PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA -

PIBID

GÊNERO DISCURSIVO REPORTAGEM: UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

BASEADA NA TEMATIZAÇÃO

Acadêmicas: Geanine Rambo e Thaís Paz Callegaro

Orientadora: Francieli Matzenbacher Pinton

I MOSTRA DE TRABALHOS: LINGUAGEM, MEDIAÇÃO E

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo analisar criticamente uma

oficina de leitura e produção textual ministrada nas oitavas

séries da Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre

Traezel, que foi contemplada com o Programa Institucional de

Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID).

PLANEJAMENTO DAS OFICINAS

PROCEDIMENTOS SEGUIDOS NA OFICINA

SOBRE O GÊNERO ENTREVISTA

1) Leitura de reportagens para que os alunos obtivessem

maior conhecimento sobre o tema e o uso do celular em

sala de aula;

2) Análise da Lei 12.884, de 3 de janeiro de 2008, que dispõe

sobre o uso do aparelho celular nas escolas do Rio Grande

do Sul;

3) Interpretação dos diferentes textos e pontos de vista

apresentados;

4) Análise das marcas linguísticas apresentadas no texto a

fim de refletir sobre seu uso;

5) Leitura e explicação das características de uma entrevista;

6) Entrevista de pessoas da comunidade escolar sobre o tema

estudado;

7) Transcrição das entrevistas realizadas pelos alunos,

seguindo as orientações da autora Abaurre.

PROCEDIMENTOS SEGUIDOS NA

OFICINA SOBRE O GÊNERO

REPORTAGEM

1) Leitura de reportagens selecionadas pelos alunos no jornal Zero Hora para estabelecer seu primeiro contato com o gênero, identificando as características que o diferenciam da notícia;

2) Identificação e análise das características do gênero, com o objetivo de refletir sobre os elementos que o mesmo apresenta;

3) Análise das marcas linguísticas apresentadas no texto a fim de refletir sobre seu uso;

4) Apresentação das características estruturais e sociocomunicativas da reportagem;

5) Produção de uma reportagem com base nos elementos estudados e uso da entrevista realizada como elemento de sustentação, a fim de praticar a produção do gênero, observando as características da reportagem.

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DO

GÊNERO REPORTAGEM

Com base nos elementos

apresentados referente ao gênero

reportagem, produza o seu texto do

tema celular na escola, utilize como

elemento de sustentação para suas

afirmações a entrevista que você

realizou, além de utilizar a Lei 12.884,

de 3 de janeiro de 2008, que dispõe

sobre o uso do aparelho celular nas

escolas do Rio Grande do Sul como

um referencial legal e como elemento

que irá enriquecer sua reportagem.

RESULTADOS

1) Após a produção da 1ª versão da reportagem os alunos foram orientados através do bilhete orientador.

2) Nesta 1ª versão observamos que os alunos apresentavam dificuldades, tais como: enfatizavam a escrita apenas na entrevista e deixavam de lado a sua própria opinião, títulos muito abrangentes e não conseguiam apresentar uma possível solução para o problema do celular em sala de aula. Além destes identificamos problemas de pontuação, acentuação, paragrafação;

3) Reescrita do texto a partir do bilhete orientador;

4) Após as orientações através dos bilhetes

orientadores os alunos foram capazes de perceber

que seus textos tinham problemas referentes a

pontuação, acentuação, paragrafação e também de

estrutura em relação ao gênero produzido. Desta

forma, após a orientação através do bilhete

orientador os alunos foram capazes de reescrever

seus textos e de apropriar-se do gênero

reportagem, identificando e solucionando os

problemas apontados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se dizer que o bilhete orientador é um forte aliado dos professores na revisão dos textos dos alunos. Isso ocorre porque ele se tornou uma estratégia de diálogo, sendo que o professor pode atender a cada aluno individualmente. Além disso, o bilhete proporciona ao aluno refletir sobre sua própria escrita e apresentar uma proposta de reescrita.

Com tudo isso, o professor deixa de ser apenas um corretor e passa a se colocar como coautor dos textos dos alunos. Dessa forma, o texto deixa de ser visto como algo acabado para se tornar um processo.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. 2. ed. São Paulo: Parábola

Editorial, 2009.

__________. Aula de português: encontro e interação. 8. ed. São Paulo: Parábola Editorial,

2009.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:

Cortez, 2008.

NASCIMENTO, C. E. R. O bilhete orientador da reescrita como mediador no

desenvolvimento de práticas de linguagem. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 38, n. 2,

maio/ago. 2009. Disponível em: <http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/>.Acesso em: 21

ago. 2012.

RUIZ, E. D. Como corrigir redações na escola: uma proposta textual-interativa. São

Paulo: Contexto, 2010.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. 4. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.