Ibez - Fogo de Liberação1

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1 IBEZ FOGO DE LIBERAÇÃO CHAVES DE CONTATO COM A INTRA- TERRA PARA A TRANSFORMAÇÃO E REUNIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HUMANA Agnimitra

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IBEZ

FOGO DE LIBERAÇÃO

CHAVES DE CONTATO COM A INTRA-

TERRA PARA A

TRANSFORMAÇÃO E REUNIFICAÇÃO

DA CONSCIÊNCIA HUMANA

Agnimitra

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©2013, Agnimitra

Revisão final, edição e diagramação:

Agnimitra

Todos os direitos reservados. Permitida a re-

produção, desde que para fins não comerciais e

citando a fonte.

Esta obra, fruto da colaboração voluntária de

diversas pessoas e resultado de mais de dois

anos de disponibilidade integral, é disponibili-

zada de forma gratuita, de acordo com o impulso

que orienta este trabalho, o princípio de energia

livre. Para colaborar com este trabalho, você

pode fazer uma doação na conta da Caixa Eco-

nômica Federal, agência 3079, conta poupança

6972-9, em nome de Shylton Ferreira Dias.

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3

DEDICATÓRIA

Esta obra é ofertada a todos os aspirantes since-

ros do Ser. Que estas palavras e muito mais, o que

elas representam, possam dinamizar o processo

de despertar interior e facilitar a compreensão e

a vivência da intensa transformação e revolução

em andamento na consciência humana rumo à

realização da Consciência Unificada.

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AGRADECIMENTOS

Este livro surge como fruto de uma rica intera-

ção entre diversos níveis de existência. Agradeço

sincera e profundamente a todos os irmãos e

irmãs que colaboraram com as transcrições e

revisões e que de uma forma ou outra facilita-

ram a expressão destes impulsos ao longo des-

tes dois anos. Que eles vejam neste singelo fruto

de seu serviço e em sua divulgação o resultado

da reunião de forças humanas e sobre-humanas

rumo a um mesmo ponto: o Despertar coletivo.

Rendo Graças também pelos maravilhosos e

profundos contatos com diversos irmãos e irmãs

da Intraterra, o Coração de Gaia. Entre estes, em

especial, o Retiro de Ibez, importante irradiador

e dinamizador da ação do Fogo de Liberação,

que este núcleo de consciência Intraterrena re-

presenta junto à humanidade de superfície.

Por fim, com imenso Amor e Devoção, oferto

este livro a meu Mestre e Amigo de muitas vidas

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e cenários, meu Anjo Guardião A.M. (represen-

tante do Conselho de Ibez), por sua atenciosa

orientação e paciente, embora firme, acompa-

nhamento, por abrir e me conduzir aos Portais

dos Centros Planetários e desvelar ali a Luz e

Amor indescritíveis que são constantemente

vertidos para a humanidade de superfície. Neste

momento mesmo sua Presença relembra: “Este

Amor e Luz é o que tu és, o que todos somos. O

exterior é apenas um reflexo frágil do indescrití-

vel Ser, nossa Realidade Eterna e Imutável.”

Com mais este maravilhoso impulso eu concluo

com um sincero desejo de que todos realizem a

Paz Suprema que somos.

Agnaye Swaha, Agnaye Idam Na Mama!

Agnimitra

Porto Alegre, 05 de agosto de 2013.

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APRESENTAÇÃO

O que é a Intraterra? Qual o papel do Espírito

Planetário, também chamado Gaia, na atual

transição planetária? Como dinamizar o proces-

so de reunificação da consciência, processo ora

em curso em nosso planeta? Este livro não se

propõe a responder estas perguntas de forma

descritiva. Nem mesmo a ser uma palavra última

a respeito de um tema tão amplo e que escapa

mesmo à nossa capacidade intelectual de pro-

cessar e descrever. No entanto, este livro possui

impulsos e chaves de contato com uma dimen-

são interior da vida na Terra; chaves que, se de-

vidamente usadas, podem levar a uma experiên-

cia pessoal e direta que podem ser respostas

para as mesmas perguntas formuladas acima.

Desde minha adolescência esta força misteriosa,

que é a Vida, me conduziu ao contato com reali-

dades transcendentais. Dentre estas está o es-

pectro da consciência planetária chamada Intra-

terra. Parte das experiências e contatos vividos

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ao longo de mais de cinco anos, agora, estão

condensados neste livro na forma de informa-

ções e orientações que visam aprofundar a ex-

periência do leitor de uma realidade mais ampla

e vasta que aquela que nossos sentidos físicos e

mentais apresentam a nós. Este livro é constitu-

ído tanto do resultado de conversas partilhadas

com diversos irmãos e irmãs nos últimos três

anos, quanto mensagens trazidas por irmãos e

irmãs de cidades intraterrenas, os chamados

Retiros Intraterrenos.

O livro foi organizado em três seções, mais um

apêndice:

Parte I – Vida Multidimensional – Esta seção é

baseada nos textos de sete partilhas que realizei

em fevereiro e março de 2012 que cobrem a a-

ção dos sete Centros Planetários – aspectos da

consciência de Gaia – e das Consciências Arcan-

gélicas a eles relacionadas no processo de reuni-

ficação da consciência humana. Em cada um dos

textos se encontram chaves para o contato com

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o referido Centro Planetário e como sua ação se

reflete na vivência interior.

Parte II – Os Sete Aspectos do Fogo de Ibez -

Esta seção é formada por sete intervenções –

que ocorreram em agosto de 2012 - de um ir-

mão Intraterreno, Varuna, nas quais ele discorre

sobre a ação do Fogo de Liberação – expressão

que traduz o impulso de transformação e reuni-

ficação ora em atuação na consciência humana

de superfície – junto a cada um dos Centros Pla-

netários. Estas sete intervenções se apresentam

como uma jornada da alma, desde o estado de

identificação e ignorância até o Reencontro e

reunificação com a Essência eterna e imutável

que somos.

Parte III – Práticas Vibratórias – Esta seção é

formada pelos ensinamentos recebidos de duas

irmãs do Retiro Intraterreno de Tumaní, um

núcleo de consciências indígenas que irradia

impulsos ligados à vivência multidimensional e

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a cura cósmica. Duas práticas são apresentadas:

a primeira se refere à Integração dos Elementos

em nossos corpos e consciência, o que nos resti-

tui a um estado de comunhão pacífica e harmo-

niosa com a Natureza – visível e invisível – em

nós e ao nosso redor; a segunda prática, chama-

da Kasintankô, que na linguagem deste Retiro

significa ‘Derrubar os Muros’, propõe a reconci-

liação com a forma limitada e a transcendência

da distância e separação que marcam nossa ex-

periência, culminando na experiência e vivência

de nosso Veículo Multidimensional, ou Corpo de

Éter, uma forma não fixa e adaptada para a ex-

periência livre e unificada, neste e em todos os

campos de vida do universo.

O apêndice é constituído por uma série de tex-

tos que escrevi em fins de 2010 e início de 2011,

como registro de minhas experiências com mi-

nha Família Estelar e fusão com a Fonte interior.

As Memórias Cósmicas dão uma rápida e super-

ficial visão a respeito da história do planeta e do

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maravilhoso, embora extremamente louco, ex-

perimento que se desenrola aqui.

A todos, então, uma maravilhosa viagem. Dan-

cemos todos nas chamas desta Fogueira do A-

mor Divino. Paz a todos os seres.

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SUMÁRIO

Apresentação .............................................................. 6

PARTE I – VIDA MULTIDIMENSIONAL

Introdução ................................................................. 15

Capítulo I – Centro Planetário Aurora

e Arcanjo Rafael ......................................................... 20

Capítulo II – Centro Planetário Aimerã

e Arcanjo Jofiel .......................................................... 33

Capítulo III – Centro Planetário Erks

e Arcanjo Miguel ........................................................ 51

Capítulo IV – Centro Planetário Miz Tli Tlan

e Arcanjo Uriel ........................................................... 66

Capítulo V – Centro Planetário Iberah

e Arcanjo Metatron .................................................... 76

Capítulo VI – Centro Planetário Mirna Jad

e Arcanjo Gabriel ....................................................... 84

Capítulo VII – Centro Planetário Lis

e Arcanjo Anael .......................................................... 99

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PARTE II – OS 7 ASPECTOS DO FOGO DE IBEZ

Introdução ............................................................... 105

Capítulo VIII – Primeiro Aspecto ............................... 113

Capítulo IX – Segundo Aspecto ................................. 124

Capítulo X – Terceiro Aspecto .................................. 142

Capítulo XI – Quarto Aspecto ................................... 157

Capítulo XII – Quinto Aspecto ................................... 172

Capítulo XIII – Sexto Aspecto .................................... 194

Capítulo XIV – Sétimo Aspecto ................................. 211

PARTE III – PRÁTICAS VIBRATÓRIAS

Introdução ............................................................... 229

Capítulo XV – Integração dos Elementos I – Terra..... 231

Capítulo XVI – Integração dos Elementos II – Fogo ... 236

Capítulo XVII – Integração dos Elementos III – Ar ..... 246

Capítulo XVIII – Integração dos Elementos IV –

Água ........................................................................ 253

Capítulo XIX – Integrando os Elementos

e os Centros Planetários........................................... 260

Capítulo XX – Praticando a Integração ...................... 265

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Capítulo XXI – Kasintankô –

Derrubando os Muros I ............................................ 271

Capítulo XXII – Kasintankô –

Derrubando os Muros II ........................................... 289

Capítulo XXIII – Kasintankô –

Derrubando os Muros III .......................................... 306

APÊNDICE – MEMÓRIAS CÓSMICAS

1. O Milagre ............................................................. 323

2. A Dança Inicia....................................................... 329

3. Projeto Terra ........................................................ 339

Sobre o Autor .......................................................... 350

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Parte I

Vida Multidimensional

- Partilhas de Agnimitra sobre

os Centros Planetários -

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Introdução

Cada planeta, ou campo de vida, é vivificado por

uma entidade, também chamada de Espírito

Planetário. E para todo campo de vida, em qual-

quer nível material de expressão (qualquer di-

mensão, plano, etc.) existem correntes de vibra-

ção, correntes que carregam códigos de infor-

mação que partem daquele nível do Indizível. Do

Pensamento Criador, da Fonte, partem como que

caudais de vibração que carregam informações e

que carregam a Vontade da Fonte ou o arquétipo

de manifestação para aquele Espírito Planetário.

Essas correntes perpassam todo o Universo a-

través das dimensões, até chegar ao limite mais

denso da expressão daquele Espírito Planetá-

rio. Gaia é o Espírito Planetário da Terra.

Então, os Centros Planetários que são sete na 3ª

Dimensão – campo de vida físico, com formas

baseadas em carbono - e doze na 5ª Dimensão –

campo de vida etéreo, com formas baseadas em

silício, nível do corpo de luz - são caudais de in-

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formação e de vibração que descem direto da

Fonte, estes impulsos são transmitidos através

destas correntes vibrais por Entidades que fa-

zem esse papel ancorando-se além do nível do

antropomorfismo. Os Centros Planetários tra-

zem, então, o arquétipo da manifestação para o

Espírito Planetário. Alguns anos atrás, algumas

décadas atrás, alguns grupos que tinham por

função transmitir certos conhecimentos e certa

vibração da Intraterra, transmitiram ao mundo

o conhecimento de sete Centros Planetários. Na

época estes sete Centros Planetários foram to-

dos relacionados com “Cidades” Intraterrenas e

isso era válido até certo tempo. Hoje, estes sete

Centros Planetários são apresentados não mais

relacionados com “Cidades” Intraterrenas,

mesmo porque a civilização que mantinha mui-

tas destas “Cidades”, se elevou, fez já sua ascen-

são para a 5ª Dimensão ou outras dimensões.

Permanece, no entanto, esse caudal de Vibração

que perpassa todas as dimensões e chega até

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esta, enquanto este campo de percepção perma-

necer em 3ª Dimensão, e esses caudais de Vibra-

ção transmitem o que seria o arquétipo e o im-

pulso de manifestação, bem como transmitem

também uma qualidade vibratória específica.

Com a falsificação e a dissociação deste planeta,

por um tempo, por um longo tempo ou um pou-

co de tempo, dependendo do ponto de vista, a

superfície foi mantida em estado de separação

da Vibração destes Centros Planetários, no nível

consciente. A forma como essa Vibração atuava

na superfície e atingia a consciência humana era

muito frágil, muito sutil, quase imperceptível.

Com a quebra dos envelopes isolantes (níveis

sutis, subplanos da dimensão física, como o

mental, astral e o etéreo ou prânico) e com a

reativação da Matriz Cristalina da Terra, a hu-

manidade e o próprio planeta em 3ª Dimensão

no nível de superfície retornam a ser banhados

diretamente por essas correntes de Vibração. De

forma que até a algumas décadas atrás, esses

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Centros Planetários tinham um ponto focal de

manifestação. E esses pontos até foram revela-

dos por aqueles grupos. Hoje, isso também não é

mais tão válido, porque agora, o ponto de focali-

zação desses Centros Planetários, nesse momen-

to em que a Terra se torna Unificada, passa a ser

global. Não existe mais um ponto único onde

esses Centros Planetários focam sua Vibração.

Todo o planeta é banhado diretamente por esse

caudal de Vibração. Ademais a isso, aquilo que

nós chamamos de Consciências Arcangélicas -

que também em 3ª Dimensão regem o Sistema

Solar e são em número de sete - passam a anco-

rar sua Vibração diretamente nesses Centros

Planetários, fazendo ou prefigurando para a to-

talidade da Terra aquilo que acontece e que a-

conteceu alguns anos atrás, quando o Arcanjo

Mikhael religou a Terra ao Sol. O fato dessas

Consciências Arcangélicas se ancorarem nesses

Centros Planetários é a representação para a

Malha Cristalina Intraterrena e de superfície de

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3ª Dimensão da fecundação da Terra pelo Sol, a

descida do Supramental, o reacesso à Consciên-

cia Solar.

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Capítulo I

CENTRO PLANETÁRIO AURORA E ARCANJO

RAFAEL

Em alguns contatos recentes foi-nos passado a

relação que existe agora entre os Centros Plane-

tários e os Arcanjos. Vamos falar sobre Aurora.

Aurora é um Centro Planetário, cuja Cidade In-

traterrena não se encontra mais em 3ª Dimen-

são, ou seja, não se encontra mais em um nível

físico da Intraterra. É um Centro Planetário que

se foca em 5ª Dimensão já, e a vibração essencial

desse Centro Planetário é a Cura Cósmica, o que

quer dizer Alinhamento ao Propósito. O Arcanjo

que se ancora neste Centro Planetário é o Arcan-

jo Rafael. Para que não haja um pensamento dis-

sociado a respeito disso, só vamos esclarecer

que o fato de dizer que um Arcanjo ancora num

Centro Planetário não quer dizer que a vibração

deste Arcanjo esteja ausente dos outros Centros

Planetários. Ao contrário, é que a Vibração da-

quele Arcanjo, naquele Centro Planetário, en-

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contra uma ressonância mais forte, assim como

também um Centro Planetário está dentro de

outro Centro Planetário.

Falando, então, de Aurora, podemos dizer que

todos os sete Centros Planetários se encontram

em Aurora e se expressam em Aurora, coloridos

pela vibração de Aurora, e que a vibração dos

Sete Arcanjos se encontram na vibração de Ra-

fael, coloridos pela vibração de Rafael. Isso é a

Unidade. Isso é a não separatividade. Para que

nos aproximemos do que seria a Vibração des-

ses Centros Planetários e desse Arcanjo, vamos

falar do que seria esse impulso que Aurora

transmite para o Alinhamento ao Propósito.

Quando falamos do Alinhamento ao Propósito

provavelmente nasce na mente humana uma

ideia de esforço, uma ideia de fazer, um fazer

pessoal - um esforço que eu tenho que fazer pa-

ra eu me alinhar ao Propósito, o movimento que

eu tenho que fazer, porque eu não estou alinha-

do ao Propósito, então eu tenho que sair daqui e

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ir para lá para eu poder estar alinhado ao Pro-

pósito. Não. O Alinhamento ao Propósito é cons-

tante, e nesse período em que vivemos, mais do

que nunca, esse Alinhamento ao Propósito tem o

mínimo possível a ver com um movimento exte-

rior. Esse alinhamento ao Propósito é um não-

movimento.

Vive-se o alinhamento ao Propósito como pro-

posto por Aurora e pelo Arcanjo Rafael quando

se silencia diante das questões de onde se deve

estar, do que se deve fazer, de como se deve agir

e quando se aceita o impulso que parte do Cora-

ção. Para que o impulso do Coração se manifeste

é necessário que haja silêncio. O Coração não

pode ser ouvido no barulho. O Coração não pode

ser ouvido no burburinho da mente nem nas

emoções, muito menos no burburinho exterior.

A voz do Coração é ouvida no silêncio. E é no

silêncio que acontece o alinhamento ao Propósi-

to. Falando de uma maneira mais específica para

este período de transição: o Propósito da cons-

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ciência é aquela escolha que a consciência fez

tanto no que diz respeito ao seu destino vibrató-

rio, quanto à forma como ela vai passar por esta

transição.

Alguns seres escolheram passar por esta transi-

ção dormentes, alheios à própria transição. Al-

guns seres escolheram passar por esta transição

fazendo um esforço para viverem esta transição.

E outros seres escolheram viver esta transição

em Paz, em Lucidez, em Abandono. Algumas

consciências escolheram aceder aos níveis de

Seidade, os chamados níveis do Espírito – níveis

onde a forma não é fixa, mas ilimitada. Outras

consciências escolheram permanecer numa 3ª

Dimensão – nível onde a forma é fixa, física. Isso

também faz parte desse Propósito, desse destino

vibratório.

Aurora é essa vibração. Aurora é esse impulso

que vem colocar a consciência em acordo total

com aquilo que é a sua própria escolha, com a-

quilo que é seu destino vibratório. E a forma de

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se colocar nesse alinhamento é estando em si-

lêncio e não se opondo àquilo que a vida lhe a-

presenta. Porque a despeito de qual seja a esco-

lha que essa consciência fez, sempre existe a

possibilidade de que se esteja em leveza, tanto é

que há alguns meses atrás, quando o Asul veio

(nota: entidade vegaliana que ocupou meus cor-

pos por cinco meses e onze dias, por meio de um

processo conhecido como “walk-in”), ele explo-

rou intensamente a Chave da Simplicidade, a

Chave da Leveza, e falou que essa Chave foi dada

por Aurora. Então é preciso que a consciência se

mantenha nesse estado de leveza para que haja

acordo vibratório, para que não haja tanta resis-

tência em relação ao próprio Propósito.

A vibração de Aurora, ligada à vibração do Ar-

canjo Rafael, nesse momento também tomou um

papel que é ligado diretamente às últimas zonas

de sombra, uma vez que essas últimas zonas de

sombra são ainda aquilo que podem causar uma

distorção em relação ao próprio destino vibrató-

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rio e à própria escolha vibratória. Existe um im-

pulso que parte do Espírito – o Ser, Pensamento

Criador. Existe um impulso que é transmitido

pela Alma – o Perceber, o Eu Sou, o Si. E existem

zonas de sombra, ou que velam a alma do Espíri-

to ou que velam a consciência, no nível da per-

sonalidade, da Alma. E essas zonas de sombra é

que produzem a distorção desse impulso, que

produzem um sofrimento, porque a consciência

resiste em obedecer ao impulso. Então a vibra-

ção de Aurora e do Arcanjo Rafael são aqueles

impulsos que vêm colocar a consciência em a-

cordo com o seu próprio Propósito, com sua

própria escolha vibratória. Essa informação está

sendo transmitida, agora, nesse momento, por-

que esse é o momento da Passagem, porque esse

é o momento em que cada um vai se colocar face

a face diante de sua própria escolha. E para que

não haja tanta defasagem, tanto atrito entre o

ponto em que se está e o ponto que é o Propósi-

to, estas informações vêm sendo transmitidas. É

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claro que essa informação vem carregada da

Vibração de Aurora e do Arcanjo Rafael. E essas

são ferramentas que estão disponíveis à consci-

ência e àqueles que se interessam em estar de

acordo com o seu próprio Propósito. Essas fer-

ramentas estão sendo disponibilizadas para que

esse processo seja colocado num estado de mai-

or leveza. Então, é algo muito simples. É no si-

lêncio que você vai manifestar a intenção de co-

mungar com Aurora. É no silêncio que você vai

manifestar a intenção de comungar com Rafael.

É no silêncio que você vai transcender ainda o

que resta dessa ilusão separada e distante des-

sas realidades multidimensionais. Isso não está

distante. Isso não está fora do alcance das mãos.

Nesse momento de silêncio em que a consciên-

cia se propõe a comungar com Aurora e com

Rafael, nesse momento acontece a Cura que Au-

rora propõe. Essa cura que é o papel do próprio

Arcanjo Rafael. Essa cura é uma passagem. Essa

cura não é um estado errado colocado no ponto

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de um estado certo. Não é isso. Não existe estado

errado, não existe estado certo. Existe o momen-

to do agora e existe um Propósito no agora se-

guinte. Então o alinhamento que Aurora oferece

é o constante realinhar-se com aquilo que é o

Propósito daquele agora. É uma constante sin-

tonia com o interno. É uma constante sintonia,

uma constante ressonância com o próprio Cora-

ção. Porque na verdade só quem sabe o seu pró-

prio caminho é o seu próprio Coração. Ninguém

pode lhe indicar o caminho. Ninguém pode lhe

dizer onde você deve ir e o que você deve fazer.

Apenas o seu Coração é que sabe o caminho. E

apenas o seu Coração está habilitado a lhe guiar

por este caminho. O que Aurora lhe oferece não

é lhe dizer que caminho você deve seguir. O que

Aurora lhe oferece é alinhamento ao Propósito, é

lhe colocar no estado de escuta do próprio Cora-

ção. O que o Arcanjo Rafael oferece não é fazer o

trabalho por vocês. Porque na verdade, no mo-

mento em que vocês se abrem a esta vibração, e

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em que vocês se abrem ao Espírito, isso é o pró-

prio alinhamento ao Propósito. Isso é a prova e a

cura que o Arcanjo Rafael pode oferecer. E essa

cura significa a dissolução das zonas de sombra,

que são como que véus entre a consciência nes-

se nível denso e aquilo que é a sua realidade

multidimensional. Porque o Espírito como reali-

dade multidimensional, a alma também, como

uma realidade um pouco mais sutil do que o

corpo físico, estão constantemente a transmitir

impulsos, a fazer chamados, e a tentar trazer a

consciência para um estado de maior lucidez. E

as franjas de interferências que são essas zonas

de sombra, são como que capas que distorcem

esses impulsos. Então a consciência, aqui, não

ouve direito, ela não percebe direito, e tropeça e

sofre, porque não há ressonância entre aquilo

que é o impulso mais interior e aquilo que é ma-

nifestado fora. Então, a cura que o Arcanjo Rafa-

el propõe, é a dissolução dessas últimas zonas

de sombra. Isso é de importância vital para a-

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queles seres que são, nesse momento, os Porta-

dores da Realidade, os Portadores da Vibração,

os Portadores do Amor. Porque vai ser tanto

mais doloroso para esses seres quanto maior

forem essas zonas de sombra. Porque nesses

seres o impulso de expressar o Espírito é muito

forte e quanto maior esse impulso é e quanto

mais esses seres resistirem nessas zonas de

sombra, maior é o sofrimento. Porque essa

consciência já tocou o Estado de Leveza. Ela já

bebeu do Verdadeiro Amor. Mas ainda existem

coisinhas ali que atravancam um pouco o pro-

cesso. Atravancam ainda um pouco que ela mer-

gulhe completamente nesse Amor e se dissolva

nesse Amor. Ela não consegue mais estar inseri-

da nessa realidade tridimensional dissociada

completamente, mas ainda se sente não integra-

da completamente a este Verdadeiro Amor.

Então cada vez mais essa realidade tridimensio-

nal vai se tornando pesada, vai se tornando so-

frimento, porque a consciência fragmentada é

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sofrimento. Só existe Paz no Espírito. Só existe

Alegria no Espírito. Então essas consciências que

são as Portadoras da Realidade tocaram o Espí-

rito e ainda se mantêm, de certa forma, identifi-

cadas em algum nível com a personalidade. E a

personalidade representa sofrimento. Então,

essa ferramenta de alinhamento está sendo pro-

posta para todos os seres como uma forma de

facilitar o processo de dissolução dessas zonas

de sombra. De novo, você tem que ir ao silêncio.

Isso é feito com Atenção e Intenção. É um doar-

se. É um abrir-se ao contato. Isso vem justamen-

te ao encontro do chamado que a Mãe Divina fez

à intimidade com a própria realidade, a familia-

ridade com a própria realidade. Então, isso são

ferramentas, são propostas para que nós nos

aproximemos cada vez mais disso que é a nossa

realidade. Para que nós nos familiarizemos e nos

tornemos tão íntimos a ponto de que a estra-

nheza que nasce seja ainda em relação à essa

vida pesada que nós levamos. Para que chegue a

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um ponto em que a Verdadeira Realidade, aquilo

que é realmente a Realidade, e que isso seja en-

carado de maneira verdadeira, seja aquilo que

nós vivemos com o nosso Coração e não aquilo

que nós vivemos com os nossos olhos, com os

nossos sentidos. Para que chegue a um ponto em

que nós estejamos tão imersos nessa experiên-

cia do Coração, nessa vivência do Coração, que a

vida nos pareça um sonho, que essa vida banal,

essa vida humana, nos pareça um sonho.

E que a única realidade nós só possamos encon-

trar aqui dentro (no Coração). Então, o chamado

de Aurora e o chamado de Rafael é um chamado

à Leveza, antes de tudo, porque não existe ali-

nhamento com resistência, não existe alinha-

mento com esforço. É um estado de Leveza. É

importante não confundir esta Leveza com levi-

andade, novamente, só para deixar claro. É um

estado de Leveza. É um estado de se deixar le-

var. É um estado de doação. É um estado de re-

ceptividade.

Page 32: Ibez - Fogo de Liberação1

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E aí quando o ser se propõe a viver essa Leveza,

essa receptividade e essa doação, e quando o ser

emite esse impulso e essa Intenção de contatar

Aurora, de comungar com Rafael, essa cura a-

contece instantaneamente. Então o chamado

agora é esse. E que nós possamos fazer esta ex-

periência.

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33

Capítulo II

CENTRO PLANETÁRIO AIMERÃ E ARCANJO

JOFIEL

O Centro Planetário sobre o qual nós vamos tra-

tar e do qual nós recebemos alguns impulsos

que vão ser partilhados através deste texto é o

Centro Planetário Aimerã, que ancora a vibração

do Arcanjo Jofiel. Por que Aimerã? É um termo

meio desconhecido.

Então, este Centro Planetário custodia a revela-

ção à Alma. Notem bem, é uma revelação à Alma

e não uma revelação da Alma. Mas essa vibração,

assim como a vibração do Arcanjo Jofiel, que

ocupa o lugar de Lúcifer, na Ronda dos Arcanjos,

foi transvestida, foi desviada e foi transformada

numa revelação da Alma. Isso foi colocado no

seu devido lugar, no seu lugar correto, através

daquela passagem e daquela reversão feita no

triângulo do Fogo (nota: A reversão do triângulo

do Fogo na coroa da cabeça se refere ao processo

de retificação do Fogo, em que o Fogo do ego é

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34

revertido ou transformado em Fogo do Espírito,

processo também chamado Batismo de Fogo, Fo-

go do Amor. Na cabeça há uma estrutura vibrató-

ria composta de vários pontos, dos quais os prin-

cipais são doze. Estes pontos estão distribuídos na

forma de uma coroa, ao redor da cabeça, com três

pontos, ou estrelas, em cada lado, representando

cada um dos elementos. O triângulo do Fogo se

encontra na zona da testa e sua disposição, por

conta do desvio na encarnação de esquecimento,

se dava com a ponta para cima, dando origem ao

fechamento do sexto chakra, com suas duas péta-

las, que representavam o fechamento no sistema

dual de bem e mal; a reversão deste triângulo nos

leva à transcendência do padrão aprisionante de

bem e mal, e restitui o sexto chakra a seu status

original, ou seja, a coroa vibrante da cabeça, com

suas doze estrelas). Então, ao invés de uma reve-

lação da Alma, o que acontece é uma revelação à

Alma. Quando esse Centro Planetário se revelou

e foi contatado por alguns seres da superfície, o

Page 35: Ibez - Fogo de Liberação1

35

nome dado a ele foi Anu Tea. Devido ao próprio

histórico desse Centro Planetário, ele teve muito

pouca ação do lado da humanidade. A última vez

que esse Centro Planetário interferiu, ou vamos

dizer assim, atuou junto à humanidade, foi

quando aquele ser conhecido como Moisés fez o

seu serviço, fez o seu trabalho junto à humani-

dade. Foi quando Moisés foi contatado por Meta-

tron. Aquele contato foi custodiado por Aimerã,

que ficou conhecido como Anu Tea. Mas se vocês

forem perceber, a própria palavra ‘Anu Tea’ trás

em si uma falsificação e um desvio, uma rever-

são, uma vez que Anu se refere justamente aque-

le que é o Demiurgo, Yaldabaoth, o falsificador.

Então, essa vibração de Anu Tea foi colocada no

seu devido lugar em contato com a humanidade

e a Chave de Contato que eles nos passam é Ai-

merã. No inicio eu falei que Aimerã custodia a

revelação à Alma. Como isso se dá no nosso pro-

cesso de Ascensão, no nosso processo de Libera-

ção?

Page 36: Ibez - Fogo de Liberação1

36

A vibração do Arcanjo Jofiel, que é o Arcanjo da

Revelação, é uma vibração que vem revelar o

Mistério. É a vibração deste Arcanjo que põe a

consciência em contato - a consciência que está

prisioneira, que está dentro da matriz de esque-

cimento - com os Planos Multidimensionais. En-

tão, é na vibração de Aimerã, é na vibração de

Jofiel, que a consciência pode viver sua Multidi-

mensionalidade. É a vibração deste Arcanjo e a

vibração deste Centro que põe a consciência em

contato com a sua Multidimensionalidade. No

momento do fechamento da Alma na matriz de

esquecimento, foi este Centro Planetário que

guardou, que recebeu os códigos e as memórias

cósmicas de cada consciência fazendo a experi-

ência da dissociação. Então, vai ser exatamente

nessa faixa vibratória que chamamos de Aimerã,

nessa faixa vibratória que chamamos de Jofiel, é

que a consciência se revela a si mesma, que a

consciência tem acesso à sua verdadeira histó-

ria, que a consciência tem acesso ao seu verda-

Page 37: Ibez - Fogo de Liberação1

37

deiro percurso no Cosmos. É nessa vibração, é

nessa coloração de vibração, que a consciência

passa de seu estado pequeno, de seu estado limi-

tado, passa da sua história ilusória, da sua histó-

ria efêmera, passa da sua memória transforma-

da, manipulada, ao Verdadeiro, a consciência

passa daquilo ao Real.

A vibração do Arcanjo Jofiel é uma vibração da

água, é uma vibração das Águas do Mistério, das

Águas do Alto. Essas Águas são aquelas que são

fecundadas pelo Fogo. Esse processo de contato

com Aimerã, esse processo de ancoramento da

vibração do Arcanjo Jofiel na nossa consciência é

justamente a alquimia que acontece dentro de

nós desse Fogo e dessa Água. Em outras pala-

vras, é a revelação do Mistério do Ser. É o conta-

to com o Mistério do Ser. O impulso que este

Centro nos envia, hoje, é um chamado ao contato

com o Mistério do Ser. Não é a revelação de in-

formações - embora ela vá acontecer e ela tem

acontecido - não é um saber das coisas, não é

Page 38: Ibez - Fogo de Liberação1

38

uma revelação nesse sentido, é uma revelação

que se traduz na vivência, é uma revelação que

se traduz no silêncio e essa revelação só pode

ser vivida no silêncio, somente no silêncio. Essa

revelação só pode ser vivida no Sagrado, somen-

te no Sagrado, somente no silencioso Sagrado e

no Sagrado Silêncio. Então, antes de tudo, a vi-

bração deste Centro Planetário, deste Arcanjo,

nos impulsiona a um silêncio e a colocar nossa

consciência no Sagrado. Então, o contato se dá

no silêncio imbuído do Sagrado.

Essa revelação consiste, essencialmente, nessa

revelação do Mistério. O que é o Mistério? O Mis-

tério é o desconhecido. A Luz é o Mistério para a

consciência humana. O Ser é o Mistério para a

consciência humana. A Unidade é um desconhe-

cido para a consciência humana. Porque a cons-

ciência humana vibra na fragmentação e vibra

na separação. O contato com esse Mistério, o

contato com esse desconhecido, é a própria es-

sência deste Centro Planetário, e de novo, este

Page 39: Ibez - Fogo de Liberação1

39

Centro Planetário custodia a revelação à Alma. É

o momento em que a Alma se volta ao Espírito e

se permite transpassar pela Luz do Espírito. A-

gora, as vibrações de todos esses Centros Plane-

tários, hoje, derramam sobre a humanidade,

derramam sobre as consciências despertas, es-

pecificamente, uma vibração que é toda femini-

na. Eu vou lhes dizer algo: é impossível, é impos-

sível contatar esses Centros Planetários se a

consciência não integrou em si a verdadeira fe-

minilidade, a verdadeira polaridade feminina.

Enquanto a consciência não colocou a polarida-

de feminina no seu devido lugar dentro de si,

não há contato, não há contato com esse Misté-

rio, não há contato com esse Ser. Podem-se viver

aproximações disso, à medida que essa polari-

dade feminina se aproxima, mas o estabeleci-

mento nesse Mistério, o estabelecimento nesse

Ser, só se dá quando essa polaridade feminina é

completamente integrada na própria consciên-

cia. Enquanto vocês rejeitam, em si, essa polari-

Page 40: Ibez - Fogo de Liberação1

40

dade feminina, que é uma receptividade, que é

uma doçura, é uma leveza, enquanto isso não é

integrado, isso não é aceito, isso não é vivido,

esse Ser não se instala. Porque o contato do Ser

com a consciência humana se dá através das

Portas dessa polaridade, porque foi essa a pola-

ridade falsificada, foi essa a polaridade roubada,

cerceada, escondida da humanidade, tanto da

forma masculina, como da forma feminina. Uni-

dade é integração, é fusão dos polos. Unidade é

relação, é reconciliação dos polos. Unidade, para

a humanidade aprisionada e separada, se traduz

dessa forma. Então, todos esses Centros Planetá-

rios, hoje, para a superfície, para a consciência

humana, vibram intensamente essa polaridade

feminina e a própria polaridade masculina está

dentro dessa polaridade feminina no seu exato

lugar, na sua devida medida. A Chave de contato

com esse Centro Planetário especificamente,

com Aimerã, é a entrega. A entrega é o aspecto

mais essencial do abandono. Porque para que o

Page 41: Ibez - Fogo de Liberação1

41

Ser se instale é preciso que a consciência aceite

não ser mais nada aqui. É preciso que a consci-

ência não tenha mais reivindicação alguma aqui.

É preciso que a consciência, na personalidade,

não reivindique mais a personalidade, não rei-

vindique mais nenhum sentimento de posse e

nem de ser - ser isso, ser aquilo. É preciso que a

consciência se baste em apenas Ser. Porque Ser,

liberta. Quando se É, realmente, sem adjetivos,

você é livre para ser o que quer que seja. Você

não está limitado a papel nenhum. Você não

possui e você não se deixa possuir. É a entrega

que conduz a consciência a esse Estado. Mas é

essa entrega completa, essa entrega absoluta. É

este estado em que você chega ao ponto de dizer

aquela famosa frase: “Pai, seja feita a tua vonta-

de”. Esta frase guarda o destilado da entrega:

“Pai, seja feita a tua vontade”. Então, nós nos

colocamos num estado de abandono, de deixar-

se conduzir, de deixar-se levar. Este estado se

traduz na vida como uma obediência aos impul-

Page 42: Ibez - Fogo de Liberação1

42

sos interiores, uma obediência que não questio-

na. Não é uma obediência cega, porque a consci-

ência tocou este estado, a consciência fez uma

escolha consciente de se ancorar no Ser e essa

obediência a estes impulsos é uma manifestação

natural do ancoramento da consciência no Esta-

do de Ser.

Dentro da vibração de Aimerã, a entrega nos dá

um presente maravilhoso, nos dá um código vi-

bratório maravilhoso, e que é essencial para

nossa vivência, hoje. Esse código é a Fé. No pri-

meiro momento isso é esperança. A vibração

deste Centro Planetário, no primeiro momento,

porque ele é uma revelação à Alma, nos imbui de

uma esperança, faz o coração queimar com es-

perança. Então, à medida que o ser vai mergu-

lhando neste Estado de Ser, à medida que o Mis-

tério vai sendo revelado à consciência, esta es-

perança se transforma numa Fé, numa Confiança

Absoluta. Então, vejam que aqui há, talvez, um

paradoxo, mas não é um paradoxo, a princípio

Page 43: Ibez - Fogo de Liberação1

43

parece um paradoxo, porque você se entrega,

você está ao sabor do vento, você é como uma

folha carregada pela ventania. Então, não se po-

de ter certeza de nada neste Estado, não é? Você

não pode ter certeza de nada porque você não

sabe para onde o vento vai lhe levar. Mas ao

mesmo tempo em que a consciência se abre, em

que a consciência se entrega, Aimerã oferta à

consciência um presente, que é a Certeza, que é

a Fé. Essa Certeza e essa Fé não são direcionadas

a coisas exteriores, porque a consciência está

num estado de entrega, está ao sabor do vento,

mas é uma Confiança e uma Certeza de que, para

onde quer que o vento a carregue, este lugar se

chama Unidade, este lugar se chama Fogo do

Amor, este lugar se chama Plenitude, este lugar

se chama Paz, este lugar se chama Alegria. Esta

Fé é um código essencial para o momento que a

gente vive, porque nada é certo, nada, jamais, foi

certo, mas esta verdade da matriz se torna mui-

to aparente, hoje: que nada é certo, porque cada

Page 44: Ibez - Fogo de Liberação1

44

dia que passa, parece que perdemos mais o con-

trole, parece que as coisas estão mais descontro-

ladas. Perdemos o controle sobre nós mesmos.

Aquela ilusão de controle que tínhamos que,

apesar de ser uma ilusão, enganava muito bem,

está se desfazendo e isso produz certo stress,

certo desespero, porque parece que as coisas

estão correndo de nossas mãos e estão tomando

um rumo que é muito louco e as coisas estão

acontecendo num nível muito vertiginoso.

E no caso dos seres despertos, essas consciên-

cias que estão aí na frente do batalhão, a coisa

está mais intensa, porque não é só a vida huma-

na cujo controle está saindo das mãos, é o pró-

prio contato, é a própria Multidimensionalidade,

porque essa Multidimensionalidade reforça mui-

to essa nossa ausência de controle, porque ela

entra nas nossas vidas e ela destrói nossas vidas,

ela bagunça. Para o ego isso parece uma bagun-

ça, isso parece uma destruição. Mas ao olharmos

com o Coração vemos que é uma nova ordem,

Page 45: Ibez - Fogo de Liberação1

45

que na verdade é o contrário, que tudo estava

bagunçado e é agora que as coisas estão sendo

ordenadas. Mas é porque isso segue outro pa-

drão que não é o mental. O processo mental or-

dena cada coisa em seu lugar, uma sequência

linear, tudo em ordem. A ação da Luz é de uma

Inteligência muito mais ampla, infinitamente

mais ampla e ela não segue aquilo que nós co-

nhecemos como sendo um processo de ordem.

Então, para o mental, a ação da Luz vai ser de-

sordenada.

E aí entra a questão essencial da entrega, porque

dentro de cada um de nós tem se revelado uma

coisa misteriosa, uma capacidade de viver,

mesmo aqui dentro, que é muito misteriosa,

uma capacidade de expressar aspectos que nós

nem imaginávamos que estavam aqui dentro.

Isso tem acontecido a cada dia. Percebemos essa

capacidade assombrosa de não reagir. Percebe-

mos essa capacidade assombrosa de ir além de

certos limites. Percebemos essa capacidade as-

Page 46: Ibez - Fogo de Liberação1

46

sombrosa de transcender certos medos e certos

condicionamentos. E isso abala diretamente

nosso ‘castelinho’. Porque queremos a nossa

vida de uma maneira muito ordenada de acordo

com os nossos padrões. Queremos decidir a ex-

periência que vivemos. E de repente a gente to-

pa com esta vibração e esta vibração nos diz:

‘não é desse jeito, tu não tens controle nenhum

de nada; era tudo um engano! Tu foste enganado

todo esse tempo, te fizeram acreditar que tu de-

cidias, mas aqui dentro tu não decides nada’.

E essa vibração começa a mexer em tudo. E, si-

multaneamente, ao mesmo tempo em que essa

vibração mexe tudo na vida externa, essa vibra-

ção começa a rasgar a vida interna. E o psicoló-

gico, o psicológico não é mais nada. O psicológi-

co é uma fantasia. O que se revela é a real vida

interna e essa vida interna começa, também, a

ser mexida. Porque as consciências estão sendo

preparadas para viver uma coisa totalmente

nova do ponto de vista da humanidade.

Page 47: Ibez - Fogo de Liberação1

47

Então, percebam que nesse processo todo, verti-

ginoso, a entrega é um código essencial. Porque

se não há entrega, há resistência. E se há resis-

tência, há sofrimento. A entrega é a própria po-

laridade feminina. É se lançar à Vida. Se entregar

à Vida. Ser a própria Vida. Uma coisa que ilustra

muito bem, na vida humana, isso, é aquela famo-

sa frase: ‘o que é que tu fazes da vida?’. Quando a

gente conhece alguém geralmente as pessoas

perguntam: ‘o que é que tu fazes da vida?’. O-

lhem como está tão incrustado o conceito de

manipulação. O que sou eu diante da Vida? O

que é que eu posso fazer da vida? Eu não posso

fazer nada da vida. A vida é que faz o que ela

quer de mim. Então, vamos integrar este outro

aspecto do abandono. Este aspecto essencial do

abandono que é a entrega e deixar que a vida

faça o que ela queira de nós. Esse é o caminho da

Pobreza, o caminho da Infância. A vibração des-

se Centro, hoje, nesse ponto crucial em que a

gente vive, no limiar da dissolução, no limiar da

Page 48: Ibez - Fogo de Liberação1

48

passagem final da Terra, é o maior presente, que

é esta Certeza, esta Fé, esta Fé absoluta na Inte-

ligência da Luz. Essa entrega vai conduzir a

consciência a viver o Verdadeiro Amor. No silên-

cio do nosso Ser, no silêncio do nosso alinha-

mento individual, vamos colocar diante de nós o

que é essa entrega. No silêncio vamos interiori-

zar esta entrega. E na vida exterior, na vida que

parece não ser tão silenciosa, vamos permitir

que esta polaridade feminina se expresse, que é

doação, que é receptividade e que é silêncio e

interiorização.

Nesse silêncio, nessa entrega do pequeno eu,

nessa entrega do que a gente sempre acreditou

ser, nessa entrega se revela o Mistério do que

nós realmente somos. É somente nessa entrega

que nós encontramos o que realmente somos.

Isso causa um bocado de espanto. Isso causa um

bocado de assombro, descobrir o que nós somos,

porque nos acostumaram a viver o pequeno, nos

acostumaram a viver o limitado, nos acostuma-

Page 49: Ibez - Fogo de Liberação1

49

ram a obedecer regras sociais, a obedecer condi-

cionamentos de comportamento, de pensamen-

to.

E a revelação desse Mistério, que é a revelação

do que nós realmente somos, tem um impacto

profundo de libertação. Tem um impacto pro-

fundo de ir além de todo o conhecido. Essa en-

trega produz uma verdadeira liberdade, porque

ela dissolve a limitação da consciência. Você não

precisa ser isso, nem aquilo. Você pode ser o

Todo, se você aceitar não ser nada aqui, se você

aceitar fazer a entrega total desse pequeno eu.

Esse é o impulso de Aimerã.

Então, vamos nos aproximar de Aimerã nesse

silêncio fazendo a entrega total de nosso ser.

Vocês vão ter boas surpresas. Porque é esse

Centro que guarda as Memórias Cósmicas de

cada um de nós. Não é um lugar. É uma faixa

vibratória da consciência. Quando a consciência

se eleva e atinge esta faixa vibratória, neste não-

espaço, essa revelação se dá. Isso é maravilhoso,

Page 50: Ibez - Fogo de Liberação1

50

porque essa revelação é a própria conexão com

a nossa Fonte, é a revelação da nossa origem. E a

revelação desse Ser nos permite, aqui dentro,

revelar muito mais do que só as aparências, re-

velar muito mais do que só o limitado. Essa re-

velação nos permite viver o Ilimitado aqui den-

tro, o não condicionamento, a verdadeira liber-

dade. É esse o impulso desse Centro Planetário

para hoje.

Page 51: Ibez - Fogo de Liberação1

51

Capítulo III

CENTRO PLANETÁRIO ERKS E ARCANJO MI-

GUEL

Erks é o Amor da Fonte. Erks é o Fogo da Fonte.

Erks é a Sinfonia do Universo. Erks é essa faixa

da Consciência onda a Essência Solar se manifes-

ta, onde esse Fogo preenche o corpo, preenche a

Alma e explode tudo isso. É uma absorção, uma

dissolução, uma fusão, é um nada, é um tudo. Em

Erks reside a Chave do encontro com a nossa

Essência Solar. Em Erks acontece um processo

dos mais maravilhosos para a consciência disso-

ciada. Em Erks acontece a dissolução do veículo

efêmero. Eu não falo do veículo físico, eu falo da

própria casca da consciência dissociada. Imagi-

nem que a consciência, ao descer e ao se limitar,

esse fio de consciência que encarna, o percebe-

dor que se manifesta como uma alma, que assu-

me, por sua vez, um corpo físico, esse fio da

consciência se fragmenta ao longo das experiên-

cias, ao longo dessa atração pela experiência e

Page 52: Ibez - Fogo de Liberação1

52

da caminhada nessa dissociação, este fio da

consciência vai se perdendo, vai esquecendo-se

de si e acaba ficando prisioneiro daquilo que é

externo. O Fogo de Erks é aquilo que vem inte-

grar cada um desses pedaços e junta tudo de

novo e os liga ao Ser real. Erks guarda o segredo

do Manto da Graça. Em Erks nós somos revesti-

dos no Manto da Graça.

A vibração de Miguel, desse Arcanjo, é uma vi-

bração-chave no processo de Ascensão Planetá-

ria, porque a vibração deste Arcanjo é uma vi-

bração extremamente desconstrutiva e ao mes-

mo tempo é uma vibração de Plenitude. Miguel é

um Pai, um Pai-Criador e, esta Face do Pai, Mi-

guel, desata os nós, corta os laços, quebra o vaso

velho. Mas ao mesmo tempo em que o Fogo Mi-

caélico tem essa ação violenta, essa ação pode-

rosa, este Fogo te envolve, te aquece, te suga, te

atrai para o Desconhecido e te faz mergulhar

neste Desconhecido. Ao mesmo tempo em que

este Som suplanta todos os sons, destrói todos

Page 53: Ibez - Fogo de Liberação1

53

os sons, este Som te preenche e te liga ao Som

Universal. Esta é a parte poética, a parte filosófi-

ca, a parte bonita da coisa, falando em palavras.

Erks, para a humanidade de superfície, é a porta

do Coração. Erks, para o próprio planeta, é o

chakra do Coração do planeta. Então, contatar

Erks é contatar o Coração de Gaia. Contatar Erks

é reencontrar-se com o próprio Ser, é se fundir

de novo em sua própria Origem. O processo de

contato em Erks é todo conduzido por essa vi-

bração de Miguel, porque ninguém se aproxima

do Coração sem passar por várias mortes. Você

não chega ao Coração sem atravessar a Porta

Estreita. E você não atravessa a Porta Estreita se

você ainda está coberto de todas as roupas que

você usou para experimentar a dissociação. À

medida que você vai se aproximando da Porta

Estreita é preciso tirar o casaco, a camisa de lã, e

depois tirar a camisa, e tem que tirar a calça, as

cuecas, as calcinhas e as meias também. Você

fica completamente nu para atravessar esta Por-

Page 54: Ibez - Fogo de Liberação1

54

ta Estreita. Nu! E o Fogo de Erks que já vem te

encontrar um pouco antes de você realmente

chegar à Porta Estreita – porque esse Fogo de

Miguel vem bem antes, ele te encontra bem no

meio do caminho – dissolve estas roupas, quei-

ma estas roupas, ele te deixa nu e te diz o se-

guinte:

“Tenha coragem! Venha! Abraça-te em mim com-

pletamente nu!

Não precisas temer este Fogo. Não precisas temer

ser queimado.

Eu apenas queimarei em ti aquilo que não é Tu.

Então, olhe para o meu Coração, que é o teu Co-

ração e deixa tudo que não és, ser queimado por

mim”.

E aí você se abraça a Miguel. Você começa a sen-

tir este Fogo queimando tudo e vai se sentindo

cada vez mais nu. E a cada vez que você tem esta

percepção de que está mais nu, vem o medo: o

medo de ser frágil, o medo de ser fraco, o medo

de não conseguir resistir a esse Fogo. E logo em

Page 55: Ibez - Fogo de Liberação1

55

seguida, Miguel, que é você mesmo, que é o pró-

prio Fogo do teu Coração, te diz:

“Não te preocupes. Abraça-te ainda mais forte em

mim. Segura ainda mais forte a minha mão. Abre

os braços e deixa que eu queime mais ainda”.

E você para e olha para o Coração e você tem

uma bela surpresa:

‘Nossa, olha, esse Fogo está aqui dentro, esse

Fogo queima aqui em mim’. Então você começa a

prestar atenção neste Fogo, este Fogo começa a

ganhar espaço. Ele começa a pegar a tua vida

humana, tua vida conhecida e começa a torcer

tua vida. Aí vira a tua vida de cabeça para baixo

e vira para um lado, vira para outro e começa a

tirar um monte de coisas de tua vida. E você já

não sabe o que você é a esta altura do campeo-

nato, porque esse Fogo já virou tudo de cabeça

para baixo, ele já destruiu muita coisa, ele já co-

locou muita coisa nova no lugar, e você vai se

aproximando deste Fogo e ele vai ser o teu me-

lhor amigo de caminhada.

Page 56: Ibez - Fogo de Liberação1

56

Então chega um ponto em que você olha para o

Fogo e você não consegue mais ver o Fogo. Isto é

a Porta Estreita. Aí você diz: ‘Mas esse Fogo es-

tava aqui comigo... Cadê esse Fogo? Não estou

mais sentindo o Fogo!’. Você começa a procurar

o Fogo e: ‘Cadê o Fogo? E onde está Miguel? Mi-

guel estava aqui no meu lado... Onde está Miguel

agora? Estou sozinho!’. Então você vive a Noite

Escura da Alma e você diz: “Pai, porque me a-

bandonastes?”. Então você pensa: ‘Eu não tenho

mais nada a perder! Esse Fogo já me tomou tu-

do! E se eu perdi o Fogo também... Era a última

coisa que eu precisava perder, não é? E agora?’.

E agora você aceita o vazio do Fogo. Você aceita

o silêncio do Fogo.

E neste silêncio do Fogo você tem uma revelação

estupenda. Você para e percebe que ao longo do

caminho feito com esse Fogo, em que Miguel foi

caminhando ao seu lado, este Fogo foi ficando

cada vez mais próximo. Primeiro você abraçava

esse Fogo e daqui a pouco você já caminhava

Page 57: Ibez - Fogo de Liberação1

57

lado a lado com esse Fogo sempre de mãos da-

das. Depois você só vê a metade desse Fogo por-

que metade desse Fogo já estava dentro de você.

E nesse silêncio do Fogo você descobre que você

se transformou em Fogo, que Miguel se fundiu

no Cristo. Então você já não mais diz: ‘Eu estou

com o Fogo’. Sabe por que você não percebe

mais o Fogo? Porque você se tornou o Fogo. E

esta é a revelação mais linda, quando você não

consegue mais ver o Fogo, porque você se tor-

nou o Fogo, porque tudo é Fogo. Quando você

não percebe mais Miguel, porque você já se tor-

nou Miguel. Este processo maravilhoso acontece

dentro de Erks.

Miguel iniciou um processo de desconstrução há

alguns anos atrás. Este processo não termina até

que você aceda completamente ao Centro, ao

Estado de Ser real. Essa desconstrução é contí-

nua e, por incrível que pareça, é cada vez mais

intensa. Parece que quanto menos coisa há para

ser queimada, maior é esse Fogo, maior é a des-

Page 58: Ibez - Fogo de Liberação1

58

construção. Porque ela vai chegando naquilo que

é o núcleo. Ela vai chegando naquilo que real-

mente mantém a personalidade dentro desta

matriz, que mantém a consciência presa a esta

máscara, o cerne da questão: ‘eu’. Em Erks e em

Miguel, nesta vibração que é Miguel e que é Erks,

você começa a perder o sentido de ‘eu’. Você se

torna vazio. Você se esvazia desse pequeno ser.

Mas ao mesmo tempo em que você percebe o

vazio, você vai percebendo que tem outra coisa

que está preenchendo este espaço vazio. Ao

mesmo tempo em que você percebe que você foi

ficando nu, mãos de anjos foram tecendo outra

roupa por cima do seu corpo. É o Manto da Gra-

ça. E para que o Manto da Graça se estabeleça,

realmente, e você vista este Manto da Graça, vo-

cê precisa aceitar ficar nu, você precisa aceitar

entrar na fornalha que é Miguel e que é Erks,

completamente nu. Só que não é você que vai

tirar as roupas. Entenda bem. Isso não tem a ver

com um fazer. Isso tem a ver com Abandono.

Page 59: Ibez - Fogo de Liberação1

59

Não é você que vai tirar as roupas. Você só pre-

cisa dizer ‘sim’ a este Fogo que vem queimar o

que não é você. E a última coisa que esse Fogo

vai queimar é o sentido de ‘eu’. Porque é este

sentido de ‘eu’ separado que mantém a consci-

ência presa à personalidade, presa à experiência

dissociada. E em Erks não existe ‘eu’ separado.

Erks é a plenitude da Comunhão e da Fusão. Ca-

da fusão que acontece numa consciência aconte-

ce dentro dessa faixa vibratória que chamamos

de Erks.

Erks é o Lar da Fusão, porque Erks é o Coração

do Planeta. Erks é o Coração do Universo. Erks

existe em todo lugar porque o Coração é todo

lugar. O impulso do contato com Erks é a Fusão.

É aceitar ficar nu. E depois é aceitar ficar até sem

o corpo, se for preciso; chegar ao ponto da sede

e da fome, sede e fome da Vida Eterna, sede e

fome do Real. Porque primeiro esse Fogo quei-

ma e produz certa dor. Mas depois que as cama-

das mais grossas são dissolvidas, este Fogo vai

Page 60: Ibez - Fogo de Liberação1

60

despertando uma Alegria intensa. E essa á outra

dádiva de Erks – a Alegria do Coração. Você vai

se viciando nessa Alegria. Você se vicia nessa

Alegria do Coração. Você não quer saber de ou-

tra coisa a não ser estar no Coração. Você não

quer saber de outra coisa a não ser fusionar com

Miguel. Você não quer saber de outra coisa a não

ser queimar neste Fogo. Tudo o que ocupa sua

consciência, seu pensamento, tudo o que você

vive é para este Fogo. E quando se instala esta

tensão ao Abandono, esta sede e esta fome que

são tão vorazes dentro de você, você não aceita

nada menos do que a Água da Vida, você não

aceita nada menos do que Fusão, você não aceita

nada menos do que o Todo, a Completude. O

brinquedinho, o trabalho, o amor humano, a fa-

mília, nada mais disso satisfaz, porque esta sede

e esta fome da Vida Eterna são tão impetuosas

dentro de você que você se torna um vaso vazio,

pronto para receber a Graça que vem descer. E

essa Graça desce. Se você colocar seu vaso vol-

Page 61: Ibez - Fogo de Liberação1

61

tado para cima, constantemente, essa Graça des-

ce.

Peça por essa Graça. Peça! Se aproxime do Cora-

ção e diga: ‘Esvazia-me, eu quero a Graça. Esva-

zia-me, Graça plena, me enche de Graça’.

Participante: E sobre a questão de que nós

não devemos desejar nada aqui?

Agnimitra: Isto não é desejo, não é querer. Isto

é Intenção. Deve-se pedir. Cristo falou: ‘Pedi e

dar-se-vos-á, buscai e achareis, bateis e abrir-se-

vos-á, pois todo aquele que pede, recebe; quem

busca, encontra; e àquele que bate, a porta se

abre’. O pedido tem que ser do Coração. Não é a

partir da personalidade, porque a máscara ja-

mais vai pedir aquilo que vai destruí-la, que vai

dissolvê-la. Vocês têm que pedir com o Coração,

com consciência. Isso é Atenção e Intenção. Esse

pedido não é um desejo. É aquela pergunta: ‘o

que vocês querem ser?’. É só vocês terem certe-

za do que vocês querem ser.

Page 62: Ibez - Fogo de Liberação1

62

‘Ah, uma borboleta, eu tenho certeza de que eu

quero ser uma borboleta. E por que eu quero ser

uma borboleta? Por que eu quero transformar a

lagarta? A vida da lagarta não é para mim, eu

não sou uma lagarta. Eu sei que por alguma ra-

zão qualquer eu estive como uma lagarta aqui,

mas eu também sei de uma coisa: acabou o tem-

po da lagarta. Chegou a hora de voar. Chegou a

hora de ser Borboleta’.

E se você tem certeza de que o seu destino é ser

Borboleta, você pede para o Vazio, você pede

para o Todo, para o Desconhecido: ‘Eu quero ser

Borboleta, eu sei que sou uma Borboleta, eu es-

tou aqui, faz de mim o que Tu quiseres’. E aí de-

pois da frase: ‘Por que tu me abandonaste?’, vo-

cê fala a frase: ‘Pai, que seja feita a tua vontade’.

Estão vendo que isso não é desejo? O desejo é

manipulador. Vocês dizem que querem comer

um chocolate, mas vocês nunca querem comer

um chocolate. Vocês querem comer um chocola-

te branco, um chocolate preto, uma marca tal,

Page 63: Ibez - Fogo de Liberação1

63

outra marca tal, vocês querem comer agora, da-

qui a pouco. Se vocês dizem que querem ser

borboleta, que querem o Espírito, querem SER, e

isso é realmente Intenção e não um desejo, vo-

cês não vão impor condições à manifestação do

Espírito, não vão impor sua vontade pessoal di-

ante disso, vocês estarão abertos e, se para viver

isso amanhã vocês tiverem que morrer, vocês

aceitam morrer, vocês abandonam tudo, vocês

entregam tudo o que vocês são e o que vocês

não são, vocês pegam tudo isto e vocês entregam

e dizem: ‘Está aqui tudo isto, faz a Tua Vontade,

isso não me serve mais, me dá um novo’.

A Eucaristia é isso. Isso é a verdadeira Eucaristi-

a. É essa Comunhão e essa Fusão com Cristo. Eu

quero beber do Teu sangue. Eu quero comer da

Tua carne. Porque eu quero que meu sangue

seja o Teu sangue e minha carne seja a Tua car-

ne. Vejam como isso não tem nada a ver com o

que foi vivido na humanidade como propiciação,

para perdoar os pecados, para tornar uma pes-

Page 64: Ibez - Fogo de Liberação1

64

soa melhor, para poder ir para o céu. Isso é mui-

to mais. Isso é vastamente mais. Isso é inexpli-

cável até. Porque como é que podemos explicar

que esta ilusão toda vai ser desfeita e o Real vai

aparecer por detrás das cortinas? Não podemos

explicar isso, mas podemos aceitar isso como

nossa única verdade. E podemos dar nossos pas-

sos todos em direção e guiados por essa verda-

de. Isso é Erks.

Erks e Miguel são esse Fogo que primeiro se a-

presenta fora e depois está dentro e ele vai dis-

sipando todos os medos. É o grande propulsor

da Ascensão, que é a Porta de saída e de entrada

na Unidade. É o Coração. Erks é o Coração do

Planeta. A mensagem de Erks, hoje, é uma frase

muito simples: “Não temam, Eu estou convosco.

Sigam”.

É essa a frase desse Fogo. Não parem diante dos

medos, diante das dúvidas, diante das questões.

Não parem diante das situações humanas. Si-

gam. Vão em frente. Se abram cada vez mais pa-

Page 65: Ibez - Fogo de Liberação1

65

ra esse Fogo. Bebam desse Fogo. Se tornem esse

Fogo. E que esse Fogo do Coração, que é Cristo-

Miguel, seja a única coisa diante dos seus olhos.

Seja a única coisa para qual aponte sua Atenção

e Intenção. E não hesitem em pedir. Peçam com

o Coração. E se forem pedir, vocês devem aceitar

que a Vontade do Pai seja feita. Para pedir, real-

mente, é preciso transcender os próprios medos,

porque você vai pedir, mas você não sabe como

nem quando você vai receber. Se isso for um

desejo, vocês vão querer marcar hora para rece-

ber a encomenda, vocês vão querer escolher

quem vai trazer o presente, como vai ser, onde e

quando, que é para não atrapalhar a vida profis-

sional, para não atrapalhar a vida familiar. Esse

Fogo não se importa muito com as suas condi-

ções humanas, porque esse Fogo vem torrar tu-

do isso. Vocês são dispostos a serem torrados?

Então é só isso. É simples. Então, o impulso atra-

vés de Erks e de Miguel é este: “Não temam. Eu

estou convosco. Sigam”. Amor e Paz.

Page 66: Ibez - Fogo de Liberação1

66

Capítulo IV

CENTRO PLANETÁRIO MIZ TLI TLAN E AR-

CANJO URIEL

Então, adentramos os Portais de Miz Tli Tlan. O

Coração do Silêncio, como diz Uriel. O Coração

do Coração, como diz Imuri. Esse Centro é o

próprio Centro. Miz Tli Tlan é essa faixa vibrató-

ria planetária onde existe o Silêncio da Vibração,

onde a Consciência submerge-se no Absoluto, no

Nada, para que ela possa, através de sua rever-

são, encontrar o Todo. Miz Tli Tlan, nesse mo-

mento, é muito ligado à vibração do Arcanjo Uri-

el, que é o Arcanjo da Reversão. E nesse sentido,

de Miz Tli Tlan, dessa faixa vibratória, é que par-

tem os impulsos para que esta reversão aconte-

ça no nível planetário, mas é também nessa faixa

vibratória onde essa reversão acontece. Então, já

foi falado por diversos seres que haverá esse

momento em que ocorrerá uma parada na rota-

ção da Terra. A rotação vai diminuir, vai parar e

vai começar a girar para o outro lado, e que vai

Page 67: Ibez - Fogo de Liberação1

67

haver também a reversão dos polos. Miz Tli Tlan

é o espaço onde esse movimento acontece. Esse

movimento é um não movimento. É um movi-

mento imóvel. Daí que a vibração de Miz Tli Tlan

é o Coração do Silêncio, porque é o Silêncio além

do próprio silêncio. É o Silêncio desconhecido.

Aqui nós conhecemos o silêncio como oposto ao

som. Miz Tli Tlan nos dá a conhecer um Silêncio

que não está oposto ao som. É um Silêncio que

está além do próprio silêncio. É a parada de todo

movimento. Mas que permanece sendo um mo-

vimento. Não há acesso ao Coração sem o esta-

belecimento da consciência nessa faixa vibrató-

ria que nós chamamos aqui de Miz Tli Tlan, ou

que nós chamamos também de Uriel, que hoje

são a mesma coisa, num certo ponto de vista. O

acesso ao Ser se dá por esta parada de todos os

movimentos. Por essa parada de tudo o que é o

conhecido, um mergulho no desconhecido. Neste

mergulho no desconhecido há um momento em

que há um vazio e você não vê nada ainda, você

Page 68: Ibez - Fogo de Liberação1

68

não conhece nada do que é o desconhecido. Você

ainda não se deu conta do que é esse desconhe-

cido, mas você não está mais no conhecido. Esse

momento preciso onde tudo para, onde existe o

silêncio de tudo, onde todo o sentimento de ‘eu’

se dissolve, onde toda a memória do ‘eu’ se dis-

solve, onde a própria alma se dissolve, onde não

existe nada, um vazio completo, isso é Miz Tli

Tlan. É nesse aspecto de Gaia, é nessa faixa da

Consciência de Gaia, que Uriel se ancora e é nes-

sa faixa da Consciência de Gaia que a reversão

acontece. Esse é um papel de Miz Tli Tlan, um

dos seus aspectos.

Outro aspecto de Miz Tli Tlan são as bases da

Nova Vida. Neste sentido, Miz Tli Tlan é o Cora-

ção do Sacro. Vocês percebem, então, que Miz Tli

Tlan é o Coração de muitas coisas. O Coração de

tudo é Miz Tli Tlan. Nesse sentido, como as bases

da Nova Vida, Miz Tli Tlan é o Coração do Sacro.

Porque é no Sacro que acontece o movimento,

uma mudança muito particular, mas muito im-

Page 69: Ibez - Fogo de Liberação1

69

portante para este planeta em processo de As-

censão, que é a mudança e a modificação ao ní-

vel celular, ao nível molecular e ao nível genético

de toda a forma. É a Transfiguração do corpo. É

mais do que a Transfiguração, é a Sacralização

total do corpo. Miz Tli Tlan guarda a Chave da

Sacralidade. A chave da Sacralização da própria

matéria. Então, nesse sentido Miz Tli Tlan tam-

bém é o Coração do Sacro. É quando esse Fogo

do Sacro desperta, quando a Luz, esse impulso

da Luz desce ao sacro, ali ela começa a eferves-

cer, a explodir, a se expandir. Então, a própria

estrutura física começa a ser mudada profun-

damente. Mas percebam, antes que a forma físi-

ca possa ser mudada completamente, é preciso

que a consciência tenha se estabelecido nesse

vazio, nesse Silêncio, porque é nesse Silêncio

que acontece a expansão do Fogo do Sacro e a

mudança do nível atômico, inclusive, da forma.

Nesse aspecto, Miz Tli Tlan, hoje, trabalha junto

a todos os seres que vão manter um corpo físico

Page 70: Ibez - Fogo de Liberação1

70

após a Transição. Porque é nesse processo mui-

to delicado que acontece a Transmutação da

matéria. São poucos os seres que vão viver esse

processo, mas é um processo muito importante

porque é como tudo está relacionado. Esses se-

res que vão manter esse corpo têm a função de

lançar as bases da Nova Vida em outras dimen-

sões, ou como dizem os Arcanjos, de semear no-

vas dimensões, novos mundos. Então é um pro-

cesso atômico de Transubstanciação dessa ma-

téria, tornando a própria matéria do corpo sa-

grada, transformando a própria matéria em Luz.

Num outro sentido, Miz Tli Tlan também repre-

senta as bases da Nova Vida no momento, num

nível muito mais próximo, disto que estamos

vivendo. Nesse sentido Miz Tli Tlan guarda o

impulso e é de Miz Tli Tlan que parte o impulso

para que essa Sacralidade seja expressa exteri-

ormente na própria vida humana e para que a-

través desse impulso sendo expresso, a própria

vida humana possa ser sacralizada. Então, a nota

Page 71: Ibez - Fogo de Liberação1

71

básica de Miz Tli Tlan, com relação à humanida-

de de superfície, é a própria Sacralidade. É um

chamado para que a vida se torne uma expres-

são do Sagrado. Não do santo, mas do Sagrado;

onde cada ato, onde cada pensamento, onde ca-

da movimento é feito com a consciência polari-

zada no Ser, polarizada no Coração. É claro que

existe um aspecto, existe um lado de todos esses

Centros que são completamente desconhecidos.

Existem umas esferas desses Centros que agem

num nível que está muito além de tudo aquilo

que foi falado aqui e muito além de qualquer

coisa que possa ser falada aqui. Mas é este lado

desconhecido, que só pode ser vivido em Vibra-

ção, que só pode ser vivido, realmente, no Espí-

rito e que não pode ser traduzido de forma al-

guma, por mais que se tente, por mais que se

tenham códigos vibratórios, por mais que se

tenha boa expressão vocabular, nada pode ex-

pressar o lado oculto desses Centros Planetários.

Mas é Miz Tli Tlan, como o Coração do Silêncio,

Page 72: Ibez - Fogo de Liberação1

72

que dá acesso a este lado oculto da Vida, que não

pode ser expresso nesta cápsula, mesmo unifi-

cada, de 3ª Dimensão, porque não suportaria a

potência dessa Vibração.

Então, Miz Tli Tlan, além de ser o impulso à Sa-

cralidade e à Sacralização da matéria, além de

ser o impulso da Sacralização da Vida, além de

ser a fornalha onde acontece a Transmutação da

própria matéria em Luz, da matéria do corpo, e

além de ser o ponto de onde partem os impulsos

para a Nova Vida, aquilo que vai ser a realidade

da Terra em 5ª Dimensão, Miz Tli Tlan é a Porta

do Ser, é a Porta do Absoluto. Agora, contatar

Miz Tli Tlan, também só acontece, nesse Silêncio

do Ser, nesse Silêncio Absoluto, nesse Silêncio

que está além do externo e do interno. Só que

como tudo o mais que se refere à Unidade, ne-

nhum movimento que parte da nossa pequena

personalidade, pode abrir essas Portas. Apenas

uma coisa nos dá acesso a esse Estado: é Aceita-

ção, é Abandono. Apenas o Abandono.

Page 73: Ibez - Fogo de Liberação1

73

Então, Miz Tli Tlan é uma potência que está a

vibrar muito, mas muito intensamente, hoje, na

consciência humana. E ela se traduz como esse

chamado ao Silêncio, chamado a um Silêncio que

está além do próprio silêncio interior. É um

chamado à Sacralidade. A forma como nós nos

aproximamos dessa Vibração e dessa Consciên-

cia, porque Miz Tli Tlan também é uma Consci-

ência, é através do nosso Abandono, da nossa

Aceitação à Sacralidade, de dizer sim à essa Sa-

cralidade. A ação desse Fogo, que é um Fogo Si-

lencioso, produz abalos muito fortes na estrutu-

ra humana, em toda a estrutura humana, desde a

alma até o corpo físico. O Fogo do Sacro, quando

se expande, queima tudo aquilo que são as som-

bras, as mais refinadas possíveis. Não estamos

aqui a tratar das sombras densas, daquelas

sombras que nós temos como seres humanos,

que já foram muito quebradas, como apegos e

etc. Mas aqui esse Fogo expõe esse medo oculto

da Ascensão, esse medo que prende a Alma à

Page 74: Ibez - Fogo de Liberação1

74

forma física. É esse medo essencial, esse medo

bem interno que a ação desse Fogo nos põe di-

ante da cara, para que nós olhemos isso de fren-

te e nesse Abandono, nessa Aceitação do desco-

nhecido, possamos transcender. Aí acontece a

reversão. Muitos seres têm vivido essa reversão,

agora, antes do momento coletivo. E isso é fa-

cilmente observável quando se vive o Coração,

porque há uma mudança radical na forma como

se posiciona dentro da vida. E é uma mudança

radical de onde sua consciência se polariza. E é

claro, é uma forma radical de como essa consci-

ência se expressa, inclusive, mesmo sendo nas

vias mais efêmeras: quer sejam as relações, quer

seja a forma de pensar, a forma de se expressar,

tudo é moldado por esse Fogo do Sagrado quan-

do ele se expande, porque esse Fogo do Sacro

quando se expande, abala profundamente tudo o

que é o alicerce da vida humana. Melhor, ele

abala tudo o que são os alicerces da personali-

dade humana. É um Fogo muito potente. A ação

Page 75: Ibez - Fogo de Liberação1

75

desse Fogo imobiliza o mental, enquanto aquele

Fogo está lá, imobiliza o emocional e imobiliza,

inclusive, o corpo físico. Porque, e de novo, a-

quele momento da catalepsia, que é um momen-

to coletivo, vai acontecer dentro da vibração de

Miz Tli Tlan. Naquele momento a vibração de

Miz Tli Tlan vai se expandir, num nível tal, que

vai englobar todas as esferas desse planeta e

cada consciência, pondo cada consciência neste

estado de Vazio-Pleno, em que há a parada de

tudo o que é a estrutura humana. Então, a rever-

são acontece. A Chave do contato com Miz Tli

Tlan não é outra coisa senão Silêncio e Aceita-

ção, Abandono ao sentido da Sacralidade. Essa é

a vibração de Miz Tli Tlan.

Page 76: Ibez - Fogo de Liberação1

76

Capítulo V

CENTRO PLANETÁRIO IBERAH E ARCANJO

METATRON

Vamos nos aproximar um pouco mais dessa Vi-

bração que nós conhecemos por Iberah e Meta-

tron. A ação de Iberah, entre os Centros Planetá-

rios, é uma das mais resguardadas e, portanto,

sua ação é das mais ocultas, porque concerne à

modificação ao nível celular e mesmo atômico

da matéria planetária como um todo. Esta ação,

claro, vem agindo no planeta há certo tempo,

mas seu auge se dá naquele momento misterio-

so da Dissolução, chamado também de Onda da

Vida. No entanto há também outro aspecto de

Iberah, este mais próximo e que age ao longo do

processo, no que poderíamos chamar de pré-

dissolução. Nesse nível pré-dissolução é o Fogo

de Iberah que queima todas as resistências, que

queima todas as zonas de sombra e que dissolve

a própria personalidade. E esse Fogo de Iberah,

se podemos dizer, é um dos primeiros Fogos em

Page 77: Ibez - Fogo de Liberação1

77

atividade, uma das primeiras Vibrações em ati-

vidade, de maneira muito silenciosa no início, e

agora cada vez mais potente, porque é o mesmo

Fogo que se observa nos movimentos da Terra.

Então, neste aspecto, Iberah está dentro de nós.

É o mesmo Fogo que age em nós. É o mesmo

Fogo que age sobre a Terra, através dos vulcões,

através das tempestades, dos terremotos, das

ondas solares, que vem remodular a própria

matéria física da Terra. Esse Fogo de Iberah é o

mesmo Fogo do Sacro do ser humano, que vem

remodular toda a estrutura material, toda a es-

trutura física do ser humano para viver esse

momento fora de todo tempo e espaço que é a

Dissolução. Nós demos chaves de contato para

os outros Centros Planetários, mas não existe

chave de contato com Iberah. Sejam ousados.

Lançam-se a isso, apenas. Sem nada, façam a

experiência, porque não existe caminho para

isso. Não existe forma de chegar a isso. Isso che-

ga até vocês. É claro que nesse sentido, da disso-

Page 78: Ibez - Fogo de Liberação1

78

lução das zonas de sombra e dessa remodulação

da matéria, Iberah expõe os piores medos, por-

que expõe a realidade do que é essa experiência.

Então, ele desnuda essa experiência e permite

que vocês vejam o esqueleto disso que vocês

acreditam que são. Quando esse Fogo vem, essa

Onda da Vida vem, a personalidade é desmasca-

rada, então é terror. Dá um medinho. Porque no

final das contas, por pior que isso seja, é a única

coisa que conhecemos. Por mais horroroso e

mais sofrido, é a única coisa que nós sempre

conhecemos aqui. Não temos parâmetro com

relação a nada, além disso. Por mais que nós

tenhamos tido experiências, toques e vivências

do Espírito, ainda assim o Espírito é um desco-

nhecido. É nesse momento da dissolução, nesse

encontro com a Onda, na própria vibração de

Iberah, de certa forma, que acontece o face a

face com o que se acredita ser. E aí fica muito

claro para a Consciência que esse Fogo, no final

das contas, é a sua única realidade. Além de

Page 79: Ibez - Fogo de Liberação1

79

qualquer dimensão, sua única realidade é essa

Onda de Vida, esse Absoluto, esse Nada, isso que

não dá para descrever. Ao longo desse caminho

espiritual, nós tivemos toques, acessamos, de

certa forma, o Estado de Ser e nós chegamos a

fazer uma diferenciação entre o estado fragmen-

tado e o Estado Unificado, certo? Então nós já

conseguimos definir entre um estado e outro.

Isso que vem, que é a Onda da Vida, que é o Fogo

Primordial, não tem nada a ver com essas duas

coisas, porque isso não vem de dimensão ne-

nhuma. Isso não vem de ponto nenhum. Isso não

vem nem da própria Fonte. Isso vem de dentro,

porque é a sua única realidade, para além da sua

Origem Estelar, essa é a sua única realidade. É

para onde tudo, num certo ponto da Dança, vai

retornar. Então, percebam, essa Onda da Vida é

aquilo que vai marcar todas as Consciências e

ligá-las, definitivamente, à Fonte. É essa Onda da

Vida que vai garantir que não haja mais terreno

fértil para a experiência do esquecimento acon-

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80

tecer nesse Universo. Agora uns vão viver isso

em terror, mais ou menos. Medo vai ter. Não

vamos nos enganar, porque medo vai ter no

momento. A entidade psicológica vai tremer na

base porque ela vai ver naquilo o fim, o fim de

qualquer esperança de continuidade, nem mes-

mo a ideia da reencarnação resiste naquele mo-

mento. Então, vai ter medo. Você pode viver isso

num medo menor ou maior, dependendo de

quão consciente você já está daquela Realidade,

de quão aberto você já está para aceitar morrer,

aceitar deixar de existir. Porque para realmente

Ser é preciso deixar de existir. Absolutamente

deixar de existir, sem resquício de nada, nem do

Espírito, de nada. Deixar realmente de existir.

Eu não posso descrever isso de nenhuma for-

ma, porque maravilhoso não é nada disso, lindo

não é nada disso, beleza não é nada disso, amor

não é nada disso, mas, no entanto, é tudo isso. É

tudo isso e para além disso. Então, apesar de

saber que vai ter medo naquele momento, eu

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81

digo para vocês não terem medo, não é preciso

ter medo. Mas é claro, nós dizemos isso para a

mente e a mente vai dizer: ‘não precisa ter me-

do’. Mas na hora, é claro, o medo vai surgir.

Participante: Mas agora não tem como voltar

atrás, não é?

Agnimitra: Não. Ninguém pode escapar disso.

Tudo o que existe nesta esfera planetária, tudo o

que existe, desde a Intraterra até o mundo de

superfície, nos níveis etéreos, onde as Consciên-

cias Dévicas e Elementares funcionam, inclusive

os seres da 4ª dimensão, tudo vai ser varrido

por essa Onda. Porque essa Onda não está vindo

de cima, não está vindo de baixo, não está vindo

nem daqui de dentro deste mundo.

Participante: E quanto tempo nós ficamos

nesse ‘não –fico’?

Agnimitra: Mas como é que tu podes falar de

tempo naquilo onde nada existe? Ninguém nun-

ca testemunhou aquilo. Ninguém pode dizer. O

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82

que qualquer consciência sabe é que uma hora

tu entras e uma hora tu sais, e ninguém sabe de

nada, além disso. Porque parece que não durou

nada e parece que durou a Eternidade inteira. Aí

está a essência do impacto disso, entende? Por-

que a consciência se estabelece, definitivamente,

no que é Eterno e no que engloba tudo. E ela se

torna realmente Ilimitada, porque depois disso

não tem como ser limitado. É isso que faz com

que a consciência, acedendo ao Ser, possa se

manifestar em qualquer dimensão, sem limita-

ção alguma e ser a própria Fonte ao mesmo

tempo em que é o grão de areia. É essa experi-

ência que produz isso. E que nem pode ser cha-

mado de experiência porque não tem experien-

ciador. Agora, isso está Aqui, Agora. Porque essa

Onda já está chegando. É o Cristo que bate à por-

ta. Essa é a Onda de Vida. É só estar atento, por-

que isso pode chegar para você a qualquer mo-

mento. E não há como você escapar disso. Há as

possibilidades: você vai tocar Aquilo, vai ser

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83

marcado, vai se religar à Fonte; ou você vai man-

ter uma experiência de 3ª Dimensão... Porque

tem gente vivendo isso e está mantendo um cor-

po, mas, no entanto, o destino vibratório dele,

após o momento coletivo, é outro. Isso se deve a

funções a desempenhar aqui, ainda. Mas isso

chega para todo mundo. E o momento coletivo,

inclusive, já está aí. Então, o que se pode falar de

Iberah é isso. É essa coisa que está aí. É essa coi-

sa desconexa, sem pé nem cabeça, porque não

tem como definir. A gente só pode falar do antes

e alguma coisa do após, com base no que outras

consciências já viveram. É isso. Dissolvam-se!

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84

Capítulo VI

CENTRO PLANETÁRIO MIRNA JAD E ARCANJO

GABRIEL

Vamos mergulhar um pouco no que é essa esfera

vibratória que nós chamamos de Mirna Jad e

Gabriel. Bem, deixem-me apresentar um símbolo

dessa caminhada através dos Centros Planetá-

rio: uma pirâmide com ponta para cima e uma

pirâmide invertida depois. O processo, figura-

damente, até Miz Tli Tlan, representa a pirâmide

com ponta para cima, sendo que Miz Tli Tlan é o

próprio vértice onde as duas pirâmides se en-

contram, pois Miz Tli Tlan representa o ponto

zero, onde a consciência se apaga para o estabe-

lecimento no Absoluto Ser/Não Ser. A partir de

Iberah a consciência então se abre para a Vida

ilimitada e plena. E não há muito que se falar

dessa pirâmide invertida, de quando isso passa

pelo ‘ponto zero’ e começa a se expandir, porque

seria tudo limitação, seria tudo conceito, seria

tudo reflexo, uma ilusão. Mas nós podemos falar

Page 85: Ibez - Fogo de Liberação1

85

um pouco da ação de Mirna Jad e de Gabriel ago-

ra, pois claro, todos os Centros Planetários atu-

am em todos os níveis do processo de Sacraliza-

ção ou Unificação. Com relação a essa pirâmide

invertida, a esse amplo, que ninguém sabe defi-

nir, nós podemos dizer que estas vibrações de

Mirna Jad e de Gabriel expressam a Vontade do

Pai, expressam a Vontade da Fonte. É o próprio

arquétipo. É arquétipo do seu Destino Vibrató-

rio. É essa Vibração e essa Consciência que car-

regam esse código, que carregam a informação,

vamos dizer assim, do seu futuro vibratório, mas

futuro vibratório no sentido bem amplo mesmo,

de toda sua trajetória ainda dentro da Dança.

Gabriel - que é um arquétipo, aliás, é o arquétipo

do arquétipo - é um dos arquétipos de onde fo-

mos gerados e de onde estes arquétipos partem,

porque Gabriel é o Verbo, o Verbo e a Fonte do

Verbo. Gabriel é o Portador das Boas Novas e

nesse sentido Ele é quem transmite a Vontade

da Fonte. E a vibração de Mirna Jad, que é muito

Page 86: Ibez - Fogo de Liberação1

86

íntima da vibração de Gabriel, expressa isso: o

arquétipo da sua Dança. A consciência quando

se descobre Gabriel, porque isso é um ‘desco-

brir-se Gabriel’, é um ‘tornar-se Gabriel’, quando

a consciência se descobre Mirna Jad, quando ela

se torna Mirna Jad, esse trajeto dentro da Dança,

até o retorno à Fonte e à dissolução na Fonte se

desvela diante da consciência, não como uma

informação, não como um saber, mas como uma

Verdade, como uma Vibração, uma coisa límpi-

da, clara, instantânea. Porque isso faz parte de

sua Memória Cósmica. Isso faz parte do Ser que

você realmente É. Isso faz parte da sua herança.

Mas além desse ‘tornar-se Gabriel’, há também

um aspecto que está mais próximo de nós agora,

que é também um Abandono. Mas isso se revela

de uma maneira outra: é o silencio de toda von-

tade pessoal e a aceitação incondicional da Von-

tade do Pai. É a frase: ‘Pai, faça-se a Tua Vonta-

de’. Quando isso se instala na consciência, esta

Vibração Mirna Jad e essa Vibração Gabriel, a

Page 87: Ibez - Fogo de Liberação1

87

consciência silencia, porque aqui não somos na-

da, aqui não sabemos de nada, aqui não decidi-

mos nada, então aqui nós silenciamos e a única

coisa que se manifesta como um ponto coorde-

nador, um ponto-guia, é essa Vontade do Pai.

Esse silêncio da personalidade, esse silencio do

pequeno eu, diante do Verbo. E aí, não há mais

quem faça, porque o Verbo se manifesta. O Ver-

bo dá o impulso e manifesta o impulso. Você é

apenas o vaso onde esse Verbo se revela, nada

mais.

Então, essa Vibração Mirna Jad e essa Vibração

Gabriel agem de uma maneira muito forte um

pouco antes da Reversão, também, porque é o

prenúncio da Reversão, é a preparação da Re-

versão, porque para que essa Reversão aconteça,

a vontade pessoal tem que silenciar, um silêncio

do ‘pequeno eu’ tem que se instalar, antes que

essa Reversão aconteça. Então, Mirna Jad nos

aproxima de Gabriel, porque Mirna Jad é a fre-

quência planetária, Mirna Jad é esta face de Gaia

Page 88: Ibez - Fogo de Liberação1

88

que está em intima conexão com Gabriel. Então,

Mirna Jad, para a Rede, para as consciências nes-

te processo de Abandono, de Auto-Revelação,

transmite, de uma maneira muito silenciosa, o

que são as diretrizes e os impulsos do que preci-

sa ser manifestado, não em relação a um fazer

exterior, mas o que precisa ser manifestado nes-

se processo de Reversão. Então, entrar em con-

tato com Mirna Jad, acolher Mirna Jad em si

mesmo, revelar Mirna Jad em si mesmo, é silen-

ciar a vontade pessoal, é aceitar que a Vontade

do Pai se revele e que essa Vontade do Pai seja a

única coisa a guiar os seus passos. Essa Vontade

do Pai se manifesta no Coração. Então quando

há essa docilidade - e é por isso que Gabriel

transmite esse dulçor, essa Paz - nós nos torna-

mos como crianças, maleáveis, realmente doces

e pacíficos, diante da Vontade do Pai. Nós nos

entregamos para se faça de nós o que essa Von-

tade quiser, porque a nossa própria vontade foi

transfigurada, foi transfixada nessa Vontade do

Page 89: Ibez - Fogo de Liberação1

89

Pai. E esse processo acontece dentro dessa esfe-

ra vibratória que nós chamamos de Mirna Jad.

Mas Mirna Jad é muito mais que isso, porque ao

mesmo tempo em que em Mirna Jad essa vonta-

de pessoal silencia, é em Mirna Jad que a Vonta-

de do Pai se revela. É nessa esfera vibratória que

nós ouvimos, se podemos dizer assim, a Vontade

do Pai. É nessa esfera vibratória que chamamos

de Mirna Jad e Gabriel, que nós ouvimos a Von-

tade do Pai, que nós nos tornamos como crian-

ças diante dessa Vontade do Pai, é que há esse

Abandono profundo, realmente, de ‘Seja feita a

Vossa Vontade’, de deixar-se conduzir como essa

Vontade considera o melhor, e não como nós

consideramos o melhor. Porque é nessa vibra-

ção que nos damos conta de que nada sabemos,

de que aqui somos tão fracos, tão efêmeros e

então reconhecemos a nossa pequenez aqui. E

ao mesmo tempo em que reconhecemos isso,

reconhecemos a nossa grandeza real nessa Von-

tade do Pai, porque apesar de ser em Mirna Jad

Page 90: Ibez - Fogo de Liberação1

90

que essa Vontade do Pai é ouvida, é em Mirna

Jad, também, que nós nos unimos a essa Voz, que

nós nos unimos a essa Vontade, que nós nos dis-

solvemos nessa Vontade.

Então, nós demos aquela ideia das pirâmides,

que é uma forma de ver isso, mas ainda é de cer-

ta forma, limitada, porque a mente tenta colocar

isso como se fossem patamares, quando não são

patamares. É uma coisa sempre dentro da outra.

São aspectos de um mesmo processo, são aspec-

tos de um mesmo todo vibratório, de uma mes-

ma malha vibratória. Mirna Jad trás essa quali-

dade, esse aspecto magnífico que é a pacificação

da pequena vontade. E nesse sentido a doçura

de Gabriel se torna a nossa doçura. Porque como

Gabriel disse em uma intervenção: ‘esse meu

dulçor exala de uma consciência entregue’. En-

tão Mirna Jad tem esse aspecto, essa doçura, es-

sa pacificação, que se manifesta, quando há en-

trega. Porque, realmente, é um nada querer. Re-

almente é um deixar-se conduzir, mas é um dei-

Page 91: Ibez - Fogo de Liberação1

91

xar-se conduzir cheio de amor, é um deixar-se

conduzir por amor, é uma entrega por amor,

sem querer nada em troca. É amor por amor. E é

doçura. É pacificação. E para hoje, Mirna Jad,

como Gabriel, essas frequências fundidas, repre-

sentam um impulso muito específico para a

consciência humana e esse impulso se chama

Contemplação. Porque essa Bendita Contempla-

ção é vivida nessa esfera vibratória que nós

chamamos de Mirna Jad e Gabriel.

O que é a Contemplação? A Contemplação é uma

pacificação da vontade pessoal diante da verda-

deira Vontade, da Vontade do Pai e é uma doçu-

ra diante dessa Vontade. É uma aceitação dessa

Vontade por amor, e é uma tensão que vai se

tornando cada vez mais forte em direção a essa

Vontade, à manifestação dessa Vontade - que

não é um querer, estamos usando esta palavra

Vontade, por falta de algo que expresse isso me-

lhor - desse impulso desse arquétipo. É uma

Contemplação do arquétipo. Isso gera êxtase.

Page 92: Ibez - Fogo de Liberação1

92

Isso gera íntase. Isso é vivido no êxtase. Isso é

vivido no íntase. O êxtase e o íntase, esses dois

processos que se confundem, são tanto o princí-

pio da Contemplação quanto o fim da Contem-

plação, porque o Contemplar, nesse sentido em

que estamos tratando aqui, como nesse impulso

de Mirna Jad, pode ser um êxtase, como pode ser

um íntase. Pode ser uma parada total de todos

os movimentos no silêncio, no vazio, como pode

ser uma parada total de todos os movimentos no

completo, no pleno, no vibrante.

Mas, antes de tudo, essa Contemplação que Mir-

na Jad nos oferece, e que Gabriel trás sob suas

asas, é doçura, é pacificação da vontade pessoal.

Porque quando essa Reversão chega, essa Re-

versão Final ou essas pequenas reversões que

nós vamos vivendo, se essa pacificação se insta-

la, se essa doçura se instala, essa Reversão é vi-

vida de uma maneira muito linda, como um pro-

cesso muito lindo, a despeito da dor que isso

possa representar. Porque essa Reversão é uma

Page 93: Ibez - Fogo de Liberação1

93

dor. Ter as suas raízes chacoalhadas e soltas da

Terra é um processo doloroso, porque mexe

com toda a nossa estrutura. Mas quando há essa

pacificação, há esse alinhamento no eixo do

mundo, a consciência se centra nesse eixo do

mundo. E o movimento desordenado é feito mo-

vimento ordenado. E a Reversão, apesar da dor,

apesar do desconforto que possa representar, é

vivida como uma doçura. Uma doçura dolorosa,

mas uma doçura. Um Fogo que arde e que quei-

ma, mas que arde e que queima no amor. Porque

essa morte gradual da vontade pessoal começa a

acontecer desde o primeiro momento em que a

consciência é tocada pela Luz. Só que chega a um

ponto em que é preciso, realmente, cessar a von-

tade e aí é onde entra o momento em que a alma

ou se volta para o Espírito, definitivamente, se

deixa transfixar, transverberar pelo Espírito, ou

se mantém no nível de conforto. Ela está bem

leve, mas ela ainda tende à materialidade. Este

processo que acontece da alma ser transfixada e

Page 94: Ibez - Fogo de Liberação1

94

transverberada pelo Espírito é a vibração de

Mirna Jad e de Gabriel, porque há pacificação

total da vontade pessoal, diante dessa Vontade,

que é um desconhecido também, porque você

não sabe o que essa Vontade quer, afinal de con-

tas, você não sabe para onde essa Vontade lhe

leva e como ela lhe conduz. Mas é Mirna Jad, é

Gabriel, é nesse espaço onde nós vivemos essa

Contemplação, como forma de dulçor e de paci-

ficação da pequena vontade.

Isso está aberto a nós, hoje. Porque desses Cen-

tros Planetários, nós podemos dizer que Mirna

Jad é um dos que estão mais próximos, por conta

desse aspecto de transmissor da Vontade, por-

que Mirna Jad é essa face da Mãe que transmite

a si mesma a Vontade da Fonte. Assim como e-

xiste uma Mirna Jad aqui dentro, um Gabriel a-

qui dentro, porque nós somos isso tudo, e que

transmitem aqui dentro o que é a Vontade da

Fonte para nós, no nosso caminho individual.

Page 95: Ibez - Fogo de Liberação1

95

A Contemplação é a forma de se entrar em con-

tato com isso. Então pare e silencie sua vontade

e acolha Mirna Jad e Gabriel, nesse silêncio da

vontade, nesse silêncio do querer, nesse silêncio

do desejar, nesse silêncio do movimento. Claro

que no primeiro momento, a personalidade po-

de se revoltar muito. Se isso ainda não foi vivido,

de certa forma, a personalidade pode se revoltar

muito, porque para a personalidade é extrema-

mente revoltante perder a posição de ditador.

Mas faça a experiência. Insista nesta experiência.

Num primeiro momento, aparentemente, vai ser

um movimento seu em direção à Contemplação.

Daqui a pouco você vai ser tomado pela Con-

templação. A Contemplação se torna o seu esta-

do natural. Você vive em Contemplação. Você

vive em silêncio de vontade, em silêncio de que-

rer. Mas é preciso se abrir para isso, porque isso

facilita, de certa forma, o processo. E no final das

contas, é esse o objetivo de todo esse circo ar-

mado pela Confederação.

Page 96: Ibez - Fogo de Liberação1

96

Participante: E isso está dentro da gente, po-

demos não saber quando vai vir o Encontro.

E é aí que entra essa Vibração?

Agnimitra: Exato. Porque é aí onde entra essa

pacificação da vontade, essa doçura, quando vo-

cê aceita não saber, realmente, de nada, aceita

estar largado a essa Vontade. Aí age, aí se revela

o ‘Você Gabriel’, o ‘Você Mirna Jad’, e aí há essa

doçura. Realmente, como Gabriel falou, ‘isso é

lindo’, mas além de ser lindo, isso é completa-

mente verdadeiro. Doçura e pacificação exalam

de uma consciência entregue. Uma consciência,

realmente entregue, está mergulhada em doçura

e pacificação. Eu não estou falando da doçura

humana, não é isso, mas é um estado interior de

doçura, um estado interior de pacificação, de

equanimidade, e até podemos falar de serenida-

de, como dizia S. João da Cruz. E isso se instala,

isso lhe toca, isso vai se infiltrando. De novo,

tudo se resume na mesma coisa – se resume no

Abandono. Podemos falar das mais diferentes

Page 97: Ibez - Fogo de Liberação1

97

formas possíveis, mas sempre caímos no mesmo

ponto – Abandono.

E aqui nestes trabalhos com os Centros, temos

falado do Abandono de sete formas diferentes e

são todas formas, porque vocês vão perceber

que vocês vão sentir ressonância com algum

Centro em particular, com um Arcanjo em parti-

cular. Isso se deve à própria constituição vibra-

tória da consciência, que ressoa mais particu-

larmente com um aspecto vibratório ou outro,

mas não importa, porque cada Centro, cada Ar-

canjo, tem todos os outros Centros e todos os

outros Arcanjos em si mesmos. E de novo, tudo

se resume a isso: a facilitar o processo de Rever-

são da Consciência. Como eu disse, é para isso

que esse circo foi armado pela Confederação. No

que diz respeito à humanidade, foi para isso. Foi

para que a humanidade vivesse esse fato inevi-

tável e inexorável da Ascensão, de uma forma

mais leve, de uma forma menos dolorosa. E nes-

se processo se conta com aqueles seres que se

Page 98: Ibez - Fogo de Liberação1

98

colocaram, de certa forma, para este período

estarem fazendo e cumprindo esse papel de si-

lenciarem sua própria vontade para que através

deles essa Vontade do Pai se revelasse. Que

prometeram ao Cristo, alguns, inclusive, pesso-

almente, quando o Cristo falou ‘vocês farão coi-

sas maiores’, que prometeram ao Cristo: ‘Está

bem, eu estou nessa, pode colocar meu nome na

listinha’.

Então, tentem lembrar-se do juramento que vo-

cês fizeram ao Cristo, de que vocês realizariam o

Ser, nesse final de ciclo. Mas que isso não seja

uma cobrança de si mesmos, senão vocês caem

no jogo dual de novo. Porque o cumprimento

dessa promessa é esse, é só isso: o silêncio da

vontade. Então, vocês não podem querer a Luz,

nem querer a Ascensão, nem querer o Ser, se

vocês não silenciam a vontade. E silenciando a

vontade, esses desejos, também, são silenciados.

E aí se instala a pacificação, dulçor e esta bendita

Contemplação.

Page 99: Ibez - Fogo de Liberação1

99

Capítulo VII

CENTRO PLANETÁRIO LIS E ARCANJO ANAEL

Aqui nós concluímos o ciclo de Centros Planetá-

rios unidos às Radiâncias Arcangélicas. Aqui nos

aproximamos daquele Centro que, apesar de ser

o mais próximo de certa forma da consciência

humana, é, talvez, o mais oculto de todos os Cen-

tros Planetários.

A Vibração de Lis é o Coração Sagrado da Mãe. E

ao mesmo tempo em que é um colo acolhedor, é

uma fornalha. É a fornalha do êxtase. É a forna-

lha da Alegria Indizível. É a fornalha de um A-

mor que não conhece limites. Um Amor que não

conhece princípio e nem fim. Um Amor que exis-

te por si mesmo. Um Amor que sustenta todas as

Criações. Esta é a Vibração de Lis. E esta é a Ra-

diância, também, do Arcanjo Anael, o Arcanjo da

Atração e da Ressonância, esta lei que mantém

os mundos coesos, esta lei que mantém a pró-

pria Dança, esta lei que mantém os Universos

girando em torno da Sagrada Morada do Pai.

Page 100: Ibez - Fogo de Liberação1

100

Dessa forma, Lis representa, de maneira incom-

parável, o Casamento Místico, a fusão definitiva

do Masculino Primordial e do Feminino Primor-

dial. Lis representa a própria Androginia Pri-

mordial. E, é claro, de certa forma, é um Centro

cuja Vibração é muito receptiva à consciência

humana, mas que foi muito deturpada, foi muito

transformada e pouco, realmente, se sabe, a res-

peito desse Centro Planetário, especialmente a

respeito dessa face oculta de Lis.

Bem, nesse Espectro Vibral, que nós chamamos

de Lis, a Consciência mergulha e se estabelece

definitivamente nesse estado de Alegria Eterna.

Lis é o fruto do próprio Absoluto, e para a hu-

manidade, no entanto, Lis irradia uma qualidade

muito simples, muito singela de ser apreendida.

Lis irradia para a humanidade a inocência, a in-

fância. Lis representa a infância. Em especial,

essa inocência infantil.

Isso foi confundido com pureza, pela humanida-

de, e esse impulso foi encapsulado nas regras de

Page 101: Ibez - Fogo de Liberação1

101

bem e mal, nos padrões morais. Lis não tem na-

da que ver com os padrões morais dessa huma-

nidade. O que Lis tem a oferecer a essa humani-

dade é simplesmente isto: uma inocência infan-

til. E a inocência infantil justamente desconhece

o bem e o mal. A inocência infantil não se baseia

no bem e no mal.

Essa inocência infantil que Lis irradia para a

humanidade, esta face de Lis mais próxima, se

revela em diversos aspectos, todos eles muito

bem conhecidos, todos eles tratados anterior-

mente em outros Centros: Aceitação, Doçura, o

Silêncio, o Abandono de si, a Entrega, o Alinha-

mento. Mas essa inocência tem um efeito especi-

al para nós, hoje, porque essa inocência nos pe-

de para calar diante do que é diferente, nos pede

para calar diante daquilo que nós possamos

considerar como desconhecido e que nós pos-

samos calar diante daquilo que não está no

mesmo estado que nós, qualquer que seja esse

estado. Essa inocência nos pede para calar os

Page 102: Ibez - Fogo de Liberação1

102

julgamentos. Essa inocência nos pede para lar-

gar os pesos. Essa inocência nos pede para nos

tornarmos ignorantes das coisas deste mundo.

Se nós aceitamos este presente de Lis -essa ino-

cência - a Alegria, então, encontra morada fixa,

permanente em nós. Não porque a inocência vai

produzir Alegria, mas porque essa inocência,

como Lis nos apresenta, abre espaço para que a

Alegria se revele, porque a Alegria sempre este-

ve aí. Alegria é nossa própria Essência. O Espíri-

to é um riso. Para aqueles que buscam definir o

que o Espírito é, parem com as circunvoluções

filosóficas. O Espírito é uma risada.

O Coração de Lis é uma risada. Simples, singelo,

sereno. Uma risada. É uma risada que você vai

descobrir quando todos esses véus, que enco-

brem o núcleo do seu Ser, caírem. Uma risada

cristalina. É uma risada que sustenta todos os

Universos. A própria Fonte tem seus pés sobre

essa risada, essa loucura. É loucura! É loucura!

Page 103: Ibez - Fogo de Liberação1

103

Vamos silenciar, então, diante deste Manto da

Graça. Porque Lis é a culminação do Manto da

Graça. E o que Lis revela nesse Manto da Graça

não pode ser descrito com palavras. Só pode ser

vivido. Então, acolhamos a nossa ignorância,

aceitemos a nossa ignorância diante disso, por-

que quando aceitamos ser nada aqui, um mila-

gre acontece, um milagre acontece.

Page 104: Ibez - Fogo de Liberação1

104

Parte II

Os 7 Aspectos do Fogo

de Ibez

- Com Varuna, Ancião do Retiro Intra-

terreno de Ibez -

Page 105: Ibez - Fogo de Liberação1

105

Introdução

Saudações irmãos. Eu me chamo Varuna e sou

um dos Anciões de Ibez. Eu venho para transmi-

tir e compartilhar junto com vocês, e num se-

gundo momento, junto com toda esta Rede, des-

tas informações, destas palavras que carregam a

Vibração de Ibez. Bem, nestes próximos dias nós

trataremos de Sete Aspectos de Ibez. Para come-

çar eu gostaria de lhes contar uma pequena his-

tória, ou dar alguns elementos históricos, a res-

peito de Ibez. Esses elementos históricos não

devem ser tomados como verdades absolutas,

mas apenas como um ponto referencial para

criar certa intimidade, certa aproximação com

esta Vibração de Ibez.

Vocês estão a par, talvez, deste elemento históri-

co, que se refere ao fechamento deste planeta.

Alguns éons atrás, quando a experiência de falsi-

ficação ou a experiência de esquecimento foi

iniciada neste universo local, minha Família -

esta Família de Órion - muitas das consciências

Page 106: Ibez - Fogo de Liberação1

106

desta Família de Órion, resolveram participar

deste experimento, que é o esquecimento da

Realidade de Si. Então, estes irmãos assumiram

almas e foram conduzidos a determinados pla-

netas para fazer essa experiência, junto, claro,

com consciências de outras Famílias. Aqui eu

uso, no entanto, o foco de Órion para tratar com

vocês desses elementos.

Então, muitos destes planetas que iniciaram a

experiência de esquecimento antes da Terra ser

submetida ao isolamento, – como eu poderia

dizer? – foram interrompidos em seu processo.

Ali, o nível de esquecimento chegou a tal ponto

que o organismo planetário colapsou e foi dis-

solvido, de modo que as consciências ali, aquelas

almas, foram reconduzidas a outros campos de

separação, para continuar o seu processo de

experiência e de retorno à Fonte, de reconexão

com sua Realidade Interior. Foi nesse ponto que

minha Família - este grupo de consciências de

Órion, que usualmente se manifesta num Siste-

Page 107: Ibez - Fogo de Liberação1

107

ma Solar ligado a uma das estrelas de Órion, es-

sa estrela que, talvez, vocês conheçam pelo no-

me de Alnitak – foi chamado ao Serviço. Em tor-

no de Alnitak giram alguns planetas, ou pelo

menos seria isso o que a percepção separada

daria a ver, embora esse processo de rotação

não corresponda à realidade. Mas ali, ao redor

de Alnitak, alguns planetas, campos de vida uni-

ficados, seguem o seu curso na Dança. E é dali

que algumas consciências – meus irmãos e irmãs

- que agora estão em Ibez vieram.

Foi ali que a Fonte nos convocou a nos preparar

para um Serviço aqui neste planeta. Então, che-

gado um determinado momento, algumas deze-

nas de ciclos atrás – destes ciclos de 52 mil anos,

não é mesmo? – nós viemos à Terra e assumi-

mos corpos físicos aqui. Naquele momento a

Terra era um Paraíso, o famoso Jardim do Éden.

Naquele momento, mais de 300 Famílias Cósmi-

cas faziam a experiência neste planeta, comple-

tamente livres. Anjos e Arcanjos, inclusive, podi-

Page 108: Ibez - Fogo de Liberação1

108

am manifestar corpos aqui para fazer a experi-

ência de ter um corpo carbonado, embora a ex-

periência para essas consciências fosse fugaz,

mas concedia a elas, plenamente, a ciência de ter

um corpo. Então, a Terra era um Jardim, livre,

uma Joia de criação de Isis. E nós estávamos aqui

nos preparando para assumir nosso papel, a

partir do momento do fechamento. Naquele

momento não havia necessidade de que houves-

se cidades que expressassem a Vibração dos

Centros Planetários. Cada consciência, em si,

tinha total Lucidez destas expressões de Gaia e

com elas fusionava livremente. Cada consciência

era a expressão total destes Sete Centros Plane-

tários, destas Sete Frequências e veias principais

do Espírito Planetário. Mas, à medida que che-

gava o momento de a Terra fazer o seu sacrifício,

e ceder seu corpo à experiência da separação,

foi-nos indicado por esta Fonte Interior, que é

comum a todos os Irmãos, que nós começásse-

mos a nos unir numa fusão muito profunda, para

Page 109: Ibez - Fogo de Liberação1

109

gerar os Vórtices que seriam usados para o an-

coramento destes Centros Planetários numa

dimensão intraterrena.

Há mais ou menos 380 mil anos, chegaram a

este planeta algumas consciências de cinco pon-

tos específicos, estas consciências eram e são

Elohim Elementais (nota: Elohim Elementais são

consciências de níveis dimensionais mais simples,

cujo propósito na Dança Cósmica é gerir em seu

campo vibratório a dança dos Elementos, seu tra-

balho está intimamente ligado às formas elemen-

tais e angélicas de vida, o assunto é muito vasto

para ser tratado aqui, é suficiente que fique des-

tacada esta ligação com os Espíritos dos Elemen-

tos, os chamados Hayot Ha Kodesh ou os Quatro

Viventes):

12 Elohim Elementais vieram de Órion; 12 Elo-

him Elementais vieram de Altair; 12 Elohim E-

lementais vieram de Sírius; E 12 Elohim Elemen-

tais vieram de Vega de Lira.

Page 110: Ibez - Fogo de Liberação1

110

Então, estes quatro grupos chegaram aqui entre

nós. Tanto meu povo quanto as outras Famílias

que estavam aqui começaram a organizar e a

impulsionar este processo de Fusão profunda

dos Elementos, para gerar os Vórtices que seri-

am o ancoramento dos Centros Planetários. Isso

foi, mais ou menos, um ciclo antes do processo

de fechamento. Naquele momento, doze Elohim

Elementais vieram de outro ponto do cosmos,

que não tinha uma ligação de Linhagem com

Gaia, mas que foram convocados, também, pela

Fonte, para fazer um serviço aqui. Estes doze

Elohim Elementais vieram da Nebulosa do Ca-

ranguejo (vide ‘Memórias Cósmicas’, no apêndice

deste livro). Então, estes outros doze que vieram

da Nebulosa, tinham um papel um pouco dife-

rente. Eles deviam criar o primeiro Vórtice a ser

estabelecido, que seria uma representação de

todos os Sete Centros. Estes doze Elohim Ele-

mentais da Nebulosa do Caranguejo, cujo povo

não pertence a este Universo Local, veio ao nos-

Page 111: Ibez - Fogo de Liberação1

111

so encontro, à minha Família. E nós fomos in-

cumbidos de permitir a expressão de um Vórti-

ce, que hoje vocês conhecem como Ibez. Ibez foi

a primeira Cidade Intraterrena, que tinha o pa-

pel de acolher, em si, o Fogo Essencial de todos

os Sete Centros Planetários. Logo em seguida, a

partir de Ibez, Iberah surgiu como expressão de

Gaia, do Espírito Planetário, ancorando, em si, a

totalidade da Essência de Fogo daquele que vo-

cês conhecem como Metatron. Então, Ibez, desde

o principio, assumiu um papel de Reunificação,

de Fusão destes Fogos e, até este momento, Ibez

guarda para a consciência humana chaves de

Reunificação, vias de contato, através deste Fo-

go, com as Sete Faces de Gaia. Destes doze Elo-

him Elementais da Nebulosa que conosco cria-

ram este Vórtice de Ibez, seis se recolheram pa-

ra a Intraterra e seis foram incumbidos de per-

manecer na superfície e se submeter ao proces-

so de esquecimento. Durante os seis ciclos de

fechamento da Terra, cada um destes seis foram

Page 112: Ibez - Fogo de Liberação1

112

se liberando, no entanto, dois permaneceram

para este último ciclo e para viver sua Liberação

neste último ciclo e, de certa forma, ancorar na

superfície a Vibração de Ibez como reunificação

dos Sete Fogos Originais. Estas duas Consciên-

cias ainda estão encarnadas, estão encarnadas

na superfície do planeta e estão acompanhando

o planeta na sua Translação. Bem, esses são al-

guns elementos históricos, que devem ser toma-

dos como referenciais apenas de aproximação

com a Essência de Ibez. Agora, eu gostaria de

iniciar o verdadeiro motivo destas Intervenções,

que é tratarmos de cada um destes aspectos.

Page 113: Ibez - Fogo de Liberação1

113

Capítulo VIII

PRIMEIRO ASPECTO

O primeiro aspecto do Fogo de Ibez, que é muito

próximo da consciência humana, começa a agir

quando a consciência encarnada é abalada pela

primeira vez. À medida que a Consciência assu-

me uma alma no esquecimento e assume corpos

no esquecimento, à medida que a consciência vai

se aprofundando em sua expressão material, ela

vai, através da identificação com esses veículos,

criando zonas de conflito. O início desses pontos

de conflito se dá quando há identificação com a

mente. A mente é uma estrutura que só existe

aqui. Por ‘aqui’ eu me refiro à experiência de

esquecimento. Esta mente, por ser constituída

por uma matéria que se crê separada, é baseada

num mecanismo de separação e discriminação

de tudo o que chega ao campo de percepção.

Então, esta mente oferece à consciência ou sub-

mete a consciência a uma percepção separada,

mas mais do que isso, a uma constante discrimi-

Page 114: Ibez - Fogo de Liberação1

114

nação dos elementos neste campo de percepção

e mesmo um julgamento. Ou seja, a consciência

identificada à mente, sempre fica a mercê de um

sistema dual de interpretação da realidade exte-

rior. Este sistema dual de interpretação da reali-

dade exterior começa a criar zonas de conflito

na expressão material da consciência, porque a

mente reafirma certas coisas como boas e outras

como más, mas logo em seguida, isso muda e

este próprio choque que a mente impõe à expe-

riência da consciência encarnada, este choque,

este fogo de atrito, gera zonas de conflito, que

vão sendo armazenadas, jogadas no subconsci-

ente ou neste campo coletivo da consciência

humana, e ali ficam se alimentando de cada

consciência que, também, interpreta este confli-

to. O primeiro aspecto do Fogo de Ibez vem aba-

lar, justamente, a identificação da consciência

com esta situação de interpretação dualitária da

realidade.

Page 115: Ibez - Fogo de Liberação1

115

Então, a consciência encarnada, quando abalada

em seu âmago pela lembrança de sua Eternida-

de, começa a questionar certas identificações,

começa a questionar esse limite corporal ou a

sua redução a um ser humano, começa a questi-

onar o próprio funcionamento desta realidade

exterior. Este é o principio da ação deste Fogo

Essencial: é este questionamento da ordem das

coisas, este questionamento da própria limita-

ção. Mas, quando o Fogo de Ibez, este primeiro

aspecto, realmente, se revela na consciência, ele

se revela como Simplicidade. Esta Simplicidade

age na consciência no sentido de colocá-la como

uma testemunha da vida. Ao invés de se lançar à

experiência através da identificação, a consciên-

cia começa a se perceber e vai se recolhendo ou

recolhendo sua atenção, seu ponto de centra-

mento, para isto que vocês conhecem como ‘o

percebedor’ (nota: a raiz do Eu, a alma). Ela se

coloca nessa posição de simples percebedor da

vida, ou da realidade exterior, que é tudo o que

Page 116: Ibez - Fogo de Liberação1

116

essa consciência conhece como vida. Isto gera

Simplicidade ou isto possibilita que a Simplici-

dade se expresse.

Então, para nossos irmãos que entrarão em con-

tato com essas informações, está aqui uma ori-

entação muito básica: comece a se colocar como

um simples observador da vida, questione os

seus limites, questione sua identificação com a

própria limitação, questione esta sua identifica-

ção com o personagem que você interpreta.

Compreenda que este questionamento ou esse

colocar-se como observador da vida não exige

de vocês qualquer conhecimento extraordinário.

Qualquer consciência que acredita ser ‘ser hu-

mano’ começa a viver isso sem conhecimento

nenhum. Para se colocar como observador da

vida não são necessários grandes conhecimen-

tos, não é necessário ter praticado esse conjunto

de fórmulas e de técnicas que lhes prometem

uma Liberação. Isso é um movimento muito

simples. É um movimento de silêncio, não um

Page 117: Ibez - Fogo de Liberação1

117

silêncio austero, não um silêncio mortificante,

mas simplesmente o silêncio daqueles que sim-

plesmente observam a vida.

Este é o primeiro aspecto do Fogo de Ibez. É co-

locar a consciência como uma testemunha da

vida. E isto é muito simples, e isto também per-

mite que a Simplicidade de Aurora, que a Cura

Cósmica de Aurora, entre em ação. Porque

quando a consciência questiona esta sua identi-

ficação com o personagem ou com a realidade

exterior e se coloca como simples observador e

testemunha dessa realidade exterior, ela cria um

espaço vazio dentro da sua manifestação mate-

rial onde a Vibração de Aurora e daquele que

vocês conhecem como Arcanjo Rafael, vai entrar

em ação, para dissolver aqueles núcleos de con-

flito aos quais eu me referi. Esta Simplicidade,

então, vai atuar nestes conflitos mentais, de mo-

do que, a princípio, a consciência se portando

como testemunha da vida exterior, perceberá

que a mente, também, faz parte da realidade

Page 118: Ibez - Fogo de Liberação1

118

exterior, que suas emoções também fazem parte

de uma realidade exterior; que ela, como teste-

munha da vida, está inclusive por detrás da pró-

pria mente. E se colocando apenas como teste-

munha disso que a realidade visível apresenta

ou esta realidade exterior que possa ser invisí-

vel, como as emoções e a mente também apre-

sentam, ela cria um espaço que possibilita a ação

de Aurora como Cura Cósmica.

A Cura Cósmica de Aurora, a Simplicidade de

Aurora não age, necessariamente, no sanar dos

males físicos, embora este possa ser um dos efei-

tos da cura de Aurora. A Cura Cósmica de Aurora

age sobre o grande mal da humanidade, se nós

podemos usar esta palavra, que provavelmente

pode ser interpretada negativamente pela men-

te, mas não entendam dessa forma. Este grande

mal é o esquecimento. Se a humanidade está

doente, ela está doente de uma única coisa: do

esquecimento, o esquecimento de Si. E é desse

esquecimento que todos os comportamentos

Page 119: Ibez - Fogo de Liberação1

119

desequilibrados, como possam aparentar aos

olhos, claro, se originam. A Cura Cósmica de Au-

rora, então, vem sanar o esquecimento. E nesta

ação da Cura Cósmica de Aurora, como Simplici-

dade, a consciência tem sua Atenção e sua Inten-

ção centradas em sua Essência desconhecida. A

consciência ao questionar sua identificação com

o personagem exteriorizado, quando essa identi-

ficação começa a ser abalada por esse questio-

namento, outra coisa se apresenta à consciência,

que é um aroma de sua Essência desconhecida. E

esse aroma, que é a própria ação de Aurora, co-

meça a atrair a consciência para colocar sua A-

tenção e sua Intenção em seu próprio Interior,

intensificando, ainda mais, o processo de auto-

percepção. Nisto se baseia a Cura Cósmica de

Aurora. E, é claro que, quando a consciência co-

meça a colocar sua Atenção e sua Intenção em

seu próprio Centro, ou nisto que vocês chamam

de Coração, pode ser que as zonas de conflitos

que existam nos corpos desapareçam. Mas a

Page 120: Ibez - Fogo de Liberação1

120

consciência, também, não se preocupa com isso.

A Atenção da consciência está em saborear esta

Essência Divina.

Bem, este é o primeiro aspecto do Fogo de Ibez.

É transmitir à consciência Simplicidade. Simpli-

cidade que é ser apenas um testemunho da vida,

não se envolver com os processos, achando que

controla as coisas, achando que tem o poder de

alterar as coisas. A consciência faz uma confian-

ça plena neste Princípio Inteligente, que ela per-

cebe ou do qual desconfia, pelos resultados que

são expressos, em como essa realidade exterior,

apesar de todos os desequilíbrios que são per-

cebidos pela mente, ainda assim, permanece

coesa. Isto significa que há um Princípio Inteli-

gente agindo. Há uma Dança que não se desvia

em seus passos. E a consciência, então, quando é

abalada pelo início de sua relembrança, se curva

diante deste Princípio Inteligente e confia nele

plenamente para guiar esta Dança.

Page 121: Ibez - Fogo de Liberação1

121

Então, a Simplicidade, que é este primeiro as-

pecto do Fogo de Ibez, comunica à expressão

exterior desta consciência certa Paz. Porque

quando a consciência encarnada começa a colo-

car uma distância entre o que ela É e o que ela

acredita ser, e se porta como uma testemunha

da vida, mesmo essa expressão exterior é tingida

por esta Paz e começa a se colocar num estado

de Serenidade. E isto é da maior importância

para o aprofundamento deste Despertar, para o

aprofundamento da experiência do Fogo de Ibez

ou o Fogo do Coração.

Este primeiro aspecto do Fogo de Ibez tem uma

íntima ligação com o Centro Planetário que vo-

cês conhecem por Aurora. E aqui eu transmito

uma orientação de cunho prático para aqueles

que necessitam de uma forma concreta - isso

não é um julgamento, é apenas a circunstância

de cada consciência - para iniciar este alinha-

mento ou para aprofundar este contato com sua

própria Essência. Há uma Chave Mântrica de

Page 122: Ibez - Fogo de Liberação1

122

contato com este primeiro aspecto com o Fogo

de Ibez - primeiro não no sentido de ordem,

sim? – que se traduz em Aurora. E esta Chave é:

Semekh-Rá.

Esta Chave Vibratória pode ser usada em seus

momentos de recolhimento, para se aprofundar

ou aproximar sua Fusão com o Fogo do Coração

que se expressa em Aurora, esta ligação de Ibez

com Aurora, que é esta Cura Cósmica e esta

Simplicidade. Vocês tem alguma questão a colo-

car a respeito de tudo isto que foi tratado?

Então, eu aqui, apenas reafirmo e coloco mais

uma vez para ficar gravado na memória daque-

les que entrarão em contato com isto, que o iní-

cio do alinhamento com sua própria Essência

começa quando vocês se colocam como teste-

munhas da vida, quando vocês decidem nada

ser, além de um espectador. Porque aí vocês a-

brem um espaço, um espaço de silêncio, para

que vocês fusionem com este Fogo do Coração.

Bem, se não há questões, então, eu vou me reti-

Page 123: Ibez - Fogo de Liberação1

123

rar. Fiquem em Paz, fiquem neste Fogo do Cora-

ção. Sejam abençoados por Ibez. Até breve, Ir-

mãos. Fiquem em Paz.

Page 124: Ibez - Fogo de Liberação1

124

Capítulo IX

SEGUNDO ASPECTO

Saudações, irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna

e venho do Retiro de Ibez para continuarmos

nosso passeio pelos Sete Aspectos do Fogo de

Ibez. Se vocês se recordam, em nosso último

encontro nós tratamos de um primeiro aspecto

do Fogo de Ibez, relacionado à Simplicidade,

relacionado, também, à posição de testemunha

que a consciência encarnada começa a assumir

quando este Fogo desperta nela e nela começa a

atuar. Seguindo esta mesma linha de raciocínio -

se é que existe alguma linha de raciocínio não é

mesmo? - nós podemos então dar um passo um

pouco mais profundo neste Fogo de Ibez, que é o

propósito de nossos encontros. Ibez vem se re-

velar na alma humana para despertar a posição

de testemunha da vida. À medida que a alma

assume esta posição de testemunha, à medida

que a consciência, na alma, assume esta posição

de testemunha, uma Lucidez se instala; uma Lu-

Page 125: Ibez - Fogo de Liberação1

125

cidez que se aprofunda, progressivamente, à

medida que esta consciência vai se estabelecen-

do nesta posição de testemunha da vida. Então,

um processo muito lindo acontece na consciên-

cia encarnada. A distância que vai sendo coloca-

da entre o que a consciência é, realmente, em

encarnação, e isto que a realidade exterior apre-

senta, começa a criar a possibilidade de a cons-

ciência, na alma, se dar conta de que a alma não

é mais do que um véu, também. Um véu mais

sutil, mais leve para os sentidos, talvez. Mas a

alma não é a Realidade. A alma é uma estrutura

efêmera, criada para a experiência de encarna-

ção na matéria. A alma, portanto, não sabe como

se retirar, como se extrair, mesmo porque a al-

ma não se retira, a alma não se extrai do mundo

de encarnação. Na alma, a consciência vive o seu

próprio passo de Retorno ou de Reencontro. Na

alma, a consciência vive sua liberação de qual-

quer identidade.

Page 126: Ibez - Fogo de Liberação1

126

Então, é neste ponto que o segundo aspecto do

Fogo de Ibez vem agir e interagir na consciência

encarnada e por esta palavra ‘encarnada’ eu

quero dizer apenas ‘ter uma alma’, quer essa

consciência esteja num corpo físico, quer esta

consciência esteja num corpo considerado sutil,

esta consciência, se tem uma alma, está encar-

nada, portanto. Então, na consciência encarnada,

esse aspecto do Fogo de Ibez vem propô-la En-

trega, vem propô-la um passo mais profundo

nesta Lucidez, que é a entrega da própria identi-

dade que a consciência, talvez, tenha descoberto

ao se distanciar do personagem exterior. Vamos

observar um pouco como esse processo se dá.

Quando a consciência se dá conta de que o per-

sonagem exterior não é nada mais que um refle-

xo deformado e completamente efêmero de si

mesma, que a matéria lhe dá a perceber, a cons-

ciência em encarnação se abre para uma reali-

dade, efêmera ainda, um pouco mais sutil que a

realidade do personagem. A consciência encar-

Page 127: Ibez - Fogo de Liberação1

127

nada começa a acessar a alma, e nesse momento

pode ser uma experiência um tanto quanto de

maravilhamento, porque a alma com todas as

suas luzes, com todos os seus conhecimentos, é

um grande holofote de atração. E ali, então, a

consciência nesse período pode se fixar, o que é

claro, vai representar apenas mais uma resis-

tência a ser dissolvida. Quando eu digo que isso

pode representar uma resistência, não é no sen-

tido de que este seja um passo errado, mas sim

de que qualquer identificação com uma persona-

lidade, quer essa personalidade seja o ‘eu’, este

‘eu’ do personagem exterior, ou a identidade

anímica, qualquer identificação com a persona-

lidade, representa uma resistência à ação da Luz

Vibral. E ali a Luz Vibral vai agir para expor esta

identificação e dissolvê-la.

A consciência encarnada, então, neste nosso

passeio, agora descobriu a alma e tem acesso a

um conjunto de conhecimentos que ela conside-

ra mais amplos, um conjunto de níveis de atua-

Page 128: Ibez - Fogo de Liberação1

128

ção que ela considera serem mais amplos que o

personagem exterior. Isso produz um maravi-

lhamento na consciência encarnada. Este mara-

vilhamento pode levar a alma a se fixar naquele

reino, pode levar a consciência, de novo, a se

fixar naquele reino enquanto ela explora aquele

conjunto de conhecimentos e sua aplicação, que

só pode se dar em relação ao próprio humano.

Nesse ponto se a consciência se abre para o Des-

conhecido – e em um momento ou outro todas

as consciências se abrirão - ela começa a prati-

car aquela mesma Lucidez, aquele mesmo dis-

tanciamento e aquela mesma posição de teste-

munha, também, em relação à experiência da

alma. Por experiências da alma, eu me refiro ao

conjunto de experiências que vocês acreditam

estar fazendo num plano sutil, quer seja esse

plano sutil, o plano dos desencarnados, ou as-

tral, como vocês chamam, ou ainda o conjunto

de conhecimentos que vocês consideram que

tem algum poder para afetar o Espírito. Isto tu-

Page 129: Ibez - Fogo de Liberação1

129

do é uma grande ilusão. Isto tudo está dentro

daquele bojo que nós chamamos Ilusão Luciferi-

ana. De novo, a forma de a consciência em en-

carnação se desvencilhar de tudo isso é se posi-

cionando, mais uma vez, como testemunha disto

que está sendo experienciado. Ali não cabe ne-

nhuma posição de confronto. Ali não cabe ne-

nhuma posição de combate. Ali não cabe ne-

nhuma posição de instrutor, instruído, vitima ou

salvador. Não é papel de vocês agirem nessas

consciências para, à força, lhes tirar daquela

percepção, compreendem? Tampouco, será o

papel da consciência agir ali através de qualquer

repressão ou de qualquer constrangimento. Ali,

a consciência, mais uma vez, deve se posicionar

como testemunha.

Então, quaisquer que sejam os poderes da alma

aos quais a consciência em encarnação teve a-

cesso - quer isto seja da ordem destas percep-

ções do 3º olho, como vocês chamam, ou estas

percepções sensitivas, que se referem sempre a

Page 130: Ibez - Fogo de Liberação1

130

um plano invisível desta realidade - ali cabe à

consciência em encarnação ser apenas uma tes-

temunha disto que acontece. E à medida que se

coloca como uma testemunha, fazer a entrega da

própria alma. Este elemento da entrega da pró-

pria alma é o Fogo de Ibez agindo através do

Centro Planetário de Aimerã.

Aimerã, este Centro Planetário que ancora ple-

namente a Vibração do Arcanjo Jofiel, tem em

sua campânula vibratória, a função de executar a

revelação à alma. Por revelação à alma, eu quero

dizer que a consciência em encarnação tem a

plena Lucidez de que, também a alma é um veí-

culo frágil. A alma não é eterna. A alma é mortal.

A alma é apenas mais um veículo e um véu usa-

do nesta experiência, que serve de polo para a

encarnação e as sucessivas encarnações. Mas

também, é a morada, é o espaço onde ocorre

uma Transubstanciação maravilhosa, onde ocor-

re a Crucificação. A Crucificação é quando a

consciência em encarnação aceita nada ser e faz

Page 131: Ibez - Fogo de Liberação1

131

a entrega completa de todos os níveis de sua

expressão material - desde a alma até o corpo

físico - a este Desconhecido, a este Princípio In-

teligente, que ela já começou a perceber atuando

no fluxo da vida. Esta entrega vai sendo apro-

fundada à medida que o Fogo de Ibez, através de

Aimerã, vai agindo na consciência. Esta entrega,

então, vai se tornando cada vez mais profunda. E

à medida que vai se tornando profunda, as mor-

tes e os lutos por estas mortes começam a acon-

tecer. Lembrem-se que num primeiro momento,

que nós tratamos anteriormente, em nosso últi-

mo encontro, eu não me referi a estas mortes. Eu

falei que uma Paz era instalada, mesmo na ex-

pressão exterior do personagem. Agora, pode

ser que neste momento em que este Fogo atua

mais intensamente e chama aquela consciência à

entrega total, as mortes comecem a acontecer e

na experiência exterior parece que está tudo

uma bagunça, porque a vida vai traduzir estas

dissoluções de identificação através de situações

Page 132: Ibez - Fogo de Liberação1

132

que podem ser consideradas dolorosas, quer

isto seja uma situação exterior, como o desvenci-

lhamento de algumas estruturas sociais, institui-

ções caducas desta humanidade, como também,

situações que se instalam apenas interiormente.

Sem nenhum motivo aparente, os laços come-

çam a se desfazer. Pode ser que a consciência em

encarnação, ainda dormindo a respeito de mui-

tos de seus aspectos interiores, vá querer colo-

car ali certo esforço para manter esses laços.

Bem, isso pode durar mais ou menos tempo de

acordo com o caminho de cada consciência, mas

em mais ou menos tempo esses laços são desfei-

tos e tão mais facilmente eles serão desfeitos

quanto a consciência fizer a entrega de todos

esses laços. E a entrega de tudo isto é suportada

por esta Vibração de Aimerã, por esta Vibração

do Arcanjo Jofiel.

À medida que cada luto vai sendo feito, um gozo

e uma alegria vão se instalando e vão sendo vi-

vidos pela consciência. À medida que cada peso

Page 133: Ibez - Fogo de Liberação1

133

é deixado no caminho, a consciência experimen-

ta uma leveza mais profunda, um gozo mais pro-

fundo e um sabor de sua verdadeira Liberdade

que a inebriam. E, de novo, aquela atração pela

Unidade começa a ser vivida mais firmemente,

de modo que esta atração vai se transformar na

verdadeira devoção, como impulsionada por

Aimerã. Esta devoção nada tem dos elementos

emocionais vividos pela humanidade. Nada tem

dessas colorações sentimentalistas que, geral-

mente, os humanos direcionam aos seus ideais

religiosos, aos seus ideais políticos, afetivos e o

que quer que seja. Essa devoção é uma entrega

profunda da consciência ao Desconhecido. Uma

entrega de tudo o que ela conhece - desde a rea-

lidade física exterior até a realidade interior da

alma - neste Fogo para ser siderado. Bem, este

momento é vivido, pontualmente, por lutos. Mas

a cada luto que é feito, este gozo vai se instalan-

do. Esta entrega lança raízes mais profundas. E

esta devoção, que inebria a consciência e a atrai

Page 134: Ibez - Fogo de Liberação1

134

ao seu próprio centro, vai sendo vivida mais

profundamente. Esta atração é, também, um e-

lemento vigente na realidade dissociada. No en-

tanto, este elemento da atração distorcido é vi-

vido sempre em direção a objetos exteriores, a

conhecimentos exteriores, mesmo que esse co-

nhecimento venha se transvestir de uma reali-

dade interior. Esta atração vai sempre em dire-

ção ao que os sentidos lhes dão a experimentar.

E quando esta devoção se instala, essa atração é

colocada em seu verdadeiro lugar.

Vocês têm, em seu corpo, a representação desse

mecanismo. Aqui, do lado esquerdo, na região

do abdômen, numa parte mais superior, há um

núcleo ligado ao baço o qual vocês têm por no-

me ‘Atração’. É uma das portas interdimensio-

nais. Na dissociação esta atração sempre vai em

direção à ‘Visão’, que está localizada no lado o-

posto, no lado direito e é ligada ao fígado, a Mo-

rada da alma. Este eixo, então, fecha a própria

alma numa sede, num desejo de experiências

Page 135: Ibez - Fogo de Liberação1

135

intermináveis. Quando este Fogo de Ibez, este

Fogo do Coração, começa a ser percebido em seu

segundo aspecto, esta atração não vai mais em

direção à ‘Visão’. E essa atração, então, é coloca-

da em seu eixo original, em seu corpo, que vai

desde a Profundidade do Espírito até a própria

Unidade. Esta atração é vivida neste eixo que

vem desde a ‘Profundidade’, nesta região que

vocês chamam de virilha esquerda, ali há uma

Porta que se chama ‘Profundidade’, até à Unida-

de, na região esquerda do peito, acima do mami-

lo esquerdo, ali há a Porta que se chama ‘Unida-

de’. Então, vocês percebem que este segundo

aspecto do Fogo de Ibez vem agir na consciência

para fazê-la viver uma profunda atração à Uni-

dade. Compreendem? Este é um processo muito

lindo.

Apesar dos lutos que permeiam este momento

que a consciência vive, também uma Alegria vai

se instalando e vai sendo vivida porque a cons-

ciência começa a entrar dentro desta Campânula

Page 136: Ibez - Fogo de Liberação1

136

Vibratória de Aimerã, onde a consciência come-

ça a receber a revelação de sua Eternidade. A

consciência, ali, começa a tocar o Si, sua identi-

dade cósmica, e à medida que essa identidade

cósmica vai sendo vivida, vai ficando cada vez

mais fácil de fazer estes lutos, de cortar estes

laços, porque a consciência, ali, tem outro ponto

onde se apoiar neste caminho. Ela vai desco-

brindo e vivendo aspectos multidimensionais de

sua realidade, de modo que vai ficando mais fácil

fazer um luto destas coisas efêmeras que consti-

tuem sua identidade exterior e efêmera. Bem,

então, nós podemos resumir este segundo as-

pecto do Fogo de Ibez, na própria Vibração de

Aimerã, que é entrega e revelação à alma, e tam-

bém a Verdadeira Devoção. Para aqueles que se

veem neste ponto, minha orientação e a de meus

Irmãos Anciões de Ibez, é que vocês afirmem,

ainda mais, sua posição de testemunha da vida e

entreguem tudo isto que vocês estão a testemu-

nhar. Entreguem a si mesmos, se vocês ainda

Page 137: Ibez - Fogo de Liberação1

137

acreditam ser esta alma e este corpo. Entreguem

tudo ao Desconhecido, ao Fogo Sagrado da Fon-

te, que é o seu Coração. E percebam aí esta de-

voção e como esta chama, aparentemente pe-

quena, começa a despertar e a se elevar para

consumir tudo isto que é efêmero.

Há uma Chave Vibratória que os faz se aproxi-

mar, se vocês precisam destas bengalas; não

num sentido negativo, mas apenas porque al-

gumas estruturas humanas necessitam de al-

guns pontos para fixar a atenção. A Chave Vibra-

tória, ligada a este segundo aspecto de Ibez é:

“Aimerã”.

O mesmo nome do Centro Planetário que, recen-

temente, nesta Rede, foi corrigido, porque o ou-

tro nome deste Centro Planetário que foi conhe-

cido por alguns grupos ligados ao trabalho Intra-

terreno ainda era uma chave distorcida, devido a

alguns acontecimentos que não são do nosso

interesse tratar, mas que foram ligados à inter-

venção dos Annunakis, na antiga Suméria, este

Page 138: Ibez - Fogo de Liberação1

138

lugar ou esta civilização, que foi também cons-

truída sob a guardianagem de Aimerã.

Bem, esta é a Chave Vibratória: Aimerã. Em seus

momentos de alinhamentos e de silêncio, esta

Chave pode ser usada para reafirmar sua Entre-

ga e a verdadeira Devoção. Vocês tem algum

questionamento a respeito disso que foi tratado?

Participante: Sobre o que foi falado ontem,

você falou do Fogo que está vindo do Sol, do

Céu e dos nossos Corações, também. E esse

Fogo que está saindo dos nossos Corações é

que vai ajudar, também, a fazer todo esse

trabalho, é isso?

Varuna: Bem, este Fogo que sai do Coração de

cada irmão e irmã, que começa a se estabelecer

por essa Lucidez, é o mesmo Fogo que vem do

Céu. Este Fogo que é vivido em seu Coração não

é vivido com o objetivo de ajudar o que quer que

seja, porque nada aqui precisa de ajuda, não há

nada aqui que não seja plenamente perfeito e

não esteja sendo plenamente amparado pelas

Page 139: Ibez - Fogo de Liberação1

139

mãos da Fonte Una. Então, este Fogo que vem do

Céu e que encontra a sua tradução mais verda-

deira em seu próprio Coração, é a própria vivên-

cia de sua realidade cósmica. E é este Fogo, tam-

bém, quando ele se misturar a esta Onda da Vida

que sobe pelo seu corpo, é que lhe permite se

dissolver no Absoluto, que é a única Realidade,

para além de qualquer realidade.

Participante: Quando você comentou da alma

que fica presa ‘aqui’ (nota: porta da Visão), a

forma de liberar essa alma é fazendo a liga-

ção deste ‘ponto’ com este aqui em cima (no-

ta: porta Alfa, no lado direto do peito, acima

do mamilo)?

Varuna: Não. Isso só é a tradução no corpo.

Compreendam. A alma não é liberada como vo-

cês entendem. É a consciência na alma que está

identificada ao processo de ‘Atração/Visão’.

Bem, no corpo vocês têm a representação de

todos esses mecanismos. Você pode até usar

este ponto, ou estes pontos, como uma forma de

Page 140: Ibez - Fogo de Liberação1

140

colocar a atenção para impulsionar, ainda mais,

o processo que é vivido na consciência. Mas é o

processo que é vivido na consciência, e que vai

se traduzir vibratoriamente na sua estrutura, é

que é o importante. Então, não é ficar ligando

pontinho a pontinho no corpo, é realmente viver

uma profunda atração pela Unidade. E em seus

momentos de alinhamento, para reforçar ou im-

primir isto em sua consciência de vigília, vocês

tem aí todas estas ferramentas disponíveis, quer

sejam estas técnicas, estes Pontos, estas Chaves

Vibratórias, para levar a sua mente a colocar a

atenção sobre isso e fazer sua própria rendição

progressiva à verdadeira Realidade. Bem, não

existem passes de mágica. Esse processo da

consciência se revela e se imprime vibratoria-

mente sobre a sua estrutura física, mas vocês

não podem pular as etapas de viver isso em sua

consciência, de encarnar tudo isto, plenamente,

em sua consciência. Porque senão vocês vão

continuar acreditando que ritos, rituais, peni-

Page 141: Ibez - Fogo de Liberação1

141

tências, podem lhes garantir uma salvação. Nós

não estamos falando de salvação. Nós estamos

falando da revelação da única realidade que vo-

cês sempre conheceram, porque esta irrealidade

vocês não conhecem. Então, isto não é uma sal-

vação, não é um fazer, não é nem mesmo um

caminho, apesar de esta palavra ter sido usada

aqui. É realmente um Reencontro, uma retoma-

da da Lucidez. Vocês tem mais alguma questão a

apresentar irmãos? Não? Então eu lhes deixo

por hoje e reafirmo entre vocês: Aimerã, revela-

ção à alma, entrega, profunda atração à Unidade.

Fiquem em Paz.

Sejam abençoados pela sua própria Fonte Inte-

rior. Até breve.

Page 142: Ibez - Fogo de Liberação1

142

Capítulo X

TERCEIRO ASPECTO

Saudações irmãos e irmãs da humanidade. Eu

me chamo Varuna e venho representando o Cír-

culo de Anciões do Retiro de Ibez para aprofun-

dar ainda mais nosso contato, seu contato co-

nosco, nestes Sete Aspectos do Fogo de Ibez, o

Fogo da Ascensão, o Fogo da Liberação. Talvez

vocês recordem – se sua estrutura mental ainda

permitir, não é mesmo? - que ontem nós demos

um passo a mais, entramos um pouco mais pro-

fundamente, no processo da alma e da consciên-

cia encarnada, neste Fogo de Ibez. Nós desen-

volvemos com vocês esse segundo aspecto do

Fogo de Ibez, que tem sua representação, ou

melhor, sua encarnação total, no Centro Planetá-

rio Aimerã. Então, nesta nossa caminhada, to-

mando essa palavra puramente relativamente, a

alma aqui se encontra num processo de Rever-

são. A consciência na alma, antes voltada apenas

para a vida do corpo, apenas para a realidade

Page 143: Ibez - Fogo de Liberação1

143

exterior, agora começa a se voltar para o Espíri-

to, para esta realidade desconhecida da consci-

ência em encarnação. Neste momento a entrega

se aprofunda, a entrega total de tudo o que é

conhecido se torna um elemento norteador da

consciência, orientador da sua expressão nesta

realidade exterior. E desta entrega, desta revela-

ção à alma de sua efemeridade, então surge uma

chama - lembram que eu me referi à chama que

surge - e que é a verdadeira Devoção. Esta atra-

ção, que agora é voltada para a Unidade e não

para a profundidade humana, a profundidade da

mente humana, mas para a Profundez do Espíri-

to, esta Inocência e esta Infância. Este é o mo-

mento mais adequado, então, para a revelação

do terceiro aspecto do Fogo de Ibez. Este tercei-

ro aspecto do Fogo de Ibez encarna-se e se ex-

pressa no Centro Planetário que vocês conhe-

cem pelo nome de Mirna Jad.

Mirna Jad expressa esse aspecto do Fogo de Ibez

da maneira que vocês perceberão no decorrer

Page 144: Ibez - Fogo de Liberação1

144

da nossa conversa. Percebam, então, a consciên-

cia encarnada, agora, tem certa Lucidez a respei-

to do aspecto efêmero, passageiro e ilusório da

experiência de encarnação neste planeta, da en-

carnação nessa experiência dualitária. A consci-

ência em encarnação tem já certa Lucidez a res-

peito do conteúdo ilusório do que os sentidos

lhe dão a perceber, e quando ela foi tocada pelo

segundo aspecto do Fogo de Ibez, a consciência

em encarnação também reconheceu a fragilida-

de da própria alma, reconheceu os mecanismos

que foram desviados na alma, o que leva a alma

a um mecanismo constante de atração pelo que

é visto, impulsionando-a a descer sucessivamen-

te na matéria, constituir um corpo físico, basea-

do em crenças como carma, como evolução e

expiação do pecado para a salvação. Quando a

consciência é tocada, ou ver nascer em seu inte-

rior esta Devoção - este Fogo de atração à Uni-

dade - a consciência começa a tomar uma Luci-

dez de sua própria Pureza Essencial, que jamais

Page 145: Ibez - Fogo de Liberação1

145

foi tocada por qualquer experiência feita na en-

carnação. Percebam. A sua consciência, vocês

como seres reais, são eternamente Puros e Per-

feitos, sem mácula e Eternos. O mesmo não se

pode dizer de sua expressa material, que essa

expressão material seja de um nível sutil ou o

que vocês chamam de um nível grosseiro. Neste

momento, então, em que a consciência em en-

carnação, é tocada por este Fogo de Unidade e

reafirma a sua entrega total à sua própria Essên-

cia, se revela algo maravilhoso. Bem, ‘maravilho-

so’ é uma palavra que nós vamos usar constan-

temente nessas conversas, porque todo o pro-

cesso de Despertar da consciência é maravilho-

so, é uma coisa muito bela, é o desabrochar de

uma flor que sempre conteve em si a imagem da

perfeição.

Este terceiro aspecto de Mirna Jad, na consciên-

cia em encarnação, vem lhe proporcionar o ver-

dadeiro contato. Não antes que a consciência

em encarnação tenha reafirmado a sua entrega à

Page 146: Ibez - Fogo de Liberação1

146

sua Essência e reconhecido a ignorância da alma

e da mente, uma ignorância completa da reali-

dade, não antes, um verdadeiro contato se esta-

belece. É nos momentos em que a consciência se

torna ignorante de tudo que o Espírito pode se

revelar nela, para lhe dar a conhecer um aspecto

mais interior de sua Essência.

Neste momento Mirna Jad entra em ação. O Fogo

de Ibez, em Mirna Jad, começa a atuar. Esta en-

trega, então, é a Lucidez da consciência em en-

carnação, de que a realidade exterior é efêmera

e, portanto, ilusória, de que o conhecimento

mental nunca será capaz de conduzir a liberação

e de que o conhecimento da alma constitui ape-

nas mais uma ilusão e uma armadilha. E aqui é

interessante que vocês aceitem ou tentem, pelo

menos, perceber que tudo o que vocês conhe-

cem que se refere à atuação nesta matriz, é um

conhecimento ilusório. Todo conhecimento é,

por essência, ilusório e perigoso. Quando eu digo

que é perigoso, é porque o conhecimento, aqui,

Page 147: Ibez - Fogo de Liberação1

147

como tudo o mais, possui esses dois aspectos, e a

consciência que ainda está, em certo grau, presa

da percepção separada, vai lidar com esse co-

nhecimento, sujeito a esses dois aspectos. Certo

aspecto do conhecimento pode conduzir a cons-

ciência encarnada, através de uma compreensão

mental, a se aproximar deste estado ou deste

ponto onde ela faz a entrega. Mas se naquele

momento a identificação ao conhecimento per-

siste, este mesmo conhecimento tende a bloque-

ar a entrega que precisa ser feita. De novo, den-

tro do fluxo, isto tudo está perfeitamente corre-

to. Mais ou menos horas esta entrega será feita,

com maior ou menor grau de sofrimento, de a-

cordo com a identificação a esse conhecimento.

A consciência aí está vivendo esta Entrega e esta

atração pela Unidade. Aí, ela fez o luto do con-

trole. Ela fez o luto de seu livre arbítrio, da ilu-

são da escolha. Aí ela se entrega à sua própria

Essência e se permite ser guiada. Aí é que o Fogo

de Mirna Jad começa a atuar. Algumas palavras

Page 148: Ibez - Fogo de Liberação1

148

se fazem necessárias sobre o papel de Mirna Jad

ligado à Consciência Arcangélica Gabriel em re-

lação à humanidade em Ascensão.

Mirna Jad representa, para esta humanidade, a

expressão da Vontade do Pai. Como talvez vocês

saibam, à medida que as consciências em encar-

nação vão despertando para certo grau de reali-

dade, elas vão estabelecendo conexões de conta-

to por afinidades que constituem as chamadas

Redes de Consciências Despertas. Estas Redes

são alimentadas e impulsionadas diretamente

por Mirna Jad. Mirna Jad transmite a estes gru-

pos de consciências impulsos para a sua mani-

festação enquanto caminhando neste processo

de Reunificação. Mirna Jad, então, representa,

para estes grupos de consciências despertas, a

Vontade do Pai, ou o Impulso da Fonte. Neste

momento de entrega, a consciência em encarna-

ção passa a receber seus impulsos de outro pon-

to, que não vem mais da alma, ou não somente

mais da alma, mas especialmente do Espírito, de

Page 149: Ibez - Fogo de Liberação1

149

sua Essência pura e perfeita, interior. Isto tudo

acontece nesta faixa vibratória, que é o Centro

Planetário de Mirna Jad.

Então, essa consciência em encarnação começa a

ser guiada, completamente, por estes impulsos

interiores à medida que ela vai silenciando todo

o desejo. Percebam, todo o desejo. Todo o dese-

jo vai sendo silenciado e à medida que esse de-

sejo vai sendo silenciado, a consciência vive uma

entrega cada vez mais profunda aos seus impul-

sos interiores. Agora, percebam, esses desejos

dos quais eu falo, são os desejos ligados a qual-

quer afã de espiritualidade, a qualquer afã de

uma realidade desconhecida, porque é obvio que

os desejos vão continuar se manifestando em

direção às coisas humanas. Aí também a consci-

ência se portará com muita Clareza e muita Lu-

cidez, não se deixando envolver ou cegar por

esses desejos, mas conduzindo-os da maneira

mais exata, que vai ser sempre centrada neste

abandono, nesta entrega. Mas esses desejos de

Page 150: Ibez - Fogo de Liberação1

150

uma ascensão, de uma salvação, de uma evolu-

ção silenciaram na consciência. Ela já reconhece

sua Essência perfeita e a ela está entregue. Então

ela está como uma servidora, como um verda-

deiro servidor, de sua própria Essência, enquan-

to em encarnação, acolhendo os impulsos que se

manifestam e confiando plenamente na vida

para a concretização destes impulsos. Dentro do

contato com estes impulsos, podem surgir, tam-

bém, se isto estiver no caminho de cada consci-

ência, isto que vocês chamam de Contatos Mul-

tidimensionais, pode ser que naquele momento

as consciências comecem a ser visitadas por Ir-

mãos e Irmãs que estão no estado de Unificação.

Então toda esta ordem de contato acontece

quando essa Entrega se instalou em certo ponto

e um silêncio e uma Paz se fizeram viver na

consciência.

Bem, este terceiro aspecto do Fogo de Ibez vem

trazer alguns elementos muitos práticos, tam-

bém, à vivencia da consciência em encarnação. O

Page 151: Ibez - Fogo de Liberação1

151

primeiro deles é o estado de Contemplação, que

passa a ser vivido pela consciência em encarna-

ção. A consciência centrada nesta entrega e na

vivência desta Devoção, e na obediência aos im-

pulsos interiores, passa a entrar num estado de

Contemplação. Esse estado de Contemplação é

uma abertura e uma receptividade àquilo que

vem do interior, ou uma abertura e receptivida-

de ao próprio Desconhecido. Isto é contempla-

ção. A contemplação pode ter dois aspectos. Um

aspecto exterior, que vai ser um passo mais pro-

fundo naquela posição de testemunha da vida,

em que a consciência se coloca como testemu-

nha da vida e quando é tocada por este terceiro

aspecto, ela usa qualquer dos elementos que

esteja no cenário para Contemplação. Esta con-

templação exterior se dá, com grande efeito, em

seus contatos com a Natureza, quer seja com os

vegetais, os animais, os minerais, os elementos

em geral, que constituem esta realidade exterior.

Aí a Contemplação é vivida exteriormente, com-

Page 152: Ibez - Fogo de Liberação1

152

preende? Vocês se colocam diante daquele ele-

mento em silêncio, intencionando um contato

com uma realidade por detrás da aparência, sem

nenhum desejo, sem nenhuma maquinação

mental. Apenas se colocar diante disso em silên-

cio, em abertura, em comunhão. Este e o primei-

ro aspecto que é exterior da contemplação.

O aspecto interior da Contemplação é outro e-

lemento bastante ativo neste Fogo de Mirna Jad

e a ele nós damos o nome de Reverência. Perce-

bam, esta reverencia não é a posição religiosa

que os humanos geralmente cultivam em suas

ideias espiritualistas. Esta Rever-Ência é rever

sua Essência, é se voltar para a sua Essência e

permanecer ali em abertura e receptividade a

esta Essência. De modo que um aspecto da con-

templação se instala exteriormente, que é o a-

profundamento desta posição de testemunha da

vida, mas agora vendo ali nesta expressão exte-

rior da vida elementos de comunhão e de interi-

orização. E o outro aspecto, que é interior, desta

Page 153: Ibez - Fogo de Liberação1

153

Contemplação é a Reverencia, que é um voltar-

se para o interior, um voltar-se para a própria

Essência, em abertura e receptividade.

Neste voltar-se para a Essência, neste voltar-se

para este Desconhecido, em abertura e recepti-

vidade, a consciência, então, vive cada vez mais

profundamente estes estados inabituais, em que

ela experimenta uma deslocalização da realida-

de conhecida para um modo de funcionamento

que é, para a personalidade, completamente

desconhecido, que para a mente é completamen-

te incompreensível. Esta realidade, ou esta des-

localização da realidade conhecida e o acesso a

uma realidade desconhecida pela mente, vai

sendo vivida cada vez mais profundamente, às

vezes de maneira progressiva, suave, e às vezes

de maneira muito violenta. É neste ponto que

certo conjunto de marcadores vibratórios no

corpo começa a surgir.

Esta que vocês chamam de Coroa da Cabeça,

essa estrutura de 12 pontos na cabeça ligados ao

Page 154: Ibez - Fogo de Liberação1

154

Coração, têm seu inicio de ativação lá no primei-

ro aspecto do Fogo de Ibez, no contato com Au-

rora. Aurora guarda as Chaves de impulsiona-

mento de ativação da Coroa da Cabeça. Neste

ponto em que vocês são tocados pelo Fogo de

Mirna Jad, essa estrutura vibratória na cabeça,

começa a se refletir aqui no corpo, nestes mar-

cadores físicos, na área do tórax, e aí vocês co-

meçam a ampliar as primeiras percepções vibra-

tórias do Coração. Algo que vai ser aprofundado

à medida que nós formos caminhando neste

processo de interiorização. Bem, ficou claro este

terceiro aspecto de Ibez?

A consciência em encarnação, vivendo já em cer-

to grau de entrega, começa a ser tocada por este

Fogo e ela começa a viver um alinhamento com

os impulsos interiores, uma obediência a esses

impulsos interiores e vai vivendo estes dois as-

pectos da Contemplação: um exterior, que con-

siste na comunhão com os elementos desta pai-

sagem; e outro interior, que é a Reverencia ou a

Page 155: Ibez - Fogo de Liberação1

155

abertura à própria Essência. Vocês tem alguma

questão a apresentar com relação a isto? Não?

Este aspecto do Fogo de Ibez em Mirna Jad tem

por Chave Vibratória para seu alinhamento, o

seguinte termo: “Meruêni”.

Vocês podem, então, se utilizar deste termo para

seus momentos de alinhamento e de recolhi-

mento, para uma Comunhão com este aspecto

do Fogo de Ibez, que é a Reverência, voltar-se

para a sua Essência, e a Contemplação. Então, eu

quero apenas reafirmar um pouco mais o papel

do silêncio e do recolhimento neste ponto.

Meu Irmão Essobí, que é um dos Anciãos dessa

Cidade Intraterrena de Mirna Jad, tratou com

vocês desses dois aspectos do contato com Mir-

na Jad. O silêncio, eu reafirmo mais uma vez, não

depende de suas circunstancias exteriores. O

silêncio pode ser vivido mesmo em meio à ba-

derna do mundo, quando apenas vocês decidem

não de envolver com ela, não dar atenção às

convulsões que hoje se desenrolam no mundo. E

Page 156: Ibez - Fogo de Liberação1

156

o recolhimento é este mesmo processo, que

permite com que esse silêncio surja, que é uma

interiorização, um voltar-se para seu próprio

interior, estabelecendo aí, mais firmemente, a

Paz. A Paz é sua Essência, também. E a Paz co-

meça a se instalar completamente, mesmo em

sua expressão exterior, quando a alma faz esta

reversão em direção ao Espírito. Aprofundam-se

nesta Paz. Esta Paz é o primeiro elemento que

vocês encontram ao despertar e vai ser o último

elemento no qual sua individualidade será dis-

solvida, pois esta Paz, esta Morada da Paz Su-

prema, é a presença última que precede sua Dis-

solução no Absoluto. Então, afirmem esta Paz e

cultivem esta Paz.

Page 157: Ibez - Fogo de Liberação1

157

Capítulo XI

QUARTO ASPECTO

Saudações, irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna

e sou um dos Anciões do Retiro Intraterreno de

Ibez. Eu retorno, então, nestes dias, para conti-

nuarmos nosso caminho através dos aspectos do

Fogo de Ibez, o Fogo da Ascensão. Ontem, nós

demos um passo mais profundo, nesse Fogo de

Ibez, em seu aspecto que se revela em Mirna Jad.

Vamos continuar, então, acompanhando o pro-

cesso da consciência, na alma, em contato com

este Fogo de Ibez. Segundo ontem nós conver-

samos, a consciência em encarnação, a partir

daquela Entrega e da Devoção verdadeira que

nasce, que é percebida e vivida, desemboca nes-

te terceiro aspecto do Fogo de Ibez, que vai se

revelar como uma Contemplação, em seu aspec-

to exterior, de Comunhão com todos os elemen-

tos deste cenário, ou de utilização de um ou ou-

tro elemento deste cenário para a Comunhão,

através desta Contemplação; e um aspecto inte-

Page 158: Ibez - Fogo de Liberação1

158

rior, que é a própria Reverência, que é estar vol-

tado para a Essência, em abertura e receptivida-

de. Hoje nós vamos mergulhar, se assim vocês

estiverem disponíveis, no quarto aspecto do Fo-

go de Ibez, que é representado por aquele Cen-

tro Planetário que vocês conhecem pelo nome

de Erks.

A consciência, em encarnação, quando se volta

para a sua Essência Divina, passa a perceber ou

a viver a ativação deste quarto aspecto do Fogo

de Ibez, que se revela através do Centro Planetá-

rio Erks. A ação deste Fogo é uma resposta à

Reverência da consciência. Se a Reverência é a

consciência em encarnação se voltar à Essência,

a ação de Erks é uma resposta a essa Reverência,

uma resposta que vai se traduzir na experiência

pela ativação da Coroa do Coração, destas estru-

turas vibratórias, que porão em vibração o ver-

dadeiro Coração Irradiante. A resposta de Erks à

consciência reverente vai se traduzir como Fu-

são. Fusão, num primeiro momento, com algo

Page 159: Ibez - Fogo de Liberação1

159

que não se sabe o que é. Simplesmente um esta-

do de Fusão que passa a ser vivido com este

Desconhecido, e à medida que esta Fusão vai se

instalando, a consciência em encarnação desper-

ta para a sua Realidade Cósmica.

Aqui cabe, de novo, um referencial histórico,

puramente relativo.

Há alguns ciclos atrás, considerando que haja

um tempo linear, eu lhes disse que mais de 300

famílias cósmica faziam a experiência na Terra

Unificada. E que quando o Sino Cósmico soou

dando sinal de que a Terra estava já quase pron-

ta para iniciar seu processo de sacrifício, para a

experiência do esquecimento, muitos Irmãos

que estavam na superfície se encaminharam

para a Intraterra e ali começaram a criar, ou

manifestar, ou expressar, estruturas que ancora-

riam a Vibração destes Centros Planetários, des-

tes aspectos da Consciência de Gaia, de modo a

manter uma ligação constante e firme com a U-

nidade. Destes Centros Planetários, um deles

Page 160: Ibez - Fogo de Liberação1

160

representa a memória completa ou a Memória

Cósmica da consciência, um destes Centros

guarda a Chave da Fusão e do acesso ao Corpo

de Seidade ou Corpo de Existência. Este Centro

Planetário, então, foi constituído por um repre-

sentante de cada uma destas Famílias Cósmicas

que faziam experiência no planeta. Este Centro

Planetário, hoje, vocês conhecem pelo nome de

Erks, que é a tradução, na Consciência Intrater-

rena, da Grande Irmandade Cósmica, da Fusão

que é vivida livremente pela Consciência Unifi-

cada, da Unidade que é a única realidade que é

vivida pela consciência, quando ela está de posse

de sua Lucidez. Então, Erks, hoje, para esta hu-

manidade de superfície, continua representando

estas mesmas coisas. É essa Fusão que vem em

resposta à consciência reverente, ou seja, a

consciência voltada para a sua Essência. É Fusão,

primeiramente, apenas com um Desconhecido. E

à medida que essa Fusão vai sendo vivida, a

consciência contata a sua própria Origem. Isso

Page 161: Ibez - Fogo de Liberação1

161

não necessariamente se traduz por um conhe-

cimento intelectual, por nomes, por palavras,

mas sim de um sentido de Unidade completa,

um sentido de Retorno para Casa. Estas palavras

traduzem o que, na sua experiência, seria o mais

próximo disso, mas a vivência desta Fusão com a

Fonte, com a sua Origem Cósmica Estelar, é algo

que transcende qualquer uma de suas experiên-

cias humanas, por mais tingidas de um elemento

sentimental, que possa haver. Esta Fusão com a

própria Origem representa um marco no bascu-

lamento da consciência, porque a partir deste

ponto, fica inegável, para a consciência em en-

carnação, qualquer estado que não seja o de U-

nidade. A consciência, ali, vive profundamente

um sentido de integração com a própria Vida.

Ali, a consciência vislumbra pela primeira vez

dentro do esquecimento, claro, o que realmente

representa Ser a Fonte, o que realmente repre-

senta o estado Unificado de Consciência. E há

marcadores Vibratórios, como eu disse, esta es-

Page 162: Ibez - Fogo de Liberação1

162

trutura que se situa aí no tórax, ou que tem uma

representação nesta área do corpo, começa a

vibrar intensamente, dando à consciência viver

estados profundamente incomuns, de deslocali-

zação, e uma posterior multilocalização. Essa

deslocalização passa a ser vivida como uma loca-

lização numa outra forma de funcionamento,

que pode se traduzir pelo acesso ao Corpo de

Existência, pelos contatos com a sua Família Es-

telar, ou outros Irmãos que cercam este planeta,

neste momento, e também a Fusão com seus

irmãos e irmãs em encarnação que também

despertaram em si a consciência de Unidade.

Esta Fusão é um processo muito lindo, maravi-

lhoso, utilizando novamente esta palavra. Por-

que esta Fusão é como um Grande Respiro, uma

Grande Respiração da consciência, após um

grande sono. Ali, ela é abalada de seu sono. Ali,

ela é abalada de toda memória que faz parte

desta experiência de ilusão. Nos primeiros as-

pectos deste Fogo, isso começa a ser vivido, e

Page 163: Ibez - Fogo de Liberação1

163

aqui é interessante lembrá-lo de que estes as-

pectos não são vividos de maneira linear, não

necessariamente. Estes aspectos podem estar

em atuação simultânea aí. Mas a atuação daque-

les três primeiros aspectos vem abalar a identi-

ficação da consciência com a realidade exterior.

A partir deste quarto aspecto, a consciência pas-

sa a viver a Realidade Interior. Uma realidade

interior, que fique bem claro, não tem nada a ver

com a realidade da alma - compreendendo a rea-

lidade da alma como o conjunto de experiências

e conhecimentos a respeito de uma versão sutil

deste mundo limitado - não tem nada a ver com

nada que a mente conceba, com nada que a men-

te cogite, com nada que a mente produza e pro-

jete. Esta Realidade Interior da qual eu falo, é a

Realidade do Si, a Realidade de seu Espírito. Esta

Fusão, que é a resposta deste Fogo à consciência

reverente, impulsiona a consciência cada vez

mais à Reverência, cada vez mais a voltar-se à

sua própria Essência. Esses marcadores vibrató-

Page 164: Ibez - Fogo de Liberação1

164

rios, essas experiências, vão sendo entregues

como gotas para uma alma sedenta. E à medida

que esse processo vai sendo vivido, a consciên-

cia, na alma, se torna cada vez mais lúcida ainda

da fragilidade e ilusão da própria alma e de tudo

o que constitui os níveis exteriores à alma.

À medida que esta Fusão vai acontecendo, a

consciência se desliga cada vez mais de qualquer

apego ou medo. É este Fogo de Erks, este quarto

aspecto do Fogo de Ibez, que vem abalar, pri-

meiramente, estas duas estruturas: apegos e

medos. Mas, estes apegos e medos dos quais eu

falo, não são necessariamente apegos e medos

comuns da consciência exteriorizada, da perso-

nalidade. Este apego e este medo são o apego e o

medo da própria alma. O apego da alma à expe-

riência e o medo da alma de se dissolver. Sim,

porque os três primeiros aspectos do Fogo de

Ibez já dão conta dos apegos humanos e dos pe-

quenos medos humanos, isso já vai sendo varri-

do por estes três aspectos do Fogo de Ibez. Este

Page 165: Ibez - Fogo de Liberação1

165

quarto aspecto do Fogo de Ibez vai agir num

nível muito mais profundo que são os apegos e

medos da própria alma, o apego à experiência, a

atração pela visão e o medo da dissolução.

Este Fogo, então, abala profundamente a alma e

a consciência ali vai se liberando desta identifi-

cação com a alma e, naturalmente, vai vivendo

estes estados que estão fora de uma compreen-

são e uma descrição por palavras. Embora al-

guns seres tenham feito algum esforço para lhes

dar alguns elementos em relação a isto, a vivên-

cia nada tem a ver com o que é descrito. Cada

vivência é sempre única. Mas há sempre um

marcador que pode ser levado em conta nestas

experiências. A verdadeira experiência do Si, a

verdadeira experiência do Fogo do Coração, ar-

rebata a consciência de qualquer padrão de dua-

lidade, arrebata a consciência de qualquer laço

com a visão de bem e mal, arrebata a consciência

de qualquer interesse pela compreensão e pela

apropriação da Luz, no sentido de usar isto para

Page 166: Ibez - Fogo de Liberação1

166

resolver os problemas humanos. Este é outro

aspecto da ação deste Fogo. A ação deste Fogo

vem agir, também, na dissolução da identifica-

ção com este ponto, aqui do lado direito (nota:

um ponto no abdômen, do lado direito abaixo da

costela), que está ligado ao fígado, que represen-

ta a ‘Visão’. Enquanto que o Fogo de Mirna Jad, o

Fogo de Aimerã e o Fogo de Aurora agem sobre

a ‘Atração’, apenas este quarto Fogo tem em si a

capacidade de dissolver a ligação da alma e da

consciência na alma, com este aspecto da Visão

desviada. Isto quer dizer que, até o momento da

vivência deste Fogo, podem ainda subsistir na

experiência da consciência isso que são proje-

ções, como contatos com níveis intermediários,

contatos com o plano da alma, e o engano que a

consciência se submete de que esses planos in-

termediários possuem a verdade última. Tudo o

que pode ser compreendido pela mente é uma

verdade relativa. A única verdade última é o Ab-

soluto. É aquilo sobre o qual nada pode ser des-

Page 167: Ibez - Fogo de Liberação1

167

crito e no qual não pode ser colocada nenhuma

palavra. É aquilo que é a própria Eternidade, que

está para além mesmo do Si. Este Fogo de Ibez,

agindo em Erks, vem dissolver todas estas liga-

ções com as projeções. Percebam, para que a

Coroa do Coração esteja ativa, o terceiro olho

deve ter sido siderado, e é nisto, justamente, que

este Fogo atua. Este Fogo vem dissolver todas as

quimeras produzidas no fígado e que podem

ainda envolver a alma num conto de fadas, num

conjunto de estórias, criadas e reproduzidas,

para manter a alma em sua identificação à expe-

riência. A consciência, por outro lado, vive um

gozo profundo nestes contatos e nestes momen-

tos em que este Fogo está em sua plena atuação.

Ela vive o Fogo Místico e a União Mística. Este

Fogo Místico e esta União Mística podem se tra-

duzir na experiência da consciência pela Fusão

com aquela Consciência que vocês conhecem

pelo nome de Cristo, ou com qualquer outra

Consciência, dependendo dos elementos cultu-

Page 168: Ibez - Fogo de Liberação1

168

rais da experiência, que traduzam este mesmo

Princípio Solar. Porque Erks, antes de tudo, é a

encarnação no planeta do Princípio Solar Ki-Ris-

Ti/Mikhael. É nesta faixa vibratória da Consci-

ência Planetária, que a consciência desperta pa-

ra a sua realidade Solar, que a consciência co-

meça a reconstruir, sobre esta forma efêmera, a

imagem perfeita de seu Corpo de Seidade, quer

seja este Corpo de Seidade um Corpo de Luz, um

Corpo de Partículas Cristalinas, um Corpo de

Partículas Adamantinas, ou outra coisa qualquer

que sempre vai ser uma ilusão para a mente de

vocês.

Bem, esta Fusão, como eu disse, pode ser vivida

pela consciência na experiência com esta repre-

sentação de uma Fusão Mística com Cristo, e

esta Fusão Mística com Cristo, vamos ressaltar,

não tem a ver com estes êxtases emocionais que

são tão comuns na experiência religiosa desta

humanidade - esta emoção que se eleva e causa

um fremir e um frenesi e uma excitação dos sen-

Page 169: Ibez - Fogo de Liberação1

169

tidos, e a consciência identificada acredita que

ali está vivendo uma experiência extraordinária,

este conjunto de experiências somente se situa

na excitação dos sentidos e da emoção. E a Fusão

Mística com Cristo, com a Essência Solar, com-

pletamente não age sob o plano da emoção. Na-

quele momento a consciência vive um apagar de

todo movimento emocional e mesmo mental. A

consciência vive uma Paz Profunda e Plena. A

consciência vive um estado de Transparência à

Essência. E esta Fusão Mística com Cristo-Miguel

é um tornar-se Cristo-Miguel. Nesta Fusão não

cabe nenhum elemento de distância, de superio-

ridade ou inferioridade. A consciência se reco-

nhece como o próprio Sol. A consciência se re-

conhece como o próprio Coração dos Universos.

Apesar de estas palavras serem grandes e boni-

tas, não comecem a criar na sua cabeça que isso

é uma coisa cheia de luz, cheia de fogos de artifí-

cio. Isto é vivido na maior das simplicidades e na

maior das humildades, mesmo porque, como eu

Page 170: Ibez - Fogo de Liberação1

170

disse, o movimento emocional e mental, naquele

momento, para. O primeiro marcador disto é

uma Paz profunda e então uma Alegria indizível

e, então, reconhecer-se como o próprio Coração

do Mundo, ou como esta Essência Solar que é

Cristo-Miguel.

Bem, vocês têm alguma questão a respeito deste

quarto aspecto do Fogo de Ibez? Não? Então eu

vou lhes passar a Chave relacionada a este quar-

to aspecto do Fogo de Ibez. A Chave que vocês

podem utilizar em seus alinhamentos e em seus

momentos de recolhimento, para comungar com

este quarto aspecto do Fogo de Ibez, é: "Santô-

shi".

Bem, se vocês não tiverem mais questões, então,

eu vou me retirar, certo? Irmãos, então fiquem

em Paz. E para aquelas consciências que estão

vivendo ou se reconheceram como vivendo este

quarto aspecto do Fogo de Ibez, eu lhes indico

uma Entrega cada vez mais profunda, uma Sim-

plicidade e uma Humildade extremas, porque é

Page 171: Ibez - Fogo de Liberação1

171

sendo pequeno aqui, é desaparecendo aqui, que

vocês ressurgem em seu Corpo de Glória. Sejam

envoltos no Amor e no Fogo do seu próprio Co-

ração, Fonte que Somos. Em União, eu transmito

as Bênçãos do Retiro de Ibez e da nossa Divina

Mãe. Fiquem em Paz.

Até breve.

Page 172: Ibez - Fogo de Liberação1

172

Capítulo XII

QUINTO ASPECTO

Saudações irmãos e irmãs. Eu retorno com vo-

cês, em nome do Retiro de Ibez, para dar conti-

nuidade ao que nos já vínhamos tratando a res-

peito dos Sete Aspectos do Fogo de Ibez. Hoje

nós vamos nos aproximar, talvez, através de pa-

lavras, mas verdadeiramente através da Vibra-

ção, do quinto aspecto do Fogo de Ibez. Este

quinto aspecto está ligado ao Centro Planetário

que, talvez, vocês conheçam pelo nome de Lis.

Este Centro Planetário vem continuar ou apre-

sentar certa continuidade ao processo da cons-

ciência em encarnação na sua Revelação, no seu

Reencontro, um Encontro consigo mesma, em

sua Realidade. Ontem nós tratamos do quarto

aspecto do Fogo de Ibez, ligado ao Centro Plane-

tário Erks, e nós ressaltamos profundamente a

Fusão que este Centro representa na vivência da

consciência. Aqui cabe ressaltarmos, mais uma

vez, dois elementos. O primeiro deles, eu já ha-

Page 173: Ibez - Fogo de Liberação1

173

via mencionado anteriormente, se refere ao fato

de que vocês não devem ver estes aspectos do

Fogo do Coração agindo de maneira separada.

Estes aspectos são vividos simultaneamente. No

entanto, um deles assume certa preponderância

na experiência. O outro elemento que deve ser

ressaltado é que cada um desses Fogos de Ibez

contém todos os outros em si. E um elemento

muito importante que pode evitar cristalizações

é que a consciência não depende de um conhe-

cimento ou de uma informação a respeito destes

Centros, a respeito, mesmo, de qualquer reali-

dade Intraterrena, para viver os efeitos destes

Fogos em si. Apreendam bem este aspecto do

processo da consciência. Este aspecto não de-

pende de nenhum conhecimento exterior, não

depende de saber o nome destes Centros, ou

mesmo de ter conhecimento de sua existência.

Porque estes Centros Planetários representam a

própria Consciência de Gaia, representam aspec-

tos do próprio Espírito Planetário e estão em

Page 174: Ibez - Fogo de Liberação1

174

atuação em todos os seres. Bem, dito isto, nós

podemos, então, seguir.

Vocês, talvez, recordam que ontem eu lhes disse

que a consciência naquele estado de Entrega,

que cada vez mais se aprofunda, naquele estado

de Contemplação interior e exterior, começa a

viver a Fusão, uma Fusão com sua própria Es-

sência Solar e, possivelmente, uma Fusão com

consciências irmãs. E esta Fusão com a Essência

Solar é com sua Origem Estelar. À medida que a

consciência vai vivendo estas Fusões, a consci-

ência, então, desperta para este quinto aspecto

do Fogo de Ibez ou Fogo da Liberação. E este

quinto aspecto do Fogo de Ibez vem agir na

consciência para fazê-la experienciar a ausência

de um interior e um exterior. Esse Fogo de Lis

tem a sua nota, a mais marcante, naquilo que

vocês conhecem pelo nome de Androginia, a

Androginia Primordial, justamente porque esta

Fusão ou estas Fusões, que a consciência vive,

levam a consciência a fazer a Fusão daquelas

Page 175: Ibez - Fogo de Liberação1

175

duas estruturas vibratórias, às quais eu me refe-

ri, que são a Coroa Radiante da Cabeça e a Coroa

Radiante do Coração. Em Lis, estas duas estrutu-

ras vibratórias são fundidas e a consciência vive

esta Fusão, de uma forma vibratória, pela Estre-

la AL (Nota: ponto na testa, entre as duas sobran-

celhas) da cabeça que se reverte e se encontra

junto com o 12º corpo (Nota: o 12º Chakra, situ-

ado na ponta do osso do nariz). De modo que

estas duas estruturas se tornam uma só. E aí a

consciência vive a Fusão destas duas Coroas.

Isso assume um passo de suma importância no

processo da Liberação. Naquele momento a

consciência já está liberada. Naquele momento a

Liberação foi efetuada. Resta à consciência viver

seus efeitos, em encarnação, ou não, de acordo

com a sua própria Dança particular. Esta Andro-

ginia representa para a consciência, claro, a

transcendência de toda polaridade, representa

que a consciência vai além de qualquer distinção

de polaridade, mas para sua experiência em en-

Page 176: Ibez - Fogo de Liberação1

176

carnação isto representa que a consciência, na-

quele momento, faz o luto de todo sistema dual.

Naquele momento, qualquer identificação que

possa ainda existir, é dissolvida. Qualquer iden-

tificação com uma visão dual, com uma percep-

ção separada, começa a ser dissolvida. Isso pode

parecer muito simplório, isto pode parecer mui-

to simples para a mente, mas isto é uma vivência

da maior profundidade e à medida que vocês

forem vivendo isso vocês perceberão que isto

representa uma mudança radical de posiciona-

mento. Neste Fogo de Ibez, neste quinto aspecto

do Fogo de Ibez, que é Lis, a consciência vive

este acesso à sua Androginia Primordial, a cons-

ciência vive esta Reversão e a alma está, neste

momento, voltada ao Espírito. A consciência vi-

ve, exteriormente, uma tensão ao Abandono,

uma autopercepção muito concentrada e, mais

ou menos, estável.

Esta tensão ao Abandono é um passo muito pro-

fundo dentro da Reverência, neste voltar-se para

Page 177: Ibez - Fogo de Liberação1

177

a Essência. Só que, naquele momento, a consci-

ência já viveu a si mesma como esta Essência.

Compreendam como isto está bem além das cri-

ações mentais que a humanidade, talvez, ainda,

mantenha a respeito de uma Liberação, de uma

Ascensão. Ali, a consciência experimenta a si

mesma como a própria Essência, de modo que

toda distância começa a ser dissolvida, todo sen-

so de separação começa a ser dissolvido e a

consciência, mesmo em encarnação, passa a vi-

ver estados cada vez mais profundos de Unida-

de, cada vez mais profundos de Fusão com a

própria Vida. Naquele momento, aquilo que eu

falei anteriormente da Paz que se instala nas

expressões exteriores da consciência em encar-

nação e a Alegria que a consciência vive nessa

Fusão, também são transcendidas da seguinte

maneira: aquela Paz que a consciência vive, tem

sua expressão num certo Íntase, esta Paz que a

consciência vive naquele processo da sua Reve-

lação é vivida como uma forma de Íntase, uma

Page 178: Ibez - Fogo de Liberação1

178

Paz silenciosa que se instala e que é vivida sem

demonstrações exteriores. A Alegria da Fusão é

um Êxtase. É algo que abala, inclusive, a expres-

são exterior da consciência, porque ali as vibra-

ções se tornam intensas e a consciência vive,

talvez, certo tremor que perpassa pelo corpo.

Esta Alegria é como um dulçor e uma dor extre-

mamente doce. Algumas Estrelas (nota: consci-

ências assim chamadas por representarem os

doze pontos da Coroa Radiante da Cabeça e tam-

bém por serem, ao lado da Mãe Divina, as ‘criado-

ras’, Elohim Geneticistas, por assim dizer, da ex-

pressão da Vida neste planeta), já trataram com

esta humanidade acerca deste processo, de co-

mo esta Fusão pode ser como uma dor extre-

mamente saborosa e suave. Então, estes dois

aspectos de Êxtase e de Íntase, nesta Alegria

indizível que Lis representa, são transcendidos,

porque a consciência ali não experimenta mais

uma dicotomia de percepção, onde há um interi-

or, onde há um nível invisível, e exterior, um

Page 179: Ibez - Fogo de Liberação1

179

nível visível. Naquele momento a consciência

vive uma fusão dessas duas coisas, uma unifica-

ção, a ausência de marcadores de separação. A

consciência ali aprofunda os estados multidi-

mensionais que começou a viver ao ser envolta

pelo Fogo de Erks. Esta Transcendência dos as-

pectos interiores e exteriores da percepção, para

a consciência encarnada, também representa

que esta consciência transcende todo o senso de

importância que ela concede ao nível da alma, a

este nível invisível, quer seja este nível invisível

considerado como simplesmente o nível das e-

nergias, ou mesmo realidades ditas espirituais,

que estão além do alcance da percepção humana

limitada. Naquele momento, a consciência trans-

cende, definitivamente, toda a ligação com estas

coisas e a Ilusão Luciferiana é completamente

transcendida e apagada. Naquele momento a

consciência não pode mais reivindicar, em en-

carnação, uma vontade pessoal. Ela não pode

desviar a Luz que se manifesta nela mesma para

Page 180: Ibez - Fogo de Liberação1

180

os fins egoístas da personalidade. Naquele mo-

mento a consciência vive num tal estado de Paz

e de Alegria, que ela não pode mais questionar a

experiência exterior e encontrar ali qualquer

falha, qualquer motivo de reclamação ou qual-

quer sofrimento mesmo. Ela está numa aceita-

ção completa nesta experiência, mesmo exterior,

vivendo ali uma integração com todos os ele-

mentos desta experiência.

Lis também tem uma representação outra, que é

além destes dois aspectos de Androginia e Ale-

gria Primordial. Este Fogo de Lis vem preparar a

expressão material da consciência para viver

sua Sacralização. Nesse sentido, o Fogo de Ibez,

em Lis, representa a Transparência, algo que

vibra fortemente no Fogo de Lis como Pureza. A

Pureza de Lis não tem a ver com a pureza com-

preendida pela mente humana e nesse sentido a

Vibração desse Centro Planetário foi intensa-

mente conspurcada pela humanidade, porque ali

colocaram elementos religiosos, valores morais

Page 181: Ibez - Fogo de Liberação1

181

e distorceram a Pureza de Lis com uma compre-

ensão de uma pureza humana, no sentido de

tornar-se puro, limpo, como a mente compreen-

de. Mas isto é uma visão completamente dualitá-

ria e jamais leva à verdadeira Transparência.

Apenas o acesso da consciência à sua verdadeira

Realidade, a aceitação completa da consciência

de que tudo aqui está perfeito, a faz viver este

estado de Transparência, que é a Pureza de Lis.

Apenas esta Fusão, esta Comunhão com o seu

interior, lhe faz viver esta Transparência. Esta

Transparência implica que a expressão material

da alma, tocada por este Fogo, começa a tornar

esta estrutura cada vez mais límpida e transpa-

rente aos impulsos do Espírito. A consciência em

encarnação, ali, reafirma a obediência à Vontade

da Luz, reafirma a obediência à Vontade do Pai,

representado por Mirna Jad e silencia cada vez

mais qualquer vontade pessoal, que possa ali se

colocar como um direcionador e um orientador

da experiência. Aqui não estou dizendo que seja

Page 182: Ibez - Fogo de Liberação1

182

errado dar ouvido à vontade pessoal, mas isto é

um aspecto vivido na infantilidade da consciên-

cia em encarnação. À medida que amadurece na

consciência seu contato interior, ela toma Clare-

za e Lucidez a respeito do que parte de uma von-

tade pessoal e esta ação do impulso interior, que

vem de níveis muito profundos, que vem além

da alma, que vem do Espírito. De modo, que há

uma abnegação de qualquer desejo de ser algu-

ma coisa e ali se abre para a consciência o me-

lhor modo de se estar aqui, que é aquela Infân-

cia, que é esta Via da Simplicidade e da Humil-

dade, que é uma Entrega cada vez mais profunda

à própria Essência, um silêncio de todo desejo

em relação a qualquer coisa que esteja além do

humano e uma aceitação de que, mesmo o hu-

mano, é completamente guiado por este Fluxo.

Isto é vivido com uma verdadeira Transparên-

cia.

Vocês percebem, então, talvez, que esta Trans-

parência não é exatamente esta sinceridade hu-

Page 183: Ibez - Fogo de Liberação1

183

mana, esta sinceridade que esta passível de ser

manipulada pelo próprio ego, para ofender e

ferir seus irmãos. Esta Transparência é uma ex-

pressão material da consciência transparente à

sua própria Essência. Isto quer dizer estar em

Entrega total e confiança total no Princípio Inte-

ligente que guia esta experiência. Isto é estar

transparente aos Impulsos da Luz e não mais

dar ouvidos aos questionamentos da mente que

apresentam ali contrapontos àquilo que é o Im-

pulso Interior.

Bem, é preciso ver estes três elementos deste

quinto aspecto do Fogo de Ibez de uma forma

Una. Esta Androginia é a realização da própria

Essência que a consciência é, e é a preparação

para que a matéria que esta consciência ocupa,

seja reunificada. Esta Alegria indizível é o pró-

prio fruto da transcendência de toda dualidade e

a extração da consciência do nível do sofrimen-

to, que está ligado à ignorância, ao esquecimento

de si. Esta Transparência é, justamente, este es-

Page 184: Ibez - Fogo de Liberação1

184

tado de Alegria indizível e esta Androginia, que

no final das contas, fecham numa coisa só: a rea-

lização da Unidade pela consciência em encar-

nação. Nesse ponto a consciência começa a viver

um modo de funcionamento muito diferente. Ao

invés de encarar a sua expressão material como

um inimigo, a qual ela deve vencer e subjugar, a

consciência vê nessa expressão material um

grande aliado para o cumprimento da sua mis-

são aqui. Hum... Esta palavra vai despertar mui-

tos conceitos humanos. De logo, eu digo, que

esta missão não tem nada a ver com tudo o que

lhes foi ensinado a respeito de uma missão nesta

Terra. A única missão de cada consciência aqui é

Realizar o próprio Ser, é fazer a relembrança do

que realmente se É e, assim, permitir à matéria

que seja reunificada. Esta é a única missão, esta

é a única tarefa. Enquanto a consciência não se

dá conta disso, ela continua na sua identificação

a correr atrás de elementos exteriores, atrás de

uma busca espiritual que é sempre vã e conduz

Page 185: Ibez - Fogo de Liberação1

185

sempre à frustração. Bem, esta frustração está

também a serviço do Fluxo, desta Dança Cósmi-

ca, porque esta frustração vai cansar, uma hora,

a própria mente de continuar apresentando

busca exteriores. Mas, esta Alegria indizível, esta

Transparência, é um toque deste Fogo na sua

expressão material, que começa a fazer reunifi-

cação desta matéria.

Então, como eu disse, ali a consciência não vive

mais um processo de antagonismo com sua ex-

pressão material, ao contrário, tudo o que parte

dessa consciência é o Amor que ela É, a tudo,

inclusive aos seus corpos e aos corpos de suas

consciências irmãs e irmãos. Bem, neste ponto,

mesmo esta visão de que há consciências irmãs

e irmãos, começa a ser transcendida, porque a

consciência ali começa a viver na ação deste Fo-

go um processo de Dissolução, a Dissolução des-

ta individualidade. Mas isto vai ser mais profun-

damente tratado nos próximos aspectos que nós

temos ainda a tratar a respeito deste Fogo. Vo-

Page 186: Ibez - Fogo de Liberação1

186

cês tem alguma questão a apresentar a respeito

disto que foi dito?

Participante: Você falou agora sobre a mis-

são. Isso tem a ver com a Promessa e o Jura-

mento?

Varuna: É exatamente a mesma coisa. E esta

Promessa e este Juramento, eu relembro, é reali-

zar o Ser aqui, é fazer a relembrança de sua E-

ternidade. E nada mais. Tudo isto que vem des-

tas visões espiritualistas humanas como: missão

de almas, carma e deveres e obrigações, tudo

isto foi um blá, blá, blá, como vocês dizem, que

lhes contaram para lhes manterem numa busca

exterior.

Bem, aqui eu tenho alguns elementos históricos

a dar, com relação a Lis. Lis teve a sua expressão

no nível Intraterreno, um pouco após a criação

do Vórtice Intraterreno ligado à Aurora. Aurora,

para a consciência planetária, representa a en-

carnação completa da Energia Feminina. De mo-

do que Aurora na Intraterra é onde se assenta a

Page 187: Ibez - Fogo de Liberação1

187

Consciência Mãe, aquela que vocês chamam de

Maria, a Deusa Universal. Aurora, na Intraterra,

é o Centro Planetário que representa, para todos

nós, a expressão desta Consciência Feminina,

desta Fonte, que é Sírius. E Lis foi criada como

uma ligação, foi criada como um polo de Aurora,

de modo que este Vórtice, que é Lis, esta Cidade

Intraterrena que ancora este Centro Planetário,

tem um aspecto um tanto diferente. Lis, entre os

Centros Planetários que encontram sua expres-

são na Intraterra, é orientada ou habitada por

aquilo que vocês chamariam de Consciências

Angélicas. Eu lhes disse que a Intraterra, a maior

parte desses Retiros Intraterrenos, entre os

quais se encontram aqueles que ancoram os

Centros Planetários, foram criados e estão sendo

habitados por Famílias Cósmicas que faziam a

experiência na superfície da Terra ou que já es-

tavam mesmo na Intraterra, antes do esqueci-

mento, antes da dissociação. No entanto, Lis é a

expressão da Consciência Angélica, ligada a Gaia.

Page 188: Ibez - Fogo de Liberação1

188

E nesse sentido, aquele Centro Planetário é um

Centro um tanto oculto e, justamente por isso,

foi tão alvo de distorções e de falsificações, den-

tro disso que vocês conhecem como espirituali-

dade humana. Agora, o fato deste Centro Plane-

tário, em uma expressão intraterrena, ser guiada

por estas Consciências Angélicas, tem um ele-

mento bastante interessante para a experiência

da Liberação da Terra. Porque este Centro Pla-

netário, que é Lis, age profundamente na sua

estrutura etérea e é, justamente, nesta faixa vi-

bratória que é Lis, onde acontece a Fusão dos

Éteres; onde esses corpos ilusórios, como sejam

o astral, o mental e o causal, vão sendo sidera-

dos e o próprio corpo etérico, ali, é retificado

pela Fusão dos Elementos e pelo restabeleci-

mento do verdadeiro Éter. De modo que Lis

guarda as Chaves e trabalha intensamente, hoje,

neste processo de a consciência recobrar sua

Autonomia e sua Liberdade, pela reconstrução

de um Corpo de Existência numa imagem perfei-

Page 189: Ibez - Fogo de Liberação1

189

ta sobre este veículo, pela retificação do Corpo

Etérico. De modo que o Corpo Etérico, antes fal-

sificado e ligado às funções da dissociação, as-

sume seu verdadeiro posto de veículo da consci-

ência, dando à consciência experimentar estados

cada vez mais profundos de Multilocalização.

Este é um aspecto prático de Lis na Liberação do

planeta. A dissolução deste emocional, deste

mental e deste causal, liberando assim o corpo e

a alma dos entraves para viver a sua Reunifica-

ção, ou sua Sacralização, e o acesso da consciên-

cia ao seu Duplo Etérico, retificado, seu verda-

deiro Duplo Etérico.

Bem, Lis é regida - se nós podemos usar esta

palavra, dentro de certo limite, porque esta ideia

de controle é muito forte na mente humana -

mas o que eu quero dizer é que este Centro Pla-

netário tem uma íntima ligação com aquela

Consciência Arcangélica que vocês conhecem

pelo nome de Anael. Anael é o Arcanjo que, neste

Sistema Solar, representa o Amor Vibral e a Re-

Page 190: Ibez - Fogo de Liberação1

190

lação, de modo que Lis é justamente - quando eu

falo de Lis, eu não estou me referindo à Cidade

Intraterrena, compreendam bem, eu falo de Lis

como esta Faixa da Consciência de Gaia, como

este aspecto vibratório de Gaia, que todos aces-

sam, todos tem em si integrado, porém esqueci-

do - este espaço, se podemos dizer assim, onde a

consciência vive e toca este Amor Vibral, que

está para além de qualquer emoção humana,

sentimento humano, por mais elevado que a

mente considere este sentimento. Porque todo

sentimento está baseado num apego, está base-

ado num controle e numa falta que é refletida

interiormente. Em Lis, esta falta se faz estranha.

Em Lis, o verdadeiro Amor Vibral é reconhecido

pela consciência e uma verdadeira Relação se

estabelece, uma relação que não está baseada

numa dicotomia, num controle e numa submis-

são, mas uma Relação que é baseada na própria

Fusão de Consciências, onde tudo é Um, onde

todos são Um e a mesma Essência.

Page 191: Ibez - Fogo de Liberação1

191

Bem, como de costume, eu vou lhes passar a

Chave ligada a este aspecto do Fogo de Ibez, que

é o quinto e é expressão de Lis. A Chave Mântri-

ca ligada a este Centro Planetário é: “Isinlah”.

E vocês podem usar esta Chave em seus momen-

tos de alinhamento e de recolhimento para o

Contato e a Comunhão com este Centro Planetá-

rio. Vocês tem ainda alguma questão? Bem, en-

tão se vocês não têm questões, eu transmito as

Bênçãos deste Centro Planetário, que é Lis e o

Fogo de Ibez e eu lhes convido a viver um mo-

mento de Comunhão com Gaia.

... Comunhão vibratória...

Algumas palavrinhas a respeito de Gaia. Esta

Consciência, pois Gaia é uma Consciência, este

Espírito Planetário, abarca todas as expressões

neste momento em seu corpo, em sua expressão

material, que é este planeta. Esta Mãe, pois, para

esta expressão material, Gaia é verdadeiramente

uma Mãe, está muito próxima das consciências

Page 192: Ibez - Fogo de Liberação1

192

que animam estas formas materiais. De modo

que, Gaia, para vocês, como para todos nós, é o

fio de ligação com o Universo. Bem, para aqueles

que ainda não mergulharam em sua própria Es-

sência, de modo que estas ferramentas se tor-

nam desnecessárias, Gaia é uma Porta de Fusão,

uma Porta de Comunhão com todo este planeta

e diretamente com Sírius, porque o Sol ao qual

este planeta está ligado é, verdadeiramente, Sí-

rius. Eu transmito, então, este Chamado de Gaia

à Comunhão. Esta Comunhão pode se dar atra-

vés dos elementos da natureza. Esta Comunhão

pode se dar, especialmente, através de seu Cora-

ção. Pois este Espírito Planetário, que permite

com que todas estas formas se mantenham coe-

sas e em cujas mãos está o momento final da

Liberação deste planeta, se abre a todas as cons-

ciências para a experiência de Amor Vibral. Eu

lhes convido a um destes momentos. Em Silêncio

e em Reverência. Abençoados sejam e que esta

Paz seja o ponto de sua atenção, nestes dias. Fi-

Page 193: Ibez - Fogo de Liberação1

193

lhos e Filhas da Eternidade, fiquem em Paz, se-

jam abençoados. Eu transmito as Saudações da

Equipe Nazcan a esta Rede.

Fiquem em Paz.

Page 194: Ibez - Fogo de Liberação1

194

Capítulo XIII

SEXTO ASPECTO

Saudações irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna

e venho do Retiro de Ibez para dar continuidade

às nossas comunicações e nossas comunhões a

respeito dos Sete Aspectos do Fogo de Ibez na

consciência em seu processo de Liberação. Se

vocês bem recordam nós demos um passo mais

profundo neste processo de Liberação de cons-

ciência e desenvolvemos com vocês o Fogo de

Ibez que age através do Centro Planetário Lis. Eu

lhes dei alguns elementos referentes a este Fogo

em Lis, este quinto aspecto do Fogo de Ibez. E

naquele momento em que a consciência é tocada

por este Fogo, esta consciência passa pela reuni-

ficação das polaridades conhecidas na experiên-

cia de encarnação, de modo que a consciência

realiza sua Androginia Primordial. De forma

que, nesta Fusão intensa com sua Essência Solar,

esta consciência vive momentos de uma Alegria

indizível, onde o exterior e o interior, como po-

Page 195: Ibez - Fogo de Liberação1

195

los opostos, são completamente apagados e a

consciência ali não vive mais uma dicotomia, por

mais sutil que seja, entre uma realidade dita in-

terior e uma realidade exterior. De modo que a

consciência começa a expressar esta Pureza de

Lis, que nada mais é do que uma Transparência,

uma Transparência aos impulsos interiores e

uma Transparência dos próprios veículos em

expressar estes impulsos. Bem, a mente, neste

momento, silencia. A mente, como este elemento

julgador e discriminador da experiência, cala. E

não se arroga mais a posição de dizer que im-

pulsos são válidos ou não.

Bem, hoje nós nos acercamos do sexto aspecto

do Fogo de Ibez. Este sexto aspecto do Fogo de

Ibez age através do Centro Planetário que vocês

conhecem por Iberah. Então vamos entrar, de

novo, na historinha contada, não é mesmo? Ibe-

rah é esta faixa da Consciência de Gaia, é este

aspecto do Espírito Planetário, que encarna vi-

bratoriamente a Radiância do Arcanjo Metatron.

Page 196: Ibez - Fogo de Liberação1

196

De modo que Iberah, em Gaia, é a expressão de

um daqueles Hayot Ha Kodesh, ou um dos Qua-

tro Cavaleiros, ou ainda um dos Quatro Elemen-

tos. Iberah expressa a Essência de Vehuiah, o

Espírito do Fogo. Aqui as coisas ficam muito in-

teressantes. Iberah é puro Fogo e Fogo Puro. É

essencialmente Fogo e é o Fogo da Essência. E

há esse Fogo de Ibez se expressando através de

Iberah. Então vocês podem imaginar ou supor

que a ação de Iberah na consciência, como no

planeta, vai ser algo de extremamente profundo

e extremamente impactante. E verdadeiramente

é. E ali se pode viver esta ação de duas formas,

claro. Bem, eu lhes disse que em Lis acontece a

Fusão disso que são os Éteres, que ali a consci-

ência vive a dissipação desses véus ilusórios,

destas camadas isolantes que lhes deram os

nomes de astral, mental, causal. Isto acontece

em Lis, Lis como Centro Planetário, como aspec-

to da Consciência Planetária. Iberah, no entanto,

vem fazer isto no nível planetário e num nível

Page 197: Ibez - Fogo de Liberação1

197

muito físico, também. Talvez seja de seu conhe-

cimento que este Sistema Solar, como este pla-

neta, possui três véus isolantes, os quais a ciên-

cia deste mundo chama de heliosfera, magnetos-

fera e ionosfera. Bem, a ciência diz que estes

véus são necessários para a proteção do planeta

e deste Sol, de irradiações que vem de outros

pontos da Galáxia. Mas a vocês, se ponham uma

pergunta: no estado de Unidade, onde pode ha-

ver dano? No estado de Unidade, onde pode ha-

ver vítima? Isso não faz muito sentido, mesmo

se vocês puserem esta lógica humana para fun-

cionar. Então, o Fogo de Iberah vem agir no nível

físico, justamente na dissolução destas camadas

isolantes, que não tiveram nenhum propósito a

não ser permitir a experiência de esquecimento

e o aprisionamento das consciências numa di-

mensão cuja percepção é separada.

Bem, a ação de Iberah vai muito mais profun-

damente ainda do que isto. Essa é a ação de Ibe-

rah no nível planetário. E se vocês olharem ao

Page 198: Ibez - Fogo de Liberação1

198

redor e se inteirarem do que acontece na super-

fície do planeta, vocês verão aí a ação de Iberah

em plena atividade, através destes Quatro Ele-

mentos e de suas expressões materiais. Mas Ibe-

rah guarda um grande tesouro para a consciên-

cia em seu processo de Liberação. Eu lhes disse

anteriormente que aquele primeiro Centro, a-

quele primeiro aspecto do Fogo de Liberação,

vem pôr em vibração a estrutura que vocês co-

nhecem pelo nome de Coroa Radiante da Cabe-

ça. E que o quarto aspecto viria pôr em vibração

a estrutura conhecida como a Coroa Radiante do

Coração. E que em Lis estas duas Coroas se fun-

dem. Bem, Iberah completa o Tubo de Luz ou o

Tubo do Éter, que é a imagem perfeita de Meta-

tron em seus Corpos de Seidade, e vem pôr em

ativação o Sacro. Mas não daquele modo como

muitos seres humanos viveram através de um

processo de ativação de Kundalini e coisas pare-

cidas. Os efeitos desta ação no Sacro, por este

Fogo de Iberah, são muito mais intensos. Claro,

Page 199: Ibez - Fogo de Liberação1

199

pode sempre se dar este nome de Kundalini, e aí

a utilização da palavra não faz muita diferença.

Mas muitos seres descreveram processos liga-

dos a esta Kundalini, que não queriam dizer,

nada mais nada menos, do que a perfuração,

através de uma energia que sobe através da co-

luna, disto que se chama Terceiro Olho. A ação

de Iberah, claro, entra em plena atividade, jus-

tamente, após o apagamento deste Terceiro O-

lho. E se ainda resta, por ventura, alguma possi-

bilidade de expressão desse tipo de projeção e

ilusão, o Fogo de Iberah vem aí agir, para a sua

exterminação sumária. Bem, esta Vibração, este

Fogo, que põe em ação o Sacro, vem trazer à

consciência a experiência daquilo que vocês

chamam de Onda da Vida ou Onda do Éter. Ibe-

rah está intimamente ligado com esta Onda,

porque Iberah é o Canal que parte do Núcleo

Cristalino deste planeta, e que é o condutor des-

ta Onda da Vida, que deve subir através dos seus

pés e chegar neste nível do Sacro. Aí a consciên-

Page 200: Ibez - Fogo de Liberação1

200

cia vive um processo muito interessante, porque

aqueles pequenos medos, aqueles pequenos a-

pegos, já foram dissolvidos à medida que a cons-

ciência ia abandonando o pequeno ‘eu’, à medida

que a consciência ia se abrindo para a sua Reali-

dade Cósmica. O Fogo de Iberah vem aportar à

consciência a possibilidade, agora, de transcen-

der mesmo este nível do Si, este nível do Eu Sou.

Este Fogo de Iberah vem aportar à consciência a

possibilidade de viver sua dissolução no Absolu-

to. Este Fogo, quando age no nível do Sacro, vem

expor à consciência todos os medos ou o Medo

essencial de toda alma, este medo ligado a um

instinto de sobrevivência e de autopreservação.

Ali os medos e apegos coletivos são postos face à

consciência, não para um exame e nem para a

procura de uma razão para a existência destes

medos, mas apenas para que haja Lucidez em

relação a isto, de modo que eles sejam dissolvi-

dos. Então, este Fogo de Iberah vem, de certa

forma, siderar estas estruturas ou estes dois

Page 201: Ibez - Fogo de Liberação1

201

chakras inferiores, ligados a um medo e um ape-

go essenciais da personalidade, ou mesmo da

alma, e colocar ali, à consciência, uma Lucidez,

em relação a estes medos e apegos coletivos.

Estes medos e apegos não tem sua origem em

experiências que vocês fizeram enquanto esta-

vam identificados em eventos particulares. Estes

são medos e apegos que estão enraizados nas

próprias células, e neste ponto, Iberah nos trás

outro de seus aspectos.

Este Fogo de Ibez, agindo neste Centro Planetá-

rio nos revela mais um de seus aspectos e este

aspecto tem por nome Sacralização. Este Fogo

de Iberah age em conjunto com este Fogo de Lis,

porque como eu lhes disse em outra oportuni-

dade, este Fogo de Lis vem imantar esta expres-

são material da consciência pondo-a em Trans-

parência em relação à Essência. Este é o princi-

pio da ação de Iberah, também, no sentido de

que este Fogo de Iberah vem Sacralizar a maté-

ria. É neste de Fogo de Iberah que esta matéria,

Page 202: Ibez - Fogo de Liberação1

202

que se crê separada, esta matéria que dá à cons-

ciência experimentar uma realidade de separa-

ção e de distância, é neste Fogo que esta matéria

passa, então, por sua Reunificação, de modo que

nem mesmo a matéria se vê mais distante da

Essência, mas se encontra fundida e unida com

esta Essência. O Fogo de Iberah é Sacralização. E,

claro, muitos verão neste Fogo que está em ação,

neste momento, sobre o planeta, um terror e

uma destruição. Isso se deve apenas à visão que

permanece identificada com o efêmero. Ora, a

natureza do humano, a natureza desta expressão

material, é puramente efêmera, é passageira. Se

identificar a uma forma passageira é abrir as

portas para o sofrimento. E a Luz que vem em

direção a este planeta, vem dissolver, justamen-

te, o efêmero, para permitir à consciência fazer a

experiência de sua Eternidade. A visão identifi-

cada e separada verá ali destruição, fim e morte.

Isto é uma ilusão. Isto não corresponde, de for-

ma alguma, à Realidade, embora seja a realidade

Page 203: Ibez - Fogo de Liberação1

203

dos seres que vivem isto desta forma. Mas a cada

consciência, aqui, se apresenta a oportunidade

de viver isto com a maior das Alegrias e o maior

dos Êxtases, uma vez que o que vem para dissol-

ver este efêmero, vem para fazer com que este

mundo desapareça e não o que você realmente

É. Este Fogo vem, de certa forma, siderar ou

fulminar tudo aquilo que é da ordem da duali-

dade, da separação, mas a sua Essência, que é

Eterna, tem a mesma natureza deste Fogo. Este

Fogo não vem de fora, embora numa represen-

tação exteriorizada, será isso que será experi-

mentado. Este Fogo vem da sua própria Essên-

cia, pois este Fogo é sua própria Essência. Então,

Iberah tem estes aspectos em sua atuação.

Este Fogo da Liberação, através de Iberah, vem

aportar Sacralidade. Esta Sacralidade é vivida

de uma maneira muito efetiva pela consciência

em encarnação. A consciência ali, vivendo este

Fogo, vivendo a subida desta Onda da Vida e

vivendo a dissolução de seus medos e seus ape-

Page 204: Ibez - Fogo de Liberação1

204

gos, que não são seus, mas da expressão materi-

al que é ocupada, passa a perceber a Sacralidade,

mesmo por detrás do efêmero. Até certo ponto

do acesso da consciência ao estado de Si, ao es-

tado chamado Eu Sou, há na consciência uma

tendência a se afastar de coisas que são conside-

radas como inadequadas, como coisas a serem

evitadas. Neste ponto em que este Fogo da Sa-

cralização entra em atividade, não pode haver aí

mais este jogo aparente de adequado e inade-

quado, aquilo que convém e que não convém. A

consciência começa a viver a liberação de todas

estas amarras e condicionamentos da consciên-

cia. Vocês devem lembrar, mais uma vez, que a

ação destes Fogos, destes Sete Fogos, é muito

frequentemente concomitante, simultânea, de

modo que desde o primeiro momento em que o

primeiro aspecto entra em ação, um dos aspec-

tos de cada um destes outros seis, também co-

meçam a entrar em ação. Por isso em nossa co-

municação eu repasso a vocês elementos que

Page 205: Ibez - Fogo de Liberação1

205

podem já estar em atuação deste certo tempo.

Esta ação de Iberah, que vai conduzir a matéria à

Sacralização, é vivido, agora, por um bom núme-

ro de seres na superfície do planeta. Aí se apre-

senta outro limiar para a consciência. O limiar

último. A consciência, talvez, tenha vivido já o

abandono do 'eu', o abandono do personagem, o

abandono de tudo o que ela cria ser. Agora este

Fogo apresenta à consciência outro limiar, e este

é o definitivo. O abandono mesmo desta Identi-

dade Cósmica, que a consciência descobre ser.

Hum, bem, pode surgir a ideia: “nossa, mas ti-

vemos que trabalhar tanto para chegar ao Eu

Sou e agora também temos que abandonar is-

so?”. A verdadeira Liberação, a verdadeira Uni-

dade, e mais do que isso, aquilo que não pode

ser posto em palavras, é justamente a dissolução

de toda individualidade. Isto não quer dizer a

dissolução de uma forma. Isto quer dizer apenas

que a Essência ali acessa a verdadeira Realidade,

que a consciência ali vive - não a experiência,

Page 206: Ibez - Fogo de Liberação1

206

porque mesmo este termo seria limitar o Abso-

luto – mas realmente uma dissolução neste Ab-

soluto, em que a consciência se descobre, nem

mesmo mais como consciência, e sim como o

conjunto do Manifesto e do Imanifesto. Bem, a

respeito disso não há muito que ser dito. As ori-

entações, as mais práticas, são que quanto mais

facilmente vocês aceitam abandonar tudo o que

creem ser, que isto seja da ordem da personali-

dade ou da ordem de uma Identidade Cósmica,

mais facilmente vocês viverão esta dissolução no

Absoluto. Mas isto não é uma obrigação, com-

preendam. É sua total liberdade manter uma

forma e uma identidade, se assim a consciência

deseja - embora essa palavra 'deseja' nem se

aplique à realidade da consciência, mas por falta

de algo mais adequado, estamos aqui a usá-la.

No entanto, este momento é um momento de

Liberação, é um momento de Sacralização deste

planeta, em que este Fogo de Iberah, não se acha

somente em ação em sua consciência, em seus

Page 207: Ibez - Fogo de Liberação1

207

corpos, mas no conjunto deste planeta. E aí, de

seu Abandono, de sua Entrega e de seu estabele-

cimento na Paz de seu próprio Coração, vai sur-

gir um posicionamento em Paz, um posiciona-

mento sereno, diante do que quer que os olhos

possam lhe apresentar, pela ação deste Fogo na

realidade exterior. É preciso aceitar nada ser

aqui. Se há algo que esse Fogo vem transmitir, é

isto: para ser o Todo, é preciso ser nada. Esta

Onda da Vida, que é vivida pela ação deste Fogo

de Ibez, em Iberah, age nesta estrutura e é per-

cebida como um movimento vibratório, que so-

be pelas pernas e em algum momento se instala

nesta região do baixo ventre, na região deste

sacro. E ali ela vai agir sobre aquelas duas estru-

turas, aquilo que vocês conhecem como primei-

ro e segundo chakras, que são estas duas estru-

turas que, na experiência de esquecimento, es-

tão extremamente ligadas à autopreservação, ao

apego e à sedução. De modo que, nesse momen-

to, a consciência será colocada de frente a este

Page 208: Ibez - Fogo de Liberação1

208

apego e a este medo essencial. Pode ser que ali a

consciência se questione, porque parece que

tudo o que foi percorrido e tudo o que foi vivido,

de repente se apagou e se voltou de novo a este

estado em que surge o medo e se vê o apego. Ali

não se deve se inquietar, isto é uma etapa e isto

é necessário. Isto corresponde justamente àqui-

lo que foi vivido pelo Cristo - simbolicamente,

talvez, não é mesmo? – por aquela Crucificação,

em que havia ali a necessidade de se fazer o a-

bandono do Si, o abandono mesmo dessa identi-

dade recém descoberta. E ali ele diz: "Pai, por-

que me abandonastes?". Mas para em seguida,

após aquele processo sendo vivido, ele dizer:

"Em tuas mãos entrego meu Espírito". Nesta

simbologia está a essência do que é esta Crucifi-

cação ou esta Passagem da Porta Estreita, que

acontece quando a Onda da Vida, tendo dissolvi-

do este conjunto de medos e apegos essenciais,

se eleva então, para, passando por esta Porta

Estreita, então, atingir o Coração, subir pela ca-

Page 209: Ibez - Fogo de Liberação1

209

beça e lhes dar a viver a sua única Realidade, o

Absoluto. Bem, para aqueles que estão vivendo,

neste momento, qualquer um destes aspectos do

Fogo de Iberah, eu apenas lhes digo para se

manter em Paz e em Serenidade, para ser nada

aqui, para aceitar desaparecer neste Fogo, pois é

aí que vocês vão encontrar o que vocês realmen-

te são: Um Amor indizível, uma Luz indizível, um

Êxtase indizível, o Absoluto, que está para além

de toda concepção e compreensão humanas.

Bem, se vocês tem alguma questão a apresentar

a respeito disso que foi dito, o espaço está aber-

to. A Chave Vibratória ligada a este sexto aspecto

do Fogo de Ibez, que lida com este movimento

de Iberah, este Fogo de Iberah, é: "Farlon-Ishin".

Vocês podem usar esta Chave Vibratória em

seus momentos de recolhimento, em seus mo-

mentos de silêncio.

Bem, se não há questões, então eu lhes transmi-

to esta Paz, eu lhes transmito esta Alegria de sua

própria Essência. E desejo a vocês uma boa Pas-

Page 210: Ibez - Fogo de Liberação1

210

sagem, uma boa Revelação. Mantenham-se em

Paz e em Serenidade. Sejam abençoados, Filhos

da Luz. Até breve.

Page 211: Ibez - Fogo de Liberação1

211

Capítulo XIV

SÉTIMO ASPECTO

Saudações irmãos e irmãs, Filhos do Um. Eu re-

torno entre vocês para finalizarmos a série de

nossas comunicações, de nossas comunhões,

dentro destes Sete Aspectos do Fogo de Ibez,

agindo nestes Centros Planetários, nestas Faces

de Gaia. Em nosso último encontro nós lhes de-

mos alguns elementos acerca da ação de Iberah,

da ação deste Fogo de Liberação agindo em Ibe-

rah, como uma Transubstanciação da matéria,

como uma Sacralização da matéria, como uma

Reunificação de seu campo de percepção. Este

aspecto, em Iberah, age profundamente ligado e,

especialmente de forma simultânea, a este últi-

mo aspecto do Fogo de Ibez, que se traduz em

Miz Tli Tlan. Quando este Fogo de Ibez, agindo

em Iberah, impulsiona esta Transparência na

expressão material da consciência, impulsiona

esta Sacralização, este Fogo de Ibez em Miz Tli

Tlan, age aí concomitantemente. O que isto quer

Page 212: Ibez - Fogo de Liberação1

212

dizer? Que à medida que a consciência em en-

carnação experimenta esta Sacralização do seu

campo de percepção, esta consciência se apro-

funda e é convidada, insistentemente, a fazer o

abandono de Si mesma. Isto não é mais o aban-

dono do personagem, compreendem? Porque

para a consciência se descobrir em sua Expres-

são Multidimensional, em sua Essência Solar, ali

houve a necessidade de uma transcendência do

personagem, de um abandono do 'eu'. Então, a

consciência em encarnação - lembrando nova-

mente que isto é válido para a consciência em

encarnação em um mundo de matéria que se crê

separada - vai fazendo experiências ou vai to-

cando sua Realidade Multidimensional, vai se

estabelecendo neste Si Mesma, e quando este

Fogo de Ibez, através de Iberah e de Miz Tli Tlan,

age sobre a consciência ou desperta nessa cons-

ciência, chegou o momento de ela fazer o Aban-

dono de Si Mesma. Isto é, aceitar deixar de exis-

tir.

Page 213: Ibez - Fogo de Liberação1

213

Eu lhes disse que este movimento vibratório que

se chama Onda do Éter ou Onda da Vida, que é

uma expressão deste Fogo de Ibez em Iberah,

vem pôr à consciência medos e apegos essenci-

ais ligados, justamente, à manutenção, ainda, de

uma identidade. Este Fogo agindo em Miz Tli

Tlan vem interrogar a consciência, uma última

vez, se ela aceita deixar de existir, para se esta-

belecer no Absoluto. Bem, compreendam que

isto, este estabelecer-se no Absoluto, é um esta-

do de "a-consciência". Ali a consciência se apaga

neste Absoluto. Isto não quer dizer, é claro, que

esta consciência não possa ressurgir assumindo

uma forma, ou mesmo esta Realidade Multidi-

mensional, mas para que se faça - tomando aqui

de uma ousadia linguística - a experiência deste

Absoluto, é preciso aceitar apagar-se, é preciso

aceitar ir além de todo o medo e de todo o ape-

go, que possam surgir na consciência, mesmo

fazendo a experiência de sua Multidimensiona-

lidade, porque ali há, ainda, uma identificação

Page 214: Ibez - Fogo de Liberação1

214

com uma individualidade. Bem, nem todos os

seres viverão este apagar-se no Absoluto desta

forma, mas aqueles que não viverem agora, cla-

ro, viverão isto num momento, porque isto é

inevitável. A consciência é uma expressão do

Absoluto e Àquilo deve retornar. Mas estes ele-

mentos aqui estão sendo dados, porque alguns

irmãos são chamados a viver justamente este

processo. Algumas consciências tem, em seu

caminho, em sua Dança, viver isto Aqui e Agora.

Então, este Fogo de Iberah vai agir na expressão

material, vai agir sobre o campo de percepção e

vai, de certa forma, expurgar estes últimos me-

dos e este último apego que se encontram ainda

na própria célula, ou ainda neste núcleo anímico,

e vai apresentar à consciência a Passagem desta

Porta Estreita. De modo que ali é vivido um Gozo

e um Êxtase Infinitos, esta Última Presença, pa-

ra, então, o Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,

apresentar à consciência a refutação de tudo

isto. Não uma rejeição, um julgamento, nada dis-

Page 215: Ibez - Fogo de Liberação1

215

to, apenas aceitar se apagar nesta Presença Úl-

tima, neste Êxtase e Gozo Infinitos. Não há nada

que possa ser dito a respeito desta – de novo,

usando de uma ousadia linguística - experiência

do Absoluto, mas há alguns aspectos deste Fogo

de Miz Tli Tlan, que estão presentes desde aque-

le primeiro momento em que a consciência em

encarnação é tocada pela Essência Desconheci-

da.

De fato, o Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,

começa a atuar na consciência desde o primeiro

momento, uma vez que Miz Tli Tlan, na Consci-

ência Planetária, representa o Absoluto, repre-

senta aquilo que engloba o Manifesto e o Imani-

festo. Este Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,

vem se apresentar à consciência desde aquele

primeiro momento, como um chamado e um

impulso ao Silêncio. Verdadeiramente, Miz Tli

Tlan é a Essência Silenciosa. É a Presença Últi-

ma. É um Silêncio do Silêncio. É o Centro do Cen-

tro. É o Coração do próprio Coração Vibral. E

Page 216: Ibez - Fogo de Liberação1

216

este aspecto do Silêncio, vital para a liberação da

consciência, toca-a desde as suas primeiras eta-

pas do Despertar. Este chamado, esta atração

por um recolhimento, por um silêncio de tudo,

às vezes se traduzindo até - como a mente possa

compreender - por um desejo de não mais exis-

tir, por um desejo de se apagar. Bem, não con-

fundam isto com estas anomalias presentes no

corpo emocional, que fazem o ser humano acre-

ditar que dar cabo da própria vida vai resolver

as coisas. Nós não estamos a tratar disto, e sim

de uma Lucidez a respeito de tudo isto. Vocês

sabem que dar fim a este corpo só vai lhes jogar

do outro lado deste véu, de modo que vocês vão

ser jogados de cara com tudo o que os acompa-

nha aqui, os mesmo apegos, os mesmos questio-

namentos.

Bem, este chamado, este impulso ao Silêncio, é

algo que vem permeando a consciência, é algo

que a atrai para o centro de si mesma. Isto vai

tendo sua expressão em cada uma das etapas

Page 217: Ibez - Fogo de Liberação1

217

que nos já tratamos. Isto vai dar à consciência

fazer a experiência do abandono, de se colocar

como observador, de aceitar transcender o per-

sonagem para se descobrir como uma Essência

Multidimensional, uma Fusão com sua Essência

Solar. Leva a consciência, neste mesmo impulso

de silêncio, à Fusão das polaridades, à subse-

quente transparência de sua expressão material,

como também, à melhor forma de viver esta On-

da da Vida, a melhor forma de viver este abalo

no âmago, este sacudir nas estruturas, esta infu-

são no núcleo das células, para ali fazer desper-

tar a sua Luz. No momento em que a consciência

decide - e isto não é bem uma decisão como vo-

cês possam compreender, esta decisão não é

com a mente, isto é um processo vibracional e

para-vibracional, bem além de qualquer vibra-

ção. Mas quando a consciência ali entrega e faz o

abandono de si mesma, descobre que não é ani-

quilamento o que aquilo representa, não é morte

o que aquilo representa, não é desaparecer o

Page 218: Ibez - Fogo de Liberação1

218

que aquilo representa. Bem ao contrário, é a

verdadeira Vida, é a única Realidade, é o Ilimita-

do, e mesmo além do Ilimitado. É algo que,

quando a consciência retorna à forma, se assim

acontecer, ela não pode colocar ali palavras, pois

qualquer palavra colocada sobre aquilo seria

uma limitação, seria uma inverdade. Aquilo é

expresso, muito mais eficazmente, neste Silên-

cio, nesta Essência Silenciosa, que este Fogo, em

Miz Tli Tlan, representa.

Aqueles que vivem estes momentos, esta ação

conjunta do Fogo de Iberah e de Miz Tli Tlan, em

si, não tem nada a fazer, a não ser se colocar ca-

da vez mais nesta Serenidade, cada vez mais

neste Silêncio, fazendo a transcendência destas

dúvidas e questionamentos que possam surgir.

Este Fogo de Miz Tli Tlan, quando age na consci-

ência, produz um silêncio muito profundo, além

do silêncio mental, além do silêncio físico. Pro-

duz um silêncio, inclusive, das vibrações. Naque-

le momento, estas vibrações foram todas inte-

Page 219: Ibez - Fogo de Liberação1

219

gradas e surge o silêncio da vibração. Este é o

anúncio do Basculamento Final, este é o anúncio

da Dissolução da consciência no próprio Absolu-

to, que é a sua Essência Desconhecida. Então, ali,

não há o que fazer, senão manter esta posição de

observador da Vida, e permitir que o observador

se apague. Bem, ali, esta Lucidez já foi vivida em

certo grau, mais ou menos profundo, de acordo

com cada caminho, com cada Dança, e esta Luci-

dez aporta à consciência a possibilidade de a-

profundar sua própria Serenidade, aprofundar

esta posição de Paz, diante de tudo que se lhe

mostra. Realmente, não há o que dizer a respeito

do que acontece quando esta consciência vive

este Absoluto, a não ser que esta Onda da Vida

sobe e toma conta do corpo, explode pela cabeça

e ali a própria consciência se apaga neste Gozo

indizível, nesta Alegria indizível, neste Amor

indizível, neste Absoluto.

Meus irmãos e minhas irmãs, de várias origens,

e agindo em diferentes níveis, tem tratado pro-

Page 220: Ibez - Fogo de Liberação1

220

fundamente a respeito destes processos, de mo-

do que eu não vou me estender a respeito deles,

mas deixar esta orientação básica e final, de que

este Absoluto, esta Luz Branca, que se aproxima

da Terra e que já se encontra, em grande quan-

tidade, encarnada - mas a grande infusão, para o

nível coletivo, ainda não aconteceu, não é mes-

mo? - representa a liberação de todas as consci-

ências. Mas como Liberados que vocês são, aí

está a vocês decidir o que querem se tornar. No-

vamente, repetimos, que sua vibração vos con-

duzirá ao destino mais adequado, sua vibração

os conduzirá às melhores formas de viver o que

se tem a viver. Mas, definitivamente, a experi-

ência de dualidade e de esquecimento findou

neste planeta. O que vem é Alegria, para todos os

seres, sem exceção. Por mais que o reencontro

com esta Essência Crística seja vivido de modo

um tanto doloroso, um tanto impactante, isto

representa senão um segundo para a experiên-

cia da consciência, e logo após elas emergirão

Page 221: Ibez - Fogo de Liberação1

221

num estado de Paz, num estado de Alegria pro-

fundos. E ali, para aqueles que não se dissolve-

ram neste Absoluto, farão a experiência de se

aproximar disto, de transcender ainda aquele

medo registrado na alma, mas de forma a mais

pacífica, da forma a mais serena, sendo plena-

mente acompanhados por sua Família Cósmica,

por seus irmãos e irmãs ali presentes e consci-

entes do Espírito o qual ela poderá, inclusive,

acessar em seus momentos de silêncio. Não

creiam naquilo que estes profetas, que estão tão

enganados, lhes falam a respeito ou de um futu-

ro negro ou de uma manutenção desta vida me-

lhorada. O que vem é o fim de tudo isto, mas de

tudo isto que é efêmero e não do Eterno que vo-

cês são. Nossas palavras, sejam de nossos Ir-

mãos Intraterrenos ou de seus Irmãos que vem

das Estrelas, não visam despertar qualquer po-

sição de medo ou de apreensão, mas sim lhes

lembrar de que o que quer que na vida suceda, o

que quer que a vida lhes dê a viver, vocês são

Page 222: Ibez - Fogo de Liberação1

222

eternos. Eternidade é a sua Essência. Bem-

Aventurança é o estrado de seus pés. E o Manto

do próprio Amor Divino lhes cobre, desde sem-

pre. Não foi senão um pequeno lapso de esque-

cimento que os fez perder isto de vista, mas

Cristo agora retorna. Cristo de aproxima deste

planeta, deste Sistema Solar e o abraça. E não

imaginem Cristo como uma entidade exterior,

embora haja, sim, um Irmão que representa esta

Essência, mas Cristo é sua própria Essência. São

vocês mesmos que estão vindo ao seu encontro,

serão vocês mesmos que lhes falarão do lado

esquerdo e lhes chamarão pelo nome, lhes con-

vidando a participar destas Bodas de Reencon-

tro. Que isto fique registrado. Quem vem bater à

sua porta não é outro senão vocês mesmos. Esta

experiência, embora eu não esteja ocupando um

corpo aqui, mas nós temos acompanhado lon-

gamente os passos de nossos irmãos na superfí-

cie, é da beleza a mais extrema, porque algo iné-

dito acontece quando um planeta, que foi sub-

Page 223: Ibez - Fogo de Liberação1

223

metido à experiência do esquecimento, é Reuni-

ficado. Nós vemos ali a expressão a mais absolu-

ta desse Amor Divino, em ação, em todos nós. De

modo que vocês são convidados, com grande

Amor, com grande aceitação, a comungar conos-

co deste Amor que nós vibramos em seus Cora-

ções, deste Amor que cada partícula deste plane-

ta, agora, vive. Cada partícula de vocês, agora,

vive este Amor. Nós os convidamos a reconhecer

o Amor que vocês são, nada mais do que isto, e

lhes convidamos a passar por este processo de

reconhecimento de uma maneira a mais serena

possível, a mais pacífica possível. Mas, mesmo

aqueles que optaram por fazer esta experiência

de um modo um pouco mais turbulento, também

estão sendo completamente acompanhados e

assim que despertarem verão que foi senão um

segundo em sua Existência Cósmica, este esque-

cimento. De modo que não se preocupem, não

alimentem qualquer medo e apreensão a respei-

to do que quer que seja, mas estejam cada vez

Page 224: Ibez - Fogo de Liberação1

224

mais firmes em sua Paz Interior, em sua Sereni-

dade. Acima de tudo, tomem de tempo para co-

mungar com seus Irmãos e suas Irmãs, encarna-

dos ou não, tendo sido conhecidos neste planeta,

ou aqueles que vêm das Estrelas, ou ainda nós,

que estamos na Intraterra, sustentando este

processo. Comunguem entre si, tomem uma po-

sição de aceitação completa da vida de seus ir-

mãos. Não julguem, não permitam que parta

desta mente, numa expressão exterior, qualquer

coisa que vise retirar o outro irmão de sua Paz,

mas ali estejam abertos para oferecer aquilo que

lhes for pedido, da maneira a mais doce possível,

da maneira a mais harmoniosa possível. Tomem

de tempo para fazer a lembrança deste Amor, de

modo que a expressão desta doçura e desta

harmonia não vá ser algo forçado e falso e sim a

expressão de sua própria Essência. Mas antes,

façam vocês mesmos, a experiência do que vocês

são. Não adianta criar máscaras e andar por este

mundo mostrando uma aparência de sabedoria

Page 225: Ibez - Fogo de Liberação1

225

e uma aparência de calma, uma aparência de

tranquilidade e de amor humanos, porque, hoje,

isso não poderá mais enganar ninguém. Hoje,

como eu disse, cada partícula deste planeta, está

vibrando neste Amor e este Fogo de Iberah vem

trazer transparência a tudo. De modo que cabe a

vocês, se vocês se dispõem a viver isto em Paz,

em momentos de recolhimento e a cada segundo

de seus dias relembrarem de sua Essência e be-

berem da Fonte, que seu próprio Coração repre-

senta para vocês.

Bem, esta é a mensagem de nossos Irmãos e de

nossas Irmãs de Ibez. Nosso amor, nosso pro-

fundo respeito e agradecimento se dirigem a

cada um de vocês, aqui presentes e nesta Rede

que nos acompanha, por terem aceitado, nestes

dias, se dispor como canais desta vibração e des-

tas informações, como portas para que isto pos-

sa atravessar e chegar até outros irmãos e irmãs.

Vocês, talvez, não tenham como fazer ideia, ago-

Page 226: Ibez - Fogo de Liberação1

226

ra, desta Graça que nós rendemos a todos vocês.

Vocês são profundamente amados.

Bem, há uma Chave Mântrica, uma Chave Vibra-

tória para o alinhamento de sua consciência com

este último aspecto do Fogo de Ibez, em Miz Tli

Tlan. E a Chave Vibratória é: "Eron". Tão simples

e tão curto, como pode ser o Silêncio Interior -

"Eron". Esta Chave Mântrica, em particular, faz

vibrar, profundamente, isto que vocês conhecem

como o Nono Corpo, de Irradiação do Divino, o

Coração Ardente Flamejante (Nota: o 9º Chakra

situado em torno de três dedos acima do 4º Cha-

kra, o cardíaco).

Bem, se vocês tem alguma questão a apresentar

a respeito disto que foi tratado durante estes

sete dias, eu estou a postos, nós estamos abertos

a receber suas questões.

Participante: Eu só queria agradecer.

Varuna: O agradecimento vai em direção ao seu

próprio Coração. Bem, se não há questões, isto é

um sinal de que nosso trabalho vibratório se

Page 227: Ibez - Fogo de Liberação1

227

completa com sucesso, e não poderia ser de ou-

tra forma, não é mesmo? Eu lhes agradeço pro-

fundamente. Fiquem em Paz. E nós Somos Um

para toda a Eternidade. Sejam abençoados!

Page 228: Ibez - Fogo de Liberação1

228

Parte III

Práticas Vibratórias

- Com Iverna e Lhieva,

Anciãs do Retiro Intraterreno de Tu-

maní -

Page 229: Ibez - Fogo de Liberação1

229

Introdução

Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu sou

Iverna e represento o Retiro Intraterreno de

Tumaní. Nossa presença em meio a esta Rede

tem por objetivo lhes aproximar da vivência do

Grande Espírito, através de sua abertura à Co-

munhão com os Elementos deste planeta, com os

Elementos neste planeta. A ação destes Elemen-

tos encontra-se em plena atividade, tanto neste

palco que vocês percebem com os sentidos, co-

mo em vocês, em seus corpos, em seus veículos.

A melhor maneira de viver a ação destes ele-

mentos neste planeta é entrar em harmonia e

em reconciliação com esses elementos em vocês

mesmos. Esta reconciliação com os elementos

em vocês pode se dar de várias formas. Isto tan-

to pode acontecer por uma simples receptivida-

de de sua parte a acolher esses elementos, uma

Intenção de sua parte em acolher esses elemen-

tos, como através de certas práticas, de certos

métodos, alguns dos quais nós lhes transmitire-

Page 230: Ibez - Fogo de Liberação1

230

mos aqui. Estas práticas têm por base sua aber-

tura em comungar com os elementos da nature-

za.

Page 231: Ibez - Fogo de Liberação1

231

Capítulo XV

INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS I

TERRA

IVERNA

Eu gostaria de lhes convidar a alguns momentos

de comunhão com a Terra, com este elemento da

Terra que encontra a sua expressão, por mais

que limitada aos seus olhos, nesta natureza que

vocês observam, nesta terra, neste solo que vo-

cês pisam. Este elemento da Terra encontra res-

sonância em seus corpos, em sua estrutura, por-

que de certa forma esse veículo proporciona

uma base vibratória para a expressão de sua

consciência. Nesse veículo, este elemento da

Terra vem se expressar nestes pontos que vocês

conhecem como a base de sua cabeça - a nuca -

ou a base de sua coluna, o sacro. Estes dois pon-

tos estão em íntima relação vibratória e quando

vocês aportam ai sua atenção vocês estimulam a

ação deste elemento. Bem, este conhecimento

foi transmitido à humanidade, já muitas vezes,

Page 232: Ibez - Fogo de Liberação1

232

através de diversas tradições, e receberam o

nome de Kundalini, Shakti e outros. No entanto,

a atenção não deve ser portada nestes pontos

sem uma intenção clara de Fusão, de Comunhão

com o Coração Sagrado ou ainda com o que nós

chamamos junto a vocês o Grande Espírito.

Este elemento Terra, agindo nestes pontos de

seu corpo, vem proporcionar a passagem disto

que vocês conhecem como Onda da Vida, este

movimento vibratório, cuja ação vai além da

própria vibração, que nasce sob seus pés e deve

encontrar o seu termo no topo de sua cabeça.

Esta passagem, claro, passa por estes dois pon-

tos. Cabe a vocês, na integração com este ele-

mento da Terra, facilitar a dissolução dos ape-

gos, dos medos cristalizados em sua estrutura

celular. Não me entendam mal. Não estou dizen-

do que cabe a vocês dissolver qualquer coisa,

mas decorrendo de sua aceitação, do seu aban-

dono, de sua entrega, a dissolução desses medos

e apegos, pela própria movimentação natural

Page 233: Ibez - Fogo de Liberação1

233

que está ativa nestes tempos, é grandemente

facilitada. E vocês vivem esta dissolução com

certo grau de leveza aí.

Eu lhes convido neste momento a vivermos al-

guns instantes de comunhão com este elemento

da Terra, através da base de sua coluna e da ba-

se de sua cabeça. Nós lhes indicamos fazer isso

da seguinte maneira: portem primeiro sua aten-

ção na base de sua cabeça, no topo da nuca, e

então coloquem sua atenção na base de sua co-

luna, o mais baixo possível e ai façam o movi-

mento inverso, retornem com sua atenção de

novo à base da cabeça, no topo da nuca. Estes

movimentos não devem envolver qualquer tipo

de projeção. A única intenção aí é facilitar sua

entrega. É se permitir se lançar nessa corrente

que os conduz a se centrar no núcleo de sua es-

trutura vibratória do Coração Sagrado. Não há

outro objetivo aí. Qualquer imagem deve ser

evitada, porque as imagens são projeções de sua

mente. Apenas contentem-se em portar sua A-

Page 234: Ibez - Fogo de Liberação1

234

tenção e sua Intenção nestes pontos, se for de

sua preferência, nesta ordem em que nós lhes

transmitimos e permitam-se viver o que isso

desencadear. Neste processo a palavra ‘sereni-

dade’ é essencial. Esta Serenidade lhes permite

viver qualquer abalo em sua estrutura de ma-

neira suave e leve, sem despertar aí reações e

angústias além do que for necessário. Pois claro,

nós não vamos mentir para vocês dizendo que

isso vai ser maravilhoso, não é mesmo? Trans-

cender os medos e apegos básicos é sempre uma

experiência um tanto dolorosa nesta humanida-

de, mas ela não precisa ser de sofrimento. Ela

não precisa ver em vocês o desespero e a angús-

tia. Saibam que vocês são eternos para além de

qualquer imagem e projeção. Para além da ima-

gem e projeção de uma forma, vocês são o Gran-

de Espírito onde tudo se move e onde tudo tem

sua existência. Então em silêncio e em receptivi-

dade vamos nos abrir para a vivência desta co-

munhão com o elemento da Terra. Gaia aí con-

Page 235: Ibez - Fogo de Liberação1

235

cede sua benção, concede seu acompanhamento

e seu Amor a cada um de vocês. Vivamos alguns

desses momentos em Silêncio. Vocês podem re-

petir esse movimento algumas vezes neste mo-

mento de comunhão.

... Integração do Elemento Terra...

Lembrem-se de respirar. Lembrem-se de permi-

tir que o Ar lhes atravesse e lhes conduza à res-

piração do Coração. A respiração aí é uma fer-

ramenta que facilita o seu estabelecimento num

certo grau de tranquilidade. Isto não é uma for-

mula mágica; eu digo até certo grau. Seu estabe-

lecimento definitivo na Paz só pode ser realiza-

do por vocês mesmos, à medida que vocês acei-

tam o apagamento de si. Se vocês tiverem algu-

ma questão a apresentar a respeito disto que foi

dito aqui, o espaço se acha aberto.

Então eu agradeço sua escuta e sua receptivida-

de. Fiquem em Paz. Mergulhem neste grande

Espírito e vivam a Revelação de seu Ser. Sejam

abençoados irmãos e irmãs. Até breve.

Page 236: Ibez - Fogo de Liberação1

236

Capítulo XVI

INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS II

FOGO

IVERNA

Saudações irmãos e irmãs, filhos e filhas da Ter-

ra. Eu me chamo Iverna e venho representando

este núcleo de Consciências Indígenas - cuja vi-

bração está intimamente ligada ao Espírito Pla-

netário - e que vocês conhecem pelo nome de

Tumaní. Eu venho então continuando nosso úl-

timo encontro a respeito da Integração dos Ele-

mentos em sua consciência e em seus veículos.

Em nosso último encontro eu lhes falei da Inte-

gração com o elemento Terra se dando neste

eixo particular de seu corpo físico e vibral, entre

a base de sua cabeça e a base de sua coluna. Este

eixo, bem como o canal que ele representa de

circulação desta Luz do Pai, vem lhes permitir a

transcendência de certos medos e apegos bási-

cos. Hoje, nós vamos integrar outro elemento,

este elemento Fogo. Este elemento Fogo se en-

Page 237: Ibez - Fogo de Liberação1

237

contra representado neste corpo planetário tan-

to na ação do fogo físico, que atua plenamente

hoje e se traduz nestas caldeiras ferventes, que

vocês chamam de vulcões, como em certos as-

pectos da ação solar nesta superfície. Em seus

corpos este Fogo se traduz, claro, pelo calor. O

calor em seu corpo físico é a tradução de um dos

movimentos deste Fogo. E aí, como algumas ve-

zes nós já lhes dissemos, vocês encontram uma

porta de comunhão com estes elementos, que se

acham representados em movimentos no seu

próprio corpo, uma vez que seu corpo para vo-

cês é um planeta. Além do calor há uma ação

deste Fogo que é de suma importância, de suma

preponderância nestes tempos, que é a ação do

Fogo do Espírito, este Fogo do Coração. Aí vocês

veem a perfeita expressão deste Fogo. E é nesta

perfeita expressão deste Fogo que todos os ele-

mentos se fundem, fusionam e encontram sua

resolução no Éter Vibral.

Page 238: Ibez - Fogo de Liberação1

238

Bem, o objetivo deste nosso encontro é transmi-

tir a vocês certa prática, certo desdobramento

da ação deste Fogo, ligado particularmente a um

aspecto da transição de sua consciência. Este

eixo que se refere à ação do elemento Fogo em

seu corpo também têm dois pontos de apoio,

como para todos os outros elementos. Estes

pontos de apoio se encontram, em seu corpo,

nesta zona da raiz das sobrancelhas e lá embaixo

na ponta do sacro, logo abaixo dos órgãos geni-

tais. Vocês percebem que o eixo do Fogo age

num nível muito similar ao eixo da Terra, que

vocês já conhecem. E a forma de viver esta Inte-

gração, ou uma das formas que é esta que nós

estamos lhes transmitindo agora, se cumpre pe-

lo mesmo movimento de sua Atenção e de sua

Intenção entre estes dois pontos.

Assim como para a Integração do elemento da

Terra, nós orientamos que primeiramente vocês

ponham a Atenção no primeiro ponto ligado ao

elemento Fogo, que está na raiz de suas sobran-

Page 239: Ibez - Fogo de Liberação1

239

celhas. Então ali vocês aportam sua Atenção e

sua Intenção e em seguida conduzem esta Aten-

ção e esta Intenção para a base de seu sacro,

logo abaixo dos órgãos genitais. E depois trazem

novamente a Atenção e a Intenção para o pri-

meiro ponto. Vocês podem fazer isto algumas

vezes. Este é o eixo do Fogo.

Agora a ação deste eixo, um pouco diferente da

ação do eixo da Terra, não age tão diretamente

sobre medos e apegos. A ação deste eixo do Fogo

age sobre dois elementos que têm por nome

sensualidade e desejo. Vamos enquadrar estas

duas palavras dentro de sua experiência. Por

desejo nós dizemos esta atração que vocês bus-

cam exercer sobre as coisas. Isto é um pouco

diferente do desejo comum do corpo, não é

mesmo? O desejo comum do corpo busca se a-

poderar das coisas ou por uma força ou por

qualquer outro método de comportamento. Este

desejo de que eu falo e sobre o qual age este eixo

do Fogo é esta atração que vocês buscam exer-

Page 240: Ibez - Fogo de Liberação1

240

cer sobre as coisas, e não a atração que as coisas

exercem sobre vocês; esta posição que frequen-

temente vocês tomam de objeto a ser desejado.

Esta personalidade, este personagem, fruto da

identificação com a forma, busca ser o centro

das atenções, busca ser o objeto de desejo do

ambiente que compartilha. Isto é totalmente

estranho para o modo de funcionamento Unifi-

cado, onde há perfeita simplicidade e humildade,

uma perfeita integração do ambiente. O perso-

nagem deseja sobressair-se em relação aos de-

mais elementos. O personagem deseja a atenção

porque é disso que ele se alimenta. O eixo do

Fogo vem dissolver este mecanismo de compor-

tamento, que por vezes está aí de maneira um

tanto escondida, de modo que vocês quase não

se apercebem deste modo de funcionamento.

Em geral este desejo ou esta necessidade de ser

desejado - que, claro, sempre funciona por uma

exteriorização, nesta atração pela experiência,

de alguma forma - se serve muito frequentemen-

Page 241: Ibez - Fogo de Liberação1

241

te disto que nós chamamos sensualidade. Esta

espécie de falsificação da aparência, quer seja

uma aparência exterior como um comportamen-

to interior e psicológico, que visa atrair e cha-

mar a atenção dos elementos circundantes, isto

está na ordem do que vocês conhecem como

linha de predação. E então, claro, nós não lhes

orientamos a combater este comportamento

porque ele está aí, muito naturalmente, como

fruto da identificação e da atração que surge

pela experiência. Mas nós lhes orientamos a,

através da comunhão com este Fogo, retificar o

desejo. Esse desejo, que se expressa em sua ex-

periência e em sua consciência enquanto se crê

separada, vai sempre em direção a algo ou se

coloca numa posição de ser desejado e é um re-

flexo de um pilar da consciência que é absoluto

nessa experiência, nós já lhes dissemos, e que

alguns irmãos trataram com vocês pelo nome de

Aspiração ao Ser.

Page 242: Ibez - Fogo de Liberação1

242

O desejo em direção ao exterior ou a um interior

projetado é sempre um reflexo distorcido da

Aspiração ao Ser, do desejo pela Eternidade. Vo-

cês compreendem como estes mecanismos fo-

ram falsificados e de certa forma alterados na

sua experiência em encarnação? Este Fogo en-

tão, pela Integração em sua consciência, vai re-

verter este eixo falsificado: a necessidade de ser

o centro das atenções, a necessidade de se apo-

derar das coisas. Como esse desejo exterior ou

interior é retificado, vocês passam a viver mais

profundamente a Aspiração ao Ser. Este desejo,

e aí é necessário que vocês tirem todas as cren-

ças que possuem a respeito deste elemento, vai

se manifestar em direção ao interior não como

uma forma, não mais, de apoderação, de posse,

de aprisionamento, mas sim como uma forma de

completa fusão, uma identificação com o Eterno

tão profunda que o efêmero se dissolve neste

Eterno.

Page 243: Ibez - Fogo de Liberação1

243

O desejo é um elemento marcante na sua expe-

riência, nisto vocês concordam, não é mesmo?

Ele vai em direção a esta projeção exterior ou a

esta projeção interior, vai no sentido de ter para

si as coisas e mesmo da necessidade de que os

demais elementos vejam no personagem impor-

tância e a ele deem atenção e o desejem. Este

desejo, repetindo mais uma vez, é uma desvirtu-

ação desta Aspiração ao Ser e é retificado pela

ação do Fogo. A ação do Fogo então expõe a rea-

lidade, mesmo que efêmera, da verdadeira con-

dição das relações nesta humanidade que é a

predação, que é a escravização constante. Mas

ao mesmo tempo em que lhes expõe o estado

miserável do personagem, lhes orienta para a

sua verdadeira Essência, para a sua verdadeira

Realidade. Estes elementos - um tanto psicológi-

cos não é mesmo? - estão sendo-lhes entregues

para que vocês tenham Clareza e Lucidez a res-

peito do que se desenrola em sua vida; não para

colocar qualquer julgamento, pressão ou opres-

Page 244: Ibez - Fogo de Liberação1

244

são, mas para através de um abandono cada vez

mais profundo, fazer a experiência do Fogo Sa-

grado de seu Coração, deste Sopro do Grande

Espírito.

Então vocês têm esta técnica, não é mesmo? Es-

tes dois pontos que podem ser usados, ao ali

colocar sua Atenção e sua Intenção, para viver

de maneira mais fluida e leve esta Integração do

elemento Fogo em vocês, mas também esta Lu-

cidez e esta Clareza nas situações que a integra-

ção destes elementos vier despertar em vocês e

no ambiente que os cerca. Isto não é uma forma

de condenação, mas é necessário que tudo seja

exposto para que seja dissolvido na Luz que

chega.

Vamos viver um momento de Integração deste

elemento Fogo, por esta forma que nós lhes pas-

samos agora. Durante alguns momentos então

ponham sua Atenção neste ponto na raiz das

sobrancelhas e em seguida na base do sacro e de

volta à raiz da sobrancelha. E mais uma vez, não

Page 245: Ibez - Fogo de Liberação1

245

se esqueçam de respirar porque isto aí será o

combustível deste Fogo. Vivamos então este

momento de Integração em Silêncio.

... Integração do Elemento Fogo...

Bem, meus irmãos e minhas irmãs, eu lhes deixo

agora com Aracy, a Grande Mãe. Quanto a mim e

a minha irmã nós lhes abençoamos na Fonte

Una, neste Grande Espírito e lhes dizemos até

breve. Fiquem em Paz.

Page 246: Ibez - Fogo de Liberação1

246

Capítulo XVII

INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS III

AR

LHIEVA

Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu me

chamo Lhieva e venho do Retiro de Tumaní para

dar continuidade, ao lado de vocês, a esta Inte-

gração dos Elementos em seus corpos e em sua

consciência. Minha irmã lhes apresentou alguns

exercícios para a Integração dos elementos Ter-

ra e Fogo em sua estrutura vibral. Quanto a mim,

eu lhes acompanharei na Integração dos ele-

mentos Ar e Água. Ao contrário desses dois pri-

meiros elementos, desenvolvidos por minha

irmã Iverna, que se referem à transcendência

dos apegos e medos básicos - a ação do Sopro do

Espírito nestas estruturas baixas que vocês co-

nhecem pelo nome de sacro e também primeiro

e segundo chakras - os elementos Ar e Água a-

gem na sideração da alma, agem no estabeleci-

mento da Graça, esta Graça que vocês são, e a-

Page 247: Ibez - Fogo de Liberação1

247

gem também no sentido de permitir ao Sopro do

Grande Espírito atravessá-los completamente e

se estabelecer em seu Coração Sagrado. É de

minha incumbência lhes passar certo exercício a

respeito da Integração do elemento Ar.

Este eixo que se relaciona com o elemento Ar

encontra o seu primeiro ponto de ressonância

na lateral de sua cabeça, do lado esquerdo, aci-

ma da orelha. Esta região da cabeça, esta zona,

inclusive, de seu cérebro é fortemente imantada

pela ação do elemento Ar e aí se situa o primeiro

ponto deste eixo para a realização de nosso e-

xercício. O termo deste eixo está sob a planta de

seu pé esquerdo. Este eixo então atravessa o seu

corpo passando por estruturas muito particula-

res, com ações muito definidas até chegar à

planta de seu pé esquerdo. Na realização deste

exercício de Integração com o elemento Ar, vo-

cês devem primeiramente por sua Atenção e sua

Intenção neste primeiro ponto, situado na zona

do lado esquerdo de sua cabeça, e então, sem se

Page 248: Ibez - Fogo de Liberação1

248

preocupar com mais nada a não ser a vivência

de seu Coração, conduzir sua Atenção e sua In-

tenção até o termo deste eixo que se situa na

planta de seu pé esquerdo. E aí retornar a Aten-

ção e Intenção para esta zona no lado esquerdo

da cabeça.

Bem, é um exercício dos mais simples e eu espe-

ro que tenha sido compreendido facilmente. A-

gora há uma ação da Integração deste elemento

que vem abalar e dissolver certos condiciona-

mentos e certas estruturas ligados à identifica-

ção de sua consciência com qualquer polo de

existência: quer este polo de existência seja um

corpo físico, esta personalidade, quer este polo

de existência seja um veículo sutil. E a ação des-

te elemento em sua Integração age sobre o que

eu chamarei com vocês a culpa e a cristalização

de verdades relativas. Este é um elemento que

nestes momentos é importante que vocês inte-

grem, mesmo mentalmente, através de uma

compreensão. Porque a ação da Integração deste

Page 249: Ibez - Fogo de Liberação1

249

elemento vai expor a rigidez que ainda, talvez, se

manifeste na sua expressão neste planeta. Esta

rigidez se traduz por um movimento repetitivo

de se voltar ao passado, um apego e uma atração

ao passado que lhes faz viver culpa, que lhes faz

viver rigidez em esquemas que já estão caducos.

A Integração deste elemento através deste eixo

facilita seu estabelecimento na Graça. E esta

Graça, em sua ação neste eixo do elemento Ar,

expõe a cristalização de esquemas ultrapassa-

dos. Em termos muito práticos, isto se refere à

tendência de se culpar pelas ações anteriormen-

te cometidas, lhes submetendo de alguma forma

ainda àquilo que vocês conhecem como a ilusão

do carma. É a Atenção que vocês dão e a Inten-

ção que vocês concedem a este passado que po-

de ainda lhes submeter à ação desta lei invertida

e que é desconhecida nos Mundos Unificados. E

aí cabe a vocês fazer o abandono deste passado,

fazer o abandono de seu passado ou o passado

que vocês consideram seu; abandonar, abrir

Page 250: Ibez - Fogo de Liberação1

250

mão dos referenciais passados que vocês usam

para continuar mantendo este personagem. Isto

está tanto no nível das experiências feitas, quan-

to no nível dos gostos, preferências e dissabores,

que vocês ainda guardam entesourados em al-

guma parte de vocês, pois na ação deste Sopro

do Espírito, se estes engramas ainda estiverem

aí, atados por este apego, vocês viverão esta dis-

solução com um tanto de sofrimento.

Como vocês talvez tenham percebido este eixo

atravessa um ponto particular de seu corpo que

está ligado ao órgão do baço, que tem uma liga-

ção por sua vez com o elemento da Atração. Nes-

te caso que estamos desenvolvendo com vocês -

a Integração do elemento Ar - esta atração é uma

atração ao passado, é o conjunto de crenças

mantidas, de verdades puramente relativas que

são consideradas absolutas, a adesão a experi-

ências vividas anteriormente e aos conceitos

que nascem destas experiências. É preciso dei-

xar que o passado se dissolva nesta Graça, por-

Page 251: Ibez - Fogo de Liberação1

251

que enquanto sua Atenção está voltada para

qualquer passado, vocês não podem fazer a ex-

periência da Graça plenamente. A Graça é vivida

plenamente Aqui e Agora, quando sua Atenção

está voltada para o centro de seu Ser, para o Co-

ração do coração.

Bem, não há muito que dizer a respeito deste

eixo de Integração do elemento Ar e eu espero

que minhas palavras tenham sido um tanto cla-

ras. Se não, se vocês tiverem alguma questão,

vocês podem apresentar, antes que nós passe-

mos para a prática deste exercício. Se não há

questões, então, eu peço que vocês se posicio-

nem confortavelmente para que nós realizemos

um momento de comunhão e Integração com o

elemento Ar, através deste eixo que atravessa

seu corpo do lado esquerdo, desde este hemisfé-

rio esquerdo de sua cabeça até a planta de seu

pé esquerdo. Em Silêncio e em Simplicidade,

sempre observando a respiração como elemento

Page 252: Ibez - Fogo de Liberação1

252

apaziguador das suas estruturas, realizemos

juntos esta Comunhão e esta Integração.

... Integração do elemento Ar...

Uma nota a respeito da prática deste exercício:

vocês não precisam se alongar desnecessaria-

mente neste eixo, compreendem? Basta que vo-

cês façam este circuito algumas vezes, então vo-

cês podem permanecer em silêncio, com sua

Atenção e Intenção voltadas para seu Coração,

que os efeitos ali vão se desenrolar pela própria

Inteligência da Luz. E aí, seguindo o impulso in-

terior de cada um, vocês podem realizar ou não

novamente o exercício, no mesmo momento,

depois de um intervalo ou com intervalos maio-

res. Aí, fica livre para que vocês atendam ao im-

pulso interior.

Meus irmãos eu transmito as bênçãos da Equipe

Nazcan, que lhes acompanha e se funde nesta

Rede muito intimamente, e as bênçãos do Retiro

de Tumaní. Fiquem em Paz.

Page 253: Ibez - Fogo de Liberação1

253

Capítulo XVIII

INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS IV

ÁGUA

LHIEVA

Saudações irmãos e irmãs, Chamas de Amor,

Filhos da Eternidade. Eu me chamo Lhieva e ve-

nho do Retiro de Tumaní para concluirmos nos-

sa partilha a respeito destes quatro eixos onde

os Elementos, em algumas tradições chamados

de Hayot Ha Kodesh, se integram em vocês, em

seus veículos e na sua consciência. Bem, nós já

tratamos com vocês de três elementos e cabe a

mim neste encontro lhes passar um exercício

para Integração do elemento Água.

Como talvez vocês já devam imaginar este eixo

de Integração do elemento Água também tem

dois pontos de ressonância em seu corpo. O

primeiro deles se situa na lateral de sua cabeça

do lado direito, acima da orelha, num ponto que

é simetricamente oposto ao primeiro ponto do

eixo do elemento Ar. Neste ponto do lado direito

Page 254: Ibez - Fogo de Liberação1

254

de sua cabeça encontra-se um termo deste eixo

do elemento Água, que desce até a planta de seu

pé direito, onde há o outro ponto de ressonân-

cia, em seu corpo, da ação deste eixo do elemen-

to Água. Há estruturas também muito particula-

res que esse eixo atravessa.

A ação da Integração deste elemento em vocês,

junto ao elemento Ar, participa de seu estabele-

cimento na Graça, e como eu disse em nosso úl-

timo encontro, a Integração deste eixo da Água

também participa na sideração da alma, na libe-

ração da consciência da identificação com uma

identidade considerada, pela mente, como espi-

ritual. No entanto, assim como para os outros

elementos, este eixo do elemento da Água revela

uma zona de sombra diante de vocês para que

seja vista com Lucidez e se dissolva no abando-

no que esta Lucidez lhes proporciona. O aspecto

do comportamento ou o modo de funcionamen-

to nesta encarnação, que é exposto pela ação do

eixo do elemento Água, se refere ao condiciona-

Page 255: Ibez - Fogo de Liberação1

255

mento ligado ao futuro e às projeções; tudo o

que se refere às imagens, às expectativas de um

acontecimento futuro, o desejo de manipular

acontecimentos que, se esperam, aconteçam

num futuro qualquer. A ação deste eixo da Água

dissolve então este movimento mecânico de es-

tar identificado a um futuro qualquer, porque

faz parte exatamente da ilusão da alma invertida

crer que há um tempo linear e que a sua ação é

determinante nos fatos que, dentro desta visão

linear, se desenrolarão. Há uma série de elemen-

tos que visam manter a consciência identificada

a esta realidade exterior. Estes elementos todos

tem uma base nisto que vocês conhecem como

imagem.

Prestem bem atenção. Este elemento da imagem,

como vocês podem perceber em sua experiên-

cia, é praticamente a base de quase todas as suas

produções mentais. E frequentemente essas

produções mentais sempre estão aliadas a uma

expectativa do que venha a acontecer num futu-

Page 256: Ibez - Fogo de Liberação1

256

ro que também é imaginado. Desta forma a

consciência se mantém na espera de algo que

vem, mas algo que vem de fora e que está para

ser vivido num futuro qualquer. Estes dois ele-

mentos, o Ar e a Água, agindo nestes eixos, per-

mitem que sua consciência se centre definitiva-

mente no Aqui e Agora, fazendo a experiência da

Presença Última. Esta Presença Última pode ser

comparada a uma sensação de vazio, de nada.

Tudo que faz parte das imagens, que se referem

a um passado ou a um futuro, uma culpa ou or-

gulho que estão ligados a experiências passadas,

como o medo e também a expectativa ligada a

experiências que se consideram como futuras,

nada disto existe na Presença Última. A Presença

Última que, nós podemos dizer dentro desta vi-

são apresentada por nossos irmãos de Cisne, é o

momento que antecede a dissolução do perce-

bedor, vê o fim de todas as projeções e imagens.

É um estado, um último estado, que lhes permite

viver a ausência completa de qualquer marcador

Page 257: Ibez - Fogo de Liberação1

257

de existência sobre uma realidade espacial e

temporal. Como há uma ausência desses marca-

dores, então vocês podem viver completamente

esta Presença Última, este instante de Graça que

dura a eternidade. Num nível muito prático, na

Integração deste elemento, fica bem claro diante

de seus olhos o movimento constante da mente

em direção às expectativas em relação a um fu-

turo, bem como as imagens que são criadas ou a

adesão às imagens. Pode ser que neste momento

não fique claro, mas vocês passam a perceber

quanto de seus momentos vocês dispensam

dando atenção às criações mentais, nas circuns-

tancias as mais simplórias. Vocês se deslocam do

único momento que merece sua atenção, que é

Agora. Este eixo lhes permite se centrar no Ago-

ra, para além de qualquer tempo, assim como o

eixo do Ar lhes permite se centrar no Aqui, para

além de qualquer espaço. Bem, eu imagino que

tenha ficado clara esta explanação a respeito

deste eixo.

Page 258: Ibez - Fogo de Liberação1

258

Algo que deve ser dito a respeito da Integração

dos Elementos e eu me refiro a esta forma, a es-

tes quatro exercícios especificamente, é que to-

das estas informações vibratórias - para não

confundir com informação intelectual - estão

contidas na série de transmissões que nosso

irmão Varuna lhes passou a respeito do Fogo de

Ibez. Elas estão contidas ali, impulsos para a In-

tegração destes Elementos. Mas ainda há uma

ligação um tanto mais profunda entre esses e-

xercícios que nós estamos transmitindo e aque-

les códigos que Varuna lhes passou. Bem, cada

um destes sete pontos ou sete zonas de seu cor-

po tem uma ligação direta com um dos Centros

Planetários. Após o nosso momento de comu-

nhão eu transmitirei certo esquema para facili-

tar a compreensão de vocês desta relação e

mesmo da prática destes exercícios. Por agora

nós podemos nos dedicar a viver alguns momen-

tos de Integração e Fusão com este elemento da

Água, entre este eixo que atravessa seu corpo

Page 259: Ibez - Fogo de Liberação1

259

desde a cabeça do lado direito até a planta de

seu pé direito.

A forma de executar este exercício é a mesma

para as outras: em silêncio, sem expectativas ou

projeções, direcionar a Atenção e a Intenção

nesta zona do lado direito da cabeça e depois

levar a Atenção e Intenção até a planta do pé

direito e retornar à zona do lado direito da cabe-

ça. Isso pode ser feito algumas vezes observando

a respiração que é um elemento importante na

Integração desta tranquilidade, desta paz. Então

vocês podem permanecer alguns momentos em

silêncio, em seu Coração Sagrado, e experimen-

tar ai os efeitos deste exercício. Bem, vamos en-

tão viver esses momentos de comunhão .

... Integração do Elemento Água...

Meus irmãos e minhas irmãs fiquem em Paz e

mergulhem em seu Sagrado Coração e partilhem

conosco da Essência Divina.

Page 260: Ibez - Fogo de Liberação1

260

Capítulo XIX

INTEGRANDO OS ELEMENTOS

E OS CENTROS PLANETÁRIOS

LHIEVA

Bem irmãos, eu retorno com minha irmã para

passar o esquema do qual eu falei, para que toda

a Rede possa se beneficiar disso, não é mesmo?

Cada um dos pontos e das zonas que fazem parte

desses eixos se liga com um Centro Planetário,

por afinidade vibratória e elemental também. E

Varuna passou algumas chaves ligadas aos as-

pectos do Fogo de Ibez em ação nos sete Centros

Planetário. É bom lembrar, se nós ainda não

lhes dissemos, que é possível utilizar estas cha-

ves vibratórias quando da execução destes exer-

cícios.

A relação se dá como se segue:

No eixo da Terra, o ponto que está ligado à zona

posterior da cabeça, na parte de trás, está ligado

ao Centro Planetário Miz Tli Tlan, cuja chave

Page 261: Ibez - Fogo de Liberação1

261

vibratória é Eron. O ponto do eixo da Terra que

se situa na base da coluna está ligado ao Centro

Planetário Iberah, cuja chave vibratória, como o

irmão Varuna lhes transmitiu, é Farlon-Ishin.

No eixo do Fogo, a zona anterior da cabeça, liga-

da ao primeiro ponto deste eixo, tem relação

com Erks, cuja chave vibratória é Santôshi. E

este eixo desce até o seu sacro, no ponto mais

baixo do sacro, que também está ligado com Ibe-

rah, cuja chave vibratória vocês já sabem qual é

(nota: Farlon-Ishin).

No eixo do Ar, a zona no lado esquerdo da cabe-

ça está ligada com o Centro Planetário Lis, cuja

chave mântrica é Isinlah. E o seu termo, que está

na planta do pé esquerdo, está ligado com o Cen-

tro Planetário Mirna Jad, cuja chave mântrica é

Meruêni.

No eixo da Água, o ponto ligado à zona no lado

direito da cabeça tem relação com o Centro Pla-

netário Aurora (nota: chave vibratória - Semekh-

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262

Rá) e o seu termo, na planta do pé direito, tem

relação com o Centro Planetário Aimerã (nota:

chave vibratória – Aimerã).

Então, na execução destes exercícios, claro, vo-

cês podem seguir o seu impulso interior; para

muitos é suficiente apenas portar ali a Atenção e

a Intenção, mas nós transmitimos esta relação

com os Centros e a relação com essas chaves

mântricas porque elas servem de apoio se há

alguma dificuldade de portar apenas a Atenção e

Intenção silenciosa. Então vocês podem fazer

isso tanto em silêncio como verbalizando a cha-

ve mântrica, ou o nome do Centro Planetário, à

medida que colocam a Atenção e a Intenção em

cada uma destas zonas. Está compreendido?

Alguma dúvida?

Participante: Dá para fazer todos de uma vez

só? Todos os elementos?

Lhieva: Nós aconselhamos que na primeira vez

vocês façam apenas um de cada vez, com um

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263

espaço de algumas horas entre eles. Para aque-

les que vão executá-los pela primeira vez, o ideal

é que isto seja feito com certo intervalo entre

um e outro.

Há uma relação, também, destes eixos com aqui-

lo que vocês conhecem como Veículo Dimensio-

nal ou Merkabah. A ativação destes eixos ou a

sua percepção destes eixos, na Integração dos

Elementos, participa na ativação completa de

sua Merkabah, e quando vocês fazem estes exer-

cícios, pode ser que em sua execução vocês per-

cebam aí este Veículo Interdimensional, ou por

um movimento vibratório dos quatro eixos, ou

pela percepção da rotação pluridimensional des-

te corpo interdimensional, que é a Merkabah.

Apenas para que se houverem estas percepções

não haja questões.

Bem, então, muito boa prática e integração de

seus elementos. Lembrando que vocês não de-

vem se fixar em nada. Estes são apenas facilita-

dores para que vocês integrem conscientemente

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264

aquilo que já está integrado num plano supra-

consciente. Pois bem?

Então fiquem em paz, fiquem em paz e até qual-

quer momento. Sejam abençoados.

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265

Capítulo XX

PRATICANDO A INTEGRAÇÃO

IVERNA

Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu sou

Iverna e venho acompanhada de minha irmã

Lhieva para vivermos alguns momentos de Co-

munhão e de Fusão nestes quatro Elementos

sagrados de seu Coração, em meio a estes eixos

que nós lhes transmitimos. Esta é a descida do

Grande Espírito e é a passagem do Sopro do

Grande Espírito em suas estruturas, lhes devol-

vendo sua realidade cósmica, sua herança de

Filhos Ardentes do Sol. Bem, eu lhes peço então

que se mantenham numa posição confortável,

tocando seus pés no chão, para que nós possa-

mos iniciar a ativação destes eixos que eu e mi-

nha irmã Lhieva conduziremos com vocês.

Vamos inspirar profundamente, comungando

com este Grande Espírito que nos envolve. Este

Grande Espírito que é a base mesmo de nossa

existência. Este Grande Espírito que é a Essência

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266

da Essência. O Centro de todos os centros. O Co-

ração de todos os corações.

Portem sua Atenção e sua Intenção no primeiro

ponto do eixo da Terra, na base de sua cabeça,

na área de sua nuca. Inspiremos.

Eron. Eron. Eron.

Portemos a Atenção e a Intenção no segundo

ponto do eixo da Terra na base de sua coluna.

Inspiremos.

Farlon-Ishin. Farlon-Ishin. Farlon-Ishin.

De volta ao primeiro ponto do eixo da Terra.

Inspiremos.

Eron. Eron. Eron.

Permaneçamos alguns momentos mergulhados

no Coração flamejante, onde este Elemento da

Terra é fecundado pelo Fogo do Espírito e inte-

grado ao Éter, ao Éter Unificado.

... Integração do Elemento Terra...

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267

Portem a Atenção agora no primeiro ponto do

eixo do Fogo, na raiz de suas sobrancelhas. Ins-

pirem.

Santôshi. Santôshi. Santôshi.

Levem sua Atenção e sua Intenção à base de seu

sacro, o segundo ponto do eixo do Fogo. Inspi-

rem.

Farlon-Ishin. Farlon-Ishin. Farlon-Ishin.

Retornemos a Atenção ao primeiro ponto do

eixo do Fogo.

Santôshi. Santôshi. Santôshi.

Permaneçamos alguns instantes em meio a esta

fornalha do Coração Sagrado, onde este elemen-

to do Fogo é integrado neste Coração e integra-

do ao Éter Unificado. Este Fogo que fecunda a

matéria, este Fogo que age em sua regeneração e

no nascimento de seu corpo de Luz.

... Integração do Elemento Fogo...

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268

LHIEVA

Meus amados irmãos e minhas irmãs. Continu-

emos na ativação destes eixos dos Elementos.

Portem sua Atenção no primeiro ponto do eixo

do Ar, no lado esquerdo de sua cabeça. Inspirem.

Isinlah. Isinlah. Isinlah.

Conduzam sua Atenção e sua Intenção ao termo

deste eixo do Ar, sob o seu pé esquerdo. Inspi-

rem.

Meruêni. Meruêni. Meruêni.

Retornem sua Atenção e sua Intenção para o

primeiro ponto do eixo do Ar. Inspirem.

Isinlah. Isinlah. Isinlah.

Estabeleçamos-nos em meio a este Coração Ili-

mitado, em meio a este Ilimitado do Coração,

onde o elemento Ar se integra no Éter Unificado,

lhes dando a viver a realidade de sua multidi-

mensionalidade e a realidade de nossas Presen-

ças em sua Presença.

... Integração do Elemento Ar...

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269

Portemos agora Atenção e Intenção sobre o

primeiro ponto do eixo da Água, na zona do lado

direito de sua cabeça. Inspirem.

Semekh-Rá. Semekh-Rá. Semekh-Rá.

Conduzam sua Atenção e sua Intenção ao termo

do eixo da Água, na planta de seu pé direito. Ins-

pirem.

Aimerã. Aimerã. Aimerã.

Retornem sua Atenção ao primeiro ponto do

eixo da Água. Inspirem.

Semekh-Rá. Semekh-Rá. Semekh-Rá.

Mergulhemos profundamente nesta Morada da

Paz Suprema, neste Coração dos Corações, neste

Grande Espírito, nossa Essência, onde este ele-

mento da Água se integra ao Éter Unificado, nes-

te Coração do Ilimitado, e lhes banha nas Águas

do alto, onde vocês ressurgem livres, completos

e íntegros desde toda a Eternidade.

... Integração do Elemento Água...

Eu e minha irmã Iverna lhes transmitimos as

bênçãos de Tumaní e lhes desejamos uma mara-

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270

vilhosa passagem, um maravilhoso retorno às

moradas do Pai-Mãe Uno. Sejam abençoados

filhos do Céu e filhos da Terra.

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271

Capítulo XXI

KASINTANKÔ – DERRUBANDO OS MUROS I

IVERNA

Saudações irmãos e irmãs, filhos e filhas do Céu

e da Terra. Eu me chamo Iverna, eu venho em

vosso meio nesta oportunidade para que nós

possamos retomar nossos momentos e nossas

lições de alinhamento. Nós lhes lembramos de

que o nosso papel, ao lado de vocês, é lhes apre-

sentar a Natureza sob outra perspectiva e apre-

sentar tudo o que é natural como uma porta e

uma ferramenta para seu alinhamento interior.

Aqui nós vamos abordar este alinhamento, nós

vamos viver este alinhamento e deixem-me res-

significar o sentido desta palavra: alinhamento

quer dizer entrar num estado de consciência

onde vocês fazem a experiência direta e real da

Unidade.

Percebam, há formas de se viver este sentido de

Unidade. A forma mais comum é esta que parte

daqui - da cabeça. Vocês fecham os olhos e se

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272

imaginam unos com tudo, esta é uma forma. Isto

chama a sua atenção para o elemento da Unida-

de, isto lhes faz sentir um sentimento, às vezes,

de Unidade e esse sentimento pode ser tanto

uma leve emoção, como uma profunda comoção

de Unidade. No entanto, quando este êxtase do

sentido induzido passa, vocês sentem como se

houvessem cinzas na boca, porque ele não é du-

radouro e no final vocês sabem que foi apenas

uma projeção, foi apenas imaginação. Mas é uma

forma e muitas pessoas se servem dessa forma

hoje. Esta forma de imaginar a Unidade chama

àquilo que vocês conhecem aqui como a capaci-

dade de projeção, de visualização, ou ainda o tão

famoso ‘terceiro olho’. É uma forma, vamos lem-

brar mais uma vez. E constantemente vocês

mesmos se servem dela apesar de qualquer que

seja a crença que vocês tenham a respeito dessa

técnica. Mas a nossa intenção não é reforçar a

imaginação, embora seja uma ferramenta útil

para muitas coisas.

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273

Nós queremos lhes apresentar outra via de viver

a Unidade. Esta outra via de viver a Unidade lhes

dá experiência real e concreta da Unidade. Uma

experiência tão profunda que abala mesmo as

certezas que vocês possam ter tido anteriormen-

te a respeito da separação entre as coisas: a se-

paração entre vocês e o mundo, a separação en-

tre vocês e a Natureza ou como aquele que nin-

guém sabe o que é, disse certa vez: “a distância

entre o percebedor e o percebido” (nota: um

interventor chamado Velador, que apresentou a

Autopercepção). É para superar esta distância,

que em si mesma é ilusória, é que nós estamos

aqui com vocês. É para lhes apresentar alterna-

tivas de como estar num campo de percepção

separado, e alternativas que lhes possibilitem

transformar a realidade - como é vivida pela

mente - da separação na realidade - como é vivi-

da pelo Coração - da própria Unidade.

Nós lhes passamos várias formas de se abrir

para este outro estado de consciência, nós lhes

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274

passamos várias formas e ferramentas que têm

por objetivo lhes fazer viver eficazmente este

outro estado de consciência, mesmo que vocês

ainda estejam dentro de uma forma fixa. Até que

ponto vocês se serviram ou se servem destas

ferramentas, isto cabe unicamente a vocês avali-

ar. Mas elas estão aí, são ainda válidas e podem

ainda produzir o mesmo efeito, senão um efeito

ainda maior dado às circunstâncias atuais deste

campo de vida. Hoje nós gostaríamos de chamar

sua atenção para uma pergunta: “O que me im-

pede de viver a Unidade?”. Eu vou dar alguns

momentos para que vocês, consigo mesmos, se

façam essa questão e procurem aí uma razão ou

uma desculpa que os impeça de viver a Unidade,

sim? Então fiquem alguns momentos tendo este

debate consigo mesmos. (Pausa).

Alguém chegou a alguma razão que o impede de

viver a Unidade? Alguém se aventura a expor

uma razão?

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275

Participante: Aparentemente, eu diria que é

a ignorância do que eu sou e a identificação

com o que eu não sou.

Iverna: A ignorância do que você é e a identifi-

cação com o que você acredita ser? Isso lhe im-

pede de viver a Unidade?

Participante: Aparentemente.

Iverna: Aparentemente.

Participante: Seria uma desculpa provavel-

mente.

Iverna: Alguém mais?

Participante: A única palavra que me veio foi

falta de fé.

Iverna: Falta de fé. Vocês percebem como de um

polo para outro do campo de experiência que

cada um vive, nós encontramos elementos dife-

rentes que norteiam a experiência. Talvez a nos-

sa irmã tenha muita fé em acreditar que ela não

sabe o que é e que está identificada com o que

não é, e talvez você saiba muito bem o que é e

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saiba muito bem com que está identificada, mas

a falta de fé talvez lhe impeça de viver a realida-

de disso. Alguém mais tem alguma outra razão

para não viver a Unidade aqui?

Participante: Primeiro vem o medo, o medo

de que? Aí não teve resposta. De nada. De

nada.

Iverna: Medo. Alguém mais?

Participante: Apego à experiência.

Iverna: Apego à experiência. No caso a experi-

ência da própria separação. Uma vez que a Uni-

dade também é uma experiência.

Muito bem! O exercício, a prática de Alinhamen-

to que Tumaní lhes oferece, a partir de hoje, se

chama “Derrubando os Muros”. Nós vamos lhes

conduzir a uma forma de se relacionar um pou-

co mais complexa do que a forma de alinhamen-

to que nós vínhamos lhes propondo. Isso vai

exigir de vocês mais atenção, um pouco mais de

uso da caixinha preta aqui (cérebro), e também

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277

mais envolvimento, certo? Mas é claro ninguém

é obrigado a nada, é só uma proposta. Esta prá-

tica chamada “Derrubando os Muros”, em Tu-

maní, nós chamamos ‘Kasintankô’. Kasintankô

significa derrubar os muros e ‘Kasintankô’ está

fincada no exercício de colocar a sua atenção

numa parte do corpo e, acompanhando sua res-

piração, espalhar essa sua atenção, ou esse seu

sentido de presença, por todo o corpo, até que

vocês sintam o limite do corpo. Bem, deixem-me

reformular o que é Kasintankô.

A primeira parte deste exercício pode ser feita

de maneira muito simples: de olhos fechados ou

não, como cada um de vocês decidir, vocês se

centram num ponto central do peito, um ponto

qualquer. Então inspirem e expirem e a cada

inspiração e expiração sintam como se vocês

afundassem nesse ponto, tentem ir se abstrain-

do de todas as coisas que estão fora desse ponto

até sentir esse ponto. Quando vocês sentirem

esse ponto em relação às outras partes do corpo,

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278

em relação às outras coisas que acontecem, en-

tão a partir deste ponto, ainda lembrando-se da

inspiração e da expiração, vocês vão preenchen-

do o seu corpo com vocês mesmos.

Bem, há um sentido de presença, vocês concor-

dam comigo? Vocês sabem que estão aqui. Onde

exatamente vocês estão? Quando vocês estão

prestando atenção no que eu falo, vocês têm

noção dos limites de seu corpo? Vocês sentem o

tecido tocando na pele, vocês sentem a tempera-

tura no solo debaixo de seus pés? Não. Quanto

mais atenção vocês deslocam para a minha voz,

menos atenção vocês concedem aos limites do

seu veículo físico. É muito fácil de provar isto.

Quando vocês estão muito absortos em uma de-

terminada atividade, vocês tendem a se tornar

completamente alheios ao que está acontecendo

ao redor de vocês, muitas vezes até com o que

está acontecendo com o seu próprio corpo; às

vezes um mosquito pode estar se alimentando

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279

ali e vocês vão se dar conta minutos depois,

quando a dor começa a incomodar.

O exercício Kasintankô é o oposto disso. É para

que vocês possam, nesta primeira parte, se dar

conta de sua presença dentro deste veículo; é

por isto que eu disse que a partir deste ponto no

qual vocês escolhem se centrar, vocês vão pre-

enchendo seu corpo com sua presença. Isso quer

dizer que vocês vão expandindo o ponto no qual

sua atenção está focada, até que vocês cheguem

à borda do corpo, até que vocês sintam comple-

tamente os limites desse corpo, até que vocês

estejam conscientes de que estão presos dentro

de uma forma. Como vocês vão perceber isso?

Vocês vão expandir, expandir, expandir e vocês

vão perder sensação. Muito simples. Coloquem

sua mão em um lugar qualquer, que não seja no

seu corpo, claro. Movam a mão. Vocês percebem

o tecido ou o material em que vocês estão colo-

cando a mão, certo? É macio, não é macio, é du-

ro, não é duro. O que será que a poltrona está

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sentindo quando eu passo a mão nela? Vocês

sabem o que a mão de vocês sentem, mas vocês

sabem o que o tecido sente? Os pés no chão. Co-

loquem os pés no chão. Está úmido, está gelado,

está quente. Quando vocês movem os dedos vo-

cês recebem estas informações; que informação

que o piso recebe pelo toque do pé de vocês?

Isso lhes prova que vocês estão do lado de cá da

barreira que lhes separa das coisas, porque vo-

cês estão limitados às informações que a pele

lhes transmite ou que os sentidos deste veículo

lhes transmitem. Vocês estão conseguindo a-

companhar? Eu lhes falei isso vai exigir um pou-

co mais da cachola. Então não se preocupem

ainda em receber as informações que as outras

coisas estão recebendo de vocês. A primeira par-

te do exercício Kasintankô é derrubar o muro

que vocês criaram e que separa vocês deste cor-

po, que lhes deixa inconscientes de sua Presen-

ça, Aqui e Agora. Vamos praticar esse exercício

algumas vezes agora, para que se vocês tiverem

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281

alguma dúvida, nesta primeira parte, nós pos-

samos solucionar agora mesmo. Então apenas

relaxem, de olhos fechados ou não. E eu vou lhes

passando as instruções.

Então, se centrem. Coloquem toda a sua atenção

num ponto no meio do peito. Respirem. Mas

respirem sem tentar criar um padrão na respi-

ração. Apenas deixem o corpo respirar e apenas

observem, lembrem que vocês estão respirando.

Sua atenção tem que estar neste ponto no meio

do peito. Vocês podem tocar este ponto com o

dedo para facilitar a percepção deste ponto. Se

centrem neste ponto completamente. E agora, à

medida que vocês inspiram e expiram, alarguem

este ponto em que sua atenção se foca, esten-

dam sua atenção para um ponto maior, uma re-

gião maior no meio do peito. Agora estendam

sua atenção para todo o peito. Se sintam nessa

área. Vocês estão completamente nesta área e

em nenhum outro lugar. Expandam mais uma

vez a atenção. Estendam esta atenção para uma

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282

área cada vez maior do seu corpo, pelos braços

até a ponta dos dedos, pelo baixo ventre, coxas,

até os pés e até o topo de sua cabeça. Vocês es-

tão aqui, dentro deste corpo, completamente

aqui. Percebam as informações que suas mãos

passam a vocês, se percebam dentro delas e de

seus pés. Percebam as sensações que percorrem

o seu corpo. Onde vocês estão aí dentro? Sintam

os limites do corpo: como esta pele lhes impede

de ir além e de se derramar por todo este espa-

ço; como vocês estão sobre o assento, mas não

no assento; como o vento bate no corpo e se

desvia ao invés de lhe atravessar. Experimentem

a rigidez desta forma. Experimentem a opacida-

de desta forma. E agora simplesmente permane-

çam aí dentro desta forma o tempo que pude-

rem, o tempo que desejarem, permaneçam aí

com sua atenção voltada para dentro dos limites

do seu corpo. Procurem ficar relaxados, relaxem

todos os músculos, é um exercício de simples

observação. Sintam o seu corpo. Se deleitem nas

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283

sensações que percorrem sua forma. Não se de-

morem em tentar compreender nada, analisar

nada, apenas saboreiem este momento de para-

da, de imobilidade.

Muito bem. O objetivo deste exercício, desta

primeira parte de Kasintankô, é lhes permitir

fazer a experiência de estar completamente a-

qui, dentro do corpo, sem rejeitar a sensação de

separação, sem rejeitar a sensação de estar limi-

tado; que vocês, enfim, façam as pazes com a

prisão, que vocês sacralizem este estado de estar

limitado a uma forma. Agora nesse momento em

que vocês se propõem a aceitar estar limitados,

vocês deveriam tomar cuidado com aquela outra

forma de viver a Unidade, que é a imaginação.

Porque nesse momento pode ser que seja atra-

ente começar a imaginar que vocês estão unidos

com as coisas, e que vocês estão sentindo isso,

estão sentindo aquilo, e daqui a pouco vocês não

estão mais aqui no limite da forma. Prestem a-

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284

tenção: o objetivo desse exercício é que vocês

fiquem alguns momentos aqui.

O resultado dessa primeira etapa, quando vocês

a completarem a contento, é que vocês comecem

a olhar o corpo de dentro. Isso não quer dizer

uma visão diferenciada. Isso quer dizer apenas

que vocês vão sentir realmente, não como uma

imaginação, mas realmente, que vocês estão

dentro do corpo. Se vocês fecharem os olhos

agora e perguntarem onde vocês estão, tenta-

rem buscar em que parte do corpo vocês estão,

provavelmente vocês vão perceber que vocês

estão aqui na cabeça, é a partir daqui que vocês

gerenciam sua relação com o mundo. Então vo-

cês fecham os olhos e vocês estão aqui em cima.

À medida que vocês forem se adequando a esse

estado de estar dentro do corpo vocês vão per-

ceber que vocês não estão aqui em cima, vocês

vão perceber que vocês não estão na superfície

do corpo. Vocês estão em algum lugar aqui den-

tro e o corpo está ao redor de vocês. Isto é uma

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285

sensação concreta. Isto não é a imaginação. Isto

é uma sensação concreta. E quando esta sensa-

ção for atingida, significa que vocês cumpriram

o objetivo dessa primeira etapa. Bem, para uns

isso pode chegar mais cedo, para outros um

pouco mais tarde, não se desanimem se a sua

intenção é colaborar conosco e com vocês mes-

mos lucidamente. No entanto, assim que vocês

chegarem nesse ponto em que vocês sentem que

o corpo está em volta de vocês, então vocês po-

dem desfrutar desse momento o quanto vocês

quiserem. Vocês vão perceber que vai ser muito

fácil permanecer nesse estado em silêncio, em

paz e talvez mesmo uma grande alegria brote aí.

Porque esse estado é o portal da experiência

concreta de não separação, de verdadeira uni-

dade.

Mas, por enquanto, vocês precisam fazer as pa-

zes com o estado de vocês. Não há redenção da

matéria sem amor. Não vai ser a revolta de vocês

contra este corpo que vai lhes permitir trans-

Page 286: Ibez - Fogo de Liberação1

286

cender este corpo. Transcender este corpo não é

jogá-lo às traças e aos vermes, é amá-lo com um

amor tão grande, tão grande, que vocês em rea-

lidade se tornem ele. Vocês compreendem a pro-

fundidade disto que eu estou apresentando a

vocês? Vocês compreendem quão forte vai ser o

abalo em suas convicções se vocês aceitarem

isto que está sendo dito? Vocês compreendem

quão diferente é este amor da repulsão válida ou

não, que vocês alimentam pela experiência da

encarnação? Desapego não é ódio. Desapego não

é rejeição. Abandono não quer dizer afastar as

coisas de si. E lucidez não quer dizer uma atitu-

de fria em relação ao fogo da encarnação. Luci-

dez é verdadeiro amor. Lucidez é um amor tão

grande e tão profundo, que vocês escolheriam

permanecer aqui por mais quinhentos mil anos,

se fosse necessário, para resgatar a matéria se-

parada. Isto é lucidez. Lucidez é ter consciência

do que se é e assumir a responsabilidade pelo

que se é. Vocês compreendem isso?

Page 287: Ibez - Fogo de Liberação1

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A primeira etapa deste exercício está sendo pas-

sada, então, para que vocês possam fazer as pa-

zes com o fato inegável, aqui, de estar dentro de

um corpo. Não adianta ficar repetindo com a

mente ‘eu não sou um corpo, eu sou espírito’,

isto não vai lhes fazer viver unidade concreta.

Vocês vão acordar no outro dia presos ainda

aqui. A porta de liberação está dentro e está

dentro do corpo também, mas não criem a ideia

de que liberação vai ser se descartar deste cor-

po, como se ele não lhes tivesse oferecido ne-

nhum serviço. Este corpo tem sido um amigo

fiel, porque por mais que às vezes ele não os su-

porte, ele permanece aí. Ele se abre para vocês, a

cada reversão da alma, como uma casa que ama

o seu morador. Então vamos reconsiderar essa

repulsão por tudo isso. O corpo faz parte da na-

tureza e é o elemento da natureza mais próximo

de vocês para a prática do alinhamento.

Bem, eu lhes deixo agora então e retorno daqui a

sete dias, em nosso próximo encontro, para nós

Page 288: Ibez - Fogo de Liberação1

288

avaliarmos como vocês experimentaram essa

primeira etapa de Kasintankô. Lembrando que

essa palavra Kasintankô, este termo, é um termo

vibratório também, e o seu efeito sobre a estru-

tura é facilitar a queda dos muros. Então eu de-

sejo a vocês um bom trabalho de pedreiro, que

vocês derrubem os seus muros, começando por

este primeiro: a separação que vocês impuseram

entre vocês e vocês aqui.

Fiquem em paz então meus irmãos e sejam a-

bençoados! Tumaní lhes saúda!

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289

Capítulo XXII

KASINTANKÔ - DERRUBANDO OS MUROS II

LHIEVA

Saudações irmãos e irmãs. Eu sou Lhieva, do

Retiro de Tumaní. Vamos então falar um pouco

sobre a prática “Kasintankô”, que minha irmã

deixou com vocês em nossa última visita a vocês

aqui. Como foi a experiência de dar um primeiro

passo na queda dos muros, imaginários ou não?

Com relação a essa queda dos muros, como vo-

cês perceberam esses muros caindo? Houve essa

percepção, essa sensação ou essa consciência de

que um muro foi derrubado? De que essa apro-

ximação com a forma, aqui, aconteceu? Os resul-

tados dessa prática lhes levaram a estar presen-

tes Aqui e Agora? O nosso interesse é saber até

que ponto, para vocês, esta foi uma prática efeti-

va, e como nós podemos lhes auxiliar para que

essa prática se torne efetiva, se não o foi, em sua

experiência.

Page 290: Ibez - Fogo de Liberação1

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Participante: Eu senti uma presença muito

forte e parece que o ponto central foi bem

mais fácil de ser acessado a qualquer mo-

mento. É esse sentimento que eu tenho pelo

menos.

Lhieva: Essa sensação de presença, não é mes-

mo? Este é bem o objetivo. Um dos objetivos,

dessa primeira etapa, é que vocês comecem a

experimentar novamente uma relação de inti-

midade com esta forma. Alguém mais gostaria

de partilhar alguma coisa a respeito da prática

Kasintankô?

Participante: Eu senti algo como na autoper-

cepção. A gente comentou com o Asul sobre

essas pessoas que sempre estão focando no

mental, aí ele disse que, às vezes, para as

pessoas mais focadas no mental, melhor se-

ria o corpo estar em atividade. E assim na

prática Kasintankô eu também senti um pou-

co isso, que eu estou na presença, mas depois

a minha mente vagueia, eu estou e não estou

Page 291: Ibez - Fogo de Liberação1

291

ali, no pensamento a mente ainda continua

trabalhando muito, muitas vezes. Acho que

eu sou esse tipo de pessoa que está muito

focado no mental ainda.

Lhieva: Bem, neste exercício Kasintankô, que é

formado de várias etapas, é imprescindível que

você aprenda a se relacionar bem com o seu

corpo. Isso não é a questão de você parar com a

mente. O objetivo dessa primeira etapa é lhe

deixar confortável dentro do corpo. Se existe a

tendência, então, a se perder da sua presença,

aqui nesse momento, por conta da mente que

fica trabalhando e fica puxando sua atenção para

outras coisas, o corpo é pleno de processos nos

quais você pode focar sua mente. Nesse sentido,

esta primeira etapa deste exercício é adaptada

para qualquer temperamento, compreende? Vo-

cês não precisam necessariamente fazer isto

parados, embora seja muito mais fácil. Vocês vão

perceber que é muito mais fácil no início, até

que vocês se habituem a estar presentes, execu-

Page 292: Ibez - Fogo de Liberação1

292

tar este exercício com o corpo em repouso. Isto

até mesmo facilita a expansão do campo de per-

cepção. Mas o corpo possui milhares de proces-

sos que se desenvolvem constantemente, nos

quais você pode colocar sua mente para traba-

lhar sobre eles. Então, quando você fecha os

olhos e você então põe sua atenção em um ponto

específico do corpo, e nós sugerimos a região do

tórax, do peito, ali instantaneamente você pode

começar a perceber sensações ou o próprio cor-

po funcionando e sua mente vai se ocupar, vai

registrar essas informações, enquanto você não

se perde no trabalho da mente. Você, observan-

do a respiração, muito melhor, acompanhando a

respiração, se permite repousar no corpo como

se o corpo fosse uma cama. Como se o corpo fos-

se uma casa que você habita.

Este é um exercício para que vocês retomem

intimidade com o corpo, para que vocês possam

permanecer, alguns momentos, no corpo sem a

necessidade de fugir dele. Se vocês forem perce-

Page 293: Ibez - Fogo de Liberação1

293

ber o comportamento mental que vocês têm,

normalmente, a mente é sempre uma fuga do

que está acontecendo no momento presente.

Seja criando outros cenários ou mesmo desvi-

ando o que está acontecendo no momento pre-

sente, colorindo este momento presente com as

suas expectativas desejos e projeções. Então

este aparelho mental, ao invés de se resumir a

uma ferramenta para seu relacionamento com o

ambiente a sua volta, se transformou numa es-

pécie de droga, que vocês usam para fugir cons-

tantemente do momento presente. Então é o

momento de habituar a mente a parar aqui. Se

você percebe que é difícil permanecer no corpo

no momento da execução deste exercício, então

relaxe e não se pressione. Abra os olhos, olhe ao

redor, coloque a mente para analisar as peque-

nas coisas acontecendo ao seu redor, por exem-

plo, como quando o seu pé se move e o tecido da

cama se move também, as cores das paredes.

Este tipo de coisa. Mesmo que você não esteja

Page 294: Ibez - Fogo de Liberação1

294

presente no corpo naquele momento, pelo me-

nos você vai estar presente no ambiente. Isso já

é um começo. E aí você vai perceber que en-

quanto você deixa a mente brincando com estas

coisas, mas que estão acontecendo aqui ou que

estão presentes aqui, você também permanece

presente aqui. Assim vocês param o movimento

da mente de projeção e de imaginação, indepen-

dente aparentemente da sua vontade, do seu

desejo, e você reduz a taxa de desgaste a um ní-

vel muito mais baixo. E aí quando você então

estiver à vontade no ambiente em que você está,

comece a trazer sua mente para dentro dos limi-

tes do corpo. Então vá puxando a mente para

cada vez mais dentro, até chegar neste ponto no

peito. E depois faça o caminho de volta e pare no

corpo e permaneça no corpo.

Vocês não devem estipular nenhum prazo como

objetivo para permanência nesse estado. Dois

minutos, um minuto, que vocês permaneçam

presentes no corpo é o suficiente. Porque a in-

Page 295: Ibez - Fogo de Liberação1

295

tenção não é que vocês estressem os veículos,

não é que vocês se estressem com os veículos. A

intenção é que vocês façam as pazes com os veí-

culos e não que vocês iniciem mais uma guerra

com eles, compreendem? Estas orientações não

são absolutas, se sintam livres para brincar, para

testar alternativas, outras formas de fazer isso. A

intenção básica da primeira etapa de “Kasintan-

kô” é derrubar o muro entre você-percebedor e

você-veículo sendo percebido. É permitir com

que você esteja à vontade na forma, sem preci-

sar fugir para outros mundos, para outros ambi-

entes, para outros tempos e outros aconteci-

mentos. Que você possa estar aqui à vontade e

em paz. Alguém mais gostaria de compartilhar

como foi sua experiência com a primeira etapa

de “Kasintankô”?

Participante: Eu gostaria. Eu fiz seguindo as

instruções, eu senti muita pressão aqui – no

peito – mas às vezes o corpo todo fica em

Page 296: Ibez - Fogo de Liberação1

296

torpor, até os pés e os braços estendidos fi-

cam em um torpor, não sei.

Lhieva: Isso é uma das formas, como pode se

traduzir nas suas experiências particulares, do

cumprimento da primeira etapa. Porque quando

você sente todo o corpo em torpor, essa é uma

percepção geral de todo o veículo. Naquele mo-

mento, dificilmente sua mente vai estar atraída

por um ponto em particular no corpo. Ela está

percebendo o corpo como um todo, em torpor, e

você permanece no corpo em torpor. É interes-

sante que este ponto é o ponto clímax desta

primeira etapa, que vai lhe conduzir à vivência

da segunda etapa, sobre a qual nós vamos falar

daqui a pouco.

Participante: Toda vez que eu me concentro

eu tenho essa pressão aqui no peito, ela vai

aumentando, aumentando, depois ela vai

baixando, baixando.

Lhieva: Exatamente. Isto faz parte, vamos dizer,

do ciclo de vibração deste ponto vibratório que

Page 297: Ibez - Fogo de Liberação1

297

reside aí no peito. Eu acho que os nossos outros

irmãos já lhes falaram muito a respeito desses

pontos vibratórios. O peito é uma região que

possui vários pontos sensíveis vibratoriamente.

E que, claro, com a estimulação de sua Atenção,

de sua Intenção e mesmo de sua percepção, es-

ses pontos tendem a surgir em seu campo de

percepção, dando esses sinais vibratórios. Isso é

completamente natural. Tudo é natural.

Participante: Nesse momento em que vou

fazer o alinhamento, eu convoco, ou chamo a

você e as duas irmãs (nota: Iverna e Isilda,

instrutoras de Tumaní). Não sei exatamente o

que elas vão fazer, mas acredito que elas dão

algum auxílio sempre que precisar. Acho que

é isso.

Lhieva: Sim, justamente a vibração do peito é o

sinal de nossa presença. Uma parte em você, ou

você em um dos seus níveis, nos reconhece e nos

saúda com a vibração de seu Coração.

Page 298: Ibez - Fogo de Liberação1

298

Participante: Eu sinto também uma pressão

muito forte no braço, às vezes fica dormente.

Lhieva: Isso faz parte de todas as estruturas

reativadas. A gente talvez entre neste âmbito

numas etapas mais à frente, quando vai ser de

alguma utilidade que vocês tenham conhecimen-

to disto. Por enquanto apenas acolham o que

quer que surja em seu campo de percepção, du-

rante a prática desta primeira etapa de Kasin-

tankô.

Participante: Todas as vezes que eu fiz, eu

peguei no sono. Eu tenho a impressão que eu

não fiz nada.

Lhieva: Bem, isto, de novo, é natural, isto é na-

tural. O sono é uma das formas de escapar da

prisão do corpo. Isto, de novo, não é algo que

deve ser considerado errado, a fuga também é

uma resposta natural aqui na experiência. Isto

não importa, se você dorme ou se você perma-

nece acordado, isto é de menos importância. O

que realmente importa é que enquanto você está

Page 299: Ibez - Fogo de Liberação1

299

fazendo o exercício você consiga se manter con-

fortavelmente no corpo. Você aprenda ou você

redescubra o prazer de simplesmente repousar

na forma que você possui, compreende? O que

quer que se siga a isso não importa porque cada

um de vocês está em uma dança particular, em

uma forma muito particular de se relacionar

com os seus diferentes níveis de existência. Cada

um de vocês possui um destino diferente e está

aqui fazendo coisas diferentes realmente. Então

os efeitos que essa prática pode despertar em

cada um de vocês, também vai ser diferente e vai

lhes conduzir a explorar áreas diferentes do

seus campos de percepção. Então apenas fiquem

tranquilos, não se preocupem com o que ocorre

depois, o interesse da primeira etapa de Kasin-

tankô é que vocês aprendam a amar o corpo.

Amar sem apego. Amar sem posse. Que vocês se

relacionem com o corpo como uma casa, que

vocês habitam. Mas não só nesse nível imaginá-

rio. O real objetivo da primeira etapa de Kasin-

Page 300: Ibez - Fogo de Liberação1

300

tankô é viver que o corpo é uma forma dentro da

qual vocês estão, mas que vocês não são. Vocês

nessa primeira etapa fazem a experiência da

Imanência. Assim como o Grande Espírito é i-

manente à sua criação, é transcendente à sua

criação , vocês são imanentes e transcendentes.

A primeira etapa de Kasintankô lhes habitua a

ser imanentes à sua criação. Vocês estão dentro

da sua criação. Vocês vivificam a sua criação.

Mais alguém?

Participante: Ontem eu fiz a prática e fiz o

exercício de não prestar atenção em nenhu-

ma parte do corpo em especial, estar só no

corpo. E aí muito rapidamente veio essa pre-

sença e aí eu fiquei em paz por um tempo.

Mas aí muito rapidamente veio uma euforia

que ficou muito forte, na mão e no pé, e aí

veio tremores no corpo e o corpo ficou mais

energético. Aí eu parei, foi muito rápido isso,

eu não sei se devia ter continuado a prática.

Page 301: Ibez - Fogo de Liberação1

301

Lhieva: Bem, de novo, não é a questão de es-

tressar os veículos. Como eu falei para outro

irmão, o importante é que enquanto vocês esti-

verem executando a prática vocês permaneçam

na forma. Permaneçam na forma em paz e tran-

quilidade, isto faz parte dos efeitos que para ca-

da um acontece de modos diferentes, sobre o

qual nós ainda não vamos tratar. Nós podemos

passar então para a próxima parte da nossa con-

versa?

Eu sugiro que vocês continuem se dedicando a

esta primeira etapa. Eu peço que agora, vocês,

no momento em que estiverem presentes no

corpo, quando vocês estiverem naquele estágio

em que vocês estão simplesmente a se deleitar

no corpo, a repousar no corpo, vocês conduzam

sua atenção para a superfície do corpo, para a

pele. A instrução que eu tenho hoje a passar pa-

ra vocês é muito simples e vai lhes preparar pa-

ra a próxima etapa. Quando vocês estão nesse

estado de relaxamento e também de presença,

Page 302: Ibez - Fogo de Liberação1

302

eu peço que vocês conduzam sua atenção à pele.

E observem o que toca sua pele, não num nível

material, mas em um nível que parece não ser

material, em um nível sutil. Eu quero que vocês

prestem atenção nas percepções e nas informa-

ções que sua pele capta. Vocês vão perceber que

nesse estado de presença, quando vocês condu-

zem sua atenção para qualquer parte do corpo,

em especial na superfície, nesse primeiro mo-

mento, vocês vão perceber como que uma se-

gunda pele sobre a pele do corpo. Esta segunda

pele pode lhes transmitir informações de calor,

de refrescância, como um suave veludo encos-

tando-se a sua pele, como uma brisa, como puro

fogo, como eletricidade, enfim, isto vai ser dife-

rente para cada um de vocês. Mas as orientações

de hoje são que vocês continuem na prática, nes-

ta primeira etapa. E no momento em que vocês

estiverem repousando na forma, percebam as

extremidades do corpo, a superfície de todo

corpo. Vocês podem fazer isso de um ponto só,

Page 303: Ibez - Fogo de Liberação1

303

como por exemplo, na pele da mão, nas palmas

da mão, dos pés ou na pele inteira do corpo, na

superfície inteira do corpo, isso não importa. O

importante é que vocês se deem conta deste

campo, este campo vibratório, que circunda o

seu corpo. Isto, por enquanto, é o suficiente. En-

tão permaneçam na percepção deste campo vi-

bratório, e de novo, não se preocupem com os

efeitos. Aceitem o que surgir a partir dai, mas a

orientação de hoje é que vocês deem este passo

além do limite do corpo. Isto vai lhes habituar a

quebrar agora uma segunda barreira, a do limite

do corpo físico.

Nesta primeira etapa vocês foram até o ponto de

se habituar a permanecer dentro dos limites do

corpo. Agora vocês começam a explorar o que

vocês são além do limite do corpo, compreen-

dem? Mas nós não vamos lhes entulhar de in-

formações. Por enquanto apenas se familiarizem

com esta segunda camada que circunda seu cor-

po. Certo? Vocês possuem alguma questão, al-

Page 304: Ibez - Fogo de Liberação1

304

guma necessidade de esclarecimento, que talvez

eu possa lhes conceder nessa oportunidade?

Participante: Você coloca a atenção nessas

manifestações da pele e ao mesmo tempo

coloca a intenção na respiração?

Lhieva: Você vai continuar respirando. No mo-

mento em que você atinge este estágio da Pre-

sença, a respiração já se misturou com tudo

mais no corpo. Não é mais necessário que vocês

ponham a atenção especificamente na respira-

ção, porque isso seria, de novo, se focar numa

parte ao invés de estar presente no todo confor-

tavelmente. Então quando vocês estiverem neste

estágio da presença, com o corpo preenchido de

sua presença, então sim, vocês conduzem a a-

tenção para a pele. Agora não é necessariamente

para perceber o que está acontecendo na pele,

mas sim para perceber o que circunda a pele.

Bem, não há como explicar essas coisas facil-

mente em palavras. É melhor que vocês se lan-

cem à vivência e no nosso próximo encontro nós

Page 305: Ibez - Fogo de Liberação1

305

conversamos sobre isso, porque aí talvez, vocês

vão ter tido a experiência direta do que eu aca-

bei de falar. Mais alguma questão irmãos?

Então eu lhes desejo uma boa prática, que vocês

continuem mergulhando cada vez mais profun-

damente no que vocês são. Fiquem em paz, vo-

cês são amados e abençoados. Até breve.

Page 306: Ibez - Fogo de Liberação1

306

Capítulo XXIII

KASINTANKÔ - DERRUBANDO OS MUROS III

IVERNA

Saudações irmãos. Eu sou Iverna do Retiro de

Tumaní. Nós temos como propósito, nesta opor-

tunidade, dar continuidade ao exercício que nós

transmitimos a vocês: Kasintankô, Derrubando

os Muros. Minha irmã Lhieva lhes passou a se-

gunda etapa desse exercício, que consistia numa

continuação natural da primeira parte, em que, a

partir do momento em que vocês estivessem

centrados, presentes dentro da forma, vocês

direcionassem sua atenção para o campo de e-

nergia que circunda este corpo.

Eu quero acrescentar uma nota a respeito desta

segunda etapa. Uma nota explicativa, muito mais

do que prática. Este campo de energia, não é o

campo de energia que é chamado aqui de aura,

isto não tem a ver com isso. Esta percepção de

uma vibração na superfície do corpo é a mani-

festação de seu corpo etérico, daquilo que vocês

Page 307: Ibez - Fogo de Liberação1

307

conhecem como corpo de luz, ou corpo multidi-

mensional. Este corpo não é limitado pela forma

física, e vocês são este corpo, vocês são este

campo de energia, vocês são este campo de luz.

Este campo de água, de fogo, de terra, de ar,

completamente integrados; vocês são este Corpo

de Éter. Este Corpo de Éter que existe no nível

da Matéria onde esta diferenciação não é tão

pronunciada, onde esta discriminação da forma

não existe. Há certa diferenciação neste nível da

matéria, em que este seu Corpo de Éter existe,

mas esta diferenciação não é discriminação, esta

diferenciação não é distância, esta diferenciação

não é separação. Neste corpo, que vocês já po-

dem acessar agora, neste novo mundo que vocês

vivem, este novo corpo coexiste neste corpo físi-

co e transcende os limites deste corpo físico até

o infinito. Como pode, também, se condensar

num único átomo, numa única célula.

O objetivo destes exercícios, embora isto vá de-

pender das respostas que vocês deem a cada

Page 308: Ibez - Fogo de Liberação1

308

etapa transmitida, é que vocês se integrem,

completamente, neste Corpo de Éter e apren-

dam a ser neste Corpo de Éter, a estar dentro

deste mundo, deste universo, enfim, desta maté-

ria, sendo, habitando e utilizando, coerentemen-

te, este Corpo de Éter. Então, esta segunda etapa,

é a primeira percepção que vocês têm deste

Corpo de Éter. É claro que durante estes dois

anos e para alguns de vocês até por mais tempo,

vocês já tiveram sinais, marcadores da presença

deste Corpo de Éter, deste corpo de Fogo Sagra-

do. No entanto, a intenção nesta etapa, neste

novo mundo, é que vocês se tornem lúcidos des-

te corpo e sejam capazes de utilizá-lo. Utilizá-lo

funcionalmente. Então, a segunda etapa seria a

atenção focada na superfície, nos limites do cor-

po físico, de modo a perceber esta porção do

Corpo de Éter que vai além dos limites da forma.

Isso seria a primeira deslocalização de uma for-

ma fixa, como vocês vivem aqui.

Page 309: Ibez - Fogo de Liberação1

309

A terceira etapa constitui no redobramento, na

intensificação da atenção neste campo, neste

campo de Éter que vai além dos limites do cor-

po. De modo, agora, a dissolver os limites do

corpo. Dentro da prática de Kasintankô - cuja

primeira etapa é se habituar a uma forma fixa, é

fazer as pazes com a limitação de um corpo tri-

dimensional, e cuja segunda etapa é redescobrir

este corpo multidimensional - a terceira etapa

tem como objetivo iniciar suas experiências e

experimentações com este corpo multidimensi-

onal. Então, a partir deste ponto de presença, a

partir deste ponto de silêncio, de paz e de amor

pela matéria, vocês passam à percepção deste

corpo multidimensional que se traduz no nível

físico, no nível dos sentidos físicos de várias

formas, formas que, inclusive, vocês já conhe-

cem, que lhes são comuns, podem ser um formi-

gamento, ou calor, ou frio, em todas estas per-

cepções que não encontram explicação num fa-

tor material, mas numa percepção que embora

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310

pareça ser física, vai além do nível puramente

físico. Nesta terceira etapa de Kasintankô, vocês

permanecem com a atenção neste campo de e-

nergia, neste campo de Éter, que é o substrato

da matéria diferenciada e discriminada. Este

corpo - como essa própria identidade que vocês,

temporariamente, são - é um campo de energia,

é um campo de energia grande e poderoso o su-

ficiente para acolher dentro de si todo o seu

campo de percepção. Quando vocês são um cor-

po físico, quando vocês estão num corpo físico,

tudo o que vocês percebem acontece dentro des-

te campo energético, deste corpo multidimensi-

onal. Porque este corpo multidimensional é jus-

tamente a integração, de uma maneira não dis-

criminada, de todas as dimensões de vida, de

todas as possibilidades de se expressar na maté-

ria. E esta terceira etapa que ainda acontece com

vocês dentro do corpo é o limiar entre a locali-

zação num corpo e a multilocalização neste cor-

Page 311: Ibez - Fogo de Liberação1

311

po multidimensional, neste Corpo de Éter. Como

isto vai se dar?

Nós temos orientações práticas para que vocês

desenvolvam intimidade com este corpo multi-

dimensional. Então vocês estão na prática de

Kasintankô, vocês estão centrados na presença,

vocês estão em paz, vocês estão nesse amor que

sacraliza a matéria, então vocês colocam sua

atenção nos limites do corpo e vocês percebem

que há algo aí, algo que a princípio toca o corpo.

Mas à medida que vocês descansam a atenção

nestas sensações que tocam o corpo, vocês per-

cebem que isto não está tocando o corpo, que

isto é um desdobramento muito interior da for-

ma, da matéria que constitui a forma. Nesta ter-

ceira etapa, vocês ainda estão dentro de seu

campo de percepção particular. Nesta terceira

etapa o objetivo não é experimentar este corpo

multidimensional na sua versão total, mas sim,

na parte deste corpo multidimensional que se

refere a este campo de experiência, que está in-

Page 312: Ibez - Fogo de Liberação1

312

timamente ligado a esta forma, que está intima-

mente ligado e que concerne a sua expressão

dentro deste campo de matéria. Então vocês

descansam sua atenção nestas percepções que

circundam o corpo e, silenciando e saboreando,

vocês vão perceber que este Fogo, ou esta ener-

gia, ou esta vibração, não está fora do corpo, ele

nasce em seu Coração e se expande para além

dos limites do corpo. Agora, quando vocês esti-

verem percebendo esta zona vibral que circunda

o corpo, vocês vão voltar sua atenção para o Co-

ração, para o centro de seu corpo físico. Há um

átomo no centro do corpo físico que é o lugar, ou

é o ponto localizável no corpo, a partir do qual

este corpo multidimensional encontra expressão

neste nível físico. Então da percepção vibral que

circunda o corpo, vocês retornam para o Cora-

ção, vocês retornam para o centro do peito e

vocês vão fazendo isto, este movimento, para

fora e para dentro até que os limites do corpo

desapareçam, até que não haja mais a percepção

Page 313: Ibez - Fogo de Liberação1

313

desta vibração no Coração e fora do corpo, até

que a vibração que está no Coração e que está no

corpo sejam homogêneas, sejam uma coisa só,

que a vibração não esteja localizada num ponto

e localizada num outro, mas que a vibração seja

então a totalidade deste espaço forma que vocês

ocupam.

A terceira parte de Kasintankô é sua adaptação a

estar num corpo vibral. A primeira parte era

estar num corpo fixo, numa forma fixa, a segun-

da parte era transitar entre a percepção vibral e

a percepção de localização fixa, a terceira parte

de Kasintankô é se abrir para a deslocalização

do corpo físico e a multilocalização neste nível

vibral. Por um bom tempo essa terceira etapa

será a etapa final, temporariamente, deste exer-

cício.

Agora eu vou deixar algumas dicas de experiên-

cias, brincadeiras que vocês podem fazer nesta

terceira etapa. Quando a vibração do Coração e a

vibração que circunda o corpo forem homogê-

Page 314: Ibez - Fogo de Liberação1

314

neas, ou seja, a distância entre esses pontos vi-

bratórios sumir, desaparecer, quando vocês se

tornarem apenas uma forma vibrante, sem uma

sensação tão pungente de limitação, então neste

estado vocês podem invocar cada um dos Ele-

mentos, em momentos diferentes, de modo co-

mo lhes for mais natural, de acordo com seus

impulsos interiores. Vocês podem então invocar

cada um dos Elementos e perceber as modifica-

ções em sua percepção deste corpo vibral. Isto

pode ser feito com cada um dos elementos. Vo-

cês vão perceber coisas interessantes, vocês vão

perceber que este corpo vibral tem a capacidade

de se transformar, de se transmutar em um dos

elementos, especificamente, ou numa combina-

ção particular destes elementos. A partir deste

estado de percepção do corpo vibral, vocês po-

dem intencionar a união com um irmão encar-

nado ou não, com um sol, com uma estrela, com

uma galáxia, com qualquer coisa. E façam a ex-

periência da comunhão a partir deste corpo vi-

Page 315: Ibez - Fogo de Liberação1

315

bral; por isto esta etapa é o ponto onde nós pa-

ramos agora com vocês, porque dentro desta

etapa há toda uma potencialidade de experiên-

cia a ser feita, há toda uma potencialidade de

formas que vocês precisam reintegrar na sua

experiência, na sua expressão. Esta terceira eta-

pa é a descompartimentação e a descompressu-

rização de sua consciência. Bem, existem ques-

tões?

Participante: Nos alinhamentos dá para sen-

tir bem a construção deste corpo, isto é por

causa da vibração que é transmitida?

Iverna: Não. Nem o som emitido, nem uma prá-

tica pode construir este corpo, este corpo está ai,

ele sempre esteve, o que acontece agora é que

vocês tomam consciência deste corpo, para que

vocês integrem outra oitava de experiências

dentro do mundo que vocês tem a viver, seja

nesta esfera ou em outra, compreendem? Vocês

estão integrando outras oitavas para expandir o

campo de percepção e as formas de expressão.

Page 316: Ibez - Fogo de Liberação1

316

Então nós lhes passamos alinhamentos, há um

trabalho vibratório que acontece a cada reunião,

há um trabalho em todos os corpos, desde o

mental até o corpo físico, energético, que visou

adaptar da melhor forma estes corpos à vivência

e à integração deste outro diapasão de experiên-

cia. Isso seria a sacralização da matéria, seria a

sacralização de sua identidade, porque é com

esta mesma identidade que você está vivendo

tanto aquele aspecto da experiência limitada,

como este aspecto da experiência que está se

descompartimentando. Se sua identidade for

capaz de sobreviver a este processo, ela é imor-

tal.

Participante: Durante as etapas destes exer-

cícios eu senti como se eu estivesse desloca-

do, como se a percepção de outro corpo fi-

casse na minha frente. Eu tentei focar a aten-

ção no meu corpo, só que a percepção veio,

como se eu estivesse vendo meu corpo na

minha frente, aí veio aquela coisa de tremer,

Page 317: Ibez - Fogo de Liberação1

317

de apertar os órgãos. O que é esta compres-

são que se faz no corpo?

Iverna: Isto é o processo de adaptação da pró-

pria forma a este trânsito de um nível de experi-

ência a outro. Bem, nós lhes dissemos, todos nós

que intervimos aqui com vocês, que é a matéria

que se crê separada e não o percebedor; é a ma-

téria que se crê separada. Então a matéria que

constitui esta forma, quando assume esta forma,

assim, fixa - onde há a diferenciação e discrimi-

nação entre ela e as outras formas - acredita es-

tar separada, então nasce aí o instinto de sobre-

vivência, a luta para se manter, enfim, todas es-

sas coisas que vocês conhecem na experiência.

Este é um mecanismo de preservação da forma.

Porque a forma, qualquer que seja ela, qualquer

um desses corpos, o corpo físico, ou corpo men-

tal, ou corpo emocional, crê que se você for ca-

paz, enquanto fator animante desta forma, de se

expandir para além dos limites desta forma, ela

vai desaparecer. Por isso há um mecanismo ins-

Page 318: Ibez - Fogo de Liberação1

318

talado na forma fixa de lhe manter aqui dentro.

Então há um processo de adaptação. Você vai

perceber que à medida que a forma for compre-

endendo, no seu próprio nível, que liberação não

é o fim e sim o inicio de… bem… de uma eterni-

dade, então estes mecanismos vão sendo suavi-

zados. Mas isto depende também, muito, da co-

loração de sua experiência enquanto percebe-

dor, das vias de sacralização da matéria. Mas não

há muito o que fazer, o que você pode fazer é

permanecer em paz, a despeito da resposta que

o organismo físico dá.

Participante: Às vezes parece que não consi-

go voltar, como se eu não tivesse mais o do-

mínio deste corpo, aí eu poderia ficar ali ho-

ras.

Iverna: Isso faz parte da mesma coisa, né? A

orientação da sua dança enquanto consciência

cósmica. Não há muito que dizer a respeito dis-

so, é a circunstância que você vive. Se você se

entregar e viver, e se deixar neste estado pelo

Page 319: Ibez - Fogo de Liberação1

319

tempo que quiser ou não, isso são as circunstân-

cias da experiência sendo feita. Mas é interes-

sante notar como você está dentro de cada uma

dessas situações, compreende? Se esta paz e este

amor são estáveis tanto num estado quanto no

outro. Porque o fato de estar numa forma fixa

não impede que vocês estejam lúcidos do amor e

da paz que são.

Participante: Sem ter a orientação da comu-

nhão com um irmão longe, senti meu corpo

maior e dormente, só que num dado momen-

to me ocorreu de chamar certa pessoa e senti

uma vibração, eu nunca tive notícia sobre

esta pessoa. É uma menina que foi assassina-

da aos quatro anos, provavelmente, pelo pa-

drasto, aí eu pirei. Foi, praticamente, um ato

involuntário, não tive a intenção de pensar

nesta pessoa.

Iverna: Mas vibração do que? Definitivamente,

há a possibilidade de, a partir deste corpo mul-

tidimensional, vocês comungarem, fusionarem

Page 320: Ibez - Fogo de Liberação1

320

com qualquer consciência. Qualquer consciência,

qualquer percebedor real, não as personalida-

des. Porque senão isto seria incongruente, uma

vez que esta personalidade viria carregada de

todos os estados emocionais. E vocês podem

viver esses tipos de comunhão emocional ape-

nas a partir do corpo sutil, energético, do pró-

prio corpo físico. Quando vocês pensam na mãe

de vocês e vocês compartilham da alegria e do

sofrimento da mãe, isto é um tipo de comunhão

que acontece através do corpo energético, do

corpo energético ligado ao físico, e não do corpo

etérico multidimensional, são duas vias diferen-

tes de relação. Uma que se aplica à ilusão do tea-

tro e uma que se aplica à ilusão da cidade onde o

teatro existe.

Participante: Eu estava em presença?

Iverna: Só você pode responder isso, no entanto

eu fico pensando, se você seria capaz de fazer

esta pergunta naquele momento. Se no momen-

to em que você estava vivendo, se você seria

Page 321: Ibez - Fogo de Liberação1

321

capaz de parar e se perguntar: “será que eu es-

tou em presença?”.

Participante: Da mesma forma que sentimos

sua vibração daqui, você sente a nossa?

Iverna: Bem, nossa vibração é única, se por vi-

bração vocês querem dizer este corpo etérico

multidimensional e não seus estados emocio-

nais, seus gostos e desgostos, todas as marcas e

informações que constituem a personalidade.

Nós somos Um. Se isso não fosse possível, bem,

das duas uma: ou nós somos charlatões ou todos

loucos. Nós somos loucos né? Enfim...

Participante: Consegue avaliar, daí, a condi-

ção consciencial em que estamos? Ou precisa

que lhe demos um feedback para saber

quando nos passar os próximos passos?

Iverna: A partir desta terceira etapa isto se tra-

duz de uma maneira particular para cada perce-

bedor aqui. Vocês podem simplesmente ser con-

duzidos para cada vez mais fundo dentro da re-

Page 322: Ibez - Fogo de Liberação1

322

integração de sua multidimensionalidade, como

pode ser que tenhamos oportunidade de lhes

passar orientações específicas, mas isso não é

mais necessário, não é mais uma necessidade

premente, isto é opcional. Porque a partir do

momento em que vocês se deslocalizam da fixi-

dez do corpo e começam a fazer as experiências

neste corpo vibral, há um modo de funciona-

mento intrínseco a essa multidimensionalidade

que lhe arrasta, que lhe conduz. É como quando

vocês nascem; vocês observam e aprendem al-

gumas coisas, mas a maior parte das informa-

ções é natural, é instintiva, vocês sabem que tem

que botar a comida na boca e não no pé se vocês

estão com fome, né?

Então fiquem em paz. Minha irmã Lhieva, minha

irmã Isilda, bem como todo o Retiro de Tumaní

lhes transmitem suas bênçãos, lhes transmitem

seu amor e sua gratidão também. Sejamos então

este amor. Até breve, irmãos. Fiquem em paz. Se

dediquem à vivência disto.

Page 323: Ibez - Fogo de Liberação1

323

Apêndice

MEMÓRIAS CÓSMICAS

Lembranças de um Tempo sem Tempo

- por Agnimitra

Estes são fragmentos que consegui captar e por

no papel quando das vivências de Fusão na Fonte,

e revelação de minha origem estelar (Alantië,

Nebulosa da Borboleta), entre fins de 2010 e iní-

cio de 2011.

I – O MILAGRE

Eu sempre estive. Não consigo lembrar-me de

um tempo em que não estivesse. Mesmo quando

nada havia além do Sopro em suspenso do Ima-

nifesto, antes mesmo do Milagre eu era. Mas a-

penas após o Milagre houve Presença.

Meu povo, as Consciências de Alantië, chama

‘Milagre’ o momento em que o Absoluto, a Eter-

na Fonte sem Fonte executou o primeiro Movi-

mento, executou o primeiro Sacrifício e limitou-

se para que a Presença se manifestasse e o Visí-

Page 324: Ibez - Fogo de Liberação1

324

vel pudesse tocar o Invisível. Anteriormente ao

Milagre nada havia, nem mesmo o nada, portan-

to ante este Mistério todas as Consciências, nas

quatro extensões dos Superuniversos sem fim,

silenciam respeitosamente em jubiloso assom-

bro perante o SER.

Alantië é uma região estelar não muito distante

da Terra, uma das muitas nebulosas, em sua

maioria vértices transdimensionais, onde se to-

cam Multi-Universos dimensionais paralelos.

Nosso povo irradia, para este Universo local,

qualidades próprias de nosso Universo de ori-

gem, reproduzindo assim de maneira simbólica,

a nível macrocósmico, a ligação que existe entre

cada átomo a nível microcósmico. Estabelece-

mo-nos em Alantië muitos éons antes do projeto

Terra ter sido iniciado pela Fonte local repre-

sentada pela consciência que os humanos ge-

ralmente chamam Maria, a quem nós chamamos

Deusa Universal.

Page 325: Ibez - Fogo de Liberação1

325

O Impulso Cósmico nos conduziu a este Univer-

so local para aqui dar continuidade à Obra, a

função a nós outorgada pela Fonte, registrada

em nosso DNA consciencial. Nosso povo (que

neste Universo local habita em Alantië diversas

dimensões, especialmente entre 7ª e 21ª) está

ligado de maneira profunda aos Elementos, aos

Pilares Universais de Manifestação, as Quatro

Faces do Pai-Mãe. Os Elementos Primordiais

apenas são encontrados em Dimensões extre-

mamente elevadas, chamadas Dimensões Sim-

ples, níveis de consciência que se aproximam do

estado Primevo, onde Forma e Consciência mes-

clam-se tão completamente que não há naqueles

espaços qualquer possibilidade de diferenciação,

por mais leve que seja. As estruturas dimensio-

nais pluriformes, de densidade maior, fazem

polo oposto àquelas Dimensões Simples. De

forma que os Elementos vão sendo reproduzi-

dos em cada dimensão obedecendo às leis de

Page 326: Ibez - Fogo de Liberação1

326

manifestação e agenciamento da forma em cada

dimensão particular.

Mas o que na Terra se conhece por Elementos

não corresponde de forma alguma ao que cor-

respondem realmente os Elementos. Os núme-

ros, uma vez que estão ligados à arquitetura di-

mensional em todos os planos, não puderam ser

alterados além de certo limite dentro da esfera

distorcida terrestre, no entanto as funções sim.

Os quatro Elementos então foram reduzidos e

cristalizados em uma das formas de seus movi-

mentos. Portanto quando se fala, em termos

transdimensionais, dos Elementos não se deve

limitar-se a conceitos ou formas de expressão

conhecidas. Mesmo dentro da esfera, ou matriz,

dissociada terrena, os Elementos se manifestam

através de múltiplos movimentos. Esta é a Lei de

Manifestação, desde os planos os mais simples

aos mais complexos.

Quando do Milagre, o Sopro em suspenso se mo-

veu, e deste primeiro movimento (o Um, que se

Page 327: Ibez - Fogo de Liberação1

327

mantém ainda suspenso, sendo em absoluto o

Ser e o Não-Ser) surgiu o Dois, o Dois é a Pre-

sença Cósmica, é a Consciência consciente de si,

presente; ali está o embrião do Tempo (não o

que na Terra se conhece como tempo, mas o

Movimento da Consciência) e do Espaço (nova-

mente não o que na Terra se conhece como es-

paço, mas o Movimento da Forma). Quando a

Presença Cósmica então se apercebe a Si mesma

acontece o Mistério do Três: a Fonte Causativa –

este processo é o mesmo em todos os multiver-

sos - o corpo do Pai-Mãe Uno - o Um se torna o

Dois que resulta no Três, esta é a origem de to-

das as Fontes Universais e solares. Da Fonte

Causativa (relação plenamente consciente da

Forma Única e da Consciência Única) surge en-

tão o Quatro (os Primevos, os Quatro Veladores,

as qualidades primordiais que permitem a mani-

festação da Forma e da Consciência em todos os

planos e dimensões de todos os Universos e Su-

Page 328: Ibez - Fogo de Liberação1

328

peruniversos), aqui se estabelece o início do giro

das rodas em cada esfera de manifestação.

A linguagem humana está muito aquém destas

Realidades, no entanto, neste momento em que

os véus se afinam e dissolvem-se, torna-se pos-

sível para muitas Consciências tocarem, para

algumas após longo tempo, estes Estados onde a

totalidade do Cosmos é apreendida num lapso,

sem a intervenção do aparelho mental, senão

quando da decodificação em informação. Todas

estas Realidades, no entanto, os Mistérios dos

Números, as Fontes e Elementos, nada disto está

no exterior, tudo isto se encontra no Interior da

Consciência. Em verdade o Sopro em suspenso,

o Um eternamente Imóvel não é senão o Coração

da totalidade da Manifestação, Coração que é o

mesmo Coração de cada Consciência, crendo ou

não estar separada. Este é o Mistério do Absolu-

to: a tudo possuindo, mas por nada sendo possu-

ído. A tudo abarcando, mas por nada abarcado.

Page 329: Ibez - Fogo de Liberação1

329

II – A DANÇA INICIA

No espaço ilimitado, corpo do Pai-Mãe, giram as

Rodas. Infinitamente, sem jamais cessar giram

elas. Umas ao redor das outras, e todas seguindo

perpetuamente seu curso em torno de sua Fon-

te. O nosso universo de origem, do povo de

Alantië - que não pertence ao mesmo Multi-

Universo da Terra - iniciou seu giro em torno da

Fonte Primeva muito antes que este universo

local. Aqui aportamos, trazidos pelos ventos

cósmicos, alguns éons após o surgimento deste

universo, quando ainda os Quatro Primevos te-

ciam as malhas das dimensões em todo o espaço

circundado pela Fonte Causativa que tomaria

corpo e forma. Assim se estabelece a Dança

Cósmica, seguindo precisamente a Ressonância

registrada no DNA consciencial de cada átomo.

Observamos e trabalhamos na manifestação do

corpo cósmico da Fonte local Sírius, onde se es-

tabelece uma das expressões da Consciência e

Radiação da Deusa Universal, a Face Mãe do U-

Page 330: Ibez - Fogo de Liberação1

330

no. Ela encontra seu polo numa Consciência que

revela neste Universo local a Face Pai do Uno,

aquele a quem na Terra chamam Metatron, o

Arcanjo Maior.

A Terra ainda era um embrião, um Arquétipo na

consciência da Mãe. Uma semente perfeita em si

mesma, mas desprovida de corpo, pura Vibração

Arquetípica, aguardando o soar do Címbalo para

tomar expressão. Assim se desenvolvia este uni-

verso, assim se desvelava o Mistério da Presen-

ça. Quando a Presença dos Quatro Primevos a-

tingiu certo nível dimensional, onde se inicia a

manifestação antropomórfica, de formas mais

complexas (18ª Dimensão), foram impressos

então, em pontos específicos de todo este Uni-

verso, vórtices colossais que com seu particular

girar permitiram a expressão de consciências

inusitadas, Arcanjos e Gigantes, servidores da

Fonte, cumprindo seu papel na criação e manu-

tenção da manifestação divina. Estes vórtices

são conhecidos na Terra como algumas conste-

Page 331: Ibez - Fogo de Liberação1

331

lações, entre as quais se destacam Lyra, Órion,

Plêiades, Ursa, e outras mais, cada uma irradi-

ando uma qualidade especifica da Consciência

Una, manifestando formas, seguindo o padrão de

sua Radiação própria.

Alguns destes vórtices acolhem em si também,

na forma de nebulosas, o que se chamam Estan-

ques Cósmicos. Um Estanque Cósmico é como

um útero, onde tomam expressão, dentro de um

Multi-Universo dimensional, as Chamas Infor-

mes desprendidas do Sopro em suspenso. Es-

tanques Cósmicos não tem seu ponto de partida,

no entanto, em 18ª Dimensão, mas sim em pla-

nos dimensionais muito próximos da Fonte Pri-

meva; eles tomam forma em 18ª Dimensão, “en-

carnando”, por assim dizer, no que se conhecem

como Nebulosas, que por tão grande ser seu es-

plendor, foram envoltas em brumas do ponto de

vista deste nível dimensional, para que a experi-

ência de dissociação pudesse ler levada adiante.

Quando este Universo chegar ao termo de sua

Page 332: Ibez - Fogo de Liberação1

332

dança extasiada, tudo será conduzido de volta ao

Útero materno, nos Estanques Cósmicos, para ali

se fundir completamente no Sopro em suspenso.

Para após, usando aqui de muita ousadia ao en-

quadrar tais fenômenos em termos lineares, se-

guindo o ritmo da Respiração do Absoluto no-

vamente se desvelar, quando outro Milagre a-

contecer.

Nós, Alantiëanos, vimos serem lançados os fun-

damentos deste Universo. Presenciamos o glori-

oso espetáculo das Chamas Informes sendo atra-

ídas a este Universo seguindo o vibrar de seu

DNA consciencial. Ah! Êxtase Divino! Palavras

são impotentes ante este Mistério. E o girar se-

guia seu curso. A formas se adensando, se tor-

nando cada vez mais complexa e logo este Uni-

verso vibrava como os jardins terrenos, pulsante

com miríades de correntes de Vida se expres-

sando, se mesclando e produzindo sempre mais.

Aproximava-se o momento da Flor Terrena se

abrir ao orvalho divino. Uma a uma as Linhagens

Page 333: Ibez - Fogo de Liberação1

333

Cósmicas foram se expressando neste Universo

local, povoando e multiplicando a diversidade de

expressão. Alegria é a nota que marca o pulsar

deste Universo.

A estrutura dimensional neste Universo então

tomou forma, com dimensões habitadas por

consciências evolutivas (Chamas cujo papel na

Dança Cósmica é fazer seu trajeto através de

todas as esferas dimensionais, permitindo ao

Todo viver a si mesmo, amar a si mesmo, conhe-

cer e reconhecer a si mesmo), e dimensões ope-

racionais, que não suportam campos de expres-

são, como planetas e sistemas solares, por e-

xemplo, mas cujo papel é ligar, dentro destes

campos de expressão, suas dimensões “habitá-

veis”. Estas dimensões operacionais são “mora-

da” das consciências agenciadoras dos diversos

campos de expressão, como Anjos e Elementais.

E uma mesma dimensão pode cumprir tanto o

papel operacional como de campo expressão,

Page 334: Ibez - Fogo de Liberação1

334

simultaneamente, em paralelo, como o é a 3ª e a

18ª Dimensões.

Tomemos por exemplo a 11ª Dimensão, nesta

dimensão a forma se expressa sob um agencia-

mento chamado cristalino. Neste nível dimensi-

onal, em todas as Famílias Estelares, estão anco-

radas muitas das Consciências chamadas de E-

lohim. Elohim são consciências criadoras ou

mantenedoras ou ainda que cumprem outra

função, mas cuja tarefa, qualquer que seja sua

atuação, é impulsionar, ancorando em sua Pre-

sença impulsos vindos de níveis dimensionais

simples onde se encontram os “comandos” para

a manifestação nos níveis da forma. Estas cons-

ciências por vezes encarnam aspectos cósmicos

do Sopro Uno, como aquela a quem chamam na

Terra de Maria, um Eloha ancorado em 18ª Di-

mensão que assume o papel de Fonte para este

sistema solar, encarnando a Face Mãe do Uno.

Em 11ª Dimensão, portanto, habitam formas

particulares de consciências e, em cada espaço

Page 335: Ibez - Fogo de Liberação1

335

estelar, se conforma a leis particulares de agen-

ciamento da forma, mas sempre obedecendo a

impulsos primários que são a marca deste nível

dimensional: a vibração cristalina. Neste nível

dimensional, em todos os espaços estelares, gi-

ram esferas planetárias, campos de expressão,

onde aquelas consciências tem seu lugar de ex-

periência e atuação.

Já em 7ª Dimensão, por exemplo, um nível di-

mensional chamado operacional, o modo de fun-

cionamento é diverso. Este nível dimensional

não abriga campos de expressão, ou de experi-

ência, mas sim as consciências angélicas que

trabalham na manifestação e agenciamento da

forma em níveis dimensionais abaixo dele. Ima-

ginem que num nível dimensional operacional é

onde se efetua a configuração de um nível di-

mensional formal. Consciências evolutivas aces-

sam estas dimensões operacionais apenas de

maneira passageira, mas não podem ali se esta-

belecer indeterminadamente; ali podem se ma-

Page 336: Ibez - Fogo de Liberação1

336

nifestar, pois a Lei de Unicidade garante o acesso

de toda consciência, qualquer que seja seu nível

dimensional, à Totalidade do Cosmos, mas ali

não podem ancorar permanentemente sua Pre-

sença.

Um exemplo de nível dimensional que assume

estes dois modos de funcionamento simultane-

amente é a 3ª Dimensão, assim chamada na Ter-

ra de maneira equivocada - tendo esta denomi-

nação nascido da maneira como a consciência

encarnada percebe o espaço que a envolve, du-

rante este último ciclo de aprisionamento – pois

vários outros níveis dimensionais existem “abai-

xo” desta, todos unificados, mas onde modos de

funcionamento diferentes imperam, onde o a-

genciamento da forma se dá de maneiras dife-

rentes.

Nesta conhecida, embora completamente des-

conhecida para a consciência encarnada terrena,

3ª Dimensão agenciam-se mundos e mundos,

em diversas Famílias Estelares, onde a forma se

Page 337: Ibez - Fogo de Liberação1

337

expressa usando o código carbonado. Estes

mundos são uma particularidade deste Multi-

Universo, embora esta experiência tenha sido já

iniciada em outros Multi-Universos. São mundos

onde a forma adensada permite à consciência

experimentar a sensação da limitação, mesmo

permanecendo unificada. A diversidade é uma

marca destes mundos exuberantes, onde os po-

los se manifestam de maneira mais acentuada

para a consciência. Fazendo um paralelo, as

consciências em níveis de 3ª Dimensão carbo-

nada experimentam estados considerados aluci-

nógenos do ponto de vista de outras dimensões.

Numa interface paralela desta mesma dimensão,

situa-se outro modo de funcionamento, de natu-

reza operacional, onde estão ancoradas as Cons-

ciências dos Elementos e dos Cristais. Estas

consciências dos Elementos estão ancoradas

permanentemente neste nível e são as respon-

sáveis pelas Matrizes Cristalinas em todos os

campos de expressão. Sua natureza e atuação

Page 338: Ibez - Fogo de Liberação1

338

são quase totalmente desconhecidas na Terra de

superfície, mas a nível Intraterreno esta interfa-

ce é conhecida e acessada, tomando ativa parti-

cipação na liberação do núcleo da Terra. Na ex-

periência de dissociação deste nível dimensional

terreno, foi a Matriz Cristalina que foi cerceada,

sua radiação limitada, permitindo a criação de

uma esfera distorcida onde o tempo e o espaço

puderam ser alterados e leis invertidas pudes-

sem entrar em operação. Tudo isto tomou lugar,

do ponto de vista linear de nosso tempo, há mui-

to tempo. Uma ideia nascida e apresentada ao

conjunto das consciências como forma alternati-

va de evolução, que foi aceita e executada e que

agora chega a seu termo.

Page 339: Ibez - Fogo de Liberação1

339

III - PROJETO TERRA

Apesar de ser um sopro de ilusão, minha alma,

ela presenciou um dos maiores espetáculos

cósmicos. Tal evento pode ser comparado ao

chocar de galáxias, ou explosões de grandes sóis,

tal é o esplendor de consciências ilimitadas cru-

zando o limiar da limitação. E uma a uma as Es-

trelas iam se apagando no abismo da separação.

Não há como descrever o fulgor de tais estrelas

se manifestando do outro lado do véu. Elas

mesmas se maravilharam com tal fulgor. A hu-

manidade sempre creu haver intenção naquilo

que elas chamam de queda, creem terem sido

seduzidas, atraídas, enganadas e que o engana-

dor ou enganadores queriam sua escravização e

sujeição. É uma forma de ver os fatos, claro, par-

tindo de uma visão dualista, tão ilusória, no en-

tanto, quanto a própria dualidade. A consciência

unificada nada intenta, manifesta apenas os im-

pulsos que o Todo, para o Todo, e no Todo se

expressam.

Page 340: Ibez - Fogo de Liberação1

340

O projeto de dissociação da matriz terrena teve

como projetores grandes Seres de um ponto do

cosmos que podemos identificar como a Ursa

Maior e Órion, sua linhagem Draconiana lhes

confere extrema potência vibratória e, portanto,

eram aptos a levar a cabo esta experiência. As-

sim foi arquitetada toda a estrutura da mente,

da Fonte partiu o consentimento, e o projeto

teve inicio. Com sua grande potência a Terra foi

colocada num estado suspenso, com relação ao

Cosmos, para que assim pudesse ser estabeleci-

do o modo operacional que deveria ser desen-

volvido. Mas para que a mente se desenvolve e

desse ‘frutos’ era preciso que esta fosse aciona-

da de dentro. E então as primeiras estrelas des-

ceram e sacrificando sua Unidade deram os pri-

meiros impulsos para o drama se desenrolar.

Estas primeiras estrelas ao cruzarem o véu, não

notaram a princípio qualquer diferença em seu

estado de consciência, a mente era embrionária

ainda, mas a semente estava plantada ali, e elas

Page 341: Ibez - Fogo de Liberação1

341

se maravilharam ante sua própria Beleza. O

próprio fato de poderem sentir assombro e se

maravilhar com o estado alucinado foi o primei-

ro alimento da erva que começou a crescer e se

tornar mais forte à medida que mais e mais cen-

telhas assumiam casulos dentro da matriz disso-

ciada.

Muitas Famílias Estelares tinham em seu Propó-

sito, e que esta palavra não seja compreendida a

um nível pessoal, tomar parte do desenrolar da

matriz dissociada colhendo informações em di-

versos âmbitos, em especial da dinâmica da

Consciência – Luz sendo fragmentada. Isto auxi-

liaria na atuação mais eficaz em outros pontos

deste universo que já viviam esta experiência de

dissociação. No entanto, a Terra, por sua vibra-

ção particular permitiria que fatos inusitados

ocorressem. Aqui o Todo se moveria nas malhas

de seu sonho e encontraria faces de si mesmo

surpreendentes. A elasticidade da Consciência

era e ainda é um dos fatos mais intrigantes nes-

Page 342: Ibez - Fogo de Liberação1

342

tes tipos de experiência, pois nenhuma das cen-

telhas se apagou totalmente, por mais denso que

fosse o nível atingido por elas.

No inicio da matriz mental o planeta Terra tinha

seu corpo ainda bem sutil, isso facilitava a inser-

ção de códigos chaves no modo operacional

mental, algumas destas chaves inscritas permiti-

riam o retorno ao estado original quando che-

gasse o momento determinado pela Fonte para a

finalização desta experiência. Vemos que nada

está fora da Sabedoria do Todo. Ao mesmo tem-

po em que as primeiras estrelas iam se apagan-

do na matriz mental terrena, muitos dos seres

que estavam presentes aqui antes do véu ser

lançado foram se retirando gradualmente para

outros níveis dimensionais do planeta. Seu Pro-

pósito era manter a ligação com a Matriz Crista-

lina e seu trabalho seria desempenhado quase

que totalmente em silêncio, com exceção dos

contatos esporádicos com consciências de su-

Page 343: Ibez - Fogo de Liberação1

343

perfície que estavam programadas para aportar

alguns impulsos de um lado para o outro do véu.

Dado o inicio da experiência, tendo várias Famí-

lias Estelares já representantes pioneiros dentro

da matriz, iniciou-se então vários experimentos.

Desde sempre a Terra foi um laboratório, magní-

fico por suas possibilidades, e por sua expressão

dimensional inusitada em 13ª Dimensão, asse-

gurando assim o “armazenamento” de códigos

específicos importantes para o desenvolvimento

do Propósito de várias Famílias Estelares, mui-

tas das quais começaram a tomar parte mais

ativa no experimento, outras de forma silencio-

sa. O estado de separação, claro, era válido ape-

nas para as consciências aprisionadas, no entan-

to, as leis de manifestação não permitiam que as

consciências para além do véu atuassem além de

certo grau dentro da matriz. Assim chegou-se a

um impasse: as consciências estavam estabele-

cidas, alguns projetos já se desenrolavam, mas

não havia uma dinâmica que permitisse que a

Page 344: Ibez - Fogo de Liberação1

344

mente florescesse a um maior grau de expres-

são. Era necessário um elemento fortemente

dual para girar chaves importantes para a que a

matriz se adensasse e novos envelopes pudes-

sem ser tecidos, envelopes que só poderiam ser

produzidos com a participação das consciências

aprisionadas. O bom e o belo eram a marca da

expressão naquelas épocas, e o prazer foi então

registrado como o alvo a ser alcançado e alme-

jado pela alma em “evolução” dentro da matriz.

Este modo de funcionamento foi reforçado

quando, após alguns ciclos, o movimento cósmi-

co trouxe a solução para o impasse da dualidade:

nas áreas dimensionais 3ª e 4ª de alguns espa-

ços estelares, como Ursa e Órion, evoluíam ra-

ças, que já experimentavam o estado dissociado

e de esquecimento, que se recusaram a fazer a

passagem dimensional cíclica proposta a todo

campo de expressão. Por meio de alto desenvol-

vimento de tecnologia externa (que, no entanto,

para a mente humana pareceria magia, mas de

Page 345: Ibez - Fogo de Liberação1

345

todo externa) estas raças conseguiram reprodu-

zir artificialmente réplicas dos bolsões dimensi-

onais que uma consciência planetária forma pa-

ra criar seus corpos de expressão. A tecnologia

destas raças são baseadas em princípios magné-

ticos e elétricos e, ao atingir a Terra certo está-

gio de desenvolvimento dual, estas raças foram

atraídas à Terra e assumiram assim seu papel de

direito na impulsão dos códigos dualitários da

mente. Com o adensamento gradual das civiliza-

ções humanas, estas raças forasteiras foram as-

sumindo controle gradual das formas de relação

dentro da matriz e teceram novos envelopes

magnéticos que fecharam ainda mais a Terra e

este sistema solar, impedindo a entrada de raios

cósmicos nocivos à estrutura matricial. Desta

dicotomia, brilhou bruxuleante a Luz fragmen-

tada, também chamada de Luciferiana, e duas

ordens lutavam pelo controle na esfera mental

do planeta.

Page 346: Ibez - Fogo de Liberação1

346

Este era o drama a ser encenado e, ciclicamente,

outras estrelas iam se sacrificando para manter

a ligação com a Unidade acesa na consciência

coletiva, permanecendo a principio à parte do

jogo dual, mas após algumas encarnações perdi-

am qualquer lembrança de sua origem e eram

levadas pela batida vertiginosa e inebriante da

dialética bem-mal.

Um a um os grandes Dragões e outros Seres res-

ponsáveis pela criação da mente foram se reti-

rando. Seu papel estava cumprido. Seus esforços

se voltavam agora para a preparação do mo-

mento em que no jogo seria dada uma cartada

final. Da Fonte local começaram a partir impul-

sos então para a descida de seres específicos que

teriam a missão de sair da matriz em meio aos

ciclos. Muitos destes seres acompanham a Terra

agora em sua libertação, sendo que apenas mui-

to poucos foram os que conseguiram, por um

acesso a níveis extremamente elevados de Vi-

bração, atingir a imortalidade dentro da matriz

Page 347: Ibez - Fogo de Liberação1

347

dissociada. Estes seres se tornaram Pilares per-

manentes da Luz, sua consciência se estabele-

cendo indistintamente dum lado e outro do véu.

Este mesmo processo se reproduz agora a nível

coletivo. O Espírito explodindo dentro da matriz

levando-a a sua dissolução.

Percebe-se assim claramente que todos os dra-

mas, os sofrimentos, os grandes atos, não foram

senão representações que foram tomadas por

realidade. Por detrás de cada ato o que realmen-

te estava em ação era a dinâmica da Consciência

e das expressões elementais. Meu povo tem

Propósito, com relação à matriz, justamente li-

gado a esta última dinâmica, a dos Elementos.

Tudo isto claro, se deu de forma totalmente des-

percebida para a maior parte dos seres jogando

o jogo da dissociação. Assim era necessário.

Tendo a matriz dissociada atingido seu nível

mais crítico de adensamento, após a dissolução

parcial cíclica que levou à extinção da civilização

Atlante, assumiu então toda a preparação da

Page 348: Ibez - Fogo de Liberação1

348

consciência coletiva da Terra um nível muito

intenso para o momento que se aproximava, da

Liberação. O último ciclo iniciou com a descida

de 12 grandes Elohim que estabeleceram os pi-

lares de Luz que sustentariam todo o trabalho

posterior por parte das consciências que se a-

chavam dentro da matriz de rasgar gradualmen-

te os véus de separação. O mesmo movimento

que levou ao desenvolvimento da matriz mental

era agora usado para sua extinção. A partir de

dentro os alicerces começaram a ser destruídos.

E os 12 grandes Elohim foram o prenúncio dos

“exércitos” de seres de vibração cristalina que

começariam a descer à matriz para acompanhar

com sua vibração particular a dissolução total da

matriz. Assim começou a ser reativado o Veiculo

Ascensional Coletivo, ou Merkabah, recebendo

tal processo um grande impulso com o experi-

mento genético Jesus Cristo/Mikhael que garan-

tiu o acolhimento da radiação da Fonte local al-

gumas décadas atrás.

Page 349: Ibez - Fogo de Liberação1

349

A complexidade da arregimentação que condu-

ziu a este momento, momento sublime de Reen-

contro, está muito além do que pode ser relata-

do em palavras como estas, poucas ou muitas.

Mas em cada Coração hoje pulsa um chamado. A

Rede Cristalina de Consciências se encontra ati-

va respondendo em mesmo grau e diapasão à

Matriz Cristalina da Terra, liberta e vibrante.

Eis que vem nas asas do Fogo o Espírito lumino-

so, a Virtude dos Cosmos. E todo ego se apaga

ante a Revelação do Cristo Universal.

Paz a todos os seres e boa Passagem!

Nota: Qualquer referência a tempo e espaço não

deve ser tomada em sentido literal, mas sim como

referencial para a mente humana condicionada.

Permitir à consciência ir além das palavras, no

Reino do Ilimitado, é a chave para o acesso à Vi-

bração que contém a Sabedoria autorrevelada e

exata.

Page 350: Ibez - Fogo de Liberação1

350

Sobre o Autor

Shylton Dias ou Agnimitra – nome adotado como

símbolo de sua profunda transformação interior

– nasceu em abril de 1990. Já na adolescência,

motivado por uma forte atração pelas filosofias

orientais e a mística cristã, teve suas primeiras

experiências místicas. Ao longo do tempo, tais

vivências se tornaram mais intensas e afinadas

com um princípio não dualista. Em 2011, Agni-

mitra integrou um grupo de estudos, a partir do

qual, e ao lado dos irmãos e irmãs encontrados

ali, iniciou um grupo de partilhas, o grupo Toque

na Unidade. O grupo esteve ativo por dois anos,

ao longo dos quais Agnimitra conduziu centenas

de encontros, onde partilhava de sua experiên-

cia interior e também servia como canal para

consciências de outros planos de vida partilhar

instruções e impulsos para a reunificação da

consciência humana. Além das canalizações, ho-

je Agnimitra conduz encontros no estilo satsang

– os Agnisangs – além de conduzir momentos de

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alinhamento interior e práticas devocionais com

mantras e cânticos, sendo todas as atividades

gratuitas, guiadas pelo princípio da energia livre.

A foco principal destas atividades é impulsionar

o despertar interior e o contato com o Fogo da

Devoção, da Aspiração e do verdadeiro Conhe-

cimento Espiritual como ferramentas transfor-

madoras da realidade pessoal. Para saber mais a

respeito acesse o blog: antena-

protecao.blogpot.com.