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IAM – Infarto Agudo do Miocardio Profª Ms. Michelly Abdalla

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IAM – Infarto Agudo do Miocardio

Profª Ms. Michelly Abdalla

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DEFINIÇÃO

É um processo que pode levar à necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio.

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EPIDEMIOLOGIA

O infarto agudo do miocárdio é a principal causa de morte nos países industrializados. Das mortes conseqüentes a um infarto, a maior parte é rápida, na primeira hora.

Nos Estados Unidos, cerca de 25% das mortes são devidas a este problema, o que dá um número absoluto em torno de um milhão e quinhentas mil pessoas a cada ano.

Um em cada 25 pacientes que tem alta hospitalar morre no primeiro ano pós infarto.

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FISIOPATOLOGIA

A interrupção do suprimento ou fluxo sangüíneo para o músculo cardíaco é causada pela obstrução de uma artéria coronária ou de um de seus ramos.

A obstrução é causada mais freqüentemente pela formação de um coágulo sangüíneo sobre uma placa aterosclerótica no interior de uma das artérias coronárias.

Este trombo costuma ocorrer sobre uma placa aterosclerótica que sofreu alguma alteração, como a formação de uma úlcera ou a ruptura parcial da placa.

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FISIOPATOLOGIA

Quando ocorre a ruptura da placa, existe exposição de colágeno e fragmentos de tecido conjuntivo da região subendotelial.

As plaquetas, células do sangue, se aderem e se agregam ao local da ruptura. As plaquetas liberam substâncias que desencadeiam o processo de coagulação, resultando na formação do trombo.

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FATORES DE RISCOS

Os fatores de risco para infarto agudo do miocárdio estão associados a arterioesclerose ou doença coronariana.

Os fatores de risco podem ser divididos em dois grupos:

1 - Fatores que podem ser mudados ou controlados,

2 - Fatores que não podem ser mudados.

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FATORES DE RISCOS

Fatores que podem ser mudados ou controlados:

– Colesterol alto– Hipertensão arterial– Tabagismo– Excesso de peso– Sedentarismo– Diabetes Mellitus

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FATORES DE RISCOS

Fatores que não podem ser mudados:

– Idade,– História familiar ou predisposição genética.

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SINTOMAS

O sintoma mais importante e típico do IAM é a dor ou desconforto intenso retroesternal.

Freqüentemente esses sintomas são acompanhados por náuseas, vômitos, sudorese, palidez e sensação de morte iminente.

A duração é caracteristicamente superior a 20 minutos.

Dor com as características típicas, mas com duração inferior a 20 minutos sugere angina do peito, onde ainda não ocorreu a morte do músculo cardíaco.

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SINTOMAS

É possível a ocorrência de IAM sem dor. Este é o chamado infarto silencioso. Um infarto silencioso só será identificado na fase aguda se, por um eletrocardiograma ou uma dosagem de enzimas cardíacas for feita enquanto ele ocorre.

Naqueles em que a área necrosada supera os 40% da massa ventricular esquerda têm alto risco de evoluírem com Insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão e choque

cardiogênico.

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SINTOMAS

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DIAGNÓSTICO

A Organização Mundial de Saúde determina que para o diagnóstico de IAM é necessária a presença de critérios diagnósticos em três áreas:

1 - Clínica

2 - Eletrocardiográfica.

3 - Bioquímica

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DIAGNÓSTICO

Exame físico:

A pressão arterial geralmente é normal.

Na ausculta cardíaca os ruídos estão abafados, sendo a quarta bulha um achado freqüente. A terceira bulha relaciona-se com a gravidade da disfunção ventricular.

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DIAGNÓSTICO

Classificação de Killip:

– Killip I - sem dispnéia, terceira bulha ou estertoração pulmonar. Mortalidade = 6%.

– Killip II - dispnéia e estertoração pulmonar nos terços inferiores do tórax. Mortalidade = 17%.

– Killip III - edema agudo de pulmão. Mortalidade = 38%.– Killip IV - choque cardiogênico. Mortalidade = 81%.

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DIAGNÓSTICO

Eletrocardiograma:

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DIAGNÓSTICO

Enzimas cardíacas:– Creatinofosfoquinase (CK) e Fração MB da Creatinofosfoquinase

(CK-MB). A CK-MB é mais específica para diagnóstico de necrose miocárdica, sendo sua curva característica, obtida pela dosagem seriada, padrão para diagnóstico de IAM.

– Troponinas T e I - não são detectadas em indivíduos normais, sendo que sua elevação, mesmo mínima, pode significar algum grau de lesão miocárdica (microinfartos). Uma dosagem negativa de troponina não afasta diagnóstico de IAM, devendo-se repetir essa avaliação após 10 a 12 horas do inicio dos sintomas.

– Mioglobina – seu principal papel no diagnóstico de IAM decorre de seu valor preditivo negativo (variando de 83% a 98%).

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DIAGNÓSTICO

Ecocardiograma,

Angiografia:

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COMPLICAÇÕES PÓS INFARTO

Arritmias cardíacas Distúrbios de condução ou bloqueios Insuficiência cardíaca Disfunções das válvulas cardíacas Aneurisma cardíaco Ruptura cardíaca, seja do septo interventricular, seja da

parede externa do coração Pericardiopatias Tromboembolia pulmonar Tromboembolia sistêmica Choque cardiogênico

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TRATAMENTO

Visa à perfusão miocárdica por meio de utilização de agentes trombolíticos ou angioplastia transluminal coronária e, em alguns casos, a revascularização do miocárdio.

A terapia medicamentosa preconiza a analgesia para alivio da dor, ansiedade e o desconforto; sedação para alivio da ansiedade, ácido acetilsalicílico (AAS) sendo obrigatório.

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INTENSIVA

Objetivos:

Reduzir os efeitos do repouso prolongado no leito; Avaliar as respostas clínica ao aumento progressivo do

esforço; Manter o controle do estado emocional; Diminuir o tempo de internação hospitalar.

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INTENSIVA

A utilização de oxigenoterapia é preconizada em todos os pacientes infartados que estejam ou não evoluindo com hipoxemia, pelo menos nas primeiras 24 h pós-IAM.

VNI – CPAP 10 cm H2O2.

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INTENSIVA

Orientações;

Inicio da reabilitação na fase aguda (fase I, até a fase III ,IV).

Programa de exercícios sendo dividido em três fases: Aquecimento, condicionamento e desaquecimento.

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Fase I

Deve ser iniciada 24 h após o evento,

Exercícios de baixa intensidade,

Duração máxima 20 min., e 2x ao dia.

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Fase l

1° dia – Paciente deitado- Exercícios respiratórios diafragmáticos- Exercícios ativos de extremidades- Exercícios ativo – assistidos de cintura, cotovelo e joelhos.

- 2° dia - Paciente sentado- Exercícios respiratórios diafragmáticos, associados aos

exercícios de MMSS- Exercícios de cintura escapular- Exercícios ativos de extremidades

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Fase l

3° dia – Paciente em pé

- Exercícios ativos de MMSS

- Alongamento ativo de MMII

- Deambulação 35 m.

4° dia – Paciente em pé

- Alongamento ativo de MMSS e MMII

- Exercícios ativos de MMSS

- Exercícios ativos de MMII (flexo-extensão e abdução/adução)

- Deambulação : 50 m – 25 m lentos/ 25m rápidos

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Fase l

5° dia – Paciente em pé- Alongamento ativo MMSS e MMII- Exercícios ativos MMSS e MMII- Rotação de tronco e pescoço- Marcar passo com elevação de joelhos- Deambulação: 100 m

6° dia – Paciente em pé- Alongamento ativo de MMSS e MMII- Exercícios ativos de MMSS e MMII (associado a caminhada)- Descer escada lentamente e retornar de elevador (1 andar)- Deambulação: 165 m

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Fase l

7° dia – Continuação do STEP 6

- Descer e subir escada lentamente (1 andar)

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Após alta hospitalar - Pacientes estáveis

Teste ergométrico Retorno das atividades: maioria em 2

semanas, trabalhos mais pesados 4. Atividade sexual: após 1 semana a 10 dias. Dirigir automóvel: após 1 semana. Viajar de avião: após 2 semanas.

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Fase II

Aquecimento

- 5 a 15 min- Alongamento MMSS + MMII + coluna

lombossacra- Caminhada de 3 a 5 min- Exercícios respiratórios

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Fase II

Condicionamento

- 20 a 30 min.- Exercícios aeróbicos com ou sem peso- Corrida/bicicleta estacionária/esteira

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Fase II

Relaxamento

- 5 a 10 min.- Exercícios respiratórios- Alongamento estático- Exercícios leves.

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Fase III ou IV – Recuperação ou manutenção

É a fase de manutenção e deve durar pelo resto da vida do paciente.

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BIBLIOGRAFIA

Fisioterapia em Cardiologia – Marisa de Moraes Regenga.

Diretrizes da Assistência Fisioterapêutica no IAM no Hospital Sírio Libanês - 2003

Bases Patológicas das Doenças – Robbins e Cotran.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Infarto_agudo_do_mioc%C3%A1rdio