I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região

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1º Seminário de Economia Solidária e Etnodesenvolvimento Juiz de Fora e Região Construção de Redes Solidária” Construção de Redes Solidária”

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Rede de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região. Conceitos de território, autogestão,cooperativismo, redes e empreendimentos solidárioas. A linha do tempo das práticas de economia solidária.

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1º Seminário de Economia Solidária e Etnodesenvolvimento Juiz de Fora e Região

““Construção de Redes Solidária”Construção de Redes Solidária”

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O QUE É A Economia Solidária

Economia Solidária é uma forma de produção e distribuição de riqueza

(economia)Centrada na valorização do ser humano – e não do capital –

de base associativista e Cooperativista, voltada para produção,

consumo e comercialização de bens e serviços, de modo

autogestionado, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida.

Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de

libertação humana dentro de um processo de democratização

econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada

das relações de produção.

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O QUE É A Economia Solidária

Fazem parte da economia solidária as dimensões social, econômica,

política, ecológica e cultural. (Ecologicamente sustentável,

economicamente viável, socialmente justo /consumo/comércio/trabalho)

Isso porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as

experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público no qual

estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente

socialmente justo e Sustentável. Economia Solidária reafirma, a emergência

de atores sociais, ou seja, a emancipação dos(as) trabalhadores(as)

como sujeito histórico.

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Etnodesenvolvimento

“O etnodesenvolvimento significa que uma etnia,

autóctone, tribal ou outra mantém o controle sobre

suas próprias terras, seus recursos, sua organização

social e sua cultura, e é livre para negociar com o

Estado o estabelecimento de relações segundo seus

interesses e os princípios da Economia Solidárias”.

Rodolfo Stavenhagem

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Economia Solidária: a dualidade de analise nos referenciais

históricos da economia solidária e autogestão

A racionalidade

Ocidental

materializada e

difundia pelo

Estado Moderno

que se baliza pelo

Marco Legal

As experiências históricas

de autogestão, trocas e

democratização do

conhecimento e das

riquezas, desenvolvidas

pela ancestralidade dos

povos tradicionais e

comunidades quilombolas

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Relação economia solidária e o etnodesenvolvimento

Os primeiros povos que se organizaram social-cultural e econômico, segundo os

princípios da economia solidárias são os povos de matriz africana (remanescentes

quilombolas) e de matriz indígena;

““O Conhecimento era democrático, de acesso a todo. O Conhecimento era democrático, de acesso a todo.

A principal finalidade era o desenvolvimento coletivo dos saberes; a A principal finalidade era o desenvolvimento coletivo dos saberes; a

educação da crianças era de responsabilidade de todos; o caçador ao abater educação da crianças era de responsabilidade de todos; o caçador ao abater

a caça a caça

levava para todos saborearem; todos conheciam as ervas medicinais; a arte levava para todos saborearem; todos conheciam as ervas medicinais; a arte

estava em toda dimensão da vida; o trabalho não estava a serviço do capital, estava em toda dimensão da vida; o trabalho não estava a serviço do capital,

não existia propriedade privada do meios de produção; não existia propriedade privada do meios de produção;

Os conhecimentos da Agricultura, Metalurgia, Música, Culinária, Medicina, Os conhecimentos da Agricultura, Metalurgia, Música, Culinária, Medicina,

Solidariedade na educação, Trocas solidárias, Produção coletiva, Cosmovisão – Solidariedade na educação, Trocas solidárias, Produção coletiva, Cosmovisão –

Ecologia; foram expropriados pela racionalidade ocidental.Ecologia; foram expropriados pela racionalidade ocidental.

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A Ancestralidade Afro brasileira no desenvolvimento da sociedade

Os Estados Luso e Brasileiro contra Os Estados Luso e Brasileiro contra os povos negro Africano (1822-os povos negro Africano (1822-

2008)2008)

-Escravidão (1530-1888)

-Proibido estudar (1824-1888)

-Lei de terra (1850 -1887)

-Lei do ventre livre (1871-1888)

-Lei do sexagenário (1885-1888)

-Proibição das manifestações

africanas: capoeira, culinária,

candomblé, ritmos musicais e dança

(1888-1930)

-Políticas Publicas afirmativas não

respeita as diversidades; saúde;

quilombos urbanos e rurais;

educação; (1988 -2009)

Constituição de 1988Constituição de 1988

Art. 68 das DCT– “Aos remanescentes

das comunidades de quilombos que

estejam ocupando suas terras é

reconhecida a propriedade definitiva,

devendo o Estado emitir-lhes os títulos

respectivos”.

Art. 215 e 216 – reconhecem as áreas

ocupadas por comunidades

remanescentes de quilombos como

parte do patrimônio cultural do País.

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Histórico das experiências de economia solidária, autogestão e redes de trocas sobre o “olhar “ da ancestralidade africana e da classe trabalhadora

por Cláudio Nascimento

Comunidades primitivas - trocas solidárias

Minas falidas (séc XVII) – quilombolas, indígenas, colonos assumiram as minas falidas

Economia quilombola (séc XVII) – livros “Utopias Agrárias” e “A comuna de Palmares”.

Esta é uma das bases da economia solidária e que resiste até hoje.

A organização é em comunas.

Revolução Francesa (1789) – embrião das lutas de classes, retomada das comunas

Comuna de Paris (1871) – as empresas passam a ser cooperativas. 200Mil trabalhadores armados criam conselhos e

milícias, tudo gerido pelos/as cidadãs/ãos nos bairros.

Marca o início da Modernidade na América Latina.

Revolta dos Jacobinos Negros/ Haiti (fim séc XVIII e início séc XIX) –

Guerras Cabanas (séc XIX )– no norte do Brasil

Canudos (fim séc XIX) – foi estruturante para a economia do Brasil

Libertários (início séc XIX) – no Brasil, controle operário, arte, cultura

Primeira Cooperativa de Crédito (1902) – Nova Petrópolis/ RS

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Comuna de Zapata (1911) - México

Revolução soviética (1917)

Comissões inter-fábricas (déc 1920)

Revolução Espanha (1936-1939)

Experiências cristãs (déc 1940) – no Brasil, dominicanos, propostas para a Constituição de 1946.

Mondragón (1950)

Comuna em Goiás (1950-1964) – posseiros, organização em mutirão, propriedade comum do solo.

Expulsaram as Forças Armadas várias vezes. Formoso e Trombas.

Intelectuais de esquerda

– Pe. H. Vaz, Pe. Lebret, Paulo Freire, Mário Pedrosa, Marategui/ Peru, Florestan Fernandes

Comércio Justo (a partir de 1959)

Teologia da Libertação (déc 1960)

Ligas Camponesas (déc 1960): governo Arraes/ Pernambuco

Greves (1968): Osasco, Contagem

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Cordões industriais (1970) – Chile. 99 empresas de propriedade social,

cogestão (ministério do trabalho e CUT). Operários passam a ocupar empresas.

Oposição no exílio (1970-1979)

Movimento Solidariedade (1973) – Polônia. 3Mil empresas geridas pelos/as trabalhadoras/es.

1981 criada a Rede de Autogestão – confronto com o Estado e capitalismo. Trabalhadores/as fazem

distribuição de alimentos.

Marcha da Panela Vazia (1973)

Oposição sindical: comissões de fábrica

Revolução dos cravos (1974) – Portugal

Revoluções no Leste Europeu: Iugoslávia (1950-70-80), Hungria, Tchecoeslováquia, Polônia

América Latina: Bolívia (1950), Peru (1968), Chile (1970-73), Venezuela (anos 2000), Argentina

(Córdoba/ 1968 e anos 2000), Nicarágua (1979), Cuba (1959)

Assembléia Popular (1978) – Osasco, Campinas

Luta pela redemocratização (1978): experiência em Lages/ SC

Fundação do Movimento Negro Unificado (1978)

Encontro Oposições Sindicais (1979) - Bruxelas

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Centros de Educação Popular – trabalho em rede/ horizontalizado, junto com movimentos sociais.

Oito organizações no Brail, Cáritas é a principal rede. Várias correntes do PT.

Participação de Manoel da Conceição. Inspiração nas comissões de fábrica. JOC, PO, CPT, MAB

Greve dos canaveeiros (1978-79-80): Pernambuco

Organização das compras comunitárias (déc 1970-80)

Experiências comunitárias (déc 1980) – FASE, Cáritas.

Quinze experiências no Brasil: Cooperminas, Inca (1986-1996), Makerli (1980)

Criação do PT (1980)

Criação da CUT (1983)

Luta pela Reforma Agrária (1985-1986)

Encontro Nacional: Experiências Comunitárias (1986): FASE

Encontro Autogestão (1988): PACS, Criciúma

Constituição de 1988

V Encontro Nacional do PT (déc 1980)

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Programa de geração de trabalho e renda (déc 1990)

ANTEAG (1991)

Cooperativa de Crédito (1993) - Valente

1a. Feira de Santa Maria (1994)

Criação de Catende (1994) - Sindicato trabalhadoras/es rurais

Campanha contra a fome (1995)

Seminário Cooperativismo (1995) - SNF – CUT, São Paulo

Certificação participativa (déc 1990)

Criação UNITRABALHO (1996)

Encontro da Globalização Solidária (1997) - Lima

Encontro Cultura e Socioeconomias Solidárias (1998)

Pólo de Socioeconomia Solidária (1998)

Criação da UNISOL (1998)

Clubes de Trocas (1998)

Rede ITCPs (1998)

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Banco Palmas (1998)Governo Olívio Dutra (1998-2001)Seminários Cooperativismo (1998-1999)ADS/CUT (1999)GT Brasileiro de Economia Solidária (2000)Rede Brasileira de Socioeconomia Solidária (2000)Organização de redes de cooperativas (a partir de 2000)Fórum Social Mundial (2001): Porto AlegreEncontro Internacional Economia Solidária (2001) - Rio Grande do

Sul, QuímicosI Encontro das Cooperativas de Crédito (2001)Fórum Nacional do Cooperativismo (2001)I Conferência Nacional de Economia Solidária (2001) (???)Eleição do Lula (2002)I Plenária Nacional de Economia Solidária (dez 2002): São PauloRede de Gestores Públicos (2002)

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I Plenária Nacional de Economia Solidária (jan 2003): Porto Alegre, durante do FSM

Encontro de Autogestão (2003) – Joinvile

III Plenária Nacional de Economia Solidária (2003)

Criação do FBES (2003)

Criação da SENAES (2003)

Encontro Guarapari/ RJ (2004)

Encontro Nacional de Empreendimentos da Economia Solidária (2004)

Criação da ECOSOL (2004)

ANCOSOL (2004)

Formação da Comissão Interministerial Saúde Mental e Economia Solidária (2005)

UNICAFES (2005) e RIPESS (2005)

Programa de Feiras (2005)

Criação da Coordenação Executiva do FBES (2005)

Mapeamento da Economia Solidária (2005-2007)

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Encontros regionais de formação e reestruturação (2006-2007)

Conferência Nacional de Economia Solidária (2006)

Conselho Nacional de Economia Solidária (2006)

Caravana Rumo à IV Plenária Nacional de Economia Solidária (2007-2008

IV Plenária Nacional de Economia Solidária (2008)

Propostas de mudança da Lei do Cooperativismo (2008)

Seminário Nacional Economia Solidária: balanços, avanços e perspectivas

FSM – Belém (2009)

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Território

...”o território habitado cria novas sinergias e acaba por impor, ao mundo, uma revanche.

Seu papel ativo faz-nos pensar no início da História,ainda que nada seja como antes.

Daí essa metáfora do retorno.

O território são formas, mas o território usado são objetos e

ações, sinônimo de espaço humano, espaço habitado. “

Milton Santos

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O retorno

É o uso do território, e não o território em si mesmo, que faz dele objeto da

análise social. Trata-se de uma forma impura, um híbrido, uma noção que, por isso

mesmo, carece de constante revisão histórica.

Seu entendimento é, pois, fundamental para afastar o risco de alienação,

o risco da perda do sentido da existência individual e coletiva,

o risco de renúncia ao futuro.

Em uma palavra: caminhamos, ao longo dos séculos, da antiga comunhão

individual dos lugares com o Universo à comunhão hoje global:

a interdependência universal dos lugares é a nova realidade do território

Milton Santos

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No âmbito do SIES - Sistema Nacional de Informação em Economia Solidária, são caracterizadas como Empreendimentos Econômicos Solidários aquelas organizações:

a) coletivas ‐ serão consideradas as organizações suprafamiliares, singulares e complexas, tais como: associações, cooperativas, empresas autogestionárias, grupos de produção, clubes de trocas, redes e centrais etc.;

b) cujos participantes ou sócios(as) são trabalhadores(as) dos meios urbano e rural que exercem coletivamente a gestão das atividades, assim como a alocação dos resultados;

c) permanentes, incluindo os empreendimentos que estão em funcionamento e aqueles que estão em processo de implantação, com o grupo de participantes constituído e as atividades econômicas definidas;

d) que disponham ou não de registro legal, prevalecendo a existência real; e

e) que realizam atividades econômicas de produção de bens, de prestação de serviços, de fundos de crédito (cooperativas de crédito e os fundos rotativos populares), de comercialização (compra, venda e troca de insumos, produtos e serviços) e de consumo solidário.

FONTE: TERMO DE REFERÊNCIA DO SIES (ANEXO 1 DA Portaria Ministerial nº 30 de 20/03/2006, que trata do funcionamento do SIES).normas de organização

O que é Empreendimento Econômico e Solidário

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FORMAS DE EMPREENDIMENTOS / COLETIVOS

ASSOCIAÇÃO

é a Sociedade civil sem fins lucrativos cuja finalidade é representar e defender os

cidadãos associados, buscando estimular a melhoria técnica, profissional e social dos

associados.A associação é um excelente instrumento de defesa dos interesses

econômicos comuns de grupo.

 COOPERATIVA

Empreendimento de propriedade coletiva, formada por um mínimo 20 pessoas físicas,

com diretoria eleita pelos cooperados.Uma cooperativa não tem fins lucrativos mas

defende e promove os interesses econômicos dos participantes. Existem vários tipos de

cooperativa: de produção, consumo, educação,crédito, habitação, saúde, trabalho,turismo

e lazer, dentre outros.

CONSÓRCIO

O consórcio reúne varias empresas através de uma entidade legalizada, contando com

gerentes e profissionais que irão administrar o grupo como se fosse uma grande empresa.

Page 20: I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região

Exemplos de Empreendimento Étnicos• Banco Quilombola• Moda e Estética Afro• Casas de Farinha• Artesanato• Turismo Étnico • Pesca Artesanal• Empreendimentos Culturais

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Diferenças Cooperativas, consórcio e associação

ALGUMAS VANTAGENS / COOPERATIVAS

Alem de apresentar todas as vantagens da associação, a cooperativa permite comercializar os produtos e /ou serviços dos cooperados no mercado. ALGUMAS VANTAGENS / CONSÓRCIO

Desenvolve parcerias com outras entidades; Expande as vendas em quantidade e qualidade para o território nacional ou para o exterior. FORMAÇÃO, PATRIMONIO E CAPITAL SOCIAL / ASSOCIAÇÃO

Pode formar-se tendo no mínimo duas pessoas. Seu patrimônio será formado por taxas pagas pelos associados, doações e fundos de reservas. Como não possui capital social, a inexistência do mesmo dificulta a obtenção de financiamento junto a instituições financeiras e órgãos de fomento.

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 ALGUMAS VANTAGENS / ASSOCIAÇÃO

Auxiliar na organização e planejamento do negócio;

Ajudar na capacitação profissional e social dos seus associados e/ empregados

Abre caminho para inovação das técnicas de trabalho;

Facilita a administração do trabalho;

Facilita a administração do negocio;

Apóia a negociação conjunta de credito;

Reduz custos nas compras;

Facilita a entrada no mercado.

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O cooperativismo representa a união entre pessoas

voltadas para um mesmo objetivo. Através da

cooperação, busca-se satisfazer as necessidades

humanas e resolver os problemas comuns. O fim

maior é o homem, não o lucro. Uma organização

dessa natureza caracteriza-se por ser gerida de

forma democrática e participativa, de acordo com

aquilo que pretendem seus associados.

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Objetivos O Cooperativismo é um sistema econômico que faz das

cooperativas a base de todas as atividades de produção e

distribuição de riquezas, tendo como objetivo difundir os

ideais em que se baseia, no intuito de atingir o pleno seu

desenvolvimento econômico e social.

É a união de pessoas voltadas para um objetivo comum,

visando alcançar os objetivos propostos na sua

constituição estatutária.

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Histórico do Cooperativismo

O contexto de surgimento desse sistema encontra-se na Revolução

Industrial. O excesso de mão-de-obra daí resultante, fez com que as

pessoas tivessem que se submeter ocupações sem as menores condições:

jornadas de trabalho de até 16 horas e salários miseráveis. Mulheres

e crianças também passaram a ingressar no mercado de trabalho em

condições ainda piores. Era necessária uma forma de resistência à

exploração da classe trabalhadora. Assim o cooperativismo surge na

Inglaterra. A data oficial é 21 de Dezembro de 1844. Foi o dia em foi

fundada a primeira organização desse tipo. Nos arredores da cidade de

Manchester, em Rochdale, um grupo de 28 tecelões, um deles

mulher, se uniu para comprar em conjunto, ítens de primeira

necessidade, como alimentos, por exemplo. Chamava-se “Sociedade

dos Probos Pioneiros de Rochdale”.

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1. Adesão livre e voluntária

2. Controle democrático pelos sócios

3. Participação econômica dos sócios

4. Autonomia e independência

5. Educação, treinamento e informação

6. Cooperação entre cooperativas

7. Preocupação com a comunidade

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Histórico da legislação de Cooperativas no Brasil

 Decreto Legislativo 1.637, de 5 de janeiro de 1907 e, a partir de 1932,

pelo Decreto - lei nº 22.239, de 19 de dezembro de 1932 - Coop. de Trabalho

 Decreto nº 24.647, de 10 de julho de 1934, ao estabelecer as novas normas

aplicáveis ao Cooperativismo no Brasil, extinguiu a figura da Cooperativa de Trabalho,

prevendo a existência tão somente de Cooperativas de industriais, comerciantes e

capitalistas.

 Decreto - lei nº 581, de 1º de agosto de 1938, norma que estabeleceu, em seu art.

17, letra a, abaixo transcrito, que as Cooperativas de Trabalho seriam, em seu

funcionamento, fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio

Decreto - lei nº 22.239/32, permaneceu este em vigor até a promulgação da Lei nº

5.764, de 16 de dezembro de 1971, que definiu a Política Nacional de Cooperativas

que até hoje se encontra vigente no Brasil. A Lei 9.867 de 10/11/1999 dispõe sobre a

criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais

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Alterações em Tramitação

 Projeto de Lei 6142/2005 (atual PLC 82/2006 no Senado Federal)  

Assunto: Modifica o art. 79 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971. (incluindo como ato

cooperativo os atos jurídicos praticados pelas cooperativas com o mercado, quando vinculados ao seu objetivo social).

Assunto: Projeto de Lei Complementar 288/08: Autoriza a inclusão das cooperativas de produção como beneficiárias do regime diferenciado e favorecido - Simples Nacional ou "Supersimples".

Projeto de Lei Complementar 32/2007: altera o art. 3º, § 5º, da Lei Complementar 123/2006 ("Supersimples"), para permitir que as cooperativas, cuja receita bruta total oriunda da soma das operações enquadradas no ato cooperativo e as demais operações seja igual ou inferior aos limites previstos para enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, possam optar pelo Simples Nacional em relação à receita bruta dos atos não cooperativos.

Projeto de Lei 4622/04 (atual PLC 131/2008 no Senado Federal)

 Assunto: Dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho; institui o

Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho – PRONACOOP.

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Marco legal do cooperativismos

OIT 

A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, em sua 90.ª reunião, em 20/6/2002, reconheceu "a importância das cooperativas para a criação de empregos, a importância das cooperativas para a criação de empregos, a mobilização de recursos e a geração de investimentos, assim como sua contribuição à a mobilização de recursos e a geração de investimentos, assim como sua contribuição à economia, promovendo a mais completa participação de toda a população no economia, promovendo a mais completa participação de toda a população no desenvolvimento econômico e sociadesenvolvimento econômico e social", dentro de um contexto em que "a globalização criou pressões, problemas, desafios e oportunidades novas e diferentes para as cooperativas; e que se precisam formas mais enérgicas de solidariedade humana no plano nacional e internacional para facilitar uma distribuição mais eqüitativa dos benefícios da globalização".

Neste sentido, adotou a Recomendação n.º 193, de 22/6/2002, denominada "Sobre a Promoção de Cooperativas,2002", a ser aplicada em todos os setores da economia e a todos os tipos e formas de cooperativas.

DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE AS COOPERATIVAS DE TRABALHO ASSOCIADO

Aprovada pela Assembléia Geral do CICOPA realizada em Oslo dia 6 de setembro de 2003.

Redação final aprovada pelo Comitê Executivo do CICOPA dia 17 de Fevereiro de 2004

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Experiência Na Gestão e Construção de Rede

Rede (< latim rete, is = "rede ou teia"), orginariamente exibe o significado de conjunto entrelaçado de fios, cordas, cordéis, arames, etc., com aberturas regulares, fixadas por malhas e nós, formando espécie de tecido aberto, destinado às aplicações, já presumivelmente pré-históricas, quer de caça quer de pesca, para fins de apresamento ou retenção do animal desejado.Contudo, por assimilação analógica, ao longo dos tempos, passou a designar "uma quantidade de pontos (nós ou nodos), concretos ou abstratos, interligados por relações de vários tipos".Mais modernamente, redes passaram também a ser utilizadas noutras atividades, como na navegação, na construção (atividades em que as redes são fundamentalmente mecanismos de segurança), no desporto, etc..

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O conceito de redePaul Baran classificou em dois tipos

As Centralizadas:definem uma estrutura que eleva um ponto(nó) a um grau de importância superior, sendo que é fundamental a sua presença para a ligação entre outros nós. Ou seja, se o nó central for eliminado afetara toda a rede.

As Distribuídas:são redes cuja estrutura forma uma "malha", os nós têm a mesma importância entre si, e para alcançar um deles existem vários caminhos possíveis. Isto significa que a eliminação de um ponto não afetara significativamente a estrutura da rede, ao contrário das centralizadas.

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Experiência Na Gestão e Construção de Rede

Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos

afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus

agrupamentos de interesses mútuos. A rede é responsável pelo

compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem interesses e objetivo

em comum e também valores a serem compartilhados. Assim, um grupo de

discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes.

Essas redes sociais estão hoje instaladas principalmente na Internet devido

ao fato desta possibilitar uma aceleração e ampla maneira das idéias serem

divulgadas e da absorção de novos elementos em busca de algo em comum.

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Exemplos de Redes Sociais

• Justa Trama: Justa Trama é a marca da Cadeia Ecológica do Algodão Solidário, da qual participam

trabalhadores(as) organizados(as) que integram empreendimentos da Economia Solidária. São homens e mulheres agricultores, coletores de sementes, fiadoras, tecedores e costureiras. Os empreendimentos destes trabalhadores(as) cobrem todos os elos da indústria têxtil - do plantio do algodão à roupa. Quem está na produção da roupa Justa Trama é também o proprietário da marca.

• Rede Solidária da Pesca: A Rede Solidária da Pesca nasce reunindo três projetos que

funcionavam de forma isolada no âmbito dos estados: o ProVárzea, do Ibama, realizado no Amazonas; o Papesca, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e o Peixes Pessoas e Água, de Minas Gerais, financiado pela Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional.

• Rede Abelha: A Rede Abelha é uma articulação de grupos comunitários, associações, cooperativas, ongs e

pastorais ligados à criação de abelhas

• Rede Renasci• Rede Quilombola RS• Rede Fruticultura (IRPA, Sabor Gaúcho etc.)• Rede Cooesperança (Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos Vinculados

ao PROJETO ESPERANÇA). É uma Central, que juntamente com o PROJETO ESPERANÇA, congrega e articula os grupos organizados e viabiliza a Comercialização Direta dos produtos produzidos pelos Empreendimentos Solidários do Campo e da Cidade e que fortalecem juntos, com todos os grupos um Novo Modelo de Cooperativismo na proposta Alternativa, Solidária, Transformadora e Autogestionária e no Desenvolvimento Sustentável, na certeza de que " UM OUTRO COOPERATIVISMO É POSSÍVEL".

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Experiência na Gestão e Construção de Rede

As redes sociais são redes de comunicação

que envolvem a linguagem simbólica, os

limites culturais e as relações de poder. São

também consideradas como uma medida de

política social que reconhece e incentiva a

atuação das redes de solidariedade local no

combate à pobreza e à exclusão social e na

promoção do desenvolvimento local.

Page 35: I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região

Experiência na Gestão e Construção de Rede

As redes sociais são capazes de expressar idéias políticas e As redes sociais são capazes de expressar idéias políticas e

econômicas inovadoras com o surgimento de novos valores, econômicas inovadoras com o surgimento de novos valores,

pensamentos e atitudes. Esse segmento que proporciona a pensamentos e atitudes. Esse segmento que proporciona a

ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais ampla informação a ser compartilhada por todos, sem canais

reservados e fornecendo a formação de uma cultura de reservados e fornecendo a formação de uma cultura de

participação, é possível, graças ao desenvolvimento das participação, é possível, graças ao desenvolvimento das

tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, à tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, à

evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico

sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os

de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos

que eles possuem em comumque eles possuem em comum.

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Estratégia Metodológica

• Metodologia da Pesquisa-Ação

• Diagnóstico Rápido Participativo

• Desenvolvimento Endógeno