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OS ENVENENAMENTOS Oswaldo — Você está me. estragando o serviço.0 peixe _ qUç fazer ? Queixe-se da pesca a dynamUe!

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_j a* iarnal do brasilUE V,S TA DA SKM.VXA - Ediç-0 semanal illustrada do -ORNA

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0FF1C1NAS GRÂPBICASDO

JOKWUi DO BRRSIUNestas officinas executam-se

quaesquer trabalhos concernemtes á arte typographica.

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3Alto At Poesias para lias ie annos \P

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encadernado 5S000 &.

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garautos de ouro eircundara Tioleiw cora m g

COreS niinraw e nm casal de pombos.- Ho P3 coateud* do livre ob-orra-se igualmente o £3 Binior esmero. Para cada dia do anno oa- P41 coBtra-ie ama pentil poesia—sempre de p3 Meriptor brasileiro-ae lado de uma p&pna P3 em branco, onde se podem eecreTer aoraes P«fl «« pessoas queridas, b*m ooxno pftflueao- p

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3 afoãtaiáanto»>Ht*m entoe. ^C*õa peèsia.babilraente *»coibiaa.<5HC«Tr& ^

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pensaraenso, e .eõnstiwe :«m* P4 loxabranço, na .c-trntr. A impressão é JM aitida e elofirantõ, e todai.ó.M paeinw go J3 rodeadas de um artístico fneo de côr. B* P3 resamo, o álbum d&s Ywktu PoetuwÍ9}m P3 indiapoaiaTol do Soda seoça c**«.

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_-_raK?^wva' >xWx!/xÊiimMwâ

Que vos entrebem namemorial!

O' vós, queSíiTrcjs d etnolèstias dósiinguo vicia-dn^comn :rheutnatismoferidas ou ul-cera?, empi-crpfis, êrysi-pelas cluo-nicas pomas

pannos çaspa.cancrP , «mro ,„o rcifnnicas, bnboe>. etc-, ui. AdCSu,»«.M,lMi,e«r«n»tj

ie<llu.ry-deMan^o S.vao o < m

u,-iheunu-

reisveník-ar lonao '> •»; e luares do

tos mèdlros notnveise de.tentenare»pe?Sdí.s quo se çurarjnv aii . ..ínu

a ^czerna, coniichoRSvSarna, •Únicos dopos la.ios ?

TAMFOS, PIMENTA & t.118 UiiadeS. Pedro I4S

Em fente ao beçço Bom Jc^us

Aos nossos leitores cansa-dos (ias explorações <«e an-iiunciòs pomposos, recom-meiulaiiios como um mcui-ramenlo tíe primeira, ordem,íonieo e apperííivo, de ver-dadeiros resultados -ias los-sos o »roiiel"ttcs,coqueluc_ic.nslluna. fraqueza pulmonar,hemopívscs e lUlVerculose: o|.;U\IKÍH^IASTíU;(.0.

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Preferidos por serem admiravelmente agradáveis

Vendem-se em todas as perfumarias^abeUei^

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SEMANA

3

Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

N. 255 DOMINGO, 2 DE AHRIL Numero : 3oo réiswíinQ VI ^^ „___„_„ __ ___________ =^===T

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EB BEBNABDO ANTÔNIO DE MENDONÇA SOBBJNHOSenador Federal, f allecido na cidade de Maceió, cm 25 de março

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2174-N. 255 líkVIáTA UA SEMANA2 de Abril de 1905

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DESABAM Í3STTO NA. ^"ü"^ :DO SJEInTAüOda distribuição da água, pois chegámos an0S convencer de que os homens tinhamrazão: depois delles o dilúvio, porque,eííectivan ente, andámos as voltas com achuva por mais de 40 dias.

Bem contados, e se os dias de hojevalem o mesmo que no tempo do nosso

avô Noé, parece termos batido o rcconl

dilüviano e isto sem precisarmos de arcaou de coiisa que a valha.

llUc,,o,- -.a ca,, .a ,u, do Scnoao .uc desab.u no di. 27 ,.c mi„ço

O resultado desse prolongado inollio

foi o desmancharem-se algumas casas; queest-varri... maduras e já pas&adas.,.

Não me consta, evitretanto, amigo

compadre, que alguma das muitas con-

demi.adas pela PreMLura Lenha vindo

al)aixo...dahi pode sSt que estas, com ovesicatoiio do edital pregado ás peitas, se

restabeleçam e consolidem a estruetura.

D- pois que o dr. Passos, o dr, Frünf.n

CÂHiAS DE m TABAIVEOCompadre

Rio, /ms de março.

fkòào acabam, nto do estado de sitio^ rompeu-se o dique das contemplações

centflo,meubomcompadre,osqueduran.ea suspen -ão das garantias pensavam quedepois delles o dilúvio, têm levado cada

tunda que não te conto nada.. Entretanto aprecio a fleugma (se qui-

zeiíes chama-lhe outra coma) do governodiante das aeousações que tem suílndo:

nem pio...E se quem cala consente, abençoadas

mãos que têm zurzido os déspotas cari-

calos que tão mal sabem usar do poder

quando a fatalidade do acaso colloca-osna posição de senhores absolutos.

Também parece que lá por cima houve

algum desarranjo na válvula de s-gurança Per te do i

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„- io, da casa da rua do Senado que desabou no dia 27 de março

e outros se puzeram a embollezar a cidade,

não falia quem a requesle; uns lieoU£

recém isto, outros aquillo, havei b

e indecisão por parte da rrquesla

quando dous namorados se lembram

olí recer-lhe mimus idênticos.

A luta agora é a propósito da elcctn-

cidade. ,Dous candidalos se propõem íorne^

eneigia electrica á sra. Sebai

e brigam para obter a preferencia.Na minha humilde opinião.

deviam vender o seu peixe, cora;

cada um porseu lado a angariar ín

O que servisse melhor, é logic

preferido.Dir-me-ão, meu bom çotnpaa

guem embarca capitães avultai i* ^^

certeza de lucro, e este só pód< ^tido pelo monopólio, pelo exclua¦ - ,

E' verdade, responderei,

lopoli

ambosrrendoguezia.seria o

¦c : nin-ccinci a

Fachada da casa da rua do Senado que desabou no dia 27 de março

(Ti-Sos cbio

menos certo que os taes mon

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2 bii A««IL DE 19(5 REVISTA DA SEMANA 2175—N. 255

ninaIcmo

^Iluminação para cegos», como a quec e... acabou se.

a Academia de Commercio vae de

, «to em popa, velas enfurnadas e galhar-

damcnle varando as vagas da indifferença

publica- ,sLü aqui estou Ia, porque pretendo,

aeBtro em pouco, dizer ao mestre, no mais

nilldo sotaque brilaunico: «I shall nover

ivJ oi wliíil. vou have clone for me.»

Kntendeste?)0is se não entcndcate vem p'ra cá c

maírieala-te na Academia que dentro em

ires mezes estás um verdadeiro bife.

pessoa nas praças, ruas, jardins ou esta-bolcei meu tos públicos.

2.'—E.1 prohibido passar o braço pelacintura de qualquer pessoa nos siliospúblicos.

3Ü — li' prohibido nos logares públicosdeitar a cabeça sobre o li ombro de qual-quer pessoa.

*4

Diz uma folha estrangeira que a coroade ferro da Lonibardia (Itália) tem umatira estreita, fundida com um dos cravosque foram e.mpr< gados para crucificarCluislo. Essa fi a eu aro tem apenas dousmillimetros. Segundo a tradição o cravo

DL lANIFESTAÇÃO AO SR. PRESIENTE DA REPUBLICA

A passagem do [ resli.o pela rua do Callele

Por einquanto apenas faço a figuraçãotom os mànuaes, os diecionarios ábeira..-, mas daqui a pouco irei visitaro embaixador norte-americano e elle sequizir faltar bem o inglez ha de fallarconio o leu compadre

Renuncies.

UM POUCO DE TUDO\f\ Ueraldo, de Madricl, está empenhado

em fazer triumphar uma medida, que•£ realmente pratica e de benéficos resul-tad; para unia classe de infortunados.Trata-se de crear um instituto exclusiva-mente destinado a prej arar cegos e cegasJ>ar; i funcção lherapeutica da massagem." uma profissão de taclo cm que es^csinfeliz.es poderão até primar.

» *

governo de uma estação batucar, naAme ca do Norte, mandou affixar o se-guinte edital:

-E' prohibido beijar-se qualquer

W&X'r :'.x:;$;x!'í:;$í^

Nathalina Serra,artista do theatro S. Josc.quefaz sua festa artística no dia 3 de abiil

foi dado ao Imperador Constantino porsua mãe Santa II(.lona.

A coroa conserva-se actualmente comgrande cuidado em Monza próximo deMilão. Napolcão le Carlos Magno foramcoroados com ella.

Depois da guerra entre a Áustria e alia lia a coroa de ferro dos rei^ lombardosfoi entregue pela primeira destas poten-cias a Vietor Manoel.

*

Morreu em Okleotl.es Msnor Nalts obuli dog campeão Press Gang, pertencentea J. Atkinsom Gouvat, duma pneumoniadupla, resultante de um resfriamento.

O celebre cachorro Press Gang, exhi-biu-se em não menos de 30 campeonatosem todas as priricipaos exposições, e teve200 prêmios especiaes. O dono receberaunia òfferla da America do Nurfe de 1.200fibras, mas nunca o (Juiz vender.

*

As nações europeus gastam annual-

Inlítmffi ffiHiimri ¦ êS^^S^S-SÍ.' mMn 1

Recepção dos manifestantes no palácio do Callele

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:2-76-N.25-REVISTA DA SEMANA

2 DE ÂBUIL DE \%{}

monte, com a manutenção dos seusexer-

citos, a bwjalella de 9.500 milhões de

francos.

Bismarck possuía 487 cruzes e conde-

corações Para as trazer todas, seria, nc-

cessario que tivesse um peito de cerca

del2,m5, de superfiVe.Thomú de U.u.

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A) ir... \ ¦¦

THEATROSA empreza Donato Rotoli, deu-nos

Homineo ultimo, em malinée, a sempreheífee encantadora Tosca que, meontes-hvélmeníe, no palco carioca é cons.de-

rada como'nma cias mais apreciadas com-bicões lyricas da escola italiana. .P Adei ciosa opera de Puccini attrahiu«o S Pedro de Alcântara extraordináriaao _>. reuiu u^ nccistiii com enthu-concurrencia, que ?ssl*llu ^" en.<;insmo á interpretação da partitura, emümsTasmo que se revelava algumas vezes

_ prXng»das manifestações de applau-onc; aos distinetos artistas.S

Aorcliestra fez verdadeiras mnrav -

U.asfexecutando com. o maio.rrelev.^rilliante pagina musical che.a de in-pi

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raffl»%!í m~ _^ffl»MSSll ______P________^_L'__r ___.__*. iífc _" _Ti' ia i i __ in é-W _ ii"í'_ _M_ ^Tn '^1áiif t___»vai _-.'••!'. >1 - _ki_lk_&t_______j_*i _. _0 __Jl3____U___N_I S_R___^__MB__r •-___«¦^ãgMayib jKítfrMg^ r__^B_y^___y>_S__,_#__^_»_|a_l'^_BffiH__^

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A partida do prestito do largo da (MonaDamoshojeoretratodasra.Nathalina

Serra, actriz que fará sua festa artística,segunda feira próxima, no S. José.

Nathalina Serra, começa a sua car-rcira agora, e moça, intelligente e estu-diosa, se souber cercar-se de bom meio,

procurando ouvir os.mestres e aproveitar-lhe os conselhos, virá a ser uma artista devalor. Bastante apreciada no.npsfO palcoonde conta innumeras sympathias átemalcançado alguns suecessos pela giaçaeegressa, que revela nos pai evs que lhesão confiados. *

Quando traçamos esta secção no Re-ceio Dramático que acabou de passar porgraules rearmai, estréa a C°^nhLucinda-Chrlsliano com a peça de Gavauife _; t,?! MadaM Flirt, rcc.la es a em ho-memp-pm á imprensa d'resta ü« pitai.m

N°o próximo numero, diremos a g.sobre esta peça que, cer!o,riais.um tuunv

pho alcançará para a genial Lucinda quese encarregou do principal papel.

No S. José voltou a representar-;eaD. Juanita, a graciosa-opera cômica <W

Walzel e&éneés. .

A checada do prestito ao

ração e belleza estranhas que'despertamn a alma do espectador as mais suavesCm°0s

artistas dispensaram ao estudo daneca o mais meticuloso cuidado e por issorepresentaram-na, cantaiam-na c disse-ram-na com raro encan'o c expressão.

O publico que se conservava silenciosocomo que embalado pelas notas sonorasque impregnavam oambi ntede pnrfumes,de harmonia durante o primeiro acto até aentradadeScarpia, despertou doseu êxtaseno duetto entre este e Tosca cujo (malmagestoso arrancou prolongada salva de

palrD^hi em;drántees-Ve febril enthusiasmpfoi augmentando a proporção que o tia-umnho se accentuava. .PNovas saudações victoriaramo desem-nenho no segundo acto, na parte elo visseS visse hmore, phrase que PucçimhálMciou entre lagrimas antes de musi-

c ía eno duetto d°o 3» acto de Mano e

Tosca onde o colorido da phrase, a belleza

L harmonia se fundiram e geraram uma

pagina de arte, grandiosa e subhme.

pilacio d 3 Cattcte

OESTE DE MINAS ^^^ Carnaval na Cidade da Form-:V;n-,:.;. ;:-.:.::;v;;^'',.; ¦¦:>„¦'¦-

,.^5t- W^^Va^l B^k^l _E^_fia9_^_f ^mmr - _C J^R—Mti-_i_^^I HEsy '¦ "é^.i ^"l_^^*''''_^^*AÉf^^^BBB_!>*^fiK tnÊi!f3W^ tfMwmmr**4 ^^B^^B^Bt^^^^ ^^Tnmm^mr^^^*^^mm^mm¥^^^ÍImWWntMÍT^muff '''^ vlgWÍfe^j..

Bandas de musici 1Uc tomaram parte nos festejos carnavalescos

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Abbil de 1905 PEVISTA DA SEMANA 2177—N. 255

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Carnaval na cid ide da Formiga, oeste de Minas

de Brunswick e pesa trinta e um quilatese meio, tendo uma côr ligeiramente rosea.

No mez passado deu-se cm Paris um,caso bastante singular.

Eis como se passou :A condessa Gabriella, que tem mais

de trinta annos, residia habitualmente naBélgica, onde sua mãe habita o castellode F..., mas adorava Paris, e alli iafreqüentes vezes, chamada por altos nego-cios e pelas suas innumeras relações deamizade. Um dia resolveu lixar residênciana capital franceza e para isso começou atratar da sua installação, comprandomoveis, correndo os armazéns, indo, afinal,residir perto de Auleu 1.

Alguns dias depois de sua installação,a condessa, que atravessava varias vezes

T ELO MUNDOire os objectos vendidos ultimamente

¦?cm leilão, na sala de vendas Chrislie,cm Londres, figurava um diamante cujahistoria é bem interessante.

E' o famoso Agra, tomado na batalhade Agra em 1526 pelo Imperador Baber,o fundador do Império Mugol nas índias.

Das mãos deste conquistador passoupar;! as de seus descendentes,.que por suavez transmittiram-no aos filhos.

Quando o palácio do rei revoltado—na resurreição das índias cm 1857—foisaqueado pelos inglezes, um joven ofíiCialse apoderou do diamante e resolveu intro-duzil-o secretamente na Inglaterra. Esteoffieial, de combinação com seus cama-ráclas do regimento, dissimulou-o numapílula c fez o seu cavallo èngulila.

Chegado este ao porto de embarquecaliiu subitamente doente e o seu proprie-tarjo fel-o abater.

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O prestito ladeando a praça dr. Ferreira Pires

Os officiaes guardaram então o dia-mante encontrado no estômago do ani-mal.

Este diamante foi vendido ao duque

, , ,, i r^ n~ ^ T-,nt. Mi^r.i'in rorobeu um despacho do marechalA í Na véspera da batalha de Cha-Ho o Tzai Mcoiao ie^\ULU ll"

v-.cLv-.~* aq meu kou.©yanjí, e pensou comsiço: Deve ser a proposta da paz : com.todasa? vicloiias do meu ou¦jpalkine... Finalmente?!-(2) Mestre Oyama!-(3) O despacho dizia. Ola seu Mcoiao, queiffimgáo ":

um dos bairros, regressava, visivelmentefatigada, á casa. Depois de ter tirado ochapéo e descalçado as luvas, a campainhaelectrica soou apressadamente. Osintrusoseram policiaes, que traziam um mandadode prisão contra «Gabriella de L...»

Mas enganaram-se, isso não deve sercommigo—replicou, vivamente commo-vida, a condessa.

Os policiaes, lieis ao seu mandato, não

quizeram continuar o dialogo, c conduzi-ram-na ao commissariado.

O commissario de policia explicou:— Esta prisão foi motivada por factos

da maior gravidade, pormenores cm queserá inútil insistir.

A dama, descendente em linha rectade fidalgos, não pode supportar tamanhaaffronla e cahiu presa duma syncope,sendo logo conduzida em carruagem á

prisio de S. Lázaro, depois de ter estadonuma ph ar macia.

Tendo a detida constituído advogado,soube-se que a condessa tivera a seu ser-viço varias damas de companhia, de todasas idades e de diversas bellezas, de forma

que parece que uma dessas mulheres sem-

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2178 —N. 255 REVISTA DA SEMANA

prc que é delida dá o nome de Gabri-

ella L. Dahi uma queixa de escroquerie.O redactor de um jornal parisiense

procurou o advogado de defesa da

-condessa.Este disse:_- Posso apenas dizer-lhe que entre-

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R.v sala cheia de moveis antigos des-

tacava-se um moderno piano vertical

de Erard, um frisante contraste porentre as enormes mesas de pau santo

com embutidos de madreperola, cadeiras

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Pci'namlmco-0 bispo de Olinda pregandomorro da Conceição, no

depois da benção da Imagem da Virgem, nodia 8 de dezembro de 1904

2 de Abril de 190b

e punhos de rendas, cilas de cintura o-penteados altos como torres ; a destacaralli, abaixo dos quadros de sabor antigo,onde se vêem NapoleSo 1 a commandar as-suas tropas,montado cm vistoso ginete,a espada desembainhada apontando parafrente, com todo o seu estado-maioracompanhai o ; ura bello retrato do-Senhor D. Miguel ; em frente, mesmo em-frente, dizendo a alma de todos aquèllaCousas,a figura austera de um velho, enlrea grande moldura dourada, a cara sembarba, o pescoço apertado numa larga-

gravata preta,a sobrecasaca de goíla alUo cõllete de vistosas ramagens, a cabeçaillnminada a toda a luz,oolhar filo sobretoda a sala...

Quem olhasse mais attenlamente no-escuro da sala, atravez madeiras escurase pesadas sedas, descobriria a um canto,.lá no fundo,como que esquecido, um velho

piano de cauda a evocar festas idas, pas-sadas edades. ..

Sobre os vasos de Sévres e os pratosda°India não brincava lia annos um laiode sol. Fora o caso que a velha lidalgadera ordem para que nunca maisabrissem de par em par asjanellas quedavam para o jardim.

Desde que lhe morrera o marido entra-ra lhe na alma e na casa o eterno luto.

Somente uma disposição especial deluz illuminava cm cheio uma cabeça <

velho, com o olhar fito no cVella, sentada

guei no Juízo de Instrucção um violento

protesto contra a prisão da minha consti-tuinte. Informei disso também o ministroda Bélgica em Paris.

E a condessa está desgostosa?Chora convulsiva mente, teima cm

não se alimentar, e mais a desespera aindaa vigilância constante que exercem sobreella. Mas isso julgo-o necessário, pois aminha cliente era capaz de se suicidar.

E o advogado de defesa, depois de re-ferir a absoluta innoccncia da condessa, a

quem a justiça aceusa de cocolle, diz:Veja a que ponto chegou a investi-

gação policial; não se indaga cousa alguma,fazem-se écho da primeira perfídia, nãotratam de saber se a aceusação é fundada,e dà-se muitas vezes o caso duma senhorarespeitável, como a condessa, soffrer ovexame de estar delida como cocolle, comum deshonesto epitheto que lhe não

pertence.E como explicar o engano?Muito facilmente. Uma das muitas

antigas damas de companhia de Gabriellade L° perdeu se na vida, perdeu o pudor,o caracter, e envolveu na lama em quechafurdou, o nome da aristocrata. Dahi aconfusio lamentável, e cujo febril proce-dimento policial nada justifica.

Eis um assumpto da mais alta gravi-dade representado no gabinete do Juiz de

Jnstrucçuo Leydet. Cosmopolita.

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Peruamlmco-D Luiz deitando a benção apostólica á multidão que assiste ás ceremom,

religiosas, celebradas no a'tar da Virgem Maria

de couro de Cordova pregucadas a cobre,altos castiçaes de prata com vellas decores, reposteiros de damasco, lapetescom figuras de minuete numa dengosacurvatura de corpos, os braçosestendidosem arco, as mãos dadas, elles de calção

no fundo do salão, a tremer-lhe as r,,

brancas e magras sobre a seda pivestido, a ütal-o também com os «

encovados no fundo das orbitas a

de rendas pretas sobre os cabelloscos, parecendo até um movei

. ti

;0

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9 I)E ABlflL DE 1905 REVISTA DA SEMANA 2179-N. 255

:;

Ho casa, tão quieta c tão absorta se

deixava I -ar. _ _iSParmella manhã de maio viera inter-

lie a adoração a entrada ruidosacorrendo a abraçai a, todano seu chapéò de abas largas,

com plumas brancas, o vestido,. uma cor berrante, com botões

a rir muito, fali ando da suae núpelas a Paris, tirando as

ndo o chapé-o sobre uma jarraoncertando o cabello,conta ndo

i, via m, o que haviam gozado, des-

culpando o marido de não estar alli,nao a

deixando .fali ar, beijando-a sempre, cha-

mando • «avózinha- . . avózinha. . . »

rompe"da netimoderrcinzeni1claro,doura<yiageiluvas,da lie

01

Um va,so de Sévres fulgiu no maisdelicioso azul, cortado de tons verde-mar.

O velho, entre o dourado da sua mol-dura, parecia até sorrir para aquella luz,que vinha de fora, cantada de pássaros,perfumada de flores, coloi indo-lhe a ra-magem do collete, azulando-lhe a sobre-casaca.

A nela, no emtanto, sem pensar já naavózinha, que voltara á sua vasta po'-trona, as mãos brancas e magras sempretremulas sobre a seda preta do vestido,sentara-se ao piano, ao seu piano desolteira, a tocar uma valsa muito antiga,e que estava agora em voga em Paris.

Era uma musica alegre, toda cancari,

do-se ante cilas a pedir a honra de umavalsa...

Oh! a doce suggestão da musica !Desapparecera de entre a moldura

dourada a velha cabeça calva e austera,o pescoço apertado na larga fita preta, asobrecasaca de golla alia, o collete devistosas ramagens...

Curvava-se ag< ra ante ella, ante a suamoeidade, ante os seus doces olhos, anteas cassas leves que a vestiam, todo do-nairoso e gul.an, o mais guapo dos rapazesdaquelle tempo.

Oh! a doce suggeslão da musica !Na sala em festa o seu vestido branco

era como o voar de azas brancas no vol-

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Periiiuiiljuco-D Luiz no momento do Orale fralres Frèi-Geudiosò celebrando no altar d;y Virgem, no morro dá Conceição

Etremujpontas,janella

âo abras a janella. . . não. . .velhinha levantara-se, indo todapara a neta, que se puzera naslos pés para puxar o fer rolho daue nao descia,

^ão abras. . . nào abras. . .Ma a neta, numa irritação nervosa,

einpre| ara toda a sua força, e a alta ja-nclla abriu se de par em par.F(M ema inundação de luz em toda a

sala.

\ ia- ! agora bem como aquelles mo»cise ai uellas sedas eram antigos.

No undo da sala brilhou na sua ma-eira cIapa o velho piano de cauda.

Quadros encheram-se de vida.

do tempo do Império, sem introducção,sem ler o requebro sensual das valsasmodernas, sem aquella preguça de som

que vae como que morrendo a pouco e

pouco, parecendo acompanhar o gozo decorpos que se enlaçam...

Oh! a doce suggestão da musica!Para a velhinha fora o recordar da

vida antiga, de quando era nova lambem,de quando lhe eram pretos os cabellos,de quando fora pela vez primeira a um

baile. E toda a sala pareceu-lhe illummar-se de repenle, affastamnse os moveis,

desenharem-se figuras do seu tempo,—

graciosas raparigas de cinlurinhas alias

e cabcllos em caracóes, gentis rapazes de

casaca e calção, todos mesuras, curvan-

toar rápido da valsa, indo com elle, levada

por elle, estonteada, a face vermelha, abocca levemente desccriada...

Oh! a doce. suggestão da musica!Lá ao ['undo da sala, o seu velho piano

de cauda, o sou piano de solteira, mos-trava agora o teclado novo, e, sobre elle,as suas mãos de nova tocavam aquellavalsa que ella ouvia, sentada na velha

poltrona, as mãos brancas e magras atremerem sobre a seda prela do vestido.

Que doce e amargo recordar o daquellahora, a ouvir uma musica a.kgre, que eraa morte da sua moeidade,—os pães quelhe morreram, o marido que lhe morreu,a nela que cresceu e a abandonou, a filha

que também se lhe foi...

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2180—N. 255

fc

Pobre velhinha 1 Como a nota íinal da

alegre valsa, que o seu espirito valsara

enlaçada nos braços ideaes do sonho, as

antieas mesas, os antigos reposteiros, vol-

taram a envolvel-a na pesada negrura dos

séculos. E, sobre ella, se continuou a í.lar

o olhar do velho, lá no fundo da moldura,

dizendo a alma de todas aquellas cousas...

Pobre velhinha! Guando a neta, a es-

louvada neta, voltou para junlo della.duas

lagrimas corriam-lhe sobre as faces enru-

Kadas, duas lagrimas que o sol ent.ando

a jorros pela largajanella illuminava como

dous brilhantes da mais pura água.

Fora aquella a sua ultima valsa.

Pobre velhinha!Rodrigo Guerra

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REVISTA DA SEMANA

abandonado. Foi creado para os vestidos

decolados aos quacs acompanha com um

encanto delicado e muito vaporoso.As novas formas de mangas obecie-

cem a uma evolução conhecida.Assim, depois da manga â gigot, segue-

co a bdÚonée, engageanle, pagode, juiue e

finalmente a quebrada, (crevé) com suas

variantes quebradas no alto, . o meio.em

baixo e que evoluirá de diversas formas

até chegar a manga á gigot.Esla, porque é mais característica,

determina, ás vezes, o termo da evolução.

Foi na época de Luiz XV.III-; toda a

longa série de regimens que sesuecederam

depois de 1789 estabelecera para a mulher

um vestuário quasi que uniforme: o ves-tuario antigo gregoou romano onde aelegância das m:«n-

gas consistia preci-samente na ausênciadellas. Se olharmospara as velhas gr a-vuras daquelle tem-

po, veremos logo

que as mangas dosvestuários femini-nos os cobriam in-teiramente; osvesti-dos eram sim pi s,

2 de Abril de 1905

de

dose

mu-ndo

3 asvãoora,nhe-

no

Na mulher ó instinetiva a ariagradar.

A moda é o melhor conselheiiamor; por ella o encanto da mulhrenova, e graças a el'a amamos dezlheres no espaço de dez annos, suppter amado somente uma. Dahi devi -nos,nós homens, ser reconhecidos a tod;modas, mesmo ás das mangas, quitransformar, fazer de vós, gentil leiuma outra mulher, uma mulher des*cida-agora supponho ter peneirai!mysterio da vossa elegância.

O homem é inconstante.Se a moda íixar seu desejo deveis lar

satisfeita com isto; mostiará assin quetem na sociedade uma funeção mui! alta—conservadora, prolectora e mesmo cre-adora.

Qual e o principio organizador de iodasociedade?

A moda, direi eu.El!a assegura pelas suas transforma-

ções a constância do amor do homem e,repetirei sem medo de errar, que a moda

é defactò o principio organizador de toâasociedade.

E1 necessário bem dizermos este ecle-cl ismo, que no vestuário feminino moderno

nos permitte introduzir todas as felizes

descobertas dos séculos passados para

Nictheroy

Nictheroy — Penitenciaria

CHRONICA ELEGANTE

Hs antigüidades estão hoje na moda.

O novo inspira se no velho. A moda é

como as mulheres, muito menos capri-chosa do que se suppõe. As mangasfeitas de uma só peça, justa no punho, e

.apenas largas em cima, num ampleur

plisse, e livre junto aos hombros, é uma

novidade que parece um derivativo das

mangas á gigot usadas ha uma dezena de

annos. Estas, porém, são confeccionadas de

um modo differente. São mais leves, maisoraciosas destacando melhor a talhe do

que o bouffàul cahido que, entretanto, tem

o seu nrerito e que está bem longe de ser

direitos, tendo apenas um enrugadona talhe, e este era ordinariamente oceulio

por um pequeno avental.As mangas, porém, eram proponde-

rantes,absorviam completamente a mulher,triplicando as proporções do busto, dissi-mulando o collo.

Por isso, ase dar credito nos documen-tos daquellas épocas, já muito longin-

quas, a exaggeração das mangas nuncafoi prejudicial a graciosidade feminina, aleveza do andar, a harmonia do gesto,serão sempre o mysterio mais attrahentede sua fôrma oceulta. Foi assim que osnossos avós amaram as nossas avós e osantigos poetas decantaram a mulher.

- Penitenciaria (interior). Photographia tirado <

3a galeria

formar semelhanças compositas, a

cheias de anachronismcs ma

sempre harmoniosas, parecendovisto os typose as idades: altas oi

magras ou gordas, castanhas ou

ou... Santo Deus, sim, tampem

que não são mais!... porque,emfinmulheres que apezar de passa-cincoenla annos, são ainda ei

seducções. E quantas não nos leg

lembrança da mocidade em üoi

magéstade augusta da velhice."Entre uma c outra existe i

espaço vasio que a nossa imaginoudiífhilmente a povoar. Aer

ezes[uasipre-ixas,

.uras,ellas

istc.m

tos ot unia

ou a

andehega

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REVISTA DA SEMANA

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jfll 111 i 1Este antigo e bem conceituado estabelecimento de

modas abre a Estação de 1905, apresentando asua numerosa clientela o mais colossal sortimento deconfecções desta capital

fflANTEÂÜX, CAPAS, CARRIKS, PALITOTS,JAQUETES E COSTUMES TAILLEÜR

Os últimos modelos de Paris onde impera o bomgosto a par da perfeição do trabalho, tudo o que ha demais chie, modelos expressamente fabricados para estacasa e a par de tudo isto

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REVISTA DA SEMANA

PIANOVALSA Por JÚLIO REib

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SlDONALOARVALHO-CtRA todas as mxkifbstacõbs arthriticas: F^^f^M^SltolS«erio-Scle.S^5^lêS dos rins e da bexiga, etc. Pharmaca e Drogaria Carvalho, ma 1 nmeuo

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REVISTA DA SEMANA

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E' sem contesta-

ção a casa mais per-feita na confecçãode chapéos, toquets

e toucas.De Paris recebe

periodicamente os

mais "chies" mode-

los que são copiados

com abundância de

gosto.Em tecidos para

"toilettes" de senho-

ras e meninas, não

se pôde ter mais cui-

/$?; 'v • xf .-• f- ¦¦ .;.-¦¦¦ ¦¦ • m;s: ¦ xx .,-••¦¦• ¦-,-:¦ •-. :... -;,-,.¦- ¦ . . < ¦. - ..v ¦ ¦--,.-•. .- ....>, • ¦ -\//.. V-.. V; í ¦ Ví' Jf;'' • .'¦ -• ¦'"•-.• :-:' :¦':;..::.¦¦'¦ .¦¦'.¦'.'¦¦ ¦¦" ¦ ¦¦ : ¦¦¦¦• ::...¦/ ¦.;.:...¦¦ ¦ " .-: \

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pricho na escolha.

Nesta casa ha uma

única preoecupação:

que as distinetas fre-

guezas sejam inveja-

das pela belleza dos

seus vestuários.

Quem compra à

RENOMMisabe de ante-fflão

que ha de chamar

sobre si a attenção

dos que amam tudo

que é bello.

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9 dE Abril de 1905 REVISTA DA SEMANA 2185—N. 255--- .1

ÍHffflMUIaluiVADO DAS FLORES¦

(fMMfiO Dl ffllB

«Savcnous que les fleurs se marient ?»

PROSPER MERIMÈE

Comparae uma joven a uma flor!...

2iTÍobátfàÍI dizeis. E, no cmtanto, é o",te

«ublime de todos. Uns olhos azues

l0Vl- mbram a pervinca, uma cutis rosada,

LaUtdb coração da rosa, e já Chaleau-

mk dizia que os cabellos negros da sua

ipoina Alala, eram semelhantes á floreio

Jacintho; se as mulheres participam cia

beleza das flores, a sciencia por sua vez

n0S ensina que as flores tem qualqueretjusa da alma da mulher. Do mesmo

modo que esta, as flores amam e, os seus

amores,orasãofelizes,oradesgraçados.Nosbosques, nos prados, á beira dos lagos e

ate no fundo das águas crystallinas, cada

uma tem o seu romance. Para as florescomo para as virgens, a sua única inquie-tação é o matrimônio. Se tem noivo,amam-n'o, se apenas pretendentes re-cusam-lhes a mão—subtilezas einnocentesestratagemas para não se deixarem morrersem conhecer o amor.

Os poetas conhecem mal a natureza ecantam á poríia o flirl da rosa com a bor-boleta: é uma linda ficção, mas não deixade o ser. .

Os amores da rosa são verdadeiros, asua corolla nos mostra o hymineu maisfeliz do mundo. Como esposos se unem, eo destino jamais os separa.

No coração das pétalas das rosas, noconcavo de seu cyatho perfumado, a íloralça um óvulo verde, do qual. geraçõesinfinitas de roseiras a nascer esperam osol e a vida. Esse óvulo se prolonga numpistilodelgado, terminando num minisculobotão pardacento, que os botannicos cha-mam—estigma.

Em redor do pistilo, se reúnem ospretendentes ao coração da rosa: são osestames, cujas cabeças polvilhadas deamarello, se unem ligeiramente a esse

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^ShUerra-Cortezia régia-0 Hei condu/.indo a Rainha do regió docel da Gamara dos

Lords, após a abertura do parlamento

Rio de Janeiro -Egreja de S. Christovão

estigma. Quando o grão desse pó, o poucodesse pollen cáe sobre o estigma, o óvulo,que era verde—amarello, torna-se escar-late: a flor, enUo, cáe e produz uns gràosdourados, dos quaes nascem na primaveraseguinte, outras rosas, outros amores. Oestame inclina-se sobre o pistilo, levando-lhe o pollen:—eis o casamento das flores.

A rosa é a favorita da natureza, é amais feliz das flores; as outras, encontramquasi sempre obstáculos no seu amor esoffrem antes de triumphar! Nas diffe-rentes classes sociaes, o mesmo se dá como homem. Se, por exemplo, ama a quemestá superior a elle ou a quem lhe é infe-rior, quasi sempre desespera pelo suecesso.Esses tormentos cruéis, as flores não osignoram.

A nigella de Damas, no seu adornoazul pallido, conhecia o triste pezar deuma princeza, que pela sua alta categoria,era condemnada a repellir as homenagensde um ente que lhe era inferior. A estaçãodos amores vem com os dias brilhantes desol; mas, cm vao, os estame^s chegam'áaltura do estigma; isto é:—a sua nobres aisola-o da orgulhosa noiva. Deverá ellarenunciar a felicidade que possuem todasas suas irmãs ou então perder a bellezaantes de conhecer o amor?

A ílorzinha deseja ser feliz-e como oo seu pretendente submisso não lhe; ódestinado, abandona grandezas e dignida-dese humilha-se: o estigma,enlão,se ineli-naparao coração da nigella aíimderecebero beijo do estame.

À flor da fuchisia, com suas campa-nulas vermelhas e seu diadema violeta,encontra no seu amado o mesmo obsta-culo. Os pretendentes não attingem a

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2186—N. 25i REVISTA DA SEMANA 2 DE / BRITL DE 1905.

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altura do seu coração, porém, como o

amor tem o seu ardil e infinitos recursos,ella volta então á sua flor e o pistilo .

recebe o pollen.Ha acasos encantadores: é quando se

incorporam dous noivos na mesma corolla,

como se fossem amantes nascidos debaixo

do mesmo tecto. Mas se as flores vivessem -

nesse terno e calmo idylio, o seu romance

não seria monótono e um pouco insulso?

O amor tem tudo a temer da uniformi-

dade: a ausência, o desejo e a esperança

que ora desanimam, ora rehabilitam,avivam mil tormentos cruéis e pesados.

As flores conhecem essas angustias.Porque se, em certas espécies, os estames-

e os pistilos estào reunidos no mesmo

cálice, em outras, as flores estaminosas e

as pistilosas são completamente distinctas

apezar de estarem no mesmo pé.Isoladas cada uma na sua corolla, os

seus noivos esperam-ifas debaixo das

folhagens. A natureza as condemnaria a

morrer assim affastaclas, umas das outras,'

na triste melancolia de uma existênciainútil? Como, por exemplo, a aveleira. As

flores estaminosas são as primeiras a

apparecer com suas folhas côr de palhaamarella, suspensas nos ramos superiores;e como em fevereiro ainda perpassa umaaragem fria, os noivos, mais anciosos,esperam-n^s tiritando de frio no alto dessaaveleira. Impacientam-se e alguns seccamde amor, morrem e caem. Nem sempreaçodem suas amantes caprichosas; delon-

gam a sua chegada. Nâo dissemos que asflores eram como as mulheres?

Apparecem, emfim, uns botõesinhoscom escamas verdes, rematados por umaborla carmesim. Desabrocham em baixodas flores estaminosas. As homenagenssão logo permittidas, pois, começa o estioe é necessário que no próximo outomnoasaveleiras estejam sazonadas; por isso,os estames deixam cair então o seu pósobre as flores que o esperam.

Mesmo contrariadas, por obstáculos,ha certas uniões para as quaes falia oencanto da procura e da escolha. Podemos,

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Invernada no eampo russo — Horas de lazer

por exemplo, casar com a nossa prima eser felizes, porém se nos impuzerem estecasamento seria isto penoso?

As fores nisso são fieis.

Freqüentemente as flores estane as pistiksas estão collocadasdifferentcs; ou então, noínesmo i

não cheg-im juntas ao sazonamení

inosaS'in pés-uno, e-

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2 de Abril de 19(5 REVISTA DA SEMANA .2187—N. 255

Os noivos devem se casar quando

s,-...Vilores estaminosas são ainda tenras.

r<Ceciso,pois, procurarumesposo KOutro

pfar guài será o intermediário? Quemi -»'a n missiva desses amantes ausentes?I (-> V |. i Cl " lu

Esses medianeiros de felizes esponsaes

das flores que esperam, são: o povo de

i J. cios com azas sussurrantes e borbo-

letas caprichosas. As abelhas, as moscas,

0S zangõés, os escaravelhos e as mariposasifco outros tantos pagens ao serviço das

ííor^s. É! p.arà os attrahir que as mais

garridas são ornadas de lindas cores,

revestidas cíe-sas vestes graciosas de seda

viva e deliciosamente perfumadas.

— Está agora mais alliviado... Casou

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a Alice.lí verdade, tinha 8 filhos: casei a

Alice fiquei tendo 9.

Velo-CIuh—Aspecto d'uma parte das arch.bancadas

A FORCA DOS ARGUMENTOS!Era n^ima terra de província, onde

dous visinhos furibundos levaram ao tri-biinal' uma queslão de limites de proprie-dade.

A questão seguiu e a mulher de umdos litigantes disse ao marido :

~ Nao levas uma lembrança aosr. doutor ?

E1 verdade, mulher, bem lem-brado ! (Jue ha de ser ?

-— Olha, temos ahi muita criação, le-vá-llie umas gallinhas.

Está dito.E o sujeito agarrou em Ires gallinhas

boas, cada uma de sua còr, e levou-as aosr. juiz.

Passados dias a mulher do outro vi-slnho que soube do caso, descompoz ohomem.

Miserável! Fona! olha que o vi-sinho já levou um presente de gallinhasao juiz, e nós vamos a ficar mal naquestão!...

Tu verás!

Velo-Clul:—Sabida do pareô 21 de Setembro. 1 kilometro, em 19 de março

E tirando-se dos seus cuidados, foiao cortelho, escolheu um bom porco emandou-o ao doutor.

Passaram-se uns tempos e a questãofoi resolvida a favor 8o que dera o porco.

O das gallinhas, que ficou furioso, foiao juiz lamentar-se cia sua desdita.

Diz lhe o doutor muito sentencioso :— Então, meu amigo, os argumentos

são tudo!Você deu-me argumentos de quiqui-

ri-qui (eram as gallinhas), o seu visinhodeu-me argumentos de revolver a terra(era o porco); é claro que eu fui pelosúltimos !

BANQUETE FANTÁSTICOTj^AviA um americano muito rico, que

(•desejando festejar c regresso de umfilho deu ordens ao seu mordomo para quepreparasse um banquete fantástico, nãoolhando despezas.

O mordomo, que era um gajo, apro-veitou o ensejo pa-ra metter a unha ea despeza foi umacousa louca!

Passada a festa,ao saber quanto ei-Ia lhe havia custa-do, ao millionariopuzeram-se-lhe o scabellos em pé e quizver as contas.

O mordomo,bompolítico, fez um or-çamento que pareciaa verdadenúaecrúa,c apresentou a con-ta.

O patrão come-çou a ler as variasverbas :

Gallinhas,cincoenta libras.

Vitella, du-zentas libras.

— Ai, elle deu lhe gallinhas ? Entãoespera ahi que já o arranjo !

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Parque Bocea do Matto—Entrada principal !

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•JJ88-N. 255 REVISTA DA SEMANA 2 de Abril de 1905

Vacca, trezentas libras.Doces, duzentas libras.Vinhos, mil libras.

Tudo o mais assim. O ricaço ia lendo

sem pestanejar, achando as despezas mais

razoáveis e econômicas desle mundo,

quando de repente esbarra com uma verba

que o transtornou por completo!

.]' - Oh!!! .Espanlosoü

Oue vem a ser isto, senhor mor-

domo?~Que despeza foi esta? Que esban-

jamento! Que estrago!Mas senhor...Ouem o autorizou a um desperdício

desta ordem?Mas, meu senhor...Isto é um roubo, um abuso de con-

fiança...Mas que despeza é essa que tanto

indigna vossa excellencia?-Veja! Leia aqui! Cinco tostões cie-

palitos!! ¦•¦

Cinco tostões de palitos ! Aqui estácomo se estraga uma fortuna !

Impossível! Cinco tostões de palitos!Rua! Rua!

E despediu o mordomo.Exactamente como nas administrações

de boas emprezas.Os grandes conselheiros continuam

amontoando grossas verbas,.quasi sempreimaginárias,que passameomo boas, certas e

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Parcir.e Bocca d» 3Ballo—Giupo de amadores e convidados

v mi- ¦ ! ¦'•¦ii '! •' « ri1!

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exaclas; as mais insignificantes sftodiscutidas.

Como os governos: de nitlem-se em-'pregados de doze vinténs por dia, suppri-mem se gratificações de pataco e outrasninharias, mas espalham-se contos de réispor amigos, afilhados e compadres.

E tudo mais é uma cantga!

,% Em um jantar de nupeias :

A viuva parece pensativa, e o noivodiz-lhe sorrindo :

Aposto, minha querida, que estás

pensando no divorcio?Por emquanto nao, respondeu ella

ingenuamente.

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IflflJrePPJiflHnilf -ma ^tr&tttf^

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Parque Bocca do Maito—Theatro Parque Kocca do üaltc—Botequim

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U89-N. 255 fiai^KREVISTA DA SEMANA 'Z de Abril de 1905

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Estação SportivaDias de corridas ria estação sportiva

de 1905:Jockey-Club

AbrilMaioJunhoJulhoAgostoSeternbroOutubroNovembroDezembro

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k;-3õ.97

Derby-Club2—16Í-3Ó

IA-M11

o-259'}

1-153—17

90

5-qo-

12-2010

13-10—248—22

1017

JOCKFY-CLIBReunida em sessão, na quarta-feira

ultima, a directoria do Jock< y-Club, deaccordo com a resolução da assembk'ageral do dia 15 deste '."mez, iveonhecousócia o sr. Antônio Belmiro llodrig.ucs,iiaqiialiçliulc de herdeiro de seu finadol>itesi\ Beliíiiro Antônio Rodrigues.— Na mesma sessão a icícrida clire-c[oriü approvou os prbjèetòs da sim cor-Nado.dja 9 de abril e dos pareôs elas-sicos da estação spoiliva deste anno.

O.eucerrainento cía inscripçãb para adita cui-rii|;l elTcetuou-se liontcm á tarde cos?u resultado publicaremos no próximonumero.

A inscripção para os parcos clássicosseroalizarà no dia 15 de abril, ás 1 horasda Urde:.¦ — A mesma directoria já procedeulílu)^m á abertura das propostas | ara oJ^iKjamento dos botequins do prado o30 n" - iencerramento das matrículas dosv.u7s> tratadores e empregados de coü-na |la*' os quaes, de amanhã em diante,°hríi> ingresso no prado sem haverWprido aqnelhi f. rmalidade.

DKIUIV-CLUP)() Derby-Club realizou honlem á noite

^seniblcH geral de -1 deão da directoriaL0'iumssò>s (iscai e de svndicanma,p ^'"virào no biennio social de 1005

— Na assembléia geral do dia 23, foramapprovadas as conclusões do paiccer daconiinissão (iscai, que propunham aappròvação das contas e um voto de agra-decimentQ á directnrii pelos relevantesserviços presiados ao Dmby Club.

Foram Lambem unanimemente nppro-vadas as propostas do í-oció dr. Moiiiãodo Yalle e da directoria mandando lançarna acta um voto de profundo pezar p<dofallecini'nto do vice-pres;denle dv. Tino-philo de Almeida e concedendo o titulo dosócios honorários aos srs. d rs. Franciscode Paula Rodrigues Alves c Lauro íeve-rianO Muller.

A as>embh'a foi presidida pelo sr. dr.Paulo de Frontin, servindo de secretáriosos srs. Appolinario de Carvalho e GustavoBraga, que procederam ã leitura do rela-torio e annexos. ; .',..•

O parecer da com missão fiscal í oilido pelo respectivo relator sr. A. M.Pereira Júnior.

isioa:xoTARio~ Reassumiu o cargo de presidente do

Jockey-Club o sr. dr. Cordeiro da Craça,mie ha dias regressou dos Ksfadosl nulos.

Fez annos honlem e por isso loi

muito felicitado o chefe da SecretariadoJockey-Glubsr. A. X. da Costa Lima.

_" Pelo mesmo motivo loi tamo n

niuilo felicitado o sr. Alberto Seira, hei

do thesoureiro do Derby-Club.Regressaram de Petropolis os pcii;

sionistasdo Stud Independienle-_ Pelo proprietário da Cpuaelaiia

Nogueira foram dispensados os serviçosdo jockey José Cardoso.

AS CORRIDAS DE HOJE—-—"""

DERBY-CLUBInaugura se hoje a nova estação spor-

liva quc^irceeomrrarauspiciosa.ncnle,,,„;,'In da bella organizado que levo o

p,^ÍrOrtoria do Derby-Club conseguiu, » ncvn-edsficassem assimconsfiluulos .

li-l-ÕOOS c 200g000 - Agi cx-S. Laplia. i,

Ur.vnl.b.Tn,, Cass Ira, llalunn, Magno-iíi irmberi »' Josephus.

li- Vohça, Obélisque, Gene-

5o Páreo—Doas de A gosto—1.500 me-L,os-l:000J} e 200$000-Crystal, Oséas ex-Omega, Generosa e Madaine.

6o Par. o - Rio de Janeiro—1.750 metros— 1:0GÓg e 20U#000-Descrente,' IMoltkc,Caprichoso, Dümoiit, Lord e lllimani ex-;Severo.

7" par(n„Derby-Club —1.609 metros—1:000$ e 20li$Ó00—Iracema; Leão, ludopemdente, Ouvidor o Josephus.

PALPITES :

Maí. nolia- Joubeit.Obélisque—Yolga.Gravalahy-Avahy.Caprichoso —Bismaik.Oséas—Goeerí sa.Moltkc-Dumont.Ouvidor-Iracen a.

AZARES

Josephus, Generosa, Joubeit, Quilo,Madame, Descrenle e Independente.

JOCKLY-CLl B DE S. PAULONa corrida (pie o Jockey Glub de São

Paulo realizará hoje será disputado oGrande Premiu General Campos Salles, quetem despertado vivo enthusiasmo naquellaCapital.

Os nossos palpites sflo os seguintes:Ra malho—Creoula.Thiers—Niclbeioy.Yendéa—Ci'avo.Jurandyr—Rio Grande.Pérola—Seccion.

AZARES

RDÜina, Tagarela, Binóculo, Cid eBread-NVinner.

?£J±JD13j&Z>PROBLEMA N. 413- Prodignat

Pretas (8)

Í;000ge;200g00(rosa e '1 liétis. ,

30 Pareô-P/'oí7/v^o-L500^avos^1-000<te200g OO-Gravataby, An.h>, iu\s

l;i)00Se2O0Sü<iO-<>il<N Bismaik e Capn-

choso.

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Brancas (9)"Tímt77in 0 lances -,

Page 20: i W&È - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/025909/per025909_1905_00255.pdf · Na minha humilde opinião. deviam vender o seu peixe, cora; cada um porseu lado a angariar ín O que servisse

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4)90-N. 255REVISTA DA SEMANA

2 de Atuiu, de 1905

.PROBLEMA N. 414-CisaiPretas (10)

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KffiTi Ülwm fclw

Sal^S) mate <m 3 lances

problema n. 406-TnylorTendo sido omittidás as torres bran-

eis a 1 C D e 7 II, deixamos por ..m de-

Pfe. es.ueci.neulo do fazer essa

recliíicar.fto em tempo opportuno

Confa coUocação das relernlas peças

resolve-se este problen:a com a jogada :

LT7 C R (Inicial) 3 variantes.

pboblma n; 407 -T. Carreras

1 B 7 T D, Qualquer; 2 D 6 C 1» etc.

» »

Esle ultimo foi resolvido pelos srs.:

Àlipio Caseao, %<Í% Omega, Theo,Silvo|),

Caissano, Salvio, Júlio Barreiros e D Al-

brel.Pari ida n-íW:

(Jogada no malchBrancas

JanowskyP4R

C 3 B DC3BPXPP41)

G PXPB3RB5CD

-Defeza sicilianade fevereiro de 1905

I PretasMarshall

P 4 B DP3RP 4 DPXPG 3 B DC 3BB 2 RRoque

Roque10 BXG11 P4D12 C4TD13 B3R14 PXP15 BXC16 P4BR17 D4C18 T (l B) 1 R19 D2C20 T(1T)1D21 TXT22 R 1B23 D3B24 R2C25 D3TR26 P3BD27 T 1 B R28 R 1C29 P 4 B R30 D 8 B x31 Abandonam

B5CPXBC5 RC4CB X CP5DBXBBXPD3BT (l T) 1 RT 3RT (1 B) 1 RTxTD 4 RT 3BBxPP 3 T RD 711 •B 4RP6DP 7 DR 2 T

Ueib.as.

AsauíIv conservada pelas cap||p-

„!,;, de, Apiol, f(.ió W• ^, .^nrovbeám o (luxo mensal, Q-yúm ^

òls il cabeça, a irriU^o nervosa('as eolie.as rfue pfecedon» o mesmo,hvvco, ?ftÕÜÒ o vidro.1

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