tornar responsvel por si mesmo e no mais subordinado vontade divina. A queda de Constantinopla, a importante capital do Imprio Romano do Oriente, gran de centro comercial e cultural medieval. Muitos intelectuais de Constantinopla s e dirigiram Itlia aps a sua queda. O apoio dos mecenas, ricos senhores que patrocinavam artistas e literatos. A inveno da imprensa: Os livros no seriam mais manuscritos, o que facilitaria a div ulgao da cultura. Abertura das universidades: Os humanistas fizeram reviver e renascer valores da Antiguidade clssica greco-romana. Caractersticas: O Renascimento tem como caractersticas: criao, originalidade, novos ideais, renovao artstica e intelectual. Retorno cultura greco-romana: Antigos valores so reaproveitados. Racionalismo: O uso da razo, mais do que dos sentimentos. Hedonismo: Os prazeres de viver a vida no dia-a-dia foram valorizados. Neoplatonismo: Alguns valores da Igreja foram criticados e abandonados. Chamamos de humanismo o movimento literrio e cultural que fez reviver os estudos da literatura clssica grega e romana, indispensveis para a formao do homem e para le v-lo a viver com sabedoria e harmonia em sociedade. O interesse dos humanistas era fazer reviver e valorizar diferentes culturas, en fatizando o homem, a ponto desse movimento ser chamado de antropocentrismo, colo cando o homem como centro dos interesses e atenes. Os humanistas desprezaram alguns valores cristos, embora fossem cristos, e apenas desejavam dar uma nova interpretao s mensagens do Evangelho. Os humanistas queriam a todo custo criar uma nova cultura: introduziram mtodos crt icos na leitura e interpretao de fontes, reconstruindo textos originais, eliminand o deformaes e omisses dos copistas medievais. Muitas universidades foram fundadas, porm o ensino era ainda medocre. Muitos prncip es, nobres e humanistas reuniram importantes obras manuscritas da Antiguidade, a preo de ouro, e juntos comeam a formar grandes bibliotecas. Surgiram, tambm, assoc iaes culturais chamadas academias. Renascimento literrio[editar | editar cdigo-fonte] O papa Nicolau (1447-1455) reuniu no seu palcio mais de 5 mil manuscritos, que ma is tarde viriam a formar a biblioteca do Vaticano, hoje uma das mais ricas do mu ndo. A inveno da imprensa, em 1450, pelo alemo Johannes Gutenberg, foi responsvel pela im presso da Bblia e, da por diante, surgiram muitos livros, facilitando o conta(c)to dos leitores com a cultura. Nesse meio tempo, os artistas italianos se entusiasm aram pela arte greco-romana e tentaram faz-la reviver. Grandes humanistas apareceram em toda a Europa e deram fora ao movimento literrio. Itlia[editar | editar cdigo-fonte] Dante Alighieri (1265-1321), escritor italiano. Participou da vida poltica da cid ade de Florena, mas por motivos polticos foi exilado. Escreveu Divina comdia, que j foi traduzida em 50 idiomas. uma das maiores obras da literatura universal. Na D ivina comdia, Dante Alighieri descreve uma viagem ao alm, narrando o inferno, o pa raso e o purgatrio. Francesco Petrarca (1304-1374), italiano, considerado o pai do humanismo. Estudo u Direito na Universidade de Bolonha. Suas principais obras so Canzonieri, coletne a de poesias lricas, Epstolas (escritas em latim), A vida solitria e outras. Giovanni Boccaccio (1313-1375) nasceu em Paris e morreu na Itlia. Sua grande obra Decameron. Satiriza os costumes da sociedade de seu tempo. Nicolau Maquiavel (1469-1527), escritor e poltico italiano. Sua grande obra O Prnc ipe; nela ele expe sua doutrina poltica, conhecida pelo nome de maquiavelismo. Par a ele, a arte de governar est na astcia e na fora; o chefe de Estado deve ser um "s enhor absoluto" e utilizar todos os recursos e meios para atingir seus objetivos polticos.

Frana[editar | editar cdigo-fonte] Franois Rabelais (1494-1553), autor que pretendeu satirizar os costumes educacion ais da poca. Sua obra-prima, Gargntua e Pantagruel, uma narrativa baseada em lenda s populares francesas e nela Rabelais satiriza os costumes da poca. Michel Montaigne (1533-1592), escritor francs. Estudou Direito e sua principal ob ra Ensaios. Nela, ele comenta e analisa o comportamento, as reaes do homem e os pr oblemas do seu tempo, tomando por base suas prprias experincias. Inglaterra[editar | editar cdigo-fonte] Thomas Morus (1478-1535), estadista e religioso ingls. Foi poltico e homem de mora l admirvel. Sua obra-prima Utopia. Com essa obra ele ficou conhecido em toda a Eu ropa. um romance poltico e social, no qual ele aconselha os homens a seguirem o E stado. O Estado o bem comum e dele vir proteo e segurana para todos. William Shakespeare (1564-1616), teatrlogo e poeta ingls, autor de mais de 40 peas, 154 sonetos e 2 poemas. Dentre as peas, destacamos: Romeu e Julieta, O mercador de Veneza, Sonhos de uma noite de vero, Macbeth, Rei Lear. Espanha[editar | editar cdigo-fonte] Miguel de Cervantes (1547-1616). Sua obra-prima Dom Quixote de La Mancha. Ela na rra as desventuras de um cavaleiro arruinado, Dom Quixote, representando o sonho e a aventura, e Sancho Pana, seu fiel escudeiro, na sua simplicidade de homem do campo. Dom Quixote um livro que vai da dor ao prazer, do ridculo ao grandioso. uma stira cavalaria medieval. Lope de Vega (1562-1635), grande teatrlogo espanhol. Escreveu cerca de 1500 peas. Portugal[editar | editar cdigo-fonte] Lus de Cames (1524-1580), filho de fidalgos. Viajou para as ndias, onde ficou muito s anos a servio do rei de Portugal. Sua grande obra Os Lusadas, publicada em 1572, dedicada ao rei Dom Sebastio. Deixo u muitos sonetos e poemas lricos, alm de algumas peas de teatro. Cames morreu mendig ando para sobreviver, pobre e esquecido. Gil Vicente (1470-1536), fundador do teatro nacional portugus. Foram vrias as suas obras, como Auto da fria, Auto da alma, Quem tem farelos?, A barca do inferno, I ns Pereira e tantas outras. Holanda[editar | editar cdigo-fonte] Erasmo de Roterdo (1466-1536), professor de grego e de Teologia na Universidade d e Oxford. O pensamento de Erasmo se caracteriza por um enorme desprezo pelas lut as de religio. Sua principal obra Elogio da loucura. Nessa obra ele satiriza a Ig reja e a sociedade de sua poca. considerado o pai do humanismo moderno. Renascimento artstico[editar | editar cdigo-fonte] A principal caracterstica da pintura renascentista a libertao. Os homens do Renasci mento se sentiam o centro do Universo, expondo sua prpria personalidade ao mundo que os circundava, procurando leis de equilbrio e de harmonia para imit-la na vida e na arte. A renovao do humanismo e do Renascimento transforma convenes, ideias, ambientes e cr ia a base cultural que se ir manifestar na Idade Moderna. Itlia[editar | editar cdigo-fonte] Brunelleschi (1377-1446), escultor e arquiteto italiano. Alm de erguer a Catedral de Milo, trabalhou tambm na Igreja de So Loureno, no Palcio Pitti e na cpula da Cated ral de So Pedro, no Vaticano. Foi ele quem descobriu as leis da perspetiva central, sendo esse um dos fatores que ajudou no desenvolvimento da arte italiana renascentista. Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano. Foi um famoso pintor, escultor, arquite to, matemtico, cientista, msico e inventor. Famosos so seus estudos sobre plantas, pssaros e anatomia do corpo humano, mesmo porque a Bblia ensina que o homem foi cr iado semelhana de Deus; por isso, para ele, as propores humanas serviriam de modelo aos artistas. Leonardo foi um gnio e um grande inventor: inventou a tecelagem mecnica, a fora mot riz do vapor, o paraquedas e tcnicas para aviao. Na pintura, introduziu o esfumaado na colorao. Delicado e gradual, ele partiu do cl aro ao escuro, da luz sombra, como podemos observar nos retratos de Gioconda, da Virgem das Rocas e da Anunciao. Suas obras mais famosas so Santa Ceia e Gioconda (

ou Mona Lisa). Leonardo da Vinci no entendia a arte separada da cincia. A arte deve ter clareza, retratar as coisas belas da natureza e tambm revelar a mais intima e secreta das leis da cincia. Foi considerado uma das principais figuras da Renascena. Ghirlandaio, nascido Domenico de Tomaso Bigordi (1449-1494), pintor italiano, Su as obras mais importantes so a Vida da Virgem, pintada na Capela Tornabuoni da Ig reja de Santa Maria Novella, e a Vida de So Francisco, pintada na Igreja da Santa Trindade, ambas em Florena, Itlia. Michelangelo Buonarroti (1475-1564), pintor, escultor, arquiteto e poeta italian o. Estudou pintura com Ghirlandaio e escultura com Bertoldo. Foi um protegido de Lo ureno, o Magnfico. Esteve em sua arte constantemente preso ao pensamento da corrupo do mundo e da red eno do homem, por isso quase todas as suas obras exprimem tormento interior, sofri mento e trabalho. A sua grandeza como pintor se faz presente nesta obra, pintada na Capela Sistina , contando a histria do Gnesis e em torno do Juzo Final, obra mxima da arte religios a no Renascimento. Como escultor, o destaque fica para as suas esttuas Piet, David e Moiss. Na arquitetura, foi o criador da cpula da Igreja de So Pedro. Na poesia, deixou um livro denominado Rimas. Rafael Sanzio (1483-1520), pintor italiano. Sua arte girou em torno de vrias mado nas com meninos. Este estilo o acompanhou por toda a sua trajetria artstica. Rafael e muitos outros artistas renascentistas tiveram o fundamento religioso na s suas obras. Ele foi autor de vrias obras e muitos (a)frescos pintados em vrios quartos do Vati cano. Tiziano Vercelli (1490-1576), pintor italiano. Em 1516, foi nomeado pintor oficial da corte veneziana e, em 1548, foi nomeado c onde palatino por Carlos V. Suas obras mais importantes so: Retrato equestre de Carlos V, Ado e Eva, So Joo Bati sta no deserto e tantas outras. Donatello, nascido Donato di Betto Bardi (1386-1466), escultor italiano, conside rado o iniciador do realismo na escultura. Fez inmeros trabalhos, encontrando-se os mais importantes em Florena, Pdua, Siena. Esculpiu bustos, madonas e cenas do E vangelho. Sandro Botticelli (1444-1510), pintor italiano. Decorou a Capela Sistina, onde p intou as 24 figuras dos profetas, Cristo, atentado pelo demnio, o inferno dantesc o. Pintou cenas mitolgicas, sendo famosas as obras: O nascimento de Vnus e Alegori a da Primavera. Blgica[editar | editar cdigo-fonte] Rubens, nascido Peter Paul Rubens (1577), o maior dos pintores flamengos. Demons tra euforia da vida, as formas so livres, as pinturas femininas (as mulheres) so p esadas e as pinturas masculinas (os homens) so slidas, bem constitudas. Principais telas: Rapto das filhas de Leucipo, Rapto de Europa, Corao de Maria de Mdicis e outras. Espanha[editar | editar cdigo-fonte] Diego Velzquez (1599-1660), grande pintor espanhol. Autor de As meninas, Os bbados , Esopo e tantos outros trabalhos. Miguel Servet (1511-1553), mdico espanhol. Dirigiu seus trabalhos em torno da cir culao pulmonar. Frana[editar | editar cdigo-fonte] Pierre Lescot (1515-1578), arquiteto francs. Foi o construtor da fachada ocidenta l do ptio do Louvre (Paris). Alemanha[editar | editar cdigo-fonte] Albert Drer (1471-1528), pintor alemo, autor de Adorao dos magos. Renascimento cientfico[editar | editar cdigo-fonte] Polnia[editar | editar cdigo-fonte] Nicolau Coprnico (1473-1543), polons. Seu trabalho girou em torno da revoluo da rbita celeste. Ele contestava que a Terra fosse o centro do Universo e dava a ideia d

a teoria heliocntrica. Segundo Coprnico, o mundo material no possua centro. Dessa forma, ele mostrou aos h omens que as mesmas leis que regiam os fenmenos da Terra podiam ser aplicadas ao Universo. Coprnico colocou o Sol, e no a Terra, como centro do Universo. Essa teoria se cham ou heliocentrismo. Inglaterra[editar | editar cdigo-fonte] Isaac Newton (1642-1727), matemtico e fsico ingls. Descobriu as leis da gravitao universal. O nmero de pesquisas e descobertas de Newt on muito grande. Aperfeioou estudos sobre matemtica. Esboou ideias da cincia natural, ao definir os c onceitos de massa, causa, fora, inrcia, espao, tempo e movimento. Descobriu as leis que regem o fenmeno das mars, aperfeioou a fabricao de lentes e esp elhos. Trabalhou na decomposio da luz, criando o disco de Newton. William Harvey (1578-1657), mdico ingls. Ficou famoso pelos trabalhos de circulao sa ngunea. Itlia[editar | editar cdigo-fonte] Galileu Galilei (1564-1642), italiano. Foi um grande pesquisador nas reas de mate mtica, fsica, astronomia. Para ele, os corpos celestes deviam ser estudados e a Vi a-Lctea no dependia do nosso Sistema Solar. Estudou a acelerao nas quedas dos corpos e anunciou o princpio da inrcia. Foi perseguido pela Igreja porque suas teorias no estavam de acordo com o pensame nto vigente.3 4 Frana[editar | editar cdigo-fonte] Ambroise Par (1509-1590), francs. Fez notveis trabalhos na medicina, em torno da ci rurgia, e eles se tornaram importantes nos progressos mdicos. Seus grandes trabalhos foram em torno de fazer estancar hemorragias e ligao de artr ias. Ren Descartes (1595-1650), francs, filsofo, matemtico, fsico e astrnomo. Estudou com o s jesutas e saiu da Frana, ingressando como voluntrio no exrcito de Maurcio de Nassau . Como filsofo, Descartes chamado o pai do racionalismo. Criou a geometria analtica e fez descobertas na fsica, escrevendo o tratado sobre a luz. No campo da filosofia, escreveu vrios livros, como Discurso do mtodo, Meditaes metafs icas. Blgica[editar | editar cdigo-fonte] Andreas Vesalius (1514-1564), mdico belga, nascido em Bruxelas. considerado, dent ro da medicina, o pai da anatomia moderna. Alemanha[editar | editar cdigo-fonte] Johannes Kepler (1571-1630), astrnomo e cientista alemo. Estudou as leis dos movim entos dos planetas e conseguiu apresentar teorias sobre o planeta Marte. Suas le is so famosas dentro da fsica. Concluso[editar | editar cdigo-fonte] O Renascimento foi um fenmeno histrico que fez reviver valores, criar outros novos e trouxe o despertar de novos momentos na literatura, na arte e na cincia. A sociedade da poca aproveitou muito da cultura renascentista, que at hoje chega p ara ns. Foi o Renascimento, sem dvida, o alvorecer da Idade Moderna. Reforma e Contra-Reforma[editar | editar cdigo-fonte]

Ver artigo principal: Reforma Protestante e Contra-Reforma A Reforma foi um movimento que surgiu dentro da Igreja Catlica como resposta s dvid as dos fiis e s discusses religiosas. As ideias renascentistas valorizaram o homem e suas realizaes, a expanso comercial permitiu o confronto de valores e culturas di versas e provocou um "repensar" crtico do mundo, at ento dominado pelo clero romano . As alteraes poltico-econmicas da poca exigiam uma reformulao na estrutura social, ma a Igreja retardou sua ao, permitindo o aparecimento da crise nas ideias catlicas. No plano poltico, a autoridade papal (supranacional) interferia no poder do rei. A obrigatoriedade do consentimento do papa na administrao dos soberanos ia enfraqu ecendo o poder deles sobre o Estado. A teoria do Estado independente de Maquiave

l comeava a frutificar. No plano econmico, a Igreja continuava proibindo a usura (juros altos) e pregando a venda das mercadorias por um preo justo. Essa teoria era incompatvel com o enri quecimento e a ascenso da burguesia comercial. Os negociantes queriam liberdade d e preos para garantir a expanso de seus negcios e aumentar seus lucros. Os camponeses, sem esperanas dentro de suas vidas miserveis, queriam livrar-se das taxas impostas pelos grandes senhores e tambm do dzimo obrigatrio cobrado pela Igr eja. Essa insatisfao era alimentada pela corrupo que se verificava nas ordens clericais. Como representantes de Deus, investidos de poder supremo sobre os homens, suas p reocupaes se restringiam poltica, guerra e s artes, ignorando a necessidade das alma s que lhes cabia conduzir. A riqueza e o conforto em que viviam desagradava aos fiis, que desejavam uma religio mais prxima dos ensinamentos e exemplos de Cristo. Precursores[editar | editar cdigo-fonte] A decadncia moral dos sacerdotes favoreceu o aparecimento de numerosas seitas, qu e contestavam alguns dogmas catlicos e propunham uma vida de desapego aos bens ma teriais. Entre estes, destacaram-se os valdenses (seguidores de Pedro Valdo) e o s albigenses (da cidade francesa de Albi), que pregavam maior fraternidade entre os homens, uma vida mais humilde, com a diviso dos bens entre os membros de suas comunidades. Essas atitudes foram consideradas "heresias" e a Igreja, atravs dos tribunais da Inquisio, perseguiu e matou aqueles que se obstinavam em seguir essa s seitas. Outros pregadores, como o ingls John Wycliffe (professor em Oxford) e o estudante tcheco John Huss, condenaram o poderio da Igreja, propuseram a secularizao de seu s bens e o acesso dos fiis s escrituras. A morte de John Huss e do monge florentin o Savonarola, lder poltico que criticou o humanismo renascentista e a corrupo do pap a Alexandre VI, aumentou o conflito que se instalava entre os poderes dominantes na poca. Outro fator que desmoralizou a autoridade da Igreja Catlica foi a crise do papado , que foi o controle que os reis franceses exerceram sobre o papa durante o sculo XIV, com a transferncia da sede do Vaticano de Roma para Avinho (Frana). Os demais pases contestaram e a Igreja chegou a possuir dois pontfices: um em Roma e outro na Frana. A Reforma de Martinho Lutero[editar | editar cdigo-fonte] Era bastante ruim a situao da Alemanha, no sculo XV. Sem um poder centralizado, div idida entre vrios senhores feudais e praticando uma economia agrria, custava a des envolver-se economicamente. O povo estava esmagado pelos tributos feudais e o di zimo. A Igreja recolhia ali inmeros impostos e era proprietria de grandes extenses de terras. A nica consolao do povo era a f. Mas como acreditar numa Igreja que vendia os cargos eclesisticos a quem pagasse mais e que no escondia os filhos ilegtimos dos "celiba trios" sacerdotes? E, pior do que tudo: oferecia o perdo dos pecados atravs do paga mento de bulas que comprovavam a absolvio do papa (indulgncia). A indignao aumentou quando o monge Tetzel foi Alemanha para a venda de bulas, no i ntuito de arrecadar mais dinheiro para a construo da Baslica de So Pedro. Martinho L utero, monge alemo, criticou os abusos de Tetzel e comeou a denunciar publicamente a corrupo da Igreja Romana. A preocupao de Lutero era com a salvao da alma, mas, perseguido e ameaado de excomunho , no recuou e exps suas ideias na Catedral de Wittenberg (as 95 Teses de Lutero). Lutero, contrariando a doutrina adotada pela Igreja Romana de que o homem se sal va pelas boas obras, adotou as ideias de Santo Agostinho, "O homem se salva pela f". Props uma igreja mais simples, onde o Evangelho fosse discutido pelos fiis, qu e teriam a Bblia traduzida no seu prprio idioma (O prprio Lutero traduziu a Bblia pa ra o alemo). Tambm era contrrio ao celibato clerical e favorvel a que as terras da i greja passassem a pertencer ao Estado. Sua doutrina diminua consideravelmente o p oder da Igreja e de seus sacerdotes. Revoltas sociais[editar | editar cdigo-fonte] A doutrina luterana provocou uma diviso entre os nobres alemes, muitos deles ansio sos por se apoderar dos bens do clero, para aumentar seus domnios. O apoio desses nobres foi decisivo para que as ideias de Lutero prosperassem. Reunidos pelo im

perador Carlos V (do Sacro Imprio Romano-Germnico) para que voltassem a f catlica, m uitos nobres protestaram (da o nome protestantes dado queles que aderiram nova rel igio). Sem conseguir um acordo, o rei deu consentimento para que cada nobre escol hesse livremente sua religio. Os camponeses eram obrigados a adotar a religio de s eu senhor. Os pequenos nobres, animados com a perspetiva de mudanas e melhor diviso de riquez as, disputaram com os grandes senhores as terras anteriormente pertencentes a Ig reja. Essa revolta dos pequenos cavaleiros foi rapidamente vencida pelos prncipes . Ao mesmo tempo, surgiram lderes entre os camponeses. Baseados nas escrituras, que riam o fim dos privilgios feudais, o no pagamento de taxas consideradas abusivas e um tratamento digno. Os camponeses afirmavam que essa nova ordem era agradvel e compatvel com a justia divina. As revoltas camponesas foram duramente criticadas p or Lutero, que autorizou os nobres a combat-las com rigor e violncia, pois "no h nad a mais daninho que um homem revoltado ". Essa defesa dos interesses feudais fez com que o luteranismo fosse a religio dos grandes senhores, que passaram a ser os lderes espirituais da nova Igreja. A dout rina luterana espalhou-se pela Alemanha, Sucia, Noruega e Dinamarca. Calvinismo[editar | editar cdigo-fonte] As ideias protestantes foram adotadas tambm na Sua. Em Genebra, com a pregao de Joo Ca lvino, o protestantismo sofreu uma reformulao e maior radicalizao. Calvino desenvolveu a teoria da predestinao: Deus escolhe os eleitos segundo seu c ritrio, para ns desconhecido, mas justo e infalvel, ou seja, o homem nasce salvo ou no, e ocupar um alto posto ou enriquecer pelo trabalho eram sinais da escolha di vina. Para a cidade de Genebra, com um comrcio desenvolvido e uma poderosa burguesia, e ssa doutrina significava o reconhecimento da riqueza e do trabalho dos negociant es como situao abenoada aos olhos de Deus. Calvino tornou-se um autntico lder poltico e estabeleceu, de maneira rgida, as regra s a serem seguidas pelos calvinistas: estudo e discusso do Evangelho; igrejas sem ornamentos, como vitrais, msica, imagens, pois estes atrapalhavam a c oncentrao dos fiis; obrigao de levar uma vida de trabalho e austeridade, com a proibio de jogos de azar, cartas, bailes e teatros. Em resumo: a conduta calvinista estimulava a poupana e reduzia os gastos desneces srios. Essa teoria estava de acordo com a filosofia de vida dos burgueses que, en fim, possuam uma religio que os valorizava. Anglicanismo[editar | editar cdigo-fonte] A Inglaterra, sob o reinado de Henrique VIII, conheceu uma nova religio: anglican ismo, que reconhecia o rei como chefe supremo da Igreja e do Estado. O rompiment o com o Vaticano deveu-se principalmente a fatores polticos: Henrique VIII deseja va a anulao de seu casamento com Catarina de Arago, irm do rei espanhol. Catarina ha via se tornado estril, sem ter deixado herdeiros masculinos para garantir a suces so real. O monarca temia que, com sua morte, a Inglaterra passasse a ser dependen te do poderoso imprio espanhol. A recusa do papa em dar o divrcio provocou a separ ao das Igrejas Romana e Inglesa, que ficou com as terras do Vaticano na Inglaterra e no pagou mais os dzimos obrigatrios. Outras consequncias[editar | editar cdigo-fonte] A partir dela surgiram novas igrejas protestantes: huguenotes (Frana), reformista s (Pases Baixos), presbiterianos (Esccia) e puritanos (Inglaterra). Essas igrejas aboliram a obrigatoriedade do latim nos ofcios religiosos, desconsi deraram a autoridade papal, adotaram como vlidos apenas dois sacramentos: o batis mo e a eucaristia, acabaram com o celibato para os sacerdotes e permitiram a liv re interpretao da Bblia, aumentando a participao dos fiis no culto (reunies de orao tura). Criaram uma religio mais individual, em que os santos e os padres passaram a ser dispensveis. Contra-Reforma[editar | editar cdigo-fonte] Os movimentos protestantes diminuram consideravelmente a influncia da Igreja Roman a em vrios pases e provocaram a perda de suas terras nesses domnios.

A expanso rpida do protestantismo e a presso dos catlicos para a moralizao de sua reli gio fizeram surgir uma reao para afirmar o credo catlico. Esse movimento foi liderad o pela ordem dos Capuchinhos, que viviam na austeridade tradicional, e pelo card eal Ximenes, da Universidade de Salamanca. Mas a Igreja s conseguiu reafirmar-se definitivamente aps a promulgao das resolues do Conclio de Trento (reunido entre 1545 e 1563 na cidade de Trento, na Itlia), que estabeleceu: Rejeio ao protestantismo. Manuteno dos sete sacramentos. Obrigatoriedade do uso do latim na missa. Manuteno do celibato para sacerdotes. Fim da venda de indulgncias. Restaurao dos tribunais da Santa Inquisio para julgamento de atos e ideias contrrias ao pensamento catlico. Reafirmao da doutrina de Boas Obras: o homem se salva pela f e pela caridade que pr atica. Criao da Congregao do ndex, que censurava livros e espetculos (determinando o que no d via ser lido ou visto pelos catlicos). Criao da Companhia de Jesus, fundada por Incio de Loyola. Tinha por lema "lutar por Deus e pela cruz". Os jesutas, formados dentro de rgida disciplina moral, atuaram decisivamente, combatendo o avano do protestantismo. Atravs do ensino e pregao, des tacaram-se tambm na evangelizao das civilizaes recm-descobertas no continente american o. A reabilitao moral da Igreja deteve o avano do protestantismo, mas no impediu a divi so de doutrinas. A partir da Reforma, o mundo no estava mais submetido supremacia da Igreja Romana. Primrdios do absolutismo europeu[editar | editar cdigo-fonte] Foi na parte poltica que houve as maiores transformaes dos tempos modernos. Se obse rvarmos bem, foi sempre a figura do rei que ficou em destaque em todo o curso da Histria, desde as velhas monarquias ocidentais e orientais at hoje. O rei sempre foi a autoridade mxima. Ainda hoje, temos pases em que o rei o governante, como, por exemplo, na Inglater ra e na Sucia, que so sistemas monrquicos modernos, constitucionais. As causas gerais desse sistema de absolutismo em toda a Europa foram: A influncia do Direito Romano, que comeou a se restaurar no sculo XII. O prestgio da prpria tradio feudal, com o rei concentrando todos os poderes. A Igreja que, por fim, preferiu associar-se ao poder civil. A criao de exrcitos permanentes pelos reis, que proibiam guerra entre vassalos, cas sando-lhes o direito de formar tropas e cunhar moedas. O apoio que a burguesia, oprimida pela nobreza, deu aos reis. A decadncia da cavalaria feudal. A ampliao do domnio real por alianas de famlias ou por conquistas. Tudo isso levou centralizao monrquica, constituindo-se o novo absolutismo, desta ve z esclarecido e progressista, fundado numa ordem poltica expressa na constituio do Estado moderno e na existncia de uma nova entidade coletiva que, a partir de agor a, ia formar a nao. O rei passa a ser senhor absoluto, smbolo nacional. Ele quem faz as leis, aplica a justia, cuida das finanas e estabelece hierarquia de funcionrios; enfim, ele a fo nte de todos os poderes. Felipe II e o domnio espanhol na Europa[editar | editar cdigo-fonte] No ano de 1556, quando Carlos V decidiu abdicar do trono em favor de seu filho F ilipe II, este herdou a coroa da Espanha, o ducado de Milo e o reino de Npoles, os Pases Baixos e as colnias americanas. Era um domnio imenso para um jovem soberano, que tinha um auto-conceito da prpria autoridade real. Ele mostrou, desde os primeiros atos de seu governo, a firme de ciso de concentrar em suas mos o poder. Filipe II, por trinta anos, reinou nesse vasto imprio, controlando pessoas e afaz eres, at aqueles de menor importncia. Tudo isso por um ambicioso programa de recon duzir a unidade do mundo catlico sob o domnio da Espanha. Na parte interna, sufocou revoltas regionais e perseguiu hereges, mouros e hebre

us. Na poltica externa, empenhou-se em defender a Santa S, levantar a bandeira do cato licismo em todos os pases que estavam envolvidos em guerras de religio e lutar sem trgua para impedir o avano dos turcos no mar Mediterrneo. Com a morte de Filipe II, no ano de 1598, pode-se constatar que bem pouco dos ob jetivos polticos por ele implantados durante anos, com profunda obstinao, tiveram e feitos satisfatrios. A Espanha, nessa poca, acumulou metais preciosos, sua indstria ficou quase que paralisada e, assim, seus domnios foram ficando arruinados. A Espanha estava esgotada pelas guerras, as quais foi submetida durante anos. Su as finanas fundamentavam-se na terra, na agricultura e na indstria, em plena decadn cia. Enquanto isso, a Holanda e a Inglaterra se tornavam duas grandes potncias navais. Nesse mesmo tempo, a Frana superava a crise de uma guerra civil e implantava sua s bases para uma futura supremacia na Europa. Formao dos Pases Baixos[editar | editar cdigo-fonte] A Blgica e a Holanda foram os primeiros Pases Baixos a experimentar o peso da polti ca autoritria de Filipe II e tambm os primeiros a opor forte e tenaz resistncia a e le. As inimizades, que j h tempos punham em choque a rica burguesia flamenga contra os exageros do fiscalismo espanhol, explodiram em uma revolta em 1566, quando Fili pe II pretendia introduzir nos Flandres o Tribunal da Inquisio. Nobres, burgueses, populares, calvinistas e catlicos se uniram em luta, que assumiu as caracterstica s de uma guerra de libertao nacional. No ano de 1579, sob a chefia de Guilherme de Orange, proclamaram sua independncia e se constituram na Repblica das Sete Provncias Unidas, em 1581, formando a Holand a. No ano de 1648, a Espanha se decidiu a reconhecer a independncia dessa nova Repbli ca. A Holanda, em pouco tempo, havia se tornado uma grande potncia martima. Com uma fr ota de 20 mil embarcaes, dominava o oceano e concentrava enorme quantidade de capi tal em seus bancos, tornando-se o maior centro monetrio da Europa. Porm, as lutas entre a Holanda e a Espanha ainda perduraram at 1648, quando chegou ao fim a Guerra dos Trinta Anos, que envolveu, no incio do sculo XVII, a maioria das naes europeias, por motivos polticos, econmicos e religiosos. No ano de 1526, com ofensivas fulminantes, os turcos haviam conquistado grande p arte da Hungria e chegaram quase s portas de Viena. Na frica, tornaram-se donos da Sria e do Egito e controlavam a Arglia, de onde part iam as frotas de piratas brbaros para dominar os cristos e escraviz-los. Em agosto de 1571, uma frota veneziana caa prisioneira dos turcos otomanos, na il ha de Chipre. Os turcos ameaavam tomar o Mar Mediterrneo. Filipe II havia iniciado uma luta contra eles. As lutas eram sem trguas, feitas c om armas brancas e sempre com represlias sanguinrias. Foi no ano de 1571 que as potncias crists resolveram se reunir sob a proteo do papa Pio V, na Liga Santa, e conseguiram defrontar-se com os turcos em uma grande bat alha naval, no corao de seus domnios. No dia 5 de outubro de 1571, a frota crist, co mposta de 208 navios, sob o comando de Joo da ustria (irmo de Filipe II), se confro ntou nas guas de Lepanto (na Grcia) com a frota turca, formada de 230 navios. A vi tria dos cristos foi triunfante. A Batalha de Lepanto foi o maior evento militar do sculo XVI e ps fim ao domnio tur co no Mediterrneo, que passou ao domnio espanhol. Poucos anos depois, Filipe II obteve outro sucesso na poltica colonial. Em 1580, a dinastia portuguesa entregava, por falta de herdeiros diretos, a coroa de Port ugal para a Espanha, e Filipe II ficou governando colnias portuguesas na ndia Orie ntal e na Amrica do Sul. Foi a poca do domnio espanhol no Brasil (1580-1640). Os domnios espanhis eram to vastos que se dizia que neles "o Sol nunca se punha", p ois se estendia do Oriente ao Ocidente. Lutas poltico-religiosas na Frana[editar | editar cdigo-fonte] A Frana tambm sofreu a interveno poltica e religiosa de Filipe II. Esse pas, cansado de longas lutas contra Carlos V, era palco de agitaes e grandes c ontrastes sociais. A monarquia, aproveitando-se da crise, queria restabelecer se

us privilgios. Nesse clima de aguda tenso, o calvinismo renascia e ganhava fora ent re os artesos, entre alguns elementos da pequena burguesia urbana e at das nobres famlias feudais. Porm, entre os camponeses, uma grande massa no aderiu ao calvinism o e continuou fiel ao catolicismo. Iniciou-se, assim, uma srie de interminveis guerras religiosas, que ameaavam destru ir a unidade poltica da Frana. Os catlicos encontraram no Duque de Guise um capito hb il e decidido. Os huguenotes (assim eram chamados os calvinistas franceses) insi stiam para que os Bourbons, importante famlia da Frana, lutassem a seu lado. Naturalmente Filipe II apoiou os catlicos. Os huguenotes foram apoiados pela angl icana Isabel I da Inglaterra; eles faziam arruaas, invadiam igreja, destruam image ns e matavam catlicos. Noite de So Bartolomeu, 25 de agosto de 1572. Por mais de trinta anos (1562-1598), a Frana foi teatro de uma violenta guerra ci vil. O episdio mais trgico foi a Noite de So Bartolomeu (24 de agosto de 1572), qua ndo milhares de huguenotes foram a Paris, convidados para o casamento do seu com andante, o capito Henrique de Bourbon, com Margarida de Valois, irm do rei Carlos IX. Os huguenotes, atrados ao palcio para a festa, foram massacrados enquanto dormiam. Outros milhares foram assassinados em praa pblica, por ordem da rainha me, Catarin a de Mdicis. Ela estava convencida de que s liquidando os huguenotes poderia ser r estabelecida a paz no reino. A rainha convenceu seu filho Carlos IX a fechar os olhos diante desse plano de m assacre, e Henrique de Guise preparou tudo para realizar o plano. Na manh de 24 de agosto de 1572, um domingo, a guarda real tomou posio diante do Lo uvre. Os calvinistas foram para l saber do que se tratava, e bastou o primeiro ti ro para dar incio ao tumulto. A ordem do rei e da rainha era de matar s os chefes calvinistas, mas a populao, fantica, juntou-se a eles, e a matana foi geral. S pela m anh foram mortos mais de 2 mil huguenotes. Parece que o rei e a rainha, assustado s com tudo aquilo, quiseram conter o massacre, mas a luta continuou at o dia 26 d e agosto. Foi o mais vergonhoso massacre religioso da histria. Os chefes protestantes que conseguiram salvar-se foram refugiar-se nos subrbios d e Paris. Aps o massacre de So Bartolomeu, catlicos e huguenotes fizeram acordos de pouca dur ao. Dois partidos surgiram: a Santa Liga do Duque de Guise e a Unio Protestante de He nrique de Navarra. Havia entre os nobres franceses, Henrique III (rei da Frana na poca) e o Conde de Guise, divergncias religiosas. O rei Henrique III mandou assassinar o Conde de Gu ise e, em 1589, foi vtima do punhal de um fantico. Como no deixava herdeiros nem de scendentes, foi sucedido por Henrique de Navarra, chefe do partido protestante, Rue subiu ao trono com o ttulo de Henrique IV. Henrique IV assumiu o trono e tornou-se catlico, inaugurando a Dinastia dos Bourb ons, que governou a Frana at 1792. Para pr fim s lutas religiosas internas, ele concedeu o dito de Nantes (1598), um d ocumento que concedeu a liberdade religiosa. Com a paz interna, cresceu o comrcio e a indstria na Frana. O rei ganhou prestgio e o absolutismo consolidou-se. Ele morreu em 1610, assassin ado por um fantico catlico. A Inglaterra da rainha Isabel I[editar | editar cdigo-fonte] Isabel I. Isabel I de Inglaterra, a grande adversria de Filipe II de Espanha, subiu ao tron o aps a morte de sua irm, Maria, a Catlica, que tinha deixado uma triste recordao a s eu povo, pela crueldade de seu governo e pela perseguio aos protestantes ingleses. A jovem rainha Isabel I esforou-se para assegurar a paz religiosa e preservar seu pas do fanatismo religioso que explodia em todo o continente europeu. Sob seu re

inado, foi dada continuidade s obras de Henrique VIII. Nos campos, surgiu uma nova classe de ricos proprietrios, que investiam grandes c apitais para ajustar a agricultura s novas exigncias da indstria. Eles no se content avam em produzir s para o prprio consumo; queriam produzir tambm para vender. Com o grande consumo de l, as terras e os campos foram usados para pastagem de ov elhas. A Inglaterra abria novos mercados para os produtos de sua indstria e teve, desta forma, que aumentar a sua frota, formada de navios ligeiros e bem armados, que c omearam a fazer a rota atlntica para quebrar o monoplio espanhol na Amrica e dominar o comrcio mundial. Comrcio e pirataria caminhavam passo a passo. Surgiram companhias de navegao, que t rocavam produtos como a l inglesa com cereais da Polnia e sedas do Oriente. A pira taria saqueava quem estivesse por perto. Uma esquadra foi preparada por Filipe II, da Espanha, em 1587, para invadir e co nquistar a Inglaterra. As duas potncias estavam em luta desde meados do sculo XVI, com a pilhagem sistemti ca de colnias e navios espanhis por corsrios ingleses. Divergncias religiosas separavam a Espanha da Inglaterra. Alm dessas divergncias, e xplodiu uma guerra e, desde 1584, as relaes diplomticas entre esses dois pases ficar am cortadas. Para quebrar o poderio ingls, Filipe II montou a Invencvel Armada, formada de 135 navios, 2.000 canhes, 10.000 marinheiros e quase 50.000 soldados, sendo que a mai or parte, os mais poderosos e maiores navios eram de origem portuguesa. Era coma ndada pelo Duque de Medina-Sidonia. Em 1588, foi atacada por navios ingleses, an tes de penetrar em guas britnicas. Aps refugiar-se durante algum tempo em Calais, r umou para a Inglaterra, mas um violento temporal destruiu mais da metade de seus navios, e a esquadra voltou para a Espanha sem combater e quase sem embarcaes. Com isso, a Inglaterra passou frente da Espanha no poderio martimo. Absolutismo francs[editar | editar cdigo-fonte] O desejo de ordem e de unidade desenvolvido durante o sculo XVI levou o povo a ac eitar o esprito do absolutismo, no sculo XVII. As pessoas julgavam que a concentrao de poderes nas mos de um s homem, o rei, seria o melhor caminho. As multides queriam ver no rei a imagem de Deus. O rei, para elas, deveria ser um heri, amante da glria, protetor das letras, mas sem esquecer a predileo pelas armas (visto que a qualidade de conquistador era estimada como a mais nobre e o mais elevado dos ttulos por todos os contemporneos). A Guerra dos Trinta Anos reforou enormemente o prestgio internacional da Frana. O p ovo vinha reclamando, questionando mudanas polticas. O absolutismo francs compreendeu desde os reinados de Francisco I, em 1515, at o r einado de Lus XVI, em 1792. Duas grandes dinastias reinaram na Frana nesse perodo: a Dinastia Valois-Orlans-Ang oulme e a Dinastia Bourbon. A Dinastia Valois-Orlans-Angoulme compreendeu os seguintes rei Francisco I, Henriq ue II, Francisco II, Carlos IX e a regncia da rainha me Catarina de Mdicis e Henriq ue III. Dinastia Bourbon[editar | editar cdigo-fonte] Henrique IV, o Grande[editar | editar cdigo-fonte] Henrique IV da Frana, o Grande. Foi o fundador da Dinastia Bourbon. Em 1572, tornou-se rei de Navarra. Sua famlia era uma das mais importantes do pas. Seu principal momento na vida poltica foi a assinatura do dito de Nantes (1598), documento que dava liberdade religiosa para catlicos e protestantes. Foi um rei que mereceu o ttulo de restaurador e libertador do Estado. Morre em 16 10, assassinado por um fantico religioso. Lus XIII, o Justo[editar | editar cdigo-fonte] Filho de Henrique IV, tinha apenas oito anos de idade quando o pai morreu.

A nobreza pensou em assumir o trono mas a rainha me Maria de Mdicis assumiu a regnc ia em nome do filho at que ele completasse a maioridade. No ano de 1624 foi nomeado o cardeal Richelieu como primeiro-ministro com o apoi o da rainha me Maria de Mdicis. Cardeal Richelieu. O cardeal Richelieu tinha como nome de batismo Armand-Jean du Plessis. No govern o da Frana, combateu as duas principais foras polticas: a nobreza e os protestantes . Na poltica, envolveu a Frana em vrias guerras e no pensou duas vezes quando teve que aliar-se aos protestantes contra a casa dos catlicos de Habsburgo, que dominava grande parte da Europa. Nessa fase, a Frana participou da Guerra dos Trinta Anos. A Frana lutou contra a ustria e teve alguns sucessos no incio, mas depois foi ameaad a pelos espanhis. A Espanha, aliada ustria, procurava destruir a Frana. O cardeal Richelieu reprimia quem no concordasse com sua poltica. Foi um lutador incansvel pela melhoria dos portos e pela criao de companhias de comr cio. Com a morte do rei Lus XIII e de Richelieu, cabia o direito de governar a Lus XIV, que era ainda uma criana. Assumiu, ento, a rainha me Ana da ustria. Ana da ustria era esposa de Lus XIII. Eles tiveram um filho, Lus XIV. Com a morte d o rei Lus XIII e do cardeal Richelieu, ela resistiu s pretenses da nobreza e nomeou como ministro o cardeal Jules Mazzarino, que ajudou a governar a Frana at a maior idade de Lus XIV. Lus XIV, o Grande[editar | editar cdigo-fonte] Lus XIV da Frana. Subiu ao trono da Frana em 1661, depois de anos da regncia da rainha me Ana da ustri a e da morte do cardeal Mazzarino. Nesse perodo, a Frana esteve no auge do seu esplendor absolutista. Esse soberano fez por merecer o apelido de Rei-Sol. Ficou clebre por sua frase: L 'tat c'est moi ("O Estado sou eu"). A sua corte era organizada segundo as regras de um cerimonial complicado, que ti nha seu centro na pessoa do rei, que era quase divinizado. Tudo isso foi feita de maneira a afirmar o poder absolutista de Lus XIV. De fato, para ele, o rei era o nico dono do Estado e sua autoridade no devia ser discutida por nenhuma magistratura, ou por seus sditos. Os aristocratas foram privados por Lus XIV de ocupar cargos administrativos. Os c argos de administrao do Estado foram distribudos diretamente e controlados por ele. A nobreza foi, portanto, afastada do poder poltico, mas isso no fez melhorar a con dio dos camponeses que trabalhavam em suas terras. Os nobres no pagavam taxas e continuavam a impor seus tributos e prestaes, que vinh am da poca feudal. A poltica do rei, mediante o desenvolvimento das manufaturas e das atividades com erciais, ia favorecendo essencialmente os burgueses, isto , os grandes empresrios (de tecidos, de construo naval) e os comerciantes de grande porte (exportadores e importadores de matrias-primas, de comestveis, etc.), que eram os nicos capazes de investir grandes capitais. Guerras de expanso[editar | editar cdigo-fonte] Com Lus XIV, continuou a poltica de expanso da Frana. O Palcio de Versalhes como era antigamente. O invencvel exrcito francs dominava j a Europa depois da vitria contra a Espanha e os Habsburgos. Profundamente renovado era seu exrcito, armado de fuzis novssimos e de baionetas, com uma potente artilharia. O exrcito francs s foi vencido no mar, durante uma inva so aos Pases Baixos (1672-1678), quando romper os diques e alagar o prprio territrio

s a render-se aos invasores. Lus XIV perseguiu protestantes, e muitos deles deixaram o pas. Foi ele quem mandou construir o Palcio de Versalhes, onde morou e no qual trabalh avam mais de 4 mil funcionrios. Seu exrcito uniformizado servia o rei e guardava o palcio. Essa obra, os gastos da corte e o envolvimento da Frana em guerras poltico-religio sas arruinaram a economia francesa. Poltica do Rei Sol[editar | editar cdigo-fonte] O Conselho de Estado, rgo consultivo, era constitudo de pessoas que o rei escolhia, e s ele estabelecia critrios para seus componentes. Colbertismo[editar | editar cdigo-fonte] Jean-Baptiste Colbert. Entre os ministros que formavam o conselho, destacaram-se, o ministro da Guerra (Lavois), o ministro da Fazenda (Colbert) e Vauban, que auxiliava o rei nas tcnic as de defesa militares. O colbertismo foi uma poltica adotada pelo ministro da Fazenda, que aperfeioou o s istema de cobranas de impostos e exerceu um rgido controle sobre a receita e a des pesa do Estado. Organizou um sistema de contabilidade pblica e procurou conter os gastos excessiv os, conseguindo o milagre de equilibrar o oramento tradicionalmente deficitrio do pas. Estimulou a vida econmica francesa, adotou uma srie de medidas sbias e inteligentes , apoiou o comrcio internacional. O colbertismo trouxe para a Frana indiscutveis benefcios. Porm, a interveno exagerada dos poderes pblicos na economia provocou a diminuio da produo. Aps a morte de Colbert, no tendo sido encontrado um ministro que o substitusse a altura, a Frana entrou em decadncia e o governo de Lus XIV sofreu reveses. Balano do reinado[editar | editar cdigo-fonte] O despotismo de Lus XIV no se limitou ao plano poltico, cultural e religioso. Revogou o dito de Nantes e perseguiu huguenotes, proibido o culto de protestantes . Nos assuntos religiosos da Igreja Catlica, teve atritos com o papa. Na politica exterior, o rei Lus XIV desejava alcanar as fronteiras naturais (Pirenu s, Alpes), o que levou a lutas constantes contra a Holanda, a Espanha e a ustria. Ao final de to longo reinado (54 anos), a Frana havia aumentado seu territrio e se sobressaindo diante das naes europeias, porm sua economia estava na bancarrota. Os gastos excessivos haviam arruinado o pas. Lus XIV morreu em 1715. Lus XV, o Bem-Amado[editar | editar cdigo-fonte] Lus XV, o Bem-Amado. Lus XVI da Frana. Bisneto de Lus XIV, herdou a coroa em 1715. Durante a primeira parte de seu gover no, o reinado foi exercido por seu tio, o Duque Felipe de Orlans. A regncia termin ou em 1723, data em que foi chamado o cardeal Fleury, que orientou na vida poltic a. Lus XV lanou seu pas em dois conflitos externos: a Guerra da Sucesso da ustria e a Gu erra dos Sete Anos. Ao morrer, em 1774, deixou a Frana empobrecida e mergulhada em srios problema econm icos. Seu sucessor foi Lus XVI. Neto de Lus, subiu ao trono em 1774. O povo esperava melhoras com ele no poder. Esse rei governou na poca da Revoluo Francesa. Ele e sua esposa Maria Antonieta mor reram guilhotinados pelos lderes da Revoluo Francesa, que ps fim ao absolutismo na F rana e introduziu o sistema da Repblica. Absolutismo ingls[editar | editar cdigo-fonte]

O absolutismo na Inglaterra teve incio com Henrique VII, primeiro rei da Dinastia Tudor. Esse soberano encontrou um pas enfraquecido pelas lutas internas, que ace itou sem resistncia a centralizao do poder. Mais tarde, a submisso da Igreja inglesa ao poder real (anglicanismo), com Henrique VIII, e a prosperidade econmica do re inado de Isabel I, mais a habilidade desses reis de "controlar" o Parlamento, pe rmitiu-lhes um domnio total sobre seu pas. A morte de Isabel I (1603), que no deixou herdeiros, fez com que o trono passasse a seus parentes escoceses, os Stuarts. Jaime VI & I, rei da Esccia e da Inglaterra, era favorvel s ideias absolutistas. Pa ra fortalecer seu poder, lanou novos impostos sem autorizao do Parlamento e tentou reforar a Igreja Anglicana (da qual era chefe supremo), perseguindo catlicos e pro testantes. Sua falta de habilidade poltica colocou o Parlamento contra seu govern o e sua intolerncia religiosa desagradou principalmente aos burgueses e ao povo. Foi durante o seu governo que se iniciou o povoamento da Amrica do Norte. Muitos. colonos fugiam das perseguies religiosas provocadas por ele. Retrato equestre de Carlos I com o senhor de Saint Antoine, por Antoon van Dyck. Seu filho, Carlos I, adotou a poltica paterna, aumentando as divergncias entre o p oder real e os membros do Parlamento, que, agora, raramente eram convocados. Durante seu reinado, Esccia e Irlanda revoltaram-se por causa dos altos impostos cobrados. Para esmagar a rebelio, Carlos I foi forado a convocar o Parlamento: precisava de dinheiro para pagar o Exrcito. Depois de conseguir seu objetivo, o rei procurou d issolver o Parlamento. A burguesia, cansada de tanto autoritarismo, no aceitou es sa atitude e iniciou uma rebelio para depor o rei. A Inglaterra se dividiu em doi s partidos opostos: os cavaleiros, que apoiavam o poder real. Eram grandes proprietrios de terras, no bres e altos representantes da Igreja Anglicana; os cabeas-redondas, que queriam adotar a forma republicana de governo. Pertenciam a esse partido os pequenos nobres rurais, burgueses e camponeses. Os cabeas-redondas venceram e condenaram morte o rei Carlos I. Nas lutas, destaco u-se a liderana de Oliver Cromwell, membro da pequena nobreza que, apoiado pelos puritanos, assumiu o poder com a tarefa de reorganizar o Estado. Ditadura de Cromwell[editar | editar cdigo-fonte] Oliver Cromwell por Gaspard de Crayer. O governo de Cromwell (1649-1658) se caracterizou por um autoritarismo excessivo . Reagiu com violncia e sufocou todos os movimentos contrrios sua poltica, quer por parte da nobreza escocesa, quer por parte dos protestantes, membros do partido dos cabeas-redondas. Rapidamente esqueceu os ideais republicanos da Revoluo, tornan do-se um autntico ditador, fazendo-se nomear "Lorde Protetor" da Inglaterra, com poderes hereditrios. A rebelio irlandesa, iniciada no governo de Carlos I, foi duramente esmagada: mat ou inmeros padres, apossou-se das terras dos catlicos irlandeses, distribuindo-as entre os protestantes. Pretendia com isso acabar definitivamente com essas revol tas. (O tempo encarregou-se de mostrar seu erro: as disputas que se verificaram entre catlicos e protestantes na Irlanda, iniciadas nessa poca, duram at nossos dia s.) No plano administrativo, sua realizao mais importante foram os Atos de Navegao, que obrigavam os pases importadores a transportar suas mercadorias unicamente em navi os ingleses ou, ento, de seu prprio pas. Essa medida estimulou a construo naval e a Inglaterra superou a Marinha neerlandes a (a maior frota da poca), tornando-se a rainha dos mares. Apesar de governar sem o Parlamento, recebeu apoio do Exrcito e da burguesia, est a satisfeita com os lucros obtidos graas poltica econmica adotada pelo seu governo. Com a morte de Cromwell, em 1658, a Inglaterra voltou a viver um breve perodo de agitao. Seu filho, Ricardo, no foi capaz de manter-se no governo e comeou nova dispu

ta pelo poder. Para evitar nova guerra civil, que poria a perder os avanos econmic os conquistados, a burguesia aceitou a restaurao da monarquia, desde que o rei se submetesse s leis do Parlamento. Restaurao monrquica (1660-1688)[editar | editar cdigo-fonte] O rei Carlos II da Inglaterra. Carlos II, herdeiro de Carlos I, que estava exilado na Frana, assumiu o trono ing ls, jurando obedincia Constituio. No entanto, apoiado pelo rei absolutista Lus XIV, p rocurou concentrar o poder em suas mos e, ao mesmo tempo, reabilitar a Igreja Catl ica. Seu governo foi marcado por protestos dos parlamentares, que conseguiram um a nica vitria: a lei do habeas-corpus, que garantia ao indivduo proteo contra prises s em comprovao de crime. Seu irmo e sucessor, Jaime II, era catlico declarado ( preciso lembrar que um retor no ao catolicismo implicaria a devoluo das terras que os anglicanos haviam tomado da Igreja Catlica). Para evitar que, novamente, a religio catlica se tornasse a rel igio oficial na Inglaterra, nobres e burgueses se uniram para depor o rei, entreg ando o poder sua filha Maria Stuart (protestante). Revoluo Gloriosa[editar | editar cdigo-fonte] Maria Stuart e seu marido, Guilherme de Orange (neerlands) aceitaram o trono ingls . Ao desembarcar com seu exrcito na Inglaterra, Guilherme recebeu apoio das cidad es inglesas. Pressionado pela situao, Jaime II renunciou e a revoluo se fez sem luta s. Guilherme III da Inglaterra. Antes de serem coroados, os novos soberanos juraram respeitar a "Declarao de Direi tos" que, entre outros itens, proibia o rei de convocar exrcitos sem autorizao do P arlamento e aumentar os impostos, garantia a liberdade individual e a propriedad e privada. Essa revoluo, que afirmou definitivamente a superioridade do Parlamento sobre o po der real, determinou maior desenvolvimento ingls e, por isso, recebeu o nome de " Revoluo Gloriosa". Consequncias[editar | editar cdigo-fonte] Desde essa poca, o Parlamento passou a dirigir a poltica inglesa. Com o tempo, o p rimeiro-ministro, escolhido entre os membros do partido mais votado, passou a ex ercer a funo de chefe de governo. Dar a expresso "o rei reina, o primeiro-ministro governa". O rompimento definitivo com o absolutismo favoreceu o desenvolvimento de nova po ltica econmica, adequada aos interesses da crescente burguesia: optou-se pelo livr e comrcio, dando fim aos monoplios. Qualquer pessoa que tivesse recursos suficient es poderia iniciar uma atividade produtiva e comerciar livremente em qualquer re gio de sua escolha. Isso estimulou grandemente a produo agrcola e manufatureira e fe z com que a Inglaterra conseguisse reunir condies favorveis para ser a pioneira na Revoluo Industrial. Breve cronologia da Idade Moderna[editar | editar cdigo-fonte] 1453 - tomada de Constantinopla. 1453 - Fim da Guerra dos Cem Anos. 1455-1460 - Preparao e impresso do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos mv eis reutilizveis: a Bblia de Gutenberg. 1492 - Viagem de Cristvo Colombo Amrica. 1494-1526 - Guerras da Itlia. 1496 - expulso dos Judeus e dos Mouros de Portugal. 1497 - Vasco da Gama parte para a ndia. 1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro lvares Cabral. 1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Incio da Reforma Prot estante. 1519-1522 - Volta ao mundo de Ferno de Magalhes e Juan Sebastin Elcano. 1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e

declarou-se chefe da Igreja Anglicana. 1545 - Primeira sesso do Conclio de Trento. A ltima sesso decorreu em 1563. 1562-1598 - Guerras de Religio em Frana. 1618 - Incio da Guerra dos Trinta Anos. 1642-1660 -Revoluo Inglesa. 1688-1689 - Revoluo Gloriosa em Inglaterra. 1776-1783 - Revoluo Americana. 1789 - Incio da Revoluo Francesa. Referncias Ir para cima ? SCHMITZ, P. I. Migrantes da Amaznia: Tradio Tupiguarani. In: _______ __. Pr Histria do Rio Grande do Sul Documento 05. So Leopoldo: UNISINOS, 1991. Ir para cima ? Idem referncia n1. Ir para cima ? http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei#A_condena.C3.A7.C3.A 3o_de_Galileu_pelo_Santo_Of.C3.ADcio Ir para cima ? http://www.suapesquisa.com/biografias/galileu/ Ligaes externas[editar | editar cdigo-fonte] Internet Modern History Sourcebook (em ingls) Portal da histria Categoria: Idade Moderna Menu de navegao Criar uma contaAutenticaoArtigoDiscussoLerEditarEditar cdigo-fonteVer histrico Pgina principal Contedo destacado Eventos atuais Esplanada Pgina aleatria Portais Informar um erro Colaborao Boas-vindas Ajuda Pgina de testes Portal comunitrio Mudanas recentes Manuteno Criar pgina Pginas novas Contato Donativos Imprimir/exportar Ferramentas Noutras lnguas ??????? Boarisch Brezhoneg Catal Ce tina ??????? Cymraeg Dansk Deutsch English Espaol Eesti Euskara Suomi Franais

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