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U/DIS TOPIAS CICLO DE CINEMA 24/11/12 A 15/12/12 Registos sobre a Formação em Contexto de Trabalho de Ana Kennerly, aluna da turma 12ºD2, na Escola Artística Soares dos Reis, desenvolvida na Associação Sapato 43, com projecções realizadas no Gato Vadio. Cartaz para impressão elaborado pela Ana Kennerly sobre uma imagem de fundo da autoria de Schuiten (2006) [ANEXO 1] SAPATO 43/Registo FCT

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U/DIS TOPIAS CICLO DE CINEMA 24/11/12 A 15/12/12

Registos sobre a Formação em Contexto de Trabalho de Ana Kennerly, aluna da turma 12ºD2, na Escola Artística Soares dos Reis, desenvolvida na Associação

Sapato 43, com projecções realizadas no Gato Vadio.

Cartaz para impressão elaborado pela Ana Kennerly sobre uma imagem de fundo da autoria de Schuiten (2006) [ANEXO 1]

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NOTA PRÉVIA

Este trabalho pretende recolher, juntar informações e reflectir sobre a

proposta feita à Associação Sapato 431, pela aluna, Ana Kennerly, da Escola

Artística Soares dos Reis2, no quadro da disciplina de Projecto e Tecnologias (PT)

para a Formação em Contexto de Trabalho (FCT), com apresentação das sessões no

espaço do Gato Vadio3.

Apresentar-se-á em três partes:

I - Registo da FCT

II – Algumas «TOPIAS»

III- Considerações sobre os filmes apresentados no ciclo TOPIAS

1 Associação Cultural para a Construção do Conhecimento pela Arte – Sapato 43: http://sapato43.zxq.net/ 2 Ana Kennerly, aluna Nº1 do 12ºD2, ano lectivo de 2012-2013, na Escola Artística Soares dos Reis: https://www.essr.net/ 3 Gato Vadio – Associação Saco de Gatos : http://gatovadiolivraria.blogspot.pt/

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Je me rapproche de deux pas, elle s’éloigne de deux pas. Je chemine à dix pas de l’horizon et l’horizon s’enfuit dix pas plus loin. Pour autant que je chemine, jamais je ne l’atteindrai. A quoi sert l’utopie ? Elle sert à cela : cheminer. E. GALEANO4

Les utopies consolent : c’est que si elles n’ont pas de lieu réel, elles s’épanouissent pourtant dans un espace merveilleux et lisse ; elles ouvrent des cités aux vastes avenues, des jardins bien plantés, des pays faciles, même si leur accès est chimérique. Les hétérotopies inquiètent, sans doute parce qu’elles minent secrètement le langage, parce qu’elles empêchent de nommer ceci et cela, parce qu’elles brisent les noms communs ou les enchevêtrent, parce qu’elles ruinent d’avance la ‘syntaxe’, et pas seulement celle qui construit les phrases, - celle moins manifeste qui fait ‘tenir ensemble’ (à côté et en face les uns des autres) les mots et les choses. C’est pourquoi les utopies permettent les fables et les discours : elles sont dans le droit fil du langage, dans la dimension fondamentale de la fabula ; les hétérotopies (comme on en trouve si fréquemment chez Borges) dessèchent le propos, arrêtent les mots sur eux-mêmes, contestent, dès sa racine, toute possibilité de grammaire ; elles dénouent les mythes et frappent de stérilité le lyrisme des phrases. M. FOUCAULT5

Um caminho percorrido

O ciclo de cinema TOPIAS implica necessariamente, pela transparência

semântica da palavra, a questão dos espaços, quer sejam o espaço físico, o espaço

criado, definido, trabalhado e projectado na narrativa fílmica, quer o espaço

individual como sendo aquilo que cada pessoa carrega e traz com ela de forma

4 Fonte: Atlas des utopies. (s.d.: 13) Hors série. Le monde. La vie. Paris: Société éditrice du Monde S.A e Malesherbes Publications S.A. «Aproximo-me de dois passos, ela afasta-se de dois passos. Caminho a dez passos do horizonte e o horizonte foge para dez passos. Por mais que caminhe, nunca a hei-de atingir. Para que serve a utopia? Serve para isto: caminhar» (tradução nossa) 5 Michel Foucault (1966: 9-10). Les mots et les choses. Paris: Gallimard: « As utopias consolam : é que não tendo lugar real, desabrocham num espaço maravilhoso e liso ; abrem cidades com largas avenidas, jardins organizados, países fáceis, mesmo se os seus acessos são quiméricos. As heterotopias inquietam, certamente porque minam secretamente a linguagem, porque impedem de nomear isto ou aquilo, porque quebram os lugares comuns ou os confundem, porque arruínam de antemão a ‘sintaxe, e não apenas aquela que serve para construir frases, - aquela que é menos evidente que faz com que as coisas ‘fiquem juntas’ (ao lado e diante umas das outras). É por esta razão que as utopias permitem as fábulas e os discursos : - são conformes à linguagem, na dimensão fundamental da fábula ; as heterotopias (como as encontramos tão frequentemente em Borges) secam o assunto, imobilizam as palavras nelas próprias, contestam, desde a raiz, qualquer possibilidade de gramática; desfazem os mitos e atingem o lirismo das frases por esterilidade.» (tradução nossa)

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consciente e/ou inconsciente. Além do espaço associativo onde o projecto foi

concebido, trabalhado e organizado, i.e., no seio do Sapato 43, o resultado do

projecto teve uma vertente mais alargada noutro espaço. Neste caso concreto, este

espaço físico remete para o local onde decorreram as sessões. Trata-se de um espaço

de intervenção e convívio, constituído em torno de uma rede de ligações e/ou

relações: o Gato Vadio. Ambos são espaços associativos, cujos princípios de

funcionamento implicam um entendimento entre membros de uma comunidade e,

por vezes, de forma mais ou menos alargada aos convidados que participam nas

actividades do espaço.

O ciclo de cinema TOPIAS6 trouxe algumas das grandes distopias7

representadas no cinema levando-nos a uma reflexão em torno dos espaços de vida e

do lugar do ser humano nesses espaços, da natureza humana e acerca de uma

possível organização mais palpável ou possível. São temas vividos no quotidiano de

forma mais ou menos evidente, evocados diariamente pelos media no geral, quer se

trate de questões ambientais, quer de questões de espaço social ou de espaço público.

Portanto este ciclo, do ponto de vista conceptual e ideológico, apresentou assuntos de

uma actualidade premente. Pela escolha fílmica, o ciclo mostrou os espaços

múltiplos que povoam os seres humanos e os que são, por eles, povoados. O título do

ciclo não é inocente, porque ao empregar o termo distopias ou anti-utopias, a palavra

utopia não carrega a ambiguidade8 natural da sua origem, aqui o vocábulo utopia é

assumido como o oposto de distopia9.

Esta primeira parte pretende recolher todo o material produzido pela

estagiária para o ciclo de cinema:

1- Uma grelha/calendarização do trabalho realizado no seio do Sapato 43

2- Os resumos de cada filme para divulgação online

6 Cartazes da programação: um modelo de cartaz para impressão (ver primeira página e ANEXO 1) foi impresso e colocado na Escola Artística Soares dos Reis, assim como no Gato Vadio umas semanas antes do início do ciclo e uma versão para divulgação online: email, blogues e facebook (ver ANEXO 2) 7 Definição da palavra distopia ou antiutopia: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/antiutopia 8 Segundo Miguel Abensour, Thomas More deixou-nos na ambiguidade, fazendo com que qualquer dogmatismo seja proibido, pois «Como entender o ‘u’ de utopia? Será o lugar (topos) onde tudo está bem (eutopia), ou o lugar que não existe nenhures (outopia)?» (tradução nossa). In Atlas des utopies. (s.d.: 8) Hors série. Le monde. La vie. Paris: Société éditrice du Monde S.A e Malesherbes Publications S.A. 9 Contudo, há que referir que alguns autores do dicionário das utopias salientam ligeiras diferenças entre anti-utopia e distopia. Op.Cit. p 126.

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3- As folhas de sala elaboradas para cada sessão

Em anexo encontrar-se-ão:

- O cartaz elaborado para impressão, ANEXO I

- O cartaz elaborado para divulgação online, ANEXO II

- Os comentários sobre sessões elaborados pela orientadora e pela direcção do

Sapato 43, ANEXO III

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1- Os passos da Formação

Data Horário Horas Trabalho desenvolvido

2/11/12 14:00 - 18:00 4 horas Pesquisa sobre o tema, escolha dos 4 filmes. Calendarização. Contactos e pedidos para local de visionamento.

7/11/12 9:00 - 13:00 4 horas Elaboração de cartazes para impressão e para divulgação online, folhetos de divulgação. Impressão.

9/11/12 14:00 – 18:00 4 horas Visionamento de Metropolis. Apontamentos e pesquisa.

11/11/12 17:00 – 19:00 2 horas Visionamento de Alphaville. Apontamentos e pesquisa.

14/11/12 9:00 – 13:00 4 horas Visionamento de Fahrenheit. Apontamentos e pesquisa.

16/11/12 14:00 – 18:00 4 horas Visionamento de Stalker. Apontamentos e pesquisa.

21/11/12 9:30 – 13:30 4 horas Resumo de Metropolis, divulgação e

pesquisa para a folhas de sala.

23/11/12 14:00 – 18:00 4 horas Elaboração da folha de sala e impressão.

24/11/12 20:30 – 00:30 4 horas Primeira sessão: Metropolis

25/11/12 16:00 – 19:00 3 horas Visionamento Alphaville e

apontamentos e pesquisa.

28/11/12 9:00 – 13:00 4 horas Resumo de Alphaville, divulgação e pesquisa para a folhas de sala.

30/11/12 14:00 – 18:00 4 horas Elaboração da folha de sala e impressão.

1/12/12 11:00 – 13:00 2 horas Preparação para apresentação pública.

1/12/12 20:30 – 1:00 4,5 horas Segunda sessão: Alphaville

5/12/12 9:30 – 13:30 4 horas Resumo de Fahrenheit, divulgação e

pesquisa para a folhas de sala.

7/12/12 14:00 – 18:00 4 horas Elaboração da folha de sala e impressão.

8/12/12 20:30 – 1:00 4,5 horas Terceira sessão: Fahrenheit 451

9/12/12 18:00 – 19:00 1 hora Pesquisa sobre Tarkovski.

12/12/12 9:00 – 13:00 4 horas Resumo de Stalker, divulgação e pesquisa para a folhas de sala.

14/12/12 14:00 – 18:00 4 horas Elaboração da folha de sala e impressão.

15/12/12 18:00- 19:00 1 hora Preparação para apresentação pública

15/12/12 20:30 – 1:00 4,5 horas Quarta sessão: Stalker

16/12/12 18:00 – 20:30 2,5 hora Retroacção

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Foram um total de 81 horas de trabalho no seio da associação, tendo havido

momentos de conversas paralelos com outros membros da Associação Sapato 43 e

uma abundante troca de correios electrónicos. Durante a formação a estagiária

revelou ter uma grande capacidade de inserção e adaptação tanto no Sapato 43, como

na Associação Saco de Gatos. Disponibilizou todo o tempo necessário para a

organização do evento, tanto dentro das horas regulares concedidas pela disciplina de

PT, como em horário extra. Fez de um trabalho harmonioso na calendarização,

contactado com possíveis locais e agendando as sessões de acordo com o calendário

do Gato Vadio. Dedicou-se a um trabalho de pesquisa para definir o conceito que

queria trabalhar e seleccionar os quatro filmes de acordo com o seu objectivo.

Revelou ter iniciativa, interesse e entusiasmo.

2- Resumos dos filmes para divulgação Sessão dia 24 de Novembro

Metropolis (1929 Fritz Lang)

É um filme mudo e a preto e branco, da corrente do expressionismo alemão, de

ficção científica, realizado por Fritz Lang em Weimar. Conta-nos uma história de

luta contra uma sociedade distópica, dividida em classes, através de uma estética

muito dramática típica do cinema mudo. Entre utopia e distopia, Metropolis convida-

nos a reflectir sobre a nossa humanidade partilhada

Sessão dia 1 de Dezembro

Alphaville (1965 Jean-Luc Godard)

Com um estilo inspirado num clássico policial, Alphaville apresenta uma sociedade

às ordens de um computador, onde a racionalidade prevalece sobre as emoções como

forma de controlar o imprevisível. Um belo trabalho fotográfico retrata a

desumanização da sociedade e o relembrar da sua essência, para depois rematar com

um final típico das histórias de amor. Este filme envolve-nos na questão do papel do

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sentimento na vida humana, de mãos dadas com sua importância para a sociedade.

Sessão de dia 8 de Dezembro

Fahrenheit 451 (1966 Truffaut)

Num espaço e tempo indefinido, em que a ideia de uma sociedade futura revela-se

nas formas e linhas limpas minimalistas, a leitura é totalmente proibida. A vida das

pessoas é pontuada pelo som das sirenes dos carros de bombeiros que zelam pela

felicidade de cada um e pelo ecrã de televisão inculcando a ideia de que todos

pertencem a uma grande família comum. Guy Montag, um bombeiro exemplar e

perito na descoberta de todo o material escrito e impresso escondido e na sua

respectiva eliminação, conhece Clarisse, professora primária que o leva a questionar

o seu lugar nessa sociedade distópica.

Sessão dia 15 de Dezembro

Stalker (1979 Tarkovsky)

Um filme de diferente de qualquer outro em termos de linguagem e conteúdo

apresenta-nos um lugar inabitável, onde as leis da física já não se aplicam, a Zona,

para onde somos guiados pelo Stalker numa expedição quase surreal. Com a sua

fotografia meticulosa e extraordinária, o encontro das texturas e dos planos leva-nos

para um mundo paralelo onde a natureza selecciona rigorosamente a entrada,

reservando-a apenas àqueles a quem não resta esperança.

O resumo de cada filme foi divulgado por correio electrónico com o cartaz

para divulgação online (ANEXOII) e através da rede social Facebook. Para cada

sessão o filme aparecia destacado com fonte maior e a negrito. O ciclo e cada sessão

foram igualmente divulgados no blogue do Gato Vadio, por via da sua newsletter, no

site do Sapato 43, assim como na plataforma Moodle do Sapato 43. Cada sessão

contou com a presença média de 15 a 20 pessoas por sessão.

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3- Folhas de sala impressas e distribuídas em cada sessão

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Para Metropolis:

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Para Alphaville:

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Para F

ahrenheit 541:

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Para Stalker:

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ANEXOS

ANEXO I

Cartaz para impressão

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ANEXO II

Cartaz para divulgação online

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ANEXO III

Comentários sobre as sessões -

Balanço da sessão de 24/11/12 pelo Sapato 43 No dia 24 de Novembro o gato vadio acolheu cerca de vinte pessoas para assistir à primeira sessão do ciclo de cinema intitulado U/DIS TÓPIAS. A sessão foi iniciada às 21:15 com uma breve introdução de Ana da Palma em que apresentou a organizadora do ciclo, a associação que acolheu o projecto e uma explicação em torno do título do ciclo. Após o visionamento do filme, foi iniciado um debate pela orientadora da Ana Kennerly, Maria Rodrigues. Foram apontadas as grandes linhas estéticas da narrativa fílmica e discutidos os vários temas presentes no filme. A discussão contou com a participação activa dos espectadores, no sentido em que o filme está recheado de referências de várias ordens e de uma ideologia nitidamente distópica. Aspectos a melhorar: - o desempenho oral de Ana Kennerly - o aprofundamento de conhecimentos sobre o cineasta e o contexto histórico - a divulgação junto da comunidade escolar Dicas para a organização discursiva das sessões pela Orientadora de estágio A primeira sessão correu bem, foi tudo muito bem preparado. Para as próximas sessões, algumas sugestões, de modo a melhorares a tua intervenção: - no início, antes do visionamento do filme, poderás fazer uma apresentação do evento, ou seja: a) identificares o contexto (estágio na sapato 43, no âmbito do curso x, da escola ...) b) ou apresentares o realizador, numa breve biografia ou no seu movimento cultural c) ou introduzires o próprio filme, inserido no ciclo Topias d) ou simplesmente solicitares a atenção do público para um elemento que consideres significativo.Ficará à tua escolha. O importante é que estejas segura da informação que dás. Quando houver um comentador, como o Paulo Teixeira de Sousa, terás de fazer a suapresentação no início da sessão. Podes pedir-lhe que te envie, previamente, uma nota biográfica. Depois compões um texto teu com esses apontamentos da vida ou da obra do convidado. Isso será útil para o apresentares ou para as informações escritas no folheto que é dado aos espectadores.

a

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Para o debate que se segue ao visionamento, poderás tu mesma propor questões:

b) o argumento (acção/assunto/tema) c) a música

cipem, seja reflectindo, seja lando.

e mais de 20 ssoas. A Ana Kennerly fez uma breve apresentação do cineasta, da «nouvelle

ento do filme houve uma pequena

eis para participarem sta iniciativa. Julgo que seria mesmo bom os professores de PT virem a pelo

e ontexto de FCT.

lhor falar dos temas salientados, no filme, para debate antes do filme

baram por não ser debatidos. Neste sentido, na apresentação prévia, poderá ser o

e estariam ligados aos questionamentos finais para introduzir o debate depois

seus dos

a) o estilo (aspectos formais) d) ....Como achares bem. O que importa é que as pessoas partifa No final, deves agradecer a presença de todos/as. Podes tirar uma ou outra conclusão, se considerares pertinente.Ou então apresentares sumariamente a próxima sessão.

Balanço da sessão de 1/12/12 pelo Sapato 43 A sessão começou às 21:30 a pedido do Gato Vadio, para dar tempo às pessoas de chegarem, contudo as pessoas que se deslocaram ao Gato no Sábado para ver o Alphaville já estavam na sala às 21h. A sessão contou com a presença dpevague» e do Alphaville e após o visionamconversa/debate que se centrou mais no Godard enquanto cineasta do que propriamente no tema do ciclo. Aspecto a melhorar - re-situar cada sessão dentro do tema geral TOPIAS para poder desenvolver mais o debate. - procurar sensibilizar os alunos e os professores da Soares do Rnemenos uma apresentação, já que nenhum outro aluno está a fazer este tipo dtrabalho no c Uma questão - não sei se é meou depois. Nesta sessão, durante a conversa os temas apontados pela Ana, no início, acamais proveitoso chamar a atenção das pessoas para alguns momentos concretos dfilme qudo visionamento. Coisas a fazer - o gato vadio pediu o registo fotográfico de cada sessão para poder inserir nos da- o resumo de Fahrenheit 451 tem de ser feito hoje para ser divulgado online. - a folha de sala sobre o Fahrenheit 451 a fazer durante a próxima semana. - o trabalho de pesquisa sobre Truffaut e Fahrenheit para introdução do filme no dia 8/12.

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Balanço da sessão de 1/12/12 pela Orientadora de estágio

oste clara e objectiva. Deste as informações do seu autor.

. Depois iniciar novo

ue não faz falta ( "o rimeiro" e os parêntesis também)

a, qualquer tipo de leitura...."

ser o e ser o movimento em que se insere... Não há regra,

ros no o/inflexão por parte dos presentes. Ninguém diz tudo

inguém sabe tudo (há sempre muito para aprender!). O

izadora da sessão. Isso não menospreza o evento. Pode até abrir e pensamento. E, em todo o caso, qualquer um dos presentes, se achar

ssiva

tros intervenientes. A escolha é dela. Não fazendo parte do seu projecto o

gisto fotográfico ou em vídeo, só deve aceitar se isso não lhe trouxer ansiedade.

Na última sessão, estiveste muito bem. Fnecessárias ao enquadramento do filme e Na próxima sessão, o trabalho de preparação caberá ao convidado especial. Deve ser apresentado por ti. Quanto ao texto abaixo, umas breves notas: - Na segunda linha, talvez seja preciso pôr ponto em "memória"período. - na referência a ser em inglês, simplificar, retirando o qp- No 4º parágrafo, iniciar com "Nesta sociedade distópicClaro que são sugestões. O texto é teu. Sobre a organização da sessão pública pela Orientadora de estágio Não há um modelo único de organização de sessão pública de visionamento de filmes. O organizador opta por um esquema. A escolha deve ser sua. Então, o que antes do visionamento se aponta? Pode ser a temática ou podeautor ou pode ser a época ou podfelizmente. Se queremos tornar viva uma sessão, temos de deixar de lado uma rígida concepção prévia. E aceitar as surpresas como parte dos acontecimentos (o que não esperávamos pode até enriquecer a sessão...) Claro que é necessário uma cuidada preparação. Mas isso é para estarmos segucaso de haver diversa orientaçã(nem deve dizer!), nconhecimento é sempre parcial. Mesmo na ciência mais exacta, o conhecimento é sempre provisório (até que novos conhecimentos surjam...). Há sempre uma margem fluida. Ou seja: se a Ana aponta uma linha de abordagem, mesmo sendo pertinente e útil, não deve esperar que o debate siga por essa linha. As pessoas são livres, escolhem o seu caminho e podem fugir ao que previamente foi traçado pela organoutras linhas dimportante, pode voltar ao início... retomando o que acha que deve ser enfatizado. Quanto às sugestões do Gato Vadio? Tudo bem, logo que não caia sobre as costas da Ana o trabalho extraordinário. Em situações de FCT não deve haver carga exceou motivos para aumento da tensão sobre o estagiário. A Ana deve estar solta de constrangimentos, usar as suas possibilidades livremente, aceitar ou não as sugestõesdos oure

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Balanço da sessão de 8/12/12 pelo Sapato 43 Aqui vai o meu balanço da última sessão...

outras perspectivas e foi um pro de luz sobre a sessão. Quanto ao teu desempenho Ana, penso que nunca deves

orador, deves tomar a palavra durante o debate/conversa e dar voz à tua pesquisa

o pedido de intervalo feito pelo Gato Vadio, pedido compreensível, pelo s serem

ação para a forma como a interrupção foi feita, a

ciaste que iria haver uma breve interrupção urante a sessão. Contudo, fico triste e peço-te desculpa pela interrupção ter ocorrido

er to

ara

e enviar um mail ao gato vadio a

e é um longo poema visual em que a

e-

e

.

A presença de um orador para falar sobre o filme abriusoesquecer que estás a falar numa sala para todos, neste sentido tens que elevar umpouco a voz para seres ouvida por todos. Parece-me também que, mesmo havendo ume reflexões sobre os filmes que escolheste. Quanto aque me foi explicado, dado que algumas pessoas se queixaram das sessõedemasiado longas, não tenho explicnão ser o facto de, possivelmente, não teres sido ouvida pelos membros da associação, no momento em que anunddaquela forma tão abrupta, apesar de ter falado com um membro do Gato Vadio e ticado combinada uma interrupção...aquela que depois definimos fazer no momenf

oportuno da narrativa fílmica.

gora para a próxima e última sessão: AO Stalker é um filme longo, possivelmente serão necessárias 2/3? Interrupções pas pessoas poderem «reabastecer»... Posto que terá sempre que haver uma breveinterrupção para passar do DVD 1 ao DVD 2, parece-me que temos que definir os

omentos oportunos para cada interrupçãomcomunicar as mesmas (isto no sentido de não acontecer a mesma coisa que aconteceuna sessão anterior).

a apresentação do Stalker vais ter que dizer quNacção se desenvolve essencialmente nos diálogos e no trabalho dos planos, da fotografia, da opção estética para um tipo de película e uso de preto e branco ecores... (aquilo que mencionaste «o Tarkovski dá-nos tempo para ver mesmo asimagens»). O Stalker não é inócuo e pede um trabalho ao espectador, portanto dirigse à sensibilidade e reflexão, implicando uma postura diferente do espectador,

plicando o seu desejo estético de ver mesmo! Isto é importante para as pessoas imhabituadas à rapidez e a filmes onde o espectador não é «agente» (no sentido em quconstrói o seu conhecimento mediante as imagens em movimento), mas «paciente».Este filme envolve um espectador activo. De resto, sobre o filme e o cineasta, já te enviei uns links para consulta etrabalharemos na folha de sala na 4ª e na 6ª

Balanço da sessão de 8/12/12 pela Orientadora de estágio Quanto à sessão passada: - o público é heterogéneo. Uma parte está ali para não ver o filme. Foi o caso da gente da sala de entrada. Felizmente a grande parte foi lá para participar na sessão

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SAPATO 43/Registo FCT

Há ainda o factor do interesse em vender bolos ou bebidas, o que se faz sobretudo

e me pareceu bem, pois é ele o ualificado para tal. Ela ainda está na fase de aprender.

r longo e de ter havido um pequeno

nos intervalos... - a Ana esteve bem. A voz mais longe projectada? E por que não mandar calar quem falava ao mesmo tempo, provocando sussurro? - quanto ao trabalho de animar sessão: há a opção de intervir, intervir, intervir... e há a opção de dar voz aos que lá se deslocaram para falar do assunto, como o Paulo Teixeira de Sousa. A Ana escolheu esta, o quq - quanto à próxima sessão: não vi o filme, nem o vou ver até sábado. Será uma surpresa para mim e isso é satisfatório.

Balanço da sessão de 15 de Dezembro pelo Sapato 43

A sessão correu bem, apesar do filme seproblema técnico na mudança do DVD1 para o DVD2. Houve poucos participantes comparado com as outras sessões. Possivelmente devido a uma série de outras actividades a decorrer no Porto nesse dia (a feira de trocas, a sessão das 16:30 no Gato Vadio, etc.) Ana, estiveste muito bem na apresentação do cineasta e do filme.

gora: APenso que seria bom enviarmos um mail de agradecimento ao Gato Vadio. Acham pertinente pedir um pequeno balanço das sessões ao Gato Vadio? Ana, enquanto está tudo «fresco», convinha começares a estruturar o teu pensamento e tomares notas para o teu relatório final. Estou a preparar um pequeno texto sobre o ciclo e as sessões. Estava a pensar fazer um pequeno «fascículo» para disponibilizar a informação online no site do sapato 43, mas também uma versão em papel para entregar 2 ou 3 exemplares à biblioteca da escola Soares dos Reis.