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Maria Aparecida Corrêa Custódio (org.).

História de Sujeitos Educadores. I Encontro de História da Educação da

Região Tocantina (Livro do Encontro).

CRÉDITOS

Comissão Científica

Antonia Marcia Meireles Ramos

Erivanio da Silva Carvalho

Maria Aparecida Corrêa Custódio

Rita Maria Gonçalves de Oliveira

EDITORA

EDUFMA

ARTE DA CAPA

Francisco Hudson Frota

GRAVAÇÃO DO CD

MEStudio

ISBN: 978-85-7862-406-4

1ª Edição: março de 2015

Local: Imperatriz/São Luís

TIRAGEM: 270 exemplares

A coesão estilística e as correções gramatical e ortográfica dos textos são de

responsabilidade exclusiva dos autores.

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ................................................................................................. p. 06

I Parte: RESUMOS

Mesas Coordenadas

História de mulheres educadoras ......................................................................... p. 07

Educação indígena ............................................................................................... p. 10

Educação especial ................................................................................................ p. 12

Educação, diversidade e gênero ...........................................................................p. 16

Comunicações Científicas ................................................................................. p. 18

II Parte: TEXTOS COMPLETOS (arquivos independentes)

TEXTOS DAS CONFERÊNCIAS

Comenius e a Escola da Infância

Wojciech Andrzej Kulesza

Microrresistências e microliberdades femininas na virada do sec. XIX/XX

Maria Aparecida Corrêa Custódio

A teoria histórico-cultural e a formação de professores da educação infantil

Francisco de Assis C. de Almada

TEXTOS DAS MESAS COORDENADAS

Sertões maranhenses e as fronteiras étnicas

Ilma Maria de Oliveira Silva

Formação Continuada dos professores Krikati: uma vivência de muitas

aprendizagens

Aparecida de Lara Lopes dias

Kleber Alberto Lopes de Sousa

A Sala de Ensino Regular e o Atendimento Educacional Especializado: políticas

e práticas na Rede Municipal de Educação de Imperatriz, MA

Rita Maria Gonçalves de Oliveira

TEXTOS DAS COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

Projeto civilizador e instrução pública no Maranhão Imperial através das ideias

pedagógicas expressas nos relatórios de presidentes da província (1837-1857)

Alexandre Ribeiro e Silva

Princípios de modernização da instrução pública no Maranhão Imperial: análise

de conteúdo dos relatórios de presidentes da província (1866-1884)

Alexandre Ribeiro e Silva

O processo histórico da Educação Física em Imperatriz

Moisés Charles Ferreira dos Santos

Isnande Mota Barros

Educação e filosofia grega no período clássico

Rafael Pereira da Silva

Trajetória de aprendizagem: o sujeito à “sombra”

Betania Oliveira Barroso

Fausto Ricardo Silva Sousa

Carlos Wennison Pereira Lucena

As políticas públicas e sua interface com as políticas para juventude

Antonia Marcia Meireles Ramos

A representação de uma professora dos anos iniciais do ensino fundamental

sobre alfabetização e letramento: uma análise de caso

Rhaiza Ludimila Gomes Vieira

Jonata Ferreira de Moura

O trabalho com projetos no Ensino Fundamental: uma reflexão sobre o papel

do professor e do aluno

Janeth Carvalho da Silva Cardoso

Didática: influências e colaborações para a formação do professor

Carlos Wennison Pereira Lucena

Um olhar acerca das conceituações de aprendizagem, ensino, método de

ensino e avaliação a partir da concepção problematizadora da educação

Fausto Ricardo Silva Sousa

Caracterização dos sujeitos da práxis pedagógica

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira

Ogirlande Rodrigues Aguiar

Apresentação

“O que eu vi, sempre, é que toda ação principia mesmo é por uma palavra pensada.

Palavra pegante, dada ou guardada, que vai rompendo rumo.” (Guimarães Rosa)

Estes anais reúnem trabalhos apresentados no I Encontro de História da

Educação da Região Tocantina, sob o tema “História de Sujeitos Educadores”.

Nessa linha, as conferências dedicam-se ao tema das trajetórias, práticas,

biografias e pensamento socioeducacional de personagens relevantes para a história

da educação mundial e brasileira: Comenius, Vygotsky e Amabile Lucia Visintainer.

As mesas coordenadas, por sua vez, voltam-se para temáticas relacionadas

às nossas linhas de pesquisa – história das instituições, práticas educativas e

sujeitos históricos; história da educação e etno-história; história e política da

educação especial –, momento ímpar de socialização das pesquisas em andamento

de várias pessoas que integram nosso grupo de pesquisas.

As comunicações individuais são fruto do esforço de muitas mãos que se

juntaram para compartilhar as pesquisas cotidianas que são realizadas em salas de

aula, laboratórios, arquivos, bibliotecas, instituições e comunidades. Resumos e

artigos de professores/as e alunos/as de variadas instituições e cursos da área de

Ciências Humanas e Sociais, com diferentes trajetórias de estudo e de pesquisa,

indicam que a diversidade e a heterogeneidade são a marca e o desafio das relações

sociais e institucionais dos dias de hoje.

Considerando que nossa perspectiva teórico-metodológica é justamente

estudar História da Educação com um enfoque interdisciplinar, estabelecendo

diálogos com áreas de conhecimento avizinhadas com Etno-história, Antropologia,

Pedagogia, Psicologia, Sociologia e Ciências da Religião, todas as temáticas aqui

abordadas vêm para enriquecer nossa pauta de discussões.

Boa leitura!

I Parte: RESUMOS

MESAS COORDENADAS

TÍTULO DA MESA: HISTÓRIAS DE MULHERES EDUCADORAS (MALALA E

ISADORA – sec. XXI; MARTINHA E VIRGINIA – sec. XIX/XX)

Maria Aparecida Corrêa Custódio, coordenadora

RESUMO DA MESA

Esta mesa traz à discussão histórias de mulheres-educadoras que tiveram uma ativa participação na melhoria da educação de suas realidades históricas e cotidianas. Todas elas, embora sendo mulheres comuns, tornaram-se conhecidas pela literatura acadêmica e duas delas pela mídia contemporânea: Malala no Paquistão e Isadora em Santa Catarina (século XXI), Martinha em São Luís e Virginia em Santa Catarina e São Paulo (virada dos séculos XIX e XX). As pesquisas sobre essas mulheres foram desenvolvidas no contexto de uma disciplina do curso de pedagogia, de um trabalho de conclusão também do curso de pedagogia e de uma tese de doutorado em educação. Seja pela pesquisa bibliográfica, seja pela pesquisa de arquivo, essas mulheres foram resgatadas e suas histórias serviram de inspiração para jovens acadêmicos da UFMA que desejam avançar na pesquisa histórica ou atuar de forma mais incisiva na construção de uma educação básica de qualidade nos meios onde vivem e atuam.

RESUMOS INDIVIDUAIS

Título da comunicação: Malala Yousafzai

Ana Cristina Cruz de Souza José Ribamar Oliveira Morais Karina Matos Soares de Amaral Patricia Adriele Araújo da Silva

Resumo

Esta pesquisa resgata, no âmbito da disciplina Política e Planejamento Educacional, a história de jovens que atuam na construção do direito à educação, tendo como referência a história de Malala, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014. O problema ou hipótese é construído em cima da ideia de que entre o reconhecimento do direito à educação escolar, sua declaração internacional e sua inscrição na legislação dos países, há um processo árduo que envolve diversos segmentos da sociedade civil organizada, dos cidadãos comuns, das instituições, do Estado etc. Mas para que, de fato, esse direito seja efetivado, é preciso que haja não somente políticas educacionais adequadas, mas uma ação permanente de acompanhamento dessas políticas por parte da comunidade escolar, da comunidade de pais e da sociedade em geral. Com base nesse pressuposto, pergunta-se: em que medida o exemplo de Malala pode levar os jovens pedagogos a também lutarem pela educação? Sua história de vida e ativismo pode contribuir para inspirar a superação de certa passividade e resignação que permeia o discurso de jovens acadêmicos maranhenses frente à realidade das escolas públicas de sua região? A metodologia pautou-se numa pesquisa bibliográfica, tendo como documento central a autobiografia de Malala, escrita por ela e pela jornalista Christina Lamb. Os resultados apontam enriquecimento intelectual e revisão de conceitos de participação dos acadêmicos.

Título da comunicação: Isadora Faber

Cintia Moura Vieira

Cristiane dos Santos Silva

Teresinha de Fatima Maciel dos Reis

Resumo

Dentro do campo de estudos da disciplina Política e Planejamento Educacional, esta pesquisa resgata a história de adolescentes que lutam pela educação por meio do uso da tecnologia, com foco na história de vida de Isadora, uma catarinense que montou um facebook para denunciar e reivindicar melhorias para sua escola. Considerando que a tecnologia invadiu o cotidiano brasileiro e viver nesta sociedade exige inserção na cultura informatizada, a questão é como se faz uso dessas ferramentas e para quê. Nesse sentido, pergunta-se: o exemplo de Isadora pode levar os jovens pedagogos a também lutarem pela educação em seus universos virtuais? Sua história de vida e ativismo pode contribuir para inspirar o uso da rede social para lutar por causas mais nobres? Pode ajudar a superar a naturalização da realidade educacional, presente no discurso de jovens acadêmicos maranhenses quando estes compartilham suas observações a respeito das escolas públicas de sua realidade? Para responder a estas questões a metodologia pautou-se numa pesquisa bibliográfica, tendo como documento central a autobiografia de Isadora, escrita por ela mesma. Os resultados mostraram a importância dos acadêmicos

conhecerem a história de Isadora como fonte de inspiração para as lutas sociais pela via virtual.

Título da comunicação: Martinha Alonso Veado Alvares de Castro Abranches

Ana Paula Rodrigues Galvão

Kelly Lislie Julio

Resumo

O presente trabalho pretende fazer uma abordagem sobre a educação feminina em São Luís na segunda metade do século XIX através da análise da vida e atuação da educadora Dona Martinha Abranches. Destacaremos a figura de Dona Martinha com o intuito de analisar a relação entre mulher e educação, buscando perceber os objetivos relacionados à educação feminina presentes nos discursos e nas práticas vigentes na sociedade ludovicense, bem como destacar a atuação dessa educadora nesse contexto. Para isso, partimos de algumas considerações a respeito dos principais discursos e ideias presentes em alguns periódicos que circulavam em São Luís no período e, especialmente de determinadas pesquisas desenvolvidas sobre o Tema. Faremos uma análise baseando nas contribuições desenvolvidas nos últimos anos pela historiografia que retrata a mulher sob uma visão diferenciada daquela mostrada pela chamada "história tradicional", quando por, diversas vezes, apresentou uma figura feminina estereotipada, que, de modo idealizado, quase sempre era retratada como submissa, rebelde ou vítima.

Título da comunicação: Virginia Rosa Nicolodi

Maria Aparecida Corrêa Custódio

Resumo

Esta pesquisa resgata a história de uma imigrante italiana do século XIX/XX, Virginia Rosa Nicolodi, que no Brasil se tornou uma empreendedora de educação de meninas e jovens, especialmente, pobres e órfãs de Santa Catarina e de São Paulo. Este recorte temático foi desenvolvido no contexto de uma pesquisa de doutorado que priorizava a análise da trajetória e da formação de uma congregação catarinense docente na qual Virginia era uma das líderes. Ocorre que Virginia fora esquecida pela historiografia de sua congregação e quando aparecia era projetada como uma mulher muito discreta (“violeta escondida”) ou muito “espinhenta” no exercício do comando. Ao contrário, a pesquisa de arquivo revelou que Virginia era uma mulher leve, viva e inteligente, exímia escritora da história de sua congregação em crônicas e em mais de 266 cartas. Com essa descoberta, seu nome figura hoje entre os “Construtores de História” de famílias italianas do Brasil, publicados pela Est Edições em 2014, uma editora que se dedica à pesquisa oral e literária sobre história de imigrantes italianos.

TÍTULO DA MESA: EDUCAÇÃO INDÍGENA

História, resistência e educação escolar indígena

Ilma Maria de Oliveira Silva, coordenadora

Aparecida de Lara Lopes Dias

Kleber Alberto Lopes de Sousa

Edilson Krikati

RESUMO DA MESA

Esta mesa traz à discussão, histórias dos povos indígenas do sul do Maranhão, especialmente, no espaço/tempo do surgimento da povoação do município de Pastos Bons. Discute as consequências, no que diz respeito aos massacres e exterminações, bem como a resistência e a bravura dos povos indígenas que diante de todas as mazelas vividas não permitiram suas extinções. Para tratar de resistência trazemos uma experiência de formação de professores Krikati, a qual surgiu na ausência do Estado em fazer acontecer um direito garantido na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação/1996, ou seja, o direito dos povos indígenas a uma educação escolar indígena do seu jeito, assim como uma formação específica, diferenciada, intercultural e bilíngue para que os professores indígenas promovam o diálogo permanente entre a educação indígena e a educação escolar indígena.

RESUMOS INDIVIDUAIS

Título da comunicação: Sertões maranhenses e as fronteiras étnicas

Ilma Maria de Oliveira Silva

Resumo

O presente artigo discute os sertões maranhenses e as fronteiras étnicas, com o

objetivo de analisar a História do sertão nordestino e do sul do Maranhão e as

consequências para os povos indígenas, especialmente com o surgimento da

povoação de Pastos Bons. Refletimos sobre os conceitos de sertão ao longo da

História de povoação do território brasileiro e de como a fronteira, como espaço de

encontro de sociedades e culturas entre si diferentes, tem se dado em relação aos

povos indígenas na povoação dos sertões maranhenses. Concluímos que as

representações sobre os sertões foram carregadas de interesses e concepções que

marcaram um contexto histórico no espaço-tempo e que as frentes colonizadoras

foram responsáveis pelos massacres e desaparecimentos de muitos povos indígenas

que habitavam as terras maranhenses. No entanto, a bravura dos povos indígenas

não permitiu suas extinções.

Título da comunicação: Formação Continuada dos professores krikati: uma

vivência de muitas aprendizagens

Aparecida de Lara Lopes Dias Kleber Alberto Lopes de Sousa

Resumo

O objetivo deste trabalho é descrever o processo de formação de professores Krikati, destacando a nossa experiência enquanto sujeito participante. Como metodologia utilizou-se de uma entrevista com um professor de língua materna do povo Krikati e, ainda, a análise de uma imagem, baseada por uma questão norteadora, cuja pergunta a ser respondida foram os desafios da contemporaneidade para a concretização, de fato, de uma educação escolar indígena, pensada e gerada por cada povo indígena. A imagem citada se refere a um dos muitos desafios da educação escolar indígena – a formação de professores indígenas. Concluiu-se, que é dever do Estado fazer acontecer o direito do índio de ter uma educação escolar indígena do seu jeito, assim como uma formação específica, diferenciada, intercultural e bilíngue para que os professores indígenas promovam o diálogo permanente entre a educação indígena e a educação escolar indígena.

TÍTULO DA MESA: EDUCAÇÃO ESPECIAL

Inclusão escolar: políticas e práticas na Rede Municipal de Educação de Imperatriz (MA)

Rita Maria Gonçalves de Oliveira, coordenadora

RESUMO DA MESA

Esta mesa discute sobre a política de inclusão dos alunos com deficiência na rede municipal de educação, que ocorre da seguinte forma: o Setor de Inclusão e Atenção à Diversidade - SIADI, órgão da SEMED, tem por objetivo fomentar, desenvolver e acompanhar as políticas de inclusão na rede municipal de ensino. O eixo de atuação central do setor consiste no atendimento e acompanhamento de alunos com deficiência, matriculados em salas regulares nas escolas municipais de Imperatriz. De acordo com a necessidade do aluno, eles recebem ainda acompanhamento/orientações e encaminhamentos da equipe de técnicos, do SIADI. Aprofundando esta temática, apresentamos dados que fazem parte da pesquisa Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP), que envolve estudos locais nos municípios com os professores das Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) e tem como um de seus focos de investigação “Organização do Ensino nas Salas de Recursos Multifuncionais e Classes Comuns”. A temática foi discutida com 21 professores de SRMs divididos em dois grupos e pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão por meio de grupo focal. Constatou-se que o principal objetivo atribuído pelos professores das salas de recursos ao processo de escolarização dos alunos está relacionado à aprendizagem e ao desenvolvimento dos alunos. Contudo, os professores afirmam que o desenvolvimento do aluno depende não apenas de sua capacidade, mas das condições que lhes são oferecidas. Nesse sentido, outra temática da mesa é a formação de professores surdos, por constituir-se em uma necessidade para atuar em âmbito educacional, conforme a legislação vigente. Contudo, diversos aspectos históricos ocasionaram um retrocesso no desenvolvimento educacional, social e cognitivo desses indivíduos; somente com mudanças sobre a acepção da pessoa surda, bem como a implantação da proposta educacional inclusiva, essa situação vem se modificando.

RESUMOS INDIVIDUAIS

Título da comunicação: Formação de professores surdos: um olhar sobre os aspectos históricos

Francisca Melo Agapito Maria Isabel Lopes Andreia Aparecida Guimarães Strohschoen Resumo

A formação docente na atualidade deve visar à construção de uma identidade profissional que contemple o planejamento, as teorias, as atividades práticas e um currículo que possibilite a construção da autonomia e da inovação. Nesse sentido, a formação de professores surdos também deve contemplar tais características, haja vista que é uma necessidade ter estes profissionais qualificados para atuar em âmbito educacional, conforme a legislação vigente. Contudo, diversos aspectos históricos ocasionaram um retrocesso no desenvolvimento educacional, social e cognitivo destes indivíduos; somente com mudanças sobre a acepção da pessoa surda, bem como a implantação da proposta educacional inclusiva, esta situação vem se modificando. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi investigar como estes aspectos históricos influenciaram no desenvolvimento e na constituição de professores surdos na atualidade. Nesse sentido, questiona-se: como os aspectos históricos influenciaram no desenvolvimento e na constituição de professores surdos? Para a realização desta investigação utilizou-se as pesquisas bibliográfica e documental. Os resultados evidenciaram que as metodologias inadequadas, a proibição no uso da Língua de Sinais, a tentativa de normalizar a pessoa surda foram alguns dos fatores que causaram prejuízos significativos para o processo de formação profissional de educadores surdos, contudo avanços são percebidos após a implantação da proposta inclusiva e da criação de algumas legislações que asseguram uma formação adequada para a pessoa surda.

Título da comunicação: Atendimento Educacional Especializado em Imperatriz

Leila Lopes Barbosa Cunha Resumo

O Setor de Inclusão e Atenção à Diversidade - SIADI, é um órgão da SEMED que

tem por objetivo fomentar, desenvolver e acompanhar as políticas públicas de

inclusão dentro da rede municipal de ensino, oportunizando no ambiente escolar as

relações de inclusão do sujeito, consigo e com os outros. O eixo de atuação central

do setor consiste no atendimento e acompanhamento de alunos com deficiência nas

escolas municipais de Imperatriz, alunos estes que encontram-se matriculados em

salas regulares, tendo acesso ao conteúdo da série/ano na qual se encontram, e no

contra turno recebem atendimento em salas de recurso, dividas em polos,

distribuídos pela cidade. De acordo com a necessidade do aluno, eles recebem ainda

acompanhamento/orientações e encaminhamentos da equipe de técnicos, composta

de assistente social, pedagogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional

e psicólogo. Em toda a rede municipal de ensino de Imperatriz há 20 Salas de

Recursos Multifuncionais (SRM) para Atendimento Educacional Especializado (AEE),

funcionando nos dois turnos, com 20 professores especializados neste atendimento,

além de intérpretes de Libras e revisores de Braille que acompanham os alunos em

suas especificidades. Ainda considerando as relações do sujeito consigo mesmo e

com o universo que o cerca no que concerne ao ambiente, desenvolvemos nessas

escolas ações que visam promover a sensibilização para uma tomada de

consciência acerca das questões ambientais, favorecendo a constituição de espaços

educacionais sustentáveis.

Título da comunicação: Pesquisa Observatório Nacional de Educação Especial

(ONEESP) em Imperatriz

Rita Maria Gonçalves de Oliveira

Resumo

A Rede Municipal de Educação de Imperatriz (MA) é composta por 88 escolas na zona urbana e apenas 21 salas de recursos para atender aos alunos com NEEs, matriculados nas escolas de ensino regular. Os dados apresentados fazem parte da pesquisa Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP), que envolve estudos locais nos municípios com os professores das salas de recursos multifuncionais (SRMs) e tem como um de seus focos de investigação “Organização do Ensino nas Salas de Recursos Multifuncionais e Classes Comuns”. A temática foi discutida com 21 professores de SRMs divididos em dois grupos e pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão e se utilizou da metodologia da pesquisa colaborativa realizada por meio de grupo focal. O principal objetivo atribuído pelos professores das salas de recursos ao processo de escolarização dos ANEEs está relacionado à aprendizagem e ao desenvolvimento dos alunos. Contudo, os professores afirmam que o desenvolvimento do aluno depende não apenas de sua capacidade, mas das condições que lhes são oferecidas. Constitui-se atribuição do professor das SRMs o atendimento educacional especializado aos alunos público alvo da educação especial. Suas atribuições estendem, também, ao professor da classe comum e à família dos alunos. Os professores afirmam encontrar dificuldades para efetivação do que está previsto na legislação. Em suas atribuições, priorizam o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, contudo, prevalece o distanciamento entre os professores das salas de recursos e os professores das salas comuns.

Título da comunicação: O Ensino da Formação de Professores que atuam em sala

de recursos na rede municipal de educação de Imperatriz (MA)

Ana Claudia de Sousa Alves

Resumo

A formação de professor para o atendimento em sala de recurso nos últimos anos tem sido tema de muitas discussões, pois ainda é um campo que merece atenção, principalmente quando se destaca a inclusão de alunos com deficiência na sala de aula comum. Partindo desse pressuposto, esta pesquisa em andamento aborda “o ensino da formação de professores que atuam em sala de recursos na rede municipal de educação de Imperatriz /MA”. A temática torna-se relevante por considerar que desde a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o Plano Nacional de Educação de 2001 (Lei n. 10.172/2001) e as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Parecer do CNE/CB nº 17/2001), se garante a educação para todos sem distinção, incentivando a ação pela igualdade e pelo direito à educação. Espera-se que esta pesquisa traga reflexões significativas para o trabalho realizado no município de Imperatriz junto aos professores de sala de recursos, no que se refere a sua formação, assim como contribuições na efetivação da educação em uma perspectiva inclusiva ao aluno com deficiência.

TÍTULO DA MESA: EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E GÊNERO

Erivanio da Silva Carvalho, coordenador

Título da comunicação: A idade para matricular meninos e meninas na rede pública

de escolas do ensino fundamental no município de Imperatriz: um estudo sobre a

educação de gênero

Suely Costa Mendes

Creusivan Carvalho Nolêto

Resumo

Este trabalho discute a questão de gênero na demanda por matrículas escolares na Secretaria Municipal de Educação de Imperatriz, tomando-se preliminarmente como fonte de informações as fichas utilizadas para cadastro, preenchidas com dados fornecidos pelos pais e/ou responsáveis em busca por vaga nas escolas localizadas em diversos bairros. Nesse trabalho realizado em 2014, ao considerarmos nessas fichas o item idade/série para meninos e meninas, que ingressaram nos anos finais do ensino fundamental, verificou-se que os meninos costumam ter uma idade maior, ou seja, estão mais atrasados em relação às meninas. Esse fato nos chamou a atenção e passamos a solicitar que os pais e/ou responsáveis preenchessem um questionário para informar alguns dados sobre o perfil socioeconômico das famílias. Com essas informações, empreendemos três esforços para explorarmos a temática: 1º) identificar as causas desse atraso dos meninos por meio de algumas hipóteses; 2º) fazer inicialmente a leitura de autores como Tomaz Tadeu da Silva e Pierre Bourdieu e, em 3º lugar, participar das discussões do Grupo de Pesquisa sobre História das Instituições, Práticas Educativas e Sujeitos Históricos, para melhor apreender a perspectiva da história. Utilizando o material disponível na Secretaria de Educação para compor uma frente de estudos nessa temática, a nossa intenção é, em breve, propor atividades de extensão na rede pública de escolas para ampliar o debate e refletir os aspectos culturais que orientam as famílias e a educação de gênero.

Título da comunicação: Gênero e Diversidade

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira

Resumo

Ao longo da história da educação, a questão de gênero e diversidade obteve conquistas que se traduzem mais no aspecto legal do que no real. Esta comunicação pretende discutir e analisar a tendência da valorização da educação familiar para a questão de gênero, e sua influência no desenvolvimento das crianças, com recorte para a temática de religião e gênero (homossexualidade). Ancorados em bibliografia especializada, foram aplicados 5 questionários (para 2 pais e para 3 mães) com questões sobre: valorização da religião pelas crianças; amizade da criança com outras crianças que manifestam comportamento homossexual. Os resultados apontaram: “muito valor” para a religião, justificados com os seguintes argumentos: “ajuda a orientar a criança para a vida; a criança é um ser espiritual e a religião é essencial para os princípios morais na formação do ser; a criança foi instituída por Deus para ensinar os princípios da sua palavra e para se desenvolver; [a religião] serve de base para a formação dos valores essenciais”. Por outro lado, os resultados apontaram “pouco valor” para a “amizade com homossexual”, justificados assim: “receio de influenciar as crianças” (2 mães); “porque para quem é cristão, esse tipo de amizade dificulta porque a criança não sabe lidar com essas questões”. Um pai considerou a homossexualidade como tendência pessoal e não social, mas fez ressalva à não convivência aproximada. Outro pai disse que esse comportamento homossexual não deve ser valorizado e se deve tratar as crianças com isonomia. Em síntese, as conclusões indicam que apesar da educação escolar atual valorizar a ideia do convívio com as diferenças em meio às contradições, prevalece o conflito ideológico e cultural, exigindo que se repense o lugar da religião na sociedade e se revigore a luta pela construção de relações de gênero igualitárias e respeitosas.

COMUNICACÕES INDIVIDUAIS

1. Projeto civilizador e instrução pública no Maranhão Imperial através das ideias

pedagógicas expressas nos relatórios de presidentes da província (1837-

1857)

Alexandre Ribeiro e Silva

Esse trabalho tem como objeto de estudo a história da educação na Província do Maranhão durante a primeira metade do século XIX. Pretende compreender de que forma as ideias pedagógicas expressas pela elite política da época contribuíram para a produção e a socialização do campo da instrução pública na Província maranhense, através da identificação e interpretação da presença de tais ideias nos relatórios que eram produzidos pelos presidentes da Província. Partimos da seguinte questão: qual é o significado da presença de tais ideias pedagógicas no discurso da elite política maranhense na primeira metade do Oitocentos? A revisão bibliográfica parte de um panorama geral da instrução pública no Brasil Imperial, focando a influência do ideário pedagógico europeu produzido ainda no século XVIII. Em seguida, parte para a análise documental dos relatórios de presidentes da Província do Maranhão entre 1837 e 1857. Como metodologia, utilizamos a análise de conteúdo, seguindo orientações de Bardin e Moraes. Através de alguns conceitos de Bourdieu, esses documentos foram abordados como instrumentos de poder, repletos de autoridade, ou linguagem autorizada, devido à posição dominante que seus produtores ocupavam no campo político, comprovando assim a relevância da exposição dessas ideias pedagógicas. A análise de conteúdo aplicada aos relatórios dos presidentes da Província gerou a construção da categoria “instrução pública e projeto civilizador”, com os temas moralidade, filantropia, restrição do ensino, uniformização do ensino, obrigatoriedade do ensino e necessidade de reforma. A visão dessa categoria permitiu concluir que a elite política maranhense do século XIX estava em sintonia com as principais ideias pedagógicas que eram produzidas na Europa e reproduzidas, não literalmente, no Império brasileiro. Entendemos que o aparecimento desses temas, na primeira metade do século XIX, está ligado à necessidade política que o Império tinha, naquele momento, de consolidar seu projeto civilizador, através de um regime forte, centralizado e com traços principalmente conservadores.

Palavras-chave: Ideias pedagógicas. Projeto civilizador. Relatórios de Presidentes da Província. Maranhão Imperial.

2. Princípios de modernização da instrução pública no Maranhão Imperial:

análise de conteúdo dos relatórios de presidentes da província (1866-1884)

Alexandre Ribeiro e Silva

O presente trabalho tem como tema a história da educação maranhense no século XIX, sob o ponto de vista da discussão sobre a instrução pública. O objetivo é entender o processo de produção e socialização da instrução pública na Província do Maranhão entre 1866 e 1884, através, especificamente, das ideias pedagógicas que permeavam os discursos dos políticos maranhenses da época. Para tanto, tivemos os seguintes objetivos específicos: identificar as ideias pedagógicas presentes no discurso oficial da elite política maranhense entre os anos 1866 e 1884; buscar o significado da presença de tais ideias e sua contribuição para a produção e socialização do campo pedagógico no Maranhão Imperial Nossa problemática gira em torno da questão: qual é o significado da presença de tais ideias pedagógicas no discurso da elite política maranhense na segunda metade do Oitocentos? Na revisão da literatura, o estudo buscou leituras direcionadas para a história da educação brasileira, com foco no período da segunda metade do século XIX, utilizando autores como Hilsdorf, Khulmann Jr., Chamon e Bastos. A parte principal do trabalho é composta por análise documental dos relatórios dos presidentes da Província do Maranhão, nos anos de 1866 a 1884; tais documentos encontram-se digitalizados no site www.crl.edu. Para a análise documental, adotamos os conceitos de habitus e campo Bourdieu e a metodologia da análise de conteúdo com uma abordagem qualitativa. A categoria de análise “princípios de modernização da instrução pública” teve como objetivo reunir, descrever e interpretar, no âmbito das concepções educacionais dos políticos da época, os temas relacionados a certa modernização do ensino que começaram a surgir no Império brasileiro a partir das décadas de 1860 e 1870 até os anos finais do regime imperial. Os temas foram divididos da seguinte forma: liberdade de ensino, coeducação dos sexos, conferências pedagógicas e jardins de infância. Ressaltemos que, apesar de separadas, essas temáticas devem ser vistas em conjunto, compreendidas como o início dos debates que levaram a certa modernização da instrução pública brasileira e também, ao menos em nível de discurso, maranhense, visto que se tratam de temáticas que não aparecem nos discursos feitos na primeira metade do século XIX.

Palavras-chave: Ideias pedagógicas. Modernização. Relatórios de Presidentes da Província. Maranhão Imperial.

3. Catequese e civilização nos sertões maranhenses: a Missão Capuchinha de

Alto Alegre

Nelson Lima Pessoa

O assassinato de religiosos, durante a celebração da missa matinal do dia 13 de março de 1901 na Missão de Alto Alegre no município de Barra do Corda (MA), desencadeou uma revolta de grandes proporções, cujas repercussões ainda fazem presentes tanto na memória social, quanto nas relações entre os indígenas e não indígenas da região. A missão foi fundada em 1896 por frades capuchinhos italianos, convidados pelo governo republicano do Brasil para educar e civilizar os índios do Norte do país. Assim, o objetivo desta pesquisa de doutorado em andamento, é analisar o papel do Estado no processo civilizador dos indígenas, em especial no estado do Maranhão, no final do século XIX e início do século XX, como compreender as razões ou motivos que levaram os indígenas a promoverem uma rebelião contra os missionários e tudo que eles representavam. Como também questionar, qual o papel do Estado em relação às políticas indigenistas? E por que os governos republicanos recorreram às Ordens Religiosas para assumirem seu papel constitucional? Fazia parte dessa estratégia manter os indígenas concentrados, controlados e vigiados para facilitar o processo de divisão e ocupação de suas terras, ditas devolutas? Para realizar esta pesquisa, faz se necessário uma ampla discussão historiográfica, em especial da corrente francesa “Escola dos Annales”, esta ao ampliar os horizontes e possibilidades de diálogos das ciências sociais, em especial do historiador ao valorizar as discussões e estudos antropológicos, sociológicos e políticos. Assim, utiliza-se todo o aporte da História Social, com o uso das mais variadas fontes, como matérias jornalísticas, telegramas, processo criminal, entrevistas, depoimentos, imagens, ilustrações e memória coletiva, para uma construção de uma narrativa histórica que possa apresentar novas possibilidades interpretativas para as causas ou motivos da revolta. Por fim, este foi um período em que não existia uma legislação específica sobre a questão indígena, pois com o fim do Império as Leis e Regimentos perderam a validade. Somente em 1910 é que foi criado o Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN). Portanto, foi um período obscuro, do ponto de vista legal, em que as relações entre os colonos, fazendeiros, comerciantes locais e a Igreja foram realizadas de forma indiscriminada e sem controle. Palavras-chave: Religiosos. Etnia Tenetehara. Papel do Estado.

4. Fontes orais em História da Educação Sul Maranhense: a Escola Santa

Terezinha (pôster)

Estéfane Costa da Silva

Maria Aparecida Corrêa Custódio

Este trabalho trata de depoimentos de ex-alunos que transitaram em variados períodos na Escola Santa Terezinha, fundada pela Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas, o primeiro estabelecimento escolar particular da cidade de Imperatriz. O objetivo é reunir um conjunto significativo de dados sobre essa escola, mas através da “palavra” dos seus atores sociais, extraindo suas representações e percepções a respeito de parcela do concreto da história da educação vivenciada na instituição. A linha teórico-metodológica está fundamentada na proposta de história oral temática; os procedimentos experimentais são de captura e análise de fontes orais. Para análise dos testemunhos e de suas representações utilizou-se literatura especializada da área de Ciências Humanas. Os resultados apontam que os ex-alunos abordados evidenciam uma apropriação do discurso oficial da escola a respeito de sua história e da história de suas fundadoras, presentes nas obras institucionais; mostram que a história oral temática é uma importante ferramenta para conhecimento das culturas, no caso das culturas escolares, capaz de colocar novos elementos para a leitura dessa sociedade.

Palavras-chave: História da Educação. Colégio Católico. Congregação Feminina. Fontes Orais.

5. O processo histórico da Educação Física em Imperatriz

Moisés Charles Ferreira dos Santos

Isnande Mota Barros

Este trabalho apoia-se numa concepção historiográfica que procurou, através de depoimentos, reconstruir e analisar a História da Educação Física em Imperatriz, no período de 1973 a 2010. Alguns registros encontravam-se guardados apenas em fotos, matérias de jornais e nas memórias dos personagens entrevistados, que retrataram momentos importantes que fizeram parte deste componente curricular no município, no qual foi possível construir esta pesquisa, resgatando também fatos marcantes e significativos para o contexto social e educacional da cidade, não deixando de realizar uma fundamentação desta reconstrução no campo científico.

Palavras-chave: Imperatriz. Educação Física. História. Construção e contexto.

6. Educação e filosofia grega no período clássico

Rafael Pereira da Silva

A educação como a conhecemos hoje passou por um longo processo de desenvolvimento ao longo da história. Intrínseca à educação está a filosofia, cuja essência sempre nos remete aos tempos socráticos, momento histórico ao qual as duas começaram a ser dominadas por homens notáveis da época. Sabendo que conhecer o passado é de fundamental importância para a compreensão do presente, esta comunicação se propõe a abordar a educação e a filosofia grega do período clássico, levando em consideração a situação política de Esparta e Atenas, as principais cidades da Grécia, para, então, caracterizá-las e apontar quem eram os seus personagens mais influentes. Para alcançar os objetivos desta pesquisa que nasceu na disciplina de Filosofia II, do curso de Pedagogia da UFMA, fez-se necessária uma pesquisa bibliográfica (utilizando-se de autores clássicos da História da Educação, como Jaeger, Larroyo e Marrou), na qual apresentaremos os resultados em uma síntese de forma objetiva e clara. Assim, tornou-se possível entender melhor o desenvolvimento da educação e da filosofia ocidental e também conhecer um pouco sobre os Sofistas e seu legado.

Palavras-chave: Educação grega. Filosofia. Sofistas.

7. Trajetória de aprendizagem: o sujeito à “sombra”

Betania Oliveira Barroso

Fausto Ricardo Silva Sousa

Carlos Wennison Pereira Lucena

O presente texto busca fazer uma reflexão crítica acerca do processo histórico das concepções da Psicologia da Educação sobre a questão da educação e aprendizagem humana. Para tanto, apresenta uma trajetória que perpassa a concepção de educação na Grécia Clássica, ou seja, a formação integral do homem grego. A educação na Idade Média, em que a educação encontrava-se sob a influência da patrística e sob o controle do poder clerical da Igreja Católica. Mas, com a reforma protestante no séc. XV, João Amós Comenius publica a primeira versão de sua obra intitulada a Didática Magna, em 1657, revolucionando as concepções de ensino e aprendizagem. Também na Idade Moderna, Rousseau com – Emílio ou da Educação – a educação ganha novos rumos, ao pensar a criança como ser “puro”, “ingênuo”, como sendo “boa”. Além disso, a teoria do Gênio Hereditário de Galton, afirmando: “Um homem notável teria filhos notáveis”. Também, as ideias de Stanley Hall, que, preocupado com o desenvolvimento infantil, ocupa-se das ideias da fisiologia de Wundt, que investigou os processos e funções elementares do mesmo modo que as funções superiores. Ainda, Alfred Binet e Theodore Simon, em 1905, contribuem com a psicometria e a invenção do teste de QI. Paralelamente às ideias de Binet e Simon, nos Estados Unidos, Willian James desenvolve suas teses sobre o pragmatismo, que influencia John Dewey a desenvolver a Escola Ativa. Nesse percurso, surge a Psicologia Genética e as fases de desenvolvimento de Jean Piaget, bem como, as de H. Wallon e sobretudo, os temas afeto e cognição. Nesse contexto, a psicologia histórico-cultural de L.S. Vygotsky surge com as concepções de aprendizagem e de desenvolvimento, como processos que ocorrem por meio das relações sociais.

Palavras-chave: Educação e aprendizagem. História e Psicologia da Educação.

8. Direitos da criança e adolescente: evolução nas leis brasileiras

Auricelia de Aguiar Silva

O presente estudo aborda os avanços da legislação brasileira que contribuíram com

mudanças e melhorias, sobretudo, dos direitos da criança e adolescente vítimas de

violência doméstica infantil. A pesquisa percorre o Código Penal Republicano de

1890 até o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, com o intuito de

apreender como as crianças e os adolescentes eram vistos e como eles são tidos na

atualidade, principalmente no que diz respeito ao cuidado e à proteção no lar.

Analisa os direitos da criança e do adolescente vítimas de violência doméstica infantil

a partir das evoluções das leis brasileiras. De um modo mais especifico, pergunta-se

como os direitos da criança e do adolescente vítimas de violência doméstica

progrediram nas leis brasileiras. Para alcançar o objetivo proposto, foi realizada

pesquisa bibliográfica com enfoque/abordagem fenomenológica/qualitativa e análise

documental dos códigos penais de 1890 e 1940, assim, como dos códigos de

menores de 1927, de 1979 e do Estatuto da Criança e do Adolescente. O referencial

teórico baseou-se em autores da área psicológica, sociológica e jurídica.

Palavras- chave: Criança. Violência doméstica. Leis brasileiras.

9. As políticas públicas e sua interface com as políticas para juventude

Antonia Marcia Meireles Ramos

Esse trabalho tem como objetivo tecer algumas reflexões sobre as políticas públicas direcionadas aos jovens, tendo como foco juventude, trabalho e educação. A partir do mesmo questionamos como têm sido direcionadas as políticas públicas para juventude e qual visão de juventude permeia essas políticas. A metodologia utilizada se constituiu de leitura de artigos e bibliografias referentes à temática e de consulta aos sites oficiais para levantamento de dados. Como conclusão observamos que a juventude tem se inserido na pauta das discussões das políticas de forma ainda tímida e que as políticas voltadas para esse segmento não atendem, de fato, às reais necessidades e aos anseios dos jovens.

Palavras-chave: Políticas Públicas. Juventude. Trabalho. Educação.

10. Estratégias de ensino e a expressão oral de crianças de quatro anos:

possibilidades a partir de um projeto de leitura desenvolvido em Imperatriz/MA

Elieusa de Sousa Silva Filgueiras

Jacqueline Silva da Silva

Esta pesquisa em andamento pretende conhecer como as estratégias de ensino acontecem no cotidiano da Educação Infantil, como são compreendidas pela professora e como as crianças as vivenciam. O campo de observação é a escola Jardim Madalena de Canossa, uma escola filantrópica dirigida e mantida pela Congregação das Irmãs da Caridade Canossiana, no Parque Santa Lúcia, em Imperatriz (MA). Em síntese, a investigação busca compreender e analisar as estratégias de ensino que motivam para o desenvolvimento da oralidade das crianças, utilizadas pela professora a partir do seu entendimento sobre o trabalho com Projeto de Leitura na Educação Infantil. A questão norteadora é: como se apresentam as estratégias de ensino para o desenvolvimento da expressão oral de crianças de quatro anos, a partir de um Projeto de Leitura desenvolvido em Imperatriz? A abordagem, de natureza qualitativa, busca entender o fenômeno tal como ele acontece; em suas bases teóricas reconhece o sujeito como um ser de consciência, privilegiando-o e apresentando a realidade social como um movimento de construção humana. A metodologia está fundamentada na pesquisa-ação, possibilitando uma reflexão sobre a prática da professora em sala de aula. Instrumentos de pesquisa: observação participante, diário de campo, entrevistas semiestruturadas, gravações de áudio e fotografias.

Palavras-chave: Educação Infantil. Expressão oral. Estratégias de ensino. Projeto de leitura.

11. Tratamento da informação na educação infantil: uma análise de uma

experiência no estágio curricular supervisionado

Gilcimara dos Santos Barros

Jonata Ferreira de Moura

A abordagem do tratamento da informação é possível em qualquer concepção de Educação Infantil, considerando que se podem promover situações de aprendizagem dessa temática através de jogos, brincadeiras, histórias infantis, representações pictóricas e tantas outras. Essa temática lida com a incerteza, com as possibilidades e com a tomada de decisões, que, inclusive, vem sendo desperdiçadas por muitos outros professores e/ou currículos escolares que criam resistência ao ensino da Probabilidade e da Estatística na Educação Infantil. Dessa feita, este trabalho refere-se a uma pesquisa, em andamento, sobre o tratamento da informação na Educação Infantil, e tem como objetivo analisar as etapas de um projeto de mediação pedagógica envolvendo a Estatística com crianças da Educação Infantil, como também averiguar o significado que as crianças atribuem a algumas noções estatísticas. O projeto de mediação pedagógico foi desenvolvido durante o Estágio Curricular Supervisionado na Área de Interesse do Aluno numa turma do II período de uma Pré-escola da rede municipal de Imperatriz/MA. O intuito do projeto foi desenvolver tarefas em que a Estatística pudesse ser instrumento de uso para as crianças analisarem situações cotidianas vivenciadas por elas. As etapas do projeto e as produções das crianças estão sendo utilizadas como fonte de análise do Trabalho de Conclusão de Curso da primeira autora. O referencial teórico parte de pesquisas realizadas por Lopes, Souza e Lopes, Nunes e Pinto. A pesquisa é do tipo empírica com abordagem qualitativa e tem como foco o ensino da matemática na Educação Infantil. Contamos com a participação de 10 alunos do II período com faixa etária de 5 a 6 anos de idade. Os dados foram construídos a partir de observações e pela mediação de tarefas relacionadas com o cotidiano (não)escolar das crianças e a Estatística. Ao analisar os dados é possível, a princípio, corroborar as pesquisas de Lopes, dizer que a Estatística é uma temática possível de ser ensinada na Educação Infantil, pois se mostra viável o estudo de ideias estatísticas na Educação Infantil rompendo a crença de que as crianças da pré-escola não têm condições de construir conceitos Estatísticos; e também levantar indícios de que, com os conceitos estatísticos as crianças podem se desenvolver matematicamente saindo do pensamento lógico-físico para o pensamento lógico-matemática.

Palavras-chave: Conceitos Estatísticos. Educação Infantil. Ensino. Projeto de Mediação Pedagógica.

12. Discutindo relações de gênero na educação infantil

Poliana Cruz Pinheiro

Jonata Ferreira de Moura

São inúmeras as dificuldades enfrentadas por educadores e familiares para lidarem

com as relações de gênero na Educação Infantil, devido à complexidade que o tema

pode apresentar e por conta das situações presenciadas pelas crianças no cotidiano

e na mídia. Dessa feita, pensamos que a escola não pode fechar os olhos para a

temática e por isso deve buscar alternativas para auxiliar seus professores a

discutirem e inserirem em suas práticas pedagógicas o trabalho sobre as relações de

gênero. Desse modo, o presente resumo faz referência a uma pesquisa de trabalho

de conclusão de curso, em andamento, que tem como objetivo refletir a respeito das

relações de gênero na Educação Infantil, analisando as diferenças e os contrastes

estabelecidos entre meninos e meninas. A pesquisa é fruto de um projeto de

mediação pedagógica desenvolvido durante o Estágio Curricular Supervisionado na

Área de Interesse do Aluno numa turma do II período de uma Pré-escola da rede

municipal de Imperatriz/MA. O intuito do projeto foi, de modo geral, trabalhar as

relações de gênero, a sexualidade e os cuidados que se deve ter com o corpo, tendo

por finalidade contribuir para a formação da autonomia dos educandos, uma vez que

há estímulos internos (biológicos) e externos (mídia, contexto social) que contribuem

para o desenvolvimento dos alunos. Para tanto, as crianças registraram suas

percepções sobre a temática do projeto, as quais foram utilizadas como instrumento

de produção e análise dos dados desta pesquisa. A mesma apresenta-se com

abordagem qualitativa, de caráter exploratório e os instrumentos para coleta de

dados foram: fotografias, videogravações, audiogravações e diário de bordo. Os

resultados obtidos versam da curiosidade à timidez: o medo de falar os nomes dos

órgãos sexuais e serem penalizados, mas quando diziam falavam nomes do dizer

popular; as crianças possuem entendimento sobre sexualidade, mas o mesmo é

puramente sobre reprodução: as mães casam para terem filhos e cuidarem deles,

enquanto que os pais têm de trabalhar para sustentar a família; com o projeto de

mediação pedagógica as crianças foram aprendendo a respeitar o corpo de outro e

sua individualidade.

Palavras-chave: Relações de Gênero. Educação Infantil. Projeto de Mediação Pedagógica.

13. A representação de uma professora dos anos iniciais do ensino fundamental

sobre alfabetização e letramento: uma análise de caso

Rhaiza Ludimila Gomes Vieira

Jonata Ferreira de Moura

Este trabalho discute a Alfabetização e o Letramento nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tendo como objetivo analisar as experiências escolares da professora alfabetizadora e sua concepção sobre alfabetização e letramento. Realizamos uma pesquisa empírica de abordagem qualitativa, numa escola pública da rede municipal de Imperatriz – MA, com uma professora do 1º ano do ensino fundamental. Para a análise e produções dos dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada com a professora alfabetizadora. Os dados revelam que a professora reconhece a alfabetização e o letramento como processos indissociáveis e indispensáveis na prática pedagógica de um professor alfabetizador, reforçando a necessidade de se trabalhar com a proposta de letramento no processo de alfabetização, para de fato ensinar os alunos a lerem e escreverem de forma crítica e independente.

Palavras-chave: Alfabetização e Letramento. Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Representações.

14. Alfabetização e Letramento: experiências vivenciadas por acadêmicas de

Pedagogia no 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de

Imperatriz (pôster)

Eliane Pereira da Silva

Eloiza Marinho dos Santos

Dijan Leal de Sousa

Thereza Raquel Cidreira Costa

INTRODUÇÃO A alfabetização e o letramento são processos indissociáveis; o alfabetizado é aquele aluno que conhece o código escrito, sabe ler e escrever. O letramento vai além, alcança as práticas sociais de leitura e de escrita em contextos reais da sociedade. Constantemente, a alfabetização tem estado no alvo de muitas controvérsias teóricas e metodológicas, demandando da escola e dos professores, um posicionamento diante de suas práticas. Com estudos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, foi possível descrever aqui, características da fase do desenvolvimento da leitura e da escrita de crianças da alfabetização. Na psicogênese da língua escrita, as autoras relatam que o enfoque construtivista tornou-se um dos mais influentes, pois além de revelar a evolução conceitual que passam as crianças até compreenderem como funciona o nosso sistema de escrita, mostra a ideia de que ler e escrever são atividades comunicativas que interagem aspectos sintáticos, semânticos e fonológicos. Assim, objetiva-se relatar as experiências vivenciadas por acadêmicas de pedagogia (UFMA/PIBID), do processo de leitura e escrita de alunos no 1º ano do Ensino Fundamental. Diante disso, a relevância deste trabalho, consiste na importância que leitura e escrita têm para a vida do cidadão em sociedade. OBJETIVO O trabalho desenvolvido pelas acadêmicas de pedagogia teve como objetivo diagnosticar a fase do desenvolvimento da escrita e da leitura de crianças do 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Imperatriz (MA). A experiência vivenciada pelas discentes oportunizou colocar em prática toda a teoria estudada na Universidade sobre o método de alfabetização e letramento.

PROBLEMA Baseando-se nos estudos de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, no qual as autoras reconhecem que todas as crianças passam por alguma experiência com a leitura e a escrita antes da escolarização, através do ouvir leitura de livros de histórias, de ver adultos lendo ou escrevendo, escritas em caixas de jogos e brinquedos entre outras possibilidades, a questão norteadora deste trabalho foi responder à seguinte pergunta: Em qual nível de desenvolvimento da escrita e da leitura encontra-se o público alvo desta pesquisa? Na hipótese pré-silábica? Hipótese silábica? Silábico-alfabética? Hipótese alfabética?

METODOLOGIA O presente trabalho tem abordagem quantitativa/qualitativa, caracterizando-se como pesquisa bibliográfica e de campo. Foi realizado no período de março a maio de 2014, com 22 alunos do turno matutino que cursam o 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Fraternidade, localizada no bairro Bacurí. A coleta de dados foi desenvolvida através de entrevista individual (diagnose), com realização de registros em um diário de campo para anotações referentes ao desempenho de cada aluno, utilizando como recursos didáticos o alfabeto móvel confeccionado pelos bolsistas e imagens diversas, que foram aplicados no teste para identificar o nível de desenvolvimento de cada aluno na leitura e escrita, usando o “método de indagação”, segundo estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. Os dados obtidos através da observação participante, entrevistas, diário de campo e manuscritos elaborados pelos alunos, foram sistematizados, tabulados e representados em tabelas e gráficos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da pesquisa mostraram que 54,45% dos alunos encontra-se entre o nível 2 e o nível 3 da hipótese silábica. O nível 2 é o da diferenciação da escrita, onde a criança demonstra a intenção de criar diferenças entre grafismos, usando a quantidade mínima de caracteres que devem compor a escrita e a necessidade de variar esses caracteres ao máximo de combinações possíveis. E o nível 3 representa um grande progresso, pois a criança atribui a cada letra escrita, o registro de uma sílaba falada, possibilitando fazer a fragmentação do texto escrito ao lê-lo, de modo que cada segmento oral corresponda a um segmento escrito, causando um “conflito cognitivo”, levando-a à lógica da hipótese silábica. Entre a avaliação de hipótese silábica e a de hipótese alfabética, notou-se que 27,30% dos alunos experimenta em suas produções algumas letras do alfabeto e o faz com relação a uma determinada parte da palavra; assim, portanto, pode aparecer um som da fala representado por mais de

uma letra, o que significa hipótese alfabética. Quanto à leitura, foi apresentada a cada aluno uma palavra com o alfabeto móvel, que deveria ser lida de acordo com sua compreensão de leitura. Observou-se que 40,90% dos alunos lê com dificuldade, sendo capaz de nomear todas as letras do alfabeto e indicar também o valor sonoro de algumas. CONCLUSÃO Contribuir com a aprendizagem da leitura e da escrita das crianças do 1° ano do Ensino Fundamental matutino da Escola Municipal Fraternidade foi uma experiência bastante significativa para a formação das acadêmicas de pedagogia (UFMA/PIBID). As experiências adquiridas com a diagnose do nível de desenvolvimento da leitura e escrita de cada aluno, o contato com as crianças no dia a dia, além dos seminários apresentados nas reuniões com os estudos das autoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky, aliados também ao conhecimento da prática de ensino da professora da escola investigada, contribuíram muito para que o diagnóstico de hipótese de escrita e leitura dos alunos fosse desenvolvido de forma positiva. Um dos desafios encontrados pelas acadêmicas nesse primeiro contato com a sala de aula e o processo de alfabetização, principalmente no início das atividades, foi o de compreender cada um dos níveis de desenvolvimento da escrita e da leitura, e aplicá-los na prática durante as entrevistas com os alunos, identificando assim suas necessidades de aprendizagem. Assim superado esse desafio, tornou-se gratificante participar desse processo, o que representou um valioso ganho de conhecimento unindo a aprendizagem teórica com a prática. Palavras-chave: Diagnóstico. Leitura e Escrita. Professores-formação.

15. A televisão no dia a dia das crianças de Imperatriz: um estudo da realidade de

alunos de 5º ano de uma escola pública

Andreia Rodrigues Ferreira

Esta pesquisa tem por objetivo a reflexão sobre as condições em que as crianças

assistem à televisão e o papel do professor na integração dessa mídia no contexto

escolar, e o consequente favorecimento da consciência crítica do telespectador

infantil. Como foco, pretende-se apreender de que forma a mídia televisiva pode

influenciar o comportamento infantil e a concepção dos educadores mediante a

questão da possível influência da televisão no comportamento da criança. Para

alcançar o objetivo proposto, além da pesquisa bibliográfica, foi realizada pesquisa

de campo junto a uma turma do 5º ano de uma escola municipal de Imperatriz. Os

resultados evidenciam que determinados hábitos familiares, como os pais

trabalharem fora ou usar a televisão como lazer, levam as crianças a ficarem mais

tempo em frente à televisão e a buscarem nela as informações e os entretenimentos

que a família não está conseguindo suprir. Os resultados evidenciam também que

nem sempre os educadores estão qualificados para trabalhar com as mídias em sala

de aula, de modo a promover a conscientização do telespectador infantil.

Palavras- chave: televisão, crianças, escola pública.

16. O trabalho com projetos no Ensino Fundamental: uma reflexão sobre o papel

do professor e do aluno

Janeth Carvalho da Silva Cardoso

A partir dos anos de 1980, o trabalho com projetos passou a ser desenvolvido no

espaço escolar com maior frequência. No entanto, a contribuição dessa prática

educativa vem sendo comprometida devido a uma compreensão superficial por parte

do gestor escolar, do coordenador pedagógico e dos professores, no que se refere à

sua elaboração e desenvolvimento. Este artigo é resultado de uma pesquisa de

campo realizada durante a disciplina de Projeto Educativo II do curso de pedagogia

da Universidade Federal do Maranhão e visa apresentar como os projetos didáticos

vem sendo desenvolvidos nos anos inicias. A partir de uma abordagem qualitativa a

pesquisa foi realizada em oito escolas da rede municipal de ensino, tendo como

sujeitos, gestores, professores e alunos dos anos iniciais. Os instrumentos utilizados

para a coleta de dados foram o questionário aberto e a observação semiestruturada.

Com esta pesquisa constatou-se que o trabalho com projetos nas escolas municipais

de Imperatriz (MA) vem sendo desenvolvido sem que haja a participação efetiva do

aluno e do professor na sua elaboração. Os resultados mostraram ainda que o aluno

dos anos iniciais do ensino fundamental deseja mudanças na metodologia utilizada

pelo professor.

Palavras-chave: Projeto didático. Professor. Aluno. Educação Básica.

17. Didática: influências e colaborações para a formação do professor

Carlos Wennison Pereira Lucena

Neste estudo são colocados os conceitos das palavras “aprender”, “ensinar” e “avaliar”, tanto de acordo com o dicionário, quanto de acordo com Libâneo e Gadotti. Esses autores nos fazem entender como deve ser o processo de ensino-aprendizagem, nos mostrando a importância da didática no contexto escolar. Destaca-se também que a didática é um dos ramos de estudo da Pedagogia, é a ciência da e para a Educação. Vemos a importância da Didática quando percebemos que ela é a responsável pela organização do trabalho escolar, sendo também a responsável por dar a direção e a orientação para a aprendizagem, além de ser fundamental para a formação do professor. Salienta-se também, neste trabalho que, para haver uma boa aprendizagem do aluno, o processo de ensino, os métodos e o trabalho pedagógico devem ser bem organizados pelo professor. Por último, coloca-se que a avaliação ainda é concebida como medidora da aprendizagem, ou seja, somente como um método de testagem classificatória. Palavras-chave: Didática. Ensino-aprendizagem. Avaliação.

18. Um olhar acerca das conceituações de aprendizagem, ensino, método de

ensino e avaliação a partir da concepção problematizadora da educação

Fausto Ricardo Silva Sousa

Este trabalho objetivou analisar as conceituações de aprendizagem, ensino, método de ensino e avaliação a partir da concepção problematizadora da educação. Dentre os autores pesquisados para a construção conceitual deste trabalho, destacaram-se Gadotti, Libâneo e Maia. Este trabalho está estruturado em cinco partes: na primeira é feita uma breve apresentação da concepção problematizadora acerca do processo educacional; na segunda parte é feita uma abordagem em relação ao conceito de aprendizagem, vendo este como expressão de uma organização escolar; na terceira parte é feita a conceituação de ensino, tomando como ponto de partida o entendimento de aprendizagem; na quarta parte destaca-se o que é compreendido por método de ensino na relação já apresentada entre ensino e aprendizagem; e na quinta parte é feita uma análise do conceito de avaliação, como resultante do processo e ao mesmo tempo como termômetro do ensino. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, uma vez que o foco do trabalho foi uma revisão de literatura. E, diante de todo o percurso, as conclusões mais relevantes são: tomando como ambiente específico a escola, a aprendizagem pode ser compreendida como a incorporação ativa de conhecimentos de maneira que se tornem próprios dos alunos; o ensino deve ser visto como uma dinâmica relacional entre professores a alunos, e, a partir dessa relação, é possível desenvolver aprendizagens; os métodos de ensino fazem relação com o objetivo da educação e os conteúdos específicos, desta maneira, é a forma como se ensina; e a avaliação, diferentemente do que se ouve maciçamente, não mostra-se como fim do processo educativo, mas como termômetro para que se possa analisar o processo ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Avaliação. Método de ensino.

19. A participação familiar no cotidiano escolar: uma análise da concepção das

mães

Eslane Costa da Silva

Jonata Ferreira de Moura

Este resumo é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso, em andamento, que tem como foco a participação familiar no cotidiano escolar, analisando a concepção das mães. Os objetivos são: 1. Conhecer a vida escolar das mães de alunos do Ensino Fundamental; 2. Entender como elas assessoram seus filhos na escola; 3. Analisar as dificuldades enfrentadas pelas mães para acompanhar ativamente a trajetória escolar de seus filhos. Para isso, fundamentamo-nos em Bourdieu, Cherval e Peréz-Goméz, Willinsky, Julia. Para estes autores, a dinâmica escolar passa pelo ato da reprodução cultural que a escola gera para os alunos, deixando intacto o modelo do status social a ser seguido, diferenciando ideologicamente a posição de cada grupo, e por isso segregando os indivíduos desde o início da sua educação, seja ela elevada ou não. A criança, para construir conceitos, passa pelas relações sociais, testando hipóteses e refletindo de modo a estruturar constantemente o seu pensamento. Com isso, a base educacional das mães corresponde a essa estrutura, uma vez que, as dinâmicas escolares delas podem ou não favorecer para o acompanhamento dos filhos, por esse motivo se faz necessário conhecer a escolaridade das mães para compreender a assistência dispensada por elas a seus filhos. A pesquisa em andamento é do tipo empírica com abordagem qualitativa; usamos a entrevista do tipo narrativa com quatro mães de crianças do Ensino Fundamental para a produção dos dados, na mesma o entrevistado é convidado a contar sua história de vida, expressando emoções e também rigidez ao lembrar-se do passado. A entrevista narrativa propõe expor esse sentimento, dando vida ao dialogo descrito pelas entrevistadas. A partir das primeiras análises das entrevistas, pode-se dizer, de modo parcial que, o nível cultural das mães influencia no olhar que elas têm sobre a escola de seus filhos; é possível compreender ainda que mesmo mães que não foram totalmente alfabetizadas numa escolarização sistemática entendem o valor que a escola tem para a ascensão social de seus filhos e por isso tentam, da maneira que podem, assessorar seus filhos nas tarefas escolares; e grande parte das mães possui dificuldades para acompanhar seus filhos com as tarefas escolares porque não sabem o conteúdo ensinado a eles na escola e/ou trabalham o dia todo para suprir as necessidades familiares.

Palavras-chave: Culturas escolares. Culturas familiares. Concepções de mães.

20. A docência como fundamento da construção da identidade do licenciado em

pedagogia – contribuições do PIBID (pôster)

Dijan Leal de Sousa

Eloiza Marinho dos Santos

O trabalho objetiva desenvolver uma análise acerca das contribuições do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID, para o desenvolvimento da experiência, caracterizada como um dos saberes da docência, para os bolsistas do subprojeto de Pedagogia de Imperatriz. Os saberes relacionados à docência constituem um dos pontos centrais das propostas curriculares dos cursos de licenciatura e acredita-se que este saber constitui um dos princípios para a construção da identidade do licenciado em Pedagogia. Como coordenadoras de área do subprojeto de Pedagogia de Imperatriz, buscamos analisar como a experiência docente, concretizada pelos bolsistas através das atividades desenvolvidas em 2014, em duas escolas públicas municipais de Imperatriz, tem contribuído para construção da identidade docente dos futuros pedagogos. A metodologia do trabalho fundamentou-se em uma abordagem qualitativa, uma vez que a área de estudo centra-se no âmbito das ciências sociais e buscamos apreender opiniões e significados dos sujeitos pesquisados acerca da temática. Como instrumento metodológico utilizamos a pesquisa bibliográfica como forma de subsidiar teoricamente o trabalho, bem como embasar as análises dos dados coletados na pesquisa de campo, efetivada através de uma entrevista estruturada com cinco bolsistas do PIBID e de análise documental das atas referentes às reuniões realizadas com os bolsistas, supervisores e coordenadores de área do programa. A partir dos seus depoimentos foi possível perceber o envolvimento dos mesmos nas rotinas das salas de aula, com ênfase na preocupação manifestada em conhecer cada aluno, como também o processo de aprendizagem, realizar diagnóstico antes de propor alguma ação didático-pedagógica, planejamento e realização de atividades – projetos ou sequências didáticas – com os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Sob orientação e acompanhamento das coordenadoras e professores supervisores, foi possível o/a bolsista articular os saberes teóricos com as experiências da prática docente.

Palavras-chave: PIBID. Saberes docentes.

21. Caracterização dos sujeitos da práxis pedagógica

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira

Ogirlande Rodrigues Aguiar

Abordou-se os sujeitos da práxis pedagógica com objetivos de caracterizá-los e de

analisar as relações e compreender a articulação entre estes sujeitos no cotidiano

escolar. Metodologicamente, tratou-se de um estudo bibliográfico para discorrer

sobre a práxis pedagógica, o educador e o educando como sujeitos dessa práxis.

Com a análise bibliográfica, concluiu-se que: nesse processo o educador e o

educando necessitam valorizar as formas relacionais; a práxis é um processo em

construção e não há presente sem passado, sem história, algo importante para se

compreender a articulação entre esses sujeitos.

Palavras-chave: Práxis pedagógica. Educador. Educando.

22. Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável: o desafio da educação

ambiental

Christiano Roberto Lima de Aguiar

O presente estudo tem como objetivo analisar as possibilidades de educar para a consciência ambiental, no contexto da educação escolar. A pesquisa, de cunho bibliográfico, teve como referência as grandes conferências mundiais sobre meio ambiente e também o posicionamento de Amartya Sen e outros teóricos que seguem seu pensamento. Constatou-se que a Educação Ambiental, hoje, constitui-se um dos grandes desafios para a escola pública, tanto em função de polissemia de posicionamentos teóricos como também pelos impasses políticos que se processam no âmbito político, econômico e educacional. As escolas municipais, distante de uma realidade sustentável, detêm diversos problemas, tais como a não discriminação entre lixo orgânico e lixo seco, consumo excessivo de energia e água, inexistência da acessibilidade, estrutura física comprometida, dentre outros. Conclui-se que há necessidade de se construir escolas mais dinâmicas, que eduquem para uma ação ambiental mais consciente e maior compreensão do meio em que se vive. Esse caminho perpassa a reflexão das atitudes em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.

Palavras-Chave: Sustentabilidade. Desenvolvimento sustentável. Educação ambiental. Agenda 21 escolar.

23. Uma experiência extensionista com o teatro no Centro de Ensino Urbano

Rocha

Domingos Alves de Almeida; Idayane da Silva Ferreira; Herli de Sousa Carvalho

Desde os primórdios, o ser humano se relaciona com a natureza e a espiritualidade

por meio de expressões artísticas (música, dança, teatro, literatura, e etc.) na

execução de rituais para as divindades em celebrações e festivais exaltando a vida

terrena e espiritual. A África é apontada como a precursora da atividade teatral na

realização das cerimônias faraônicas. O desenvolvimento ao longo dos anos atribuiu

características pedagógicas e interdisciplinares ao teatro e colaborou para a inserção

das atividades teatrais na educação. Na Grécia, já em meados do século V a.C.,

educadores começaram estabelecer o vínculo do teatro com a educação. Assim,

reconhecendo a relevância do teatro no contexto educacional, propôs-se o projeto de

extensão “A escola no universo da arte do faz de conta”, vinculado ao Grupo de

Pesquisa Memórias, Diversidades e Identidades Culturais, da Universidade Federal

do Maranhão (UFMA). As ações foram desenvolvidas com 22 estudantes do Ensino

Médio do Centro de Ensino Urbano Rocha (CEUR) de Imperatriz (MA), no período de

setembro de 2013 a junho de 2014. Tendo em vista uma abordagem qualitativa

acerca das atividades teatrais trabalhadas na escola, aplicou-se um questionário com

duas perguntas estruturadas, antes e após o projeto. Buscou-se extrair dos/as

estudantes qual a compreensão deles/as sobre o teatro no contexto escolar. Como

resultados alcançados destacam-se: a relação de proximidade que os/as estudantes

desenvolveram com a escola, o crescimento do espírito coletivo, o respeito e a

socialização com os/as colegas e a assimilação das aprendizagens teatrais

externadas em atividades artísticas promovidas pela escola. Ressalta-se também, o

benefício do teatro para o desenvolvimento e o fortalecimento do potencial criativo,

cognitivo, corporal e artístico dos/as estudantes. O teatro colaborou para torná-los/as

mais críticos/as e abertos/as ao mundo em que vivem. De estudantes que não

tinham qualquer conhecimento sobre teatro, o projeto os/as possibilitou à imersão no

universo de atores/atrizes, tornando-os/as capazes de idealizar o futuro no mundo do

faz de conta. O projeto colaborou para o entendimento de um elo fundamental na

formação e construção artística dos/as estudantes: aprender, compreender e

compartilhar, o “tripé do teatro”. Há ainda, outros fatores que atribuem significados às

atividades do projeto: a criação da Companhia de Teatro REinvent’arte; realização da

I e II Mostra de Artes Cênicas (Marcas) do Centro de Ensino. Nesse sentido,

considera-se que as ações do projeto vão para além do simples processo de

aprender as práticas teatrais, e perpassam o desenvolvimento cultural dos/as

estudantes, colaborando para um resultado positivo no desenvolver de atividades

teatrais dentro e fora da sala de aula.

Palavras-Chave: Teatro. Ensino Médio. Escola Urbano Rocha.

APOIO

REALIZAÇÃO: GP – Grupo de Pesquisas sobre História das Instituições, Práticas

Educativas e Sujeitos Históricos – UFMA (Campus Imperatriz)

LINHAS DE PESQUISA

1. História das instituições, práticas educativas e sujeitos históricos

Objetivo: investigar a história das instituições, as práticas educativas

escolares e não-escolares e as apropriações dos sujeitos.

2. História da Educação e Etno-história

Objetivo: investigar a história dos povos indígenas, das instituições e dos

trabalhos escolares/educacionais destinados a essa categoria social.

3. História e Política da Educação Especial

Objetivo: investigar a história e a política da educação especial relacionada à

inclusão escolar.

PARTICIPANTES DO GRUPO

Pesquisadores

Antonia Marcia Meireles Ramos

Aparecida de Lara Lopes Dias

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira

Erivanio da Silva Carvalho

Fábio José Cardias Gomes

Ilma Maria de Oliveira Silva

Janeth Carvalho

Kelly Lislie Julio

Maria Aparecida Corrêa Custódio

Rita Maria Gonçalves de Oliveira

Estudantes

Adriana Locatelli

Auricélia de Aguiar Silva

Estéfane Costa da Silva

Natal Marques Dias

Suely Costa Mendes

Welingthon dos Santos Silva