IDADE MODERNA

RAZÃO E EXPERIÊNCIA

Bases do Conhecimento Seguro (Pág. 131)

• Da mitologia grega, temos que, no princípio de tudo havia o caos...

E foi esse caos que criou o mundo → um mundo imperfeito, imprevisível, misterioso...

• As crenças mitológicas dão lugar ao “saber racional”, nascendo o conceito de “cosmo”. O universo passa então a ser entendido como algo ordenado, harmônico, previsível, capaz de ser compreendido racionalmente pelo ser humano. Aquele mundo da antiguidade foi questionado e, aos poucos, dissolvido.

• A humanidade precisou transformar e substituir as próprias estruturas de seu pensamento – Koiré. A.

INSTAUROU-SE ENTÃO, UM NOVO QUADRO CONCEITUAL PARA A FILOSOFIA MODERNA:

• A busca de um novo centro – Os lugares são equivalentes, sem um ponto fixo referencial, deixaram de ser hierarquizados para serem homogêneos → o homem encontraria um novo centro em si mesmo, na razão, entendida como a capacidade humana de avaliar a realidade e distinguir o certo do errado.

• Um mundo representado – O mundo não necessariamente é o que se apresenta, a realidade poderia ser apresentada de forma enganosa → através da representação (operação da mente que re-(a)presenta o real e e produz uma “imagem” → comprovação).

• A procura de um método → Qual é a garantia de que um pensamento (raciocínio) é verdadeiro? BASE SEGURA: O método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais devemos voltar o olhar, para descobrir a verdade – Descartes. R. MÉTODO ESCOLHIDO: Matemático.

• As transformações:

1) Passagem do feudalismo para o capitalismo (comercio e burguesia).

2) Formação dos estados nacionais (mornaquia absolutista).

3) Movimento de reforma.

4) Desenvolvimento das ciências naturais (parte natural integrante do universo).

5) Invenção da imprensa

6) Passagem do teocentrismo (Deus é o centro do universo) para o antropocêntrico (O homem como centro de tudo).

• Principais características da Filosofia Moderna:

• O renascimento marca a origem das características do pensamento moderno: período em que a um declínio do pensamento imposto pelo pensamento medieval e o renascimento da cultura grega no ocidente na arte, no pensamento e etc.

O fim da idade media é o início da idade moderna, e isto não só no que diz a respeito do político, da religião, mas também no que se refere à filosofia da ciência, a arte, a moral e toda cultura em geral.

• Renascimento: Período Humanista (século XV e XVI)

• Movimento de intelectuais que defendiam os ideais de exaltação do homem e de seus atributos como: a razão, e a liberdade e a arte.

Esta nova maneira de pensar a mentalidade científica moderna ocorreu de forma muito tranquila, mas para os que defendiam o pensamento medieval lutaram duramente contra as transformações que se desenvolviam, punindo, proibindo muitos textos e livros dos pensadores da época. Neste contexto, vários pioneiros da ciência moderna sofreram perseguições tais como; tribunal da santa inquisição, órgão da igreja católica responsável para julgar as heresias (ensino que se afasta dos ensinamentos normais).

• Filósofos importantes desta fase:

• Michel de Montaigne (1523 – 1592 ) → Ele afirmava não ser possível estabelecer os mesmos preceitos (normas) para todos os homens, sendo necessário que cada um construa uma sabedoria e uma consciência moral e em acordo com as suas possibilidades e disposições individuais, tendo como regra geral que; para alcançar a sabedoria “o dizer sim à vida”.

• Maquiavel. N. (1469 – 1527) → Fundador do pensamento político moderno: Iniciou uma nova fase do pensamento político ao abandonar o enfoque ético e religioso e procurar uma abordagem mais realista. Desvinculou completamente a razões morais das razões políticas (arte ou ciência da organização).

• Razão e Experiência Bases do conhecimento seguro:

• No passado, a mitologia foi uma forma de tentar explicar a criação do mundo, que mais tarde cede o lugar para o saber racional através dos pré-socráticos que buscavam o primeiro princípio na natureza. Mais tarde com Sócrates inaugura-se a razão (logos) seguido por Platão e Aristóteles. Na idade media a verdade estava em Deus, no entanto a modernidade inaugura uma nova maneira de pensar as coisas, num processo racional baseado na experiência.

Este processo tem como principal razão explicar a realidade do mundo a partir de novas formulações teóricas e a procura do método com base segura para provar a verdade de todas as coisas.

Filósofos importantes na fase de comprovação matemática:

• Galileu Galilei - desenvolveu os primeiros estudos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava-se numa metodologia aristotélica).

• Francis Bacon - É considerado um dos fundadores do método investigação científica. (A ciência deve restabelecer o império do homem sobre as coisas). A filosofia verdadeira não é apenas a ciência das coisas divinas e humanas. É também algo prático. Saber é poder. A mentalidade científica somente será alcançada através do expurgo de uma série de preconceitos, chamados por Bacom de ídolos. O conhecimento, o saber, é apenas um meio vigoroso e seguro de conquistar poder sobre a natureza.

• Descartes. R. - O principal pensador desta época considerado o pai da idade moderna, desenvolveu uma nova forma de pensar onde a ideias são claras e distintas.

No método, Descartes fala da faculdade de julgar e de distinguir o verdadeiro do falso, que é o que propriamente se chama bom-senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens.

O método Descartes, possui duas formas de análise possíveis que são: o indutivo é o dedutivo.

• O método tem quatro regras:

1) a inteligência é tão clara e distinta que exclui qualquer possibilidade de duvida.

2) dividir todo problema que se tem de estudar em tantas partes menores quantas forem possíveis e necessárias para melhor resolvê-las.

3) conduzir os pensamentos com ordem, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer.

4) fazer sempre enumerações tão completas e revisões, tão abrangentes que se tenha a segurança de não ter omitido nada, obtendo clareza e distinção.

5) Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo", A busca da prova da realidade pensante .