Oportunidades de Negócio na ilha do Fogo | Business Opportunities on Fogo Island
Ibez - Fogo de Liberação1
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1
IBEZ
FOGO DE LIBERAÇÃO
CHAVES DE CONTATO COM A INTRA-
TERRA PARA A
TRANSFORMAÇÃO E REUNIFICAÇÃO
DA CONSCIÊNCIA HUMANA
Agnimitra
2
©2013, Agnimitra
Revisão final, edição e diagramação:
Agnimitra
Todos os direitos reservados. Permitida a re-
produção, desde que para fins não comerciais e
citando a fonte.
Esta obra, fruto da colaboração voluntária de
diversas pessoas e resultado de mais de dois
anos de disponibilidade integral, é disponibili-
zada de forma gratuita, de acordo com o impulso
que orienta este trabalho, o princípio de energia
livre. Para colaborar com este trabalho, você
pode fazer uma doação na conta da Caixa Eco-
nômica Federal, agência 3079, conta poupança
6972-9, em nome de Shylton Ferreira Dias.
3
DEDICATÓRIA
Esta obra é ofertada a todos os aspirantes since-
ros do Ser. Que estas palavras e muito mais, o que
elas representam, possam dinamizar o processo
de despertar interior e facilitar a compreensão e
a vivência da intensa transformação e revolução
em andamento na consciência humana rumo à
realização da Consciência Unificada.
4
AGRADECIMENTOS
Este livro surge como fruto de uma rica intera-
ção entre diversos níveis de existência. Agradeço
sincera e profundamente a todos os irmãos e
irmãs que colaboraram com as transcrições e
revisões e que de uma forma ou outra facilita-
ram a expressão destes impulsos ao longo des-
tes dois anos. Que eles vejam neste singelo fruto
de seu serviço e em sua divulgação o resultado
da reunião de forças humanas e sobre-humanas
rumo a um mesmo ponto: o Despertar coletivo.
Rendo Graças também pelos maravilhosos e
profundos contatos com diversos irmãos e irmãs
da Intraterra, o Coração de Gaia. Entre estes, em
especial, o Retiro de Ibez, importante irradiador
e dinamizador da ação do Fogo de Liberação,
que este núcleo de consciência Intraterrena re-
presenta junto à humanidade de superfície.
Por fim, com imenso Amor e Devoção, oferto
este livro a meu Mestre e Amigo de muitas vidas
5
e cenários, meu Anjo Guardião A.M. (represen-
tante do Conselho de Ibez), por sua atenciosa
orientação e paciente, embora firme, acompa-
nhamento, por abrir e me conduzir aos Portais
dos Centros Planetários e desvelar ali a Luz e
Amor indescritíveis que são constantemente
vertidos para a humanidade de superfície. Neste
momento mesmo sua Presença relembra: “Este
Amor e Luz é o que tu és, o que todos somos. O
exterior é apenas um reflexo frágil do indescrití-
vel Ser, nossa Realidade Eterna e Imutável.”
Com mais este maravilhoso impulso eu concluo
com um sincero desejo de que todos realizem a
Paz Suprema que somos.
Agnaye Swaha, Agnaye Idam Na Mama!
Agnimitra
Porto Alegre, 05 de agosto de 2013.
6
APRESENTAÇÃO
O que é a Intraterra? Qual o papel do Espírito
Planetário, também chamado Gaia, na atual
transição planetária? Como dinamizar o proces-
so de reunificação da consciência, processo ora
em curso em nosso planeta? Este livro não se
propõe a responder estas perguntas de forma
descritiva. Nem mesmo a ser uma palavra última
a respeito de um tema tão amplo e que escapa
mesmo à nossa capacidade intelectual de pro-
cessar e descrever. No entanto, este livro possui
impulsos e chaves de contato com uma dimen-
são interior da vida na Terra; chaves que, se de-
vidamente usadas, podem levar a uma experiên-
cia pessoal e direta que podem ser respostas
para as mesmas perguntas formuladas acima.
Desde minha adolescência esta força misteriosa,
que é a Vida, me conduziu ao contato com reali-
dades transcendentais. Dentre estas está o es-
pectro da consciência planetária chamada Intra-
terra. Parte das experiências e contatos vividos
7
ao longo de mais de cinco anos, agora, estão
condensados neste livro na forma de informa-
ções e orientações que visam aprofundar a ex-
periência do leitor de uma realidade mais ampla
e vasta que aquela que nossos sentidos físicos e
mentais apresentam a nós. Este livro é constitu-
ído tanto do resultado de conversas partilhadas
com diversos irmãos e irmãs nos últimos três
anos, quanto mensagens trazidas por irmãos e
irmãs de cidades intraterrenas, os chamados
Retiros Intraterrenos.
O livro foi organizado em três seções, mais um
apêndice:
Parte I – Vida Multidimensional – Esta seção é
baseada nos textos de sete partilhas que realizei
em fevereiro e março de 2012 que cobrem a a-
ção dos sete Centros Planetários – aspectos da
consciência de Gaia – e das Consciências Arcan-
gélicas a eles relacionadas no processo de reuni-
ficação da consciência humana. Em cada um dos
textos se encontram chaves para o contato com
8
o referido Centro Planetário e como sua ação se
reflete na vivência interior.
Parte II – Os Sete Aspectos do Fogo de Ibez -
Esta seção é formada por sete intervenções –
que ocorreram em agosto de 2012 - de um ir-
mão Intraterreno, Varuna, nas quais ele discorre
sobre a ação do Fogo de Liberação – expressão
que traduz o impulso de transformação e reuni-
ficação ora em atuação na consciência humana
de superfície – junto a cada um dos Centros Pla-
netários. Estas sete intervenções se apresentam
como uma jornada da alma, desde o estado de
identificação e ignorância até o Reencontro e
reunificação com a Essência eterna e imutável
que somos.
Parte III – Práticas Vibratórias – Esta seção é
formada pelos ensinamentos recebidos de duas
irmãs do Retiro Intraterreno de Tumaní, um
núcleo de consciências indígenas que irradia
impulsos ligados à vivência multidimensional e
9
a cura cósmica. Duas práticas são apresentadas:
a primeira se refere à Integração dos Elementos
em nossos corpos e consciência, o que nos resti-
tui a um estado de comunhão pacífica e harmo-
niosa com a Natureza – visível e invisível – em
nós e ao nosso redor; a segunda prática, chama-
da Kasintankô, que na linguagem deste Retiro
significa ‘Derrubar os Muros’, propõe a reconci-
liação com a forma limitada e a transcendência
da distância e separação que marcam nossa ex-
periência, culminando na experiência e vivência
de nosso Veículo Multidimensional, ou Corpo de
Éter, uma forma não fixa e adaptada para a ex-
periência livre e unificada, neste e em todos os
campos de vida do universo.
O apêndice é constituído por uma série de tex-
tos que escrevi em fins de 2010 e início de 2011,
como registro de minhas experiências com mi-
nha Família Estelar e fusão com a Fonte interior.
As Memórias Cósmicas dão uma rápida e super-
ficial visão a respeito da história do planeta e do
10
maravilhoso, embora extremamente louco, ex-
perimento que se desenrola aqui.
A todos, então, uma maravilhosa viagem. Dan-
cemos todos nas chamas desta Fogueira do A-
mor Divino. Paz a todos os seres.
11
SUMÁRIO
Apresentação .............................................................. 6
PARTE I – VIDA MULTIDIMENSIONAL
Introdução ................................................................. 15
Capítulo I – Centro Planetário Aurora
e Arcanjo Rafael ......................................................... 20
Capítulo II – Centro Planetário Aimerã
e Arcanjo Jofiel .......................................................... 33
Capítulo III – Centro Planetário Erks
e Arcanjo Miguel ........................................................ 51
Capítulo IV – Centro Planetário Miz Tli Tlan
e Arcanjo Uriel ........................................................... 66
Capítulo V – Centro Planetário Iberah
e Arcanjo Metatron .................................................... 76
Capítulo VI – Centro Planetário Mirna Jad
e Arcanjo Gabriel ....................................................... 84
Capítulo VII – Centro Planetário Lis
e Arcanjo Anael .......................................................... 99
12
PARTE II – OS 7 ASPECTOS DO FOGO DE IBEZ
Introdução ............................................................... 105
Capítulo VIII – Primeiro Aspecto ............................... 113
Capítulo IX – Segundo Aspecto ................................. 124
Capítulo X – Terceiro Aspecto .................................. 142
Capítulo XI – Quarto Aspecto ................................... 157
Capítulo XII – Quinto Aspecto ................................... 172
Capítulo XIII – Sexto Aspecto .................................... 194
Capítulo XIV – Sétimo Aspecto ................................. 211
PARTE III – PRÁTICAS VIBRATÓRIAS
Introdução ............................................................... 229
Capítulo XV – Integração dos Elementos I – Terra..... 231
Capítulo XVI – Integração dos Elementos II – Fogo ... 236
Capítulo XVII – Integração dos Elementos III – Ar ..... 246
Capítulo XVIII – Integração dos Elementos IV –
Água ........................................................................ 253
Capítulo XIX – Integrando os Elementos
e os Centros Planetários........................................... 260
Capítulo XX – Praticando a Integração ...................... 265
13
Capítulo XXI – Kasintankô –
Derrubando os Muros I ............................................ 271
Capítulo XXII – Kasintankô –
Derrubando os Muros II ........................................... 289
Capítulo XXIII – Kasintankô –
Derrubando os Muros III .......................................... 306
APÊNDICE – MEMÓRIAS CÓSMICAS
1. O Milagre ............................................................. 323
2. A Dança Inicia....................................................... 329
3. Projeto Terra ........................................................ 339
Sobre o Autor .......................................................... 350
14
Parte I
Vida Multidimensional
- Partilhas de Agnimitra sobre
os Centros Planetários -
15
Introdução
Cada planeta, ou campo de vida, é vivificado por
uma entidade, também chamada de Espírito
Planetário. E para todo campo de vida, em qual-
quer nível material de expressão (qualquer di-
mensão, plano, etc.) existem correntes de vibra-
ção, correntes que carregam códigos de infor-
mação que partem daquele nível do Indizível. Do
Pensamento Criador, da Fonte, partem como que
caudais de vibração que carregam informações e
que carregam a Vontade da Fonte ou o arquétipo
de manifestação para aquele Espírito Planetário.
Essas correntes perpassam todo o Universo a-
través das dimensões, até chegar ao limite mais
denso da expressão daquele Espírito Planetá-
rio. Gaia é o Espírito Planetário da Terra.
Então, os Centros Planetários que são sete na 3ª
Dimensão – campo de vida físico, com formas
baseadas em carbono - e doze na 5ª Dimensão –
campo de vida etéreo, com formas baseadas em
silício, nível do corpo de luz - são caudais de in-
16
formação e de vibração que descem direto da
Fonte, estes impulsos são transmitidos através
destas correntes vibrais por Entidades que fa-
zem esse papel ancorando-se além do nível do
antropomorfismo. Os Centros Planetários tra-
zem, então, o arquétipo da manifestação para o
Espírito Planetário. Alguns anos atrás, algumas
décadas atrás, alguns grupos que tinham por
função transmitir certos conhecimentos e certa
vibração da Intraterra, transmitiram ao mundo
o conhecimento de sete Centros Planetários. Na
época estes sete Centros Planetários foram to-
dos relacionados com “Cidades” Intraterrenas e
isso era válido até certo tempo. Hoje, estes sete
Centros Planetários são apresentados não mais
relacionados com “Cidades” Intraterrenas,
mesmo porque a civilização que mantinha mui-
tas destas “Cidades”, se elevou, fez já sua ascen-
são para a 5ª Dimensão ou outras dimensões.
Permanece, no entanto, esse caudal de Vibração
que perpassa todas as dimensões e chega até
17
esta, enquanto este campo de percepção perma-
necer em 3ª Dimensão, e esses caudais de Vibra-
ção transmitem o que seria o arquétipo e o im-
pulso de manifestação, bem como transmitem
também uma qualidade vibratória específica.
Com a falsificação e a dissociação deste planeta,
por um tempo, por um longo tempo ou um pou-
co de tempo, dependendo do ponto de vista, a
superfície foi mantida em estado de separação
da Vibração destes Centros Planetários, no nível
consciente. A forma como essa Vibração atuava
na superfície e atingia a consciência humana era
muito frágil, muito sutil, quase imperceptível.
Com a quebra dos envelopes isolantes (níveis
sutis, subplanos da dimensão física, como o
mental, astral e o etéreo ou prânico) e com a
reativação da Matriz Cristalina da Terra, a hu-
manidade e o próprio planeta em 3ª Dimensão
no nível de superfície retornam a ser banhados
diretamente por essas correntes de Vibração. De
forma que até a algumas décadas atrás, esses
18
Centros Planetários tinham um ponto focal de
manifestação. E esses pontos até foram revela-
dos por aqueles grupos. Hoje, isso também não é
mais tão válido, porque agora, o ponto de focali-
zação desses Centros Planetários, nesse momen-
to em que a Terra se torna Unificada, passa a ser
global. Não existe mais um ponto único onde
esses Centros Planetários focam sua Vibração.
Todo o planeta é banhado diretamente por esse
caudal de Vibração. Ademais a isso, aquilo que
nós chamamos de Consciências Arcangélicas -
que também em 3ª Dimensão regem o Sistema
Solar e são em número de sete - passam a anco-
rar sua Vibração diretamente nesses Centros
Planetários, fazendo ou prefigurando para a to-
talidade da Terra aquilo que acontece e que a-
conteceu alguns anos atrás, quando o Arcanjo
Mikhael religou a Terra ao Sol. O fato dessas
Consciências Arcangélicas se ancorarem nesses
Centros Planetários é a representação para a
Malha Cristalina Intraterrena e de superfície de
19
3ª Dimensão da fecundação da Terra pelo Sol, a
descida do Supramental, o reacesso à Consciên-
cia Solar.
20
Capítulo I
CENTRO PLANETÁRIO AURORA E ARCANJO
RAFAEL
Em alguns contatos recentes foi-nos passado a
relação que existe agora entre os Centros Plane-
tários e os Arcanjos. Vamos falar sobre Aurora.
Aurora é um Centro Planetário, cuja Cidade In-
traterrena não se encontra mais em 3ª Dimen-
são, ou seja, não se encontra mais em um nível
físico da Intraterra. É um Centro Planetário que
se foca em 5ª Dimensão já, e a vibração essencial
desse Centro Planetário é a Cura Cósmica, o que
quer dizer Alinhamento ao Propósito. O Arcanjo
que se ancora neste Centro Planetário é o Arcan-
jo Rafael. Para que não haja um pensamento dis-
sociado a respeito disso, só vamos esclarecer
que o fato de dizer que um Arcanjo ancora num
Centro Planetário não quer dizer que a vibração
deste Arcanjo esteja ausente dos outros Centros
Planetários. Ao contrário, é que a Vibração da-
quele Arcanjo, naquele Centro Planetário, en-
21
contra uma ressonância mais forte, assim como
também um Centro Planetário está dentro de
outro Centro Planetário.
Falando, então, de Aurora, podemos dizer que
todos os sete Centros Planetários se encontram
em Aurora e se expressam em Aurora, coloridos
pela vibração de Aurora, e que a vibração dos
Sete Arcanjos se encontram na vibração de Ra-
fael, coloridos pela vibração de Rafael. Isso é a
Unidade. Isso é a não separatividade. Para que
nos aproximemos do que seria a Vibração des-
ses Centros Planetários e desse Arcanjo, vamos
falar do que seria esse impulso que Aurora
transmite para o Alinhamento ao Propósito.
Quando falamos do Alinhamento ao Propósito
provavelmente nasce na mente humana uma
ideia de esforço, uma ideia de fazer, um fazer
pessoal - um esforço que eu tenho que fazer pa-
ra eu me alinhar ao Propósito, o movimento que
eu tenho que fazer, porque eu não estou alinha-
do ao Propósito, então eu tenho que sair daqui e
22
ir para lá para eu poder estar alinhado ao Pro-
pósito. Não. O Alinhamento ao Propósito é cons-
tante, e nesse período em que vivemos, mais do
que nunca, esse Alinhamento ao Propósito tem o
mínimo possível a ver com um movimento exte-
rior. Esse alinhamento ao Propósito é um não-
movimento.
Vive-se o alinhamento ao Propósito como pro-
posto por Aurora e pelo Arcanjo Rafael quando
se silencia diante das questões de onde se deve
estar, do que se deve fazer, de como se deve agir
e quando se aceita o impulso que parte do Cora-
ção. Para que o impulso do Coração se manifeste
é necessário que haja silêncio. O Coração não
pode ser ouvido no barulho. O Coração não pode
ser ouvido no burburinho da mente nem nas
emoções, muito menos no burburinho exterior.
A voz do Coração é ouvida no silêncio. E é no
silêncio que acontece o alinhamento ao Propósi-
to. Falando de uma maneira mais específica para
este período de transição: o Propósito da cons-
23
ciência é aquela escolha que a consciência fez
tanto no que diz respeito ao seu destino vibrató-
rio, quanto à forma como ela vai passar por esta
transição.
Alguns seres escolheram passar por esta transi-
ção dormentes, alheios à própria transição. Al-
guns seres escolheram passar por esta transição
fazendo um esforço para viverem esta transição.
E outros seres escolheram viver esta transição
em Paz, em Lucidez, em Abandono. Algumas
consciências escolheram aceder aos níveis de
Seidade, os chamados níveis do Espírito – níveis
onde a forma não é fixa, mas ilimitada. Outras
consciências escolheram permanecer numa 3ª
Dimensão – nível onde a forma é fixa, física. Isso
também faz parte desse Propósito, desse destino
vibratório.
Aurora é essa vibração. Aurora é esse impulso
que vem colocar a consciência em acordo total
com aquilo que é a sua própria escolha, com a-
quilo que é seu destino vibratório. E a forma de
24
se colocar nesse alinhamento é estando em si-
lêncio e não se opondo àquilo que a vida lhe a-
presenta. Porque a despeito de qual seja a esco-
lha que essa consciência fez, sempre existe a
possibilidade de que se esteja em leveza, tanto é
que há alguns meses atrás, quando o Asul veio
(nota: entidade vegaliana que ocupou meus cor-
pos por cinco meses e onze dias, por meio de um
processo conhecido como “walk-in”), ele explo-
rou intensamente a Chave da Simplicidade, a
Chave da Leveza, e falou que essa Chave foi dada
por Aurora. Então é preciso que a consciência se
mantenha nesse estado de leveza para que haja
acordo vibratório, para que não haja tanta resis-
tência em relação ao próprio Propósito.
A vibração de Aurora, ligada à vibração do Ar-
canjo Rafael, nesse momento também tomou um
papel que é ligado diretamente às últimas zonas
de sombra, uma vez que essas últimas zonas de
sombra são ainda aquilo que podem causar uma
distorção em relação ao próprio destino vibrató-
25
rio e à própria escolha vibratória. Existe um im-
pulso que parte do Espírito – o Ser, Pensamento
Criador. Existe um impulso que é transmitido
pela Alma – o Perceber, o Eu Sou, o Si. E existem
zonas de sombra, ou que velam a alma do Espíri-
to ou que velam a consciência, no nível da per-
sonalidade, da Alma. E essas zonas de sombra é
que produzem a distorção desse impulso, que
produzem um sofrimento, porque a consciência
resiste em obedecer ao impulso. Então a vibra-
ção de Aurora e do Arcanjo Rafael são aqueles
impulsos que vêm colocar a consciência em a-
cordo com o seu próprio Propósito, com sua
própria escolha vibratória. Essa informação está
sendo transmitida, agora, nesse momento, por-
que esse é o momento da Passagem, porque esse
é o momento em que cada um vai se colocar face
a face diante de sua própria escolha. E para que
não haja tanta defasagem, tanto atrito entre o
ponto em que se está e o ponto que é o Propósi-
to, estas informações vêm sendo transmitidas. É
26
claro que essa informação vem carregada da
Vibração de Aurora e do Arcanjo Rafael. E essas
são ferramentas que estão disponíveis à consci-
ência e àqueles que se interessam em estar de
acordo com o seu próprio Propósito. Essas fer-
ramentas estão sendo disponibilizadas para que
esse processo seja colocado num estado de mai-
or leveza. Então, é algo muito simples. É no si-
lêncio que você vai manifestar a intenção de co-
mungar com Aurora. É no silêncio que você vai
manifestar a intenção de comungar com Rafael.
É no silêncio que você vai transcender ainda o
que resta dessa ilusão separada e distante des-
sas realidades multidimensionais. Isso não está
distante. Isso não está fora do alcance das mãos.
Nesse momento de silêncio em que a consciên-
cia se propõe a comungar com Aurora e com
Rafael, nesse momento acontece a Cura que Au-
rora propõe. Essa cura que é o papel do próprio
Arcanjo Rafael. Essa cura é uma passagem. Essa
cura não é um estado errado colocado no ponto
27
de um estado certo. Não é isso. Não existe estado
errado, não existe estado certo. Existe o momen-
to do agora e existe um Propósito no agora se-
guinte. Então o alinhamento que Aurora oferece
é o constante realinhar-se com aquilo que é o
Propósito daquele agora. É uma constante sin-
tonia com o interno. É uma constante sintonia,
uma constante ressonância com o próprio Cora-
ção. Porque na verdade só quem sabe o seu pró-
prio caminho é o seu próprio Coração. Ninguém
pode lhe indicar o caminho. Ninguém pode lhe
dizer onde você deve ir e o que você deve fazer.
Apenas o seu Coração é que sabe o caminho. E
apenas o seu Coração está habilitado a lhe guiar
por este caminho. O que Aurora lhe oferece não
é lhe dizer que caminho você deve seguir. O que
Aurora lhe oferece é alinhamento ao Propósito, é
lhe colocar no estado de escuta do próprio Cora-
ção. O que o Arcanjo Rafael oferece não é fazer o
trabalho por vocês. Porque na verdade, no mo-
mento em que vocês se abrem a esta vibração, e
28
em que vocês se abrem ao Espírito, isso é o pró-
prio alinhamento ao Propósito. Isso é a prova e a
cura que o Arcanjo Rafael pode oferecer. E essa
cura significa a dissolução das zonas de sombra,
que são como que véus entre a consciência nes-
se nível denso e aquilo que é a sua realidade
multidimensional. Porque o Espírito como reali-
dade multidimensional, a alma também, como
uma realidade um pouco mais sutil do que o
corpo físico, estão constantemente a transmitir
impulsos, a fazer chamados, e a tentar trazer a
consciência para um estado de maior lucidez. E
as franjas de interferências que são essas zonas
de sombra, são como que capas que distorcem
esses impulsos. Então a consciência, aqui, não
ouve direito, ela não percebe direito, e tropeça e
sofre, porque não há ressonância entre aquilo
que é o impulso mais interior e aquilo que é ma-
nifestado fora. Então, a cura que o Arcanjo Rafa-
el propõe, é a dissolução dessas últimas zonas
de sombra. Isso é de importância vital para a-
29
queles seres que são, nesse momento, os Porta-
dores da Realidade, os Portadores da Vibração,
os Portadores do Amor. Porque vai ser tanto
mais doloroso para esses seres quanto maior
forem essas zonas de sombra. Porque nesses
seres o impulso de expressar o Espírito é muito
forte e quanto maior esse impulso é e quanto
mais esses seres resistirem nessas zonas de
sombra, maior é o sofrimento. Porque essa
consciência já tocou o Estado de Leveza. Ela já
bebeu do Verdadeiro Amor. Mas ainda existem
coisinhas ali que atravancam um pouco o pro-
cesso. Atravancam ainda um pouco que ela mer-
gulhe completamente nesse Amor e se dissolva
nesse Amor. Ela não consegue mais estar inseri-
da nessa realidade tridimensional dissociada
completamente, mas ainda se sente não integra-
da completamente a este Verdadeiro Amor.
Então cada vez mais essa realidade tridimensio-
nal vai se tornando pesada, vai se tornando so-
frimento, porque a consciência fragmentada é
30
sofrimento. Só existe Paz no Espírito. Só existe
Alegria no Espírito. Então essas consciências que
são as Portadoras da Realidade tocaram o Espí-
rito e ainda se mantêm, de certa forma, identifi-
cadas em algum nível com a personalidade. E a
personalidade representa sofrimento. Então,
essa ferramenta de alinhamento está sendo pro-
posta para todos os seres como uma forma de
facilitar o processo de dissolução dessas zonas
de sombra. De novo, você tem que ir ao silêncio.
Isso é feito com Atenção e Intenção. É um doar-
se. É um abrir-se ao contato. Isso vem justamen-
te ao encontro do chamado que a Mãe Divina fez
à intimidade com a própria realidade, a familia-
ridade com a própria realidade. Então, isso são
ferramentas, são propostas para que nós nos
aproximemos cada vez mais disso que é a nossa
realidade. Para que nós nos familiarizemos e nos
tornemos tão íntimos a ponto de que a estra-
nheza que nasce seja ainda em relação à essa
vida pesada que nós levamos. Para que chegue a
31
um ponto em que a Verdadeira Realidade, aquilo
que é realmente a Realidade, e que isso seja en-
carado de maneira verdadeira, seja aquilo que
nós vivemos com o nosso Coração e não aquilo
que nós vivemos com os nossos olhos, com os
nossos sentidos. Para que chegue a um ponto em
que nós estejamos tão imersos nessa experiên-
cia do Coração, nessa vivência do Coração, que a
vida nos pareça um sonho, que essa vida banal,
essa vida humana, nos pareça um sonho.
E que a única realidade nós só possamos encon-
trar aqui dentro (no Coração). Então, o chamado
de Aurora e o chamado de Rafael é um chamado
à Leveza, antes de tudo, porque não existe ali-
nhamento com resistência, não existe alinha-
mento com esforço. É um estado de Leveza. É
importante não confundir esta Leveza com levi-
andade, novamente, só para deixar claro. É um
estado de Leveza. É um estado de se deixar le-
var. É um estado de doação. É um estado de re-
ceptividade.
32
E aí quando o ser se propõe a viver essa Leveza,
essa receptividade e essa doação, e quando o ser
emite esse impulso e essa Intenção de contatar
Aurora, de comungar com Rafael, essa cura a-
contece instantaneamente. Então o chamado
agora é esse. E que nós possamos fazer esta ex-
periência.
33
Capítulo II
CENTRO PLANETÁRIO AIMERÃ E ARCANJO
JOFIEL
O Centro Planetário sobre o qual nós vamos tra-
tar e do qual nós recebemos alguns impulsos
que vão ser partilhados através deste texto é o
Centro Planetário Aimerã, que ancora a vibração
do Arcanjo Jofiel. Por que Aimerã? É um termo
meio desconhecido.
Então, este Centro Planetário custodia a revela-
ção à Alma. Notem bem, é uma revelação à Alma
e não uma revelação da Alma. Mas essa vibração,
assim como a vibração do Arcanjo Jofiel, que
ocupa o lugar de Lúcifer, na Ronda dos Arcanjos,
foi transvestida, foi desviada e foi transformada
numa revelação da Alma. Isso foi colocado no
seu devido lugar, no seu lugar correto, através
daquela passagem e daquela reversão feita no
triângulo do Fogo (nota: A reversão do triângulo
do Fogo na coroa da cabeça se refere ao processo
de retificação do Fogo, em que o Fogo do ego é
34
revertido ou transformado em Fogo do Espírito,
processo também chamado Batismo de Fogo, Fo-
go do Amor. Na cabeça há uma estrutura vibrató-
ria composta de vários pontos, dos quais os prin-
cipais são doze. Estes pontos estão distribuídos na
forma de uma coroa, ao redor da cabeça, com três
pontos, ou estrelas, em cada lado, representando
cada um dos elementos. O triângulo do Fogo se
encontra na zona da testa e sua disposição, por
conta do desvio na encarnação de esquecimento,
se dava com a ponta para cima, dando origem ao
fechamento do sexto chakra, com suas duas péta-
las, que representavam o fechamento no sistema
dual de bem e mal; a reversão deste triângulo nos
leva à transcendência do padrão aprisionante de
bem e mal, e restitui o sexto chakra a seu status
original, ou seja, a coroa vibrante da cabeça, com
suas doze estrelas). Então, ao invés de uma reve-
lação da Alma, o que acontece é uma revelação à
Alma. Quando esse Centro Planetário se revelou
e foi contatado por alguns seres da superfície, o
35
nome dado a ele foi Anu Tea. Devido ao próprio
histórico desse Centro Planetário, ele teve muito
pouca ação do lado da humanidade. A última vez
que esse Centro Planetário interferiu, ou vamos
dizer assim, atuou junto à humanidade, foi
quando aquele ser conhecido como Moisés fez o
seu serviço, fez o seu trabalho junto à humani-
dade. Foi quando Moisés foi contatado por Meta-
tron. Aquele contato foi custodiado por Aimerã,
que ficou conhecido como Anu Tea. Mas se vocês
forem perceber, a própria palavra ‘Anu Tea’ trás
em si uma falsificação e um desvio, uma rever-
são, uma vez que Anu se refere justamente aque-
le que é o Demiurgo, Yaldabaoth, o falsificador.
Então, essa vibração de Anu Tea foi colocada no
seu devido lugar em contato com a humanidade
e a Chave de Contato que eles nos passam é Ai-
merã. No inicio eu falei que Aimerã custodia a
revelação à Alma. Como isso se dá no nosso pro-
cesso de Ascensão, no nosso processo de Libera-
ção?
36
A vibração do Arcanjo Jofiel, que é o Arcanjo da
Revelação, é uma vibração que vem revelar o
Mistério. É a vibração deste Arcanjo que põe a
consciência em contato - a consciência que está
prisioneira, que está dentro da matriz de esque-
cimento - com os Planos Multidimensionais. En-
tão, é na vibração de Aimerã, é na vibração de
Jofiel, que a consciência pode viver sua Multidi-
mensionalidade. É a vibração deste Arcanjo e a
vibração deste Centro que põe a consciência em
contato com a sua Multidimensionalidade. No
momento do fechamento da Alma na matriz de
esquecimento, foi este Centro Planetário que
guardou, que recebeu os códigos e as memórias
cósmicas de cada consciência fazendo a experi-
ência da dissociação. Então, vai ser exatamente
nessa faixa vibratória que chamamos de Aimerã,
nessa faixa vibratória que chamamos de Jofiel, é
que a consciência se revela a si mesma, que a
consciência tem acesso à sua verdadeira histó-
ria, que a consciência tem acesso ao seu verda-
37
deiro percurso no Cosmos. É nessa vibração, é
nessa coloração de vibração, que a consciência
passa de seu estado pequeno, de seu estado limi-
tado, passa da sua história ilusória, da sua histó-
ria efêmera, passa da sua memória transforma-
da, manipulada, ao Verdadeiro, a consciência
passa daquilo ao Real.
A vibração do Arcanjo Jofiel é uma vibração da
água, é uma vibração das Águas do Mistério, das
Águas do Alto. Essas Águas são aquelas que são
fecundadas pelo Fogo. Esse processo de contato
com Aimerã, esse processo de ancoramento da
vibração do Arcanjo Jofiel na nossa consciência é
justamente a alquimia que acontece dentro de
nós desse Fogo e dessa Água. Em outras pala-
vras, é a revelação do Mistério do Ser. É o conta-
to com o Mistério do Ser. O impulso que este
Centro nos envia, hoje, é um chamado ao contato
com o Mistério do Ser. Não é a revelação de in-
formações - embora ela vá acontecer e ela tem
acontecido - não é um saber das coisas, não é
38
uma revelação nesse sentido, é uma revelação
que se traduz na vivência, é uma revelação que
se traduz no silêncio e essa revelação só pode
ser vivida no silêncio, somente no silêncio. Essa
revelação só pode ser vivida no Sagrado, somen-
te no Sagrado, somente no silencioso Sagrado e
no Sagrado Silêncio. Então, antes de tudo, a vi-
bração deste Centro Planetário, deste Arcanjo,
nos impulsiona a um silêncio e a colocar nossa
consciência no Sagrado. Então, o contato se dá
no silêncio imbuído do Sagrado.
Essa revelação consiste, essencialmente, nessa
revelação do Mistério. O que é o Mistério? O Mis-
tério é o desconhecido. A Luz é o Mistério para a
consciência humana. O Ser é o Mistério para a
consciência humana. A Unidade é um desconhe-
cido para a consciência humana. Porque a cons-
ciência humana vibra na fragmentação e vibra
na separação. O contato com esse Mistério, o
contato com esse desconhecido, é a própria es-
sência deste Centro Planetário, e de novo, este
39
Centro Planetário custodia a revelação à Alma. É
o momento em que a Alma se volta ao Espírito e
se permite transpassar pela Luz do Espírito. A-
gora, as vibrações de todos esses Centros Plane-
tários, hoje, derramam sobre a humanidade,
derramam sobre as consciências despertas, es-
pecificamente, uma vibração que é toda femini-
na. Eu vou lhes dizer algo: é impossível, é impos-
sível contatar esses Centros Planetários se a
consciência não integrou em si a verdadeira fe-
minilidade, a verdadeira polaridade feminina.
Enquanto a consciência não colocou a polarida-
de feminina no seu devido lugar dentro de si,
não há contato, não há contato com esse Misté-
rio, não há contato com esse Ser. Podem-se viver
aproximações disso, à medida que essa polari-
dade feminina se aproxima, mas o estabeleci-
mento nesse Mistério, o estabelecimento nesse
Ser, só se dá quando essa polaridade feminina é
completamente integrada na própria consciên-
cia. Enquanto vocês rejeitam, em si, essa polari-
40
dade feminina, que é uma receptividade, que é
uma doçura, é uma leveza, enquanto isso não é
integrado, isso não é aceito, isso não é vivido,
esse Ser não se instala. Porque o contato do Ser
com a consciência humana se dá através das
Portas dessa polaridade, porque foi essa a pola-
ridade falsificada, foi essa a polaridade roubada,
cerceada, escondida da humanidade, tanto da
forma masculina, como da forma feminina. Uni-
dade é integração, é fusão dos polos. Unidade é
relação, é reconciliação dos polos. Unidade, para
a humanidade aprisionada e separada, se traduz
dessa forma. Então, todos esses Centros Planetá-
rios, hoje, para a superfície, para a consciência
humana, vibram intensamente essa polaridade
feminina e a própria polaridade masculina está
dentro dessa polaridade feminina no seu exato
lugar, na sua devida medida. A Chave de contato
com esse Centro Planetário especificamente,
com Aimerã, é a entrega. A entrega é o aspecto
mais essencial do abandono. Porque para que o
41
Ser se instale é preciso que a consciência aceite
não ser mais nada aqui. É preciso que a consci-
ência não tenha mais reivindicação alguma aqui.
É preciso que a consciência, na personalidade,
não reivindique mais a personalidade, não rei-
vindique mais nenhum sentimento de posse e
nem de ser - ser isso, ser aquilo. É preciso que a
consciência se baste em apenas Ser. Porque Ser,
liberta. Quando se É, realmente, sem adjetivos,
você é livre para ser o que quer que seja. Você
não está limitado a papel nenhum. Você não
possui e você não se deixa possuir. É a entrega
que conduz a consciência a esse Estado. Mas é
essa entrega completa, essa entrega absoluta. É
este estado em que você chega ao ponto de dizer
aquela famosa frase: “Pai, seja feita a tua vonta-
de”. Esta frase guarda o destilado da entrega:
“Pai, seja feita a tua vontade”. Então, nós nos
colocamos num estado de abandono, de deixar-
se conduzir, de deixar-se levar. Este estado se
traduz na vida como uma obediência aos impul-
42
sos interiores, uma obediência que não questio-
na. Não é uma obediência cega, porque a consci-
ência tocou este estado, a consciência fez uma
escolha consciente de se ancorar no Ser e essa
obediência a estes impulsos é uma manifestação
natural do ancoramento da consciência no Esta-
do de Ser.
Dentro da vibração de Aimerã, a entrega nos dá
um presente maravilhoso, nos dá um código vi-
bratório maravilhoso, e que é essencial para
nossa vivência, hoje. Esse código é a Fé. No pri-
meiro momento isso é esperança. A vibração
deste Centro Planetário, no primeiro momento,
porque ele é uma revelação à Alma, nos imbui de
uma esperança, faz o coração queimar com es-
perança. Então, à medida que o ser vai mergu-
lhando neste Estado de Ser, à medida que o Mis-
tério vai sendo revelado à consciência, esta es-
perança se transforma numa Fé, numa Confiança
Absoluta. Então, vejam que aqui há, talvez, um
paradoxo, mas não é um paradoxo, a princípio
43
parece um paradoxo, porque você se entrega,
você está ao sabor do vento, você é como uma
folha carregada pela ventania. Então, não se po-
de ter certeza de nada neste Estado, não é? Você
não pode ter certeza de nada porque você não
sabe para onde o vento vai lhe levar. Mas ao
mesmo tempo em que a consciência se abre, em
que a consciência se entrega, Aimerã oferta à
consciência um presente, que é a Certeza, que é
a Fé. Essa Certeza e essa Fé não são direcionadas
a coisas exteriores, porque a consciência está
num estado de entrega, está ao sabor do vento,
mas é uma Confiança e uma Certeza de que, para
onde quer que o vento a carregue, este lugar se
chama Unidade, este lugar se chama Fogo do
Amor, este lugar se chama Plenitude, este lugar
se chama Paz, este lugar se chama Alegria. Esta
Fé é um código essencial para o momento que a
gente vive, porque nada é certo, nada, jamais, foi
certo, mas esta verdade da matriz se torna mui-
to aparente, hoje: que nada é certo, porque cada
44
dia que passa, parece que perdemos mais o con-
trole, parece que as coisas estão mais descontro-
ladas. Perdemos o controle sobre nós mesmos.
Aquela ilusão de controle que tínhamos que,
apesar de ser uma ilusão, enganava muito bem,
está se desfazendo e isso produz certo stress,
certo desespero, porque parece que as coisas
estão correndo de nossas mãos e estão tomando
um rumo que é muito louco e as coisas estão
acontecendo num nível muito vertiginoso.
E no caso dos seres despertos, essas consciên-
cias que estão aí na frente do batalhão, a coisa
está mais intensa, porque não é só a vida huma-
na cujo controle está saindo das mãos, é o pró-
prio contato, é a própria Multidimensionalidade,
porque essa Multidimensionalidade reforça mui-
to essa nossa ausência de controle, porque ela
entra nas nossas vidas e ela destrói nossas vidas,
ela bagunça. Para o ego isso parece uma bagun-
ça, isso parece uma destruição. Mas ao olharmos
com o Coração vemos que é uma nova ordem,
45
que na verdade é o contrário, que tudo estava
bagunçado e é agora que as coisas estão sendo
ordenadas. Mas é porque isso segue outro pa-
drão que não é o mental. O processo mental or-
dena cada coisa em seu lugar, uma sequência
linear, tudo em ordem. A ação da Luz é de uma
Inteligência muito mais ampla, infinitamente
mais ampla e ela não segue aquilo que nós co-
nhecemos como sendo um processo de ordem.
Então, para o mental, a ação da Luz vai ser de-
sordenada.
E aí entra a questão essencial da entrega, porque
dentro de cada um de nós tem se revelado uma
coisa misteriosa, uma capacidade de viver,
mesmo aqui dentro, que é muito misteriosa,
uma capacidade de expressar aspectos que nós
nem imaginávamos que estavam aqui dentro.
Isso tem acontecido a cada dia. Percebemos essa
capacidade assombrosa de não reagir. Percebe-
mos essa capacidade assombrosa de ir além de
certos limites. Percebemos essa capacidade as-
46
sombrosa de transcender certos medos e certos
condicionamentos. E isso abala diretamente
nosso ‘castelinho’. Porque queremos a nossa
vida de uma maneira muito ordenada de acordo
com os nossos padrões. Queremos decidir a ex-
periência que vivemos. E de repente a gente to-
pa com esta vibração e esta vibração nos diz:
‘não é desse jeito, tu não tens controle nenhum
de nada; era tudo um engano! Tu foste enganado
todo esse tempo, te fizeram acreditar que tu de-
cidias, mas aqui dentro tu não decides nada’.
E essa vibração começa a mexer em tudo. E, si-
multaneamente, ao mesmo tempo em que essa
vibração mexe tudo na vida externa, essa vibra-
ção começa a rasgar a vida interna. E o psicoló-
gico, o psicológico não é mais nada. O psicológi-
co é uma fantasia. O que se revela é a real vida
interna e essa vida interna começa, também, a
ser mexida. Porque as consciências estão sendo
preparadas para viver uma coisa totalmente
nova do ponto de vista da humanidade.
47
Então, percebam que nesse processo todo, verti-
ginoso, a entrega é um código essencial. Porque
se não há entrega, há resistência. E se há resis-
tência, há sofrimento. A entrega é a própria po-
laridade feminina. É se lançar à Vida. Se entregar
à Vida. Ser a própria Vida. Uma coisa que ilustra
muito bem, na vida humana, isso, é aquela famo-
sa frase: ‘o que é que tu fazes da vida?’. Quando a
gente conhece alguém geralmente as pessoas
perguntam: ‘o que é que tu fazes da vida?’. O-
lhem como está tão incrustado o conceito de
manipulação. O que sou eu diante da Vida? O
que é que eu posso fazer da vida? Eu não posso
fazer nada da vida. A vida é que faz o que ela
quer de mim. Então, vamos integrar este outro
aspecto do abandono. Este aspecto essencial do
abandono que é a entrega e deixar que a vida
faça o que ela queira de nós. Esse é o caminho da
Pobreza, o caminho da Infância. A vibração des-
se Centro, hoje, nesse ponto crucial em que a
gente vive, no limiar da dissolução, no limiar da
48
passagem final da Terra, é o maior presente, que
é esta Certeza, esta Fé, esta Fé absoluta na Inte-
ligência da Luz. Essa entrega vai conduzir a
consciência a viver o Verdadeiro Amor. No silên-
cio do nosso Ser, no silêncio do nosso alinha-
mento individual, vamos colocar diante de nós o
que é essa entrega. No silêncio vamos interiori-
zar esta entrega. E na vida exterior, na vida que
parece não ser tão silenciosa, vamos permitir
que esta polaridade feminina se expresse, que é
doação, que é receptividade e que é silêncio e
interiorização.
Nesse silêncio, nessa entrega do pequeno eu,
nessa entrega do que a gente sempre acreditou
ser, nessa entrega se revela o Mistério do que
nós realmente somos. É somente nessa entrega
que nós encontramos o que realmente somos.
Isso causa um bocado de espanto. Isso causa um
bocado de assombro, descobrir o que nós somos,
porque nos acostumaram a viver o pequeno, nos
acostumaram a viver o limitado, nos acostuma-
49
ram a obedecer regras sociais, a obedecer condi-
cionamentos de comportamento, de pensamen-
to.
E a revelação desse Mistério, que é a revelação
do que nós realmente somos, tem um impacto
profundo de libertação. Tem um impacto pro-
fundo de ir além de todo o conhecido. Essa en-
trega produz uma verdadeira liberdade, porque
ela dissolve a limitação da consciência. Você não
precisa ser isso, nem aquilo. Você pode ser o
Todo, se você aceitar não ser nada aqui, se você
aceitar fazer a entrega total desse pequeno eu.
Esse é o impulso de Aimerã.
Então, vamos nos aproximar de Aimerã nesse
silêncio fazendo a entrega total de nosso ser.
Vocês vão ter boas surpresas. Porque é esse
Centro que guarda as Memórias Cósmicas de
cada um de nós. Não é um lugar. É uma faixa
vibratória da consciência. Quando a consciência
se eleva e atinge esta faixa vibratória, neste não-
espaço, essa revelação se dá. Isso é maravilhoso,
50
porque essa revelação é a própria conexão com
a nossa Fonte, é a revelação da nossa origem. E a
revelação desse Ser nos permite, aqui dentro,
revelar muito mais do que só as aparências, re-
velar muito mais do que só o limitado. Essa re-
velação nos permite viver o Ilimitado aqui den-
tro, o não condicionamento, a verdadeira liber-
dade. É esse o impulso desse Centro Planetário
para hoje.
51
Capítulo III
CENTRO PLANETÁRIO ERKS E ARCANJO MI-
GUEL
Erks é o Amor da Fonte. Erks é o Fogo da Fonte.
Erks é a Sinfonia do Universo. Erks é essa faixa
da Consciência onda a Essência Solar se manifes-
ta, onde esse Fogo preenche o corpo, preenche a
Alma e explode tudo isso. É uma absorção, uma
dissolução, uma fusão, é um nada, é um tudo. Em
Erks reside a Chave do encontro com a nossa
Essência Solar. Em Erks acontece um processo
dos mais maravilhosos para a consciência disso-
ciada. Em Erks acontece a dissolução do veículo
efêmero. Eu não falo do veículo físico, eu falo da
própria casca da consciência dissociada. Imagi-
nem que a consciência, ao descer e ao se limitar,
esse fio de consciência que encarna, o percebe-
dor que se manifesta como uma alma, que assu-
me, por sua vez, um corpo físico, esse fio da
consciência se fragmenta ao longo das experiên-
cias, ao longo dessa atração pela experiência e
52
da caminhada nessa dissociação, este fio da
consciência vai se perdendo, vai esquecendo-se
de si e acaba ficando prisioneiro daquilo que é
externo. O Fogo de Erks é aquilo que vem inte-
grar cada um desses pedaços e junta tudo de
novo e os liga ao Ser real. Erks guarda o segredo
do Manto da Graça. Em Erks nós somos revesti-
dos no Manto da Graça.
A vibração de Miguel, desse Arcanjo, é uma vi-
bração-chave no processo de Ascensão Planetá-
ria, porque a vibração deste Arcanjo é uma vi-
bração extremamente desconstrutiva e ao mes-
mo tempo é uma vibração de Plenitude. Miguel é
um Pai, um Pai-Criador e, esta Face do Pai, Mi-
guel, desata os nós, corta os laços, quebra o vaso
velho. Mas ao mesmo tempo em que o Fogo Mi-
caélico tem essa ação violenta, essa ação pode-
rosa, este Fogo te envolve, te aquece, te suga, te
atrai para o Desconhecido e te faz mergulhar
neste Desconhecido. Ao mesmo tempo em que
este Som suplanta todos os sons, destrói todos
53
os sons, este Som te preenche e te liga ao Som
Universal. Esta é a parte poética, a parte filosófi-
ca, a parte bonita da coisa, falando em palavras.
Erks, para a humanidade de superfície, é a porta
do Coração. Erks, para o próprio planeta, é o
chakra do Coração do planeta. Então, contatar
Erks é contatar o Coração de Gaia. Contatar Erks
é reencontrar-se com o próprio Ser, é se fundir
de novo em sua própria Origem. O processo de
contato em Erks é todo conduzido por essa vi-
bração de Miguel, porque ninguém se aproxima
do Coração sem passar por várias mortes. Você
não chega ao Coração sem atravessar a Porta
Estreita. E você não atravessa a Porta Estreita se
você ainda está coberto de todas as roupas que
você usou para experimentar a dissociação. À
medida que você vai se aproximando da Porta
Estreita é preciso tirar o casaco, a camisa de lã, e
depois tirar a camisa, e tem que tirar a calça, as
cuecas, as calcinhas e as meias também. Você
fica completamente nu para atravessar esta Por-
54
ta Estreita. Nu! E o Fogo de Erks que já vem te
encontrar um pouco antes de você realmente
chegar à Porta Estreita – porque esse Fogo de
Miguel vem bem antes, ele te encontra bem no
meio do caminho – dissolve estas roupas, quei-
ma estas roupas, ele te deixa nu e te diz o se-
guinte:
“Tenha coragem! Venha! Abraça-te em mim com-
pletamente nu!
Não precisas temer este Fogo. Não precisas temer
ser queimado.
Eu apenas queimarei em ti aquilo que não é Tu.
Então, olhe para o meu Coração, que é o teu Co-
ração e deixa tudo que não és, ser queimado por
mim”.
E aí você se abraça a Miguel. Você começa a sen-
tir este Fogo queimando tudo e vai se sentindo
cada vez mais nu. E a cada vez que você tem esta
percepção de que está mais nu, vem o medo: o
medo de ser frágil, o medo de ser fraco, o medo
de não conseguir resistir a esse Fogo. E logo em
55
seguida, Miguel, que é você mesmo, que é o pró-
prio Fogo do teu Coração, te diz:
“Não te preocupes. Abraça-te ainda mais forte em
mim. Segura ainda mais forte a minha mão. Abre
os braços e deixa que eu queime mais ainda”.
E você para e olha para o Coração e você tem
uma bela surpresa:
‘Nossa, olha, esse Fogo está aqui dentro, esse
Fogo queima aqui em mim’. Então você começa a
prestar atenção neste Fogo, este Fogo começa a
ganhar espaço. Ele começa a pegar a tua vida
humana, tua vida conhecida e começa a torcer
tua vida. Aí vira a tua vida de cabeça para baixo
e vira para um lado, vira para outro e começa a
tirar um monte de coisas de tua vida. E você já
não sabe o que você é a esta altura do campeo-
nato, porque esse Fogo já virou tudo de cabeça
para baixo, ele já destruiu muita coisa, ele já co-
locou muita coisa nova no lugar, e você vai se
aproximando deste Fogo e ele vai ser o teu me-
lhor amigo de caminhada.
56
Então chega um ponto em que você olha para o
Fogo e você não consegue mais ver o Fogo. Isto é
a Porta Estreita. Aí você diz: ‘Mas esse Fogo es-
tava aqui comigo... Cadê esse Fogo? Não estou
mais sentindo o Fogo!’. Você começa a procurar
o Fogo e: ‘Cadê o Fogo? E onde está Miguel? Mi-
guel estava aqui no meu lado... Onde está Miguel
agora? Estou sozinho!’. Então você vive a Noite
Escura da Alma e você diz: “Pai, porque me a-
bandonastes?”. Então você pensa: ‘Eu não tenho
mais nada a perder! Esse Fogo já me tomou tu-
do! E se eu perdi o Fogo também... Era a última
coisa que eu precisava perder, não é? E agora?’.
E agora você aceita o vazio do Fogo. Você aceita
o silêncio do Fogo.
E neste silêncio do Fogo você tem uma revelação
estupenda. Você para e percebe que ao longo do
caminho feito com esse Fogo, em que Miguel foi
caminhando ao seu lado, este Fogo foi ficando
cada vez mais próximo. Primeiro você abraçava
esse Fogo e daqui a pouco você já caminhava
57
lado a lado com esse Fogo sempre de mãos da-
das. Depois você só vê a metade desse Fogo por-
que metade desse Fogo já estava dentro de você.
E nesse silêncio do Fogo você descobre que você
se transformou em Fogo, que Miguel se fundiu
no Cristo. Então você já não mais diz: ‘Eu estou
com o Fogo’. Sabe por que você não percebe
mais o Fogo? Porque você se tornou o Fogo. E
esta é a revelação mais linda, quando você não
consegue mais ver o Fogo, porque você se tor-
nou o Fogo, porque tudo é Fogo. Quando você
não percebe mais Miguel, porque você já se tor-
nou Miguel. Este processo maravilhoso acontece
dentro de Erks.
Miguel iniciou um processo de desconstrução há
alguns anos atrás. Este processo não termina até
que você aceda completamente ao Centro, ao
Estado de Ser real. Essa desconstrução é contí-
nua e, por incrível que pareça, é cada vez mais
intensa. Parece que quanto menos coisa há para
ser queimada, maior é esse Fogo, maior é a des-
58
construção. Porque ela vai chegando naquilo que
é o núcleo. Ela vai chegando naquilo que real-
mente mantém a personalidade dentro desta
matriz, que mantém a consciência presa a esta
máscara, o cerne da questão: ‘eu’. Em Erks e em
Miguel, nesta vibração que é Miguel e que é Erks,
você começa a perder o sentido de ‘eu’. Você se
torna vazio. Você se esvazia desse pequeno ser.
Mas ao mesmo tempo em que você percebe o
vazio, você vai percebendo que tem outra coisa
que está preenchendo este espaço vazio. Ao
mesmo tempo em que você percebe que você foi
ficando nu, mãos de anjos foram tecendo outra
roupa por cima do seu corpo. É o Manto da Gra-
ça. E para que o Manto da Graça se estabeleça,
realmente, e você vista este Manto da Graça, vo-
cê precisa aceitar ficar nu, você precisa aceitar
entrar na fornalha que é Miguel e que é Erks,
completamente nu. Só que não é você que vai
tirar as roupas. Entenda bem. Isso não tem a ver
com um fazer. Isso tem a ver com Abandono.
59
Não é você que vai tirar as roupas. Você só pre-
cisa dizer ‘sim’ a este Fogo que vem queimar o
que não é você. E a última coisa que esse Fogo
vai queimar é o sentido de ‘eu’. Porque é este
sentido de ‘eu’ separado que mantém a consci-
ência presa à personalidade, presa à experiência
dissociada. E em Erks não existe ‘eu’ separado.
Erks é a plenitude da Comunhão e da Fusão. Ca-
da fusão que acontece numa consciência aconte-
ce dentro dessa faixa vibratória que chamamos
de Erks.
Erks é o Lar da Fusão, porque Erks é o Coração
do Planeta. Erks é o Coração do Universo. Erks
existe em todo lugar porque o Coração é todo
lugar. O impulso do contato com Erks é a Fusão.
É aceitar ficar nu. E depois é aceitar ficar até sem
o corpo, se for preciso; chegar ao ponto da sede
e da fome, sede e fome da Vida Eterna, sede e
fome do Real. Porque primeiro esse Fogo quei-
ma e produz certa dor. Mas depois que as cama-
das mais grossas são dissolvidas, este Fogo vai
60
despertando uma Alegria intensa. E essa á outra
dádiva de Erks – a Alegria do Coração. Você vai
se viciando nessa Alegria. Você se vicia nessa
Alegria do Coração. Você não quer saber de ou-
tra coisa a não ser estar no Coração. Você não
quer saber de outra coisa a não ser fusionar com
Miguel. Você não quer saber de outra coisa a não
ser queimar neste Fogo. Tudo o que ocupa sua
consciência, seu pensamento, tudo o que você
vive é para este Fogo. E quando se instala esta
tensão ao Abandono, esta sede e esta fome que
são tão vorazes dentro de você, você não aceita
nada menos do que a Água da Vida, você não
aceita nada menos do que Fusão, você não aceita
nada menos do que o Todo, a Completude. O
brinquedinho, o trabalho, o amor humano, a fa-
mília, nada mais disso satisfaz, porque esta sede
e esta fome da Vida Eterna são tão impetuosas
dentro de você que você se torna um vaso vazio,
pronto para receber a Graça que vem descer. E
essa Graça desce. Se você colocar seu vaso vol-
61
tado para cima, constantemente, essa Graça des-
ce.
Peça por essa Graça. Peça! Se aproxime do Cora-
ção e diga: ‘Esvazia-me, eu quero a Graça. Esva-
zia-me, Graça plena, me enche de Graça’.
Participante: E sobre a questão de que nós
não devemos desejar nada aqui?
Agnimitra: Isto não é desejo, não é querer. Isto
é Intenção. Deve-se pedir. Cristo falou: ‘Pedi e
dar-se-vos-á, buscai e achareis, bateis e abrir-se-
vos-á, pois todo aquele que pede, recebe; quem
busca, encontra; e àquele que bate, a porta se
abre’. O pedido tem que ser do Coração. Não é a
partir da personalidade, porque a máscara ja-
mais vai pedir aquilo que vai destruí-la, que vai
dissolvê-la. Vocês têm que pedir com o Coração,
com consciência. Isso é Atenção e Intenção. Esse
pedido não é um desejo. É aquela pergunta: ‘o
que vocês querem ser?’. É só vocês terem certe-
za do que vocês querem ser.
62
‘Ah, uma borboleta, eu tenho certeza de que eu
quero ser uma borboleta. E por que eu quero ser
uma borboleta? Por que eu quero transformar a
lagarta? A vida da lagarta não é para mim, eu
não sou uma lagarta. Eu sei que por alguma ra-
zão qualquer eu estive como uma lagarta aqui,
mas eu também sei de uma coisa: acabou o tem-
po da lagarta. Chegou a hora de voar. Chegou a
hora de ser Borboleta’.
E se você tem certeza de que o seu destino é ser
Borboleta, você pede para o Vazio, você pede
para o Todo, para o Desconhecido: ‘Eu quero ser
Borboleta, eu sei que sou uma Borboleta, eu es-
tou aqui, faz de mim o que Tu quiseres’. E aí de-
pois da frase: ‘Por que tu me abandonaste?’, vo-
cê fala a frase: ‘Pai, que seja feita a tua vontade’.
Estão vendo que isso não é desejo? O desejo é
manipulador. Vocês dizem que querem comer
um chocolate, mas vocês nunca querem comer
um chocolate. Vocês querem comer um chocola-
te branco, um chocolate preto, uma marca tal,
63
outra marca tal, vocês querem comer agora, da-
qui a pouco. Se vocês dizem que querem ser
borboleta, que querem o Espírito, querem SER, e
isso é realmente Intenção e não um desejo, vo-
cês não vão impor condições à manifestação do
Espírito, não vão impor sua vontade pessoal di-
ante disso, vocês estarão abertos e, se para viver
isso amanhã vocês tiverem que morrer, vocês
aceitam morrer, vocês abandonam tudo, vocês
entregam tudo o que vocês são e o que vocês
não são, vocês pegam tudo isto e vocês entregam
e dizem: ‘Está aqui tudo isto, faz a Tua Vontade,
isso não me serve mais, me dá um novo’.
A Eucaristia é isso. Isso é a verdadeira Eucaristi-
a. É essa Comunhão e essa Fusão com Cristo. Eu
quero beber do Teu sangue. Eu quero comer da
Tua carne. Porque eu quero que meu sangue
seja o Teu sangue e minha carne seja a Tua car-
ne. Vejam como isso não tem nada a ver com o
que foi vivido na humanidade como propiciação,
para perdoar os pecados, para tornar uma pes-
64
soa melhor, para poder ir para o céu. Isso é mui-
to mais. Isso é vastamente mais. Isso é inexpli-
cável até. Porque como é que podemos explicar
que esta ilusão toda vai ser desfeita e o Real vai
aparecer por detrás das cortinas? Não podemos
explicar isso, mas podemos aceitar isso como
nossa única verdade. E podemos dar nossos pas-
sos todos em direção e guiados por essa verda-
de. Isso é Erks.
Erks e Miguel são esse Fogo que primeiro se a-
presenta fora e depois está dentro e ele vai dis-
sipando todos os medos. É o grande propulsor
da Ascensão, que é a Porta de saída e de entrada
na Unidade. É o Coração. Erks é o Coração do
Planeta. A mensagem de Erks, hoje, é uma frase
muito simples: “Não temam, Eu estou convosco.
Sigam”.
É essa a frase desse Fogo. Não parem diante dos
medos, diante das dúvidas, diante das questões.
Não parem diante das situações humanas. Si-
gam. Vão em frente. Se abram cada vez mais pa-
65
ra esse Fogo. Bebam desse Fogo. Se tornem esse
Fogo. E que esse Fogo do Coração, que é Cristo-
Miguel, seja a única coisa diante dos seus olhos.
Seja a única coisa para qual aponte sua Atenção
e Intenção. E não hesitem em pedir. Peçam com
o Coração. E se forem pedir, vocês devem aceitar
que a Vontade do Pai seja feita. Para pedir, real-
mente, é preciso transcender os próprios medos,
porque você vai pedir, mas você não sabe como
nem quando você vai receber. Se isso for um
desejo, vocês vão querer marcar hora para rece-
ber a encomenda, vocês vão querer escolher
quem vai trazer o presente, como vai ser, onde e
quando, que é para não atrapalhar a vida profis-
sional, para não atrapalhar a vida familiar. Esse
Fogo não se importa muito com as suas condi-
ções humanas, porque esse Fogo vem torrar tu-
do isso. Vocês são dispostos a serem torrados?
Então é só isso. É simples. Então, o impulso atra-
vés de Erks e de Miguel é este: “Não temam. Eu
estou convosco. Sigam”. Amor e Paz.
66
Capítulo IV
CENTRO PLANETÁRIO MIZ TLI TLAN E AR-
CANJO URIEL
Então, adentramos os Portais de Miz Tli Tlan. O
Coração do Silêncio, como diz Uriel. O Coração
do Coração, como diz Imuri. Esse Centro é o
próprio Centro. Miz Tli Tlan é essa faixa vibrató-
ria planetária onde existe o Silêncio da Vibração,
onde a Consciência submerge-se no Absoluto, no
Nada, para que ela possa, através de sua rever-
são, encontrar o Todo. Miz Tli Tlan, nesse mo-
mento, é muito ligado à vibração do Arcanjo Uri-
el, que é o Arcanjo da Reversão. E nesse sentido,
de Miz Tli Tlan, dessa faixa vibratória, é que par-
tem os impulsos para que esta reversão aconte-
ça no nível planetário, mas é também nessa faixa
vibratória onde essa reversão acontece. Então, já
foi falado por diversos seres que haverá esse
momento em que ocorrerá uma parada na rota-
ção da Terra. A rotação vai diminuir, vai parar e
vai começar a girar para o outro lado, e que vai
67
haver também a reversão dos polos. Miz Tli Tlan
é o espaço onde esse movimento acontece. Esse
movimento é um não movimento. É um movi-
mento imóvel. Daí que a vibração de Miz Tli Tlan
é o Coração do Silêncio, porque é o Silêncio além
do próprio silêncio. É o Silêncio desconhecido.
Aqui nós conhecemos o silêncio como oposto ao
som. Miz Tli Tlan nos dá a conhecer um Silêncio
que não está oposto ao som. É um Silêncio que
está além do próprio silêncio. É a parada de todo
movimento. Mas que permanece sendo um mo-
vimento. Não há acesso ao Coração sem o esta-
belecimento da consciência nessa faixa vibrató-
ria que nós chamamos aqui de Miz Tli Tlan, ou
que nós chamamos também de Uriel, que hoje
são a mesma coisa, num certo ponto de vista. O
acesso ao Ser se dá por esta parada de todos os
movimentos. Por essa parada de tudo o que é o
conhecido, um mergulho no desconhecido. Neste
mergulho no desconhecido há um momento em
que há um vazio e você não vê nada ainda, você
68
não conhece nada do que é o desconhecido. Você
ainda não se deu conta do que é esse desconhe-
cido, mas você não está mais no conhecido. Esse
momento preciso onde tudo para, onde existe o
silêncio de tudo, onde todo o sentimento de ‘eu’
se dissolve, onde toda a memória do ‘eu’ se dis-
solve, onde a própria alma se dissolve, onde não
existe nada, um vazio completo, isso é Miz Tli
Tlan. É nesse aspecto de Gaia, é nessa faixa da
Consciência de Gaia, que Uriel se ancora e é nes-
sa faixa da Consciência de Gaia que a reversão
acontece. Esse é um papel de Miz Tli Tlan, um
dos seus aspectos.
Outro aspecto de Miz Tli Tlan são as bases da
Nova Vida. Neste sentido, Miz Tli Tlan é o Cora-
ção do Sacro. Vocês percebem, então, que Miz Tli
Tlan é o Coração de muitas coisas. O Coração de
tudo é Miz Tli Tlan. Nesse sentido, como as bases
da Nova Vida, Miz Tli Tlan é o Coração do Sacro.
Porque é no Sacro que acontece o movimento,
uma mudança muito particular, mas muito im-
69
portante para este planeta em processo de As-
censão, que é a mudança e a modificação ao ní-
vel celular, ao nível molecular e ao nível genético
de toda a forma. É a Transfiguração do corpo. É
mais do que a Transfiguração, é a Sacralização
total do corpo. Miz Tli Tlan guarda a Chave da
Sacralidade. A chave da Sacralização da própria
matéria. Então, nesse sentido Miz Tli Tlan tam-
bém é o Coração do Sacro. É quando esse Fogo
do Sacro desperta, quando a Luz, esse impulso
da Luz desce ao sacro, ali ela começa a eferves-
cer, a explodir, a se expandir. Então, a própria
estrutura física começa a ser mudada profun-
damente. Mas percebam, antes que a forma físi-
ca possa ser mudada completamente, é preciso
que a consciência tenha se estabelecido nesse
vazio, nesse Silêncio, porque é nesse Silêncio
que acontece a expansão do Fogo do Sacro e a
mudança do nível atômico, inclusive, da forma.
Nesse aspecto, Miz Tli Tlan, hoje, trabalha junto
a todos os seres que vão manter um corpo físico
70
após a Transição. Porque é nesse processo mui-
to delicado que acontece a Transmutação da
matéria. São poucos os seres que vão viver esse
processo, mas é um processo muito importante
porque é como tudo está relacionado. Esses se-
res que vão manter esse corpo têm a função de
lançar as bases da Nova Vida em outras dimen-
sões, ou como dizem os Arcanjos, de semear no-
vas dimensões, novos mundos. Então é um pro-
cesso atômico de Transubstanciação dessa ma-
téria, tornando a própria matéria do corpo sa-
grada, transformando a própria matéria em Luz.
Num outro sentido, Miz Tli Tlan também repre-
senta as bases da Nova Vida no momento, num
nível muito mais próximo, disto que estamos
vivendo. Nesse sentido Miz Tli Tlan guarda o
impulso e é de Miz Tli Tlan que parte o impulso
para que essa Sacralidade seja expressa exteri-
ormente na própria vida humana e para que a-
través desse impulso sendo expresso, a própria
vida humana possa ser sacralizada. Então, a nota
71
básica de Miz Tli Tlan, com relação à humanida-
de de superfície, é a própria Sacralidade. É um
chamado para que a vida se torne uma expres-
são do Sagrado. Não do santo, mas do Sagrado;
onde cada ato, onde cada pensamento, onde ca-
da movimento é feito com a consciência polari-
zada no Ser, polarizada no Coração. É claro que
existe um aspecto, existe um lado de todos esses
Centros que são completamente desconhecidos.
Existem umas esferas desses Centros que agem
num nível que está muito além de tudo aquilo
que foi falado aqui e muito além de qualquer
coisa que possa ser falada aqui. Mas é este lado
desconhecido, que só pode ser vivido em Vibra-
ção, que só pode ser vivido, realmente, no Espí-
rito e que não pode ser traduzido de forma al-
guma, por mais que se tente, por mais que se
tenham códigos vibratórios, por mais que se
tenha boa expressão vocabular, nada pode ex-
pressar o lado oculto desses Centros Planetários.
Mas é Miz Tli Tlan, como o Coração do Silêncio,
72
que dá acesso a este lado oculto da Vida, que não
pode ser expresso nesta cápsula, mesmo unifi-
cada, de 3ª Dimensão, porque não suportaria a
potência dessa Vibração.
Então, Miz Tli Tlan, além de ser o impulso à Sa-
cralidade e à Sacralização da matéria, além de
ser o impulso da Sacralização da Vida, além de
ser a fornalha onde acontece a Transmutação da
própria matéria em Luz, da matéria do corpo, e
além de ser o ponto de onde partem os impulsos
para a Nova Vida, aquilo que vai ser a realidade
da Terra em 5ª Dimensão, Miz Tli Tlan é a Porta
do Ser, é a Porta do Absoluto. Agora, contatar
Miz Tli Tlan, também só acontece, nesse Silêncio
do Ser, nesse Silêncio Absoluto, nesse Silêncio
que está além do externo e do interno. Só que
como tudo o mais que se refere à Unidade, ne-
nhum movimento que parte da nossa pequena
personalidade, pode abrir essas Portas. Apenas
uma coisa nos dá acesso a esse Estado: é Aceita-
ção, é Abandono. Apenas o Abandono.
73
Então, Miz Tli Tlan é uma potência que está a
vibrar muito, mas muito intensamente, hoje, na
consciência humana. E ela se traduz como esse
chamado ao Silêncio, chamado a um Silêncio que
está além do próprio silêncio interior. É um
chamado à Sacralidade. A forma como nós nos
aproximamos dessa Vibração e dessa Consciên-
cia, porque Miz Tli Tlan também é uma Consci-
ência, é através do nosso Abandono, da nossa
Aceitação à Sacralidade, de dizer sim à essa Sa-
cralidade. A ação desse Fogo, que é um Fogo Si-
lencioso, produz abalos muito fortes na estrutu-
ra humana, em toda a estrutura humana, desde a
alma até o corpo físico. O Fogo do Sacro, quando
se expande, queima tudo aquilo que são as som-
bras, as mais refinadas possíveis. Não estamos
aqui a tratar das sombras densas, daquelas
sombras que nós temos como seres humanos,
que já foram muito quebradas, como apegos e
etc. Mas aqui esse Fogo expõe esse medo oculto
da Ascensão, esse medo que prende a Alma à
74
forma física. É esse medo essencial, esse medo
bem interno que a ação desse Fogo nos põe di-
ante da cara, para que nós olhemos isso de fren-
te e nesse Abandono, nessa Aceitação do desco-
nhecido, possamos transcender. Aí acontece a
reversão. Muitos seres têm vivido essa reversão,
agora, antes do momento coletivo. E isso é fa-
cilmente observável quando se vive o Coração,
porque há uma mudança radical na forma como
se posiciona dentro da vida. E é uma mudança
radical de onde sua consciência se polariza. E é
claro, é uma forma radical de como essa consci-
ência se expressa, inclusive, mesmo sendo nas
vias mais efêmeras: quer sejam as relações, quer
seja a forma de pensar, a forma de se expressar,
tudo é moldado por esse Fogo do Sagrado quan-
do ele se expande, porque esse Fogo do Sacro
quando se expande, abala profundamente tudo o
que é o alicerce da vida humana. Melhor, ele
abala tudo o que são os alicerces da personali-
dade humana. É um Fogo muito potente. A ação
75
desse Fogo imobiliza o mental, enquanto aquele
Fogo está lá, imobiliza o emocional e imobiliza,
inclusive, o corpo físico. Porque, e de novo, a-
quele momento da catalepsia, que é um momen-
to coletivo, vai acontecer dentro da vibração de
Miz Tli Tlan. Naquele momento a vibração de
Miz Tli Tlan vai se expandir, num nível tal, que
vai englobar todas as esferas desse planeta e
cada consciência, pondo cada consciência neste
estado de Vazio-Pleno, em que há a parada de
tudo o que é a estrutura humana. Então, a rever-
são acontece. A Chave do contato com Miz Tli
Tlan não é outra coisa senão Silêncio e Aceita-
ção, Abandono ao sentido da Sacralidade. Essa é
a vibração de Miz Tli Tlan.
76
Capítulo V
CENTRO PLANETÁRIO IBERAH E ARCANJO
METATRON
Vamos nos aproximar um pouco mais dessa Vi-
bração que nós conhecemos por Iberah e Meta-
tron. A ação de Iberah, entre os Centros Planetá-
rios, é uma das mais resguardadas e, portanto,
sua ação é das mais ocultas, porque concerne à
modificação ao nível celular e mesmo atômico
da matéria planetária como um todo. Esta ação,
claro, vem agindo no planeta há certo tempo,
mas seu auge se dá naquele momento misterio-
so da Dissolução, chamado também de Onda da
Vida. No entanto há também outro aspecto de
Iberah, este mais próximo e que age ao longo do
processo, no que poderíamos chamar de pré-
dissolução. Nesse nível pré-dissolução é o Fogo
de Iberah que queima todas as resistências, que
queima todas as zonas de sombra e que dissolve
a própria personalidade. E esse Fogo de Iberah,
se podemos dizer, é um dos primeiros Fogos em
77
atividade, uma das primeiras Vibrações em ati-
vidade, de maneira muito silenciosa no início, e
agora cada vez mais potente, porque é o mesmo
Fogo que se observa nos movimentos da Terra.
Então, neste aspecto, Iberah está dentro de nós.
É o mesmo Fogo que age em nós. É o mesmo
Fogo que age sobre a Terra, através dos vulcões,
através das tempestades, dos terremotos, das
ondas solares, que vem remodular a própria
matéria física da Terra. Esse Fogo de Iberah é o
mesmo Fogo do Sacro do ser humano, que vem
remodular toda a estrutura material, toda a es-
trutura física do ser humano para viver esse
momento fora de todo tempo e espaço que é a
Dissolução. Nós demos chaves de contato para
os outros Centros Planetários, mas não existe
chave de contato com Iberah. Sejam ousados.
Lançam-se a isso, apenas. Sem nada, façam a
experiência, porque não existe caminho para
isso. Não existe forma de chegar a isso. Isso che-
ga até vocês. É claro que nesse sentido, da disso-
78
lução das zonas de sombra e dessa remodulação
da matéria, Iberah expõe os piores medos, por-
que expõe a realidade do que é essa experiência.
Então, ele desnuda essa experiência e permite
que vocês vejam o esqueleto disso que vocês
acreditam que são. Quando esse Fogo vem, essa
Onda da Vida vem, a personalidade é desmasca-
rada, então é terror. Dá um medinho. Porque no
final das contas, por pior que isso seja, é a única
coisa que conhecemos. Por mais horroroso e
mais sofrido, é a única coisa que nós sempre
conhecemos aqui. Não temos parâmetro com
relação a nada, além disso. Por mais que nós
tenhamos tido experiências, toques e vivências
do Espírito, ainda assim o Espírito é um desco-
nhecido. É nesse momento da dissolução, nesse
encontro com a Onda, na própria vibração de
Iberah, de certa forma, que acontece o face a
face com o que se acredita ser. E aí fica muito
claro para a Consciência que esse Fogo, no final
das contas, é a sua única realidade. Além de
79
qualquer dimensão, sua única realidade é essa
Onda de Vida, esse Absoluto, esse Nada, isso que
não dá para descrever. Ao longo desse caminho
espiritual, nós tivemos toques, acessamos, de
certa forma, o Estado de Ser e nós chegamos a
fazer uma diferenciação entre o estado fragmen-
tado e o Estado Unificado, certo? Então nós já
conseguimos definir entre um estado e outro.
Isso que vem, que é a Onda da Vida, que é o Fogo
Primordial, não tem nada a ver com essas duas
coisas, porque isso não vem de dimensão ne-
nhuma. Isso não vem de ponto nenhum. Isso não
vem nem da própria Fonte. Isso vem de dentro,
porque é a sua única realidade, para além da sua
Origem Estelar, essa é a sua única realidade. É
para onde tudo, num certo ponto da Dança, vai
retornar. Então, percebam, essa Onda da Vida é
aquilo que vai marcar todas as Consciências e
ligá-las, definitivamente, à Fonte. É essa Onda da
Vida que vai garantir que não haja mais terreno
fértil para a experiência do esquecimento acon-
80
tecer nesse Universo. Agora uns vão viver isso
em terror, mais ou menos. Medo vai ter. Não
vamos nos enganar, porque medo vai ter no
momento. A entidade psicológica vai tremer na
base porque ela vai ver naquilo o fim, o fim de
qualquer esperança de continuidade, nem mes-
mo a ideia da reencarnação resiste naquele mo-
mento. Então, vai ter medo. Você pode viver isso
num medo menor ou maior, dependendo de
quão consciente você já está daquela Realidade,
de quão aberto você já está para aceitar morrer,
aceitar deixar de existir. Porque para realmente
Ser é preciso deixar de existir. Absolutamente
deixar de existir, sem resquício de nada, nem do
Espírito, de nada. Deixar realmente de existir.
Eu não posso descrever isso de nenhuma for-
ma, porque maravilhoso não é nada disso, lindo
não é nada disso, beleza não é nada disso, amor
não é nada disso, mas, no entanto, é tudo isso. É
tudo isso e para além disso. Então, apesar de
saber que vai ter medo naquele momento, eu
81
digo para vocês não terem medo, não é preciso
ter medo. Mas é claro, nós dizemos isso para a
mente e a mente vai dizer: ‘não precisa ter me-
do’. Mas na hora, é claro, o medo vai surgir.
Participante: Mas agora não tem como voltar
atrás, não é?
Agnimitra: Não. Ninguém pode escapar disso.
Tudo o que existe nesta esfera planetária, tudo o
que existe, desde a Intraterra até o mundo de
superfície, nos níveis etéreos, onde as Consciên-
cias Dévicas e Elementares funcionam, inclusive
os seres da 4ª dimensão, tudo vai ser varrido
por essa Onda. Porque essa Onda não está vindo
de cima, não está vindo de baixo, não está vindo
nem daqui de dentro deste mundo.
Participante: E quanto tempo nós ficamos
nesse ‘não –fico’?
Agnimitra: Mas como é que tu podes falar de
tempo naquilo onde nada existe? Ninguém nun-
ca testemunhou aquilo. Ninguém pode dizer. O
82
que qualquer consciência sabe é que uma hora
tu entras e uma hora tu sais, e ninguém sabe de
nada, além disso. Porque parece que não durou
nada e parece que durou a Eternidade inteira. Aí
está a essência do impacto disso, entende? Por-
que a consciência se estabelece, definitivamente,
no que é Eterno e no que engloba tudo. E ela se
torna realmente Ilimitada, porque depois disso
não tem como ser limitado. É isso que faz com
que a consciência, acedendo ao Ser, possa se
manifestar em qualquer dimensão, sem limita-
ção alguma e ser a própria Fonte ao mesmo
tempo em que é o grão de areia. É essa experi-
ência que produz isso. E que nem pode ser cha-
mado de experiência porque não tem experien-
ciador. Agora, isso está Aqui, Agora. Porque essa
Onda já está chegando. É o Cristo que bate à por-
ta. Essa é a Onda de Vida. É só estar atento, por-
que isso pode chegar para você a qualquer mo-
mento. E não há como você escapar disso. Há as
possibilidades: você vai tocar Aquilo, vai ser
83
marcado, vai se religar à Fonte; ou você vai man-
ter uma experiência de 3ª Dimensão... Porque
tem gente vivendo isso e está mantendo um cor-
po, mas, no entanto, o destino vibratório dele,
após o momento coletivo, é outro. Isso se deve a
funções a desempenhar aqui, ainda. Mas isso
chega para todo mundo. E o momento coletivo,
inclusive, já está aí. Então, o que se pode falar de
Iberah é isso. É essa coisa que está aí. É essa coi-
sa desconexa, sem pé nem cabeça, porque não
tem como definir. A gente só pode falar do antes
e alguma coisa do após, com base no que outras
consciências já viveram. É isso. Dissolvam-se!
84
Capítulo VI
CENTRO PLANETÁRIO MIRNA JAD E ARCANJO
GABRIEL
Vamos mergulhar um pouco no que é essa esfera
vibratória que nós chamamos de Mirna Jad e
Gabriel. Bem, deixem-me apresentar um símbolo
dessa caminhada através dos Centros Planetá-
rio: uma pirâmide com ponta para cima e uma
pirâmide invertida depois. O processo, figura-
damente, até Miz Tli Tlan, representa a pirâmide
com ponta para cima, sendo que Miz Tli Tlan é o
próprio vértice onde as duas pirâmides se en-
contram, pois Miz Tli Tlan representa o ponto
zero, onde a consciência se apaga para o estabe-
lecimento no Absoluto Ser/Não Ser. A partir de
Iberah a consciência então se abre para a Vida
ilimitada e plena. E não há muito que se falar
dessa pirâmide invertida, de quando isso passa
pelo ‘ponto zero’ e começa a se expandir, porque
seria tudo limitação, seria tudo conceito, seria
tudo reflexo, uma ilusão. Mas nós podemos falar
85
um pouco da ação de Mirna Jad e de Gabriel ago-
ra, pois claro, todos os Centros Planetários atu-
am em todos os níveis do processo de Sacraliza-
ção ou Unificação. Com relação a essa pirâmide
invertida, a esse amplo, que ninguém sabe defi-
nir, nós podemos dizer que estas vibrações de
Mirna Jad e de Gabriel expressam a Vontade do
Pai, expressam a Vontade da Fonte. É o próprio
arquétipo. É arquétipo do seu Destino Vibrató-
rio. É essa Vibração e essa Consciência que car-
regam esse código, que carregam a informação,
vamos dizer assim, do seu futuro vibratório, mas
futuro vibratório no sentido bem amplo mesmo,
de toda sua trajetória ainda dentro da Dança.
Gabriel - que é um arquétipo, aliás, é o arquétipo
do arquétipo - é um dos arquétipos de onde fo-
mos gerados e de onde estes arquétipos partem,
porque Gabriel é o Verbo, o Verbo e a Fonte do
Verbo. Gabriel é o Portador das Boas Novas e
nesse sentido Ele é quem transmite a Vontade
da Fonte. E a vibração de Mirna Jad, que é muito
86
íntima da vibração de Gabriel, expressa isso: o
arquétipo da sua Dança. A consciência quando
se descobre Gabriel, porque isso é um ‘desco-
brir-se Gabriel’, é um ‘tornar-se Gabriel’, quando
a consciência se descobre Mirna Jad, quando ela
se torna Mirna Jad, esse trajeto dentro da Dança,
até o retorno à Fonte e à dissolução na Fonte se
desvela diante da consciência, não como uma
informação, não como um saber, mas como uma
Verdade, como uma Vibração, uma coisa límpi-
da, clara, instantânea. Porque isso faz parte de
sua Memória Cósmica. Isso faz parte do Ser que
você realmente É. Isso faz parte da sua herança.
Mas além desse ‘tornar-se Gabriel’, há também
um aspecto que está mais próximo de nós agora,
que é também um Abandono. Mas isso se revela
de uma maneira outra: é o silencio de toda von-
tade pessoal e a aceitação incondicional da Von-
tade do Pai. É a frase: ‘Pai, faça-se a Tua Vonta-
de’. Quando isso se instala na consciência, esta
Vibração Mirna Jad e essa Vibração Gabriel, a
87
consciência silencia, porque aqui não somos na-
da, aqui não sabemos de nada, aqui não decidi-
mos nada, então aqui nós silenciamos e a única
coisa que se manifesta como um ponto coorde-
nador, um ponto-guia, é essa Vontade do Pai.
Esse silêncio da personalidade, esse silencio do
pequeno eu, diante do Verbo. E aí, não há mais
quem faça, porque o Verbo se manifesta. O Ver-
bo dá o impulso e manifesta o impulso. Você é
apenas o vaso onde esse Verbo se revela, nada
mais.
Então, essa Vibração Mirna Jad e essa Vibração
Gabriel agem de uma maneira muito forte um
pouco antes da Reversão, também, porque é o
prenúncio da Reversão, é a preparação da Re-
versão, porque para que essa Reversão aconteça,
a vontade pessoal tem que silenciar, um silêncio
do ‘pequeno eu’ tem que se instalar, antes que
essa Reversão aconteça. Então, Mirna Jad nos
aproxima de Gabriel, porque Mirna Jad é a fre-
quência planetária, Mirna Jad é esta face de Gaia
88
que está em intima conexão com Gabriel. Então,
Mirna Jad, para a Rede, para as consciências nes-
te processo de Abandono, de Auto-Revelação,
transmite, de uma maneira muito silenciosa, o
que são as diretrizes e os impulsos do que preci-
sa ser manifestado, não em relação a um fazer
exterior, mas o que precisa ser manifestado nes-
se processo de Reversão. Então, entrar em con-
tato com Mirna Jad, acolher Mirna Jad em si
mesmo, revelar Mirna Jad em si mesmo, é silen-
ciar a vontade pessoal, é aceitar que a Vontade
do Pai se revele e que essa Vontade do Pai seja a
única coisa a guiar os seus passos. Essa Vontade
do Pai se manifesta no Coração. Então quando
há essa docilidade - e é por isso que Gabriel
transmite esse dulçor, essa Paz - nós nos torna-
mos como crianças, maleáveis, realmente doces
e pacíficos, diante da Vontade do Pai. Nós nos
entregamos para se faça de nós o que essa Von-
tade quiser, porque a nossa própria vontade foi
transfigurada, foi transfixada nessa Vontade do
89
Pai. E esse processo acontece dentro dessa esfe-
ra vibratória que nós chamamos de Mirna Jad.
Mas Mirna Jad é muito mais que isso, porque ao
mesmo tempo em que em Mirna Jad essa vonta-
de pessoal silencia, é em Mirna Jad que a Vonta-
de do Pai se revela. É nessa esfera vibratória que
nós ouvimos, se podemos dizer assim, a Vontade
do Pai. É nessa esfera vibratória que chamamos
de Mirna Jad e Gabriel, que nós ouvimos a Von-
tade do Pai, que nós nos tornamos como crian-
ças diante dessa Vontade do Pai, é que há esse
Abandono profundo, realmente, de ‘Seja feita a
Vossa Vontade’, de deixar-se conduzir como essa
Vontade considera o melhor, e não como nós
consideramos o melhor. Porque é nessa vibra-
ção que nos damos conta de que nada sabemos,
de que aqui somos tão fracos, tão efêmeros e
então reconhecemos a nossa pequenez aqui. E
ao mesmo tempo em que reconhecemos isso,
reconhecemos a nossa grandeza real nessa Von-
tade do Pai, porque apesar de ser em Mirna Jad
90
que essa Vontade do Pai é ouvida, é em Mirna
Jad, também, que nós nos unimos a essa Voz, que
nós nos unimos a essa Vontade, que nós nos dis-
solvemos nessa Vontade.
Então, nós demos aquela ideia das pirâmides,
que é uma forma de ver isso, mas ainda é de cer-
ta forma, limitada, porque a mente tenta colocar
isso como se fossem patamares, quando não são
patamares. É uma coisa sempre dentro da outra.
São aspectos de um mesmo processo, são aspec-
tos de um mesmo todo vibratório, de uma mes-
ma malha vibratória. Mirna Jad trás essa quali-
dade, esse aspecto magnífico que é a pacificação
da pequena vontade. E nesse sentido a doçura
de Gabriel se torna a nossa doçura. Porque como
Gabriel disse em uma intervenção: ‘esse meu
dulçor exala de uma consciência entregue’. En-
tão Mirna Jad tem esse aspecto, essa doçura, es-
sa pacificação, que se manifesta, quando há en-
trega. Porque, realmente, é um nada querer. Re-
almente é um deixar-se conduzir, mas é um dei-
91
xar-se conduzir cheio de amor, é um deixar-se
conduzir por amor, é uma entrega por amor,
sem querer nada em troca. É amor por amor. E é
doçura. É pacificação. E para hoje, Mirna Jad,
como Gabriel, essas frequências fundidas, repre-
sentam um impulso muito específico para a
consciência humana e esse impulso se chama
Contemplação. Porque essa Bendita Contempla-
ção é vivida nessa esfera vibratória que nós
chamamos de Mirna Jad e Gabriel.
O que é a Contemplação? A Contemplação é uma
pacificação da vontade pessoal diante da verda-
deira Vontade, da Vontade do Pai e é uma doçu-
ra diante dessa Vontade. É uma aceitação dessa
Vontade por amor, e é uma tensão que vai se
tornando cada vez mais forte em direção a essa
Vontade, à manifestação dessa Vontade - que
não é um querer, estamos usando esta palavra
Vontade, por falta de algo que expresse isso me-
lhor - desse impulso desse arquétipo. É uma
Contemplação do arquétipo. Isso gera êxtase.
92
Isso gera íntase. Isso é vivido no êxtase. Isso é
vivido no íntase. O êxtase e o íntase, esses dois
processos que se confundem, são tanto o princí-
pio da Contemplação quanto o fim da Contem-
plação, porque o Contemplar, nesse sentido em
que estamos tratando aqui, como nesse impulso
de Mirna Jad, pode ser um êxtase, como pode ser
um íntase. Pode ser uma parada total de todos
os movimentos no silêncio, no vazio, como pode
ser uma parada total de todos os movimentos no
completo, no pleno, no vibrante.
Mas, antes de tudo, essa Contemplação que Mir-
na Jad nos oferece, e que Gabriel trás sob suas
asas, é doçura, é pacificação da vontade pessoal.
Porque quando essa Reversão chega, essa Re-
versão Final ou essas pequenas reversões que
nós vamos vivendo, se essa pacificação se insta-
la, se essa doçura se instala, essa Reversão é vi-
vida de uma maneira muito linda, como um pro-
cesso muito lindo, a despeito da dor que isso
possa representar. Porque essa Reversão é uma
93
dor. Ter as suas raízes chacoalhadas e soltas da
Terra é um processo doloroso, porque mexe
com toda a nossa estrutura. Mas quando há essa
pacificação, há esse alinhamento no eixo do
mundo, a consciência se centra nesse eixo do
mundo. E o movimento desordenado é feito mo-
vimento ordenado. E a Reversão, apesar da dor,
apesar do desconforto que possa representar, é
vivida como uma doçura. Uma doçura dolorosa,
mas uma doçura. Um Fogo que arde e que quei-
ma, mas que arde e que queima no amor. Porque
essa morte gradual da vontade pessoal começa a
acontecer desde o primeiro momento em que a
consciência é tocada pela Luz. Só que chega a um
ponto em que é preciso, realmente, cessar a von-
tade e aí é onde entra o momento em que a alma
ou se volta para o Espírito, definitivamente, se
deixa transfixar, transverberar pelo Espírito, ou
se mantém no nível de conforto. Ela está bem
leve, mas ela ainda tende à materialidade. Este
processo que acontece da alma ser transfixada e
94
transverberada pelo Espírito é a vibração de
Mirna Jad e de Gabriel, porque há pacificação
total da vontade pessoal, diante dessa Vontade,
que é um desconhecido também, porque você
não sabe o que essa Vontade quer, afinal de con-
tas, você não sabe para onde essa Vontade lhe
leva e como ela lhe conduz. Mas é Mirna Jad, é
Gabriel, é nesse espaço onde nós vivemos essa
Contemplação, como forma de dulçor e de paci-
ficação da pequena vontade.
Isso está aberto a nós, hoje. Porque desses Cen-
tros Planetários, nós podemos dizer que Mirna
Jad é um dos que estão mais próximos, por conta
desse aspecto de transmissor da Vontade, por-
que Mirna Jad é essa face da Mãe que transmite
a si mesma a Vontade da Fonte. Assim como e-
xiste uma Mirna Jad aqui dentro, um Gabriel a-
qui dentro, porque nós somos isso tudo, e que
transmitem aqui dentro o que é a Vontade da
Fonte para nós, no nosso caminho individual.
95
A Contemplação é a forma de se entrar em con-
tato com isso. Então pare e silencie sua vontade
e acolha Mirna Jad e Gabriel, nesse silêncio da
vontade, nesse silêncio do querer, nesse silêncio
do desejar, nesse silêncio do movimento. Claro
que no primeiro momento, a personalidade po-
de se revoltar muito. Se isso ainda não foi vivido,
de certa forma, a personalidade pode se revoltar
muito, porque para a personalidade é extrema-
mente revoltante perder a posição de ditador.
Mas faça a experiência. Insista nesta experiência.
Num primeiro momento, aparentemente, vai ser
um movimento seu em direção à Contemplação.
Daqui a pouco você vai ser tomado pela Con-
templação. A Contemplação se torna o seu esta-
do natural. Você vive em Contemplação. Você
vive em silêncio de vontade, em silêncio de que-
rer. Mas é preciso se abrir para isso, porque isso
facilita, de certa forma, o processo. E no final das
contas, é esse o objetivo de todo esse circo ar-
mado pela Confederação.
96
Participante: E isso está dentro da gente, po-
demos não saber quando vai vir o Encontro.
E é aí que entra essa Vibração?
Agnimitra: Exato. Porque é aí onde entra essa
pacificação da vontade, essa doçura, quando vo-
cê aceita não saber, realmente, de nada, aceita
estar largado a essa Vontade. Aí age, aí se revela
o ‘Você Gabriel’, o ‘Você Mirna Jad’, e aí há essa
doçura. Realmente, como Gabriel falou, ‘isso é
lindo’, mas além de ser lindo, isso é completa-
mente verdadeiro. Doçura e pacificação exalam
de uma consciência entregue. Uma consciência,
realmente entregue, está mergulhada em doçura
e pacificação. Eu não estou falando da doçura
humana, não é isso, mas é um estado interior de
doçura, um estado interior de pacificação, de
equanimidade, e até podemos falar de serenida-
de, como dizia S. João da Cruz. E isso se instala,
isso lhe toca, isso vai se infiltrando. De novo,
tudo se resume na mesma coisa – se resume no
Abandono. Podemos falar das mais diferentes
97
formas possíveis, mas sempre caímos no mesmo
ponto – Abandono.
E aqui nestes trabalhos com os Centros, temos
falado do Abandono de sete formas diferentes e
são todas formas, porque vocês vão perceber
que vocês vão sentir ressonância com algum
Centro em particular, com um Arcanjo em parti-
cular. Isso se deve à própria constituição vibra-
tória da consciência, que ressoa mais particu-
larmente com um aspecto vibratório ou outro,
mas não importa, porque cada Centro, cada Ar-
canjo, tem todos os outros Centros e todos os
outros Arcanjos em si mesmos. E de novo, tudo
se resume a isso: a facilitar o processo de Rever-
são da Consciência. Como eu disse, é para isso
que esse circo foi armado pela Confederação. No
que diz respeito à humanidade, foi para isso. Foi
para que a humanidade vivesse esse fato inevi-
tável e inexorável da Ascensão, de uma forma
mais leve, de uma forma menos dolorosa. E nes-
se processo se conta com aqueles seres que se
98
colocaram, de certa forma, para este período
estarem fazendo e cumprindo esse papel de si-
lenciarem sua própria vontade para que através
deles essa Vontade do Pai se revelasse. Que
prometeram ao Cristo, alguns, inclusive, pesso-
almente, quando o Cristo falou ‘vocês farão coi-
sas maiores’, que prometeram ao Cristo: ‘Está
bem, eu estou nessa, pode colocar meu nome na
listinha’.
Então, tentem lembrar-se do juramento que vo-
cês fizeram ao Cristo, de que vocês realizariam o
Ser, nesse final de ciclo. Mas que isso não seja
uma cobrança de si mesmos, senão vocês caem
no jogo dual de novo. Porque o cumprimento
dessa promessa é esse, é só isso: o silêncio da
vontade. Então, vocês não podem querer a Luz,
nem querer a Ascensão, nem querer o Ser, se
vocês não silenciam a vontade. E silenciando a
vontade, esses desejos, também, são silenciados.
E aí se instala a pacificação, dulçor e esta bendita
Contemplação.
99
Capítulo VII
CENTRO PLANETÁRIO LIS E ARCANJO ANAEL
Aqui nós concluímos o ciclo de Centros Planetá-
rios unidos às Radiâncias Arcangélicas. Aqui nos
aproximamos daquele Centro que, apesar de ser
o mais próximo de certa forma da consciência
humana, é, talvez, o mais oculto de todos os Cen-
tros Planetários.
A Vibração de Lis é o Coração Sagrado da Mãe. E
ao mesmo tempo em que é um colo acolhedor, é
uma fornalha. É a fornalha do êxtase. É a forna-
lha da Alegria Indizível. É a fornalha de um A-
mor que não conhece limites. Um Amor que não
conhece princípio e nem fim. Um Amor que exis-
te por si mesmo. Um Amor que sustenta todas as
Criações. Esta é a Vibração de Lis. E esta é a Ra-
diância, também, do Arcanjo Anael, o Arcanjo da
Atração e da Ressonância, esta lei que mantém
os mundos coesos, esta lei que mantém a pró-
pria Dança, esta lei que mantém os Universos
girando em torno da Sagrada Morada do Pai.
100
Dessa forma, Lis representa, de maneira incom-
parável, o Casamento Místico, a fusão definitiva
do Masculino Primordial e do Feminino Primor-
dial. Lis representa a própria Androginia Pri-
mordial. E, é claro, de certa forma, é um Centro
cuja Vibração é muito receptiva à consciência
humana, mas que foi muito deturpada, foi muito
transformada e pouco, realmente, se sabe, a res-
peito desse Centro Planetário, especialmente a
respeito dessa face oculta de Lis.
Bem, nesse Espectro Vibral, que nós chamamos
de Lis, a Consciência mergulha e se estabelece
definitivamente nesse estado de Alegria Eterna.
Lis é o fruto do próprio Absoluto, e para a hu-
manidade, no entanto, Lis irradia uma qualidade
muito simples, muito singela de ser apreendida.
Lis irradia para a humanidade a inocência, a in-
fância. Lis representa a infância. Em especial,
essa inocência infantil.
Isso foi confundido com pureza, pela humanida-
de, e esse impulso foi encapsulado nas regras de
101
bem e mal, nos padrões morais. Lis não tem na-
da que ver com os padrões morais dessa huma-
nidade. O que Lis tem a oferecer a essa humani-
dade é simplesmente isto: uma inocência infan-
til. E a inocência infantil justamente desconhece
o bem e o mal. A inocência infantil não se baseia
no bem e no mal.
Essa inocência infantil que Lis irradia para a
humanidade, esta face de Lis mais próxima, se
revela em diversos aspectos, todos eles muito
bem conhecidos, todos eles tratados anterior-
mente em outros Centros: Aceitação, Doçura, o
Silêncio, o Abandono de si, a Entrega, o Alinha-
mento. Mas essa inocência tem um efeito especi-
al para nós, hoje, porque essa inocência nos pe-
de para calar diante do que é diferente, nos pede
para calar diante daquilo que nós possamos
considerar como desconhecido e que nós pos-
samos calar diante daquilo que não está no
mesmo estado que nós, qualquer que seja esse
estado. Essa inocência nos pede para calar os
102
julgamentos. Essa inocência nos pede para lar-
gar os pesos. Essa inocência nos pede para nos
tornarmos ignorantes das coisas deste mundo.
Se nós aceitamos este presente de Lis -essa ino-
cência - a Alegria, então, encontra morada fixa,
permanente em nós. Não porque a inocência vai
produzir Alegria, mas porque essa inocência,
como Lis nos apresenta, abre espaço para que a
Alegria se revele, porque a Alegria sempre este-
ve aí. Alegria é nossa própria Essência. O Espíri-
to é um riso. Para aqueles que buscam definir o
que o Espírito é, parem com as circunvoluções
filosóficas. O Espírito é uma risada.
O Coração de Lis é uma risada. Simples, singelo,
sereno. Uma risada. É uma risada que você vai
descobrir quando todos esses véus, que enco-
brem o núcleo do seu Ser, caírem. Uma risada
cristalina. É uma risada que sustenta todos os
Universos. A própria Fonte tem seus pés sobre
essa risada, essa loucura. É loucura! É loucura!
103
Vamos silenciar, então, diante deste Manto da
Graça. Porque Lis é a culminação do Manto da
Graça. E o que Lis revela nesse Manto da Graça
não pode ser descrito com palavras. Só pode ser
vivido. Então, acolhamos a nossa ignorância,
aceitemos a nossa ignorância diante disso, por-
que quando aceitamos ser nada aqui, um mila-
gre acontece, um milagre acontece.
104
Parte II
Os 7 Aspectos do Fogo
de Ibez
- Com Varuna, Ancião do Retiro Intra-
terreno de Ibez -
105
Introdução
Saudações irmãos. Eu me chamo Varuna e sou
um dos Anciões de Ibez. Eu venho para transmi-
tir e compartilhar junto com vocês, e num se-
gundo momento, junto com toda esta Rede, des-
tas informações, destas palavras que carregam a
Vibração de Ibez. Bem, nestes próximos dias nós
trataremos de Sete Aspectos de Ibez. Para come-
çar eu gostaria de lhes contar uma pequena his-
tória, ou dar alguns elementos históricos, a res-
peito de Ibez. Esses elementos históricos não
devem ser tomados como verdades absolutas,
mas apenas como um ponto referencial para
criar certa intimidade, certa aproximação com
esta Vibração de Ibez.
Vocês estão a par, talvez, deste elemento históri-
co, que se refere ao fechamento deste planeta.
Alguns éons atrás, quando a experiência de falsi-
ficação ou a experiência de esquecimento foi
iniciada neste universo local, minha Família -
esta Família de Órion - muitas das consciências
106
desta Família de Órion, resolveram participar
deste experimento, que é o esquecimento da
Realidade de Si. Então, estes irmãos assumiram
almas e foram conduzidos a determinados pla-
netas para fazer essa experiência, junto, claro,
com consciências de outras Famílias. Aqui eu
uso, no entanto, o foco de Órion para tratar com
vocês desses elementos.
Então, muitos destes planetas que iniciaram a
experiência de esquecimento antes da Terra ser
submetida ao isolamento, – como eu poderia
dizer? – foram interrompidos em seu processo.
Ali, o nível de esquecimento chegou a tal ponto
que o organismo planetário colapsou e foi dis-
solvido, de modo que as consciências ali, aquelas
almas, foram reconduzidas a outros campos de
separação, para continuar o seu processo de
experiência e de retorno à Fonte, de reconexão
com sua Realidade Interior. Foi nesse ponto que
minha Família - este grupo de consciências de
Órion, que usualmente se manifesta num Siste-
107
ma Solar ligado a uma das estrelas de Órion, es-
sa estrela que, talvez, vocês conheçam pelo no-
me de Alnitak – foi chamado ao Serviço. Em tor-
no de Alnitak giram alguns planetas, ou pelo
menos seria isso o que a percepção separada
daria a ver, embora esse processo de rotação
não corresponda à realidade. Mas ali, ao redor
de Alnitak, alguns planetas, campos de vida uni-
ficados, seguem o seu curso na Dança. E é dali
que algumas consciências – meus irmãos e irmãs
- que agora estão em Ibez vieram.
Foi ali que a Fonte nos convocou a nos preparar
para um Serviço aqui neste planeta. Então, che-
gado um determinado momento, algumas deze-
nas de ciclos atrás – destes ciclos de 52 mil anos,
não é mesmo? – nós viemos à Terra e assumi-
mos corpos físicos aqui. Naquele momento a
Terra era um Paraíso, o famoso Jardim do Éden.
Naquele momento, mais de 300 Famílias Cósmi-
cas faziam a experiência neste planeta, comple-
tamente livres. Anjos e Arcanjos, inclusive, podi-
108
am manifestar corpos aqui para fazer a experi-
ência de ter um corpo carbonado, embora a ex-
periência para essas consciências fosse fugaz,
mas concedia a elas, plenamente, a ciência de ter
um corpo. Então, a Terra era um Jardim, livre,
uma Joia de criação de Isis. E nós estávamos aqui
nos preparando para assumir nosso papel, a
partir do momento do fechamento. Naquele
momento não havia necessidade de que houves-
se cidades que expressassem a Vibração dos
Centros Planetários. Cada consciência, em si,
tinha total Lucidez destas expressões de Gaia e
com elas fusionava livremente. Cada consciência
era a expressão total destes Sete Centros Plane-
tários, destas Sete Frequências e veias principais
do Espírito Planetário. Mas, à medida que che-
gava o momento de a Terra fazer o seu sacrifício,
e ceder seu corpo à experiência da separação,
foi-nos indicado por esta Fonte Interior, que é
comum a todos os Irmãos, que nós começásse-
mos a nos unir numa fusão muito profunda, para
109
gerar os Vórtices que seriam usados para o an-
coramento destes Centros Planetários numa
dimensão intraterrena.
Há mais ou menos 380 mil anos, chegaram a
este planeta algumas consciências de cinco pon-
tos específicos, estas consciências eram e são
Elohim Elementais (nota: Elohim Elementais são
consciências de níveis dimensionais mais simples,
cujo propósito na Dança Cósmica é gerir em seu
campo vibratório a dança dos Elementos, seu tra-
balho está intimamente ligado às formas elemen-
tais e angélicas de vida, o assunto é muito vasto
para ser tratado aqui, é suficiente que fique des-
tacada esta ligação com os Espíritos dos Elemen-
tos, os chamados Hayot Ha Kodesh ou os Quatro
Viventes):
12 Elohim Elementais vieram de Órion; 12 Elo-
him Elementais vieram de Altair; 12 Elohim E-
lementais vieram de Sírius; E 12 Elohim Elemen-
tais vieram de Vega de Lira.
110
Então, estes quatro grupos chegaram aqui entre
nós. Tanto meu povo quanto as outras Famílias
que estavam aqui começaram a organizar e a
impulsionar este processo de Fusão profunda
dos Elementos, para gerar os Vórtices que seri-
am o ancoramento dos Centros Planetários. Isso
foi, mais ou menos, um ciclo antes do processo
de fechamento. Naquele momento, doze Elohim
Elementais vieram de outro ponto do cosmos,
que não tinha uma ligação de Linhagem com
Gaia, mas que foram convocados, também, pela
Fonte, para fazer um serviço aqui. Estes doze
Elohim Elementais vieram da Nebulosa do Ca-
ranguejo (vide ‘Memórias Cósmicas’, no apêndice
deste livro). Então, estes outros doze que vieram
da Nebulosa, tinham um papel um pouco dife-
rente. Eles deviam criar o primeiro Vórtice a ser
estabelecido, que seria uma representação de
todos os Sete Centros. Estes doze Elohim Ele-
mentais da Nebulosa do Caranguejo, cujo povo
não pertence a este Universo Local, veio ao nos-
111
so encontro, à minha Família. E nós fomos in-
cumbidos de permitir a expressão de um Vórti-
ce, que hoje vocês conhecem como Ibez. Ibez foi
a primeira Cidade Intraterrena, que tinha o pa-
pel de acolher, em si, o Fogo Essencial de todos
os Sete Centros Planetários. Logo em seguida, a
partir de Ibez, Iberah surgiu como expressão de
Gaia, do Espírito Planetário, ancorando, em si, a
totalidade da Essência de Fogo daquele que vo-
cês conhecem como Metatron. Então, Ibez, desde
o principio, assumiu um papel de Reunificação,
de Fusão destes Fogos e, até este momento, Ibez
guarda para a consciência humana chaves de
Reunificação, vias de contato, através deste Fo-
go, com as Sete Faces de Gaia. Destes doze Elo-
him Elementais da Nebulosa que conosco cria-
ram este Vórtice de Ibez, seis se recolheram pa-
ra a Intraterra e seis foram incumbidos de per-
manecer na superfície e se submeter ao proces-
so de esquecimento. Durante os seis ciclos de
fechamento da Terra, cada um destes seis foram
112
se liberando, no entanto, dois permaneceram
para este último ciclo e para viver sua Liberação
neste último ciclo e, de certa forma, ancorar na
superfície a Vibração de Ibez como reunificação
dos Sete Fogos Originais. Estas duas Consciên-
cias ainda estão encarnadas, estão encarnadas
na superfície do planeta e estão acompanhando
o planeta na sua Translação. Bem, esses são al-
guns elementos históricos, que devem ser toma-
dos como referenciais apenas de aproximação
com a Essência de Ibez. Agora, eu gostaria de
iniciar o verdadeiro motivo destas Intervenções,
que é tratarmos de cada um destes aspectos.
113
Capítulo VIII
PRIMEIRO ASPECTO
O primeiro aspecto do Fogo de Ibez, que é muito
próximo da consciência humana, começa a agir
quando a consciência encarnada é abalada pela
primeira vez. À medida que a Consciência assu-
me uma alma no esquecimento e assume corpos
no esquecimento, à medida que a consciência vai
se aprofundando em sua expressão material, ela
vai, através da identificação com esses veículos,
criando zonas de conflito. O início desses pontos
de conflito se dá quando há identificação com a
mente. A mente é uma estrutura que só existe
aqui. Por ‘aqui’ eu me refiro à experiência de
esquecimento. Esta mente, por ser constituída
por uma matéria que se crê separada, é baseada
num mecanismo de separação e discriminação
de tudo o que chega ao campo de percepção.
Então, esta mente oferece à consciência ou sub-
mete a consciência a uma percepção separada,
mas mais do que isso, a uma constante discrimi-
114
nação dos elementos neste campo de percepção
e mesmo um julgamento. Ou seja, a consciência
identificada à mente, sempre fica a mercê de um
sistema dual de interpretação da realidade exte-
rior. Este sistema dual de interpretação da reali-
dade exterior começa a criar zonas de conflito
na expressão material da consciência, porque a
mente reafirma certas coisas como boas e outras
como más, mas logo em seguida, isso muda e
este próprio choque que a mente impõe à expe-
riência da consciência encarnada, este choque,
este fogo de atrito, gera zonas de conflito, que
vão sendo armazenadas, jogadas no subconsci-
ente ou neste campo coletivo da consciência
humana, e ali ficam se alimentando de cada
consciência que, também, interpreta este confli-
to. O primeiro aspecto do Fogo de Ibez vem aba-
lar, justamente, a identificação da consciência
com esta situação de interpretação dualitária da
realidade.
115
Então, a consciência encarnada, quando abalada
em seu âmago pela lembrança de sua Eternida-
de, começa a questionar certas identificações,
começa a questionar esse limite corporal ou a
sua redução a um ser humano, começa a questi-
onar o próprio funcionamento desta realidade
exterior. Este é o principio da ação deste Fogo
Essencial: é este questionamento da ordem das
coisas, este questionamento da própria limita-
ção. Mas, quando o Fogo de Ibez, este primeiro
aspecto, realmente, se revela na consciência, ele
se revela como Simplicidade. Esta Simplicidade
age na consciência no sentido de colocá-la como
uma testemunha da vida. Ao invés de se lançar à
experiência através da identificação, a consciên-
cia começa a se perceber e vai se recolhendo ou
recolhendo sua atenção, seu ponto de centra-
mento, para isto que vocês conhecem como ‘o
percebedor’ (nota: a raiz do Eu, a alma). Ela se
coloca nessa posição de simples percebedor da
vida, ou da realidade exterior, que é tudo o que
116
essa consciência conhece como vida. Isto gera
Simplicidade ou isto possibilita que a Simplici-
dade se expresse.
Então, para nossos irmãos que entrarão em con-
tato com essas informações, está aqui uma ori-
entação muito básica: comece a se colocar como
um simples observador da vida, questione os
seus limites, questione sua identificação com a
própria limitação, questione esta sua identifica-
ção com o personagem que você interpreta.
Compreenda que este questionamento ou esse
colocar-se como observador da vida não exige
de vocês qualquer conhecimento extraordinário.
Qualquer consciência que acredita ser ‘ser hu-
mano’ começa a viver isso sem conhecimento
nenhum. Para se colocar como observador da
vida não são necessários grandes conhecimen-
tos, não é necessário ter praticado esse conjunto
de fórmulas e de técnicas que lhes prometem
uma Liberação. Isso é um movimento muito
simples. É um movimento de silêncio, não um
117
silêncio austero, não um silêncio mortificante,
mas simplesmente o silêncio daqueles que sim-
plesmente observam a vida.
Este é o primeiro aspecto do Fogo de Ibez. É co-
locar a consciência como uma testemunha da
vida. E isto é muito simples, e isto também per-
mite que a Simplicidade de Aurora, que a Cura
Cósmica de Aurora, entre em ação. Porque
quando a consciência questiona esta sua identi-
ficação com o personagem ou com a realidade
exterior e se coloca como simples observador e
testemunha dessa realidade exterior, ela cria um
espaço vazio dentro da sua manifestação mate-
rial onde a Vibração de Aurora e daquele que
vocês conhecem como Arcanjo Rafael, vai entrar
em ação, para dissolver aqueles núcleos de con-
flito aos quais eu me referi. Esta Simplicidade,
então, vai atuar nestes conflitos mentais, de mo-
do que, a princípio, a consciência se portando
como testemunha da vida exterior, perceberá
que a mente, também, faz parte da realidade
118
exterior, que suas emoções também fazem parte
de uma realidade exterior; que ela, como teste-
munha da vida, está inclusive por detrás da pró-
pria mente. E se colocando apenas como teste-
munha disso que a realidade visível apresenta
ou esta realidade exterior que possa ser invisí-
vel, como as emoções e a mente também apre-
sentam, ela cria um espaço que possibilita a ação
de Aurora como Cura Cósmica.
A Cura Cósmica de Aurora, a Simplicidade de
Aurora não age, necessariamente, no sanar dos
males físicos, embora este possa ser um dos efei-
tos da cura de Aurora. A Cura Cósmica de Aurora
age sobre o grande mal da humanidade, se nós
podemos usar esta palavra, que provavelmente
pode ser interpretada negativamente pela men-
te, mas não entendam dessa forma. Este grande
mal é o esquecimento. Se a humanidade está
doente, ela está doente de uma única coisa: do
esquecimento, o esquecimento de Si. E é desse
esquecimento que todos os comportamentos
119
desequilibrados, como possam aparentar aos
olhos, claro, se originam. A Cura Cósmica de Au-
rora, então, vem sanar o esquecimento. E nesta
ação da Cura Cósmica de Aurora, como Simplici-
dade, a consciência tem sua Atenção e sua Inten-
ção centradas em sua Essência desconhecida. A
consciência ao questionar sua identificação com
o personagem exteriorizado, quando essa identi-
ficação começa a ser abalada por esse questio-
namento, outra coisa se apresenta à consciência,
que é um aroma de sua Essência desconhecida. E
esse aroma, que é a própria ação de Aurora, co-
meça a atrair a consciência para colocar sua A-
tenção e sua Intenção em seu próprio Interior,
intensificando, ainda mais, o processo de auto-
percepção. Nisto se baseia a Cura Cósmica de
Aurora. E, é claro que, quando a consciência co-
meça a colocar sua Atenção e sua Intenção em
seu próprio Centro, ou nisto que vocês chamam
de Coração, pode ser que as zonas de conflitos
que existam nos corpos desapareçam. Mas a
120
consciência, também, não se preocupa com isso.
A Atenção da consciência está em saborear esta
Essência Divina.
Bem, este é o primeiro aspecto do Fogo de Ibez.
É transmitir à consciência Simplicidade. Simpli-
cidade que é ser apenas um testemunho da vida,
não se envolver com os processos, achando que
controla as coisas, achando que tem o poder de
alterar as coisas. A consciência faz uma confian-
ça plena neste Princípio Inteligente, que ela per-
cebe ou do qual desconfia, pelos resultados que
são expressos, em como essa realidade exterior,
apesar de todos os desequilíbrios que são per-
cebidos pela mente, ainda assim, permanece
coesa. Isto significa que há um Princípio Inteli-
gente agindo. Há uma Dança que não se desvia
em seus passos. E a consciência, então, quando é
abalada pelo início de sua relembrança, se curva
diante deste Princípio Inteligente e confia nele
plenamente para guiar esta Dança.
121
Então, a Simplicidade, que é este primeiro as-
pecto do Fogo de Ibez, comunica à expressão
exterior desta consciência certa Paz. Porque
quando a consciência encarnada começa a colo-
car uma distância entre o que ela É e o que ela
acredita ser, e se porta como uma testemunha
da vida, mesmo essa expressão exterior é tingida
por esta Paz e começa a se colocar num estado
de Serenidade. E isto é da maior importância
para o aprofundamento deste Despertar, para o
aprofundamento da experiência do Fogo de Ibez
ou o Fogo do Coração.
Este primeiro aspecto do Fogo de Ibez tem uma
íntima ligação com o Centro Planetário que vo-
cês conhecem por Aurora. E aqui eu transmito
uma orientação de cunho prático para aqueles
que necessitam de uma forma concreta - isso
não é um julgamento, é apenas a circunstância
de cada consciência - para iniciar este alinha-
mento ou para aprofundar este contato com sua
própria Essência. Há uma Chave Mântrica de
122
contato com este primeiro aspecto com o Fogo
de Ibez - primeiro não no sentido de ordem,
sim? – que se traduz em Aurora. E esta Chave é:
Semekh-Rá.
Esta Chave Vibratória pode ser usada em seus
momentos de recolhimento, para se aprofundar
ou aproximar sua Fusão com o Fogo do Coração
que se expressa em Aurora, esta ligação de Ibez
com Aurora, que é esta Cura Cósmica e esta
Simplicidade. Vocês tem alguma questão a colo-
car a respeito de tudo isto que foi tratado?
Então, eu aqui, apenas reafirmo e coloco mais
uma vez para ficar gravado na memória daque-
les que entrarão em contato com isto, que o iní-
cio do alinhamento com sua própria Essência
começa quando vocês se colocam como teste-
munhas da vida, quando vocês decidem nada
ser, além de um espectador. Porque aí vocês a-
brem um espaço, um espaço de silêncio, para
que vocês fusionem com este Fogo do Coração.
Bem, se não há questões, então, eu vou me reti-
123
rar. Fiquem em Paz, fiquem neste Fogo do Cora-
ção. Sejam abençoados por Ibez. Até breve, Ir-
mãos. Fiquem em Paz.
124
Capítulo IX
SEGUNDO ASPECTO
Saudações, irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna
e venho do Retiro de Ibez para continuarmos
nosso passeio pelos Sete Aspectos do Fogo de
Ibez. Se vocês se recordam, em nosso último
encontro nós tratamos de um primeiro aspecto
do Fogo de Ibez, relacionado à Simplicidade,
relacionado, também, à posição de testemunha
que a consciência encarnada começa a assumir
quando este Fogo desperta nela e nela começa a
atuar. Seguindo esta mesma linha de raciocínio -
se é que existe alguma linha de raciocínio não é
mesmo? - nós podemos então dar um passo um
pouco mais profundo neste Fogo de Ibez, que é o
propósito de nossos encontros. Ibez vem se re-
velar na alma humana para despertar a posição
de testemunha da vida. À medida que a alma
assume esta posição de testemunha, à medida
que a consciência, na alma, assume esta posição
de testemunha, uma Lucidez se instala; uma Lu-
125
cidez que se aprofunda, progressivamente, à
medida que esta consciência vai se estabelecen-
do nesta posição de testemunha da vida. Então,
um processo muito lindo acontece na consciên-
cia encarnada. A distância que vai sendo coloca-
da entre o que a consciência é, realmente, em
encarnação, e isto que a realidade exterior apre-
senta, começa a criar a possibilidade de a cons-
ciência, na alma, se dar conta de que a alma não
é mais do que um véu, também. Um véu mais
sutil, mais leve para os sentidos, talvez. Mas a
alma não é a Realidade. A alma é uma estrutura
efêmera, criada para a experiência de encarna-
ção na matéria. A alma, portanto, não sabe como
se retirar, como se extrair, mesmo porque a al-
ma não se retira, a alma não se extrai do mundo
de encarnação. Na alma, a consciência vive o seu
próprio passo de Retorno ou de Reencontro. Na
alma, a consciência vive sua liberação de qual-
quer identidade.
126
Então, é neste ponto que o segundo aspecto do
Fogo de Ibez vem agir e interagir na consciência
encarnada e por esta palavra ‘encarnada’ eu
quero dizer apenas ‘ter uma alma’, quer essa
consciência esteja num corpo físico, quer esta
consciência esteja num corpo considerado sutil,
esta consciência, se tem uma alma, está encar-
nada, portanto. Então, na consciência encarnada,
esse aspecto do Fogo de Ibez vem propô-la En-
trega, vem propô-la um passo mais profundo
nesta Lucidez, que é a entrega da própria identi-
dade que a consciência, talvez, tenha descoberto
ao se distanciar do personagem exterior. Vamos
observar um pouco como esse processo se dá.
Quando a consciência se dá conta de que o per-
sonagem exterior não é nada mais que um refle-
xo deformado e completamente efêmero de si
mesma, que a matéria lhe dá a perceber, a cons-
ciência em encarnação se abre para uma reali-
dade, efêmera ainda, um pouco mais sutil que a
realidade do personagem. A consciência encar-
127
nada começa a acessar a alma, e nesse momento
pode ser uma experiência um tanto quanto de
maravilhamento, porque a alma com todas as
suas luzes, com todos os seus conhecimentos, é
um grande holofote de atração. E ali, então, a
consciência nesse período pode se fixar, o que é
claro, vai representar apenas mais uma resis-
tência a ser dissolvida. Quando eu digo que isso
pode representar uma resistência, não é no sen-
tido de que este seja um passo errado, mas sim
de que qualquer identificação com uma persona-
lidade, quer essa personalidade seja o ‘eu’, este
‘eu’ do personagem exterior, ou a identidade
anímica, qualquer identificação com a persona-
lidade, representa uma resistência à ação da Luz
Vibral. E ali a Luz Vibral vai agir para expor esta
identificação e dissolvê-la.
A consciência encarnada, então, neste nosso
passeio, agora descobriu a alma e tem acesso a
um conjunto de conhecimentos que ela conside-
ra mais amplos, um conjunto de níveis de atua-
128
ção que ela considera serem mais amplos que o
personagem exterior. Isso produz um maravi-
lhamento na consciência encarnada. Este mara-
vilhamento pode levar a alma a se fixar naquele
reino, pode levar a consciência, de novo, a se
fixar naquele reino enquanto ela explora aquele
conjunto de conhecimentos e sua aplicação, que
só pode se dar em relação ao próprio humano.
Nesse ponto se a consciência se abre para o Des-
conhecido – e em um momento ou outro todas
as consciências se abrirão - ela começa a prati-
car aquela mesma Lucidez, aquele mesmo dis-
tanciamento e aquela mesma posição de teste-
munha, também, em relação à experiência da
alma. Por experiências da alma, eu me refiro ao
conjunto de experiências que vocês acreditam
estar fazendo num plano sutil, quer seja esse
plano sutil, o plano dos desencarnados, ou as-
tral, como vocês chamam, ou ainda o conjunto
de conhecimentos que vocês consideram que
tem algum poder para afetar o Espírito. Isto tu-
129
do é uma grande ilusão. Isto tudo está dentro
daquele bojo que nós chamamos Ilusão Luciferi-
ana. De novo, a forma de a consciência em en-
carnação se desvencilhar de tudo isso é se posi-
cionando, mais uma vez, como testemunha disto
que está sendo experienciado. Ali não cabe ne-
nhuma posição de confronto. Ali não cabe ne-
nhuma posição de combate. Ali não cabe ne-
nhuma posição de instrutor, instruído, vitima ou
salvador. Não é papel de vocês agirem nessas
consciências para, à força, lhes tirar daquela
percepção, compreendem? Tampouco, será o
papel da consciência agir ali através de qualquer
repressão ou de qualquer constrangimento. Ali,
a consciência, mais uma vez, deve se posicionar
como testemunha.
Então, quaisquer que sejam os poderes da alma
aos quais a consciência em encarnação teve a-
cesso - quer isto seja da ordem destas percep-
ções do 3º olho, como vocês chamam, ou estas
percepções sensitivas, que se referem sempre a
130
um plano invisível desta realidade - ali cabe à
consciência em encarnação ser apenas uma tes-
temunha disto que acontece. E à medida que se
coloca como uma testemunha, fazer a entrega da
própria alma. Este elemento da entrega da pró-
pria alma é o Fogo de Ibez agindo através do
Centro Planetário de Aimerã.
Aimerã, este Centro Planetário que ancora ple-
namente a Vibração do Arcanjo Jofiel, tem em
sua campânula vibratória, a função de executar a
revelação à alma. Por revelação à alma, eu quero
dizer que a consciência em encarnação tem a
plena Lucidez de que, também a alma é um veí-
culo frágil. A alma não é eterna. A alma é mortal.
A alma é apenas mais um veículo e um véu usa-
do nesta experiência, que serve de polo para a
encarnação e as sucessivas encarnações. Mas
também, é a morada, é o espaço onde ocorre
uma Transubstanciação maravilhosa, onde ocor-
re a Crucificação. A Crucificação é quando a
consciência em encarnação aceita nada ser e faz
131
a entrega completa de todos os níveis de sua
expressão material - desde a alma até o corpo
físico - a este Desconhecido, a este Princípio In-
teligente, que ela já começou a perceber atuando
no fluxo da vida. Esta entrega vai sendo apro-
fundada à medida que o Fogo de Ibez, através de
Aimerã, vai agindo na consciência. Esta entrega,
então, vai se tornando cada vez mais profunda. E
à medida que vai se tornando profunda, as mor-
tes e os lutos por estas mortes começam a acon-
tecer. Lembrem-se que num primeiro momento,
que nós tratamos anteriormente, em nosso últi-
mo encontro, eu não me referi a estas mortes. Eu
falei que uma Paz era instalada, mesmo na ex-
pressão exterior do personagem. Agora, pode
ser que neste momento em que este Fogo atua
mais intensamente e chama aquela consciência à
entrega total, as mortes comecem a acontecer e
na experiência exterior parece que está tudo
uma bagunça, porque a vida vai traduzir estas
dissoluções de identificação através de situações
132
que podem ser consideradas dolorosas, quer
isto seja uma situação exterior, como o desvenci-
lhamento de algumas estruturas sociais, institui-
ções caducas desta humanidade, como também,
situações que se instalam apenas interiormente.
Sem nenhum motivo aparente, os laços come-
çam a se desfazer. Pode ser que a consciência em
encarnação, ainda dormindo a respeito de mui-
tos de seus aspectos interiores, vá querer colo-
car ali certo esforço para manter esses laços.
Bem, isso pode durar mais ou menos tempo de
acordo com o caminho de cada consciência, mas
em mais ou menos tempo esses laços são desfei-
tos e tão mais facilmente eles serão desfeitos
quanto a consciência fizer a entrega de todos
esses laços. E a entrega de tudo isto é suportada
por esta Vibração de Aimerã, por esta Vibração
do Arcanjo Jofiel.
À medida que cada luto vai sendo feito, um gozo
e uma alegria vão se instalando e vão sendo vi-
vidos pela consciência. À medida que cada peso
133
é deixado no caminho, a consciência experimen-
ta uma leveza mais profunda, um gozo mais pro-
fundo e um sabor de sua verdadeira Liberdade
que a inebriam. E, de novo, aquela atração pela
Unidade começa a ser vivida mais firmemente,
de modo que esta atração vai se transformar na
verdadeira devoção, como impulsionada por
Aimerã. Esta devoção nada tem dos elementos
emocionais vividos pela humanidade. Nada tem
dessas colorações sentimentalistas que, geral-
mente, os humanos direcionam aos seus ideais
religiosos, aos seus ideais políticos, afetivos e o
que quer que seja. Essa devoção é uma entrega
profunda da consciência ao Desconhecido. Uma
entrega de tudo o que ela conhece - desde a rea-
lidade física exterior até a realidade interior da
alma - neste Fogo para ser siderado. Bem, este
momento é vivido, pontualmente, por lutos. Mas
a cada luto que é feito, este gozo vai se instalan-
do. Esta entrega lança raízes mais profundas. E
esta devoção, que inebria a consciência e a atrai
134
ao seu próprio centro, vai sendo vivida mais
profundamente. Esta atração é, também, um e-
lemento vigente na realidade dissociada. No en-
tanto, este elemento da atração distorcido é vi-
vido sempre em direção a objetos exteriores, a
conhecimentos exteriores, mesmo que esse co-
nhecimento venha se transvestir de uma reali-
dade interior. Esta atração vai sempre em dire-
ção ao que os sentidos lhes dão a experimentar.
E quando esta devoção se instala, essa atração é
colocada em seu verdadeiro lugar.
Vocês têm, em seu corpo, a representação desse
mecanismo. Aqui, do lado esquerdo, na região
do abdômen, numa parte mais superior, há um
núcleo ligado ao baço o qual vocês têm por no-
me ‘Atração’. É uma das portas interdimensio-
nais. Na dissociação esta atração sempre vai em
direção à ‘Visão’, que está localizada no lado o-
posto, no lado direito e é ligada ao fígado, a Mo-
rada da alma. Este eixo, então, fecha a própria
alma numa sede, num desejo de experiências
135
intermináveis. Quando este Fogo de Ibez, este
Fogo do Coração, começa a ser percebido em seu
segundo aspecto, esta atração não vai mais em
direção à ‘Visão’. E essa atração, então, é coloca-
da em seu eixo original, em seu corpo, que vai
desde a Profundidade do Espírito até a própria
Unidade. Esta atração é vivida neste eixo que
vem desde a ‘Profundidade’, nesta região que
vocês chamam de virilha esquerda, ali há uma
Porta que se chama ‘Profundidade’, até à Unida-
de, na região esquerda do peito, acima do mami-
lo esquerdo, ali há a Porta que se chama ‘Unida-
de’. Então, vocês percebem que este segundo
aspecto do Fogo de Ibez vem agir na consciência
para fazê-la viver uma profunda atração à Uni-
dade. Compreendem? Este é um processo muito
lindo.
Apesar dos lutos que permeiam este momento
que a consciência vive, também uma Alegria vai
se instalando e vai sendo vivida porque a cons-
ciência começa a entrar dentro desta Campânula
136
Vibratória de Aimerã, onde a consciência come-
ça a receber a revelação de sua Eternidade. A
consciência, ali, começa a tocar o Si, sua identi-
dade cósmica, e à medida que essa identidade
cósmica vai sendo vivida, vai ficando cada vez
mais fácil de fazer estes lutos, de cortar estes
laços, porque a consciência, ali, tem outro ponto
onde se apoiar neste caminho. Ela vai desco-
brindo e vivendo aspectos multidimensionais de
sua realidade, de modo que vai ficando mais fácil
fazer um luto destas coisas efêmeras que consti-
tuem sua identidade exterior e efêmera. Bem,
então, nós podemos resumir este segundo as-
pecto do Fogo de Ibez, na própria Vibração de
Aimerã, que é entrega e revelação à alma, e tam-
bém a Verdadeira Devoção. Para aqueles que se
veem neste ponto, minha orientação e a de meus
Irmãos Anciões de Ibez, é que vocês afirmem,
ainda mais, sua posição de testemunha da vida e
entreguem tudo isto que vocês estão a testemu-
nhar. Entreguem a si mesmos, se vocês ainda
137
acreditam ser esta alma e este corpo. Entreguem
tudo ao Desconhecido, ao Fogo Sagrado da Fon-
te, que é o seu Coração. E percebam aí esta de-
voção e como esta chama, aparentemente pe-
quena, começa a despertar e a se elevar para
consumir tudo isto que é efêmero.
Há uma Chave Vibratória que os faz se aproxi-
mar, se vocês precisam destas bengalas; não
num sentido negativo, mas apenas porque al-
gumas estruturas humanas necessitam de al-
guns pontos para fixar a atenção. A Chave Vibra-
tória, ligada a este segundo aspecto de Ibez é:
“Aimerã”.
O mesmo nome do Centro Planetário que, recen-
temente, nesta Rede, foi corrigido, porque o ou-
tro nome deste Centro Planetário que foi conhe-
cido por alguns grupos ligados ao trabalho Intra-
terreno ainda era uma chave distorcida, devido a
alguns acontecimentos que não são do nosso
interesse tratar, mas que foram ligados à inter-
venção dos Annunakis, na antiga Suméria, este
138
lugar ou esta civilização, que foi também cons-
truída sob a guardianagem de Aimerã.
Bem, esta é a Chave Vibratória: Aimerã. Em seus
momentos de alinhamentos e de silêncio, esta
Chave pode ser usada para reafirmar sua Entre-
ga e a verdadeira Devoção. Vocês tem algum
questionamento a respeito disso que foi tratado?
Participante: Sobre o que foi falado ontem,
você falou do Fogo que está vindo do Sol, do
Céu e dos nossos Corações, também. E esse
Fogo que está saindo dos nossos Corações é
que vai ajudar, também, a fazer todo esse
trabalho, é isso?
Varuna: Bem, este Fogo que sai do Coração de
cada irmão e irmã, que começa a se estabelecer
por essa Lucidez, é o mesmo Fogo que vem do
Céu. Este Fogo que é vivido em seu Coração não
é vivido com o objetivo de ajudar o que quer que
seja, porque nada aqui precisa de ajuda, não há
nada aqui que não seja plenamente perfeito e
não esteja sendo plenamente amparado pelas
139
mãos da Fonte Una. Então, este Fogo que vem do
Céu e que encontra a sua tradução mais verda-
deira em seu próprio Coração, é a própria vivên-
cia de sua realidade cósmica. E é este Fogo, tam-
bém, quando ele se misturar a esta Onda da Vida
que sobe pelo seu corpo, é que lhe permite se
dissolver no Absoluto, que é a única Realidade,
para além de qualquer realidade.
Participante: Quando você comentou da alma
que fica presa ‘aqui’ (nota: porta da Visão), a
forma de liberar essa alma é fazendo a liga-
ção deste ‘ponto’ com este aqui em cima (no-
ta: porta Alfa, no lado direto do peito, acima
do mamilo)?
Varuna: Não. Isso só é a tradução no corpo.
Compreendam. A alma não é liberada como vo-
cês entendem. É a consciência na alma que está
identificada ao processo de ‘Atração/Visão’.
Bem, no corpo vocês têm a representação de
todos esses mecanismos. Você pode até usar
este ponto, ou estes pontos, como uma forma de
140
colocar a atenção para impulsionar, ainda mais,
o processo que é vivido na consciência. Mas é o
processo que é vivido na consciência, e que vai
se traduzir vibratoriamente na sua estrutura, é
que é o importante. Então, não é ficar ligando
pontinho a pontinho no corpo, é realmente viver
uma profunda atração pela Unidade. E em seus
momentos de alinhamento, para reforçar ou im-
primir isto em sua consciência de vigília, vocês
tem aí todas estas ferramentas disponíveis, quer
sejam estas técnicas, estes Pontos, estas Chaves
Vibratórias, para levar a sua mente a colocar a
atenção sobre isso e fazer sua própria rendição
progressiva à verdadeira Realidade. Bem, não
existem passes de mágica. Esse processo da
consciência se revela e se imprime vibratoria-
mente sobre a sua estrutura física, mas vocês
não podem pular as etapas de viver isso em sua
consciência, de encarnar tudo isto, plenamente,
em sua consciência. Porque senão vocês vão
continuar acreditando que ritos, rituais, peni-
141
tências, podem lhes garantir uma salvação. Nós
não estamos falando de salvação. Nós estamos
falando da revelação da única realidade que vo-
cês sempre conheceram, porque esta irrealidade
vocês não conhecem. Então, isto não é uma sal-
vação, não é um fazer, não é nem mesmo um
caminho, apesar de esta palavra ter sido usada
aqui. É realmente um Reencontro, uma retoma-
da da Lucidez. Vocês tem mais alguma questão a
apresentar irmãos? Não? Então eu lhes deixo
por hoje e reafirmo entre vocês: Aimerã, revela-
ção à alma, entrega, profunda atração à Unidade.
Fiquem em Paz.
Sejam abençoados pela sua própria Fonte Inte-
rior. Até breve.
142
Capítulo X
TERCEIRO ASPECTO
Saudações irmãos e irmãs da humanidade. Eu
me chamo Varuna e venho representando o Cír-
culo de Anciões do Retiro de Ibez para aprofun-
dar ainda mais nosso contato, seu contato co-
nosco, nestes Sete Aspectos do Fogo de Ibez, o
Fogo da Ascensão, o Fogo da Liberação. Talvez
vocês recordem – se sua estrutura mental ainda
permitir, não é mesmo? - que ontem nós demos
um passo a mais, entramos um pouco mais pro-
fundamente, no processo da alma e da consciên-
cia encarnada, neste Fogo de Ibez. Nós desen-
volvemos com vocês esse segundo aspecto do
Fogo de Ibez, que tem sua representação, ou
melhor, sua encarnação total, no Centro Planetá-
rio Aimerã. Então, nesta nossa caminhada, to-
mando essa palavra puramente relativamente, a
alma aqui se encontra num processo de Rever-
são. A consciência na alma, antes voltada apenas
para a vida do corpo, apenas para a realidade
143
exterior, agora começa a se voltar para o Espíri-
to, para esta realidade desconhecida da consci-
ência em encarnação. Neste momento a entrega
se aprofunda, a entrega total de tudo o que é
conhecido se torna um elemento norteador da
consciência, orientador da sua expressão nesta
realidade exterior. E desta entrega, desta revela-
ção à alma de sua efemeridade, então surge uma
chama - lembram que eu me referi à chama que
surge - e que é a verdadeira Devoção. Esta atra-
ção, que agora é voltada para a Unidade e não
para a profundidade humana, a profundidade da
mente humana, mas para a Profundez do Espíri-
to, esta Inocência e esta Infância. Este é o mo-
mento mais adequado, então, para a revelação
do terceiro aspecto do Fogo de Ibez. Este tercei-
ro aspecto do Fogo de Ibez encarna-se e se ex-
pressa no Centro Planetário que vocês conhe-
cem pelo nome de Mirna Jad.
Mirna Jad expressa esse aspecto do Fogo de Ibez
da maneira que vocês perceberão no decorrer
144
da nossa conversa. Percebam, então, a consciên-
cia encarnada, agora, tem certa Lucidez a respei-
to do aspecto efêmero, passageiro e ilusório da
experiência de encarnação neste planeta, da en-
carnação nessa experiência dualitária. A consci-
ência em encarnação tem já certa Lucidez a res-
peito do conteúdo ilusório do que os sentidos
lhe dão a perceber, e quando ela foi tocada pelo
segundo aspecto do Fogo de Ibez, a consciência
em encarnação também reconheceu a fragilida-
de da própria alma, reconheceu os mecanismos
que foram desviados na alma, o que leva a alma
a um mecanismo constante de atração pelo que
é visto, impulsionando-a a descer sucessivamen-
te na matéria, constituir um corpo físico, basea-
do em crenças como carma, como evolução e
expiação do pecado para a salvação. Quando a
consciência é tocada, ou ver nascer em seu inte-
rior esta Devoção - este Fogo de atração à Uni-
dade - a consciência começa a tomar uma Luci-
dez de sua própria Pureza Essencial, que jamais
145
foi tocada por qualquer experiência feita na en-
carnação. Percebam. A sua consciência, vocês
como seres reais, são eternamente Puros e Per-
feitos, sem mácula e Eternos. O mesmo não se
pode dizer de sua expressa material, que essa
expressão material seja de um nível sutil ou o
que vocês chamam de um nível grosseiro. Neste
momento, então, em que a consciência em en-
carnação, é tocada por este Fogo de Unidade e
reafirma a sua entrega total à sua própria Essên-
cia, se revela algo maravilhoso. Bem, ‘maravilho-
so’ é uma palavra que nós vamos usar constan-
temente nessas conversas, porque todo o pro-
cesso de Despertar da consciência é maravilho-
so, é uma coisa muito bela, é o desabrochar de
uma flor que sempre conteve em si a imagem da
perfeição.
Este terceiro aspecto de Mirna Jad, na consciên-
cia em encarnação, vem lhe proporcionar o ver-
dadeiro contato. Não antes que a consciência
em encarnação tenha reafirmado a sua entrega à
146
sua Essência e reconhecido a ignorância da alma
e da mente, uma ignorância completa da reali-
dade, não antes, um verdadeiro contato se esta-
belece. É nos momentos em que a consciência se
torna ignorante de tudo que o Espírito pode se
revelar nela, para lhe dar a conhecer um aspecto
mais interior de sua Essência.
Neste momento Mirna Jad entra em ação. O Fogo
de Ibez, em Mirna Jad, começa a atuar. Esta en-
trega, então, é a Lucidez da consciência em en-
carnação, de que a realidade exterior é efêmera
e, portanto, ilusória, de que o conhecimento
mental nunca será capaz de conduzir a liberação
e de que o conhecimento da alma constitui ape-
nas mais uma ilusão e uma armadilha. E aqui é
interessante que vocês aceitem ou tentem, pelo
menos, perceber que tudo o que vocês conhe-
cem que se refere à atuação nesta matriz, é um
conhecimento ilusório. Todo conhecimento é,
por essência, ilusório e perigoso. Quando eu digo
que é perigoso, é porque o conhecimento, aqui,
147
como tudo o mais, possui esses dois aspectos, e a
consciência que ainda está, em certo grau, presa
da percepção separada, vai lidar com esse co-
nhecimento, sujeito a esses dois aspectos. Certo
aspecto do conhecimento pode conduzir a cons-
ciência encarnada, através de uma compreensão
mental, a se aproximar deste estado ou deste
ponto onde ela faz a entrega. Mas se naquele
momento a identificação ao conhecimento per-
siste, este mesmo conhecimento tende a bloque-
ar a entrega que precisa ser feita. De novo, den-
tro do fluxo, isto tudo está perfeitamente corre-
to. Mais ou menos horas esta entrega será feita,
com maior ou menor grau de sofrimento, de a-
cordo com a identificação a esse conhecimento.
A consciência aí está vivendo esta Entrega e esta
atração pela Unidade. Aí, ela fez o luto do con-
trole. Ela fez o luto de seu livre arbítrio, da ilu-
são da escolha. Aí ela se entrega à sua própria
Essência e se permite ser guiada. Aí é que o Fogo
de Mirna Jad começa a atuar. Algumas palavras
148
se fazem necessárias sobre o papel de Mirna Jad
ligado à Consciência Arcangélica Gabriel em re-
lação à humanidade em Ascensão.
Mirna Jad representa, para esta humanidade, a
expressão da Vontade do Pai. Como talvez vocês
saibam, à medida que as consciências em encar-
nação vão despertando para certo grau de reali-
dade, elas vão estabelecendo conexões de conta-
to por afinidades que constituem as chamadas
Redes de Consciências Despertas. Estas Redes
são alimentadas e impulsionadas diretamente
por Mirna Jad. Mirna Jad transmite a estes gru-
pos de consciências impulsos para a sua mani-
festação enquanto caminhando neste processo
de Reunificação. Mirna Jad, então, representa,
para estes grupos de consciências despertas, a
Vontade do Pai, ou o Impulso da Fonte. Neste
momento de entrega, a consciência em encarna-
ção passa a receber seus impulsos de outro pon-
to, que não vem mais da alma, ou não somente
mais da alma, mas especialmente do Espírito, de
149
sua Essência pura e perfeita, interior. Isto tudo
acontece nesta faixa vibratória, que é o Centro
Planetário de Mirna Jad.
Então, essa consciência em encarnação começa a
ser guiada, completamente, por estes impulsos
interiores à medida que ela vai silenciando todo
o desejo. Percebam, todo o desejo. Todo o dese-
jo vai sendo silenciado e à medida que esse de-
sejo vai sendo silenciado, a consciência vive uma
entrega cada vez mais profunda aos seus impul-
sos interiores. Agora, percebam, esses desejos
dos quais eu falo, são os desejos ligados a qual-
quer afã de espiritualidade, a qualquer afã de
uma realidade desconhecida, porque é obvio que
os desejos vão continuar se manifestando em
direção às coisas humanas. Aí também a consci-
ência se portará com muita Clareza e muita Lu-
cidez, não se deixando envolver ou cegar por
esses desejos, mas conduzindo-os da maneira
mais exata, que vai ser sempre centrada neste
abandono, nesta entrega. Mas esses desejos de
150
uma ascensão, de uma salvação, de uma evolu-
ção silenciaram na consciência. Ela já reconhece
sua Essência perfeita e a ela está entregue. Então
ela está como uma servidora, como um verda-
deiro servidor, de sua própria Essência, enquan-
to em encarnação, acolhendo os impulsos que se
manifestam e confiando plenamente na vida
para a concretização destes impulsos. Dentro do
contato com estes impulsos, podem surgir, tam-
bém, se isto estiver no caminho de cada consci-
ência, isto que vocês chamam de Contatos Mul-
tidimensionais, pode ser que naquele momento
as consciências comecem a ser visitadas por Ir-
mãos e Irmãs que estão no estado de Unificação.
Então toda esta ordem de contato acontece
quando essa Entrega se instalou em certo ponto
e um silêncio e uma Paz se fizeram viver na
consciência.
Bem, este terceiro aspecto do Fogo de Ibez vem
trazer alguns elementos muitos práticos, tam-
bém, à vivencia da consciência em encarnação. O
151
primeiro deles é o estado de Contemplação, que
passa a ser vivido pela consciência em encarna-
ção. A consciência centrada nesta entrega e na
vivência desta Devoção, e na obediência aos im-
pulsos interiores, passa a entrar num estado de
Contemplação. Esse estado de Contemplação é
uma abertura e uma receptividade àquilo que
vem do interior, ou uma abertura e receptivida-
de ao próprio Desconhecido. Isto é contempla-
ção. A contemplação pode ter dois aspectos. Um
aspecto exterior, que vai ser um passo mais pro-
fundo naquela posição de testemunha da vida,
em que a consciência se coloca como testemu-
nha da vida e quando é tocada por este terceiro
aspecto, ela usa qualquer dos elementos que
esteja no cenário para Contemplação. Esta con-
templação exterior se dá, com grande efeito, em
seus contatos com a Natureza, quer seja com os
vegetais, os animais, os minerais, os elementos
em geral, que constituem esta realidade exterior.
Aí a Contemplação é vivida exteriormente, com-
152
preende? Vocês se colocam diante daquele ele-
mento em silêncio, intencionando um contato
com uma realidade por detrás da aparência, sem
nenhum desejo, sem nenhuma maquinação
mental. Apenas se colocar diante disso em silên-
cio, em abertura, em comunhão. Este e o primei-
ro aspecto que é exterior da contemplação.
O aspecto interior da Contemplação é outro e-
lemento bastante ativo neste Fogo de Mirna Jad
e a ele nós damos o nome de Reverência. Perce-
bam, esta reverencia não é a posição religiosa
que os humanos geralmente cultivam em suas
ideias espiritualistas. Esta Rever-Ência é rever
sua Essência, é se voltar para a sua Essência e
permanecer ali em abertura e receptividade a
esta Essência. De modo que um aspecto da con-
templação se instala exteriormente, que é o a-
profundamento desta posição de testemunha da
vida, mas agora vendo ali nesta expressão exte-
rior da vida elementos de comunhão e de interi-
orização. E o outro aspecto, que é interior, desta
153
Contemplação é a Reverencia, que é um voltar-
se para o interior, um voltar-se para a própria
Essência, em abertura e receptividade.
Neste voltar-se para a Essência, neste voltar-se
para este Desconhecido, em abertura e recepti-
vidade, a consciência, então, vive cada vez mais
profundamente estes estados inabituais, em que
ela experimenta uma deslocalização da realida-
de conhecida para um modo de funcionamento
que é, para a personalidade, completamente
desconhecido, que para a mente é completamen-
te incompreensível. Esta realidade, ou esta des-
localização da realidade conhecida e o acesso a
uma realidade desconhecida pela mente, vai
sendo vivida cada vez mais profundamente, às
vezes de maneira progressiva, suave, e às vezes
de maneira muito violenta. É neste ponto que
certo conjunto de marcadores vibratórios no
corpo começa a surgir.
Esta que vocês chamam de Coroa da Cabeça,
essa estrutura de 12 pontos na cabeça ligados ao
154
Coração, têm seu inicio de ativação lá no primei-
ro aspecto do Fogo de Ibez, no contato com Au-
rora. Aurora guarda as Chaves de impulsiona-
mento de ativação da Coroa da Cabeça. Neste
ponto em que vocês são tocados pelo Fogo de
Mirna Jad, essa estrutura vibratória na cabeça,
começa a se refletir aqui no corpo, nestes mar-
cadores físicos, na área do tórax, e aí vocês co-
meçam a ampliar as primeiras percepções vibra-
tórias do Coração. Algo que vai ser aprofundado
à medida que nós formos caminhando neste
processo de interiorização. Bem, ficou claro este
terceiro aspecto de Ibez?
A consciência em encarnação, vivendo já em cer-
to grau de entrega, começa a ser tocada por este
Fogo e ela começa a viver um alinhamento com
os impulsos interiores, uma obediência a esses
impulsos interiores e vai vivendo estes dois as-
pectos da Contemplação: um exterior, que con-
siste na comunhão com os elementos desta pai-
sagem; e outro interior, que é a Reverencia ou a
155
abertura à própria Essência. Vocês tem alguma
questão a apresentar com relação a isto? Não?
Este aspecto do Fogo de Ibez em Mirna Jad tem
por Chave Vibratória para seu alinhamento, o
seguinte termo: “Meruêni”.
Vocês podem, então, se utilizar deste termo para
seus momentos de alinhamento e de recolhi-
mento, para uma Comunhão com este aspecto
do Fogo de Ibez, que é a Reverência, voltar-se
para a sua Essência, e a Contemplação. Então, eu
quero apenas reafirmar um pouco mais o papel
do silêncio e do recolhimento neste ponto.
Meu Irmão Essobí, que é um dos Anciãos dessa
Cidade Intraterrena de Mirna Jad, tratou com
vocês desses dois aspectos do contato com Mir-
na Jad. O silêncio, eu reafirmo mais uma vez, não
depende de suas circunstancias exteriores. O
silêncio pode ser vivido mesmo em meio à ba-
derna do mundo, quando apenas vocês decidem
não de envolver com ela, não dar atenção às
convulsões que hoje se desenrolam no mundo. E
156
o recolhimento é este mesmo processo, que
permite com que esse silêncio surja, que é uma
interiorização, um voltar-se para seu próprio
interior, estabelecendo aí, mais firmemente, a
Paz. A Paz é sua Essência, também. E a Paz co-
meça a se instalar completamente, mesmo em
sua expressão exterior, quando a alma faz esta
reversão em direção ao Espírito. Aprofundam-se
nesta Paz. Esta Paz é o primeiro elemento que
vocês encontram ao despertar e vai ser o último
elemento no qual sua individualidade será dis-
solvida, pois esta Paz, esta Morada da Paz Su-
prema, é a presença última que precede sua Dis-
solução no Absoluto. Então, afirmem esta Paz e
cultivem esta Paz.
157
Capítulo XI
QUARTO ASPECTO
Saudações, irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna
e sou um dos Anciões do Retiro Intraterreno de
Ibez. Eu retorno, então, nestes dias, para conti-
nuarmos nosso caminho através dos aspectos do
Fogo de Ibez, o Fogo da Ascensão. Ontem, nós
demos um passo mais profundo, nesse Fogo de
Ibez, em seu aspecto que se revela em Mirna Jad.
Vamos continuar, então, acompanhando o pro-
cesso da consciência, na alma, em contato com
este Fogo de Ibez. Segundo ontem nós conver-
samos, a consciência em encarnação, a partir
daquela Entrega e da Devoção verdadeira que
nasce, que é percebida e vivida, desemboca nes-
te terceiro aspecto do Fogo de Ibez, que vai se
revelar como uma Contemplação, em seu aspec-
to exterior, de Comunhão com todos os elemen-
tos deste cenário, ou de utilização de um ou ou-
tro elemento deste cenário para a Comunhão,
através desta Contemplação; e um aspecto inte-
158
rior, que é a própria Reverência, que é estar vol-
tado para a Essência, em abertura e receptivida-
de. Hoje nós vamos mergulhar, se assim vocês
estiverem disponíveis, no quarto aspecto do Fo-
go de Ibez, que é representado por aquele Cen-
tro Planetário que vocês conhecem pelo nome
de Erks.
A consciência, em encarnação, quando se volta
para a sua Essência Divina, passa a perceber ou
a viver a ativação deste quarto aspecto do Fogo
de Ibez, que se revela através do Centro Planetá-
rio Erks. A ação deste Fogo é uma resposta à
Reverência da consciência. Se a Reverência é a
consciência em encarnação se voltar à Essência,
a ação de Erks é uma resposta a essa Reverência,
uma resposta que vai se traduzir na experiência
pela ativação da Coroa do Coração, destas estru-
turas vibratórias, que porão em vibração o ver-
dadeiro Coração Irradiante. A resposta de Erks à
consciência reverente vai se traduzir como Fu-
são. Fusão, num primeiro momento, com algo
159
que não se sabe o que é. Simplesmente um esta-
do de Fusão que passa a ser vivido com este
Desconhecido, e à medida que esta Fusão vai se
instalando, a consciência em encarnação desper-
ta para a sua Realidade Cósmica.
Aqui cabe, de novo, um referencial histórico,
puramente relativo.
Há alguns ciclos atrás, considerando que haja
um tempo linear, eu lhes disse que mais de 300
famílias cósmica faziam a experiência na Terra
Unificada. E que quando o Sino Cósmico soou
dando sinal de que a Terra estava já quase pron-
ta para iniciar seu processo de sacrifício, para a
experiência do esquecimento, muitos Irmãos
que estavam na superfície se encaminharam
para a Intraterra e ali começaram a criar, ou
manifestar, ou expressar, estruturas que ancora-
riam a Vibração destes Centros Planetários, des-
tes aspectos da Consciência de Gaia, de modo a
manter uma ligação constante e firme com a U-
nidade. Destes Centros Planetários, um deles
160
representa a memória completa ou a Memória
Cósmica da consciência, um destes Centros
guarda a Chave da Fusão e do acesso ao Corpo
de Seidade ou Corpo de Existência. Este Centro
Planetário, então, foi constituído por um repre-
sentante de cada uma destas Famílias Cósmicas
que faziam experiência no planeta. Este Centro
Planetário, hoje, vocês conhecem pelo nome de
Erks, que é a tradução, na Consciência Intrater-
rena, da Grande Irmandade Cósmica, da Fusão
que é vivida livremente pela Consciência Unifi-
cada, da Unidade que é a única realidade que é
vivida pela consciência, quando ela está de posse
de sua Lucidez. Então, Erks, hoje, para esta hu-
manidade de superfície, continua representando
estas mesmas coisas. É essa Fusão que vem em
resposta à consciência reverente, ou seja, a
consciência voltada para a sua Essência. É Fusão,
primeiramente, apenas com um Desconhecido. E
à medida que essa Fusão vai sendo vivida, a
consciência contata a sua própria Origem. Isso
161
não necessariamente se traduz por um conhe-
cimento intelectual, por nomes, por palavras,
mas sim de um sentido de Unidade completa,
um sentido de Retorno para Casa. Estas palavras
traduzem o que, na sua experiência, seria o mais
próximo disso, mas a vivência desta Fusão com a
Fonte, com a sua Origem Cósmica Estelar, é algo
que transcende qualquer uma de suas experiên-
cias humanas, por mais tingidas de um elemento
sentimental, que possa haver. Esta Fusão com a
própria Origem representa um marco no bascu-
lamento da consciência, porque a partir deste
ponto, fica inegável, para a consciência em en-
carnação, qualquer estado que não seja o de U-
nidade. A consciência, ali, vive profundamente
um sentido de integração com a própria Vida.
Ali, a consciência vislumbra pela primeira vez
dentro do esquecimento, claro, o que realmente
representa Ser a Fonte, o que realmente repre-
senta o estado Unificado de Consciência. E há
marcadores Vibratórios, como eu disse, esta es-
162
trutura que se situa aí no tórax, ou que tem uma
representação nesta área do corpo, começa a
vibrar intensamente, dando à consciência viver
estados profundamente incomuns, de deslocali-
zação, e uma posterior multilocalização. Essa
deslocalização passa a ser vivida como uma loca-
lização numa outra forma de funcionamento,
que pode se traduzir pelo acesso ao Corpo de
Existência, pelos contatos com a sua Família Es-
telar, ou outros Irmãos que cercam este planeta,
neste momento, e também a Fusão com seus
irmãos e irmãs em encarnação que também
despertaram em si a consciência de Unidade.
Esta Fusão é um processo muito lindo, maravi-
lhoso, utilizando novamente esta palavra. Por-
que esta Fusão é como um Grande Respiro, uma
Grande Respiração da consciência, após um
grande sono. Ali, ela é abalada de seu sono. Ali,
ela é abalada de toda memória que faz parte
desta experiência de ilusão. Nos primeiros as-
pectos deste Fogo, isso começa a ser vivido, e
163
aqui é interessante lembrá-lo de que estes as-
pectos não são vividos de maneira linear, não
necessariamente. Estes aspectos podem estar
em atuação simultânea aí. Mas a atuação daque-
les três primeiros aspectos vem abalar a identi-
ficação da consciência com a realidade exterior.
A partir deste quarto aspecto, a consciência pas-
sa a viver a Realidade Interior. Uma realidade
interior, que fique bem claro, não tem nada a ver
com a realidade da alma - compreendendo a rea-
lidade da alma como o conjunto de experiências
e conhecimentos a respeito de uma versão sutil
deste mundo limitado - não tem nada a ver com
nada que a mente conceba, com nada que a men-
te cogite, com nada que a mente produza e pro-
jete. Esta Realidade Interior da qual eu falo, é a
Realidade do Si, a Realidade de seu Espírito. Esta
Fusão, que é a resposta deste Fogo à consciência
reverente, impulsiona a consciência cada vez
mais à Reverência, cada vez mais a voltar-se à
sua própria Essência. Esses marcadores vibrató-
164
rios, essas experiências, vão sendo entregues
como gotas para uma alma sedenta. E à medida
que esse processo vai sendo vivido, a consciên-
cia, na alma, se torna cada vez mais lúcida ainda
da fragilidade e ilusão da própria alma e de tudo
o que constitui os níveis exteriores à alma.
À medida que esta Fusão vai acontecendo, a
consciência se desliga cada vez mais de qualquer
apego ou medo. É este Fogo de Erks, este quarto
aspecto do Fogo de Ibez, que vem abalar, pri-
meiramente, estas duas estruturas: apegos e
medos. Mas, estes apegos e medos dos quais eu
falo, não são necessariamente apegos e medos
comuns da consciência exteriorizada, da perso-
nalidade. Este apego e este medo são o apego e o
medo da própria alma. O apego da alma à expe-
riência e o medo da alma de se dissolver. Sim,
porque os três primeiros aspectos do Fogo de
Ibez já dão conta dos apegos humanos e dos pe-
quenos medos humanos, isso já vai sendo varri-
do por estes três aspectos do Fogo de Ibez. Este
165
quarto aspecto do Fogo de Ibez vai agir num
nível muito mais profundo que são os apegos e
medos da própria alma, o apego à experiência, a
atração pela visão e o medo da dissolução.
Este Fogo, então, abala profundamente a alma e
a consciência ali vai se liberando desta identifi-
cação com a alma e, naturalmente, vai vivendo
estes estados que estão fora de uma compreen-
são e uma descrição por palavras. Embora al-
guns seres tenham feito algum esforço para lhes
dar alguns elementos em relação a isto, a vivên-
cia nada tem a ver com o que é descrito. Cada
vivência é sempre única. Mas há sempre um
marcador que pode ser levado em conta nestas
experiências. A verdadeira experiência do Si, a
verdadeira experiência do Fogo do Coração, ar-
rebata a consciência de qualquer padrão de dua-
lidade, arrebata a consciência de qualquer laço
com a visão de bem e mal, arrebata a consciência
de qualquer interesse pela compreensão e pela
apropriação da Luz, no sentido de usar isto para
166
resolver os problemas humanos. Este é outro
aspecto da ação deste Fogo. A ação deste Fogo
vem agir, também, na dissolução da identifica-
ção com este ponto, aqui do lado direito (nota:
um ponto no abdômen, do lado direito abaixo da
costela), que está ligado ao fígado, que represen-
ta a ‘Visão’. Enquanto que o Fogo de Mirna Jad, o
Fogo de Aimerã e o Fogo de Aurora agem sobre
a ‘Atração’, apenas este quarto Fogo tem em si a
capacidade de dissolver a ligação da alma e da
consciência na alma, com este aspecto da Visão
desviada. Isto quer dizer que, até o momento da
vivência deste Fogo, podem ainda subsistir na
experiência da consciência isso que são proje-
ções, como contatos com níveis intermediários,
contatos com o plano da alma, e o engano que a
consciência se submete de que esses planos in-
termediários possuem a verdade última. Tudo o
que pode ser compreendido pela mente é uma
verdade relativa. A única verdade última é o Ab-
soluto. É aquilo sobre o qual nada pode ser des-
167
crito e no qual não pode ser colocada nenhuma
palavra. É aquilo que é a própria Eternidade, que
está para além mesmo do Si. Este Fogo de Ibez,
agindo em Erks, vem dissolver todas estas liga-
ções com as projeções. Percebam, para que a
Coroa do Coração esteja ativa, o terceiro olho
deve ter sido siderado, e é nisto, justamente, que
este Fogo atua. Este Fogo vem dissolver todas as
quimeras produzidas no fígado e que podem
ainda envolver a alma num conto de fadas, num
conjunto de estórias, criadas e reproduzidas,
para manter a alma em sua identificação à expe-
riência. A consciência, por outro lado, vive um
gozo profundo nestes contatos e nestes momen-
tos em que este Fogo está em sua plena atuação.
Ela vive o Fogo Místico e a União Mística. Este
Fogo Místico e esta União Mística podem se tra-
duzir na experiência da consciência pela Fusão
com aquela Consciência que vocês conhecem
pelo nome de Cristo, ou com qualquer outra
Consciência, dependendo dos elementos cultu-
168
rais da experiência, que traduzam este mesmo
Princípio Solar. Porque Erks, antes de tudo, é a
encarnação no planeta do Princípio Solar Ki-Ris-
Ti/Mikhael. É nesta faixa vibratória da Consci-
ência Planetária, que a consciência desperta pa-
ra a sua realidade Solar, que a consciência co-
meça a reconstruir, sobre esta forma efêmera, a
imagem perfeita de seu Corpo de Seidade, quer
seja este Corpo de Seidade um Corpo de Luz, um
Corpo de Partículas Cristalinas, um Corpo de
Partículas Adamantinas, ou outra coisa qualquer
que sempre vai ser uma ilusão para a mente de
vocês.
Bem, esta Fusão, como eu disse, pode ser vivida
pela consciência na experiência com esta repre-
sentação de uma Fusão Mística com Cristo, e
esta Fusão Mística com Cristo, vamos ressaltar,
não tem a ver com estes êxtases emocionais que
são tão comuns na experiência religiosa desta
humanidade - esta emoção que se eleva e causa
um fremir e um frenesi e uma excitação dos sen-
169
tidos, e a consciência identificada acredita que
ali está vivendo uma experiência extraordinária,
este conjunto de experiências somente se situa
na excitação dos sentidos e da emoção. E a Fusão
Mística com Cristo, com a Essência Solar, com-
pletamente não age sob o plano da emoção. Na-
quele momento a consciência vive um apagar de
todo movimento emocional e mesmo mental. A
consciência vive uma Paz Profunda e Plena. A
consciência vive um estado de Transparência à
Essência. E esta Fusão Mística com Cristo-Miguel
é um tornar-se Cristo-Miguel. Nesta Fusão não
cabe nenhum elemento de distância, de superio-
ridade ou inferioridade. A consciência se reco-
nhece como o próprio Sol. A consciência se re-
conhece como o próprio Coração dos Universos.
Apesar de estas palavras serem grandes e boni-
tas, não comecem a criar na sua cabeça que isso
é uma coisa cheia de luz, cheia de fogos de artifí-
cio. Isto é vivido na maior das simplicidades e na
maior das humildades, mesmo porque, como eu
170
disse, o movimento emocional e mental, naquele
momento, para. O primeiro marcador disto é
uma Paz profunda e então uma Alegria indizível
e, então, reconhecer-se como o próprio Coração
do Mundo, ou como esta Essência Solar que é
Cristo-Miguel.
Bem, vocês têm alguma questão a respeito deste
quarto aspecto do Fogo de Ibez? Não? Então eu
vou lhes passar a Chave relacionada a este quar-
to aspecto do Fogo de Ibez. A Chave que vocês
podem utilizar em seus alinhamentos e em seus
momentos de recolhimento, para comungar com
este quarto aspecto do Fogo de Ibez, é: "Santô-
shi".
Bem, se vocês não tiverem mais questões, então,
eu vou me retirar, certo? Irmãos, então fiquem
em Paz. E para aquelas consciências que estão
vivendo ou se reconheceram como vivendo este
quarto aspecto do Fogo de Ibez, eu lhes indico
uma Entrega cada vez mais profunda, uma Sim-
plicidade e uma Humildade extremas, porque é
171
sendo pequeno aqui, é desaparecendo aqui, que
vocês ressurgem em seu Corpo de Glória. Sejam
envoltos no Amor e no Fogo do seu próprio Co-
ração, Fonte que Somos. Em União, eu transmito
as Bênçãos do Retiro de Ibez e da nossa Divina
Mãe. Fiquem em Paz.
Até breve.
172
Capítulo XII
QUINTO ASPECTO
Saudações irmãos e irmãs. Eu retorno com vo-
cês, em nome do Retiro de Ibez, para dar conti-
nuidade ao que nos já vínhamos tratando a res-
peito dos Sete Aspectos do Fogo de Ibez. Hoje
nós vamos nos aproximar, talvez, através de pa-
lavras, mas verdadeiramente através da Vibra-
ção, do quinto aspecto do Fogo de Ibez. Este
quinto aspecto está ligado ao Centro Planetário
que, talvez, vocês conheçam pelo nome de Lis.
Este Centro Planetário vem continuar ou apre-
sentar certa continuidade ao processo da cons-
ciência em encarnação na sua Revelação, no seu
Reencontro, um Encontro consigo mesma, em
sua Realidade. Ontem nós tratamos do quarto
aspecto do Fogo de Ibez, ligado ao Centro Plane-
tário Erks, e nós ressaltamos profundamente a
Fusão que este Centro representa na vivência da
consciência. Aqui cabe ressaltarmos, mais uma
vez, dois elementos. O primeiro deles, eu já ha-
173
via mencionado anteriormente, se refere ao fato
de que vocês não devem ver estes aspectos do
Fogo do Coração agindo de maneira separada.
Estes aspectos são vividos simultaneamente. No
entanto, um deles assume certa preponderância
na experiência. O outro elemento que deve ser
ressaltado é que cada um desses Fogos de Ibez
contém todos os outros em si. E um elemento
muito importante que pode evitar cristalizações
é que a consciência não depende de um conhe-
cimento ou de uma informação a respeito destes
Centros, a respeito, mesmo, de qualquer reali-
dade Intraterrena, para viver os efeitos destes
Fogos em si. Apreendam bem este aspecto do
processo da consciência. Este aspecto não de-
pende de nenhum conhecimento exterior, não
depende de saber o nome destes Centros, ou
mesmo de ter conhecimento de sua existência.
Porque estes Centros Planetários representam a
própria Consciência de Gaia, representam aspec-
tos do próprio Espírito Planetário e estão em
174
atuação em todos os seres. Bem, dito isto, nós
podemos, então, seguir.
Vocês, talvez, recordam que ontem eu lhes disse
que a consciência naquele estado de Entrega,
que cada vez mais se aprofunda, naquele estado
de Contemplação interior e exterior, começa a
viver a Fusão, uma Fusão com sua própria Es-
sência Solar e, possivelmente, uma Fusão com
consciências irmãs. E esta Fusão com a Essência
Solar é com sua Origem Estelar. À medida que a
consciência vai vivendo estas Fusões, a consci-
ência, então, desperta para este quinto aspecto
do Fogo de Ibez ou Fogo da Liberação. E este
quinto aspecto do Fogo de Ibez vem agir na
consciência para fazê-la experienciar a ausência
de um interior e um exterior. Esse Fogo de Lis
tem a sua nota, a mais marcante, naquilo que
vocês conhecem pelo nome de Androginia, a
Androginia Primordial, justamente porque esta
Fusão ou estas Fusões, que a consciência vive,
levam a consciência a fazer a Fusão daquelas
175
duas estruturas vibratórias, às quais eu me refe-
ri, que são a Coroa Radiante da Cabeça e a Coroa
Radiante do Coração. Em Lis, estas duas estrutu-
ras vibratórias são fundidas e a consciência vive
esta Fusão, de uma forma vibratória, pela Estre-
la AL (Nota: ponto na testa, entre as duas sobran-
celhas) da cabeça que se reverte e se encontra
junto com o 12º corpo (Nota: o 12º Chakra, situ-
ado na ponta do osso do nariz). De modo que
estas duas estruturas se tornam uma só. E aí a
consciência vive a Fusão destas duas Coroas.
Isso assume um passo de suma importância no
processo da Liberação. Naquele momento a
consciência já está liberada. Naquele momento a
Liberação foi efetuada. Resta à consciência viver
seus efeitos, em encarnação, ou não, de acordo
com a sua própria Dança particular. Esta Andro-
ginia representa para a consciência, claro, a
transcendência de toda polaridade, representa
que a consciência vai além de qualquer distinção
de polaridade, mas para sua experiência em en-
176
carnação isto representa que a consciência, na-
quele momento, faz o luto de todo sistema dual.
Naquele momento, qualquer identificação que
possa ainda existir, é dissolvida. Qualquer iden-
tificação com uma visão dual, com uma percep-
ção separada, começa a ser dissolvida. Isso pode
parecer muito simplório, isto pode parecer mui-
to simples para a mente, mas isto é uma vivência
da maior profundidade e à medida que vocês
forem vivendo isso vocês perceberão que isto
representa uma mudança radical de posiciona-
mento. Neste Fogo de Ibez, neste quinto aspecto
do Fogo de Ibez, que é Lis, a consciência vive
este acesso à sua Androginia Primordial, a cons-
ciência vive esta Reversão e a alma está, neste
momento, voltada ao Espírito. A consciência vi-
ve, exteriormente, uma tensão ao Abandono,
uma autopercepção muito concentrada e, mais
ou menos, estável.
Esta tensão ao Abandono é um passo muito pro-
fundo dentro da Reverência, neste voltar-se para
177
a Essência. Só que, naquele momento, a consci-
ência já viveu a si mesma como esta Essência.
Compreendam como isto está bem além das cri-
ações mentais que a humanidade, talvez, ainda,
mantenha a respeito de uma Liberação, de uma
Ascensão. Ali, a consciência experimenta a si
mesma como a própria Essência, de modo que
toda distância começa a ser dissolvida, todo sen-
so de separação começa a ser dissolvido e a
consciência, mesmo em encarnação, passa a vi-
ver estados cada vez mais profundos de Unida-
de, cada vez mais profundos de Fusão com a
própria Vida. Naquele momento, aquilo que eu
falei anteriormente da Paz que se instala nas
expressões exteriores da consciência em encar-
nação e a Alegria que a consciência vive nessa
Fusão, também são transcendidas da seguinte
maneira: aquela Paz que a consciência vive, tem
sua expressão num certo Íntase, esta Paz que a
consciência vive naquele processo da sua Reve-
lação é vivida como uma forma de Íntase, uma
178
Paz silenciosa que se instala e que é vivida sem
demonstrações exteriores. A Alegria da Fusão é
um Êxtase. É algo que abala, inclusive, a expres-
são exterior da consciência, porque ali as vibra-
ções se tornam intensas e a consciência vive,
talvez, certo tremor que perpassa pelo corpo.
Esta Alegria é como um dulçor e uma dor extre-
mamente doce. Algumas Estrelas (nota: consci-
ências assim chamadas por representarem os
doze pontos da Coroa Radiante da Cabeça e tam-
bém por serem, ao lado da Mãe Divina, as ‘criado-
ras’, Elohim Geneticistas, por assim dizer, da ex-
pressão da Vida neste planeta), já trataram com
esta humanidade acerca deste processo, de co-
mo esta Fusão pode ser como uma dor extre-
mamente saborosa e suave. Então, estes dois
aspectos de Êxtase e de Íntase, nesta Alegria
indizível que Lis representa, são transcendidos,
porque a consciência ali não experimenta mais
uma dicotomia de percepção, onde há um interi-
or, onde há um nível invisível, e exterior, um
179
nível visível. Naquele momento a consciência
vive uma fusão dessas duas coisas, uma unifica-
ção, a ausência de marcadores de separação. A
consciência ali aprofunda os estados multidi-
mensionais que começou a viver ao ser envolta
pelo Fogo de Erks. Esta Transcendência dos as-
pectos interiores e exteriores da percepção, para
a consciência encarnada, também representa
que esta consciência transcende todo o senso de
importância que ela concede ao nível da alma, a
este nível invisível, quer seja este nível invisível
considerado como simplesmente o nível das e-
nergias, ou mesmo realidades ditas espirituais,
que estão além do alcance da percepção humana
limitada. Naquele momento, a consciência trans-
cende, definitivamente, toda a ligação com estas
coisas e a Ilusão Luciferiana é completamente
transcendida e apagada. Naquele momento a
consciência não pode mais reivindicar, em en-
carnação, uma vontade pessoal. Ela não pode
desviar a Luz que se manifesta nela mesma para
180
os fins egoístas da personalidade. Naquele mo-
mento a consciência vive num tal estado de Paz
e de Alegria, que ela não pode mais questionar a
experiência exterior e encontrar ali qualquer
falha, qualquer motivo de reclamação ou qual-
quer sofrimento mesmo. Ela está numa aceita-
ção completa nesta experiência, mesmo exterior,
vivendo ali uma integração com todos os ele-
mentos desta experiência.
Lis também tem uma representação outra, que é
além destes dois aspectos de Androginia e Ale-
gria Primordial. Este Fogo de Lis vem preparar a
expressão material da consciência para viver
sua Sacralização. Nesse sentido, o Fogo de Ibez,
em Lis, representa a Transparência, algo que
vibra fortemente no Fogo de Lis como Pureza. A
Pureza de Lis não tem a ver com a pureza com-
preendida pela mente humana e nesse sentido a
Vibração desse Centro Planetário foi intensa-
mente conspurcada pela humanidade, porque ali
colocaram elementos religiosos, valores morais
181
e distorceram a Pureza de Lis com uma compre-
ensão de uma pureza humana, no sentido de
tornar-se puro, limpo, como a mente compreen-
de. Mas isto é uma visão completamente dualitá-
ria e jamais leva à verdadeira Transparência.
Apenas o acesso da consciência à sua verdadeira
Realidade, a aceitação completa da consciência
de que tudo aqui está perfeito, a faz viver este
estado de Transparência, que é a Pureza de Lis.
Apenas esta Fusão, esta Comunhão com o seu
interior, lhe faz viver esta Transparência. Esta
Transparência implica que a expressão material
da alma, tocada por este Fogo, começa a tornar
esta estrutura cada vez mais límpida e transpa-
rente aos impulsos do Espírito. A consciência em
encarnação, ali, reafirma a obediência à Vontade
da Luz, reafirma a obediência à Vontade do Pai,
representado por Mirna Jad e silencia cada vez
mais qualquer vontade pessoal, que possa ali se
colocar como um direcionador e um orientador
da experiência. Aqui não estou dizendo que seja
182
errado dar ouvido à vontade pessoal, mas isto é
um aspecto vivido na infantilidade da consciên-
cia em encarnação. À medida que amadurece na
consciência seu contato interior, ela toma Clare-
za e Lucidez a respeito do que parte de uma von-
tade pessoal e esta ação do impulso interior, que
vem de níveis muito profundos, que vem além
da alma, que vem do Espírito. De modo, que há
uma abnegação de qualquer desejo de ser algu-
ma coisa e ali se abre para a consciência o me-
lhor modo de se estar aqui, que é aquela Infân-
cia, que é esta Via da Simplicidade e da Humil-
dade, que é uma Entrega cada vez mais profunda
à própria Essência, um silêncio de todo desejo
em relação a qualquer coisa que esteja além do
humano e uma aceitação de que, mesmo o hu-
mano, é completamente guiado por este Fluxo.
Isto é vivido com uma verdadeira Transparên-
cia.
Vocês percebem, então, talvez, que esta Trans-
parência não é exatamente esta sinceridade hu-
183
mana, esta sinceridade que esta passível de ser
manipulada pelo próprio ego, para ofender e
ferir seus irmãos. Esta Transparência é uma ex-
pressão material da consciência transparente à
sua própria Essência. Isto quer dizer estar em
Entrega total e confiança total no Princípio Inte-
ligente que guia esta experiência. Isto é estar
transparente aos Impulsos da Luz e não mais
dar ouvidos aos questionamentos da mente que
apresentam ali contrapontos àquilo que é o Im-
pulso Interior.
Bem, é preciso ver estes três elementos deste
quinto aspecto do Fogo de Ibez de uma forma
Una. Esta Androginia é a realização da própria
Essência que a consciência é, e é a preparação
para que a matéria que esta consciência ocupa,
seja reunificada. Esta Alegria indizível é o pró-
prio fruto da transcendência de toda dualidade e
a extração da consciência do nível do sofrimen-
to, que está ligado à ignorância, ao esquecimento
de si. Esta Transparência é, justamente, este es-
184
tado de Alegria indizível e esta Androginia, que
no final das contas, fecham numa coisa só: a rea-
lização da Unidade pela consciência em encar-
nação. Nesse ponto a consciência começa a viver
um modo de funcionamento muito diferente. Ao
invés de encarar a sua expressão material como
um inimigo, a qual ela deve vencer e subjugar, a
consciência vê nessa expressão material um
grande aliado para o cumprimento da sua mis-
são aqui. Hum... Esta palavra vai despertar mui-
tos conceitos humanos. De logo, eu digo, que
esta missão não tem nada a ver com tudo o que
lhes foi ensinado a respeito de uma missão nesta
Terra. A única missão de cada consciência aqui é
Realizar o próprio Ser, é fazer a relembrança do
que realmente se É e, assim, permitir à matéria
que seja reunificada. Esta é a única missão, esta
é a única tarefa. Enquanto a consciência não se
dá conta disso, ela continua na sua identificação
a correr atrás de elementos exteriores, atrás de
uma busca espiritual que é sempre vã e conduz
185
sempre à frustração. Bem, esta frustração está
também a serviço do Fluxo, desta Dança Cósmi-
ca, porque esta frustração vai cansar, uma hora,
a própria mente de continuar apresentando
busca exteriores. Mas, esta Alegria indizível, esta
Transparência, é um toque deste Fogo na sua
expressão material, que começa a fazer reunifi-
cação desta matéria.
Então, como eu disse, ali a consciência não vive
mais um processo de antagonismo com sua ex-
pressão material, ao contrário, tudo o que parte
dessa consciência é o Amor que ela É, a tudo,
inclusive aos seus corpos e aos corpos de suas
consciências irmãs e irmãos. Bem, neste ponto,
mesmo esta visão de que há consciências irmãs
e irmãos, começa a ser transcendida, porque a
consciência ali começa a viver na ação deste Fo-
go um processo de Dissolução, a Dissolução des-
ta individualidade. Mas isto vai ser mais profun-
damente tratado nos próximos aspectos que nós
temos ainda a tratar a respeito deste Fogo. Vo-
186
cês tem alguma questão a apresentar a respeito
disto que foi dito?
Participante: Você falou agora sobre a mis-
são. Isso tem a ver com a Promessa e o Jura-
mento?
Varuna: É exatamente a mesma coisa. E esta
Promessa e este Juramento, eu relembro, é reali-
zar o Ser aqui, é fazer a relembrança de sua E-
ternidade. E nada mais. Tudo isto que vem des-
tas visões espiritualistas humanas como: missão
de almas, carma e deveres e obrigações, tudo
isto foi um blá, blá, blá, como vocês dizem, que
lhes contaram para lhes manterem numa busca
exterior.
Bem, aqui eu tenho alguns elementos históricos
a dar, com relação a Lis. Lis teve a sua expressão
no nível Intraterreno, um pouco após a criação
do Vórtice Intraterreno ligado à Aurora. Aurora,
para a consciência planetária, representa a en-
carnação completa da Energia Feminina. De mo-
do que Aurora na Intraterra é onde se assenta a
187
Consciência Mãe, aquela que vocês chamam de
Maria, a Deusa Universal. Aurora, na Intraterra,
é o Centro Planetário que representa, para todos
nós, a expressão desta Consciência Feminina,
desta Fonte, que é Sírius. E Lis foi criada como
uma ligação, foi criada como um polo de Aurora,
de modo que este Vórtice, que é Lis, esta Cidade
Intraterrena que ancora este Centro Planetário,
tem um aspecto um tanto diferente. Lis, entre os
Centros Planetários que encontram sua expres-
são na Intraterra, é orientada ou habitada por
aquilo que vocês chamariam de Consciências
Angélicas. Eu lhes disse que a Intraterra, a maior
parte desses Retiros Intraterrenos, entre os
quais se encontram aqueles que ancoram os
Centros Planetários, foram criados e estão sendo
habitados por Famílias Cósmicas que faziam a
experiência na superfície da Terra ou que já es-
tavam mesmo na Intraterra, antes do esqueci-
mento, antes da dissociação. No entanto, Lis é a
expressão da Consciência Angélica, ligada a Gaia.
188
E nesse sentido, aquele Centro Planetário é um
Centro um tanto oculto e, justamente por isso,
foi tão alvo de distorções e de falsificações, den-
tro disso que vocês conhecem como espirituali-
dade humana. Agora, o fato deste Centro Plane-
tário, em uma expressão intraterrena, ser guiada
por estas Consciências Angélicas, tem um ele-
mento bastante interessante para a experiência
da Liberação da Terra. Porque este Centro Pla-
netário, que é Lis, age profundamente na sua
estrutura etérea e é, justamente, nesta faixa vi-
bratória que é Lis, onde acontece a Fusão dos
Éteres; onde esses corpos ilusórios, como sejam
o astral, o mental e o causal, vão sendo sidera-
dos e o próprio corpo etérico, ali, é retificado
pela Fusão dos Elementos e pelo restabeleci-
mento do verdadeiro Éter. De modo que Lis
guarda as Chaves e trabalha intensamente, hoje,
neste processo de a consciência recobrar sua
Autonomia e sua Liberdade, pela reconstrução
de um Corpo de Existência numa imagem perfei-
189
ta sobre este veículo, pela retificação do Corpo
Etérico. De modo que o Corpo Etérico, antes fal-
sificado e ligado às funções da dissociação, as-
sume seu verdadeiro posto de veículo da consci-
ência, dando à consciência experimentar estados
cada vez mais profundos de Multilocalização.
Este é um aspecto prático de Lis na Liberação do
planeta. A dissolução deste emocional, deste
mental e deste causal, liberando assim o corpo e
a alma dos entraves para viver a sua Reunifica-
ção, ou sua Sacralização, e o acesso da consciên-
cia ao seu Duplo Etérico, retificado, seu verda-
deiro Duplo Etérico.
Bem, Lis é regida - se nós podemos usar esta
palavra, dentro de certo limite, porque esta ideia
de controle é muito forte na mente humana -
mas o que eu quero dizer é que este Centro Pla-
netário tem uma íntima ligação com aquela
Consciência Arcangélica que vocês conhecem
pelo nome de Anael. Anael é o Arcanjo que, neste
Sistema Solar, representa o Amor Vibral e a Re-
190
lação, de modo que Lis é justamente - quando eu
falo de Lis, eu não estou me referindo à Cidade
Intraterrena, compreendam bem, eu falo de Lis
como esta Faixa da Consciência de Gaia, como
este aspecto vibratório de Gaia, que todos aces-
sam, todos tem em si integrado, porém esqueci-
do - este espaço, se podemos dizer assim, onde a
consciência vive e toca este Amor Vibral, que
está para além de qualquer emoção humana,
sentimento humano, por mais elevado que a
mente considere este sentimento. Porque todo
sentimento está baseado num apego, está base-
ado num controle e numa falta que é refletida
interiormente. Em Lis, esta falta se faz estranha.
Em Lis, o verdadeiro Amor Vibral é reconhecido
pela consciência e uma verdadeira Relação se
estabelece, uma relação que não está baseada
numa dicotomia, num controle e numa submis-
são, mas uma Relação que é baseada na própria
Fusão de Consciências, onde tudo é Um, onde
todos são Um e a mesma Essência.
191
Bem, como de costume, eu vou lhes passar a
Chave ligada a este aspecto do Fogo de Ibez, que
é o quinto e é expressão de Lis. A Chave Mântri-
ca ligada a este Centro Planetário é: “Isinlah”.
E vocês podem usar esta Chave em seus momen-
tos de alinhamento e de recolhimento para o
Contato e a Comunhão com este Centro Planetá-
rio. Vocês tem ainda alguma questão? Bem, en-
tão se vocês não têm questões, eu transmito as
Bênçãos deste Centro Planetário, que é Lis e o
Fogo de Ibez e eu lhes convido a viver um mo-
mento de Comunhão com Gaia.
... Comunhão vibratória...
Algumas palavrinhas a respeito de Gaia. Esta
Consciência, pois Gaia é uma Consciência, este
Espírito Planetário, abarca todas as expressões
neste momento em seu corpo, em sua expressão
material, que é este planeta. Esta Mãe, pois, para
esta expressão material, Gaia é verdadeiramente
uma Mãe, está muito próxima das consciências
192
que animam estas formas materiais. De modo
que, Gaia, para vocês, como para todos nós, é o
fio de ligação com o Universo. Bem, para aqueles
que ainda não mergulharam em sua própria Es-
sência, de modo que estas ferramentas se tor-
nam desnecessárias, Gaia é uma Porta de Fusão,
uma Porta de Comunhão com todo este planeta
e diretamente com Sírius, porque o Sol ao qual
este planeta está ligado é, verdadeiramente, Sí-
rius. Eu transmito, então, este Chamado de Gaia
à Comunhão. Esta Comunhão pode se dar atra-
vés dos elementos da natureza. Esta Comunhão
pode se dar, especialmente, através de seu Cora-
ção. Pois este Espírito Planetário, que permite
com que todas estas formas se mantenham coe-
sas e em cujas mãos está o momento final da
Liberação deste planeta, se abre a todas as cons-
ciências para a experiência de Amor Vibral. Eu
lhes convido a um destes momentos. Em Silêncio
e em Reverência. Abençoados sejam e que esta
Paz seja o ponto de sua atenção, nestes dias. Fi-
193
lhos e Filhas da Eternidade, fiquem em Paz, se-
jam abençoados. Eu transmito as Saudações da
Equipe Nazcan a esta Rede.
Fiquem em Paz.
194
Capítulo XIII
SEXTO ASPECTO
Saudações irmãos e irmãs. Eu me chamo Varuna
e venho do Retiro de Ibez para dar continuidade
às nossas comunicações e nossas comunhões a
respeito dos Sete Aspectos do Fogo de Ibez na
consciência em seu processo de Liberação. Se
vocês bem recordam nós demos um passo mais
profundo neste processo de Liberação de cons-
ciência e desenvolvemos com vocês o Fogo de
Ibez que age através do Centro Planetário Lis. Eu
lhes dei alguns elementos referentes a este Fogo
em Lis, este quinto aspecto do Fogo de Ibez. E
naquele momento em que a consciência é tocada
por este Fogo, esta consciência passa pela reuni-
ficação das polaridades conhecidas na experiên-
cia de encarnação, de modo que a consciência
realiza sua Androginia Primordial. De forma
que, nesta Fusão intensa com sua Essência Solar,
esta consciência vive momentos de uma Alegria
indizível, onde o exterior e o interior, como po-
195
los opostos, são completamente apagados e a
consciência ali não vive mais uma dicotomia, por
mais sutil que seja, entre uma realidade dita in-
terior e uma realidade exterior. De modo que a
consciência começa a expressar esta Pureza de
Lis, que nada mais é do que uma Transparência,
uma Transparência aos impulsos interiores e
uma Transparência dos próprios veículos em
expressar estes impulsos. Bem, a mente, neste
momento, silencia. A mente, como este elemento
julgador e discriminador da experiência, cala. E
não se arroga mais a posição de dizer que im-
pulsos são válidos ou não.
Bem, hoje nós nos acercamos do sexto aspecto
do Fogo de Ibez. Este sexto aspecto do Fogo de
Ibez age através do Centro Planetário que vocês
conhecem por Iberah. Então vamos entrar, de
novo, na historinha contada, não é mesmo? Ibe-
rah é esta faixa da Consciência de Gaia, é este
aspecto do Espírito Planetário, que encarna vi-
bratoriamente a Radiância do Arcanjo Metatron.
196
De modo que Iberah, em Gaia, é a expressão de
um daqueles Hayot Ha Kodesh, ou um dos Qua-
tro Cavaleiros, ou ainda um dos Quatro Elemen-
tos. Iberah expressa a Essência de Vehuiah, o
Espírito do Fogo. Aqui as coisas ficam muito in-
teressantes. Iberah é puro Fogo e Fogo Puro. É
essencialmente Fogo e é o Fogo da Essência. E
há esse Fogo de Ibez se expressando através de
Iberah. Então vocês podem imaginar ou supor
que a ação de Iberah na consciência, como no
planeta, vai ser algo de extremamente profundo
e extremamente impactante. E verdadeiramente
é. E ali se pode viver esta ação de duas formas,
claro. Bem, eu lhes disse que em Lis acontece a
Fusão disso que são os Éteres, que ali a consci-
ência vive a dissipação desses véus ilusórios,
destas camadas isolantes que lhes deram os
nomes de astral, mental, causal. Isto acontece
em Lis, Lis como Centro Planetário, como aspec-
to da Consciência Planetária. Iberah, no entanto,
vem fazer isto no nível planetário e num nível
197
muito físico, também. Talvez seja de seu conhe-
cimento que este Sistema Solar, como este pla-
neta, possui três véus isolantes, os quais a ciên-
cia deste mundo chama de heliosfera, magnetos-
fera e ionosfera. Bem, a ciência diz que estes
véus são necessários para a proteção do planeta
e deste Sol, de irradiações que vem de outros
pontos da Galáxia. Mas a vocês, se ponham uma
pergunta: no estado de Unidade, onde pode ha-
ver dano? No estado de Unidade, onde pode ha-
ver vítima? Isso não faz muito sentido, mesmo
se vocês puserem esta lógica humana para fun-
cionar. Então, o Fogo de Iberah vem agir no nível
físico, justamente na dissolução destas camadas
isolantes, que não tiveram nenhum propósito a
não ser permitir a experiência de esquecimento
e o aprisionamento das consciências numa di-
mensão cuja percepção é separada.
Bem, a ação de Iberah vai muito mais profun-
damente ainda do que isto. Essa é a ação de Ibe-
rah no nível planetário. E se vocês olharem ao
198
redor e se inteirarem do que acontece na super-
fície do planeta, vocês verão aí a ação de Iberah
em plena atividade, através destes Quatro Ele-
mentos e de suas expressões materiais. Mas Ibe-
rah guarda um grande tesouro para a consciên-
cia em seu processo de Liberação. Eu lhes disse
anteriormente que aquele primeiro Centro, a-
quele primeiro aspecto do Fogo de Liberação,
vem pôr em vibração a estrutura que vocês co-
nhecem pelo nome de Coroa Radiante da Cabe-
ça. E que o quarto aspecto viria pôr em vibração
a estrutura conhecida como a Coroa Radiante do
Coração. E que em Lis estas duas Coroas se fun-
dem. Bem, Iberah completa o Tubo de Luz ou o
Tubo do Éter, que é a imagem perfeita de Meta-
tron em seus Corpos de Seidade, e vem pôr em
ativação o Sacro. Mas não daquele modo como
muitos seres humanos viveram através de um
processo de ativação de Kundalini e coisas pare-
cidas. Os efeitos desta ação no Sacro, por este
Fogo de Iberah, são muito mais intensos. Claro,
199
pode sempre se dar este nome de Kundalini, e aí
a utilização da palavra não faz muita diferença.
Mas muitos seres descreveram processos liga-
dos a esta Kundalini, que não queriam dizer,
nada mais nada menos, do que a perfuração,
através de uma energia que sobe através da co-
luna, disto que se chama Terceiro Olho. A ação
de Iberah, claro, entra em plena atividade, jus-
tamente, após o apagamento deste Terceiro O-
lho. E se ainda resta, por ventura, alguma possi-
bilidade de expressão desse tipo de projeção e
ilusão, o Fogo de Iberah vem aí agir, para a sua
exterminação sumária. Bem, esta Vibração, este
Fogo, que põe em ação o Sacro, vem trazer à
consciência a experiência daquilo que vocês
chamam de Onda da Vida ou Onda do Éter. Ibe-
rah está intimamente ligado com esta Onda,
porque Iberah é o Canal que parte do Núcleo
Cristalino deste planeta, e que é o condutor des-
ta Onda da Vida, que deve subir através dos seus
pés e chegar neste nível do Sacro. Aí a consciên-
200
cia vive um processo muito interessante, porque
aqueles pequenos medos, aqueles pequenos a-
pegos, já foram dissolvidos à medida que a cons-
ciência ia abandonando o pequeno ‘eu’, à medida
que a consciência ia se abrindo para a sua Reali-
dade Cósmica. O Fogo de Iberah vem aportar à
consciência a possibilidade, agora, de transcen-
der mesmo este nível do Si, este nível do Eu Sou.
Este Fogo de Iberah vem aportar à consciência a
possibilidade de viver sua dissolução no Absolu-
to. Este Fogo, quando age no nível do Sacro, vem
expor à consciência todos os medos ou o Medo
essencial de toda alma, este medo ligado a um
instinto de sobrevivência e de autopreservação.
Ali os medos e apegos coletivos são postos face à
consciência, não para um exame e nem para a
procura de uma razão para a existência destes
medos, mas apenas para que haja Lucidez em
relação a isto, de modo que eles sejam dissolvi-
dos. Então, este Fogo de Iberah vem, de certa
forma, siderar estas estruturas ou estes dois
201
chakras inferiores, ligados a um medo e um ape-
go essenciais da personalidade, ou mesmo da
alma, e colocar ali, à consciência, uma Lucidez,
em relação a estes medos e apegos coletivos.
Estes medos e apegos não tem sua origem em
experiências que vocês fizeram enquanto esta-
vam identificados em eventos particulares. Estes
são medos e apegos que estão enraizados nas
próprias células, e neste ponto, Iberah nos trás
outro de seus aspectos.
Este Fogo de Ibez, agindo neste Centro Planetá-
rio nos revela mais um de seus aspectos e este
aspecto tem por nome Sacralização. Este Fogo
de Iberah age em conjunto com este Fogo de Lis,
porque como eu lhes disse em outra oportuni-
dade, este Fogo de Lis vem imantar esta expres-
são material da consciência pondo-a em Trans-
parência em relação à Essência. Este é o princi-
pio da ação de Iberah, também, no sentido de
que este Fogo de Iberah vem Sacralizar a maté-
ria. É neste de Fogo de Iberah que esta matéria,
202
que se crê separada, esta matéria que dá à cons-
ciência experimentar uma realidade de separa-
ção e de distância, é neste Fogo que esta matéria
passa, então, por sua Reunificação, de modo que
nem mesmo a matéria se vê mais distante da
Essência, mas se encontra fundida e unida com
esta Essência. O Fogo de Iberah é Sacralização. E,
claro, muitos verão neste Fogo que está em ação,
neste momento, sobre o planeta, um terror e
uma destruição. Isso se deve apenas à visão que
permanece identificada com o efêmero. Ora, a
natureza do humano, a natureza desta expressão
material, é puramente efêmera, é passageira. Se
identificar a uma forma passageira é abrir as
portas para o sofrimento. E a Luz que vem em
direção a este planeta, vem dissolver, justamen-
te, o efêmero, para permitir à consciência fazer a
experiência de sua Eternidade. A visão identifi-
cada e separada verá ali destruição, fim e morte.
Isto é uma ilusão. Isto não corresponde, de for-
ma alguma, à Realidade, embora seja a realidade
203
dos seres que vivem isto desta forma. Mas a cada
consciência, aqui, se apresenta a oportunidade
de viver isto com a maior das Alegrias e o maior
dos Êxtases, uma vez que o que vem para dissol-
ver este efêmero, vem para fazer com que este
mundo desapareça e não o que você realmente
É. Este Fogo vem, de certa forma, siderar ou
fulminar tudo aquilo que é da ordem da duali-
dade, da separação, mas a sua Essência, que é
Eterna, tem a mesma natureza deste Fogo. Este
Fogo não vem de fora, embora numa represen-
tação exteriorizada, será isso que será experi-
mentado. Este Fogo vem da sua própria Essên-
cia, pois este Fogo é sua própria Essência. Então,
Iberah tem estes aspectos em sua atuação.
Este Fogo da Liberação, através de Iberah, vem
aportar Sacralidade. Esta Sacralidade é vivida
de uma maneira muito efetiva pela consciência
em encarnação. A consciência ali, vivendo este
Fogo, vivendo a subida desta Onda da Vida e
vivendo a dissolução de seus medos e seus ape-
204
gos, que não são seus, mas da expressão materi-
al que é ocupada, passa a perceber a Sacralidade,
mesmo por detrás do efêmero. Até certo ponto
do acesso da consciência ao estado de Si, ao es-
tado chamado Eu Sou, há na consciência uma
tendência a se afastar de coisas que são conside-
radas como inadequadas, como coisas a serem
evitadas. Neste ponto em que este Fogo da Sa-
cralização entra em atividade, não pode haver aí
mais este jogo aparente de adequado e inade-
quado, aquilo que convém e que não convém. A
consciência começa a viver a liberação de todas
estas amarras e condicionamentos da consciên-
cia. Vocês devem lembrar, mais uma vez, que a
ação destes Fogos, destes Sete Fogos, é muito
frequentemente concomitante, simultânea, de
modo que desde o primeiro momento em que o
primeiro aspecto entra em ação, um dos aspec-
tos de cada um destes outros seis, também co-
meçam a entrar em ação. Por isso em nossa co-
municação eu repasso a vocês elementos que
205
podem já estar em atuação deste certo tempo.
Esta ação de Iberah, que vai conduzir a matéria à
Sacralização, é vivido, agora, por um bom núme-
ro de seres na superfície do planeta. Aí se apre-
senta outro limiar para a consciência. O limiar
último. A consciência, talvez, tenha vivido já o
abandono do 'eu', o abandono do personagem, o
abandono de tudo o que ela cria ser. Agora este
Fogo apresenta à consciência outro limiar, e este
é o definitivo. O abandono mesmo desta Identi-
dade Cósmica, que a consciência descobre ser.
Hum, bem, pode surgir a ideia: “nossa, mas ti-
vemos que trabalhar tanto para chegar ao Eu
Sou e agora também temos que abandonar is-
so?”. A verdadeira Liberação, a verdadeira Uni-
dade, e mais do que isso, aquilo que não pode
ser posto em palavras, é justamente a dissolução
de toda individualidade. Isto não quer dizer a
dissolução de uma forma. Isto quer dizer apenas
que a Essência ali acessa a verdadeira Realidade,
que a consciência ali vive - não a experiência,
206
porque mesmo este termo seria limitar o Abso-
luto – mas realmente uma dissolução neste Ab-
soluto, em que a consciência se descobre, nem
mesmo mais como consciência, e sim como o
conjunto do Manifesto e do Imanifesto. Bem, a
respeito disso não há muito que ser dito. As ori-
entações, as mais práticas, são que quanto mais
facilmente vocês aceitam abandonar tudo o que
creem ser, que isto seja da ordem da personali-
dade ou da ordem de uma Identidade Cósmica,
mais facilmente vocês viverão esta dissolução no
Absoluto. Mas isto não é uma obrigação, com-
preendam. É sua total liberdade manter uma
forma e uma identidade, se assim a consciência
deseja - embora essa palavra 'deseja' nem se
aplique à realidade da consciência, mas por falta
de algo mais adequado, estamos aqui a usá-la.
No entanto, este momento é um momento de
Liberação, é um momento de Sacralização deste
planeta, em que este Fogo de Iberah, não se acha
somente em ação em sua consciência, em seus
207
corpos, mas no conjunto deste planeta. E aí, de
seu Abandono, de sua Entrega e de seu estabele-
cimento na Paz de seu próprio Coração, vai sur-
gir um posicionamento em Paz, um posiciona-
mento sereno, diante do que quer que os olhos
possam lhe apresentar, pela ação deste Fogo na
realidade exterior. É preciso aceitar nada ser
aqui. Se há algo que esse Fogo vem transmitir, é
isto: para ser o Todo, é preciso ser nada. Esta
Onda da Vida, que é vivida pela ação deste Fogo
de Ibez, em Iberah, age nesta estrutura e é per-
cebida como um movimento vibratório, que so-
be pelas pernas e em algum momento se instala
nesta região do baixo ventre, na região deste
sacro. E ali ela vai agir sobre aquelas duas estru-
turas, aquilo que vocês conhecem como primei-
ro e segundo chakras, que são estas duas estru-
turas que, na experiência de esquecimento, es-
tão extremamente ligadas à autopreservação, ao
apego e à sedução. De modo que, nesse momen-
to, a consciência será colocada de frente a este
208
apego e a este medo essencial. Pode ser que ali a
consciência se questione, porque parece que
tudo o que foi percorrido e tudo o que foi vivido,
de repente se apagou e se voltou de novo a este
estado em que surge o medo e se vê o apego. Ali
não se deve se inquietar, isto é uma etapa e isto
é necessário. Isto corresponde justamente àqui-
lo que foi vivido pelo Cristo - simbolicamente,
talvez, não é mesmo? – por aquela Crucificação,
em que havia ali a necessidade de se fazer o a-
bandono do Si, o abandono mesmo dessa identi-
dade recém descoberta. E ali ele diz: "Pai, por-
que me abandonastes?". Mas para em seguida,
após aquele processo sendo vivido, ele dizer:
"Em tuas mãos entrego meu Espírito". Nesta
simbologia está a essência do que é esta Crucifi-
cação ou esta Passagem da Porta Estreita, que
acontece quando a Onda da Vida, tendo dissolvi-
do este conjunto de medos e apegos essenciais,
se eleva então, para, passando por esta Porta
Estreita, então, atingir o Coração, subir pela ca-
209
beça e lhes dar a viver a sua única Realidade, o
Absoluto. Bem, para aqueles que estão vivendo,
neste momento, qualquer um destes aspectos do
Fogo de Iberah, eu apenas lhes digo para se
manter em Paz e em Serenidade, para ser nada
aqui, para aceitar desaparecer neste Fogo, pois é
aí que vocês vão encontrar o que vocês realmen-
te são: Um Amor indizível, uma Luz indizível, um
Êxtase indizível, o Absoluto, que está para além
de toda concepção e compreensão humanas.
Bem, se vocês tem alguma questão a apresentar
a respeito disso que foi dito, o espaço está aber-
to. A Chave Vibratória ligada a este sexto aspecto
do Fogo de Ibez, que lida com este movimento
de Iberah, este Fogo de Iberah, é: "Farlon-Ishin".
Vocês podem usar esta Chave Vibratória em
seus momentos de recolhimento, em seus mo-
mentos de silêncio.
Bem, se não há questões, então eu lhes transmi-
to esta Paz, eu lhes transmito esta Alegria de sua
própria Essência. E desejo a vocês uma boa Pas-
210
sagem, uma boa Revelação. Mantenham-se em
Paz e em Serenidade. Sejam abençoados, Filhos
da Luz. Até breve.
211
Capítulo XIV
SÉTIMO ASPECTO
Saudações irmãos e irmãs, Filhos do Um. Eu re-
torno entre vocês para finalizarmos a série de
nossas comunicações, de nossas comunhões,
dentro destes Sete Aspectos do Fogo de Ibez,
agindo nestes Centros Planetários, nestas Faces
de Gaia. Em nosso último encontro nós lhes de-
mos alguns elementos acerca da ação de Iberah,
da ação deste Fogo de Liberação agindo em Ibe-
rah, como uma Transubstanciação da matéria,
como uma Sacralização da matéria, como uma
Reunificação de seu campo de percepção. Este
aspecto, em Iberah, age profundamente ligado e,
especialmente de forma simultânea, a este últi-
mo aspecto do Fogo de Ibez, que se traduz em
Miz Tli Tlan. Quando este Fogo de Ibez, agindo
em Iberah, impulsiona esta Transparência na
expressão material da consciência, impulsiona
esta Sacralização, este Fogo de Ibez em Miz Tli
Tlan, age aí concomitantemente. O que isto quer
212
dizer? Que à medida que a consciência em en-
carnação experimenta esta Sacralização do seu
campo de percepção, esta consciência se apro-
funda e é convidada, insistentemente, a fazer o
abandono de Si mesma. Isto não é mais o aban-
dono do personagem, compreendem? Porque
para a consciência se descobrir em sua Expres-
são Multidimensional, em sua Essência Solar, ali
houve a necessidade de uma transcendência do
personagem, de um abandono do 'eu'. Então, a
consciência em encarnação - lembrando nova-
mente que isto é válido para a consciência em
encarnação em um mundo de matéria que se crê
separada - vai fazendo experiências ou vai to-
cando sua Realidade Multidimensional, vai se
estabelecendo neste Si Mesma, e quando este
Fogo de Ibez, através de Iberah e de Miz Tli Tlan,
age sobre a consciência ou desperta nessa cons-
ciência, chegou o momento de ela fazer o Aban-
dono de Si Mesma. Isto é, aceitar deixar de exis-
tir.
213
Eu lhes disse que este movimento vibratório que
se chama Onda do Éter ou Onda da Vida, que é
uma expressão deste Fogo de Ibez em Iberah,
vem pôr à consciência medos e apegos essenci-
ais ligados, justamente, à manutenção, ainda, de
uma identidade. Este Fogo agindo em Miz Tli
Tlan vem interrogar a consciência, uma última
vez, se ela aceita deixar de existir, para se esta-
belecer no Absoluto. Bem, compreendam que
isto, este estabelecer-se no Absoluto, é um esta-
do de "a-consciência". Ali a consciência se apaga
neste Absoluto. Isto não quer dizer, é claro, que
esta consciência não possa ressurgir assumindo
uma forma, ou mesmo esta Realidade Multidi-
mensional, mas para que se faça - tomando aqui
de uma ousadia linguística - a experiência deste
Absoluto, é preciso aceitar apagar-se, é preciso
aceitar ir além de todo o medo e de todo o ape-
go, que possam surgir na consciência, mesmo
fazendo a experiência de sua Multidimensiona-
lidade, porque ali há, ainda, uma identificação
214
com uma individualidade. Bem, nem todos os
seres viverão este apagar-se no Absoluto desta
forma, mas aqueles que não viverem agora, cla-
ro, viverão isto num momento, porque isto é
inevitável. A consciência é uma expressão do
Absoluto e Àquilo deve retornar. Mas estes ele-
mentos aqui estão sendo dados, porque alguns
irmãos são chamados a viver justamente este
processo. Algumas consciências tem, em seu
caminho, em sua Dança, viver isto Aqui e Agora.
Então, este Fogo de Iberah vai agir na expressão
material, vai agir sobre o campo de percepção e
vai, de certa forma, expurgar estes últimos me-
dos e este último apego que se encontram ainda
na própria célula, ou ainda neste núcleo anímico,
e vai apresentar à consciência a Passagem desta
Porta Estreita. De modo que ali é vivido um Gozo
e um Êxtase Infinitos, esta Última Presença, pa-
ra, então, o Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,
apresentar à consciência a refutação de tudo
isto. Não uma rejeição, um julgamento, nada dis-
215
to, apenas aceitar se apagar nesta Presença Úl-
tima, neste Êxtase e Gozo Infinitos. Não há nada
que possa ser dito a respeito desta – de novo,
usando de uma ousadia linguística - experiência
do Absoluto, mas há alguns aspectos deste Fogo
de Miz Tli Tlan, que estão presentes desde aque-
le primeiro momento em que a consciência em
encarnação é tocada pela Essência Desconheci-
da.
De fato, o Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,
começa a atuar na consciência desde o primeiro
momento, uma vez que Miz Tli Tlan, na Consci-
ência Planetária, representa o Absoluto, repre-
senta aquilo que engloba o Manifesto e o Imani-
festo. Este Fogo de Ibez, através de Miz Tli Tlan,
vem se apresentar à consciência desde aquele
primeiro momento, como um chamado e um
impulso ao Silêncio. Verdadeiramente, Miz Tli
Tlan é a Essência Silenciosa. É a Presença Últi-
ma. É um Silêncio do Silêncio. É o Centro do Cen-
tro. É o Coração do próprio Coração Vibral. E
216
este aspecto do Silêncio, vital para a liberação da
consciência, toca-a desde as suas primeiras eta-
pas do Despertar. Este chamado, esta atração
por um recolhimento, por um silêncio de tudo,
às vezes se traduzindo até - como a mente possa
compreender - por um desejo de não mais exis-
tir, por um desejo de se apagar. Bem, não con-
fundam isto com estas anomalias presentes no
corpo emocional, que fazem o ser humano acre-
ditar que dar cabo da própria vida vai resolver
as coisas. Nós não estamos a tratar disto, e sim
de uma Lucidez a respeito de tudo isto. Vocês
sabem que dar fim a este corpo só vai lhes jogar
do outro lado deste véu, de modo que vocês vão
ser jogados de cara com tudo o que os acompa-
nha aqui, os mesmo apegos, os mesmos questio-
namentos.
Bem, este chamado, este impulso ao Silêncio, é
algo que vem permeando a consciência, é algo
que a atrai para o centro de si mesma. Isto vai
tendo sua expressão em cada uma das etapas
217
que nos já tratamos. Isto vai dar à consciência
fazer a experiência do abandono, de se colocar
como observador, de aceitar transcender o per-
sonagem para se descobrir como uma Essência
Multidimensional, uma Fusão com sua Essência
Solar. Leva a consciência, neste mesmo impulso
de silêncio, à Fusão das polaridades, à subse-
quente transparência de sua expressão material,
como também, à melhor forma de viver esta On-
da da Vida, a melhor forma de viver este abalo
no âmago, este sacudir nas estruturas, esta infu-
são no núcleo das células, para ali fazer desper-
tar a sua Luz. No momento em que a consciência
decide - e isto não é bem uma decisão como vo-
cês possam compreender, esta decisão não é
com a mente, isto é um processo vibracional e
para-vibracional, bem além de qualquer vibra-
ção. Mas quando a consciência ali entrega e faz o
abandono de si mesma, descobre que não é ani-
quilamento o que aquilo representa, não é morte
o que aquilo representa, não é desaparecer o
218
que aquilo representa. Bem ao contrário, é a
verdadeira Vida, é a única Realidade, é o Ilimita-
do, e mesmo além do Ilimitado. É algo que,
quando a consciência retorna à forma, se assim
acontecer, ela não pode colocar ali palavras, pois
qualquer palavra colocada sobre aquilo seria
uma limitação, seria uma inverdade. Aquilo é
expresso, muito mais eficazmente, neste Silên-
cio, nesta Essência Silenciosa, que este Fogo, em
Miz Tli Tlan, representa.
Aqueles que vivem estes momentos, esta ação
conjunta do Fogo de Iberah e de Miz Tli Tlan, em
si, não tem nada a fazer, a não ser se colocar ca-
da vez mais nesta Serenidade, cada vez mais
neste Silêncio, fazendo a transcendência destas
dúvidas e questionamentos que possam surgir.
Este Fogo de Miz Tli Tlan, quando age na consci-
ência, produz um silêncio muito profundo, além
do silêncio mental, além do silêncio físico. Pro-
duz um silêncio, inclusive, das vibrações. Naque-
le momento, estas vibrações foram todas inte-
219
gradas e surge o silêncio da vibração. Este é o
anúncio do Basculamento Final, este é o anúncio
da Dissolução da consciência no próprio Absolu-
to, que é a sua Essência Desconhecida. Então, ali,
não há o que fazer, senão manter esta posição de
observador da Vida, e permitir que o observador
se apague. Bem, ali, esta Lucidez já foi vivida em
certo grau, mais ou menos profundo, de acordo
com cada caminho, com cada Dança, e esta Luci-
dez aporta à consciência a possibilidade de a-
profundar sua própria Serenidade, aprofundar
esta posição de Paz, diante de tudo que se lhe
mostra. Realmente, não há o que dizer a respeito
do que acontece quando esta consciência vive
este Absoluto, a não ser que esta Onda da Vida
sobe e toma conta do corpo, explode pela cabeça
e ali a própria consciência se apaga neste Gozo
indizível, nesta Alegria indizível, neste Amor
indizível, neste Absoluto.
Meus irmãos e minhas irmãs, de várias origens,
e agindo em diferentes níveis, tem tratado pro-
220
fundamente a respeito destes processos, de mo-
do que eu não vou me estender a respeito deles,
mas deixar esta orientação básica e final, de que
este Absoluto, esta Luz Branca, que se aproxima
da Terra e que já se encontra, em grande quan-
tidade, encarnada - mas a grande infusão, para o
nível coletivo, ainda não aconteceu, não é mes-
mo? - representa a liberação de todas as consci-
ências. Mas como Liberados que vocês são, aí
está a vocês decidir o que querem se tornar. No-
vamente, repetimos, que sua vibração vos con-
duzirá ao destino mais adequado, sua vibração
os conduzirá às melhores formas de viver o que
se tem a viver. Mas, definitivamente, a experi-
ência de dualidade e de esquecimento findou
neste planeta. O que vem é Alegria, para todos os
seres, sem exceção. Por mais que o reencontro
com esta Essência Crística seja vivido de modo
um tanto doloroso, um tanto impactante, isto
representa senão um segundo para a experiên-
cia da consciência, e logo após elas emergirão
221
num estado de Paz, num estado de Alegria pro-
fundos. E ali, para aqueles que não se dissolve-
ram neste Absoluto, farão a experiência de se
aproximar disto, de transcender ainda aquele
medo registrado na alma, mas de forma a mais
pacífica, da forma a mais serena, sendo plena-
mente acompanhados por sua Família Cósmica,
por seus irmãos e irmãs ali presentes e consci-
entes do Espírito o qual ela poderá, inclusive,
acessar em seus momentos de silêncio. Não
creiam naquilo que estes profetas, que estão tão
enganados, lhes falam a respeito ou de um futu-
ro negro ou de uma manutenção desta vida me-
lhorada. O que vem é o fim de tudo isto, mas de
tudo isto que é efêmero e não do Eterno que vo-
cês são. Nossas palavras, sejam de nossos Ir-
mãos Intraterrenos ou de seus Irmãos que vem
das Estrelas, não visam despertar qualquer po-
sição de medo ou de apreensão, mas sim lhes
lembrar de que o que quer que na vida suceda, o
que quer que a vida lhes dê a viver, vocês são
222
eternos. Eternidade é a sua Essência. Bem-
Aventurança é o estrado de seus pés. E o Manto
do próprio Amor Divino lhes cobre, desde sem-
pre. Não foi senão um pequeno lapso de esque-
cimento que os fez perder isto de vista, mas
Cristo agora retorna. Cristo de aproxima deste
planeta, deste Sistema Solar e o abraça. E não
imaginem Cristo como uma entidade exterior,
embora haja, sim, um Irmão que representa esta
Essência, mas Cristo é sua própria Essência. São
vocês mesmos que estão vindo ao seu encontro,
serão vocês mesmos que lhes falarão do lado
esquerdo e lhes chamarão pelo nome, lhes con-
vidando a participar destas Bodas de Reencon-
tro. Que isto fique registrado. Quem vem bater à
sua porta não é outro senão vocês mesmos. Esta
experiência, embora eu não esteja ocupando um
corpo aqui, mas nós temos acompanhado lon-
gamente os passos de nossos irmãos na superfí-
cie, é da beleza a mais extrema, porque algo iné-
dito acontece quando um planeta, que foi sub-
223
metido à experiência do esquecimento, é Reuni-
ficado. Nós vemos ali a expressão a mais absolu-
ta desse Amor Divino, em ação, em todos nós. De
modo que vocês são convidados, com grande
Amor, com grande aceitação, a comungar conos-
co deste Amor que nós vibramos em seus Cora-
ções, deste Amor que cada partícula deste plane-
ta, agora, vive. Cada partícula de vocês, agora,
vive este Amor. Nós os convidamos a reconhecer
o Amor que vocês são, nada mais do que isto, e
lhes convidamos a passar por este processo de
reconhecimento de uma maneira a mais serena
possível, a mais pacífica possível. Mas, mesmo
aqueles que optaram por fazer esta experiência
de um modo um pouco mais turbulento, também
estão sendo completamente acompanhados e
assim que despertarem verão que foi senão um
segundo em sua Existência Cósmica, este esque-
cimento. De modo que não se preocupem, não
alimentem qualquer medo e apreensão a respei-
to do que quer que seja, mas estejam cada vez
224
mais firmes em sua Paz Interior, em sua Sereni-
dade. Acima de tudo, tomem de tempo para co-
mungar com seus Irmãos e suas Irmãs, encarna-
dos ou não, tendo sido conhecidos neste planeta,
ou aqueles que vêm das Estrelas, ou ainda nós,
que estamos na Intraterra, sustentando este
processo. Comunguem entre si, tomem uma po-
sição de aceitação completa da vida de seus ir-
mãos. Não julguem, não permitam que parta
desta mente, numa expressão exterior, qualquer
coisa que vise retirar o outro irmão de sua Paz,
mas ali estejam abertos para oferecer aquilo que
lhes for pedido, da maneira a mais doce possível,
da maneira a mais harmoniosa possível. Tomem
de tempo para fazer a lembrança deste Amor, de
modo que a expressão desta doçura e desta
harmonia não vá ser algo forçado e falso e sim a
expressão de sua própria Essência. Mas antes,
façam vocês mesmos, a experiência do que vocês
são. Não adianta criar máscaras e andar por este
mundo mostrando uma aparência de sabedoria
225
e uma aparência de calma, uma aparência de
tranquilidade e de amor humanos, porque, hoje,
isso não poderá mais enganar ninguém. Hoje,
como eu disse, cada partícula deste planeta, está
vibrando neste Amor e este Fogo de Iberah vem
trazer transparência a tudo. De modo que cabe a
vocês, se vocês se dispõem a viver isto em Paz,
em momentos de recolhimento e a cada segundo
de seus dias relembrarem de sua Essência e be-
berem da Fonte, que seu próprio Coração repre-
senta para vocês.
Bem, esta é a mensagem de nossos Irmãos e de
nossas Irmãs de Ibez. Nosso amor, nosso pro-
fundo respeito e agradecimento se dirigem a
cada um de vocês, aqui presentes e nesta Rede
que nos acompanha, por terem aceitado, nestes
dias, se dispor como canais desta vibração e des-
tas informações, como portas para que isto pos-
sa atravessar e chegar até outros irmãos e irmãs.
Vocês, talvez, não tenham como fazer ideia, ago-
226
ra, desta Graça que nós rendemos a todos vocês.
Vocês são profundamente amados.
Bem, há uma Chave Mântrica, uma Chave Vibra-
tória para o alinhamento de sua consciência com
este último aspecto do Fogo de Ibez, em Miz Tli
Tlan. E a Chave Vibratória é: "Eron". Tão simples
e tão curto, como pode ser o Silêncio Interior -
"Eron". Esta Chave Mântrica, em particular, faz
vibrar, profundamente, isto que vocês conhecem
como o Nono Corpo, de Irradiação do Divino, o
Coração Ardente Flamejante (Nota: o 9º Chakra
situado em torno de três dedos acima do 4º Cha-
kra, o cardíaco).
Bem, se vocês tem alguma questão a apresentar
a respeito disto que foi tratado durante estes
sete dias, eu estou a postos, nós estamos abertos
a receber suas questões.
Participante: Eu só queria agradecer.
Varuna: O agradecimento vai em direção ao seu
próprio Coração. Bem, se não há questões, isto é
um sinal de que nosso trabalho vibratório se
227
completa com sucesso, e não poderia ser de ou-
tra forma, não é mesmo? Eu lhes agradeço pro-
fundamente. Fiquem em Paz. E nós Somos Um
para toda a Eternidade. Sejam abençoados!
228
Parte III
Práticas Vibratórias
- Com Iverna e Lhieva,
Anciãs do Retiro Intraterreno de Tu-
maní -
229
Introdução
Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu sou
Iverna e represento o Retiro Intraterreno de
Tumaní. Nossa presença em meio a esta Rede
tem por objetivo lhes aproximar da vivência do
Grande Espírito, através de sua abertura à Co-
munhão com os Elementos deste planeta, com os
Elementos neste planeta. A ação destes Elemen-
tos encontra-se em plena atividade, tanto neste
palco que vocês percebem com os sentidos, co-
mo em vocês, em seus corpos, em seus veículos.
A melhor maneira de viver a ação destes ele-
mentos neste planeta é entrar em harmonia e
em reconciliação com esses elementos em vocês
mesmos. Esta reconciliação com os elementos
em vocês pode se dar de várias formas. Isto tan-
to pode acontecer por uma simples receptivida-
de de sua parte a acolher esses elementos, uma
Intenção de sua parte em acolher esses elemen-
tos, como através de certas práticas, de certos
métodos, alguns dos quais nós lhes transmitire-
230
mos aqui. Estas práticas têm por base sua aber-
tura em comungar com os elementos da nature-
za.
231
Capítulo XV
INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS I
TERRA
IVERNA
Eu gostaria de lhes convidar a alguns momentos
de comunhão com a Terra, com este elemento da
Terra que encontra a sua expressão, por mais
que limitada aos seus olhos, nesta natureza que
vocês observam, nesta terra, neste solo que vo-
cês pisam. Este elemento da Terra encontra res-
sonância em seus corpos, em sua estrutura, por-
que de certa forma esse veículo proporciona
uma base vibratória para a expressão de sua
consciência. Nesse veículo, este elemento da
Terra vem se expressar nestes pontos que vocês
conhecem como a base de sua cabeça - a nuca -
ou a base de sua coluna, o sacro. Estes dois pon-
tos estão em íntima relação vibratória e quando
vocês aportam ai sua atenção vocês estimulam a
ação deste elemento. Bem, este conhecimento
foi transmitido à humanidade, já muitas vezes,
232
através de diversas tradições, e receberam o
nome de Kundalini, Shakti e outros. No entanto,
a atenção não deve ser portada nestes pontos
sem uma intenção clara de Fusão, de Comunhão
com o Coração Sagrado ou ainda com o que nós
chamamos junto a vocês o Grande Espírito.
Este elemento Terra, agindo nestes pontos de
seu corpo, vem proporcionar a passagem disto
que vocês conhecem como Onda da Vida, este
movimento vibratório, cuja ação vai além da
própria vibração, que nasce sob seus pés e deve
encontrar o seu termo no topo de sua cabeça.
Esta passagem, claro, passa por estes dois pon-
tos. Cabe a vocês, na integração com este ele-
mento da Terra, facilitar a dissolução dos ape-
gos, dos medos cristalizados em sua estrutura
celular. Não me entendam mal. Não estou dizen-
do que cabe a vocês dissolver qualquer coisa,
mas decorrendo de sua aceitação, do seu aban-
dono, de sua entrega, a dissolução desses medos
e apegos, pela própria movimentação natural
233
que está ativa nestes tempos, é grandemente
facilitada. E vocês vivem esta dissolução com
certo grau de leveza aí.
Eu lhes convido neste momento a vivermos al-
guns instantes de comunhão com este elemento
da Terra, através da base de sua coluna e da ba-
se de sua cabeça. Nós lhes indicamos fazer isso
da seguinte maneira: portem primeiro sua aten-
ção na base de sua cabeça, no topo da nuca, e
então coloquem sua atenção na base de sua co-
luna, o mais baixo possível e ai façam o movi-
mento inverso, retornem com sua atenção de
novo à base da cabeça, no topo da nuca. Estes
movimentos não devem envolver qualquer tipo
de projeção. A única intenção aí é facilitar sua
entrega. É se permitir se lançar nessa corrente
que os conduz a se centrar no núcleo de sua es-
trutura vibratória do Coração Sagrado. Não há
outro objetivo aí. Qualquer imagem deve ser
evitada, porque as imagens são projeções de sua
mente. Apenas contentem-se em portar sua A-
234
tenção e sua Intenção nestes pontos, se for de
sua preferência, nesta ordem em que nós lhes
transmitimos e permitam-se viver o que isso
desencadear. Neste processo a palavra ‘sereni-
dade’ é essencial. Esta Serenidade lhes permite
viver qualquer abalo em sua estrutura de ma-
neira suave e leve, sem despertar aí reações e
angústias além do que for necessário. Pois claro,
nós não vamos mentir para vocês dizendo que
isso vai ser maravilhoso, não é mesmo? Trans-
cender os medos e apegos básicos é sempre uma
experiência um tanto dolorosa nesta humanida-
de, mas ela não precisa ser de sofrimento. Ela
não precisa ver em vocês o desespero e a angús-
tia. Saibam que vocês são eternos para além de
qualquer imagem e projeção. Para além da ima-
gem e projeção de uma forma, vocês são o Gran-
de Espírito onde tudo se move e onde tudo tem
sua existência. Então em silêncio e em receptivi-
dade vamos nos abrir para a vivência desta co-
munhão com o elemento da Terra. Gaia aí con-
235
cede sua benção, concede seu acompanhamento
e seu Amor a cada um de vocês. Vivamos alguns
desses momentos em Silêncio. Vocês podem re-
petir esse movimento algumas vezes neste mo-
mento de comunhão.
... Integração do Elemento Terra...
Lembrem-se de respirar. Lembrem-se de permi-
tir que o Ar lhes atravesse e lhes conduza à res-
piração do Coração. A respiração aí é uma fer-
ramenta que facilita o seu estabelecimento num
certo grau de tranquilidade. Isto não é uma for-
mula mágica; eu digo até certo grau. Seu estabe-
lecimento definitivo na Paz só pode ser realiza-
do por vocês mesmos, à medida que vocês acei-
tam o apagamento de si. Se vocês tiverem algu-
ma questão a apresentar a respeito disto que foi
dito aqui, o espaço se acha aberto.
Então eu agradeço sua escuta e sua receptivida-
de. Fiquem em Paz. Mergulhem neste grande
Espírito e vivam a Revelação de seu Ser. Sejam
abençoados irmãos e irmãs. Até breve.
236
Capítulo XVI
INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS II
FOGO
IVERNA
Saudações irmãos e irmãs, filhos e filhas da Ter-
ra. Eu me chamo Iverna e venho representando
este núcleo de Consciências Indígenas - cuja vi-
bração está intimamente ligada ao Espírito Pla-
netário - e que vocês conhecem pelo nome de
Tumaní. Eu venho então continuando nosso úl-
timo encontro a respeito da Integração dos Ele-
mentos em sua consciência e em seus veículos.
Em nosso último encontro eu lhes falei da Inte-
gração com o elemento Terra se dando neste
eixo particular de seu corpo físico e vibral, entre
a base de sua cabeça e a base de sua coluna. Este
eixo, bem como o canal que ele representa de
circulação desta Luz do Pai, vem lhes permitir a
transcendência de certos medos e apegos bási-
cos. Hoje, nós vamos integrar outro elemento,
este elemento Fogo. Este elemento Fogo se en-
237
contra representado neste corpo planetário tan-
to na ação do fogo físico, que atua plenamente
hoje e se traduz nestas caldeiras ferventes, que
vocês chamam de vulcões, como em certos as-
pectos da ação solar nesta superfície. Em seus
corpos este Fogo se traduz, claro, pelo calor. O
calor em seu corpo físico é a tradução de um dos
movimentos deste Fogo. E aí, como algumas ve-
zes nós já lhes dissemos, vocês encontram uma
porta de comunhão com estes elementos, que se
acham representados em movimentos no seu
próprio corpo, uma vez que seu corpo para vo-
cês é um planeta. Além do calor há uma ação
deste Fogo que é de suma importância, de suma
preponderância nestes tempos, que é a ação do
Fogo do Espírito, este Fogo do Coração. Aí vocês
veem a perfeita expressão deste Fogo. E é nesta
perfeita expressão deste Fogo que todos os ele-
mentos se fundem, fusionam e encontram sua
resolução no Éter Vibral.
238
Bem, o objetivo deste nosso encontro é transmi-
tir a vocês certa prática, certo desdobramento
da ação deste Fogo, ligado particularmente a um
aspecto da transição de sua consciência. Este
eixo que se refere à ação do elemento Fogo em
seu corpo também têm dois pontos de apoio,
como para todos os outros elementos. Estes
pontos de apoio se encontram, em seu corpo,
nesta zona da raiz das sobrancelhas e lá embaixo
na ponta do sacro, logo abaixo dos órgãos geni-
tais. Vocês percebem que o eixo do Fogo age
num nível muito similar ao eixo da Terra, que
vocês já conhecem. E a forma de viver esta Inte-
gração, ou uma das formas que é esta que nós
estamos lhes transmitindo agora, se cumpre pe-
lo mesmo movimento de sua Atenção e de sua
Intenção entre estes dois pontos.
Assim como para a Integração do elemento da
Terra, nós orientamos que primeiramente vocês
ponham a Atenção no primeiro ponto ligado ao
elemento Fogo, que está na raiz de suas sobran-
239
celhas. Então ali vocês aportam sua Atenção e
sua Intenção e em seguida conduzem esta Aten-
ção e esta Intenção para a base de seu sacro,
logo abaixo dos órgãos genitais. E depois trazem
novamente a Atenção e a Intenção para o pri-
meiro ponto. Vocês podem fazer isto algumas
vezes. Este é o eixo do Fogo.
Agora a ação deste eixo, um pouco diferente da
ação do eixo da Terra, não age tão diretamente
sobre medos e apegos. A ação deste eixo do Fogo
age sobre dois elementos que têm por nome
sensualidade e desejo. Vamos enquadrar estas
duas palavras dentro de sua experiência. Por
desejo nós dizemos esta atração que vocês bus-
cam exercer sobre as coisas. Isto é um pouco
diferente do desejo comum do corpo, não é
mesmo? O desejo comum do corpo busca se a-
poderar das coisas ou por uma força ou por
qualquer outro método de comportamento. Este
desejo de que eu falo e sobre o qual age este eixo
do Fogo é esta atração que vocês buscam exer-
240
cer sobre as coisas, e não a atração que as coisas
exercem sobre vocês; esta posição que frequen-
temente vocês tomam de objeto a ser desejado.
Esta personalidade, este personagem, fruto da
identificação com a forma, busca ser o centro
das atenções, busca ser o objeto de desejo do
ambiente que compartilha. Isto é totalmente
estranho para o modo de funcionamento Unifi-
cado, onde há perfeita simplicidade e humildade,
uma perfeita integração do ambiente. O perso-
nagem deseja sobressair-se em relação aos de-
mais elementos. O personagem deseja a atenção
porque é disso que ele se alimenta. O eixo do
Fogo vem dissolver este mecanismo de compor-
tamento, que por vezes está aí de maneira um
tanto escondida, de modo que vocês quase não
se apercebem deste modo de funcionamento.
Em geral este desejo ou esta necessidade de ser
desejado - que, claro, sempre funciona por uma
exteriorização, nesta atração pela experiência,
de alguma forma - se serve muito frequentemen-
241
te disto que nós chamamos sensualidade. Esta
espécie de falsificação da aparência, quer seja
uma aparência exterior como um comportamen-
to interior e psicológico, que visa atrair e cha-
mar a atenção dos elementos circundantes, isto
está na ordem do que vocês conhecem como
linha de predação. E então, claro, nós não lhes
orientamos a combater este comportamento
porque ele está aí, muito naturalmente, como
fruto da identificação e da atração que surge
pela experiência. Mas nós lhes orientamos a,
através da comunhão com este Fogo, retificar o
desejo. Esse desejo, que se expressa em sua ex-
periência e em sua consciência enquanto se crê
separada, vai sempre em direção a algo ou se
coloca numa posição de ser desejado e é um re-
flexo de um pilar da consciência que é absoluto
nessa experiência, nós já lhes dissemos, e que
alguns irmãos trataram com vocês pelo nome de
Aspiração ao Ser.
242
O desejo em direção ao exterior ou a um interior
projetado é sempre um reflexo distorcido da
Aspiração ao Ser, do desejo pela Eternidade. Vo-
cês compreendem como estes mecanismos fo-
ram falsificados e de certa forma alterados na
sua experiência em encarnação? Este Fogo en-
tão, pela Integração em sua consciência, vai re-
verter este eixo falsificado: a necessidade de ser
o centro das atenções, a necessidade de se apo-
derar das coisas. Como esse desejo exterior ou
interior é retificado, vocês passam a viver mais
profundamente a Aspiração ao Ser. Este desejo,
e aí é necessário que vocês tirem todas as cren-
ças que possuem a respeito deste elemento, vai
se manifestar em direção ao interior não como
uma forma, não mais, de apoderação, de posse,
de aprisionamento, mas sim como uma forma de
completa fusão, uma identificação com o Eterno
tão profunda que o efêmero se dissolve neste
Eterno.
243
O desejo é um elemento marcante na sua expe-
riência, nisto vocês concordam, não é mesmo?
Ele vai em direção a esta projeção exterior ou a
esta projeção interior, vai no sentido de ter para
si as coisas e mesmo da necessidade de que os
demais elementos vejam no personagem impor-
tância e a ele deem atenção e o desejem. Este
desejo, repetindo mais uma vez, é uma desvirtu-
ação desta Aspiração ao Ser e é retificado pela
ação do Fogo. A ação do Fogo então expõe a rea-
lidade, mesmo que efêmera, da verdadeira con-
dição das relações nesta humanidade que é a
predação, que é a escravização constante. Mas
ao mesmo tempo em que lhes expõe o estado
miserável do personagem, lhes orienta para a
sua verdadeira Essência, para a sua verdadeira
Realidade. Estes elementos - um tanto psicológi-
cos não é mesmo? - estão sendo-lhes entregues
para que vocês tenham Clareza e Lucidez a res-
peito do que se desenrola em sua vida; não para
colocar qualquer julgamento, pressão ou opres-
244
são, mas para através de um abandono cada vez
mais profundo, fazer a experiência do Fogo Sa-
grado de seu Coração, deste Sopro do Grande
Espírito.
Então vocês têm esta técnica, não é mesmo? Es-
tes dois pontos que podem ser usados, ao ali
colocar sua Atenção e sua Intenção, para viver
de maneira mais fluida e leve esta Integração do
elemento Fogo em vocês, mas também esta Lu-
cidez e esta Clareza nas situações que a integra-
ção destes elementos vier despertar em vocês e
no ambiente que os cerca. Isto não é uma forma
de condenação, mas é necessário que tudo seja
exposto para que seja dissolvido na Luz que
chega.
Vamos viver um momento de Integração deste
elemento Fogo, por esta forma que nós lhes pas-
samos agora. Durante alguns momentos então
ponham sua Atenção neste ponto na raiz das
sobrancelhas e em seguida na base do sacro e de
volta à raiz da sobrancelha. E mais uma vez, não
245
se esqueçam de respirar porque isto aí será o
combustível deste Fogo. Vivamos então este
momento de Integração em Silêncio.
... Integração do Elemento Fogo...
Bem, meus irmãos e minhas irmãs, eu lhes deixo
agora com Aracy, a Grande Mãe. Quanto a mim e
a minha irmã nós lhes abençoamos na Fonte
Una, neste Grande Espírito e lhes dizemos até
breve. Fiquem em Paz.
246
Capítulo XVII
INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS III
AR
LHIEVA
Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu me
chamo Lhieva e venho do Retiro de Tumaní para
dar continuidade, ao lado de vocês, a esta Inte-
gração dos Elementos em seus corpos e em sua
consciência. Minha irmã lhes apresentou alguns
exercícios para a Integração dos elementos Ter-
ra e Fogo em sua estrutura vibral. Quanto a mim,
eu lhes acompanharei na Integração dos ele-
mentos Ar e Água. Ao contrário desses dois pri-
meiros elementos, desenvolvidos por minha
irmã Iverna, que se referem à transcendência
dos apegos e medos básicos - a ação do Sopro do
Espírito nestas estruturas baixas que vocês co-
nhecem pelo nome de sacro e também primeiro
e segundo chakras - os elementos Ar e Água a-
gem na sideração da alma, agem no estabeleci-
mento da Graça, esta Graça que vocês são, e a-
247
gem também no sentido de permitir ao Sopro do
Grande Espírito atravessá-los completamente e
se estabelecer em seu Coração Sagrado. É de
minha incumbência lhes passar certo exercício a
respeito da Integração do elemento Ar.
Este eixo que se relaciona com o elemento Ar
encontra o seu primeiro ponto de ressonância
na lateral de sua cabeça, do lado esquerdo, aci-
ma da orelha. Esta região da cabeça, esta zona,
inclusive, de seu cérebro é fortemente imantada
pela ação do elemento Ar e aí se situa o primeiro
ponto deste eixo para a realização de nosso e-
xercício. O termo deste eixo está sob a planta de
seu pé esquerdo. Este eixo então atravessa o seu
corpo passando por estruturas muito particula-
res, com ações muito definidas até chegar à
planta de seu pé esquerdo. Na realização deste
exercício de Integração com o elemento Ar, vo-
cês devem primeiramente por sua Atenção e sua
Intenção neste primeiro ponto, situado na zona
do lado esquerdo de sua cabeça, e então, sem se
248
preocupar com mais nada a não ser a vivência
de seu Coração, conduzir sua Atenção e sua In-
tenção até o termo deste eixo que se situa na
planta de seu pé esquerdo. E aí retornar a Aten-
ção e Intenção para esta zona no lado esquerdo
da cabeça.
Bem, é um exercício dos mais simples e eu espe-
ro que tenha sido compreendido facilmente. A-
gora há uma ação da Integração deste elemento
que vem abalar e dissolver certos condiciona-
mentos e certas estruturas ligados à identifica-
ção de sua consciência com qualquer polo de
existência: quer este polo de existência seja um
corpo físico, esta personalidade, quer este polo
de existência seja um veículo sutil. E a ação des-
te elemento em sua Integração age sobre o que
eu chamarei com vocês a culpa e a cristalização
de verdades relativas. Este é um elemento que
nestes momentos é importante que vocês inte-
grem, mesmo mentalmente, através de uma
compreensão. Porque a ação da Integração deste
249
elemento vai expor a rigidez que ainda, talvez, se
manifeste na sua expressão neste planeta. Esta
rigidez se traduz por um movimento repetitivo
de se voltar ao passado, um apego e uma atração
ao passado que lhes faz viver culpa, que lhes faz
viver rigidez em esquemas que já estão caducos.
A Integração deste elemento através deste eixo
facilita seu estabelecimento na Graça. E esta
Graça, em sua ação neste eixo do elemento Ar,
expõe a cristalização de esquemas ultrapassa-
dos. Em termos muito práticos, isto se refere à
tendência de se culpar pelas ações anteriormen-
te cometidas, lhes submetendo de alguma forma
ainda àquilo que vocês conhecem como a ilusão
do carma. É a Atenção que vocês dão e a Inten-
ção que vocês concedem a este passado que po-
de ainda lhes submeter à ação desta lei invertida
e que é desconhecida nos Mundos Unificados. E
aí cabe a vocês fazer o abandono deste passado,
fazer o abandono de seu passado ou o passado
que vocês consideram seu; abandonar, abrir
250
mão dos referenciais passados que vocês usam
para continuar mantendo este personagem. Isto
está tanto no nível das experiências feitas, quan-
to no nível dos gostos, preferências e dissabores,
que vocês ainda guardam entesourados em al-
guma parte de vocês, pois na ação deste Sopro
do Espírito, se estes engramas ainda estiverem
aí, atados por este apego, vocês viverão esta dis-
solução com um tanto de sofrimento.
Como vocês talvez tenham percebido este eixo
atravessa um ponto particular de seu corpo que
está ligado ao órgão do baço, que tem uma liga-
ção por sua vez com o elemento da Atração. Nes-
te caso que estamos desenvolvendo com vocês -
a Integração do elemento Ar - esta atração é uma
atração ao passado, é o conjunto de crenças
mantidas, de verdades puramente relativas que
são consideradas absolutas, a adesão a experi-
ências vividas anteriormente e aos conceitos
que nascem destas experiências. É preciso dei-
xar que o passado se dissolva nesta Graça, por-
251
que enquanto sua Atenção está voltada para
qualquer passado, vocês não podem fazer a ex-
periência da Graça plenamente. A Graça é vivida
plenamente Aqui e Agora, quando sua Atenção
está voltada para o centro de seu Ser, para o Co-
ração do coração.
Bem, não há muito que dizer a respeito deste
eixo de Integração do elemento Ar e eu espero
que minhas palavras tenham sido um tanto cla-
ras. Se não, se vocês tiverem alguma questão,
vocês podem apresentar, antes que nós passe-
mos para a prática deste exercício. Se não há
questões, então, eu peço que vocês se posicio-
nem confortavelmente para que nós realizemos
um momento de comunhão e Integração com o
elemento Ar, através deste eixo que atravessa
seu corpo do lado esquerdo, desde este hemisfé-
rio esquerdo de sua cabeça até a planta de seu
pé esquerdo. Em Silêncio e em Simplicidade,
sempre observando a respiração como elemento
252
apaziguador das suas estruturas, realizemos
juntos esta Comunhão e esta Integração.
... Integração do elemento Ar...
Uma nota a respeito da prática deste exercício:
vocês não precisam se alongar desnecessaria-
mente neste eixo, compreendem? Basta que vo-
cês façam este circuito algumas vezes, então vo-
cês podem permanecer em silêncio, com sua
Atenção e Intenção voltadas para seu Coração,
que os efeitos ali vão se desenrolar pela própria
Inteligência da Luz. E aí, seguindo o impulso in-
terior de cada um, vocês podem realizar ou não
novamente o exercício, no mesmo momento,
depois de um intervalo ou com intervalos maio-
res. Aí, fica livre para que vocês atendam ao im-
pulso interior.
Meus irmãos eu transmito as bênçãos da Equipe
Nazcan, que lhes acompanha e se funde nesta
Rede muito intimamente, e as bênçãos do Retiro
de Tumaní. Fiquem em Paz.
253
Capítulo XVIII
INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS IV
ÁGUA
LHIEVA
Saudações irmãos e irmãs, Chamas de Amor,
Filhos da Eternidade. Eu me chamo Lhieva e ve-
nho do Retiro de Tumaní para concluirmos nos-
sa partilha a respeito destes quatro eixos onde
os Elementos, em algumas tradições chamados
de Hayot Ha Kodesh, se integram em vocês, em
seus veículos e na sua consciência. Bem, nós já
tratamos com vocês de três elementos e cabe a
mim neste encontro lhes passar um exercício
para Integração do elemento Água.
Como talvez vocês já devam imaginar este eixo
de Integração do elemento Água também tem
dois pontos de ressonância em seu corpo. O
primeiro deles se situa na lateral de sua cabeça
do lado direito, acima da orelha, num ponto que
é simetricamente oposto ao primeiro ponto do
eixo do elemento Ar. Neste ponto do lado direito
254
de sua cabeça encontra-se um termo deste eixo
do elemento Água, que desce até a planta de seu
pé direito, onde há o outro ponto de ressonân-
cia, em seu corpo, da ação deste eixo do elemen-
to Água. Há estruturas também muito particula-
res que esse eixo atravessa.
A ação da Integração deste elemento em vocês,
junto ao elemento Ar, participa de seu estabele-
cimento na Graça, e como eu disse em nosso úl-
timo encontro, a Integração deste eixo da Água
também participa na sideração da alma, na libe-
ração da consciência da identificação com uma
identidade considerada, pela mente, como espi-
ritual. No entanto, assim como para os outros
elementos, este eixo do elemento da Água revela
uma zona de sombra diante de vocês para que
seja vista com Lucidez e se dissolva no abando-
no que esta Lucidez lhes proporciona. O aspecto
do comportamento ou o modo de funcionamen-
to nesta encarnação, que é exposto pela ação do
eixo do elemento Água, se refere ao condiciona-
255
mento ligado ao futuro e às projeções; tudo o
que se refere às imagens, às expectativas de um
acontecimento futuro, o desejo de manipular
acontecimentos que, se esperam, aconteçam
num futuro qualquer. A ação deste eixo da Água
dissolve então este movimento mecânico de es-
tar identificado a um futuro qualquer, porque
faz parte exatamente da ilusão da alma invertida
crer que há um tempo linear e que a sua ação é
determinante nos fatos que, dentro desta visão
linear, se desenrolarão. Há uma série de elemen-
tos que visam manter a consciência identificada
a esta realidade exterior. Estes elementos todos
tem uma base nisto que vocês conhecem como
imagem.
Prestem bem atenção. Este elemento da imagem,
como vocês podem perceber em sua experiên-
cia, é praticamente a base de quase todas as suas
produções mentais. E frequentemente essas
produções mentais sempre estão aliadas a uma
expectativa do que venha a acontecer num futu-
256
ro que também é imaginado. Desta forma a
consciência se mantém na espera de algo que
vem, mas algo que vem de fora e que está para
ser vivido num futuro qualquer. Estes dois ele-
mentos, o Ar e a Água, agindo nestes eixos, per-
mitem que sua consciência se centre definitiva-
mente no Aqui e Agora, fazendo a experiência da
Presença Última. Esta Presença Última pode ser
comparada a uma sensação de vazio, de nada.
Tudo que faz parte das imagens, que se referem
a um passado ou a um futuro, uma culpa ou or-
gulho que estão ligados a experiências passadas,
como o medo e também a expectativa ligada a
experiências que se consideram como futuras,
nada disto existe na Presença Última. A Presença
Última que, nós podemos dizer dentro desta vi-
são apresentada por nossos irmãos de Cisne, é o
momento que antecede a dissolução do perce-
bedor, vê o fim de todas as projeções e imagens.
É um estado, um último estado, que lhes permite
viver a ausência completa de qualquer marcador
257
de existência sobre uma realidade espacial e
temporal. Como há uma ausência desses marca-
dores, então vocês podem viver completamente
esta Presença Última, este instante de Graça que
dura a eternidade. Num nível muito prático, na
Integração deste elemento, fica bem claro diante
de seus olhos o movimento constante da mente
em direção às expectativas em relação a um fu-
turo, bem como as imagens que são criadas ou a
adesão às imagens. Pode ser que neste momento
não fique claro, mas vocês passam a perceber
quanto de seus momentos vocês dispensam
dando atenção às criações mentais, nas circuns-
tancias as mais simplórias. Vocês se deslocam do
único momento que merece sua atenção, que é
Agora. Este eixo lhes permite se centrar no Ago-
ra, para além de qualquer tempo, assim como o
eixo do Ar lhes permite se centrar no Aqui, para
além de qualquer espaço. Bem, eu imagino que
tenha ficado clara esta explanação a respeito
deste eixo.
258
Algo que deve ser dito a respeito da Integração
dos Elementos e eu me refiro a esta forma, a es-
tes quatro exercícios especificamente, é que to-
das estas informações vibratórias - para não
confundir com informação intelectual - estão
contidas na série de transmissões que nosso
irmão Varuna lhes passou a respeito do Fogo de
Ibez. Elas estão contidas ali, impulsos para a In-
tegração destes Elementos. Mas ainda há uma
ligação um tanto mais profunda entre esses e-
xercícios que nós estamos transmitindo e aque-
les códigos que Varuna lhes passou. Bem, cada
um destes sete pontos ou sete zonas de seu cor-
po tem uma ligação direta com um dos Centros
Planetários. Após o nosso momento de comu-
nhão eu transmitirei certo esquema para facili-
tar a compreensão de vocês desta relação e
mesmo da prática destes exercícios. Por agora
nós podemos nos dedicar a viver alguns momen-
tos de Integração e Fusão com este elemento da
Água, entre este eixo que atravessa seu corpo
259
desde a cabeça do lado direito até a planta de
seu pé direito.
A forma de executar este exercício é a mesma
para as outras: em silêncio, sem expectativas ou
projeções, direcionar a Atenção e a Intenção
nesta zona do lado direito da cabeça e depois
levar a Atenção e Intenção até a planta do pé
direito e retornar à zona do lado direito da cabe-
ça. Isso pode ser feito algumas vezes observando
a respiração que é um elemento importante na
Integração desta tranquilidade, desta paz. Então
vocês podem permanecer alguns momentos em
silêncio, em seu Coração Sagrado, e experimen-
tar ai os efeitos deste exercício. Bem, vamos en-
tão viver esses momentos de comunhão .
... Integração do Elemento Água...
Meus irmãos e minhas irmãs fiquem em Paz e
mergulhem em seu Sagrado Coração e partilhem
conosco da Essência Divina.
260
Capítulo XIX
INTEGRANDO OS ELEMENTOS
E OS CENTROS PLANETÁRIOS
LHIEVA
Bem irmãos, eu retorno com minha irmã para
passar o esquema do qual eu falei, para que toda
a Rede possa se beneficiar disso, não é mesmo?
Cada um dos pontos e das zonas que fazem parte
desses eixos se liga com um Centro Planetário,
por afinidade vibratória e elemental também. E
Varuna passou algumas chaves ligadas aos as-
pectos do Fogo de Ibez em ação nos sete Centros
Planetário. É bom lembrar, se nós ainda não
lhes dissemos, que é possível utilizar estas cha-
ves vibratórias quando da execução destes exer-
cícios.
A relação se dá como se segue:
No eixo da Terra, o ponto que está ligado à zona
posterior da cabeça, na parte de trás, está ligado
ao Centro Planetário Miz Tli Tlan, cuja chave
261
vibratória é Eron. O ponto do eixo da Terra que
se situa na base da coluna está ligado ao Centro
Planetário Iberah, cuja chave vibratória, como o
irmão Varuna lhes transmitiu, é Farlon-Ishin.
No eixo do Fogo, a zona anterior da cabeça, liga-
da ao primeiro ponto deste eixo, tem relação
com Erks, cuja chave vibratória é Santôshi. E
este eixo desce até o seu sacro, no ponto mais
baixo do sacro, que também está ligado com Ibe-
rah, cuja chave vibratória vocês já sabem qual é
(nota: Farlon-Ishin).
No eixo do Ar, a zona no lado esquerdo da cabe-
ça está ligada com o Centro Planetário Lis, cuja
chave mântrica é Isinlah. E o seu termo, que está
na planta do pé esquerdo, está ligado com o Cen-
tro Planetário Mirna Jad, cuja chave mântrica é
Meruêni.
No eixo da Água, o ponto ligado à zona no lado
direito da cabeça tem relação com o Centro Pla-
netário Aurora (nota: chave vibratória - Semekh-
262
Rá) e o seu termo, na planta do pé direito, tem
relação com o Centro Planetário Aimerã (nota:
chave vibratória – Aimerã).
Então, na execução destes exercícios, claro, vo-
cês podem seguir o seu impulso interior; para
muitos é suficiente apenas portar ali a Atenção e
a Intenção, mas nós transmitimos esta relação
com os Centros e a relação com essas chaves
mântricas porque elas servem de apoio se há
alguma dificuldade de portar apenas a Atenção e
Intenção silenciosa. Então vocês podem fazer
isso tanto em silêncio como verbalizando a cha-
ve mântrica, ou o nome do Centro Planetário, à
medida que colocam a Atenção e a Intenção em
cada uma destas zonas. Está compreendido?
Alguma dúvida?
Participante: Dá para fazer todos de uma vez
só? Todos os elementos?
Lhieva: Nós aconselhamos que na primeira vez
vocês façam apenas um de cada vez, com um
263
espaço de algumas horas entre eles. Para aque-
les que vão executá-los pela primeira vez, o ideal
é que isto seja feito com certo intervalo entre
um e outro.
Há uma relação, também, destes eixos com aqui-
lo que vocês conhecem como Veículo Dimensio-
nal ou Merkabah. A ativação destes eixos ou a
sua percepção destes eixos, na Integração dos
Elementos, participa na ativação completa de
sua Merkabah, e quando vocês fazem estes exer-
cícios, pode ser que em sua execução vocês per-
cebam aí este Veículo Interdimensional, ou por
um movimento vibratório dos quatro eixos, ou
pela percepção da rotação pluridimensional des-
te corpo interdimensional, que é a Merkabah.
Apenas para que se houverem estas percepções
não haja questões.
Bem, então, muito boa prática e integração de
seus elementos. Lembrando que vocês não de-
vem se fixar em nada. Estes são apenas facilita-
dores para que vocês integrem conscientemente
264
aquilo que já está integrado num plano supra-
consciente. Pois bem?
Então fiquem em paz, fiquem em paz e até qual-
quer momento. Sejam abençoados.
265
Capítulo XX
PRATICANDO A INTEGRAÇÃO
IVERNA
Saudações meus irmãos e minhas irmãs. Eu sou
Iverna e venho acompanhada de minha irmã
Lhieva para vivermos alguns momentos de Co-
munhão e de Fusão nestes quatro Elementos
sagrados de seu Coração, em meio a estes eixos
que nós lhes transmitimos. Esta é a descida do
Grande Espírito e é a passagem do Sopro do
Grande Espírito em suas estruturas, lhes devol-
vendo sua realidade cósmica, sua herança de
Filhos Ardentes do Sol. Bem, eu lhes peço então
que se mantenham numa posição confortável,
tocando seus pés no chão, para que nós possa-
mos iniciar a ativação destes eixos que eu e mi-
nha irmã Lhieva conduziremos com vocês.
Vamos inspirar profundamente, comungando
com este Grande Espírito que nos envolve. Este
Grande Espírito que é a base mesmo de nossa
existência. Este Grande Espírito que é a Essência
266
da Essência. O Centro de todos os centros. O Co-
ração de todos os corações.
Portem sua Atenção e sua Intenção no primeiro
ponto do eixo da Terra, na base de sua cabeça,
na área de sua nuca. Inspiremos.
Eron. Eron. Eron.
Portemos a Atenção e a Intenção no segundo
ponto do eixo da Terra na base de sua coluna.
Inspiremos.
Farlon-Ishin. Farlon-Ishin. Farlon-Ishin.
De volta ao primeiro ponto do eixo da Terra.
Inspiremos.
Eron. Eron. Eron.
Permaneçamos alguns momentos mergulhados
no Coração flamejante, onde este Elemento da
Terra é fecundado pelo Fogo do Espírito e inte-
grado ao Éter, ao Éter Unificado.
... Integração do Elemento Terra...
267
Portem a Atenção agora no primeiro ponto do
eixo do Fogo, na raiz de suas sobrancelhas. Ins-
pirem.
Santôshi. Santôshi. Santôshi.
Levem sua Atenção e sua Intenção à base de seu
sacro, o segundo ponto do eixo do Fogo. Inspi-
rem.
Farlon-Ishin. Farlon-Ishin. Farlon-Ishin.
Retornemos a Atenção ao primeiro ponto do
eixo do Fogo.
Santôshi. Santôshi. Santôshi.
Permaneçamos alguns instantes em meio a esta
fornalha do Coração Sagrado, onde este elemen-
to do Fogo é integrado neste Coração e integra-
do ao Éter Unificado. Este Fogo que fecunda a
matéria, este Fogo que age em sua regeneração e
no nascimento de seu corpo de Luz.
... Integração do Elemento Fogo...
268
LHIEVA
Meus amados irmãos e minhas irmãs. Continu-
emos na ativação destes eixos dos Elementos.
Portem sua Atenção no primeiro ponto do eixo
do Ar, no lado esquerdo de sua cabeça. Inspirem.
Isinlah. Isinlah. Isinlah.
Conduzam sua Atenção e sua Intenção ao termo
deste eixo do Ar, sob o seu pé esquerdo. Inspi-
rem.
Meruêni. Meruêni. Meruêni.
Retornem sua Atenção e sua Intenção para o
primeiro ponto do eixo do Ar. Inspirem.
Isinlah. Isinlah. Isinlah.
Estabeleçamos-nos em meio a este Coração Ili-
mitado, em meio a este Ilimitado do Coração,
onde o elemento Ar se integra no Éter Unificado,
lhes dando a viver a realidade de sua multidi-
mensionalidade e a realidade de nossas Presen-
ças em sua Presença.
... Integração do Elemento Ar...
269
Portemos agora Atenção e Intenção sobre o
primeiro ponto do eixo da Água, na zona do lado
direito de sua cabeça. Inspirem.
Semekh-Rá. Semekh-Rá. Semekh-Rá.
Conduzam sua Atenção e sua Intenção ao termo
do eixo da Água, na planta de seu pé direito. Ins-
pirem.
Aimerã. Aimerã. Aimerã.
Retornem sua Atenção ao primeiro ponto do
eixo da Água. Inspirem.
Semekh-Rá. Semekh-Rá. Semekh-Rá.
Mergulhemos profundamente nesta Morada da
Paz Suprema, neste Coração dos Corações, neste
Grande Espírito, nossa Essência, onde este ele-
mento da Água se integra ao Éter Unificado, nes-
te Coração do Ilimitado, e lhes banha nas Águas
do alto, onde vocês ressurgem livres, completos
e íntegros desde toda a Eternidade.
... Integração do Elemento Água...
Eu e minha irmã Iverna lhes transmitimos as
bênçãos de Tumaní e lhes desejamos uma mara-
270
vilhosa passagem, um maravilhoso retorno às
moradas do Pai-Mãe Uno. Sejam abençoados
filhos do Céu e filhos da Terra.
271
Capítulo XXI
KASINTANKÔ – DERRUBANDO OS MUROS I
IVERNA
Saudações irmãos e irmãs, filhos e filhas do Céu
e da Terra. Eu me chamo Iverna, eu venho em
vosso meio nesta oportunidade para que nós
possamos retomar nossos momentos e nossas
lições de alinhamento. Nós lhes lembramos de
que o nosso papel, ao lado de vocês, é lhes apre-
sentar a Natureza sob outra perspectiva e apre-
sentar tudo o que é natural como uma porta e
uma ferramenta para seu alinhamento interior.
Aqui nós vamos abordar este alinhamento, nós
vamos viver este alinhamento e deixem-me res-
significar o sentido desta palavra: alinhamento
quer dizer entrar num estado de consciência
onde vocês fazem a experiência direta e real da
Unidade.
Percebam, há formas de se viver este sentido de
Unidade. A forma mais comum é esta que parte
daqui - da cabeça. Vocês fecham os olhos e se
272
imaginam unos com tudo, esta é uma forma. Isto
chama a sua atenção para o elemento da Unida-
de, isto lhes faz sentir um sentimento, às vezes,
de Unidade e esse sentimento pode ser tanto
uma leve emoção, como uma profunda comoção
de Unidade. No entanto, quando este êxtase do
sentido induzido passa, vocês sentem como se
houvessem cinzas na boca, porque ele não é du-
radouro e no final vocês sabem que foi apenas
uma projeção, foi apenas imaginação. Mas é uma
forma e muitas pessoas se servem dessa forma
hoje. Esta forma de imaginar a Unidade chama
àquilo que vocês conhecem aqui como a capaci-
dade de projeção, de visualização, ou ainda o tão
famoso ‘terceiro olho’. É uma forma, vamos lem-
brar mais uma vez. E constantemente vocês
mesmos se servem dela apesar de qualquer que
seja a crença que vocês tenham a respeito dessa
técnica. Mas a nossa intenção não é reforçar a
imaginação, embora seja uma ferramenta útil
para muitas coisas.
273
Nós queremos lhes apresentar outra via de viver
a Unidade. Esta outra via de viver a Unidade lhes
dá experiência real e concreta da Unidade. Uma
experiência tão profunda que abala mesmo as
certezas que vocês possam ter tido anteriormen-
te a respeito da separação entre as coisas: a se-
paração entre vocês e o mundo, a separação en-
tre vocês e a Natureza ou como aquele que nin-
guém sabe o que é, disse certa vez: “a distância
entre o percebedor e o percebido” (nota: um
interventor chamado Velador, que apresentou a
Autopercepção). É para superar esta distância,
que em si mesma é ilusória, é que nós estamos
aqui com vocês. É para lhes apresentar alterna-
tivas de como estar num campo de percepção
separado, e alternativas que lhes possibilitem
transformar a realidade - como é vivida pela
mente - da separação na realidade - como é vivi-
da pelo Coração - da própria Unidade.
Nós lhes passamos várias formas de se abrir
para este outro estado de consciência, nós lhes
274
passamos várias formas e ferramentas que têm
por objetivo lhes fazer viver eficazmente este
outro estado de consciência, mesmo que vocês
ainda estejam dentro de uma forma fixa. Até que
ponto vocês se serviram ou se servem destas
ferramentas, isto cabe unicamente a vocês avali-
ar. Mas elas estão aí, são ainda válidas e podem
ainda produzir o mesmo efeito, senão um efeito
ainda maior dado às circunstâncias atuais deste
campo de vida. Hoje nós gostaríamos de chamar
sua atenção para uma pergunta: “O que me im-
pede de viver a Unidade?”. Eu vou dar alguns
momentos para que vocês, consigo mesmos, se
façam essa questão e procurem aí uma razão ou
uma desculpa que os impeça de viver a Unidade,
sim? Então fiquem alguns momentos tendo este
debate consigo mesmos. (Pausa).
Alguém chegou a alguma razão que o impede de
viver a Unidade? Alguém se aventura a expor
uma razão?
275
Participante: Aparentemente, eu diria que é
a ignorância do que eu sou e a identificação
com o que eu não sou.
Iverna: A ignorância do que você é e a identifi-
cação com o que você acredita ser? Isso lhe im-
pede de viver a Unidade?
Participante: Aparentemente.
Iverna: Aparentemente.
Participante: Seria uma desculpa provavel-
mente.
Iverna: Alguém mais?
Participante: A única palavra que me veio foi
falta de fé.
Iverna: Falta de fé. Vocês percebem como de um
polo para outro do campo de experiência que
cada um vive, nós encontramos elementos dife-
rentes que norteiam a experiência. Talvez a nos-
sa irmã tenha muita fé em acreditar que ela não
sabe o que é e que está identificada com o que
não é, e talvez você saiba muito bem o que é e
276
saiba muito bem com que está identificada, mas
a falta de fé talvez lhe impeça de viver a realida-
de disso. Alguém mais tem alguma outra razão
para não viver a Unidade aqui?
Participante: Primeiro vem o medo, o medo
de que? Aí não teve resposta. De nada. De
nada.
Iverna: Medo. Alguém mais?
Participante: Apego à experiência.
Iverna: Apego à experiência. No caso a experi-
ência da própria separação. Uma vez que a Uni-
dade também é uma experiência.
Muito bem! O exercício, a prática de Alinhamen-
to que Tumaní lhes oferece, a partir de hoje, se
chama “Derrubando os Muros”. Nós vamos lhes
conduzir a uma forma de se relacionar um pou-
co mais complexa do que a forma de alinhamen-
to que nós vínhamos lhes propondo. Isso vai
exigir de vocês mais atenção, um pouco mais de
uso da caixinha preta aqui (cérebro), e também
277
mais envolvimento, certo? Mas é claro ninguém
é obrigado a nada, é só uma proposta. Esta prá-
tica chamada “Derrubando os Muros”, em Tu-
maní, nós chamamos ‘Kasintankô’. Kasintankô
significa derrubar os muros e ‘Kasintankô’ está
fincada no exercício de colocar a sua atenção
numa parte do corpo e, acompanhando sua res-
piração, espalhar essa sua atenção, ou esse seu
sentido de presença, por todo o corpo, até que
vocês sintam o limite do corpo. Bem, deixem-me
reformular o que é Kasintankô.
A primeira parte deste exercício pode ser feita
de maneira muito simples: de olhos fechados ou
não, como cada um de vocês decidir, vocês se
centram num ponto central do peito, um ponto
qualquer. Então inspirem e expirem e a cada
inspiração e expiração sintam como se vocês
afundassem nesse ponto, tentem ir se abstrain-
do de todas as coisas que estão fora desse ponto
até sentir esse ponto. Quando vocês sentirem
esse ponto em relação às outras partes do corpo,
278
em relação às outras coisas que acontecem, en-
tão a partir deste ponto, ainda lembrando-se da
inspiração e da expiração, vocês vão preenchen-
do o seu corpo com vocês mesmos.
Bem, há um sentido de presença, vocês concor-
dam comigo? Vocês sabem que estão aqui. Onde
exatamente vocês estão? Quando vocês estão
prestando atenção no que eu falo, vocês têm
noção dos limites de seu corpo? Vocês sentem o
tecido tocando na pele, vocês sentem a tempera-
tura no solo debaixo de seus pés? Não. Quanto
mais atenção vocês deslocam para a minha voz,
menos atenção vocês concedem aos limites do
seu veículo físico. É muito fácil de provar isto.
Quando vocês estão muito absortos em uma de-
terminada atividade, vocês tendem a se tornar
completamente alheios ao que está acontecendo
ao redor de vocês, muitas vezes até com o que
está acontecendo com o seu próprio corpo; às
vezes um mosquito pode estar se alimentando
279
ali e vocês vão se dar conta minutos depois,
quando a dor começa a incomodar.
O exercício Kasintankô é o oposto disso. É para
que vocês possam, nesta primeira parte, se dar
conta de sua presença dentro deste veículo; é
por isto que eu disse que a partir deste ponto no
qual vocês escolhem se centrar, vocês vão pre-
enchendo seu corpo com sua presença. Isso quer
dizer que vocês vão expandindo o ponto no qual
sua atenção está focada, até que vocês cheguem
à borda do corpo, até que vocês sintam comple-
tamente os limites desse corpo, até que vocês
estejam conscientes de que estão presos dentro
de uma forma. Como vocês vão perceber isso?
Vocês vão expandir, expandir, expandir e vocês
vão perder sensação. Muito simples. Coloquem
sua mão em um lugar qualquer, que não seja no
seu corpo, claro. Movam a mão. Vocês percebem
o tecido ou o material em que vocês estão colo-
cando a mão, certo? É macio, não é macio, é du-
ro, não é duro. O que será que a poltrona está
280
sentindo quando eu passo a mão nela? Vocês
sabem o que a mão de vocês sentem, mas vocês
sabem o que o tecido sente? Os pés no chão. Co-
loquem os pés no chão. Está úmido, está gelado,
está quente. Quando vocês movem os dedos vo-
cês recebem estas informações; que informação
que o piso recebe pelo toque do pé de vocês?
Isso lhes prova que vocês estão do lado de cá da
barreira que lhes separa das coisas, porque vo-
cês estão limitados às informações que a pele
lhes transmite ou que os sentidos deste veículo
lhes transmitem. Vocês estão conseguindo a-
companhar? Eu lhes falei isso vai exigir um pou-
co mais da cachola. Então não se preocupem
ainda em receber as informações que as outras
coisas estão recebendo de vocês. A primeira par-
te do exercício Kasintankô é derrubar o muro
que vocês criaram e que separa vocês deste cor-
po, que lhes deixa inconscientes de sua Presen-
ça, Aqui e Agora. Vamos praticar esse exercício
algumas vezes agora, para que se vocês tiverem
281
alguma dúvida, nesta primeira parte, nós pos-
samos solucionar agora mesmo. Então apenas
relaxem, de olhos fechados ou não. E eu vou lhes
passando as instruções.
Então, se centrem. Coloquem toda a sua atenção
num ponto no meio do peito. Respirem. Mas
respirem sem tentar criar um padrão na respi-
ração. Apenas deixem o corpo respirar e apenas
observem, lembrem que vocês estão respirando.
Sua atenção tem que estar neste ponto no meio
do peito. Vocês podem tocar este ponto com o
dedo para facilitar a percepção deste ponto. Se
centrem neste ponto completamente. E agora, à
medida que vocês inspiram e expiram, alarguem
este ponto em que sua atenção se foca, esten-
dam sua atenção para um ponto maior, uma re-
gião maior no meio do peito. Agora estendam
sua atenção para todo o peito. Se sintam nessa
área. Vocês estão completamente nesta área e
em nenhum outro lugar. Expandam mais uma
vez a atenção. Estendam esta atenção para uma
282
área cada vez maior do seu corpo, pelos braços
até a ponta dos dedos, pelo baixo ventre, coxas,
até os pés e até o topo de sua cabeça. Vocês es-
tão aqui, dentro deste corpo, completamente
aqui. Percebam as informações que suas mãos
passam a vocês, se percebam dentro delas e de
seus pés. Percebam as sensações que percorrem
o seu corpo. Onde vocês estão aí dentro? Sintam
os limites do corpo: como esta pele lhes impede
de ir além e de se derramar por todo este espa-
ço; como vocês estão sobre o assento, mas não
no assento; como o vento bate no corpo e se
desvia ao invés de lhe atravessar. Experimentem
a rigidez desta forma. Experimentem a opacida-
de desta forma. E agora simplesmente permane-
çam aí dentro desta forma o tempo que pude-
rem, o tempo que desejarem, permaneçam aí
com sua atenção voltada para dentro dos limites
do seu corpo. Procurem ficar relaxados, relaxem
todos os músculos, é um exercício de simples
observação. Sintam o seu corpo. Se deleitem nas
283
sensações que percorrem sua forma. Não se de-
morem em tentar compreender nada, analisar
nada, apenas saboreiem este momento de para-
da, de imobilidade.
Muito bem. O objetivo deste exercício, desta
primeira parte de Kasintankô, é lhes permitir
fazer a experiência de estar completamente a-
qui, dentro do corpo, sem rejeitar a sensação de
separação, sem rejeitar a sensação de estar limi-
tado; que vocês, enfim, façam as pazes com a
prisão, que vocês sacralizem este estado de estar
limitado a uma forma. Agora nesse momento em
que vocês se propõem a aceitar estar limitados,
vocês deveriam tomar cuidado com aquela outra
forma de viver a Unidade, que é a imaginação.
Porque nesse momento pode ser que seja atra-
ente começar a imaginar que vocês estão unidos
com as coisas, e que vocês estão sentindo isso,
estão sentindo aquilo, e daqui a pouco vocês não
estão mais aqui no limite da forma. Prestem a-
284
tenção: o objetivo desse exercício é que vocês
fiquem alguns momentos aqui.
O resultado dessa primeira etapa, quando vocês
a completarem a contento, é que vocês comecem
a olhar o corpo de dentro. Isso não quer dizer
uma visão diferenciada. Isso quer dizer apenas
que vocês vão sentir realmente, não como uma
imaginação, mas realmente, que vocês estão
dentro do corpo. Se vocês fecharem os olhos
agora e perguntarem onde vocês estão, tenta-
rem buscar em que parte do corpo vocês estão,
provavelmente vocês vão perceber que vocês
estão aqui na cabeça, é a partir daqui que vocês
gerenciam sua relação com o mundo. Então vo-
cês fecham os olhos e vocês estão aqui em cima.
À medida que vocês forem se adequando a esse
estado de estar dentro do corpo vocês vão per-
ceber que vocês não estão aqui em cima, vocês
vão perceber que vocês não estão na superfície
do corpo. Vocês estão em algum lugar aqui den-
tro e o corpo está ao redor de vocês. Isto é uma
285
sensação concreta. Isto não é a imaginação. Isto
é uma sensação concreta. E quando esta sensa-
ção for atingida, significa que vocês cumpriram
o objetivo dessa primeira etapa. Bem, para uns
isso pode chegar mais cedo, para outros um
pouco mais tarde, não se desanimem se a sua
intenção é colaborar conosco e com vocês mes-
mos lucidamente. No entanto, assim que vocês
chegarem nesse ponto em que vocês sentem que
o corpo está em volta de vocês, então vocês po-
dem desfrutar desse momento o quanto vocês
quiserem. Vocês vão perceber que vai ser muito
fácil permanecer nesse estado em silêncio, em
paz e talvez mesmo uma grande alegria brote aí.
Porque esse estado é o portal da experiência
concreta de não separação, de verdadeira uni-
dade.
Mas, por enquanto, vocês precisam fazer as pa-
zes com o estado de vocês. Não há redenção da
matéria sem amor. Não vai ser a revolta de vocês
contra este corpo que vai lhes permitir trans-
286
cender este corpo. Transcender este corpo não é
jogá-lo às traças e aos vermes, é amá-lo com um
amor tão grande, tão grande, que vocês em rea-
lidade se tornem ele. Vocês compreendem a pro-
fundidade disto que eu estou apresentando a
vocês? Vocês compreendem quão forte vai ser o
abalo em suas convicções se vocês aceitarem
isto que está sendo dito? Vocês compreendem
quão diferente é este amor da repulsão válida ou
não, que vocês alimentam pela experiência da
encarnação? Desapego não é ódio. Desapego não
é rejeição. Abandono não quer dizer afastar as
coisas de si. E lucidez não quer dizer uma atitu-
de fria em relação ao fogo da encarnação. Luci-
dez é verdadeiro amor. Lucidez é um amor tão
grande e tão profundo, que vocês escolheriam
permanecer aqui por mais quinhentos mil anos,
se fosse necessário, para resgatar a matéria se-
parada. Isto é lucidez. Lucidez é ter consciência
do que se é e assumir a responsabilidade pelo
que se é. Vocês compreendem isso?
287
A primeira etapa deste exercício está sendo pas-
sada, então, para que vocês possam fazer as pa-
zes com o fato inegável, aqui, de estar dentro de
um corpo. Não adianta ficar repetindo com a
mente ‘eu não sou um corpo, eu sou espírito’,
isto não vai lhes fazer viver unidade concreta.
Vocês vão acordar no outro dia presos ainda
aqui. A porta de liberação está dentro e está
dentro do corpo também, mas não criem a ideia
de que liberação vai ser se descartar deste cor-
po, como se ele não lhes tivesse oferecido ne-
nhum serviço. Este corpo tem sido um amigo
fiel, porque por mais que às vezes ele não os su-
porte, ele permanece aí. Ele se abre para vocês, a
cada reversão da alma, como uma casa que ama
o seu morador. Então vamos reconsiderar essa
repulsão por tudo isso. O corpo faz parte da na-
tureza e é o elemento da natureza mais próximo
de vocês para a prática do alinhamento.
Bem, eu lhes deixo agora então e retorno daqui a
sete dias, em nosso próximo encontro, para nós
288
avaliarmos como vocês experimentaram essa
primeira etapa de Kasintankô. Lembrando que
essa palavra Kasintankô, este termo, é um termo
vibratório também, e o seu efeito sobre a estru-
tura é facilitar a queda dos muros. Então eu de-
sejo a vocês um bom trabalho de pedreiro, que
vocês derrubem os seus muros, começando por
este primeiro: a separação que vocês impuseram
entre vocês e vocês aqui.
Fiquem em paz então meus irmãos e sejam a-
bençoados! Tumaní lhes saúda!
289
Capítulo XXII
KASINTANKÔ - DERRUBANDO OS MUROS II
LHIEVA
Saudações irmãos e irmãs. Eu sou Lhieva, do
Retiro de Tumaní. Vamos então falar um pouco
sobre a prática “Kasintankô”, que minha irmã
deixou com vocês em nossa última visita a vocês
aqui. Como foi a experiência de dar um primeiro
passo na queda dos muros, imaginários ou não?
Com relação a essa queda dos muros, como vo-
cês perceberam esses muros caindo? Houve essa
percepção, essa sensação ou essa consciência de
que um muro foi derrubado? De que essa apro-
ximação com a forma, aqui, aconteceu? Os resul-
tados dessa prática lhes levaram a estar presen-
tes Aqui e Agora? O nosso interesse é saber até
que ponto, para vocês, esta foi uma prática efeti-
va, e como nós podemos lhes auxiliar para que
essa prática se torne efetiva, se não o foi, em sua
experiência.
290
Participante: Eu senti uma presença muito
forte e parece que o ponto central foi bem
mais fácil de ser acessado a qualquer mo-
mento. É esse sentimento que eu tenho pelo
menos.
Lhieva: Essa sensação de presença, não é mes-
mo? Este é bem o objetivo. Um dos objetivos,
dessa primeira etapa, é que vocês comecem a
experimentar novamente uma relação de inti-
midade com esta forma. Alguém mais gostaria
de partilhar alguma coisa a respeito da prática
Kasintankô?
Participante: Eu senti algo como na autoper-
cepção. A gente comentou com o Asul sobre
essas pessoas que sempre estão focando no
mental, aí ele disse que, às vezes, para as
pessoas mais focadas no mental, melhor se-
ria o corpo estar em atividade. E assim na
prática Kasintankô eu também senti um pou-
co isso, que eu estou na presença, mas depois
a minha mente vagueia, eu estou e não estou
291
ali, no pensamento a mente ainda continua
trabalhando muito, muitas vezes. Acho que
eu sou esse tipo de pessoa que está muito
focado no mental ainda.
Lhieva: Bem, neste exercício Kasintankô, que é
formado de várias etapas, é imprescindível que
você aprenda a se relacionar bem com o seu
corpo. Isso não é a questão de você parar com a
mente. O objetivo dessa primeira etapa é lhe
deixar confortável dentro do corpo. Se existe a
tendência, então, a se perder da sua presença,
aqui nesse momento, por conta da mente que
fica trabalhando e fica puxando sua atenção para
outras coisas, o corpo é pleno de processos nos
quais você pode focar sua mente. Nesse sentido,
esta primeira etapa deste exercício é adaptada
para qualquer temperamento, compreende? Vo-
cês não precisam necessariamente fazer isto
parados, embora seja muito mais fácil. Vocês vão
perceber que é muito mais fácil no início, até
que vocês se habituem a estar presentes, execu-
292
tar este exercício com o corpo em repouso. Isto
até mesmo facilita a expansão do campo de per-
cepção. Mas o corpo possui milhares de proces-
sos que se desenvolvem constantemente, nos
quais você pode colocar sua mente para traba-
lhar sobre eles. Então, quando você fecha os
olhos e você então põe sua atenção em um ponto
específico do corpo, e nós sugerimos a região do
tórax, do peito, ali instantaneamente você pode
começar a perceber sensações ou o próprio cor-
po funcionando e sua mente vai se ocupar, vai
registrar essas informações, enquanto você não
se perde no trabalho da mente. Você, observan-
do a respiração, muito melhor, acompanhando a
respiração, se permite repousar no corpo como
se o corpo fosse uma cama. Como se o corpo fos-
se uma casa que você habita.
Este é um exercício para que vocês retomem
intimidade com o corpo, para que vocês possam
permanecer, alguns momentos, no corpo sem a
necessidade de fugir dele. Se vocês forem perce-
293
ber o comportamento mental que vocês têm,
normalmente, a mente é sempre uma fuga do
que está acontecendo no momento presente.
Seja criando outros cenários ou mesmo desvi-
ando o que está acontecendo no momento pre-
sente, colorindo este momento presente com as
suas expectativas desejos e projeções. Então
este aparelho mental, ao invés de se resumir a
uma ferramenta para seu relacionamento com o
ambiente a sua volta, se transformou numa es-
pécie de droga, que vocês usam para fugir cons-
tantemente do momento presente. Então é o
momento de habituar a mente a parar aqui. Se
você percebe que é difícil permanecer no corpo
no momento da execução deste exercício, então
relaxe e não se pressione. Abra os olhos, olhe ao
redor, coloque a mente para analisar as peque-
nas coisas acontecendo ao seu redor, por exem-
plo, como quando o seu pé se move e o tecido da
cama se move também, as cores das paredes.
Este tipo de coisa. Mesmo que você não esteja
294
presente no corpo naquele momento, pelo me-
nos você vai estar presente no ambiente. Isso já
é um começo. E aí você vai perceber que en-
quanto você deixa a mente brincando com estas
coisas, mas que estão acontecendo aqui ou que
estão presentes aqui, você também permanece
presente aqui. Assim vocês param o movimento
da mente de projeção e de imaginação, indepen-
dente aparentemente da sua vontade, do seu
desejo, e você reduz a taxa de desgaste a um ní-
vel muito mais baixo. E aí quando você então
estiver à vontade no ambiente em que você está,
comece a trazer sua mente para dentro dos limi-
tes do corpo. Então vá puxando a mente para
cada vez mais dentro, até chegar neste ponto no
peito. E depois faça o caminho de volta e pare no
corpo e permaneça no corpo.
Vocês não devem estipular nenhum prazo como
objetivo para permanência nesse estado. Dois
minutos, um minuto, que vocês permaneçam
presentes no corpo é o suficiente. Porque a in-
295
tenção não é que vocês estressem os veículos,
não é que vocês se estressem com os veículos. A
intenção é que vocês façam as pazes com os veí-
culos e não que vocês iniciem mais uma guerra
com eles, compreendem? Estas orientações não
são absolutas, se sintam livres para brincar, para
testar alternativas, outras formas de fazer isso. A
intenção básica da primeira etapa de “Kasintan-
kô” é derrubar o muro entre você-percebedor e
você-veículo sendo percebido. É permitir com
que você esteja à vontade na forma, sem preci-
sar fugir para outros mundos, para outros ambi-
entes, para outros tempos e outros aconteci-
mentos. Que você possa estar aqui à vontade e
em paz. Alguém mais gostaria de compartilhar
como foi sua experiência com a primeira etapa
de “Kasintankô”?
Participante: Eu gostaria. Eu fiz seguindo as
instruções, eu senti muita pressão aqui – no
peito – mas às vezes o corpo todo fica em
296
torpor, até os pés e os braços estendidos fi-
cam em um torpor, não sei.
Lhieva: Isso é uma das formas, como pode se
traduzir nas suas experiências particulares, do
cumprimento da primeira etapa. Porque quando
você sente todo o corpo em torpor, essa é uma
percepção geral de todo o veículo. Naquele mo-
mento, dificilmente sua mente vai estar atraída
por um ponto em particular no corpo. Ela está
percebendo o corpo como um todo, em torpor, e
você permanece no corpo em torpor. É interes-
sante que este ponto é o ponto clímax desta
primeira etapa, que vai lhe conduzir à vivência
da segunda etapa, sobre a qual nós vamos falar
daqui a pouco.
Participante: Toda vez que eu me concentro
eu tenho essa pressão aqui no peito, ela vai
aumentando, aumentando, depois ela vai
baixando, baixando.
Lhieva: Exatamente. Isto faz parte, vamos dizer,
do ciclo de vibração deste ponto vibratório que
297
reside aí no peito. Eu acho que os nossos outros
irmãos já lhes falaram muito a respeito desses
pontos vibratórios. O peito é uma região que
possui vários pontos sensíveis vibratoriamente.
E que, claro, com a estimulação de sua Atenção,
de sua Intenção e mesmo de sua percepção, es-
ses pontos tendem a surgir em seu campo de
percepção, dando esses sinais vibratórios. Isso é
completamente natural. Tudo é natural.
Participante: Nesse momento em que vou
fazer o alinhamento, eu convoco, ou chamo a
você e as duas irmãs (nota: Iverna e Isilda,
instrutoras de Tumaní). Não sei exatamente o
que elas vão fazer, mas acredito que elas dão
algum auxílio sempre que precisar. Acho que
é isso.
Lhieva: Sim, justamente a vibração do peito é o
sinal de nossa presença. Uma parte em você, ou
você em um dos seus níveis, nos reconhece e nos
saúda com a vibração de seu Coração.
298
Participante: Eu sinto também uma pressão
muito forte no braço, às vezes fica dormente.
Lhieva: Isso faz parte de todas as estruturas
reativadas. A gente talvez entre neste âmbito
numas etapas mais à frente, quando vai ser de
alguma utilidade que vocês tenham conhecimen-
to disto. Por enquanto apenas acolham o que
quer que surja em seu campo de percepção, du-
rante a prática desta primeira etapa de Kasin-
tankô.
Participante: Todas as vezes que eu fiz, eu
peguei no sono. Eu tenho a impressão que eu
não fiz nada.
Lhieva: Bem, isto, de novo, é natural, isto é na-
tural. O sono é uma das formas de escapar da
prisão do corpo. Isto, de novo, não é algo que
deve ser considerado errado, a fuga também é
uma resposta natural aqui na experiência. Isto
não importa, se você dorme ou se você perma-
nece acordado, isto é de menos importância. O
que realmente importa é que enquanto você está
299
fazendo o exercício você consiga se manter con-
fortavelmente no corpo. Você aprenda ou você
redescubra o prazer de simplesmente repousar
na forma que você possui, compreende? O que
quer que se siga a isso não importa porque cada
um de vocês está em uma dança particular, em
uma forma muito particular de se relacionar
com os seus diferentes níveis de existência. Cada
um de vocês possui um destino diferente e está
aqui fazendo coisas diferentes realmente. Então
os efeitos que essa prática pode despertar em
cada um de vocês, também vai ser diferente e vai
lhes conduzir a explorar áreas diferentes do
seus campos de percepção. Então apenas fiquem
tranquilos, não se preocupem com o que ocorre
depois, o interesse da primeira etapa de Kasin-
tankô é que vocês aprendam a amar o corpo.
Amar sem apego. Amar sem posse. Que vocês se
relacionem com o corpo como uma casa, que
vocês habitam. Mas não só nesse nível imaginá-
rio. O real objetivo da primeira etapa de Kasin-
300
tankô é viver que o corpo é uma forma dentro da
qual vocês estão, mas que vocês não são. Vocês
nessa primeira etapa fazem a experiência da
Imanência. Assim como o Grande Espírito é i-
manente à sua criação, é transcendente à sua
criação , vocês são imanentes e transcendentes.
A primeira etapa de Kasintankô lhes habitua a
ser imanentes à sua criação. Vocês estão dentro
da sua criação. Vocês vivificam a sua criação.
Mais alguém?
Participante: Ontem eu fiz a prática e fiz o
exercício de não prestar atenção em nenhu-
ma parte do corpo em especial, estar só no
corpo. E aí muito rapidamente veio essa pre-
sença e aí eu fiquei em paz por um tempo.
Mas aí muito rapidamente veio uma euforia
que ficou muito forte, na mão e no pé, e aí
veio tremores no corpo e o corpo ficou mais
energético. Aí eu parei, foi muito rápido isso,
eu não sei se devia ter continuado a prática.
301
Lhieva: Bem, de novo, não é a questão de es-
tressar os veículos. Como eu falei para outro
irmão, o importante é que enquanto vocês esti-
verem executando a prática vocês permaneçam
na forma. Permaneçam na forma em paz e tran-
quilidade, isto faz parte dos efeitos que para ca-
da um acontece de modos diferentes, sobre o
qual nós ainda não vamos tratar. Nós podemos
passar então para a próxima parte da nossa con-
versa?
Eu sugiro que vocês continuem se dedicando a
esta primeira etapa. Eu peço que agora, vocês,
no momento em que estiverem presentes no
corpo, quando vocês estiverem naquele estágio
em que vocês estão simplesmente a se deleitar
no corpo, a repousar no corpo, vocês conduzam
sua atenção para a superfície do corpo, para a
pele. A instrução que eu tenho hoje a passar pa-
ra vocês é muito simples e vai lhes preparar pa-
ra a próxima etapa. Quando vocês estão nesse
estado de relaxamento e também de presença,
302
eu peço que vocês conduzam sua atenção à pele.
E observem o que toca sua pele, não num nível
material, mas em um nível que parece não ser
material, em um nível sutil. Eu quero que vocês
prestem atenção nas percepções e nas informa-
ções que sua pele capta. Vocês vão perceber que
nesse estado de presença, quando vocês condu-
zem sua atenção para qualquer parte do corpo,
em especial na superfície, nesse primeiro mo-
mento, vocês vão perceber como que uma se-
gunda pele sobre a pele do corpo. Esta segunda
pele pode lhes transmitir informações de calor,
de refrescância, como um suave veludo encos-
tando-se a sua pele, como uma brisa, como puro
fogo, como eletricidade, enfim, isto vai ser dife-
rente para cada um de vocês. Mas as orientações
de hoje são que vocês continuem na prática, nes-
ta primeira etapa. E no momento em que vocês
estiverem repousando na forma, percebam as
extremidades do corpo, a superfície de todo
corpo. Vocês podem fazer isso de um ponto só,
303
como por exemplo, na pele da mão, nas palmas
da mão, dos pés ou na pele inteira do corpo, na
superfície inteira do corpo, isso não importa. O
importante é que vocês se deem conta deste
campo, este campo vibratório, que circunda o
seu corpo. Isto, por enquanto, é o suficiente. En-
tão permaneçam na percepção deste campo vi-
bratório, e de novo, não se preocupem com os
efeitos. Aceitem o que surgir a partir dai, mas a
orientação de hoje é que vocês deem este passo
além do limite do corpo. Isto vai lhes habituar a
quebrar agora uma segunda barreira, a do limite
do corpo físico.
Nesta primeira etapa vocês foram até o ponto de
se habituar a permanecer dentro dos limites do
corpo. Agora vocês começam a explorar o que
vocês são além do limite do corpo, compreen-
dem? Mas nós não vamos lhes entulhar de in-
formações. Por enquanto apenas se familiarizem
com esta segunda camada que circunda seu cor-
po. Certo? Vocês possuem alguma questão, al-
304
guma necessidade de esclarecimento, que talvez
eu possa lhes conceder nessa oportunidade?
Participante: Você coloca a atenção nessas
manifestações da pele e ao mesmo tempo
coloca a intenção na respiração?
Lhieva: Você vai continuar respirando. No mo-
mento em que você atinge este estágio da Pre-
sença, a respiração já se misturou com tudo
mais no corpo. Não é mais necessário que vocês
ponham a atenção especificamente na respira-
ção, porque isso seria, de novo, se focar numa
parte ao invés de estar presente no todo confor-
tavelmente. Então quando vocês estiverem neste
estágio da presença, com o corpo preenchido de
sua presença, então sim, vocês conduzem a a-
tenção para a pele. Agora não é necessariamente
para perceber o que está acontecendo na pele,
mas sim para perceber o que circunda a pele.
Bem, não há como explicar essas coisas facil-
mente em palavras. É melhor que vocês se lan-
cem à vivência e no nosso próximo encontro nós
305
conversamos sobre isso, porque aí talvez, vocês
vão ter tido a experiência direta do que eu aca-
bei de falar. Mais alguma questão irmãos?
Então eu lhes desejo uma boa prática, que vocês
continuem mergulhando cada vez mais profun-
damente no que vocês são. Fiquem em paz, vo-
cês são amados e abençoados. Até breve.
306
Capítulo XXIII
KASINTANKÔ - DERRUBANDO OS MUROS III
IVERNA
Saudações irmãos. Eu sou Iverna do Retiro de
Tumaní. Nós temos como propósito, nesta opor-
tunidade, dar continuidade ao exercício que nós
transmitimos a vocês: Kasintankô, Derrubando
os Muros. Minha irmã Lhieva lhes passou a se-
gunda etapa desse exercício, que consistia numa
continuação natural da primeira parte, em que, a
partir do momento em que vocês estivessem
centrados, presentes dentro da forma, vocês
direcionassem sua atenção para o campo de e-
nergia que circunda este corpo.
Eu quero acrescentar uma nota a respeito desta
segunda etapa. Uma nota explicativa, muito mais
do que prática. Este campo de energia, não é o
campo de energia que é chamado aqui de aura,
isto não tem a ver com isso. Esta percepção de
uma vibração na superfície do corpo é a mani-
festação de seu corpo etérico, daquilo que vocês
307
conhecem como corpo de luz, ou corpo multidi-
mensional. Este corpo não é limitado pela forma
física, e vocês são este corpo, vocês são este
campo de energia, vocês são este campo de luz.
Este campo de água, de fogo, de terra, de ar,
completamente integrados; vocês são este Corpo
de Éter. Este Corpo de Éter que existe no nível
da Matéria onde esta diferenciação não é tão
pronunciada, onde esta discriminação da forma
não existe. Há certa diferenciação neste nível da
matéria, em que este seu Corpo de Éter existe,
mas esta diferenciação não é discriminação, esta
diferenciação não é distância, esta diferenciação
não é separação. Neste corpo, que vocês já po-
dem acessar agora, neste novo mundo que vocês
vivem, este novo corpo coexiste neste corpo físi-
co e transcende os limites deste corpo físico até
o infinito. Como pode, também, se condensar
num único átomo, numa única célula.
O objetivo destes exercícios, embora isto vá de-
pender das respostas que vocês deem a cada
308
etapa transmitida, é que vocês se integrem,
completamente, neste Corpo de Éter e apren-
dam a ser neste Corpo de Éter, a estar dentro
deste mundo, deste universo, enfim, desta maté-
ria, sendo, habitando e utilizando, coerentemen-
te, este Corpo de Éter. Então, esta segunda etapa,
é a primeira percepção que vocês têm deste
Corpo de Éter. É claro que durante estes dois
anos e para alguns de vocês até por mais tempo,
vocês já tiveram sinais, marcadores da presença
deste Corpo de Éter, deste corpo de Fogo Sagra-
do. No entanto, a intenção nesta etapa, neste
novo mundo, é que vocês se tornem lúcidos des-
te corpo e sejam capazes de utilizá-lo. Utilizá-lo
funcionalmente. Então, a segunda etapa seria a
atenção focada na superfície, nos limites do cor-
po físico, de modo a perceber esta porção do
Corpo de Éter que vai além dos limites da forma.
Isso seria a primeira deslocalização de uma for-
ma fixa, como vocês vivem aqui.
309
A terceira etapa constitui no redobramento, na
intensificação da atenção neste campo, neste
campo de Éter que vai além dos limites do cor-
po. De modo, agora, a dissolver os limites do
corpo. Dentro da prática de Kasintankô - cuja
primeira etapa é se habituar a uma forma fixa, é
fazer as pazes com a limitação de um corpo tri-
dimensional, e cuja segunda etapa é redescobrir
este corpo multidimensional - a terceira etapa
tem como objetivo iniciar suas experiências e
experimentações com este corpo multidimensi-
onal. Então, a partir deste ponto de presença, a
partir deste ponto de silêncio, de paz e de amor
pela matéria, vocês passam à percepção deste
corpo multidimensional que se traduz no nível
físico, no nível dos sentidos físicos de várias
formas, formas que, inclusive, vocês já conhe-
cem, que lhes são comuns, podem ser um formi-
gamento, ou calor, ou frio, em todas estas per-
cepções que não encontram explicação num fa-
tor material, mas numa percepção que embora
310
pareça ser física, vai além do nível puramente
físico. Nesta terceira etapa de Kasintankô, vocês
permanecem com a atenção neste campo de e-
nergia, neste campo de Éter, que é o substrato
da matéria diferenciada e discriminada. Este
corpo - como essa própria identidade que vocês,
temporariamente, são - é um campo de energia,
é um campo de energia grande e poderoso o su-
ficiente para acolher dentro de si todo o seu
campo de percepção. Quando vocês são um cor-
po físico, quando vocês estão num corpo físico,
tudo o que vocês percebem acontece dentro des-
te campo energético, deste corpo multidimensi-
onal. Porque este corpo multidimensional é jus-
tamente a integração, de uma maneira não dis-
criminada, de todas as dimensões de vida, de
todas as possibilidades de se expressar na maté-
ria. E esta terceira etapa que ainda acontece com
vocês dentro do corpo é o limiar entre a locali-
zação num corpo e a multilocalização neste cor-
311
po multidimensional, neste Corpo de Éter. Como
isto vai se dar?
Nós temos orientações práticas para que vocês
desenvolvam intimidade com este corpo multi-
dimensional. Então vocês estão na prática de
Kasintankô, vocês estão centrados na presença,
vocês estão em paz, vocês estão nesse amor que
sacraliza a matéria, então vocês colocam sua
atenção nos limites do corpo e vocês percebem
que há algo aí, algo que a princípio toca o corpo.
Mas à medida que vocês descansam a atenção
nestas sensações que tocam o corpo, vocês per-
cebem que isto não está tocando o corpo, que
isto é um desdobramento muito interior da for-
ma, da matéria que constitui a forma. Nesta ter-
ceira etapa, vocês ainda estão dentro de seu
campo de percepção particular. Nesta terceira
etapa o objetivo não é experimentar este corpo
multidimensional na sua versão total, mas sim,
na parte deste corpo multidimensional que se
refere a este campo de experiência, que está in-
312
timamente ligado a esta forma, que está intima-
mente ligado e que concerne a sua expressão
dentro deste campo de matéria. Então vocês
descansam sua atenção nestas percepções que
circundam o corpo e, silenciando e saboreando,
vocês vão perceber que este Fogo, ou esta ener-
gia, ou esta vibração, não está fora do corpo, ele
nasce em seu Coração e se expande para além
dos limites do corpo. Agora, quando vocês esti-
verem percebendo esta zona vibral que circunda
o corpo, vocês vão voltar sua atenção para o Co-
ração, para o centro de seu corpo físico. Há um
átomo no centro do corpo físico que é o lugar, ou
é o ponto localizável no corpo, a partir do qual
este corpo multidimensional encontra expressão
neste nível físico. Então da percepção vibral que
circunda o corpo, vocês retornam para o Cora-
ção, vocês retornam para o centro do peito e
vocês vão fazendo isto, este movimento, para
fora e para dentro até que os limites do corpo
desapareçam, até que não haja mais a percepção
313
desta vibração no Coração e fora do corpo, até
que a vibração que está no Coração e que está no
corpo sejam homogêneas, sejam uma coisa só,
que a vibração não esteja localizada num ponto
e localizada num outro, mas que a vibração seja
então a totalidade deste espaço forma que vocês
ocupam.
A terceira parte de Kasintankô é sua adaptação a
estar num corpo vibral. A primeira parte era
estar num corpo fixo, numa forma fixa, a segun-
da parte era transitar entre a percepção vibral e
a percepção de localização fixa, a terceira parte
de Kasintankô é se abrir para a deslocalização
do corpo físico e a multilocalização neste nível
vibral. Por um bom tempo essa terceira etapa
será a etapa final, temporariamente, deste exer-
cício.
Agora eu vou deixar algumas dicas de experiên-
cias, brincadeiras que vocês podem fazer nesta
terceira etapa. Quando a vibração do Coração e a
vibração que circunda o corpo forem homogê-
314
neas, ou seja, a distância entre esses pontos vi-
bratórios sumir, desaparecer, quando vocês se
tornarem apenas uma forma vibrante, sem uma
sensação tão pungente de limitação, então neste
estado vocês podem invocar cada um dos Ele-
mentos, em momentos diferentes, de modo co-
mo lhes for mais natural, de acordo com seus
impulsos interiores. Vocês podem então invocar
cada um dos Elementos e perceber as modifica-
ções em sua percepção deste corpo vibral. Isto
pode ser feito com cada um dos elementos. Vo-
cês vão perceber coisas interessantes, vocês vão
perceber que este corpo vibral tem a capacidade
de se transformar, de se transmutar em um dos
elementos, especificamente, ou numa combina-
ção particular destes elementos. A partir deste
estado de percepção do corpo vibral, vocês po-
dem intencionar a união com um irmão encar-
nado ou não, com um sol, com uma estrela, com
uma galáxia, com qualquer coisa. E façam a ex-
periência da comunhão a partir deste corpo vi-
315
bral; por isto esta etapa é o ponto onde nós pa-
ramos agora com vocês, porque dentro desta
etapa há toda uma potencialidade de experiên-
cia a ser feita, há toda uma potencialidade de
formas que vocês precisam reintegrar na sua
experiência, na sua expressão. Esta terceira eta-
pa é a descompartimentação e a descompressu-
rização de sua consciência. Bem, existem ques-
tões?
Participante: Nos alinhamentos dá para sen-
tir bem a construção deste corpo, isto é por
causa da vibração que é transmitida?
Iverna: Não. Nem o som emitido, nem uma prá-
tica pode construir este corpo, este corpo está ai,
ele sempre esteve, o que acontece agora é que
vocês tomam consciência deste corpo, para que
vocês integrem outra oitava de experiências
dentro do mundo que vocês tem a viver, seja
nesta esfera ou em outra, compreendem? Vocês
estão integrando outras oitavas para expandir o
campo de percepção e as formas de expressão.
316
Então nós lhes passamos alinhamentos, há um
trabalho vibratório que acontece a cada reunião,
há um trabalho em todos os corpos, desde o
mental até o corpo físico, energético, que visou
adaptar da melhor forma estes corpos à vivência
e à integração deste outro diapasão de experiên-
cia. Isso seria a sacralização da matéria, seria a
sacralização de sua identidade, porque é com
esta mesma identidade que você está vivendo
tanto aquele aspecto da experiência limitada,
como este aspecto da experiência que está se
descompartimentando. Se sua identidade for
capaz de sobreviver a este processo, ela é imor-
tal.
Participante: Durante as etapas destes exer-
cícios eu senti como se eu estivesse desloca-
do, como se a percepção de outro corpo fi-
casse na minha frente. Eu tentei focar a aten-
ção no meu corpo, só que a percepção veio,
como se eu estivesse vendo meu corpo na
minha frente, aí veio aquela coisa de tremer,
317
de apertar os órgãos. O que é esta compres-
são que se faz no corpo?
Iverna: Isto é o processo de adaptação da pró-
pria forma a este trânsito de um nível de experi-
ência a outro. Bem, nós lhes dissemos, todos nós
que intervimos aqui com vocês, que é a matéria
que se crê separada e não o percebedor; é a ma-
téria que se crê separada. Então a matéria que
constitui esta forma, quando assume esta forma,
assim, fixa - onde há a diferenciação e discrimi-
nação entre ela e as outras formas - acredita es-
tar separada, então nasce aí o instinto de sobre-
vivência, a luta para se manter, enfim, todas es-
sas coisas que vocês conhecem na experiência.
Este é um mecanismo de preservação da forma.
Porque a forma, qualquer que seja ela, qualquer
um desses corpos, o corpo físico, ou corpo men-
tal, ou corpo emocional, crê que se você for ca-
paz, enquanto fator animante desta forma, de se
expandir para além dos limites desta forma, ela
vai desaparecer. Por isso há um mecanismo ins-
318
talado na forma fixa de lhe manter aqui dentro.
Então há um processo de adaptação. Você vai
perceber que à medida que a forma for compre-
endendo, no seu próprio nível, que liberação não
é o fim e sim o inicio de… bem… de uma eterni-
dade, então estes mecanismos vão sendo suavi-
zados. Mas isto depende também, muito, da co-
loração de sua experiência enquanto percebe-
dor, das vias de sacralização da matéria. Mas não
há muito o que fazer, o que você pode fazer é
permanecer em paz, a despeito da resposta que
o organismo físico dá.
Participante: Às vezes parece que não consi-
go voltar, como se eu não tivesse mais o do-
mínio deste corpo, aí eu poderia ficar ali ho-
ras.
Iverna: Isso faz parte da mesma coisa, né? A
orientação da sua dança enquanto consciência
cósmica. Não há muito que dizer a respeito dis-
so, é a circunstância que você vive. Se você se
entregar e viver, e se deixar neste estado pelo
319
tempo que quiser ou não, isso são as circunstân-
cias da experiência sendo feita. Mas é interes-
sante notar como você está dentro de cada uma
dessas situações, compreende? Se esta paz e este
amor são estáveis tanto num estado quanto no
outro. Porque o fato de estar numa forma fixa
não impede que vocês estejam lúcidos do amor e
da paz que são.
Participante: Sem ter a orientação da comu-
nhão com um irmão longe, senti meu corpo
maior e dormente, só que num dado momen-
to me ocorreu de chamar certa pessoa e senti
uma vibração, eu nunca tive notícia sobre
esta pessoa. É uma menina que foi assassina-
da aos quatro anos, provavelmente, pelo pa-
drasto, aí eu pirei. Foi, praticamente, um ato
involuntário, não tive a intenção de pensar
nesta pessoa.
Iverna: Mas vibração do que? Definitivamente,
há a possibilidade de, a partir deste corpo mul-
tidimensional, vocês comungarem, fusionarem
320
com qualquer consciência. Qualquer consciência,
qualquer percebedor real, não as personalida-
des. Porque senão isto seria incongruente, uma
vez que esta personalidade viria carregada de
todos os estados emocionais. E vocês podem
viver esses tipos de comunhão emocional ape-
nas a partir do corpo sutil, energético, do pró-
prio corpo físico. Quando vocês pensam na mãe
de vocês e vocês compartilham da alegria e do
sofrimento da mãe, isto é um tipo de comunhão
que acontece através do corpo energético, do
corpo energético ligado ao físico, e não do corpo
etérico multidimensional, são duas vias diferen-
tes de relação. Uma que se aplica à ilusão do tea-
tro e uma que se aplica à ilusão da cidade onde o
teatro existe.
Participante: Eu estava em presença?
Iverna: Só você pode responder isso, no entanto
eu fico pensando, se você seria capaz de fazer
esta pergunta naquele momento. Se no momen-
to em que você estava vivendo, se você seria
321
capaz de parar e se perguntar: “será que eu es-
tou em presença?”.
Participante: Da mesma forma que sentimos
sua vibração daqui, você sente a nossa?
Iverna: Bem, nossa vibração é única, se por vi-
bração vocês querem dizer este corpo etérico
multidimensional e não seus estados emocio-
nais, seus gostos e desgostos, todas as marcas e
informações que constituem a personalidade.
Nós somos Um. Se isso não fosse possível, bem,
das duas uma: ou nós somos charlatões ou todos
loucos. Nós somos loucos né? Enfim...
Participante: Consegue avaliar, daí, a condi-
ção consciencial em que estamos? Ou precisa
que lhe demos um feedback para saber
quando nos passar os próximos passos?
Iverna: A partir desta terceira etapa isto se tra-
duz de uma maneira particular para cada perce-
bedor aqui. Vocês podem simplesmente ser con-
duzidos para cada vez mais fundo dentro da re-
322
integração de sua multidimensionalidade, como
pode ser que tenhamos oportunidade de lhes
passar orientações específicas, mas isso não é
mais necessário, não é mais uma necessidade
premente, isto é opcional. Porque a partir do
momento em que vocês se deslocalizam da fixi-
dez do corpo e começam a fazer as experiências
neste corpo vibral, há um modo de funciona-
mento intrínseco a essa multidimensionalidade
que lhe arrasta, que lhe conduz. É como quando
vocês nascem; vocês observam e aprendem al-
gumas coisas, mas a maior parte das informa-
ções é natural, é instintiva, vocês sabem que tem
que botar a comida na boca e não no pé se vocês
estão com fome, né?
Então fiquem em paz. Minha irmã Lhieva, minha
irmã Isilda, bem como todo o Retiro de Tumaní
lhes transmitem suas bênçãos, lhes transmitem
seu amor e sua gratidão também. Sejamos então
este amor. Até breve, irmãos. Fiquem em paz. Se
dediquem à vivência disto.
323
Apêndice
MEMÓRIAS CÓSMICAS
Lembranças de um Tempo sem Tempo
- por Agnimitra
Estes são fragmentos que consegui captar e por
no papel quando das vivências de Fusão na Fonte,
e revelação de minha origem estelar (Alantië,
Nebulosa da Borboleta), entre fins de 2010 e iní-
cio de 2011.
I – O MILAGRE
Eu sempre estive. Não consigo lembrar-me de
um tempo em que não estivesse. Mesmo quando
nada havia além do Sopro em suspenso do Ima-
nifesto, antes mesmo do Milagre eu era. Mas a-
penas após o Milagre houve Presença.
Meu povo, as Consciências de Alantië, chama
‘Milagre’ o momento em que o Absoluto, a Eter-
na Fonte sem Fonte executou o primeiro Movi-
mento, executou o primeiro Sacrifício e limitou-
se para que a Presença se manifestasse e o Visí-
324
vel pudesse tocar o Invisível. Anteriormente ao
Milagre nada havia, nem mesmo o nada, portan-
to ante este Mistério todas as Consciências, nas
quatro extensões dos Superuniversos sem fim,
silenciam respeitosamente em jubiloso assom-
bro perante o SER.
Alantië é uma região estelar não muito distante
da Terra, uma das muitas nebulosas, em sua
maioria vértices transdimensionais, onde se to-
cam Multi-Universos dimensionais paralelos.
Nosso povo irradia, para este Universo local,
qualidades próprias de nosso Universo de ori-
gem, reproduzindo assim de maneira simbólica,
a nível macrocósmico, a ligação que existe entre
cada átomo a nível microcósmico. Estabelece-
mo-nos em Alantië muitos éons antes do projeto
Terra ter sido iniciado pela Fonte local repre-
sentada pela consciência que os humanos ge-
ralmente chamam Maria, a quem nós chamamos
Deusa Universal.
325
O Impulso Cósmico nos conduziu a este Univer-
so local para aqui dar continuidade à Obra, a
função a nós outorgada pela Fonte, registrada
em nosso DNA consciencial. Nosso povo (que
neste Universo local habita em Alantië diversas
dimensões, especialmente entre 7ª e 21ª) está
ligado de maneira profunda aos Elementos, aos
Pilares Universais de Manifestação, as Quatro
Faces do Pai-Mãe. Os Elementos Primordiais
apenas são encontrados em Dimensões extre-
mamente elevadas, chamadas Dimensões Sim-
ples, níveis de consciência que se aproximam do
estado Primevo, onde Forma e Consciência mes-
clam-se tão completamente que não há naqueles
espaços qualquer possibilidade de diferenciação,
por mais leve que seja. As estruturas dimensio-
nais pluriformes, de densidade maior, fazem
polo oposto àquelas Dimensões Simples. De
forma que os Elementos vão sendo reproduzi-
dos em cada dimensão obedecendo às leis de
326
manifestação e agenciamento da forma em cada
dimensão particular.
Mas o que na Terra se conhece por Elementos
não corresponde de forma alguma ao que cor-
respondem realmente os Elementos. Os núme-
ros, uma vez que estão ligados à arquitetura di-
mensional em todos os planos, não puderam ser
alterados além de certo limite dentro da esfera
distorcida terrestre, no entanto as funções sim.
Os quatro Elementos então foram reduzidos e
cristalizados em uma das formas de seus movi-
mentos. Portanto quando se fala, em termos
transdimensionais, dos Elementos não se deve
limitar-se a conceitos ou formas de expressão
conhecidas. Mesmo dentro da esfera, ou matriz,
dissociada terrena, os Elementos se manifestam
através de múltiplos movimentos. Esta é a Lei de
Manifestação, desde os planos os mais simples
aos mais complexos.
Quando do Milagre, o Sopro em suspenso se mo-
veu, e deste primeiro movimento (o Um, que se
327
mantém ainda suspenso, sendo em absoluto o
Ser e o Não-Ser) surgiu o Dois, o Dois é a Pre-
sença Cósmica, é a Consciência consciente de si,
presente; ali está o embrião do Tempo (não o
que na Terra se conhece como tempo, mas o
Movimento da Consciência) e do Espaço (nova-
mente não o que na Terra se conhece como es-
paço, mas o Movimento da Forma). Quando a
Presença Cósmica então se apercebe a Si mesma
acontece o Mistério do Três: a Fonte Causativa –
este processo é o mesmo em todos os multiver-
sos - o corpo do Pai-Mãe Uno - o Um se torna o
Dois que resulta no Três, esta é a origem de to-
das as Fontes Universais e solares. Da Fonte
Causativa (relação plenamente consciente da
Forma Única e da Consciência Única) surge en-
tão o Quatro (os Primevos, os Quatro Veladores,
as qualidades primordiais que permitem a mani-
festação da Forma e da Consciência em todos os
planos e dimensões de todos os Universos e Su-
328
peruniversos), aqui se estabelece o início do giro
das rodas em cada esfera de manifestação.
A linguagem humana está muito aquém destas
Realidades, no entanto, neste momento em que
os véus se afinam e dissolvem-se, torna-se pos-
sível para muitas Consciências tocarem, para
algumas após longo tempo, estes Estados onde a
totalidade do Cosmos é apreendida num lapso,
sem a intervenção do aparelho mental, senão
quando da decodificação em informação. Todas
estas Realidades, no entanto, os Mistérios dos
Números, as Fontes e Elementos, nada disto está
no exterior, tudo isto se encontra no Interior da
Consciência. Em verdade o Sopro em suspenso,
o Um eternamente Imóvel não é senão o Coração
da totalidade da Manifestação, Coração que é o
mesmo Coração de cada Consciência, crendo ou
não estar separada. Este é o Mistério do Absolu-
to: a tudo possuindo, mas por nada sendo possu-
ído. A tudo abarcando, mas por nada abarcado.
329
II – A DANÇA INICIA
No espaço ilimitado, corpo do Pai-Mãe, giram as
Rodas. Infinitamente, sem jamais cessar giram
elas. Umas ao redor das outras, e todas seguindo
perpetuamente seu curso em torno de sua Fon-
te. O nosso universo de origem, do povo de
Alantië - que não pertence ao mesmo Multi-
Universo da Terra - iniciou seu giro em torno da
Fonte Primeva muito antes que este universo
local. Aqui aportamos, trazidos pelos ventos
cósmicos, alguns éons após o surgimento deste
universo, quando ainda os Quatro Primevos te-
ciam as malhas das dimensões em todo o espaço
circundado pela Fonte Causativa que tomaria
corpo e forma. Assim se estabelece a Dança
Cósmica, seguindo precisamente a Ressonância
registrada no DNA consciencial de cada átomo.
Observamos e trabalhamos na manifestação do
corpo cósmico da Fonte local Sírius, onde se es-
tabelece uma das expressões da Consciência e
Radiação da Deusa Universal, a Face Mãe do U-
330
no. Ela encontra seu polo numa Consciência que
revela neste Universo local a Face Pai do Uno,
aquele a quem na Terra chamam Metatron, o
Arcanjo Maior.
A Terra ainda era um embrião, um Arquétipo na
consciência da Mãe. Uma semente perfeita em si
mesma, mas desprovida de corpo, pura Vibração
Arquetípica, aguardando o soar do Címbalo para
tomar expressão. Assim se desenvolvia este uni-
verso, assim se desvelava o Mistério da Presen-
ça. Quando a Presença dos Quatro Primevos a-
tingiu certo nível dimensional, onde se inicia a
manifestação antropomórfica, de formas mais
complexas (18ª Dimensão), foram impressos
então, em pontos específicos de todo este Uni-
verso, vórtices colossais que com seu particular
girar permitiram a expressão de consciências
inusitadas, Arcanjos e Gigantes, servidores da
Fonte, cumprindo seu papel na criação e manu-
tenção da manifestação divina. Estes vórtices
são conhecidos na Terra como algumas conste-
331
lações, entre as quais se destacam Lyra, Órion,
Plêiades, Ursa, e outras mais, cada uma irradi-
ando uma qualidade especifica da Consciência
Una, manifestando formas, seguindo o padrão de
sua Radiação própria.
Alguns destes vórtices acolhem em si também,
na forma de nebulosas, o que se chamam Estan-
ques Cósmicos. Um Estanque Cósmico é como
um útero, onde tomam expressão, dentro de um
Multi-Universo dimensional, as Chamas Infor-
mes desprendidas do Sopro em suspenso. Es-
tanques Cósmicos não tem seu ponto de partida,
no entanto, em 18ª Dimensão, mas sim em pla-
nos dimensionais muito próximos da Fonte Pri-
meva; eles tomam forma em 18ª Dimensão, “en-
carnando”, por assim dizer, no que se conhecem
como Nebulosas, que por tão grande ser seu es-
plendor, foram envoltas em brumas do ponto de
vista deste nível dimensional, para que a experi-
ência de dissociação pudesse ler levada adiante.
Quando este Universo chegar ao termo de sua
332
dança extasiada, tudo será conduzido de volta ao
Útero materno, nos Estanques Cósmicos, para ali
se fundir completamente no Sopro em suspenso.
Para após, usando aqui de muita ousadia ao en-
quadrar tais fenômenos em termos lineares, se-
guindo o ritmo da Respiração do Absoluto no-
vamente se desvelar, quando outro Milagre a-
contecer.
Nós, Alantiëanos, vimos serem lançados os fun-
damentos deste Universo. Presenciamos o glori-
oso espetáculo das Chamas Informes sendo atra-
ídas a este Universo seguindo o vibrar de seu
DNA consciencial. Ah! Êxtase Divino! Palavras
são impotentes ante este Mistério. E o girar se-
guia seu curso. A formas se adensando, se tor-
nando cada vez mais complexa e logo este Uni-
verso vibrava como os jardins terrenos, pulsante
com miríades de correntes de Vida se expres-
sando, se mesclando e produzindo sempre mais.
Aproximava-se o momento da Flor Terrena se
abrir ao orvalho divino. Uma a uma as Linhagens
333
Cósmicas foram se expressando neste Universo
local, povoando e multiplicando a diversidade de
expressão. Alegria é a nota que marca o pulsar
deste Universo.
A estrutura dimensional neste Universo então
tomou forma, com dimensões habitadas por
consciências evolutivas (Chamas cujo papel na
Dança Cósmica é fazer seu trajeto através de
todas as esferas dimensionais, permitindo ao
Todo viver a si mesmo, amar a si mesmo, conhe-
cer e reconhecer a si mesmo), e dimensões ope-
racionais, que não suportam campos de expres-
são, como planetas e sistemas solares, por e-
xemplo, mas cujo papel é ligar, dentro destes
campos de expressão, suas dimensões “habitá-
veis”. Estas dimensões operacionais são “mora-
da” das consciências agenciadoras dos diversos
campos de expressão, como Anjos e Elementais.
E uma mesma dimensão pode cumprir tanto o
papel operacional como de campo expressão,
334
simultaneamente, em paralelo, como o é a 3ª e a
18ª Dimensões.
Tomemos por exemplo a 11ª Dimensão, nesta
dimensão a forma se expressa sob um agencia-
mento chamado cristalino. Neste nível dimensi-
onal, em todas as Famílias Estelares, estão anco-
radas muitas das Consciências chamadas de E-
lohim. Elohim são consciências criadoras ou
mantenedoras ou ainda que cumprem outra
função, mas cuja tarefa, qualquer que seja sua
atuação, é impulsionar, ancorando em sua Pre-
sença impulsos vindos de níveis dimensionais
simples onde se encontram os “comandos” para
a manifestação nos níveis da forma. Estas cons-
ciências por vezes encarnam aspectos cósmicos
do Sopro Uno, como aquela a quem chamam na
Terra de Maria, um Eloha ancorado em 18ª Di-
mensão que assume o papel de Fonte para este
sistema solar, encarnando a Face Mãe do Uno.
Em 11ª Dimensão, portanto, habitam formas
particulares de consciências e, em cada espaço
335
estelar, se conforma a leis particulares de agen-
ciamento da forma, mas sempre obedecendo a
impulsos primários que são a marca deste nível
dimensional: a vibração cristalina. Neste nível
dimensional, em todos os espaços estelares, gi-
ram esferas planetárias, campos de expressão,
onde aquelas consciências tem seu lugar de ex-
periência e atuação.
Já em 7ª Dimensão, por exemplo, um nível di-
mensional chamado operacional, o modo de fun-
cionamento é diverso. Este nível dimensional
não abriga campos de expressão, ou de experi-
ência, mas sim as consciências angélicas que
trabalham na manifestação e agenciamento da
forma em níveis dimensionais abaixo dele. Ima-
ginem que num nível dimensional operacional é
onde se efetua a configuração de um nível di-
mensional formal. Consciências evolutivas aces-
sam estas dimensões operacionais apenas de
maneira passageira, mas não podem ali se esta-
belecer indeterminadamente; ali podem se ma-
336
nifestar, pois a Lei de Unicidade garante o acesso
de toda consciência, qualquer que seja seu nível
dimensional, à Totalidade do Cosmos, mas ali
não podem ancorar permanentemente sua Pre-
sença.
Um exemplo de nível dimensional que assume
estes dois modos de funcionamento simultane-
amente é a 3ª Dimensão, assim chamada na Ter-
ra de maneira equivocada - tendo esta denomi-
nação nascido da maneira como a consciência
encarnada percebe o espaço que a envolve, du-
rante este último ciclo de aprisionamento – pois
vários outros níveis dimensionais existem “abai-
xo” desta, todos unificados, mas onde modos de
funcionamento diferentes imperam, onde o a-
genciamento da forma se dá de maneiras dife-
rentes.
Nesta conhecida, embora completamente des-
conhecida para a consciência encarnada terrena,
3ª Dimensão agenciam-se mundos e mundos,
em diversas Famílias Estelares, onde a forma se
337
expressa usando o código carbonado. Estes
mundos são uma particularidade deste Multi-
Universo, embora esta experiência tenha sido já
iniciada em outros Multi-Universos. São mundos
onde a forma adensada permite à consciência
experimentar a sensação da limitação, mesmo
permanecendo unificada. A diversidade é uma
marca destes mundos exuberantes, onde os po-
los se manifestam de maneira mais acentuada
para a consciência. Fazendo um paralelo, as
consciências em níveis de 3ª Dimensão carbo-
nada experimentam estados considerados aluci-
nógenos do ponto de vista de outras dimensões.
Numa interface paralela desta mesma dimensão,
situa-se outro modo de funcionamento, de natu-
reza operacional, onde estão ancoradas as Cons-
ciências dos Elementos e dos Cristais. Estas
consciências dos Elementos estão ancoradas
permanentemente neste nível e são as respon-
sáveis pelas Matrizes Cristalinas em todos os
campos de expressão. Sua natureza e atuação
338
são quase totalmente desconhecidas na Terra de
superfície, mas a nível Intraterreno esta interfa-
ce é conhecida e acessada, tomando ativa parti-
cipação na liberação do núcleo da Terra. Na ex-
periência de dissociação deste nível dimensional
terreno, foi a Matriz Cristalina que foi cerceada,
sua radiação limitada, permitindo a criação de
uma esfera distorcida onde o tempo e o espaço
puderam ser alterados e leis invertidas pudes-
sem entrar em operação. Tudo isto tomou lugar,
do ponto de vista linear de nosso tempo, há mui-
to tempo. Uma ideia nascida e apresentada ao
conjunto das consciências como forma alternati-
va de evolução, que foi aceita e executada e que
agora chega a seu termo.
339
III - PROJETO TERRA
Apesar de ser um sopro de ilusão, minha alma,
ela presenciou um dos maiores espetáculos
cósmicos. Tal evento pode ser comparado ao
chocar de galáxias, ou explosões de grandes sóis,
tal é o esplendor de consciências ilimitadas cru-
zando o limiar da limitação. E uma a uma as Es-
trelas iam se apagando no abismo da separação.
Não há como descrever o fulgor de tais estrelas
se manifestando do outro lado do véu. Elas
mesmas se maravilharam com tal fulgor. A hu-
manidade sempre creu haver intenção naquilo
que elas chamam de queda, creem terem sido
seduzidas, atraídas, enganadas e que o engana-
dor ou enganadores queriam sua escravização e
sujeição. É uma forma de ver os fatos, claro, par-
tindo de uma visão dualista, tão ilusória, no en-
tanto, quanto a própria dualidade. A consciência
unificada nada intenta, manifesta apenas os im-
pulsos que o Todo, para o Todo, e no Todo se
expressam.
340
O projeto de dissociação da matriz terrena teve
como projetores grandes Seres de um ponto do
cosmos que podemos identificar como a Ursa
Maior e Órion, sua linhagem Draconiana lhes
confere extrema potência vibratória e, portanto,
eram aptos a levar a cabo esta experiência. As-
sim foi arquitetada toda a estrutura da mente,
da Fonte partiu o consentimento, e o projeto
teve inicio. Com sua grande potência a Terra foi
colocada num estado suspenso, com relação ao
Cosmos, para que assim pudesse ser estabeleci-
do o modo operacional que deveria ser desen-
volvido. Mas para que a mente se desenvolve e
desse ‘frutos’ era preciso que esta fosse aciona-
da de dentro. E então as primeiras estrelas des-
ceram e sacrificando sua Unidade deram os pri-
meiros impulsos para o drama se desenrolar.
Estas primeiras estrelas ao cruzarem o véu, não
notaram a princípio qualquer diferença em seu
estado de consciência, a mente era embrionária
ainda, mas a semente estava plantada ali, e elas
341
se maravilharam ante sua própria Beleza. O
próprio fato de poderem sentir assombro e se
maravilhar com o estado alucinado foi o primei-
ro alimento da erva que começou a crescer e se
tornar mais forte à medida que mais e mais cen-
telhas assumiam casulos dentro da matriz disso-
ciada.
Muitas Famílias Estelares tinham em seu Propó-
sito, e que esta palavra não seja compreendida a
um nível pessoal, tomar parte do desenrolar da
matriz dissociada colhendo informações em di-
versos âmbitos, em especial da dinâmica da
Consciência – Luz sendo fragmentada. Isto auxi-
liaria na atuação mais eficaz em outros pontos
deste universo que já viviam esta experiência de
dissociação. No entanto, a Terra, por sua vibra-
ção particular permitiria que fatos inusitados
ocorressem. Aqui o Todo se moveria nas malhas
de seu sonho e encontraria faces de si mesmo
surpreendentes. A elasticidade da Consciência
era e ainda é um dos fatos mais intrigantes nes-
342
tes tipos de experiência, pois nenhuma das cen-
telhas se apagou totalmente, por mais denso que
fosse o nível atingido por elas.
No inicio da matriz mental o planeta Terra tinha
seu corpo ainda bem sutil, isso facilitava a inser-
ção de códigos chaves no modo operacional
mental, algumas destas chaves inscritas permiti-
riam o retorno ao estado original quando che-
gasse o momento determinado pela Fonte para a
finalização desta experiência. Vemos que nada
está fora da Sabedoria do Todo. Ao mesmo tem-
po em que as primeiras estrelas iam se apagan-
do na matriz mental terrena, muitos dos seres
que estavam presentes aqui antes do véu ser
lançado foram se retirando gradualmente para
outros níveis dimensionais do planeta. Seu Pro-
pósito era manter a ligação com a Matriz Crista-
lina e seu trabalho seria desempenhado quase
que totalmente em silêncio, com exceção dos
contatos esporádicos com consciências de su-
343
perfície que estavam programadas para aportar
alguns impulsos de um lado para o outro do véu.
Dado o inicio da experiência, tendo várias Famí-
lias Estelares já representantes pioneiros dentro
da matriz, iniciou-se então vários experimentos.
Desde sempre a Terra foi um laboratório, magní-
fico por suas possibilidades, e por sua expressão
dimensional inusitada em 13ª Dimensão, asse-
gurando assim o “armazenamento” de códigos
específicos importantes para o desenvolvimento
do Propósito de várias Famílias Estelares, mui-
tas das quais começaram a tomar parte mais
ativa no experimento, outras de forma silencio-
sa. O estado de separação, claro, era válido ape-
nas para as consciências aprisionadas, no entan-
to, as leis de manifestação não permitiam que as
consciências para além do véu atuassem além de
certo grau dentro da matriz. Assim chegou-se a
um impasse: as consciências estavam estabele-
cidas, alguns projetos já se desenrolavam, mas
não havia uma dinâmica que permitisse que a
344
mente florescesse a um maior grau de expres-
são. Era necessário um elemento fortemente
dual para girar chaves importantes para a que a
matriz se adensasse e novos envelopes pudes-
sem ser tecidos, envelopes que só poderiam ser
produzidos com a participação das consciências
aprisionadas. O bom e o belo eram a marca da
expressão naquelas épocas, e o prazer foi então
registrado como o alvo a ser alcançado e alme-
jado pela alma em “evolução” dentro da matriz.
Este modo de funcionamento foi reforçado
quando, após alguns ciclos, o movimento cósmi-
co trouxe a solução para o impasse da dualidade:
nas áreas dimensionais 3ª e 4ª de alguns espa-
ços estelares, como Ursa e Órion, evoluíam ra-
ças, que já experimentavam o estado dissociado
e de esquecimento, que se recusaram a fazer a
passagem dimensional cíclica proposta a todo
campo de expressão. Por meio de alto desenvol-
vimento de tecnologia externa (que, no entanto,
para a mente humana pareceria magia, mas de
345
todo externa) estas raças conseguiram reprodu-
zir artificialmente réplicas dos bolsões dimensi-
onais que uma consciência planetária forma pa-
ra criar seus corpos de expressão. A tecnologia
destas raças são baseadas em princípios magné-
ticos e elétricos e, ao atingir a Terra certo está-
gio de desenvolvimento dual, estas raças foram
atraídas à Terra e assumiram assim seu papel de
direito na impulsão dos códigos dualitários da
mente. Com o adensamento gradual das civiliza-
ções humanas, estas raças forasteiras foram as-
sumindo controle gradual das formas de relação
dentro da matriz e teceram novos envelopes
magnéticos que fecharam ainda mais a Terra e
este sistema solar, impedindo a entrada de raios
cósmicos nocivos à estrutura matricial. Desta
dicotomia, brilhou bruxuleante a Luz fragmen-
tada, também chamada de Luciferiana, e duas
ordens lutavam pelo controle na esfera mental
do planeta.
346
Este era o drama a ser encenado e, ciclicamente,
outras estrelas iam se sacrificando para manter
a ligação com a Unidade acesa na consciência
coletiva, permanecendo a principio à parte do
jogo dual, mas após algumas encarnações perdi-
am qualquer lembrança de sua origem e eram
levadas pela batida vertiginosa e inebriante da
dialética bem-mal.
Um a um os grandes Dragões e outros Seres res-
ponsáveis pela criação da mente foram se reti-
rando. Seu papel estava cumprido. Seus esforços
se voltavam agora para a preparação do mo-
mento em que no jogo seria dada uma cartada
final. Da Fonte local começaram a partir impul-
sos então para a descida de seres específicos que
teriam a missão de sair da matriz em meio aos
ciclos. Muitos destes seres acompanham a Terra
agora em sua libertação, sendo que apenas mui-
to poucos foram os que conseguiram, por um
acesso a níveis extremamente elevados de Vi-
bração, atingir a imortalidade dentro da matriz
347
dissociada. Estes seres se tornaram Pilares per-
manentes da Luz, sua consciência se estabele-
cendo indistintamente dum lado e outro do véu.
Este mesmo processo se reproduz agora a nível
coletivo. O Espírito explodindo dentro da matriz
levando-a a sua dissolução.
Percebe-se assim claramente que todos os dra-
mas, os sofrimentos, os grandes atos, não foram
senão representações que foram tomadas por
realidade. Por detrás de cada ato o que realmen-
te estava em ação era a dinâmica da Consciência
e das expressões elementais. Meu povo tem
Propósito, com relação à matriz, justamente li-
gado a esta última dinâmica, a dos Elementos.
Tudo isto claro, se deu de forma totalmente des-
percebida para a maior parte dos seres jogando
o jogo da dissociação. Assim era necessário.
Tendo a matriz dissociada atingido seu nível
mais crítico de adensamento, após a dissolução
parcial cíclica que levou à extinção da civilização
Atlante, assumiu então toda a preparação da
348
consciência coletiva da Terra um nível muito
intenso para o momento que se aproximava, da
Liberação. O último ciclo iniciou com a descida
de 12 grandes Elohim que estabeleceram os pi-
lares de Luz que sustentariam todo o trabalho
posterior por parte das consciências que se a-
chavam dentro da matriz de rasgar gradualmen-
te os véus de separação. O mesmo movimento
que levou ao desenvolvimento da matriz mental
era agora usado para sua extinção. A partir de
dentro os alicerces começaram a ser destruídos.
E os 12 grandes Elohim foram o prenúncio dos
“exércitos” de seres de vibração cristalina que
começariam a descer à matriz para acompanhar
com sua vibração particular a dissolução total da
matriz. Assim começou a ser reativado o Veiculo
Ascensional Coletivo, ou Merkabah, recebendo
tal processo um grande impulso com o experi-
mento genético Jesus Cristo/Mikhael que garan-
tiu o acolhimento da radiação da Fonte local al-
gumas décadas atrás.
349
A complexidade da arregimentação que condu-
ziu a este momento, momento sublime de Reen-
contro, está muito além do que pode ser relata-
do em palavras como estas, poucas ou muitas.
Mas em cada Coração hoje pulsa um chamado. A
Rede Cristalina de Consciências se encontra ati-
va respondendo em mesmo grau e diapasão à
Matriz Cristalina da Terra, liberta e vibrante.
Eis que vem nas asas do Fogo o Espírito lumino-
so, a Virtude dos Cosmos. E todo ego se apaga
ante a Revelação do Cristo Universal.
Paz a todos os seres e boa Passagem!
Nota: Qualquer referência a tempo e espaço não
deve ser tomada em sentido literal, mas sim como
referencial para a mente humana condicionada.
Permitir à consciência ir além das palavras, no
Reino do Ilimitado, é a chave para o acesso à Vi-
bração que contém a Sabedoria autorrevelada e
exata.
350
Sobre o Autor
Shylton Dias ou Agnimitra – nome adotado como
símbolo de sua profunda transformação interior
– nasceu em abril de 1990. Já na adolescência,
motivado por uma forte atração pelas filosofias
orientais e a mística cristã, teve suas primeiras
experiências místicas. Ao longo do tempo, tais
vivências se tornaram mais intensas e afinadas
com um princípio não dualista. Em 2011, Agni-
mitra integrou um grupo de estudos, a partir do
qual, e ao lado dos irmãos e irmãs encontrados
ali, iniciou um grupo de partilhas, o grupo Toque
na Unidade. O grupo esteve ativo por dois anos,
ao longo dos quais Agnimitra conduziu centenas
de encontros, onde partilhava de sua experiên-
cia interior e também servia como canal para
consciências de outros planos de vida partilhar
instruções e impulsos para a reunificação da
consciência humana. Além das canalizações, ho-
je Agnimitra conduz encontros no estilo satsang
– os Agnisangs – além de conduzir momentos de
351
alinhamento interior e práticas devocionais com
mantras e cânticos, sendo todas as atividades
gratuitas, guiadas pelo princípio da energia livre.
A foco principal destas atividades é impulsionar
o despertar interior e o contato com o Fogo da
Devoção, da Aspiração e do verdadeiro Conhe-
cimento Espiritual como ferramentas transfor-
madoras da realidade pessoal. Para saber mais a
respeito acesse o blog: antena-
protecao.blogpot.com.