i5 ¦ v'¦•'¦*/ fmMifmm - BNmemoria.bn.br/pdf/709654/per709654_1875_00026.pdf · ventura de se...

4
c VA* \i 1 5 ¦ v'¦•'¦*/ Anno . . . Semestre .... Trimestre. . . . 16$000 9$000 5$000 fmMifmm Escriptorio: 70, Rua do Ouvidor 70. Anno 20$000 Semestre .... 11$000 Trimestre. . . . 6$000 (3^577 ANNO VII RIO DE JANEIRO. 11 DE DEZEMBRO DE 1875 N. Agradecemos a offerta de exemplares das seguintes obras, que bondosamente nos foram enviados : Ac Illm. Sr Dr J. R. de Campos Carvalho—os seus Discursos Parlamentares, proferidos na sessão de 1875. Ao Illm. Sr Dr Lucinclo Filho o seu capricho de concerto intitulado Travessura, de que são editores os Srs Narciso & Arthur Napoleão. E' uma composição lindissima. Ao Sr J. D. de C. L. Compêndio de Doutrina Christã para uso das crianças. O auetor devia fazel-o usar pelo Sr. bispo diocesano, que é uma criança !!'... Aos Srs Moreira, Maximino & C. a sua folhinha para 1876, á qual falta uma pincelada de verniz para competir com as francezas —francezas.... folhinhas, se vê. Sr C. A. Souza Pois senhor, se os seus bifes não .sahirem menos duros do que os seus versos, não os dese- jamos ao nosso peior inimigo. Safa! que homem.' Sr A. V. de Carvalho Mil vezes agradecidos pelas suas ülustrações. A piada final tem verdadeiramente espirito. | Porque não se applica seriamente? f Sr R. T. Quem escreve coisas tão parvas sem ter obrigação d'isso, é admirável de toleima. N'esse particular póde ter-se na conta de um prodígio. -»*>{— Oh! ofli ! Na velha Europa e por toda a parte ondo o tele- grapho electrico tem conseguido fixar os seus postes e mor- gulb.ar os seus arames, por toda a parte a agencia Havas- Reuter ganha ou confirma a sua reputação de supprir a imprensa periódica de noticias que armam á curiosidade dos basbaques, e devem pôr em eólicas os estadistas que, conhecendo bem a politica, a honram e distinguem com a sua mais sincera e cordial elesconfiança. Por isso também, logo que chega a qualquer parte uma noticia no gênero d'aquella que dava como certo haver o Sr D. Vital mettido debaixo do chinello infallivel do successor de S. Pedro as nossas liberalíssimas aspirações nacionaes, fervem logo as rectificações, e no dia seguinte verifica-se que de quanto a agencia Havas diz não se póde crer, em absoluto, nem mesmo o contrario. E por isso, também, quasi seria mais acertado pôr de quarentena as opiniões attribuidas a Sua Santidade, que «um bispo não tem de maneira alguma o direito de desobedecer ás leis do seu paiz, emquanto essas leis não sejam evi- dentemente contrarias á moral ou á doutrina da Igreja. » Mas se d'esta vez nos não logrou aquella agencia, cujos telegranimas ameude compartilham com o espirito de vinho— a particularidado de serem rentificados, então nào ha, nem póde haver n'este mundo, alegria maior do que a dos Srs Rio Branco e João Alfredo. Está confirmado aquelle celebre Gesta tua non lau- danlur, que tantas [negaças [nos fez ha dois annos, e de quem jamai.** olhos mortaes haviam logrado vêr senão a pontinha da orelha. A calva maçonica do Sr Rio Branco deve a estas horas reluzir de mal disfarçada satisfação vendo que foi sempre o que elle dizia e o que elle dizia, que vinha precisamente a aer quanto negava o Apóstolo, o periódico consagrado aos interesses da religião e da sociedade, o propagador da e da verdade, que quando assim lhe convém, pour les besoins de la cause, mente com um desfaçamento para que nâo ha termo de comparação, nem nos bastidores de theatro, nem nos corredores das câmaras legislativas. Nào se esqueça porém que 03 fins justificam os meios, muito mais quando se trata da gloria de Deus e do proveito dos seus repre- sentantes n'este mundo. Está agora rehabilitada aquella instituição tenebrosa contra a qual o Sr D. Antônio do Pará tào eloqüentes auathemas despejava do fundo da negra masmorra da ilha das Serpentes. Está rehabilitada, e em breve teremos talvez o prazer de a vêr tratada nas pastoraes do3 nossos caris- simos bispos, com brandura, com carinho, com estremeci- mento, o que ha de ser de um effeito altamente morali- sador para a Religião do Estado, e da mais preciosa licção para os escriptores de comédias. O qne é fóra de duvida, e isso oa próprios jornaes da Catholica não contestam, é que Sua Santidade tem o maior desejo de viver em paz com o Brazil, onde florescem ainda alguns specimens da famosa arvore das patacas, c de estabelecer as bases de um moâus vivèndi, que agrade a todos sem o comprometter, c deixe a pendência no ante- rior, até vêr. E a isso não ha que dizer senão que o tal modas vivenãi é um bom modo de vida. !«-* C-T_. i B OB, NOTICIÁRIO Informa-nos pessoa bem informada que 03 aguadeiros deram cm falsificar a agua da Carioca, misturando-lhe da I » °í \ A redacção do Mosquito passa sem novidade em sua importante saude, e para o outro lado da rua se encontra um frade. O Dr. Reis Patusco prosegue nas Buati diligencias para arranjar votos para a sua eleição, e um desenhista para a projectada folha illustrada que vai publicar sob o titulo de O Cabrião, cabrião do Cabrião de S. Paulo, 1S67. Na noticia que demos sobre a companhia lyrica desti- nada a fazer as delicias dos Pindamouhangabenses houve um pequeno engano. E' Mlle. Rosa Villiot, e nào a Sra. Leonor Rivero o contralto d'aquclla troupe. A Sra. Rivero está contractada por 50 chavos para a opera nacional de Reeloudella. D'ühi o nosso equivoco. Temos á vista um telegramma que diz que « a Ca- tholica do Pará prepara uma recepção estrondosa ao bispo D. Macedo. » O nosso correspondente especial encomirendou-nos uma porção de Zé-Preiras e de fogo da China. Que estrondo ! Mais um suicidio a lamentar. O francez Boniface Boulaplat julgando tomar um refresco de cassis metteu no bucho uma garrafa de tinta roxa de Monteiro. Querendo destruir os effeitos d'esta bebida, de- masiado litteraria, tomou uma dose de sal d'azedas, que fizeram ainda mais effeito que o esperado. Passe por muitos annos sem nós. Na Exposição acha-se assente uma machina curió- síssima e eiue nos parece. '> 'nada a fazer uma revolução •.*** íia' social. Referimos nos á irry:- de pregar camisas em botões por meio da electricidade*. e olho vivo, quo se acha no silão u. 4, ao entrar.*** dW.h, defronte do dentista, .âa e,!;' Consta-U03 que de ora em diante haverá incêndios cm casas que estiveram seguras. Hontem foram vendidos no mercado, um atum (Atu- nius Tijiiquensis, Varejoniua) de 14 metros de comprimento, e dois camarões fabulosamente caros, feitos de lacre ser- vido, misturado em proporções iguaes com massa de vi- draceiro. Acaba de fundar-se uma associação intitulada So- ciedade Internacional de Empalmação Rústica e Urbana, xY^ illimitada, sem capital, mas tendo por fim explorar a nosss. f\ * y^r\ Informam-nos do Observatório que no próximo anno cahirá sobre esta cidade um grande aerolitho e a Paschoa n'um domingo. Os nossos reporters andam doidos á procura de novi- dádes que façam émpallidecer as da Gazeta e as da Nação áo Revm. Sr padre João Manuel, mas nada têm desço- berto de notável. Apenas um d*elles^o n. 1743, nos informa de que ha oito dias se espera do porto de Mariangú um telegramma muito importante e urgente. Que diacho será ? As ferias do mez de novembro continuam a ser paga3 no Thesouro. As do fim de anno começam amanhã em todos os collegios. Foi julgada improcedente a denuncia dada contra os taes melros vendedores de pretendidas notas falsas. Realmente é triste perder um honrado cidadão os seus milhos com os espertalhões e não lhe ser concedido, como justo desforço, demandai os !... A. Fava. Ex|ios_e«© Nacional Deus nos livre de negar a incontestável utilidade das exposições universaes! Naquellas luctas incruentas tem a industria de quasi todas as nações colhido profícuos resultados. Mas se as exposições têm coroado de louro muitas nações, têm abalado também o credito de muitas outras ! N'uin concurso em que entram todas as nacionalidades e onde as conquistas industriaes de cada paiz estão sob o pezo da critica imparcial e desprcoecupada da cegueira do patriotismo exagerado deve empregar-se o maior cri- terio na escolha dos productos que ahi se devem enviar. Nào ha condescendencias que se desculpem, nem con- siderações e privilégios que se justifiquem. Um jury encarregado de extremar os objèctos eme de- vem representar no estrangeiro a industria e os progresses do seu paiz, tem, por indispensável dever, de ostentar uma severidade que resista ás mais altas influencias. Tanto o expositor como o membro do jury, devem ter sempre em vista que lhes peza na consciência um crime de lesa-nação, so por uma mal entendida complacência, auc- torisarem o estrangeiro a rir-se do seu paiz! Ignoramos ainda quaes serão os objèctos que terão a ventura de se apresentar na Exposição de Philadelphia; mas se nào existem oceultos ás vistas dos visitantes da expo- sição do edifício do Ministério da Agricultura ainda alguns productos destinados a figurar na exposição universal do que aqui vemos, pouco ha que enviar, c esse pouco deve mais servir para nosso descrédito, do que para nos lison- gear o amor próprio. Da decantada exposição dos productos da provincia do Paraná, por exemplo provincia esta que ó cila quasi toda a exposição dizemos sinceramente que é a que mais nos desconceitúa! A'quellís que taxarem de injusta a nossa asserção fa- remos unicamente esta pergunta: Ha cem annos podia a zona que hoje se chama pro- viucia do Paraná, representar com igual brilho e esplendor ? Podia! Responderemos nós sem hesitar um momento 1 Ha por ventura alguém no mundo que possa duvidar da fertilidade do nosso boIo, da luxuriante opulencia das nossas mattas e da riqueza das noEsas minas ? Nào ha quem o possa pòr em duvida, e muito menos

Transcript of i5 ¦ v'¦•'¦*/ fmMifmm - BNmemoria.bn.br/pdf/709654/per709654_1875_00026.pdf · ventura de se...

c VA* \i

1 5 ¦ v'¦•'¦*/

Anno . . .Semestre ....Trimestre. . . .

16$0009$0005$000

fmMifmm

Escriptorio: 70, Rua do Ouvidor 70.Anno 20$000Semestre .... 11$000Trimestre. . . . 6$000

(3^577

ANNO VII RIO DE JANEIRO. 11 DE DEZEMBRO DE 1875 N.

Agradecemos a offerta de exemplares das seguintesobras, que bondosamente nos foram enviados :

Ac Illm. Sr Dr J. R. de Campos Carvalho—os seusDiscursos Parlamentares, proferidos na sessão de 1875.

Ao Illm. Sr Dr Lucinclo Filho — o seu capricho deconcerto intitulado Travessura, de que são editores osSrs Narciso & Arthur Napoleão. E' uma composição lindissima.

Ao Sr J. D. de C. L. — Compêndio de Doutrina Christã

para uso das crianças. O auetor devia fazel-o usar peloSr. bispo diocesano, que é uma criança !!'...

Aos Srs Moreira, Maximino & C. — a sua folhinha

para 1876, á qual só falta uma pincelada de verniz paracompetir com as francezas —francezas.... folhinhas, jáse vê.

Sr C. A. Souza — Pois senhor, se os seus bifes não.sahirem menos duros do que os seus versos, não os dese-

jamos ao nosso peior inimigo. Safa! que homem.'

Sr A. V. de Carvalho — Mil vezes agradecidos pelassuas ülustrações. A piada final tem verdadeiramente espirito.

| Porque não se applica seriamente?

fSr R. T. — Quem escreve coisas tão parvas sem ter

obrigação d'isso, é admirável de toleima. N'esse particularpóde ter-se na conta de um prodígio.

-»*>{—

Oh! ofli !

Na velha Europa e por toda a parte ondo o tele-

grapho electrico tem conseguido fixar os seus postes e mor-

gulb.ar os seus arames, por toda a parte a agencia Havas-Reuter ganha ou confirma a sua reputação de supprir aimprensa periódica de noticias que armam á curiosidadedos basbaques, e devem pôr em eólicas os estadistas que,conhecendo bem a politica, a honram e distinguem com asua mais sincera e cordial elesconfiança.

Por isso também, logo que chega a qualquer parteuma noticia no gênero d'aquella que dava como certo havero Sr D. Vital mettido debaixo do chinello infallivel dosuccessor de S. Pedro as nossas liberalíssimas aspiraçõesnacionaes, fervem logo as rectificações, e no dia seguinteverifica-se que de quanto a agencia Havas diz não se pódecrer, em absoluto, nem mesmo o contrario.

E por isso, também, quasi seria mais acertado pôr dequarentena as opiniões attribuidas a Sua Santidade, que «umbispo não tem de maneira alguma o direito de desobedecerás leis do seu paiz, emquanto essas leis não sejam evi-dentemente contrarias á moral ou á doutrina da Igreja. »

Mas se d'esta vez nos não logrou aquella agencia, cujostelegranimas ameude compartilham com o espirito de vinho—a particularidado de serem rentificados, então nào ha, nempóde haver n'este mundo, alegria maior do que a dosSrs Rio Branco e João Alfredo.

Está confirmado aquelle celebre — Gesta tua non lau-danlur, que tantas [negaças [nos fez ha dois annos, e dequem jamai.** olhos mortaes haviam logrado vêr senão apontinha da orelha.

A calva maçonica do Sr Rio Branco deve a estas horasreluzir de mal disfarçada satisfação vendo que foi sempre oque elle dizia e só o que elle dizia, que vinha precisamentea aer quanto negava o Apóstolo, o periódico consagrado aosinteresses da religião e da sociedade, o propagador da fée da verdade, que quando assim lhe convém, pour les besoinsde la cause, mente com um desfaçamento para que nâo hatermo de comparação, nem nos bastidores de theatro, nemnos corredores das câmaras legislativas. Nào se esqueça

porém que 03 fins justificam os meios, muito mais quandose trata da gloria de Deus e do proveito dos seus repre-sentantes n'este mundo.

Está agora rehabilitada aquella instituição tenebrosacontra a qual o Sr D. Antônio do Pará tào eloqüentesauathemas despejava do fundo da negra masmorra da ilhadas Serpentes. Está rehabilitada, e em breve teremos talvezo prazer de a vêr tratada nas pastoraes do3 nossos caris-simos bispos, com brandura, com carinho, com estremeci-mento, o que ha de ser de um effeito altamente morali-sador para a Religião do Estado, e da mais preciosa licçãopara os escriptores de comédias.

O qne é fóra de duvida, e isso oa próprios jornaesda Catholica não contestam, é que Sua Santidade tem omaior desejo de viver em paz com o Brazil, onde florescemainda alguns specimens da famosa arvore das patacas, c deestabelecer as bases de um moâus vivèndi, que agrade atodos sem o comprometter, c deixe a pendência no pé ante-rior, até vêr.

E a isso não ha que dizer senão que o tal modasvivenãi é um bom modo de vida.

!«-* C- T_. i

B OB,

NOTICIÁRIO

Informa-nos pessoa bem informada que 03 aguadeirosderam cm falsificar a agua da Carioca, misturando-lhe da I »

°í \

A redacção do Mosquito passa sem novidade em suaimportante saude, e para o outro lado da rua se encontraum frade.

O Dr. Reis Patusco prosegue nas Buati diligencias paraarranjar votos para a sua eleição, e um desenhista para aprojectada folha illustrada que vai publicar sob o titulode — O Cabrião, cabrião do Cabrião de S. Paulo, 1S67.

Na noticia que demos sobre a companhia lyrica desti-nada a fazer as delicias dos Pindamouhangabenses houveum pequeno engano. E' Mlle. Rosa Villiot, e nào aSra. Leonor Rivero o contralto d'aquclla troupe.

A Sra. Rivero está contractada por 50 chavos paraa opera nacional de Reeloudella. D'ühi o nosso equivoco.

Temos á vista um telegramma que diz que « a Ca-tholica do Pará prepara uma recepção estrondosa ao bispoD. Macedo. »

O nosso correspondente especial encomirendou-nos uma

porção de Zé-Preiras e de fogo da China. Que estrondo !

Mais um suicidio a lamentar.O francez Boniface Boulaplat julgando tomar um refresco

de cassis metteu no bucho uma garrafa de tinta roxa deMonteiro. Querendo destruir os effeitos d'esta bebida, de-masiado litteraria, tomou uma dose de sal d'azedas, quefizeram ainda mais effeito que o esperado.

Passe por lá muitos annos sem nós.

Na Exposição acha-se já assente uma machina curió-síssima e eiue nos parece.

'> 'nada a fazer uma revolução•.*** íia'social. Referimos nos á irry:- de pregar camisas em botõespor meio da electricidade*. e olho vivo, quo se acha nosilão u. 4, ao entrar.*** dW.h, defronte do dentista,

.âa e,!;'

Consta-U03 que de ora em diante só haverá incêndioscm casas que estiveram seguras.

Hontem foram vendidos no mercado, um atum (Atu-nius Tijiiquensis, Varejoniua) de 14 metros de comprimento,e dois camarões fabulosamente caros, feitos de lacre ser-vido, misturado em proporções iguaes com massa de vi-draceiro.

Acaba de fundar-se uma associação intitulada — So-ciedade Internacional de Empalmação Rústica e Urbana, xY^illimitada, sem capital, mas tendo por fim explorar a nosss. f\ * y^r\

Informam-nos do Observatório que no próximo annocahirá sobre esta cidade um grande aerolitho e a Paschoan'um domingo.

Os nossos reporters andam doidos á procura de novi-dádes que façam émpallidecer as da Gazeta e as da Naçãoáo Revm. Sr padre João Manuel, mas nada têm desço-berto de notável. Apenas um d*elles^o n. 1743, nos informade que ha oito dias se espera do porto de Mariangú umtelegramma muito importante e urgente.

Que diacho será ?

As ferias do mez de novembro continuam a ser paga3no Thesouro. As do fim de anno começam amanhã em todosos collegios.

Foi julgada improcedente a denuncia dada contra ostaes melros vendedores de pretendidas notas falsas.

Realmente é triste perder um honrado cidadão os seusmilhos com os espertalhões e não lhe ser concedido, comojusto desforço, demandai os !...

A. Fava.

Ex|ios_e«© NacionalDeus nos livre de negar a incontestável utilidade das

exposições universaes!Naquellas luctas incruentas tem a industria de quasi

todas as nações colhido profícuos resultados.Mas se as exposições têm coroado de louro muitas

nações, têm abalado também o credito de muitas outras !N'uin concurso em que entram todas as nacionalidades

e onde as conquistas industriaes de cada paiz estão sob opezo da critica imparcial e desprcoecupada da cegueirado patriotismo exagerado — deve empregar-se o maior cri-terio na escolha dos productos que ahi se devem enviar.

Nào ha condescendencias que se desculpem, nem con-siderações e privilégios que se justifiquem.

Um jury encarregado de extremar os objèctos eme de-vem representar no estrangeiro a industria e os progressesdo seu paiz, tem, por indispensável dever, de ostentar umaseveridade que resista ás mais altas influencias.

Tanto o expositor como o membro do jury, devem tersempre em vista que lhes peza na consciência um crime delesa-nação, so por uma mal entendida complacência, auc-torisarem o estrangeiro a rir-se do seu paiz!

Ignoramos ainda quaes serão os objèctos que terão aventura de se apresentar na Exposição de Philadelphia; masse nào existem oceultos ás vistas dos visitantes da expo-sição do edifício do Ministério da Agricultura ainda algunsproductos destinados a figurar na exposição universal —do que aqui vemos, pouco ha que enviar, c esse pouco devemais servir para nosso descrédito, do que para nos lison-gear o amor próprio.

Da decantada exposição dos productos da provincia doParaná, por exemplo — provincia esta que ó cila só quasitoda a exposição — dizemos sinceramente que é a que maisnos desconceitúa!

A'quellís que taxarem de injusta a nossa asserção fa-remos unicamente esta pergunta:

Ha cem annos podia a zona que hoje se chama pro-viucia do Paraná, representar com igual brilho e esplendor ?

Podia! Responderemos nós sem hesitar um momento 1Ha por ventura alguém no mundo que possa duvidar

da fertilidade do nosso boIo, da luxuriante opulencia dasnossas mattas e da riqueza das noEsas minas ?

Nào ha quem o possa pòr em duvida, e muito menos

_.«¦_'_•*•. ' ..... ~a OS ;,_<-

cMO. .,- ,____ "vv -vj

_a ./u..^> Pa• _r*y.rjiXy'^ rl_A_.i__AA.2-Ly- ' - _. -

/¦SÉ

CyW ) rWXAAV CA/O AAAJIAAXVA hí*/l_rj. «AAA frí_l'. ..Í....J _.•+.

t>WiAy>v.... (Mi^.<- CJ1AA. «£ cj^to. ot'^

vcvo viv-O^i *

í «X*VOV«AaÍ^I/ J rioVAAV OW> 'vVWvAArt

|lC>VW> <WO_ tV©-Vl/.VX*(Arl títov. , A<' ' ^'\

""O CU- y_An V.._...:.' .V .. .ri

,4^v»<{*•

P___Sfer_l- ií!»-. •¦¦«¦;' "VV?' V r-At... Y. ,..-• ¦'..;,(>.

1»:

i y'A^ W-'h11

#' v% % 'è*k

tM. v

4_H| " "" ^%_3> sj& v.l v Fv ¦. . • - "¦; .vv?''>ifv:.v;.^?' './ %2hih Y% m¦VV-.":. .. 'Y../$V'- " •'' ' ''"' "vi '

:,?f-r;. ';¦ ,!*S«S.

i Mi

fv^vSf- ¦ íf Wx. '"^'"•T> ''^"¦¦•' ^'0___*!^»..|'!'';í*-í"-."-:í;V'õ ¦_-rfB«t'^íi..«í—>-v;„ivr watí_S__»»_>-;*^'s' >._i?p_Mr'Hí,ií,*".3 ¦•.. .e..-. j;v:;»

.•4*^^is^^>^-¦•- v ¦...,,,,.,,,,,^_, . •¦- ^^mrís^*^. x> J^í^^?-?i^^3iaS

(AToV-U)IcmAj«A jpO^WtA}1^-

SKSwBí*a;i:V'\í.-"r__^^.':':'V.;-^te. 'V«^i_^#1â^iM.^.,í'l. P?f !:':

V). .<V$?K%. ^

'%„! ;i '"^t^.V."''. V ^ivA

^•Tr- v'.":%lví%¥v ,-'. ' .V.-'"'"-^-AJ* vN^-viVi " '' :;,'v

1 '¦

-;'l'. ''*!í\.

;%'/w%\

. \' {j.--j_V

v-^í

1"_8í?vt ¦

'm\%;s*a. :F'r^e^'. /Sí.«h ¦!¦ \*ftí>oy.Avi__^í

' r ''t

. -vi/ '

__%,

I¦fí}

i

,tíi_i1

«Sfe^ p-Kfííí.-*'!- *.N i) a. w tao^vcKvo y»>UrV(A, o s)- cA Icaavo^ ü /.«vw

çta, y(rtCAA çxAw cv» Vvoifo/OVOty. cAa. JlOAAArC^

/Sn< m̂-,y:

*•'- -^- ifesd?^'wvAM/vvetv»yi | cW^Klo^^^tovw ^wwvlv_, | . „

r5^Ltb a^k>i /:k# ií

V^or.?

s^!««Jk««r^

%ÊÍS'<k

H^

;/<*A*i^Sj CK'««AM, C^ÍAWVO C,UV ^í;«irM\ J/:-MJa t^,

' ~^W

-•^~ V, */ ¦*/^t "» '• U *»\ • ¦/«. ¦ _*_3i_sSii -•"; á»^::.*. •. «*.-X. *!£ r/sS_ _,^*J____Ha_m__»3ÍK jmVmvmmmmm*^^ '-<^_i______g______K*'^'<. vf-'.--''.^JT^ v . ___.-••' ) v> v''.-^.-„-£¦ "r'S. --Vv "-\- gfe -^ '->¦ ^-^'••>-v .-^4^%^I^Pr^.^iM^B_B|^:BA- .v ¦v^1%.^^lii. v^

f * ^^A^^s^í*,^?-->>^"V - ¦ '¦'&AA '¦-< - ^M » ^^!^LíW<^^^^^^^::^^Ê*^^S^A%:A&i^ SU:j*-» ¦¦.,r'.^* ^--r__K-' !• -v /, f*"^J_!_________ç___wE__H__í,á_s;*'' ^ -j»-^- ¦¦'.'* vwteü-g_a_l__________?g^^ j - ^ . 4'^é_____!________k*_p*-I «^cia^ ' a •,- ¦— • ^ls^fíÉ^^^fifjgjm_mf. *¦* - - - , -ifnFf iWTgB****; nímizj"—.mnt&k ''^'¦¦^^^^^Êi^^Êmi ¦ ¦¦¦¦¦¦' ¦£I¦•"• ilsi!.»*.*• - 'J^ríS___Ê^S^^SKfe\' ^r^3

_^^^ <A-~Jm /'**?r H/?í<*^.Mvs*'^___________-__P_ - -V*' ."¦\\V.1'*' _ÍSw'^B3?^^_^__ifl__í___í_____________i8-____^v -*f_. -*'¦ - ¦• il'h -r-i. ,^>.-.--v •• ' ¦-A- _*».;• ^______H»^___»^4?^e»_Ss_fetf>^_fs_t - ;, --.. -M5Es_f*,&lf?''_?7y> -'¦••« 5ç__f_s^s_S«Fí^BSí__aKéS_-_W__^__Í_Fl:. ""4»»

;'""/""*1- -' ^- v-í-^ilfjp- m^-z^^ÊÊÊ&r % * 1N^_S*í%flsa__prx\__r<'5__í J-«--^~--,''"*t2^'^^^^i^____BH8^ ít «L ls«ç¦ $^ir\ .- --^^i3?^____. ¦• -<.>^.^^^S«S|S^WSSiB|^^sS|^«*^ »-r "y^5--S("^'^y \v* ."" ' ^i^W-^|^pj^SsMÜ^Pí i»T»w»»*r^ yr^yyiftbf

^fe..E__# _.. flB?lÉ__Íí*-3"'"' *=_-P>«"»«* Mj

P%yA«A%^.

MMnrW vsvwc^ ^'po^vtxivo t^ \aAfW ?jO»A^OI^U>»

WMMX C^/YVwOU OU. C^OO»- CÍ»»- io*A^^ÁMAA^^ rVA/CAJ VY>M h»>V.Ô «WlJkA,/i*V VU*/ ^W<Mu , \»hito ,

"PxWftWr VxA*- *nVuA<*s

t 0 WU sVV>(k» ,10 -*>tÀr <yA*. ^flW<(i«otcnv*.3Í

u. ^fl.^'

o. ¦̂'A,

d*AUnXw*fl 0V> it5W>,uW>VA»A/ VirVCWCOfcrVCl

i W V^ - ¦ ^^^^^^^^Jat^^^-saáS-*^^ j^ -_• %^^ V%^:^-;; "¦¦¦¦' JM^il f.-"""Íte

f :'^\jy ;-^w^-) ''~-4^^s^ . . ;-'/,íj: f|g» £j|^ J|^

^ \ã^-;'t_jj^^^ A ,r ¦¦¦—¦¦¦ :ijj| !JJ//./ ÉÉISJ-J P'"f Va JvSs. •>'"* ¦**«* '**-e*T^ wáF?*" J*-**ss*«**JBL£ g % K_**< Vi v'íí;%'..'4

— -JjL, * -__^*-_... % — j » ,-. ií-: ^-WW""*>P « ¦ "^ T__ÇEJl _# * . . - ¦ * JT ^y». - .... '_ fjf ;_..-¦'_§^^Sw *_ i •^nffffliiL ¦ j-rJr-"V :-** i > J^"~"I* ^^ R''¦¦'•¦¦•"• *¦• $/$|

"Sr»' 'Sfahi I i"T^ft-AA^r;AAA' '^-^§iif^_i^pg^sspg -': '¦¦ i II l 5 '^'^^tiíáu. .

¦ - v i- «¦-• -*=a»-" v '•"¦

\v.';'

-*^^* Jm®*. .'js*^*

_li «'^^W«

¦'¦ 'íífe_;-*^_ÍSTO^_Sr^ií_t" '¦'¦?sl*»i--'*íj;f* 7*-^*S.-j"-i::' i"* ' ."í" * '• 'V'*J\*i- S'*» - "V

_ftf^^^^p' ^ 5 íaaa^ ri J. ^.' _.

'¦,..".*/.-•'*•"¦:o ¦¦'-;.¦•' '-¦'i^-J^-"'-¦«"• v1.^;';¦ '-'•: ' V->»V-;.V J.L~V^-;'r>;^ TA-'"vi-:' "'

^m

-?yy.'VTr

^í_i :Jlfpf..

**..•.

^&W

6 i

^ «... ¦ '^"-^ \A';My^y.r:y-./M

I ¦J/ri l%Sr«v*í^ V -« \- Vs ^. ^

'¦r'!:^l í:'r Laesày.^

f^^m^m^ - •:,-J^r:M:à:{^. M **dBk

__siÉ__í__s!_S_*

^r ,#rfi

_*S&*«. "'*'5í^5_:>te^!___N 1SS-

_y ^^ oU^e^. OvVÍ Rvvúç ,

»íi;. ¦!-'-:':,'-" -.-'.;¦ .'i-rí-if-V'.-.-.-.._-' :'-••-.•-'-.. y-' ¦' ---.._¦:.¦ ->g-:_.';, .^*T*jfJ*'**%-- ,-\--"i^lt1-.'¦,.;-". ;• -.:.--**"-•"**

'5;-%.: -¦¦ -:.:•. :-^'-:A5-Ír^Í^Í^%l^lá^*^1^^^6SÇ$:»_í

^^>'" • - "v. -0Si êêsWÊW' Sk&LW^*^*t< A--:y ' li/w.--yM&jSfflÊigaaW'myx8s%iÊ& :lm,\r ' ^3?&mÊÊÊ^ww% i- ¦¦¦ W^y^j,

:-: ¦¦¦¦¦¦^^^^*~'WÊL^^^^^^r--'r:SV^-3i?-.•ftr.y?-**. -. V.. ; . :-.JfPír>.«,~'.A.*--..-~», • -,»-SJ_3_^*«_*!BH.ÍSl/ÍS.' . . •.• __.• ;^*?W:5^^feô.'r__fa_^^«í,

^'4**'—* jj^***?^^^^_^^

Isi^.-âSfS,.-"^-"'

>^

)

1

'\

>"¦'%

- —'X.;^^.rJ";'-''--ly^ -^

_•- \_. "*¦"¦ _* fcixifK,

;.» t«_«_-. , _\.~..»- B-_9_aSE_x <v

**>^ -^P^^J5

t

>íí

%

l^*.^p-'

v

\ \

¦¦¦«

- v V -•s% \£'iÂ^v í^íf___??-^->'. - ;¦'.* -£J*- -^.- ¦

í <

V s^r;./ \\\"«_í'!. >i 7w_í4as.| •- ¦* ^3--\ /utÇ-^í-^k /s^áS**---!* "v. ¦'•: > iri-- y.- .-r- r^jB^

O Mosquito

quem o diga, ou o tenha dito, eom imparcialidade ou isençãod'animo.

Se assim é, — se ha um século se podia trazer áscostas de carregadores uma amostra de cada qualidadede madeira que hoje contemplamos — também em amostras

na corte do império; se ha um secalo as massarocasde milho podiam nascer com o mesmo viço e dimensões

o feijão com o mesmo sabor — e o caie com o mesmoperfume — o que adiantámos nós ?

O que fez a iniciativa do homem ?Qual o auxilio que o braço humano tem prestado a

uma tão rica natureza?As ricas madeiras lá existem é verdade, como já lá

existiam ha eem annos, porém é também verdade que as es-tradas, como as madeiras, são as mesmas; com a differençatodavia de não existirem nem ha um século nem presen-temente !

Aqueiles pois a quem lhes palpitar o coração de orgulhoao ver reunidas tantas riquezas juntas, enganam-se redon-damente!

A gloria cabe unicamente ao solo uberrimo da nossamãi pátria. Pertence a ella — que nos circunda de riquezas,que nos semêa o caminho de diamantes e de pérolas; ese estas são mal deitadas e se lhe damos o apreço comque já outr'ora foram estimadas pelo gallo de Lafontaine,a culpa ó inteiramente nossa!

Quando a Companhia Florestal Paranaense recebia umadas maiores distincções que é dado obter n'um certamenuniversal como a Exposição de Vienna, as suas acções nãovaliam no mercado uns trinta mil réis !

As riquezas das mattas da Companhia Florestal, ondese encontravam as melhores de araucárias brasilienses dasquaes um só exemplar valia, para os estaleiros do nossoarsenal de marinha, perto de um conto de réis; as suascustosas officinas — essa vasta propriedade emfim não temachado quem por ella dê apenas uma centena de contos de réis.

Contraste irrisório !Uma medalha de honra a uma companhia, no momento

mesmo em que ella faz a ruina dos seus accionistas!As exposições são uteis e utilíssimas; mas os seus ga-

lardões nem sempre representam a verdadeira expressão doprogresso e da prosperidade das industrias premiadas.

E' por isso que para nós vale mais uma peça de al-godào da fabrica de tecidos de Macacos, do que todas aspelles de tigre, os troncos, as massarocas e as outras ri-quezas naturaes das provincias do Império.

Com a exhibição d'estes produetos só poderemos aug-mentar créditos da terra que os produz e o descrédito dohomem que os explora.

E' um prêmio mixto de glorias ruidosas e amargosdesenganos !

E na verdade quanto deve ser doloroso aos que, comonós, amam sinceramente o seu paiz — ver como é rico egeneroso o solo abençoado da pátria e como somos impo-tentes perante tanta riqueza — como para ella somos pe-quenos e ingratos!

Alfredo Riancho.

Autographo* caseiros

Quando um desenho é mau ainda se comprehendeque se lhe ponha certo arrebique: quando é bom, não vejoque seja preciso

Bordallo.Cs homens sem espirito não devem metter-se a fazer a

corte ás mulheres; em taes casos façam como euFaria.

Sei que custa muito dinheiro a nova Praça do Com-mercio, o que não sei é quanto

Valle.Em Portugal vi muitos plantios de castanheiros mansos,

mas aqui ainda não vi nenhumSouto.

Tenho em casa um brinquedo de que não posso ser-vir-me, nem lhe conheço o nome. Será zorra ? será cara-peta?

SiJRAPUO.

A opinião publica não póde ser deixada entregue asi mtana. E' como os cavallos de um coche que preci-sam que haja n'elle um braço forte

Aguiar.Ha quem me censure por empregar ás vezes palavrasestrangeiras ; mas que querem? acho tanto saimte, porexemplo, em chamar plaisantcrie ao gracejo e á caçcada

Bob.Aprecio muito bem as letras, bem as sciencias, soílri-

velmente a industria,Malas -Arteb.

Não sou commendador de Christo, nem mesmo de talordem desejo ser

Freire.

Nem sempre sc pódc escrever com espiritoA. Dias.

Dos dois collegas do Mosqidfo com quem mais íntimosou, um chora sempre apouquentado ao mesmo tempo queo outro

Riancho.

Um typo que não me sai da memória é aquelle espiãoque em Santa Helena andava sempre por traz das cercasespreitando Bonaparte. Aquelle é que póde dizer que viuNapoleão

da Silva

Embirro com homens mulherengos; pela minha partegosto mais de mandar do que de ser mandado

A. Fava.

O massapão

OFFERECIDO AO COLLEGA ROB .

Eu cá não fui á festa, ao regio baptisado.Não quiz ir e não fui; não sendo convidado,julguei leso o meu jus, o jus de cidadão,e varri da lembrança o regio... massapão.Não fui á festa pois. Mas quando os repiquetesdo alegre carrilhão e as salvas e os foguetesretumbaram no ar, pulou-me o coração;e eu disse dentro em mim: ,á vae o massapão !E saltei de prazer, gritando : O' José Bento!ministro sem rival! ministro d'espavento !Bem, providencia, luz d'esta feliz nação !das pastilhas auetor, auetor do massapão!Salve! Bem hajas tu, gloria da nossa era!

A festa correu bem; mais do que bem... pudera!Que importa o vento, a chuva, a tosse, a defluxãoonde houver a granel: pastilhas, massapão?Ora tinha que ver se, após tanta fadiga,tanto esforço e labor, tanta dôr de barriga ;tinha que ver, digo eu, se, ao cabo da funeção,não deita o José Bento o regio massapão !A festa correu bem; são todos a aflirmal-o :foi um dia de truz / Não ha, não ha negai-o :coisa que elle ideou, coisa em que elle põe mão,por força que sahe bem: sahe mesmo um massapão.Andará n'isso azar ? ou peculiar talento ?Talvez ambo3 ? não sei; mas sei que o José Bentojá por mais de uma vez que deita massapão.E sobre isto é uma só e a mesma a opinião.

O' Rozendo Muniz ! tu que tens celebradoquanto é grande e potente e íico e agaloado,empunha a lyra d'ouro e exalta em fabordãoo cândido vestido, o regio massapão,a toalha infantil, os cueiros principeseoso eirio, os seus dobrões e os vários arabescos.Mas, vate, por quem és, carrega-me essa mãono ponto principal —no regio massapão.Pinta-m'o a toda a luz, cercado de pastilhas,qual soberbo peru, n'um prato de lentilhas,loiro e fumante ainda ; altivo e cortezão ;um massapão de rei; um grande massapão.Ha hi louro a ceifar; á ceifa, ó vate caro !Lustra ainda o teu nome eximio, já preclaro ;da geração por vir o pasmo, a gratidãoteu busto esculpirá talvez em... massapão.

Antonino Pio.

SALPICOSSc em vez de sarrabiscar estas notas do que vai poram, tivesse de as lêr, se ao pegar-lhes encontrasse logouma palinodia contra a carestia da carne largava-as pormao e ia cuidar de outra coisa.E com fcanqueza, fazia mal. Entrar nas coisas da vidapelo bife é render preito á mais nobre e importante partedo cidadão : o estômago.

¦¦

Muito mais quando - apezar do gravissimo Diário noaffirmar que ainda antes de terem sido levantados queixa-nies na imprensa, já Bento Massapão havia dado rosáriosde providencias sobre o assumpto - o boi continua a me-recer, como o rei D. Sebastião, o cognome de O Desejado

A tal imprensa grave c seria de ha muitos annos temo condão de mo fazer andar, dc pura alegria, aos pinchos pelomeio da casa, e de ter sérios receios de me tornar epiléptico áforça de tanto rir.

Assim o Diário, apregoando as sabias medidas doSr Bento e cahindo em cima de um jornal que «procurouarmar á popularidade» pondo em relevo 3 sincera incapa-cidade d'aquelle ministro, dá perfeitamente idéa do indi-viduo que queria tapar o sol com uma peneira.

Estes senhores imaginam que ninguém ainda percebeu amudança de andadura do Diário. Respeitemos essas illusõese lamentemos apenas uma coisa : não serem ellas já da pri-meira infância.

Tomemos, porém, nota para lhes dizermos quando essasdoces illusões se houverem dissipado, que ha por ahi muitoquem veja no Diário o suecessor da Nação nas boas graçase nas olhas gordas do gabinele.

Verdade seja que não podem aceusal-a de armar ápopularidade.

São modos de entender.Nós que não somos folha séria, nem folha grande, tudo

quanto fazemos é justamente para adquirir popularidade,que é do que vive a imprensa, quando não tem pai alcaide.

E partindo d'esse principio com o pé esquerdo e oolhar a quinze passos, é que eu vou perguntar a S. Exc.da Agricultura se sabe que andamos todos arriscados amorrer de sede, depois de nos termos visto na triste con-tingencia de morrer de fome.

Tenho idéa de já ter visto uns estudos e mappas parao abastecimento de água á cidade. Do que a não tenho,infelizmente, é de abrir com resultado a torneira da minhapenna d'agua e estou vendo approximar-se o dia em queterei de lavar a cara, como já vi fazer, com cerveja na-cional.

O governo que pensasse n'estas calamidades e no meiode as remover prestaria ao publico um grande beneficio,que elle receberia com mais enthusiasmo do que recebe osque lhe são impingidos por actrizes nacionaes e actrizes es-trangeiras e actores dramáticos e hu-icos e concertistas e abreca !

Só para um eu tenho realmente pena de não haverconcorrido com o meu reclamo : o do Heller, que ha maisde cem annss é perseguição que nunca fizera.

Mas os outros !...

Os outros, se eu pudesse mandava-os dependurar nogrande pinheiro do Paraná que vai ser arvorado na Expo-sição, ou obrigava-os a tomar parte, na primeira regata quehouver, no pareô das gamellas.

Imaginem-se uns tantos amadores, mettidos em outrastantas celhas feitas de pipas serradas pelo meio, cada umcom a sua pá. Quando a gamella vai tomando impulso ecomeçando a sua carreira, zás, começa a andar em rodacomo um pião, e agora torne a dar-lhe geito.

As regatas no geral correram bem, e a magnifica tardeexplica a grande concorrência que assistiu aquella festa,que loi mais um triumpho para a Oxford, que decididamentetarece ter tomado de empreitada todas as victorias emBotafogo.

Para o anno veremos as desforras.

Bob,

Aos Srs Assiguaittcs tio « Mosquito »

A direeção do Mosquito julga do seu dever participardesde já aos seus assignantes que do começo do anno emdiante voltará a adoptar para a sua folha o antigo for-mato, passando a publicar dois números por semana.

Reunindo elementos artísticos e litterarios como nuncaentre nós folha alguma conseguiu possuir, procura estaempreza corresponder ao favor com que tem sido sempreacolhida a sua folha.

Typ. da -GAZETA DE ÍSOTICIAS- rua do Ouvidor n. 70.