I I PROGRAMA DE P0S-GRADUAÇAO EM ENGENHARIA … · Prof. NELSON BACK, Ph.D. - Presidente Pro f....

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANfA CATARINA I I PROGRAMA DE P0S-GRADUAÇAO EM ENGENHARIA MECANICA GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE GRANDE PORTE TESE SUBMETIDA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PARA A OB TENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA MECANICA RODRIGO ABELARDO PADILLA BELTRAN FLOR IANOPOLIS,DEZEMBRO - 1982

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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L DE S A N f A C A T A R I N A■ I

I

P R O G R A M A DE P 0 S - G R A D U A Ç A O EM E N G E N H A R I A M E C A N I C A

G E R E N C I A M E N T O DE P R O J E T O S DE G R A N D E P O R T E

T E S E S U B M E T I D A A U N I V E R S I D A D E F E D E R A L DE S A N T A C A T A R I N A P A R A A OB

T E N Ç A O DO G R A U DE M E S T R E EM E N G E N H A R I A M E C A N I C A

R O D R I G O A B E L A R D O P A D I L L A B E L T R A N

F L O R I A N O P O L I S , D E Z E M B R O - 1 9 8 2

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I I

G E R E N C I A M E N T O DE P R O J E T O S DE G R A N D E P O R T E

R O D R I G O A B E L A R D O P A D I L L A B E L T R A N

E S T A T E S E FOI J U L G A D A A D E Q U A D A P A R A O B T E N Ç A O DO T Í T U L O DE

" M E S T R E EM E N G E N H A R I A "

E S P E C I A L I D A D E E N G E N H A R I A M E C A N I C A E A P R O V A D A EM S U A F O R M A F I N A L

P E L O P R O G R A M A DE P 0 S - G R A D U A Ç Ã O

P r o / . N E L S O N B A C K , P h . D . - O r i e n t a d o r

B A N C A E X A M I N A D O R A :

P r o f . N E L S O N B A C K , P h . D . - P r e s i d e n t e

P r o f. j t e ' ^ R L Ó T T Ã ¥ T R T 7 ~ P T T ^ D

P r o f / R A U L V A L E N T K M DA S I L V A , M . S c

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I I I

P a r a m i n h a e s p o s a e f i l h o s .

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I V

A G R A D E C I M E N T O S

A elaboração dessa dissertação só foi possível em função do financiamento da Corporaciõn Estatal Petrolera Ecuato riana"CEPE", e da colaboração valiosa de diversas pessoas,ãs quais registro meus sinceros agradecimentos:

Ao Prof. ARNO BLASS, Ph.D., pela coordenação doprograma.

Ao Prof. NELSON BACK, Ph.D., pela excelente orien­tação e pelo estimulo inestimável.

Ao Prof. RAUL VALENTIM DA SILVA, M.Sc., pelos co­mentários valiosos e pelas sugestões apresentadas.

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RESUMO

Para cumprir os objetivos propostos nesta disserta ção, são revisados os conceitos básicos da administração de proje tos, do administrador do projeto, e do ciclo de vida dos projetos de grande porte, isto é, projetos complexos, nos quais são empre­gados grandes recursos e utilizadas altas inversões. São compara dos diferentes conceitos extraídos da literatura especializada, e são formulados conceitos básicos que podem ser adaptados às cond_i ções de qualquer administração de projetos de grande porte.

O presente trabalho está constituído basicamente por duas etapas: na primeira. Capítulo II, são definidos os con­ceitos básicos da administração de projetos, são estabelecidas as responsabilidades e a autoridade, para culminar com uma orienta­ção para a administração de conflitos e uma divisão prática do ci cio de vida dos projetos de grande porte. Na segunda etapa. Capí­tulo III, amplia-se o estudo de cada uma das fases em que se div_i de o ciclo de vida dos projetos de grande porte, através da des­crição e metodologias propostas para a solução de problemas poten ciais.

0 trabalho é complementado com a apresentação de um caso ilustrativo (Capítulo IV), no qual são descritas as dife­rentes fases do projeto, adaptando-as ao caso específico e comple mentando alguns critérios aplicáveis ao projeto. Finalmente são apresentadas as conclusões no Capítulo V.

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V I

RESUMEN

Para cumplir con los objetivos propuestos en esta tesis, se han revisado los conceptos básicos de la administración de proyectos, dei administrador dei proyeto y dei ciclo de vida de los proyetos en los cuales la tecnologia es compleja y sean utilizado grandes recursos humanos y econômicos. Son comparados los diferentes conceptos que se presentan en la diversa literatu­ra especializada, y son formulados conceptos básicos los cuales pueden adaptarse a Ias condiciones existentes de cualquier admi- nistraciõn de proyectos.

El presente trabajo basicamente está constituido por dos etapas; en la primera, capítulo II, se definen los concep tos básicos de la administración de proyectos, dei administrador y dei proyecto; se establecen Ias responsabilidades y la autoridad, para culminar con una orientaciõn para la administración de con- flictos y una división práctica dei ciclo de vida de los proyec­tos. En la segunda etapa, capítulo III, se amplia el estúdio de cada una de Ias fases en que se ha dividido el ciclo de vida dei proyecto, a través de la descripciõn y metodologias propuestas pa ra la solución de problemas potenciales.

Se complementa el trabajo con la presentación de un caso ilustrativo (capítulo IV), en el cual son descritas Ias diferentes fases dei proyecto adaptándolas al caso específico y complementando con algunos critérios aplicables. Finalmente son presentadas Ias conclusiones en el capítulo V.

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V I I

A B S T R A C T

In order to achieve the objectives of the present work the basic concepts of management, project manager and the life cycle of the project are reviewed. In this work are conside red projects with a complex technology, large amounts of resour- ces and investments. Several concepts reported in the specialized literature were compared, and some basic concepts are adapted to the management of large projects of different requirements and conditions.

The present work contains basically two sections: in the first section, chapter two, are defined the basic concepts of project management, project manager and project; the res- ponsabilities and authority are discussed in order to guide the management of conflicts and a division of the life cycle of the projects in its phases is presented as well.In the second section,ch^ ter three, each one of the project phases are discussed in more details and a methodology is presented to solve potencial pro- blems in the project management.

This dissertation was completed with a case study (chapter four) based on the knowledge and description of the spe cific project phases, where some project criteria are complemen- ted. Finally the conclusions are presented in the chapter V.

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V 1 I 1

S U M A R I O

C A P Í T U L O I

I nt r o d u ç i o .............................................................. 01

C A P Í T U L O II

A a d m i n i s t r a ç ã o de p r o j e t o s

2 . 1 . 1 n t r o d u ç i o ...................................................... Qk

2 . 2 . O b j e t i v o s e d e f i n i ç i o de a d m i n i s t r a ç i o de p r o j e ­

t os ................................................................. 04

2 . 2 . 1 . O b j e t i v o s . . ; ......................................................... 0 4

2 . 2 . 2 . D e f i n i ç ã o ............................................. 05

2 . 3 . 0 a d m i n i s t r a d o r de p r o j e t o s ............................ 05

2 . 3 . 1 . D e f i n i ç i o ............................................. 05

2 . 3 . 2 . R e q u i s i t os .................. ......................... 05

2 . 3 .3 . R e s p o n s a b i l i d a d e s e a u t o r i d a d e .............. 06

2 .3 .4 . C a r a c t e r í s t i c a s .................................... 10

2 .3 .5 . S e l e ç ã o ................................................. 11

2 . 4 . 0 p r o j e t o ......................................................... 12

2 . 4 . 1 . D e f i n i ç ã o .............................................. 12

2 . 4 . 2 . C i c l o de v i d a do p r o j e t o ....................... 14

2 .5 . C o n f l i t o s ........................................................ 16

2 . 5 . 1 . F o n t e s de c o n f l i t o s .............................. 16

2 .5 .2 . F o r m a s de s o l u ç ã o de c o n f l i t o s .............. 19

2 . 6 . C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s ....................................... 24

2 . 6 . 1 . R e c o m e n d a ç õ e s ....................................... 25

2 . 6 . 2 . C o n c l u s õ e s ............................................ 25

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I X

C A P Í T U L O I I I

F a s e s do p r o j e t o

3 .1. I n t r o d u ç i o ....................................................... ^ 7

3 .2 . C o n c e p ç i o ........................................................ 28

3 . 2 . 1 . E s t a b e l e c i m e n t o d o s o b j e t i v o s do p r o j e t o . 29

3 . 2 . 2 . C o n h e c i m e n t o d o p r o j e t o ........................ 30

3 .2 .3 . V i a b i l i d a d e do p r o j e t o .......................... 31

3 .2 .4 . P l a n i f l c a ç ã o p r e l i m i n a r d o p r o j e t o ....... 38

3 .3 . C o n f o r m a ç i o ..................................................... ^0

3 .3 . 1 . C o n f i g u r a ç i o da o r g a n i z a ç i o .................. ^1

3 . 3 .2 . E l a b o r a ç ã o de p l a n o s , e s p e c i f i c a ç õ e s e p r £

c e d i m e n t o s ............................................ ^2

3 .3 .3 . M a n e j o do a p o i o l o g í s t i c o ..................... ^2

3 . 3 .4 . M a n e j o d a s i n f o r m a ç õ e s .......................... ^3

3 .4 . A n á l i s e e a v a l i a ç i o .........................................

3 .4 . 1 . A n á l i s e e a v a l i a ç ã o t é c n i c a ..................

3 .4 .2 . A n á l i s e e a v a l i a ç ã o e c o n ô m i c a ............... 52

3 .4 .3 . A v a l i a ç ã o p o l í t i c o - s o c i a l ..................... 52

3 .5 . A p r o v a ç ã o ........................................................ 53

3 .5 . 1 . I n f o r m a ç ã o a d e q u a d a .............................. 53

3 .5 .2 . T o m a d a de d e c i s ã o ................................. 54

3 .6 . C o n t r a t a ç ã o ..................................................... 56

3 . 6 . 1 . D e f i n i ç ã o da c o n t r a t a ç ã o n o p r o j e t o ...... 56

3 .6 .2 . E s p e c i f i c a ç õ e s da c o n c o r r ê n c i a .............. 56

3 .6 .3 . A v a l i a ç ã o d a s p r o p o s t a s ........................ 58

3 .6 .4 . N e g o c i a ç ã o ............................................ 58

3 .-7; (ffiplèmentação ..................................................

Í:Í:\: éSfi s fc-f-uç ãò e m o n t a g e m ...........................

§ ; ^ ; 2 ; R ê e ê p ç á © ; ; ........................................

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3 .8 . A v a 1 i açi o de r e s u l t a d o s ....................................^9

3 .9 . C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s .......................................71

3 .9 . 1 . R e c o m e n d a ç õ e s .......................................71

3 .9 .2 . C o n c l u s õ e s .......................................... .72

C A P Í T U L O IV

C a s o I 1 u s t r a t i vo

^ . 1 . P r o j e t o de i m p l a n t a ç ã o de u m d e p ó s i t o p a r a a r m £

z e n a m e n t o de c o m b u s t í v e i s d e r i v a d o s do p e t r ó l e o 73

^ . 1 . 1 . C o n s i d e r a ç õ e s g e r a i s ............................ .73

4 . 1 . 2 . D e s e n v o l v i m e n t o d o p r o j e t o .................. .7^

C A P Í T U L O V

C o n c l u s õ e s ..............................................................82

R E F E R Ê N C I A B I B L I O G R Á F I C A .....................................................85

A N E X O A ............................................................................. .88

A N E X O B ............................................................................. .89

A N E X O C ............................................................................. .93

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X I

L I S T A DE F I G U R A S

F i g u r a 1 - E s t r u t u r a da o r g a n i z a ç ã o e r e l a ç õ e s e x i s t e n t e s .. 09

F i g u r a 2 - I n t e n s i d a d e r e l a t i v a d o s c o n f l i t o s s o b r e a v i d a

d o s p roj e t o s ..................................................... 1 8

F i g u r a 3 " F o r m a s de s o l u ç i o de c o n f l i t o s ........................... 22

F i g u r a k - E s t u d o de m e r c a d o ( f l u x o g r a m a ) ........................... 32

F i g u r a 5 - E s t u d o t é c n i c o ( f l u x o g r a m a ) ...............................

F i g u r a 6 - A n á l i s e e c o n ô m i c o - f i n a n c e i r a ............................. 37

F i g u r a 7 “ E s t r u t u r a de u m s i s t e m a de c r i t é r i o s ................. ^6

F i g u r a 8 - D e t e r m i n a ç ã o d o s c o e f i c i e n t e s de p e s o s d o s c r i t £

r i o s ................................................................. ^8

F i g u r a 9 - C r i t é r i o s de a v a l i a ç ã o q u a n t i t a t i v o s ................. ^9

F i g u r a 10- E s c a l o n a m e n t o de c r i t é r i o s q u a l i t a t i v o s ............. 51

F i g u r a 11- O r g a n o g r a m a de c o n s t r u ç õ e s ................................. 63

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X I I

"The Golden Key to success is, Get in the right business at the right time".(THOMAS P. MURPHY)

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C A P Í T U L O 1

I N T R O D U Ç A O

No presente trabalho serão tratados aspectos bási­cos de gerenciamento de projetos, isto é, conceitos sobre a admi nistração de projetos, sobre o administrador do projeto e sobre o projeto e suas fases. Para alcançar este objetivo, serão feitas as seguintes considerações: projeto será considerado como uma obra de grande porte, de complexa tecnologia, com emprego de gran des recursos e de altas inversões; a organização responsável pelaexecução de projetos terá-estrutura tipo funcional, com possibili

0

dade de criação de estruturas flexíveis, anexas à estrutura fun­cional, e dedicadas ao manejo de projetos.

Ao longo dos últimos vinte e cinco anos têm cre^ cido, em número, dimensão e complexidade, os projetos tais como: refinarias; indústrias químicas; instalações de armazenamento e distribuição de petróleo e seus derivados; pontes; usinas de gera ção elétrica e outras indústrias e instalações civis de defesa. A administração destes projetos é difícil e importante, dado o em­prego de grandes recursos e consideradas as altas inversões que eles envolvem.

0 êxito da execução de tais projetos é um constan­

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te desafio âs técnicas desenvolvidas e ãs experiências alcançadas."0 verdadeiro profissional nunca para de crescer",

e com a aplicação de técnicas, dentro de um conceito dinâmico to­tal, e a ajuda de equipamentos apropriados de processamento de da dos, é possível guiar com firmeza os projetos mais complexos, no sentido de alcançar o custo mínimo, a realização em tempo hábil e a alta qualidade técnica no trabalho.

A administração de projetos é, essencialmente, uma seqüência das atividades de engenharia, onde as técnicas adminis­trativas são orientadas para a execução dos projetos. O caminho básico da administração de projetos, vai desde a concepção das idéias para satisfazer uma necessidade, até a realização física do projeto.

Entre as contribuições mais significativas da admi nistração de projetos está a motivação com o fim de alcançar me­lhores técnicas organizacionais, e a integração de recursos e ta refas.

Os fatores fundamentais que contribuiram para o de senvolvimento da administração de projetos são três: Primeiro, o aumento da complexidade dos trabalhos das organizações contemporâ neas, o que implica na demanda de organizações mais sofisticadas e flexíveis; segundo, o maior tamanho e alcance de muitos proje tos, o que promove o desenvolvimento de novas técnicas administra tivas para planejar e controlar a execução dos projetos;terceiro, a utilização, em grande escala, de administradores de projetos, o que passa a constituir \im desafio profissional dentro das organi­zações .

A presente dissertação tem por objetivo principal servir como instrumento de trabalho. Por tal razão, seu caráter é

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estritamente prático e operativo. Não é um estudo ou tratado que exDonha os problemas teóricos referentes à administração de proje tos, nem \im manual que ensine como se resolvem os problemas,em ca da caso. Limita-se simplesmente a ser um guia na administração dos projetos. Com objetivo paralelo, serão apresentadas informa­ções e seqüências de atividades que podem servir ã maioria dos projetos.

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C A P Í T U L O II

A A D M I N I S T R A Ç Ã O DE P R O J E T O S

2 . 1 . I n t r o d u ç ã o

Na administração de projetos intervém dois elemen­tos fundamentais: o administrador e o projeto. Portanto,no presen te capítulo, serão apresentados os conceitos básicos de adminis­tração de projeto, do administrador de projetos e do projeto. Do mesmo modo, serão tratados os aspectos mais importantes relaciona dos com suas interdependências.

2 . 2 . O b j e t i v o s e d e f i n i ç ã o de a d m i n i s t r a ç ã o de p r o j e t o s .

0 êxito desejado na execução de projetos não é pa­trimônio somente do projeto, mas sim de uma Intima relação entre o pessoal responsável pela execução e o projeto propriamente di­to.

2 . 2 . 1 . O b j e t i v o s .

Os objetivos básicos que todo administrador de pro jetos persegue, na execução dos mesmos, são:

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05

Cumprimento das especificações técnicas; Cumprimento da programação;Cumprimento do orçamento.

2 . 2 . 2 . Def i n i ç i o .

A administração de projetos pode ser definida como a utilização de uma adequada direção, supervisão e controle na execução dos projetos, com o fim de garantir o cumprimento dos ob jetivos.

2 . 3 . 0 a d m i n i s t r a d o r de p r o j e t o s .

Os fatores principais que se deve considerar quan­to aos administradores dentro da administração de projetos, são; definir o administrador de projetos, os requisitos básicos para o êxito de sua gestão administrativa, as responsabilidades e autori dade que teria dentro da organização, e as características mais importantes para sua seleção.

2 . 3 . 1 . Def i n i ç i o .

0 administrador do projeto é um profissional desi^ nado por autoridade competente a quem são delegadas responsabili­dades e delimitada sua autoridade na execução do projeto, com o fim de garantir o cumprimento dos objetivos.

2 .3 .2 . R e q u i s i t o s .

Para que possa alcançar os objetivos, é preciso que o administrador do projeto tenha os conhecimentos básicos re­queridos pelo projeto, e que sejam delimitadas suas funções den

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tro da organização.Conhecimentos básicos: As principais disciplinas

que o administrador de projetos deve conhecer são as seguintes:Engenharia relativa ao projeto;Administração de custos;Leis que regulam ou governam os contratos;Negociação;Planejamento e controle.Funções básicas: As funções básicas devem ser de­

terminadas pelas necessidades de: planejar, organizar, avaliar, con trolar e liderar.

2 . 3 .3 . R e s p o n s a b i l i d a d e s e a u t o r i d a d e .

As diferentes disciplinas através das quais se de­senvolvem os projetos, do mesmo modo que as diferentes organiza ções existentes, contribuem para que as responsabilidades admini^ trativas, às vezes, não estejam de acordo com a autoridade tradi­cional das estruturas organizacionais, e por isto é freqüente a degeneração em fontes de conflitos e dificuldades, que o adminis­trador do projeto terá que enfrentar e resolver.

Tanto o homem, quanto as responsabilidades e a autoridade no projeto, são suceptíveis de variação ou mudança, e esta viabi­lidade depende das decisões que a empresa tome na execução do pro jeto.

O administrador funcional é um administrador perma nente dentro das linhas hierárquicas da organização proprietária; estando, portanto, integrado na sua linha,r«as podendo exercer a aditánistra ção das atividades do projeto, conforme a divisão existente na or

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ganização. Por outro lado, o administrador do projeto é um inte­grador por natureza e por isto as metas dos dois administradores diferem um tanto.

As responsabilidades dos diferentes administrado­res que trabalham na execução dos projetos estão relacionadas com a estrutura organizacional existente.

Russel D. Archibaldi [1] nos mostra, conforme a Fig.l, as diferentes responsabilidades que os administradores dos projetos têm no desenvolvimento dos mesmos, baseadas numa estrutu ra organizacional. Na Fig.l, tem~se que:

"A" - O administrador do projeto é responsável pe­las seguintes atividades:

Atividade administrativa da direção e administra ção dos projetos;

Planejamento, proposição e implantação de políti­cas gerenciais;

O cumprimento dos projetos com os compromissos estabelecidos.

"B" - 0 administrador funcional é responsável pe­las seguintes atividades:

Cumprimento das metas dentro da programação e orça mentos estabelecidos;

Propor políticas funcionais e guias de procedimen­tos;

Prover grupo de trabalho adequado;Manutenção de alto nível técnico."C" - 0 administrador do projeto X, é responsável

pelas seguintes atividades;

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Desenvolver e manter os planos do projeto X;Propor a direção da programação e financiamento do

projeto X;Elaborar a avaliação e relatórios do projeto X."D" - Este ê o ponto focal de todas as atividades

do projeto X dentro da organização funcional.Ê a representação da supervisão (administrador funcional), é seu próprio supervisor desenvolve todas as metas sub-funcionais, rompe todas as linhas sub-funcionais pelo esforço total sobre o projeto X. Ele ativará o esforço da organização sobre o plano e controle do projeto.

"E" - Plano do projeto."F" - Programação do projeto."G" - Planejamento econômico-financeiro."H" - Os administradores de trabalhos específicos

são responsáveis pelas seguintes atividades:Desenvolver e manter os trabalhos específicos enco

mendados, dentro dos planos e orçamentos estabelecidos;Estabelecimento de guias técnicas para o desenvol­

vimento dos trabalhos específicos;Estabelecimento de programas detalhados e de orça

mentos operativos dos trabalhos específicos;Controlar e avaliar o desenvolvimento dos traba­

lhos específicos encomendados.Da análise da Fig.l, pode-se inferir que as respon

sabilidades básicas do administrador do projeto se sintetizam na total direção e coordenação do projeto, com o fim de alcançar os resultados esperados. Isto engloba principalmente as seguintes áreas;

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09

A d m i n i s t r a d o r G e r a l

A d m i n i s t r a d o r de

P r o j e t o s " A "

A d m i n i s t r a d o r

f u n c i o n a i " B "

S i t u a ç i o d o s

p roj e t o s

C o m o f a z ê - lo

b e m

Q u e "E'

A d m i n i s t r a d o r

p roj e t o X

" C "

Q u a n d o " F "

Q u a n to " G "

R e p r e s e n t a n t e

p r o j e t o X

" D "

S t a f f

R e s p o n s á v e i s i n d i v i d u a i s ♦-

P i a n o e c o n t r o l e

d p p r o j e t o

A d m i n i s t r a d o r

de um ti po de

t r a b a l h o

"H"_______

R e s p o n s á v e i s i n d i v i d u a i s ♦-I d e m , t i p o de

t ra ba 1 ho" J M

Q u e m

E s t a d o d o s

p r o j e t o s

F i g u r a 1 - E s t r u t u r a da o r g a n i z a ç ã o e r e l a ç õ e s e x i s t e n t e s [I ]

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1 0

Planejamento e controle;Programação;Negociação;Comunicação;Avaliação;Tomada de decisões e relatórios.E que as responsabilidades sobre os projetos da ad

ministração funcional, podem ser alcançadas através de pelo menos três dos seguintes níveis:

Administração funcional a nivel de chefia;Representação funcional no projeto;Administração de trabalho específico dentro do projeto.A autoridade que o administrador de projetos exer­

ce no desenvolvimento dos mesmos, desempenha um papel de muita importância no cumprimento dos objetivos. A autoridade se origina de duas fontes: autoridade legal delegada por via legal e autori­dade pessoal que se origina da experiência e das qualidades pe^ soais.

E importante que se proceda uma avaliação e análi­se das duas fontes de autoridade quanto ao administrador, com o fim de delimitar sua autoridade na execução do projeto, sem esque cer que a orientação é c cumprimento dos objetivos.

2 . 3 . ^ . C a r a c t e r í s t i c a s .

Algiimas das principais características desejadas num bom administrador de projetos, são as seguintes:

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Flexibilidade e adaptabilidade;Iniciativa e liderança;Agressivo, confidente, persuasivo e com facilidade

de expressão;Ambicioso, ativo, empreendedor;Comunicativo e integrador;Visualizador, entusiasta, imaginativo e espontâneo; Com habilidade de poder balancear as soluções téc­

nicas, considerando o tempo, o custo e os fatores humanos;Organizado e disciplinado;Dedicado, hábil planejador e controlador;Mais genérico que especialista;Com capacidade de identificar facilmente os proble

mas;Com capacidade de tomar decisões;Mantenedor de adequado equilíbrio no uso do seu

tempo.

2 .3 ,5 . S e l e ç ã o .

Para efetuar a seleção de um administrador de pro­jetos, é importante considerar a experiência anterior do candida to em administrar com êxito projetos do mesmo tipo. Na hipótese de não existirem profissionais disponíveis com experiência, reco­menda-se pensar em administradores funcionais, ou especialistas que tenham trabalhado em projetos similares.

Não se deve exercer nenhuma pressão ou influência para obter a aceitação do candidato, pois seu compromisso deve ser livre de total aceitação.É preciso tainbém não. esquecer que a ins

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tcibilidade e falta de continuidade não torna muito atrativo este tipo de trabalho, como é o caso da administração funcional, além do que, uma vez concluído o projeto, o administrador do mesmo re gressarã ao seu nlvel estabelecido dentro da organização.

2.k. 0 p r o j e t o .

Na administração de projetos, deve-se considerar como aspectos fundamentais, a definição do projeto e sua existên­cia, denominada ciclo de vida dO'projeto.

2 . 4 . 1 . D e f i n i ç i o .

Na literatura especializada, e que foi consultada para fins de realização deste trabalho, pode-se deduzir que não existe homogeneidade nem da nomenclatura, nem das definições, e nem quanto ao alcance dos projetos em si mesmos.

A título de ilustração e matéria prévia ã introdu­ção de uma definição de projeto, serão apresentadas algumas defi nições dadas por vários estudiosos dos projetos em geral:

Julio Melnick [2] define projeto como um conjunto de antecedentes, que permitem avaliar as vantagens e desvantagens econômicas, derivadas do fato de que foram destinados certos re­cursos ã produção de certos bens ou serviços.

ILPES [3], define projeto como iam plano prospecti- vo de uma unidade de ação, capaz de materializar algiim aspecto do desenvolvimento econômico e social.

Morris Asimov [4] define projeto, como uma ativida de com determinados propósitos, que se encaminham na direção de

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uma meta de satisfação de necessidades humanas, particularmente aquelas que se podem alcançar, utilizando-se elementos da nossa cultura.

Ary Marques Jones [5], define projeto como um con­junto de documentos constituídos de especificações, lista de mate rias, desenhos gerais, desenhos de detalhes, procedimento e técn_i cas de execução, e custos de uma utilidade física.

Melvin Silverman [6], considera o projeto como uma organização designada para acompanhar o alcance das metas especí­ficas.

Como pode-se observar do anteriormente exposto, a definição de projetos não só depende do tipo de projeto, como tam bém do critério dos estudiosos de projetos em geral.

Diante do exposto, será introduzida uma definição para os projetos, objeto do presente trabalho e que é a seguinte:

Definição: Projeto é a realização de um conjunto de atividades necessárias e suficientes para satisfazer uma neces sidade.

Tais atividades englobariam principalmente o se­guinte; preparação de documentos para a construção e montagem> construção e montagem, realização de provas para garantir uma ope ração segura e normal, tudo dentro de uma técnica requerida, ao custo estabelecido e em tempo programado.

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1 k

l.k.2. C i c l o de v i d a do p r o j e t o .

Considerando-se o grande número de atividades ner cessárias ao desenvolvimento dos projetos, e com o fim de facil_i tar sua execução e controle, normalmente se divide o ciclo de vi­da dos projetos em fases ou etapas.

Como no caso da definição, os diferentes estúdio sos de projetos, em geral, estabeleceram diferentes definições do ciclo de vida de seus projetos.Como ilustração serão apresentados alguns exemplos encontrados na literatura.

Julio Melnick [2] divide o ciclo de vida de um projeto nas seguintes fases:

Estudo do mercado;Estudo técnico do projeto;Dimensão e localização;Previsão de gastos;Ordenação de dados básicos para a avaliação;Financiamento e organização;Resumo e apresentação.No caso de ILPES [7] tem-se as seguintes fases:Estudo de mercado;Estudo técnico;Estudo financeiro;Avaliação econômica;Plano de execução.Morris Asimov [8] , já apresenta uma seqüência de

fases mais apropriadas do projeto de produtos, como segue:

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Estudo de viabilidade;0 projeto preliminar ou ante-projeto;0 projeto detalhado;Planejamento do processo de produção;Planejamento para a distribuição;Planejamento para o consumo;Planejamento para a retirada do produto.Ary Marques Jones; [5], divide o ciclo de vida de

um projeto nas seguintes fases:Estudo típico de arquitetura e urbanismo;Desenho básico;Planos geométricos e planos de obras de infra-es­

trutura;Desenhos de detalhes;Planos e especificações para a montagem de servi

ços auxiliares;Documentação e contratação;Apresentação do projeto através de formatos e nor­

mas .E por último, tem-se o caso de Melvin Silvermart[9]

que apresenta as seguintes fasessConcepção;Definição;Aquisição;Operação.Considerando-se o supra exposto, pode-se deduzir

que os diferentes estudiosos de projetos, em geral, dividem o ci­clo de vida de seus projetos em diferentes fases, tratando de man ter uma seqüência lógica de atividades e uma delimitação mais ou

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menos diferenciável de fases. Os únicos pontos em comum, para to­dos os projetos, são o início, a vida do projeto e sua finaliza ção.

Diante do exposto,no presente trabalho introduzir- se-ã uma divisão do ciclo de vida do projeto, que é seguinte:

Concepção;Conformação;Análise e avaliação;Aprovação;Contratação;Implementação;Avaliação dos resultados.

2 . 5 . C o n f 1 i t o s .

A existência direta ou indireta de responsabilida­des e autoridade sobre fases ou sobre o projeto em sua totalida de, a variabilidade no manejo da autoridade e na sua concepção,fa zem com que, através do ciclo de projetos, apareçam conflitos en­tre os participantes. Estes conflitos devem ser estudados com an tecedência, objetivando-se minimizar seus efeitos negativos. 0> co conhecimento das fontes que originam os conflitos, bem como as formas de solucioná-los serão discutidos a seguir.

2 . 5 . 1 . F o n t e s de c o n f l i t o s .

Thamhain e Wilemon ; [ 10], como resultado da investi gação em 100 (cem) projetos, identificam sete fontes de conflitos potenciais na administração de projetos, que são as seguintes;

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A programação;As prioridades;A utilização de recursos;O alcance e desenvolvimento das técnicas;Os procedimentos administrativos;Os custos;Os aspectos pessoais.Estas fontes de conflitos não se apresentam e nem re

percutem com a mesma intensidade nas diferentes fases em que se pode dividir o ciclo de vida do projeto.

Thamhain e Wilemon [10] apresentam, conforme a Fig. 2, a intensidade relativa com que as fontes de conflitos se apresentam no ciclo de vida do projeto, e fazem a seguinte análi­se:

A - Desacordos na programação; esta possibilidade, muito freqüentemente, apresenta-se devido a existência de grupos de trabalho sobre os quais o administrador do projeto tem limita­da autoridade e controle;

B - Desacordos em determinar as prioridades das di ferentes atividades e ou fases do projeto: este é lam conflito que se origina principalmente por desconhecimento do projeto por par­te dos responsáveis pela süa execução. A existência deste tipo de conflitos, implica numa reordenação de recursos, e numa mudança de programas e orçamentos;

C - Conflitos devidos â dotação e manejo de recur­sos; em especial estes conflitos se devem â existência de recur sos atribuídos em forma direta â execução do projeto e os recur­sos de apoio;

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18

IIorHs

í

Na formulação Nas primeiras fa Durante as fado projeto ses do projeto ses principais fases finais

do projeto do projeto

Começo- •Vida do Projeto- -►TérminoA - Conflitos sobre programação.B - Conflitos sobre prioridades

no projeto.C - Conflitos sobre utilização de

recursos.D - Conflitos sobre alcance e de­

senvolvimento das técnicas.

E - Conflitos sobre procedi mentos administrativos.

F - Conflitos sobre custos. G - Conflitos pessoais.

Figura 2 - Intensidade relativa dos conflitos sobre a vida do projetos [10].

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D - Conflitos relacionados a desacordos técnicos: estes se originam principalmente pela presença dos grupos de apoio na execução do projeto e o administrador do projeto; enquanto o administrador do projeto tem total responsabilidade sobre a execu ção do projeto e suas decisões são influenciadas por outros fato­res além dos técnicos, os grupos de apoio são de caráter eminente mente técnico, e esta dicotomia produz este tipo de conflitos.

E - Conflitos sobre procedimentos administrativos: ocorrem principalmente entre os grupos funcionais, o pessoal de­signado especificamente ao projeto e o administrador do projeto, em relação com o "status" da direção superior.

Estes desacordos estão relacionados com as respon­sabilidades e autoridade do administrador do projeto, relações das atividades administrativas, "status" e posições de nível dentro da organização.

- F - Os conflitos sobre custos: geralmente surgem quando o administrador do projeto leva a efeito a negociação, e mais, ainda, quando os orçamentos foram preparados e elaborados pelos grupos de apoio.

G - Os conflitos de tipo pessoal são originados principalmente, por falta de uma eficiente comunicação e pelo des conhecimento técnico do projeto, A maior parte das vezes este ti­po de conflito parece ser administrativo e ou técnico.

2 . 5 . 2 . F o r m a s de s o l u ç i o de c o n f l i t o s .

Todos os conflitos que se originam na execução do projeto produzem deficiências técnicas, atrasos na execução e va­riação nos custos; em outras palavras pode-se assegurar dificulda

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de no cumprimento dos objetivos.Blake e Mouton [11], apresentam cinco formas de re

solver os conflitos, que são:Através da confrontação;Mediante o compromisso;Suavizando os desacordos;Mediante a imposição;Postergando a tomada de decisões.Thamhain e Wilemon [10] , realizaram investigações

em 100 (cem) projetos, sobre os estilos dos administradores em ma nejar os conflitos, e o resultado desta investigação é apresenta­do neste trabalho através da Fig.3. Nesta figura foram considera dos os seguintes aspectos;

Confrontação: põe os conflitos â frente e direta mente com os implicados no problema, realizando uma aproximação das partes afetadas e trabalhando em cima de seus desacordos;

Compromisso: é produzida uma espécie de negociação entre as partes afetadas, chegando-se a lam certo grau de satisfa­ção na solução. Este modo de manejar os conflitos está caracteri zado por uma atitude de dar e tomar;

Suavizar: este modo de manejar os conflitos está caracterizado por uma atitude de evitar áreas de diferenças e en­fatizar as áreas de acordos existentes entre as partes em dispu ta;

Imposição: via de regra se caracteriza por apresen tar situações de muita competição e ou causas perdidas, as quais se prestam para a exposição de pontos de vista sobre custos poten ciais mais altos;

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2 1

Postergar: caracteriza-se por uma atitude de dei­xar pendente a solução de certos conflitos, dando este tipo de tratamento tanto aos desacordos atuais como aos potenciais, che­gando-se, em ocasiões extremas, a ignorar os desacordos.

Da Fig. 3, pode-se deduzir que a maneira de mane jar os conflitos utilizada nela maioria dos administradores de projetos, é a confrontação.

vários autores têm sugerido a maneira de enfrentar os conflitos e, assim, Burke [12] sugere que a melhor maneira de enfrentá-los é a confrontação, e'Thamhain e Wilemon [10], recomen dam que para manejar os conflitos deve-se levar em consideração tanto as fontes que os originam, como o ciclo de vida do projeto; as referidas recomendações são expostas a seguir:

Durante a formulação do projeto:Quando as fontes de conflitos são as prioridades,

recomenda-se realizar planos de trabalho claramente definidos,jun tar as decisões a serem tomadas e consultar as partes afetadas, orientar a importância do projeto através dos objetivos da organi zação;

Se as fontes de conflitos são os procedimentos ad­ministrativos, recomenda-se desenvolver procedimentos operativos e administrativos detalhados, que deverão ser seguidos durante a execução do projeto, assegurar que as aprovações venham da autor^ dade competente e desenvolver gráficos e ou guias de fácil atendi mento;

Quando a fonte de conflitos ê a programação, deve- se desenvolver programas em concordância com as obrigações atuais no projeto e prognosticar as prioridades de outros grupos de tra­balho e os possíveis impactos sobre os projetos.

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Porcentagem de administradores de projetos cujo estilo recha­ça este modo de solução de con flitos

Porcentagem de administradores de projetos cujo estilo concor da com este modo de solução de conflitos.

Figura 3. F o r m a s de s o l u ç i o de c o n f l i t o s [10],

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Durante as primeiras fases do projeto:Para os conflitos devido às prioridades deve-se:

prover as áreas de apoio de informações efetivas de retro-alimen- tação sobre os planos e sobre as necessidades de revisão do proje to;

Quando a fonte de conflitos é a programação, reco- menda-se realizar programas separados, em cooperação com os gru pos funcionais;

Se a origem dos conflitos são os procedimentos ad­ministrativos, deve-se concentrar a planificação numa divulgação adequada.

Durante as fases principais do projeto:Sendo a fonte de conflitos a programação, sugere-

se realizar um adequado controle no desenvolvimento do projeto, comunicando os resultados às partes implicadas, prognosticar os problemas e considerar as alternativas de solução dos referidos problemas e identificar os focos dos problemas potenciais, reali­zando uma exaustiva investigação;

Se os recursos são a fonte dos conflitos, recomen da-se realizar, a tempo, as comunicações sobre os requisitos e prognósticos dos recursos necessários na execução do projeto, es­tabelecer os requerimentos de recursos e suas prioridades com os grupos administrativos funcionais;

No caso em que os aspectos técnicos gerarem confli. tos, deve-se dar soluções imediatas aos problemas técnicos, cen­tralizar a comunicação sobre os programas e previsões econômicas nos grupos técnicos, estabelecer provas técnicas adequadas e rea- lizá-las a tempo, criar viabilidades para que os acordos sobre as decisões técnicas finais sejam realizadas a tempo.

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Durante as fases finais e atividades imprevistas noprojeto;

Se a programação provocar conflitos, recomenda-se realizar um controle efetivo da programação e das fases do proje­to, considerar a relocação dos recursos existentes nas áreas crí ticas do projeto, tomando em consideração os programas de gastos não medidos, dar imediata solução à divulgação técnica que pode causar impacto na programação;

Havendo conflitos pessoais e ou recursos, sugere- se desenvolver planos para a relocação de recursos até o término do projeto, manter relações harmoniosas de trabalho entre a equi­pe do projeto e os grupos de apoio, tratar de aliviar as tensões que forem geradas.

As diferentes fontes e formas de manejar os confli tos, apresentam-se e são aplicáveis com maior ou menor intensida­de, dependendo da situação e necessidade de aplicá-los no desen volvimento do projeto. De todas as maneiras, o administrador do projeto será a pessoa mais idônea para julgar e determinar a me­lhor forma de enfrentar um conflito.

2 . 6 . C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s .

A seguir serão expostas algumas recomendações ge­rais, e dar-se-â algumas conclusões sobre os aspectos tratados no presente capítulo.

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2 . 6 . 1 . R e c o m e n d a ç õ e s .

Ê preciso selecionar com cuidado o administrador do projeto. Sua habilidade para organizar e dirigir será sem dúvi da a maior garantia para que consiga êxito na administração de um projeto;

Não ê boa prática organizar comitês ou organiza­ções informais para a administração de projetos. A experiência de muitos anos diz que para este tipo de operação ê indispensá­vel um líder;

Ê recomendável o uso de organogramas escritos, do mesmo modo que devem ficar determinadas as funções e responsabil_i dades de todos os participantes na execução do projeto. Por não ser tomada em conta esta recomendação, ê possível que o trabalho termine antes de estar perfeitamente organizado, com a conseqüen­te perda de eficiência em sua execução;

Considerar os pontos adequados de ação responsável, de controle, e dos relatórios. Pessoal preparado e dedicado pro­duz projetos superiores.

2 . 6 . 2 . C o n c l u s õ e s .

A administração, o administrador e o projeto são únicos. Dificilmente poderão ser repetidos com a obtenção de iguais resultados.

Pelo fato de existir impossibilidade de diferen­ciar e estabelecer com precisão as responsabilidades dos adminis tradores nos projetos, haverá necessidade de estabelecer compro­missos entre eles;

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Sendo o administrador do projeto quem dirige, con­trola, coordena e integra todas as forças e recursos necessários para lograr o cumprimento dos objetivos, é ele, sem dúvida,a pes­soa mais importante na execução dos projetos.

As fontes de conflitos que aparecem com maior in­tensidade, são as relacionadas com a programação, a determinação de prioridades e a utilização de recursos. A maneira de minimizar tais conflitos ê uma adequada planificação do projeto, com aplica ção de ações corretivas por antecipação;

Existe sempre a possibilidade de solucionar os con flitos através de um chefe hierárquico comum para os dois adminis tradores, o funcional e o do projeto. Esta alterna­tiva é o último recurso.

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C A P Í T U L O I I !

F A S E S DO P R O J E T O

3. 1. I nt r o d u ç ã o

No presente capitulo será estudada com maior deta lhe cada uma das fases em que se dividiu o ciclo de vida do proje to, neste trabalho, isto é: concepção, conformação, análises e avaliação, aprovação, contratação, implementação e avaliação de resultados. Através dos critérios emitidos por diversos estudio­sos, sobre as fases de diversos tipos de projetos, determinam-se as principais atividades que compõem cada uma destas fases, proce dendo-se logo a descrição destas atividades, do ponto de vista ge rencial da empresa.

Na descrição das principais atividades das fases do projeto, serão tomadas em conta as seguintes considerações:

As fases do projeto não são necessariamente seqtien ciais, podendo duas ou mais fases desenvolverem-se paralelamente em determinado projeto; Impossibilidade de determinar com exatidão a sepa­ração das fases,existindo a possibilidade de ati vidades sobrepostas, em duas ou mais fases;

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Os recursos utilizados nas diferentes fases não são necessariamente os mesmos;Os projetos são realizáveis, respeitando-se as res trições e as limitações dentro dos riscos espera­dos .

3. 2. C o n c e p ç ã o .

O alcance e delimitação da fase da concepção do projeto, não depende somente do tipo de projeto e dos recursos existentes dentro e fora da organização, mas também depende do critério administrativo do projeto. A título de informação serão expostos alguns critérios emitidos por estudiosos de projetos, so bre o que compreenderia a fase da concepção, em diferentes tipos de projetos:

Nilson Holanda [13], considera a concepção do pro­jeto em duas etapas fundamentais, que denomina de estudos prelim^ nares e de ante-projeto;

Barrie e Paulson [14], conceitua a concepção do projeto como uma fase que se inicia com o conhecimento da necessj. dade, para em seguida serem realizadas análises conceituais de es tudos de viabilidade técnica e econômica, chegando-se, em linhas gerais, ao tamanho, ao custo e ao cronograma preliminar do proje to;

Melvin Silverman [9], considera a concepção do pro jeto como uma fase em que, de maneira geral, devem ser preparados os seguintes trabalhos: planos, especificações, requisitos e uma planificação preliminar;

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Para Ary Marques Jones [5], a concepção do projeto ê íoma fase em que se realizam estudos de viabilidade técnica, eco nômica e financeira.

Dos critérios emitidos pelos mencionados autores, sobre a fase de concepção do projeto, pode-se deduzir que não existe uniformidade de critérios, e que as atividades a serem de­senvolvidas na fase da concepção, dependem do tipo de projeto e do critério do autor. Conseqüentemente, pode-se estabelecer que as principais atividades que devem ser desenvolvidas na fase da concepção do projeto, de que trata este trabalho, são as seguin­tes;

Estabelecimento dos objetivos do projeto;Conhecimento do projeto;Viabilidade do projeto;Planificação preliminar do projeto.A profundidade com que se desenvolvem estas ativi­

dades, depende fundamentalmente das exigências do projeto e dos recursos existentes na organização.

3 . 2 . 1 . E s t a b e l e c i m e n t o d o s o b j e t i v o s do p r o j e t o .

Para o estabelecimento dos objetivos do projeto, não deve ser considerada somente a satisfação da necessidade, mas também devem ser considerados os seguintes aspectos:

A politica da organização;Os objetivos da organização;Os benefícios colaterais.

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3 . 2 . 2 . C o n h e c i m e n t o do p r o j e t o .

Um estudo de conhecimento do projeto pode ser con­siderado como um pré-estudo de viabilidade. Tomando-se em conside ração que os custos e a utilização de recursos num pré-estudo são geralmente menores que os necessários a um estudo de viabilidade propriamente dito e que os resultados obtidos com um pré-estudo podem significar economia de custos e utilização de recursos, num estudo de conhecimento do projeto devem ser considerados princi­palmente os seguintes aspectos:

Estudo de processos, sistemas e demais fatores e limitações, que direta ou indiretamente afetam o projeto;Determinar se é justificável um estudo detalhado; Visualizar os campos que devem receber especial atenção no estudo detalhado;Realizar uma estimativa de custos do estudo deta­lhado.Na maioria dos casos, a informação que se obtêm pa

ra este tipo de estudos ê informal, e as fontes de informações são todas aquelas, que de uma DU de outra forma vão influenciar no projeto. A maneira de obter estas informações é através de: entre vistas, literatura especializada e contatos com empresas e ou as­sociações técnicas.

Este tipo de estudo pode ser suspenso quando ficar determinado e demonstrado que o projeto não é viável.

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3 . 2 . 3 . V i a b i l i d a d e d o p r o j e t o .

Uma vez determinada a necessidade de realizar-se um estudo mais detalhado de viabilidade, pode-se proceder ao estu do de viabilidade propriamente dito, que, na maior parte dos ca­sos, compreende a realização dos seguintes trabalhos:

Estudo de mercado;Estudo técnico;Análise econômico-financeira;Análise de beneficio social,

a) Estudo de mercado.No estudo de mercado, devem ser postos em relevo

todos os parâmetros e informações necessárias sobre os produtos e ou serviços, com o fim de realizar a avaliação do mercado.

Clifton e Fyffe [15],apresentam um procedimento ge ral, através de ura fluxograma, para o estudo de mercado para pro­jetos de fabricação de novos produtos. Este fluxograma, represen­tado na Fig 4, pode ser adaptado ao estudo de mercado para os pro jetos objeto do presente trabalho.

0 fluxograma da Fig.4, poderá ser adaptado toman­do-se em consideração os seguintes aspectos:

No estudo de mercado, não se deve considerar somen te a problemática da oferta e da procura, senão também deverão ser considerados os aspectos relacionados com a comercialização e suas projeções;

As diferentes atividades do fliixograma deverão ser adaptadas às necessidades do projeto específico, considerando a possibilidade de eliminar ou modificar atividades que tenham im­portância no estudo.

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32

D e f i n i ç i o d o s o b j e t i v o s do e s t u d o

4

C o n d u z i r a u m a s i t u a ç ã o de e s t u d ode me r c a d o

£ u m e s t u d o a d i c i o n a l n e c e s s á r i o ?

Os d a d o s o b t i d o s d u r a n t e

a i n v e s t i g a ç i o i n f o r m a l

s ã o s u f i c i e n t e s ?

P l a n o de e s t u d o n o r m a l de m e r c a d o

1D e t e r m i n a r as f o n t e s d o s d a ­

d o s ' s e c u n d á r i o s e c o l e c i o n a r

0 5 d a d o s ú t e i s .I

________ 3_________P r e p a r a r f o r m a t o s p a r a e s t u

d o s e p r o v a s de c a m p o ~

....D e s e n h a r m o s t r a s e c o l e t a r

d a d o s p r i m á r i o s

T e r m i n a d o

A i n f o r m a ç ã o s e c u n d á r i a é s u f i c i e n t e ?

n ■— __11 a u ^

D e t e r m i n a r m é t o d o s e f e t i v o s

p a r a c o l e t a r d a d o s

P r o c e s s a r e a n a l i s a r os d a d o s p r i m á r i o s e s e c u n d á r i o s .

Te rm i n a d o

C a r a c t e r í s t i c a s d o p r e

s e n t e m e r c a d oS e l e c i o n a r t é c n i c a s de

p r o g n ó s t i c o s de m e r c a ­do IP r o g n ó s t i c o s de d e m a n ­

da f u t u r a no m e r c a d o

De s e n v o 1 ve r o p l a n o dev e n d a s e p r e p a r a r o re1 a to r i o

0 es t u d o de m e r ca do éf a v o r á v e l ?

D e s e n v o l v e r o e s t u d o

t é c n i c o

F i g u r a h. - E s t u d o de m e r c a d o ( f l u x o g r a m a ) [15].

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Uma vez concluído o estudo de mercado, pode-se pa^ sar ao desenvolvimento do estudo técnico,b) Estudo técnico.

É importante realizar o estudo técnico em todos os projetos, jâ que dessa maneira há oportunidade de encontrar alter nativas técnicas de solução, e é a base para a estimativa de cus­tos e de gastos de fabricação ou construção, de início da opera ção, e das inversões fixas.

Para a realização do estudo técnico é importante a obtenção das informações preliminares sobre:

Produtos e ou serviços como: processos, especifica ções, quantidades e qualidades, e serviços auxiliares requeridos;

O mercado como; prognósticos de demanda, comercia­lização e distribuição e serviços requeridos;

Materiais e equipamentos como: especificações exis tentes, localização das fontes, tempos ou prazos de entregas e transportes;

Outras informações, próprias do projeto específico, tais como: capital, mão de obra, etc.

Clifton e Fyffe [16], apresentam uma guia, em for­ma de fluxograma, para o estudo técnico de projetos para fabrica ção de produtos. 0 referido fluxograma está representado no pre­sente trabalho pela Fig. 5, a qual deverá ser adaptada conforme as condições e requisitos dos projetos específicos.

Para a adaptação do fluxograma da Fig. 5, deve-se tomar em conta as seguintes considerações:

Antes do emprego do fluxograma para o estudo técni CO, devem ser determinadas soluções técnicas alternativas para o projeto específico;

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E x i s t e m u m a o u m a i s a l t e r n a t i v a s

t é c n i c a s v i á v e i s p a r a o p r o j e t o ?

T e r m i n a d o y'S ã o o s e f e i t o s l a t e r i a i s d e c a d ;

a l t e r n a t i v a c o a d u n a n t e s c o m a s

p o l í t i c a s , m e t a s e r e s t r i ç õ e s ,

tanto na companhia, como na ci o na i s 7

---- -— — ----- 1 s 1 m

T e r m i n a r c o m c a d a u m a

d e s t a s a l t e r n a t i v a s

. . s i m

0 c u s t o e s t i m a d o d e a l g u m a a l ­

t e r n a t i v a ê t a l , q u e e l a d e v e r i i

s e r e x c l u í d a 7------- ---------- i n A nT e r m i n a r c o m c a d a u m a

d e s t a s a l t e r n a t i v a sC o n d u z i r e s t u d o s r e a 1 i z a r

a s p r o v a s , p a r a a s s e g u r a r a v i £

b i 1 i d a d e t é c n i c a ... l. 'são s a t i s f a t ó r i a s a s s e g u i n t e s

e s t i m a t i v a s j

I n v e r s õ e s f i x a s

C u s t o s e g a s t o s d e i m pl e me n t a­

ç ã o

C u s t o s d e o p e r a ç i o i n i c i a l

D e s e n v o l v e r u m a a n á l i s e

t é c n i c a d e t a l h a d a p a r a

: a d a a l t e r n a t i v a t e c n o l o -

I i c a m e n te v i á v e l

I

D e s e n v o l v e r a a n á l i s e e c o n ô m i - c o - f i n a n c e i ra

- s t i m a r o s r e q u e r i m e n t o s

ie i n v e n tá r i o

----------T ~ .....O e t e r m i n a r u m c r o n o g r a m a de

I m p l e m e n t a ç ã oTD e t a l h a r o s p r o c e s s o s de fa-

b r i c a ç ã o o u c o n s t r u ç ã o ________IS e l e c i o n a r e q u i p a m e n t o s , m a ­

t e r i a i s e ■ f e r r a m e n t a s

S e l e c i o n a r m é t o d o s de m a n e j o

d e e q u i p a m e n t o s , d e f e r r a m e n ­

t a s e m a t e r I a i s

:i — E s t i m a r o t r a b a l h o d e f a b r i c a ­

ç ã o e c o n s t r u ç ã o n e c e s s á r i a s 25P l a n o d a o r g a n i z a ç ã o d e f £

b r i c a ç ã o e c o n s t r u ç ã o

E s t i m a r o e s p a ç o r e q u e r i d o p a -

ra a f a b r i c a ç ã o e c o n s t r u ç i o

E s t i m a r o e s p a ç o r e q u e r i d o

p a r a e s c r i t ó r i o s e s e r v i ç o s

R e a l i z a r u m " L a y o u t " p r e l i m i n a r

d a s f a c i l i d a d e s f í s i c a s

XD e t e r m i n a r a s n e c e s s i d a d e s d a s

c o n s t r u ç õ e s

S e l e c i o n a r a l o c a 1 i z a ç â o g e r a 1

A s c o n s t r u ç o e s d e v e r ã o s e r e x £

c u t a d a s ?

D e s e n v o l v e r u m p l a n o d e I m p l e m e n

t a ç i o ,c o n t e n d o e s t i m a t i v a s d e : ~

I n v e r s õ e s f i x a s

C u s t o s e g a s t o s d e f a b r i c a ç ã o e

c o n s t r u ç ã o

C u s t o s d e o p e r a ç ã o i n i c i a l

D e s e n v o l v e r u m a a n á l i s e e c o n ô m i c o - fI n a n c e i r a

F i g u r a 5. - E s t u d o t é c n i c o ( F l u x o g r a m a ) [ 1^ I

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As diferentes atividades do fluxograma deverão ser adaptadas às necessidades do projeto especifico, considerando-se a possibilidade de eliminar ou mudar atividades que se considerem importantes no estudo.

Uma vez concluído o estudo técnico, pode-se passar ao desenvolvimento da análise econômico-financeira.c) Análise econômico-financeira:

Em termos gerais pode-se dizer que uma análise eco mômico-financeira envolve dois aspectos básicos:

0 retorno dos investimentos, que representa o as­pecto estritamente econômico do projeto;

A captação e canalização dos recursos monetários para os fins específicos desejados, o que representa seu aspecto financeiro.

Devem ser indicadas as fontes dos recursos finan­ceiros necessários ã execução do projeto, e devem ser descritos os mecanismos através dos quais esses recursos serão canalizados para seu uso específico no projeto. Deverá ser demonstrado que as fontes indicadas são realmente acessíveis e que os mecanismos pro postos têm relação com a realidade.

Clifton e Fyffe [17], apresentam um fluxograma que se pode adaptar para realizar uma análise econômico-financeira dos projetos. A adaptação do fluxograma de Clifton e Fyffe está repre sentada na Fig. 6, na qual, para sua aplicação, deve-se conside­rar o seguinte:

As diferentes atividades do fluxograma ‘ deverão adaptar-se às necessidades do projeto específico, considerando-se a possibilidade de eliminar ou mudar as atividades que sejam con­sideradas importantes na análise;

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Como sensibilidade se considerara a variação sofri da nos resultados esperados no projeto, por efeito de mudanças ou variações de certos elementos críticos do projeto;

A análise de risco será estabelecida dentro dos li­mites toleráveis para a execução do projeto,d) Análise de benefício social:

Neste tipo de análise estão enquadrados principal mente os projetos de governo e de outras instituições,nos quais se espera caminhem paralelos tanto o benefício econômico como o benefício social. Os critérios de apreciação poderão estar baseados, por exemplo, nos objetivos seguintes:

Mínimo consumo de combustível por trabalhador;Uso mínimo de recursos estrangeiros;Máximo uso de mão de obra;Mínimo uso de capital.A análise de benefício social nos projetos pode ser

examinada através de guias de inversões e mediante a análise de custo-benefício.

Guias de inversões, não são outra coisa senão as prioridades de execução estabelecidas pelos governos ou institui­ções, para o cumprimento de seus objetivos. Estas prioridades po derão ser selecionadas, por exemplo, com base nos seguintes aspec tos:

Promoção de projetos de trabalho intenso;Descentralização industrial;Desenvolvimento de pequenas e médias indústrias;Promoção de indústrias para a exportação.

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F i g u r a 6. - A n á l i s e e c o n ô m i c o ~ f i n a n c e i r a [17]

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Na análise custo-benefício poderá ser encontrada uma relação concordante entre o custo-beneficio alcançado e os ob jetivos governamentais ou institucionais. Numa análise de custo- benefício deverão ser incluídos pelo menos os elementos seguintes:

Definição do projeto;Distribuição dos custos e dos benefícios na socie­dade onde esta é definida como Nação, Região ou Grupo específico;Valor liquido atual das soluções alternativas; Exposições suplementares correspondentes aos incer tos intangíveis e devidas aos efeitos de distribu_i ção associados ao projeto.

3.2.Í». P l a n i f i c a ç i o p r e l i m i n a r d o p r o j e t o .

0 plano do projeto está constituído fundamentalmen te de vma apresentação sistemática das atividades que devem ser realizadas. As ferramentas de planificação comumente mais utiliza das são as técnicas de redes [18], como CPM-PERT.

CPM (Criticai Path Method), PERT (Program Evalua- tion Review Technique) , PERT-Tempo e PERT-Custo, são as ferramen tas mais conhecidas e mais aplicadas na planificação e no contro­le dos projetos.

Numa planificação preliminar do projeto, deve-se considerar, principalmente, o método de planificação que vai ser empregado e o conteúdo do plano.

Para se obter uma planificação preliminar efetiva do projeto, recomenda-se a utilização do seguinte método:

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Verificar em primeiro lugar a confiabilidade das informações;Avaliar os possíveis efeitos que sofreria o proje­to devido a imprecisão das informações, tais como: variações nos custos, variações nos programas e na qualidade técnica esperada;Revisões periódicas do plano.0 plano do projeto é um documento q’ue deve ser pu­

blicado e conhecido, por isto é importante que seja normalizado e que seu conteúdo esteja conforme, principalmente, com os seguin­tes elementos:

Descrição detalhada de todos os objetivos de proje to;Descrição dos métodos e procedimentos que serão utilizados para alcançar os objetivos;Requisitos, inter-fases e cronogramas;Organização administrativa;Resumos dos recursos críticos;Os benefícios econômicos e sociais esperados;Os custos esperados;Planos e especificações;Todas aquelas informações que o projeto específico requeira.

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í j O

3 .3 . C o n f o r m a ç i o

Da literatura consultada sobre os diferentes tópi­cos e tipos de projetos, pode-se verificar que existem diferentes interpretações e denominações que os vários autores dão ã confor­mação do projeto. Com fins ilustrativos, seguem expostos alguns dos referidos critérios:

Barrie e Paulson [14], considera a conformação do projeto em duas etapas; uma primeira etapa, de elaboração de pla­nos e especificações básicas, e-uma segunda etapa, de complementa ção destes planos e especificações a nível de detalhe necessário à construção e ã montagem;

Para Benjamin Ostrofsky [19], conformação do proje to é a fase com a base no que ele denomina "atividades detalhe", através da qual ele recomenda o preparo dos seguintes documentos: planos e especificações, planificaçao da organização, construção e operação, planificação da manutenção, aspectos relacionados com pessoal e logística;

Blanchard e Fabrycky [20],consideram a conformação do projeto como a fase de preparo dos planos e especificações preli­minares e de detalhes. Através dos documentos preparados, realiza estudos relacionados com a,operação e a manutenção;

Melvin Silverman [21], trata a fase de conformação dos projetos, como aquela em que devem ser preparados todos os planos e especificações necessários ã construção e ã montagem.

Pelo acima exposto, pode-se considerar que numa fa se de conformação do projeto, devem ser tratados, no mínimo,os se guintes aspectos:

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k]

Configuração da organização;Elaboração de planos, especificações e procedimen­tos;Manejo do apoio logístico;Manejo de informações.

3 .3 . 1 . C o n f i g u r a ç ã o da o r g a n i z a ç ã o .

Na configuração da organização são estabelecidos os procedimentos para o controle, dos requisitos técnicos através de documentos. Nesta fase chamada conformação, os documentos que de preferência são utilizados e manejados, são os seguintes; os planos, as expecificações e as folhas de informações.

Para estabelecer os procedimentos para a execução e controle dos planos e especificações, recomenda-se levar em con sideração os seguintes aspectos:

Estabelecimento de ura manual de normas, onde sejam especificados os tamanhos, tipos, a numeração e o conteúdo dos planos e das especificações;

Estabelecimento de normas para as mudanças nos pia nos e especificações;

Estabelecimento de pontos de controle e de aprova­ção;

Estabelecimento de normas para uso de arquivo;Estabelecimento de normas para reprodução de pia

nos e especificações.Para estabelecer os procedimentos para o manejo e

controle das informações, é recomendável levar-se em consideração o seguinte:

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kl

Equivalências das informações;Normalização;Verificação e confiabilidade das informações; Possibilidade de existência de informações formais

e informais.

3 . 3 - 2 , E l a b o r a ç ã o de p l a n o s , e s p e c i f i c a ç õ e s e p r o c e d i m e n t o s .

A elaboração de planos, especificações e procedi­mentos é o desenvolvimento de uma atividade nitidamente técnica, dirigida e coordenada para a obtenção da informação necessária e suficiente para levar o projeto a uma realidade física.

Planos e especificações são documentos dos quais constam os desenhos e a descrição dos sistemas, dos equipamentos e materiais utilizados no projeto.

Os procedimentos são documentos que nos descrevem os cálculos técnicos realizados, a construção e montagem, as pro­vas a serem realizadas, o uso ou operação e a manutenção. Estes documentos são geralmente chamados:

Memórias de cálculo;Normas e procedimentos de construção e montagem; Normas e especificações para provas;Manuais de operação e manutenção,

3 . 3 . 3 . M a n e j o do a p o i o l o g í s t i c o .

O manejo do apoio logístico é uma atividade rela­cionada com o apoio e manutenção dos sistemas que compõem o proje to. Para a planificação e controle logístico do projeto deverão ser considerados principalmente os seguintes aspectos:

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h3

Minimizar o uso de equipamentos, ferramentas ou ma teriais complicados ou especiais;Minimizar a aplicação de procedimentos e métodos sofisticados;Desenvolver listas de reposições e remendacões para sua aquisição, transporte e armazenagem; Realizar estudos de intercâmbio de equipamentos,re posições e materiais;Elaborar instruções, normalizar e especificar o ma nejo da aquisição e o armazenamento de equipamen­tos, ferramentas e materiais.

3 . 3 - ^ - M a n e j o d a s i n f o r m a ç õ e s .

O manejo das informações é uma atividade por meio da qual trata-se de minimizar a documentação no projeto. Para a realização desta atividade é recomendável considerar os aspectos seguintes:

A apresentação deve ser útil e conveniente para o projeto;0 grau de complexidade das informações deve ser compatível com o tamanho e complexidade do projeto; Deve existir compatibilidade entre as informações geradas pelos construtores, e as informações reque ridas pelos usuários e ou proprietários;A quantidade e a qualidade das informações devem ser suficientes e necessárias para a execução, su­pervisão,planejamento e controle do projeto.

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3.^ . A n á l i s e e a v a l i a ç ã o .

A análise e a avaliação dos projetos constitui uma das fases mais discutidas na administração de projetos, pelo fato de que envolve o emprego de conhecimentos altamente qualificados nas disciplinas de: administração, economia, engenharia, e outros campos relacionados com o projeto específico.

Na análise e avaliação de projetos podem ser consi derados os seguintes elementos:

Objetivos. 0 analista deve ter o conhecimento com­pleto das metas e dos resultados que ^ pretende alcançar; Alternativas. São as soluções propostas por meio das quais se pretende alcançar os objetivos; Restrições, São as limitações dos recursos;Modelos e simulações. São procedimentos que permi­tem estimar as conseqüências de cada solução alter nativa;Critérios de avaliação. São regras ou padrões de comparação, utilizados nas soluções alternativas, com o fim de estabelecer uma ordem de prioridade entre as mesmas.Em termos gerais, pode-se considerar que a análise

e a avaliação de projetos devem considerar pelo menos os aspectos técnicos» econômicos e político-sociais.

3 . 4 . 1 . A n á l i s e e a v a l i a ç ã o t é c n i c a .

Na fase de concepção do projeto e mais concretamen te no estudo de viabilidade, têm sido analisadas várias soluções, com o fim de verificar se estavam atendidas âs exigências e espe-

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♦5

cificações principais do projeto. Nesta etapa do projeto, o que se trata de obter é a melhor solução técnica, e para tanto deve­rão ser estabelecidos os critérios de seleção,

Pahl [22], apresenta um procedimento para a análi­se e avaliação de um determinado problema ou projeto de produto, no qual estabelece que a avaliação (valoração) pode ser executada de duas formas: uma, mediante uma comparação relativa entre as so luções alternativas e outra, mediante a comparação com uma solu­ção ideal.

No presente trabalho, apresenta-se uma adaptação do procedimento de Pahl [22], para a análise e avaliação técnica das soluções alternativas nos projetos. A referida adaptação deve rá seguir os seguintes passos:a) Valoração das soluções alternativas.

Para \una objetiva valoração das soluções alterna­tivas, deverão ser atribuídos valores, sejam quantitativos ou qua litativos, às propriedades ou características do projeto; estes valores deverão representar o desvio de propriedades ou caracte­rísticas estabelecidas como padrões.

Para alcançar uma valoração adequada, recomenda-se acompanhar a seguinte seqüência:Montagem de um sistema de critérios. Um sistema recomendado é o do tipo hierárquico, no qual deve-se considerar a independência dos critérios parciais. Na Fig, 7, se representa uma estrutura de um sistema de critérios, na qual aparecem os critérios indivi­duais parciais colocados verticalmente em níveis decrescentes de complexidade, e horizontalmente os diferentes campos de critérios. Determinação dos coeficientes de peso dos critérios. O peso será considerado como um número real positivo, com relação aos demais

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C = cri térios

Figura 7- “ Estrutura de um sistema de critérios [22 ]

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^7

critérios. A apreciação dos coeficientes de peso será efetuada por nivel de complexidade dos critérios, ou seja, os coeficientes de um nivel mais complexo são determinados primeiro, para a se­guir serem determinados os coeficientes dos níveis inferiores se guintes. Na Fig. 8, e com a finalidade de ilustrar, apresenta-se uma estrutura de um sistema de critérios, nos quais os coeficien­tes de peso estão representados por letras arbitrárias. Os pesos podem ser fixados entre os valores compreendidos entre 0 a 1,0 ou entre 0 a 100. Também deve-se considerar que a soma dos coeficien tes dos critérios dos diferentes campos e que representam a menor complexidade nos níveis, seja igual a um.Determinação dos valores dos critérios. Uma vez que os coeficien­tes do peso tenham sido estabelecidos, pode-se proceder a determi. nação dos valores dos critérios. Na valoração dos critérios,deve- se considerar tanto os valores quantitativos, como os valores qua litativos. Na Fig. 9, apresenta-se um modelo para preparar o va­lor dos critérios que podem ser medidos quantitativamente. Nesta figura, na primeira coluna, são colocados os critérios de avalia­ção, com os respectivos coeficientes de peso; na segunda coluna se indica, quando é possível, os parâmetros dos critérios de ava­liação, com suas respectivas unidades; para o lado direito, são colocadas tantas colunas quantas soluções alternativas estão so­bre escrutínio. Considerando-se a soma dos coeficientes de peso igual a um, proceder-se-á à somatória dos produtos corresponden­tes ao peso pelo valor de cada critério, em cada uma das soluções. Estes valores poderão ser comparados, e o maior valor representa a melhor solução.

Na Fig. 10, se representa um quadro de escalonamen to de critérios que s5 podem ser comparados qualitativamente; Uma

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Figura 8. - Determinaçio dos coeficientes de pesos dos critérios [22]

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vez quantificados os critérios mediante aplicação do procedimento anterior, pode-se enoDntrar a melhor solução.b) Identificação dos pontos débeis da solução.

Quando se tem duas ou mais soluções alternativas com valores próximos, pode-se proceder à identificação de pontos débeis das soluções. A construção dos perfis das soluções, propos ta por Pahl [22], facilitará a escolha da melhor solução.c) Análise dos possíveis erros do método de valoração das solu­

ções alternativas.A partir de uma avaliação técnica mais : proiÊunda,

chegando-se a níveis de sistemas e de equipamentos, deve-se consi derar e determinar os possíveis erros de valoração, com o fim de introduzir as devidas correções na valoração das soluções alterna tivas. Os possíveis erros poderão ser classificados em dois gru­pos: os erros dos avaliadores e os erros do próprio método empre gado.

Dentro dos erros dos avaliadores, pode-se conside­rar os provenientes das seguintes origens:

Valoração por satisfação pessoal;Escolha não adequada de critérios;Interdependência dos critérios;Interpolação inadequada dos valores.Quanto aos erros devido ao método, estes se origi

nam principalmente pela dificuldade de estabelecer os valores, ha vendo a necessidade de estimá-los.

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A v a l i a ç ã o q u a l i t a t i v a d o s

cri té r i os

V a l o r d o s c r i t é r i o s

V

I n s a t i s f a t ó r i o 0

R e g u 1 a r 1

B o m 2

M u i t o b o m 3

Ot i m o k

F i g u r a 10. - E s c a l o n a m e n t o de c r i t é r i o s q u a l i t a t i v o s [22]

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3 . ^ . 2 . A n á l i s e e a v a l i a ç i o e c o n ô m i c a .

Realizada a análise e a avaliação técnica das solu ções alternativas, e determinadas as possíveis soluções ou solu­ção tecnicamente recomendável, proceder-se-â a realização da anâ lise e avaliação econômica das soluções escolhidas. A ferramenta geralmente utilizada na análise e avaliação econômica é a análise do custo-benefício.

Na análise do custo-beneficio, podem se apresentar três possibilidades:

Ter custos similares nas soluções alternativas, e neste caso a melhor solução será aquela que apre­senta maiores benefícios;Ter benefícios similares nas soluções alternativas, e neste caso a melhor solução será aquela que apre senta o menor custo;Se as soluções alternativas diferem tanto no custo como nos benefícios, então se utilizará como base de comparação a alternativa dominante, isto é, a solução que apresente maiores,benefícios.

3 . ^ . 3 - A v a l i a ç i o p o l í t i c o - s o c i a l .

As considerações do tipo político-social podem de sempenhar um papel preponderante na decisão de seleção da melhor solução alternativa, em especial, naqueles projetos governamen­tais de prestação de serviços, nos quais os benefícios não podem ser traduzidos em termos monetários, senão em termos de cumprimen to de objetivos.

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Em muitas ocasiões, por razões nitidamente polit^ cas, decide-se selecionar xima solução alternativa como a melhor; neste caso, é recomendável apresentar a melhor solução do ponto de vista técnico e econômico, com o fim de conhecer o risco técn^ CO e o custo que implica na seleção da solução que satisfaça so­mente aos requisitos políticos.

Pode-se agrupar em três, os fatores político-so ciais que influenciam na seleção da melhor alternativa:

Fatores relacionados com a estratégia militar; Fatores relacionados com o benefício social; Fatores relacionados com a estratégia política, a curto prazo.

3 .5 . A p r o v a ç ã o .

Uma vez obtida a melhor solução ou melhores solu ções técnicas, econômicas e político-sociais, proceder-se-â a aprovação.Esta aprovação deve ser realizada por autoridade compe­tente e no moraento adequado.

A fase de aprovação implica na satisfação, ao me nos, dos seguintes aspectos;

Preparo da informação adequada à aprovação;Tomada de decisão.

3 .5 . 1 . I n f o r m a ç ã o a d e q u a d a .

A informação necessária para a provação deverá es­tar constituída principalmente pelos seguintes elementos:

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Descrição completa e concisa do projeto. Os respon sáveis deverão declarar exatamente o que querem; Justificativa da inversão. 0 projeto não pode ser realizado pelo simples fato de ser uma boa idêia; Métodos e procedimentos. Descrição técnica de como vai ser executado o projeto.Informação necessária ao planejamento financeiro. Os fundos devem estar disponíveis quando serão re­queridos;Prover guias básicas para o controle técnico e eco nômico na execução do projeto.

3 .5 .2 . T o m a d a de d e c i s ã o .

Uma vez obtida a informação adequada, a aprovação passa a ser um problema de decisão. Os elementos principais que podem ser levados em consideração numa tomada de decisão, são os seguintes:

As soluções alternativas;Os custos e os benefícios;As dificuldades e facilidades de execução.Na maioria dos casos, para tomar uma decisão, bus­

cam-se as evidências mais relevantes. Nem sempre estas evidências são suficientes para tomar-se melhor decisão, e por isso é reco- mendãvel uma análise e conhecimento melhor sobre a tomada de deci. sões.

Morris Asimov [23], expõe algumas características principais da tomada de decisões, e apresenta um procedimento pa­ra as ditas decisões.

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As principais características são:Toda decisão deve ser considerada formal e defini­

tiva;Uma decisão se fundamenta, principalmente, na com

paração das vantagens e dificuldades associadas com cada uma das soluções alternativas;

A decisão deve ser tomada sobre limites reais e razoãveis;

A decisão depende de níveis de confiança que insp_i ra cada uma das soluções alternativas, e este nível de confiança deverá estar baseado nas provas. As provas estarão sustentadas pe la análise, pela experimentação, pelas simulações, pelas consul­tas, pelos documentos e pela exploração da experiência dos outros;

As decisões são postas em evidência, principalmen­te, ao serem finalizadas as fases do projeto;

As decisões levam em consideração a severidade da sanção resultante do fracasso;

E recomendável que as decisões sejam tomadas por pessoas autorizadas, isto é, por pessoas que estejam a nível de poder assumir a responsabilidade em caso de ocorrer fracasso por efeito da ação tomada.

Um procedimento a seguir, para a tomada de decisão, ê o seguinte [23]:

Identificar completamente o problema;Acxamular, organizar e avaliar os fatos;Realizar consultas e comprovações;Buscar alternativas com aproximações necessárias;Analisar todas as possíveis soluções alternativas;Tomar a decisão e implementá-la.

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3.6 . C o n t r a t a ç i o .

A fase de contratação implica no desenvolvimento de várias atividades que podem ser executadas seja em forma para­lela ou seqüencial, com as outras fases do projeto. Estas ativida des são principalmente as seguintes:

Definição da contratação no projeto;Especificações da concorrência;Avaliação das propostas;Negociação.

3 .6 . 1 . D e f i n i ç ã o da c o n t r a t a ç ã o n o p r o j e t o .

A definição da contratação no projeto, é uma ativi dade da fase de contratação, na qual se estabelecem os seguintes principais aspectos:

0 alcance e justificativa da contratação no proje­to;Descrição da administração do contrato.

3 .6 .2 . E s p e c i f i c a ç õ e s da c o n c o r r ê n c i a .

As especificações da concorrência, são documentos que contém a informação necessária e suficiente para o preparo das propostas por parte dos concorrentes (ver anexo A), e dos pro cedimentos para o desenvolvimento da concorrência.

Os principais elementos que compõem as especifica­ções da concorrência, são os seguintes:a) Carta de apresentação. Neste documento se faz uma descrição do projeto, dos itens que vão ser contratados, do tipo de contrato

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(ver anexo B) e de toda e qualquer outra informação específica de interesse;b) Especificações propriamente ditas. São documentos que contém os requisitos técnicos do projeto, Estes requisitos são os seguin tes;

Requisitos físicos. São dociamentos que descrevem o aspecto físico do projeto, dando a informação sufi ciente e necessária para sua conformação e imple­mentação;Requisitos de desempenho. São dociamentos que esta belecem o funcionamento de sistemas e equipamentos;

c) Programação do contrato. Nestes documentos serão indicadas as linhas a serem providas, as datas de entrega, as cláusulas contra tuais, incentivos e ou multas, e qualquer outro termo contratual aplicável às propostas que se requerem. Uma boa prática para o preparo destes documentos é responder ãs seguintes perguntas:

0 que se requer ?Quando se requer ?Terá a companhia, a contratar, os recursos necessá rios para cumprir com o que se requer e no tempo hábil esperado ?Que condições contratuais podem ocasionar demandas especiais ou problemas, à companhia contratante ? Que obrigações contratuais devem assumir, tanto os contratantes, como os contratados ?.

d) Decomposição de custos. São documentos nos quais serão indica­dos tanto o detalhe como a profundidade com que os custos deverão estar apresentados nas propostas.

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3 . 6 . 3 . A v a l i a ç ã o d a s p r o p o s t a s .

Os pontos mais importantes que devem ser conside­rados numa atividade de avaliação de propostas, são os seguites:

As propostas deverão ser avaliadas nos mesmos ter mos e áreas citadas nas especificações da concorrência;

Deve existir consistência entre os requisitos cita dos nas especificações da concorrência, e os apresentados pelos concorrentes nas suas propostas;

Na elaboração dos,, relatórios de avaliação das pro­postas deverá ser incluído principalmente o seguinte;

Lugar e data em que se realizou a avaliação;Participantes e condições em que se realizou a avaliação;Critérios de avaliação;Fatores que poderão ser considerados para a adjud_icação do contrato.

3 . 6 . 4 . N e g o c i a ç i o .

A negociação apresenta-se naqueles projetos em que se solicita que as propostas sejam preparadas com várias alterna­tivas. Neste caso, uma vez selecionada a melhor proposta, proce der-se-á a negociação das alternativas, antes da assinatura do contrato.

Uma negociação é uma interação entre duas ou mais partes, com o propósito de colocar em relevo os termos acordados sobre uma matéria especifica. Melvin Silverman [24], considera co mo propósito principal da negociação, o conhecimento do trabalho a realizar, e como propósito secundário, considera a eliminação

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de erros, e o estabelecimento de acordos entre as partes.0 mecanismo de negociação, comumente, se desenvol­

ve em objeções sobre as alternativas propostas por parte do con tratante, e destaque dos benefícios das alternativas por parte do proponente; como resultado deverá ser obtida uma seleção da alter nativa, dentro dos termos mais favoráveis para as partes. As prin cipais variáveis de negociação, são as seguintes:

Os preços e a forma de pagamento;As especificações técnicas;Os programas de entrega.Victor G. Hajek [25], nos apresenta alguns aspec­

tos que devem ser considerados num processo de negociação, e que são os seguintes:

Estabelecer os objetivos da negociação;Definir o tipo de negociação que vai ser concreti­zada;Estabelecer os parâmetros de negociação;Analisar a posição dos proponentes;Conhecimento do projeto;Conhecimento das figuras de custos;Negociação de cláusulas específicas;Estudar as possibilidades de divisão do projeto em vários contratos;Negociação de cláusulas de incentivos e multas, e igualmente do preço máximo do contrato; Estabelecimento de táticas de negociação;Estudo das qualidades dos paticipantes na negocia­ção.

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É usual que tanto o contratante como os proponen - tes, formem uma equipe de técnicos especialistas nas áreas chaves, com o fim de participarem na negociação; tais equipes deverãoatuar como uma s 5 pessoa, tendo um controle completo sobre o que diz e sobre o que apresenta. Não deve assumir nenhuma obrigação, sem contar com o adequado respaldo contratual.

3 .7 . I m p 1e m e n t a ç ã o .

A implementação é-a fase por meio da qual o proje­to é conduzido a uma realidade física. As principais atividades que devem ser realizadas na fase de implementação, são as seguin­tes:

Construção e montagem;Recepção.

3 .7 . 1 . C o n s t r u ç ã o e m o n t a g e m .

Na etapa de construção e montagem, deve-se conside rar pelo menos os seguintes aspectos:

a) Organização.A organização, que constitui um dos aspectos mais

importantes para alcançar o êxito de construção no projeto, depen de fundamentalmente dos recursos existentes. Existe uma grande variedade de organizações e derivações destas, empregadas para á construção e montagem de projetos. No presente trabalho, e para fins de ilustração, serão expostos dois dos casos mais freqüente mente utilizados, e que são:

a.l.) Mediante a criação de uma unidade dentro da organização existente.

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0 tipo de arranjo organizacional requerido para a construção e montagem do projeto, depende tanto da natureza do projeto como da máquina administrativa existente na organização. Qualquer modo de organização deste tipo, criará resistência ou falta de cooperação por parte da linha funcional, e por isto ê im portante que na determinação da nova organização, sejam tomados em conta os aspectos relacionados com o manejo dos conflitos. As principais variantes organizacionais utilizadas, são as seguintes;

Organização através da coordenação de projeto;Organização através de chefia de projeto.a.2.) Através da própria organização, sem a cria­

ção de uma unidade especial.As ordens dentro dos diferentes departamentos que

constituem as companhias de construções, podem ter diferentes ca­minhos, dependentes da organização de cada companhia. Mas as fun ções dos diferentes executivos, são similares em todas as compa­nhias .

W.J. Stillman [26], apresenta um organograma de uso muito comum nas companhias de construções, que está represen­tado pela Fig. 11, e no qual pode-se notar a existência de dois escritórios: um denominado principal e outro denominado de campo.

Como se pode observar na Fig. 11, na organização do escritório principal, todo o pessoal executivo está sujeito â gerência e está agrupado em departamentos como: departamento de avaliação, de vendas, legal e pessoal. A gerência do projeto apa­rece em duas partes, como parte do escritório principal e como parte do escritório de campo. Esta dualidade de posição tem o ob­jetivo de mostrar que dita atribuição pode-se mover do escritório central ao do campo, dependendo das necessidades e principalmente

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da dimensão do projeto.0 escritório de campo, sendo o responsável direto

pela construção e montagem, estará também organizado sob a depen­dência de um chefe responsável total da construção e da montagem. Na Fig. 11, o referido chefe é chamado superintendente, o qual es tá sob a direção do gerente. 0 superintendente terá a responsabi lidade direta sobre os empregados de campo, e de que a construção e montagem se realizem conforme os documentos contratuais e os có digos aplicáveis.

b) Planificação.A planificação das atividades depende principalmen

te da organização existente. E importante considerar algumas das atividades que devem ser desenvolvidas em cada um dos casos orga­nizacionais considerados anteriormente, e assim tem-se:

b.l.) Planificação quando se tem uma nova organiza ção.

Geralmente a criação de uma unidade dentro da orga nização tem, fundamentalmente, o objetivo de administrar o contra to de construção e montagem, em cujo caso, as principais ativida­des são as seguintes:

Constituir a organização;Seleção e designação de um coordenador ou chefe do projeto;Planificação da administração da nova organização; Planificação do controle da construção e montagem; Desenvolver procedimentos operacionais;Incentivar e incluir o novo pessoal, na nova orga­nização;Planificação para contingências e transição final.

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Ge rên c i a

D e p a r t a m e n to

de a v a l i a ç ã o

D e p a r t a m e n t o

de v e n d a s

D e p a r t a m e n to

le ga l

D e p a r t a m e n t o

de p e s s o a l

G e r ê n c i a de

p roj e t o

D e p a r t a m e n to

de c o m p r a s

D e p a r t a m e n to

de c a m p o

D e p a r t a m e n to

de

c o n t a b i 1 i d a d e

O r g a n i z a ç i o

de c a m p o

[ E s c r i t õ r i o [Principal I s u b - c o n t r a t o s

— kde}I

p roj e t o s 1

G e r ê n c i a

S u p e r i n t e n d ê n c i a

do p r o j e t o

E n g e n h e i r o de

c a m p o

E n g e n h e i ro

e s p e c i a l i s t a

A s s i s t e n t e de

s u p e r i n t e n d e n t e

S u p e r v i s o r de

s u b c o n t r a t i s ta

S u p e r v i s o r da

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F i g u r a 11. - O r g a n o g r a m a de c o n s t r u ç õ e s [2 6] .

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b.2.) Planificação quando não se cria nova organi­zação.

Neste caso, considera-se que a organização possui tanto os recursos como a estrutura organizacional próprios,para a administração direta da construção e montagem no projeto. As prin cipais atividades a serem consideradas são:

Planificar a construção e montagem [27]; Determinação das funções, dentro da estrutura orgâ nica;Determinação de responsabilidades e autoridade no projeto;Desenvolver procedimentos operacionais,c) Controle.0 controle da construção e montagem no projeto,rea

liza-se principalmente com o concurso de duas atividades, que são: Acompanhamento da construção e montagem, geralmen­te chamado supervisão;Controle de qualidade, geralmente chamado inspeção técnica.Para realizar um bom controle da construção e mon­

tagem nos projetos, é importante que se tenha conhecimento de al guns aspectos relacionados com esta etapa do projeto, e cujos as­pectos principais estão apresentados ,a seguir:c.l.) Trabalhos preliminares. As principais atividades prelimina­res que devem ser desenvolvidas são as seguintes:

Estudo dos contratos existentes;Organização e integração das equipes de controle; Planificação do controle;Elaboração de manuais de funções e coleta de nor-

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mas, especificações e procedimentos, e preparação do manual mestre do projeto (ver anexo "c").

c.2.) Início da construção e montagem. Para o início da constru­ção, são necessários considerar, pelo menos, os seguintes pontos:

Licenças que são as autorizações legais necessá­rias para iniciar a construção e montagem, autorizações estas que devem ser emitidas pelas autoridades competentes;

Seguros que o Estado ou comunidade requerem para a proteção dos trabalhadores, do pessoal de trânsito, vizinhos do lugar onde se realiza a construção e montagem e seguros de prote­ção ã comunidade. W.J. Stillman [28], considera como tipos mais comuns o seguro de vida contra responsabilidade civil e seguro contra danos à propriedade;

Comprovação em campo das referências indicadas nosplanos;

Facilidades provisórias e sua localização. W. J. Stillman [29J, considera que as facilidades necessárias ao início da construção e montagem no projeto, são as seguintes: escritó­rios de trabalho para empregados; provisão de serviços auxiliares; vias provisórias e facilidades de armazenagem; localização e pro­teção de equipamentos de grandes dimensões; previsões climáticas; facilidades para segurança industrial. Neste aspecto deve-se con­siderar tanto a planificação o controle da segurança, como o con trole de acidentes.c.3.) Relações das representações entre contratante e contratada. W.J. Stillman [30], considera que as principais relações que de­vem existir entre os representantes, tanto do contratante como do contratado, são as seguintes:

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Relações de contra-parte, no cumprimento do contra to;Relação de cooperação, para a obtenção de bons re­sultados;Compromissos de respeito e consideração entre eles e seus respectivos subordinados;Não interferência no desenvolvimento dos seus res­pectivos trabalhos, dentro dos limites estabelec_i dos no contrato.

c.4.) Ordens de alterações ao alcance do contrato. Teoricamente, se os planos e as especificações são corretas e se a propriedade não introduz nenhuma mudança, o projeto, em sua fase de constru­ção e montagem, deve ser concluído no tempo e custos previstos, o que na prática ocorre raramente, devido às mudanças surgidas du­rante o desenvolvimento do trabalho. W.J. Stillman [31J, conside ra que as alterações acontecem principalmente, pelas razões que seguem:

Diferenças existentes nas condições de campo; Problemas de comunicação;Mudanças nos requisitos da empresa; Incompatibilidade de certos materiais e ou equipa­mentos ;Variações nos custos;Variações climáticas significativas e não espera das;Erros e imprevistos.

c.5.) Relatórios. Durante a fase da construção e montagem no pro­jeto, ê importante levar em forma oficial certa informação; exis tem pelo menos dois tipos de documentos que cumprem com estas fun

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ções, e são os seguintes:Livro de obra. Toda companhia dedicada à constru­

ção, tem formatos estabelecidos para o livro de obra, no qual são anotados todos os fatos importantes do dia a dia. Entretanto, as informações mais comuns registradas no livro de obra são:

Nome e localização do projeto;Número e referência do contrato;Data e condições do tempo;Classificação das tarefas;Recursos utilizados;Distribuição dos recursos;Dados principais, parciais e totais;Observações gerais;Assinaturas dos responsáveis.Diário. 0 diário é um documento complementar do 1^

vro de obra, utilizado comumente pelo superintendente, e que ser­ve para anotar aqueles fatos que não tenham sido normalizados e que são de interesse no desenvolvimento da construção e montagem,c.6.) Relações de trabalho. É dificil encontrar projetos que du­rante a construção e montagem não tenham que enfrentar e resolver problemas de relações de trabalho. Eliminar os problemas de rela­ção de trabalho é impossível, mas pode-se estabelecer certas re gras para o manejo desse tipo de problemas, na construção e monta gem. H.J. Stillman [32], relaciona como os principais pontos que devem ser considerados niama negociação de trabalho, os seguintes:

Conhecimento dos diferentes tipos de organizações de trabalho que existem no meio;Estabelecer os parâmetros de negociação; Conhecimento dos delegados dos trabalhadores;

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Conhecimento das aspirações dos trabalhadores;Conhecimento de lugares e procedimentos de soluçãode desacordos.

3 .7 .2 . R e c e p ç i o .

Normalmente a recepção da construção e montagem é realizada em duas etapas, as quais são apresentadas a seguir:a) Recepção provisória.

Para realizar a recepção provisória, algumas com­provações deverão ser realizadas por parte da propriedade ou re^ ponsáveis pelo projeto. As principais comprovações que devem se realizar, são:

Comprovação da construção e montagem. Esta compro­vação se realiza mediante a inspeção final, a qual é feita em ge ral, acompanhando uma inspeção física das instalações;inspeção de certificados de qualidade e inspeção de manuais de operação e ma­nutenção .

Comprovação com documentos contratuais. A constru ção e montagem deve satisfazer a todos os dociamentos contratuais, entre os quais, o contrato e seus anexos, seguros e garantias e inventário contábil.

Comprovação da operação. Esta ê uma atividade ge­ralmente chamada início da operação ("Start-up"), na qual deverão ser considerados, principalmente, o ajuste pré-operacional dos equipamentos e instalações, e provas de desempenho.

Uma vez realizadas satisfatoriamente as comprova­ções anteriormente mencionadas, procede-se a recepção provisória, mediante um documento que em geral se denomina "ata de recepção

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provisoria".b) Recepção definitiva.

Uma vez que haja transcorrido loin tempo hábil e ne­cessário para a boa operação dos equipamentos e sistemas, proceder- se-á à recepção definitiva da construção e montagem. O tempo de operação necessário prévio à recepção definitiva, está estabeleci do pelos dois seguintes critérios:

Obrigação contratual. Este critério é aplicável àqueles projetos em que se contratou a construção e a montagem e se estabeleceu como compromisso contratual o tempo e as condições em que transcorrerá a operação, desde a recepção provisória até a recepção definitiva;

Requisitos de equipamentos e sistemas. Nos proje­tos onde não existe obrigação contratual, o tempo de operação pré via ã operação definitiva, estará determinado pelas recomendações dos fabricantes dos equipamentos e os construtores e montadores dos sistemas.

Uma vez transcorrido o tempo estabelecido entre a recepção provisória e definitiva, e realizadas todas as provas e reparos necessários no tempo anteriormente mencionado, proceder- se-â ã recepção definitiva da obra. Esta recepção normalmente se realiza mediante um documento denominado "ata de recepção defini^ tiva".

3 .8 . A v a l i a ç ã o de r e s u l t a d o s .

A fase de avaliação de resultados, tem como objeti vo fundamental o de contribuir com a experiência para a adminis­tração de projetos. Pode-se dizer, por exemplo, que em alguns pa^

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ses desenvolvidos, realizam-se investigações empíricas, chegando- se a determinar padrões de comportamento de diferentes projetos.

Os resultados obtidos devem ser avaliados nos mes­mos termos em que o projeto foi planejado. Uma comparação direta dos resultados obtidos com as metas anteriormente estabelecidas, revelarão deficiências e oportunidades que vão requerer ação cor­retiva.

John W. Hackney [33], considera que os principais elementos sobre os quais deve ser realizada a avaliação de resul­tados de um projeto, são os seguintes:

Condições de trabalho. Realizar-se-â uma análise comparativa entre os dados tabulados ou de expe­riências similares anteriores, e os dados obtidos no projeto implementado;Dados de tempos de engenharia. Efetuar-se-â uma análise comparativa entre os custos do projeto, e o tempo gasto em trabalhos de engenharia;Custos de construção. Os custos de construção e o custo total do projeto são comparados;Duração do projeto. Serão estabelecidas as rela­ções entre o tempo real de duração do projeto,e os tempos de duração planejados;Os máximos e mínimos de recursos utilizados serão comparados com dados de outros projetos executados; Relações de materiais. Serão estabelecidas rela­ções entre os custos unitários dos materiais e eqi;d pamentos, e os custos estimados em função do tempo.

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Uma vez concluída esta última fase do projeto, pro ceder-se-á a redação dos informes finais, e a implementação do ar quivo, dando-se por concluído, desta forma, o projeto.

3 .9 . C o n s i d e r a ç õ e s f i n a i s .

Da descrição das diferentes fases do projeto, obje to do presente trabalho, podem-se estabelecer algumas considera­ções, que se apresentam em forma de conclusões e recomendações.

3 .9 . 1 . R e c o m e n d a ç õ e s .

No planejamento e controle das fases dos projetos, deverá ser estabelecido um equilíbrio prático. 0 detalhe demasia­do é improdutivo, traz confusão e perda econômica;

Ê recomendável não concentrar os esforços em deter­minada fase ou atividade, e sim considerar o conjunto completo do projeto;

Em todo o desenvolvimento do projeto é importante o conhecimento cabal das perguntas e respostas que deverão ser ob tidas. Estas perguntas estão baseadas nas seguintes palavras:que, quem, quando, como;

Sendo o principal objetivo dos projetos, a obten­ção de benefícios, estes deverão ser perfeitamente claros, conhe cidos e delimitados;

Antes de iniciar-se qualquer atividade no projeto, é necessário que com muita responsabilidade se revise a literatu­ra existente, e se realizem as consultas pertinentes, com o fim de se obter um conhecimento claro do problema e suas soluções. A sofisticação dos estudos muitas vezes traz consigo perda de tempo

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e de recursos;Para o desenvolvimento das atividades criticas é

recomendável o emprego de especialistas. A análise de riscos e de disponibilidade de recursos, limitarão o uso destes especialistas.

3 .9 .2 . C o n e 1u s õ e s .

A tendência existente de normalizar tanto as fases dos projetos, como a terminologia utilizada, está em função da si milaridade dos projetos;

Ê difícil estabelecer, num projeto, fases completa mente delimitadas e seqüenciais; geralmente existem atividades que se sobrepõem e se transportam, e que pertencendo a diferentes fa­ses, sua realização é simultânea;

Pode-se considerar a possibilidade de agrupar pro jetos similares, nos quais o principal ingrediente para o êxito é a experiência de havê-los administrado.

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C A P Í T U L O IV

C A S O I L U S T R A T I V O

A . l . P r o j e t o de i m p l a n t a ç i o de um d e p ó s i t o p a r a a r m a z e n a m e n t o de

c o m b u s t í v e i s d e r i v a d o s do p e t r ó l e o .

4 . 1 . 1 . C o n s i d e r a ç õ e s g e r a i s .

Afim de situar o problema, devem ser efetuadas al­gumas considerações gerais:a) Considerações relativas à entidade:

A entidade proprietária é o governo, que executa os projetos de armazenamento de derivados do petróleo através de uma instituição diretamente vinculada ao organismo governamental. A referida entidade governamental será denominada, neste caso ilustrativo, instituição proprietária;

A instituição proprietária tem a total responsabi­lidade sobre a execução do projeto, e possui autoridade suficien te para conduzir o projeto desde a concepção até uma realidade fi sica;

A organização da instituição proprietária é do ti­po funcional, com flexibilidade suficiente para criar estruturas anexas, para a execução do projeto. 0 projeto será executado me-

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diante uma estrutura anexa ã estrutura funcional dirigida por um chefe de projeto, que no presente caso chamar-se-á administrador do projeto;

A instituição proprietária não possui os recursos humanos suficientes para a construção e montagem do depósito, sen do esta fase do projeto realizada mediante contratação de empre­sas nacionais e ou internacionais especializadas neste tipo de trabalho.b) Considerações relativas ao projeto.

A decisão de executar o projeto já foi tomada ten­do a instituição proprietária a autorização para sua imediata apl^ cação;

A viabilidade do projeto já foi demonstrada, tendo sido fixada sua localização e aceitado o investimento;

A capacidade e tipos de produtos a serem armazena­dos, não serão influenciados por fatores como: produção de deriva dos, custos dos derivados, políticas e estratégias de consumo,eta;

0 projeto é considerado independente de problemas relacionados com: a entrada e a salda de produto no depósito.

Qualquer problema será resolvido segundo as consi­derações gerais acima mencionadas, seguindo cada uma das fases em que é dividido o projeto, no capítulo III.

4 . 1 . 2 . D e s e n v o l v i m e n t o do p r o j e t o .

Conforme o exposto em 2.2.1. e 3.2.1., podem ser estabelecidos para o projeto de armazenamento de combustíveis de­rivados do petróleo deste caso ilustrativo, os seguintes objeti. vos:

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Objetivos principais, que são: instalar o depósito , conforme os requisitos do governo, utilizando as técnicas mais adequadas, e instalá-la no menor tempo e ao menor custo.

Como objetivos secundários, pode-se fixar os se­guintes: transferência tecnológica, maior emprego de mão-de-obra nacional. Maior utilização de equipamentos e materiais nacionais e contaminação ambiental.

Conforme o exposto em 3.2.2., pode-se notar ao fa­zer uma descrição e estudo dos sistemas que compõem o projeto,que existem várias alternativas de solução. Os principais sistemas que compõem o projeto, são os seguintes:

Sistema de recipientes para armazenamento, que po­dem ser metálicos, de concreto, cavernas, etc.;Sistemas de tubulações e bombas;Edifícios de operação e serviços;Vias de comunicação;Sistema elétrico e de controle;Sistema de contra-incêndio, etc.A possibilidade de vários sistemas, e a necessida­

de de determinar a capacidade de armazenamento e os tipos de pro dutos a serem armazenados, exigem que se proceda â realização do estudo detalhado de viabilidade. Neste estudo detalhado de viabi­lidade dar-se~á especial atenção à determinação da capacidade de armazenamento, ao tipo de produtos, aos sistemas a serem emprega­dos, e aos equipamentos e materiais a serem empregados.

A determinação dos custos para o estudo de viabili dade detalhado, será feita com base nas estisticas existentes na organização em apreço.

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Adaptando o exposto em 3.2.3. proceder-se-ã a rea­lização do estudo de viabilidade do projeto, do qual, por exemplo, pode-se esperar os resultados seguintes:

várias soluções alternativas do projeto, resultan­te do estudo de mercado, do estudo técnico, da análise econômico- financeira e da análise de benefIcio-social; ou

várias soluções do ponto de vista de mercado, téc­nico, econômico-financeiro e de beneflcio-social.

Com o fim de esclarecer melhor as várias soluções alternativas, serão expostos a seguir alguns exemplos:

Do estudo de mercado, realizado fundamentalmente â base das estatísticas e das projeções de consumo para o futuro, pode-se obter várias soluções alter nativas para o depósito, em termos de: capacidade, tipos de produtos a armazenar, vida útil da planta e ampliações futuras;Do estudo técnico, baseado nos pontos de vista de; fabricação, construção, montagem, manutenção e operação, obtem-se soluções alternativas em termos de: segurança, confiabilidade e eficiência;Da análise econômico-financeira considerando-se os aspectos de custos e benfícios, pode-se obter solu ções alternativas em termos de: custos de equipa­mentos e materiais, forma' de pagamento, intercâm­bio de reposições e métodos de inversão;Do ponto de vista do beneficio social, soluções al. ternativas poderão ser obtidas visando, por exem­plo o emprego de maior mão-de-obra, tanto na cons trução e montagem, como na operação do depósito.

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üma vez obtidas as soluções alternativas,proceder- se~ã a elaboração do plano preliminar do projeto, seguindo as re comendações expostas em 3.2.4., e mediante um gráfico de barras serão expostas as principais atividades a serem desenvolvidas no projeto.

Do anteriormente exposto, sobre a fase da concep­ção do projeto, tem-se as seguintes informações:

Descrição e objetivos do projeto;Organização administrativa;Métodos e procedimentos de execução;Cronogramas e custos aproximados;Uma solução, ou várias soluções alternativas.No cronograma de execução do projeto aparece a se­

qüência das fases que o mesmo seguirá. Assim, por exemplo, se o projeto tem várias soluções alternativas, possivelmente se requei ra planificar as fases na seguinte seqüência: após a concepção, seguem-se as fases de análise e avaliação, aprovação, conformação, contratação, implementação e avaliação de resultados.

No presente caso, considera-se que do estudo de viabilidade obtem-se uma única solução para o projeto e por isto a seqüência'de fases que se obtêm no diagrama de barras, ê a se­guinte: conformação, contratação, implementação e avaliação de re sultados. As fases de análise e avaliação, como a de aprovação, são fases que acompanham o projeto ao longo do seu desenvolvimen­to. Assim, por exemplo, a análise e avaliação deverá desenvolver- se após a concepção, se no estudo de viabilidade encòntram-se vá rias soluções alternativas viáveis; ap5s a conformação, se nesta fase encontram-se várias soluções alternativas; apôs a concorrên­cia se forem apresentadas várias propostas. A fase da aprovação,ê

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muito comum que se desenvolva ao finalizar cada uma das fases.Acompanhando a seqüência estabelecida para este

projeto, procede-se ao desenvolvimento da fase de conformação do projeto. Como resultado da execução desta fase, tem-se as seguin tes atividades:a) A partir do exposto em 3.3.1., consegue-se a infra-estrutura necessária ao fluxo dos documentos do projeto. Num projeto desta natureza, os documentos utilizados estão na ordem de dezenas de milhares, justifica-se portanto, o estabelecimento de normas, mé­todos e procedimentos para a manipulação destes dociimentos.b) Conforme o exposto e, 3.3.2., proceder-se-á a elaboração dos seguintes documentos:

Planos gerais ou planos piloto, como por exemplo, planos gerais de localização, de tanques, de tubu­lações e acessórios, de sistema contra-incêndio, e obras civis;Memórias de cálculo das instalações mecânicas,elé­tricas, civis, de automatização e controle; Especificações gerais, nacionais e internacionais, para construção e montagem, provas e operação; Especificações particulares do projeto;Planos de detalhe;Procedimentos de construção e montagem;Manuais de operação e manutenção.

c) Conforme o exposto em 3.3.3., serão estabelecidos os procedi­mentos para a aquisição, armazenamento e transporte de materiais, equipamentos e ferramentas.

No desenvolvimento da conformação do projeto é co­mum que se apresentem várias alternativas de solução dos proble

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mas técnicos, devido a compatibilidade desejada entre os cálculos, a realidade física, as normas e especificações e o cumprimento dos objetivos. Geralmente, estas alternativas estão em função de equipamentos, materiais e sistemas.

0 projeto assim constituído, concluirá a fase de conformação com a melhor solução e com todos os documentos neces­sários à implementação do projeto.

Uma vez obtidos os desenhos, as especificações, os métodos e procedimentos, e o plano geral do projeto, procede-se ao preparo da docxamentação adequada para a aprovação. Conforme o ex­posto em 3.5.1., pode-se preparar a informação a nível executivo para a aprovação pela autoridade competente.

A autoridade competente, que é responsável pelo pro jeto, determinará as políticas e estratégias de contratação para a construção e montagem.

Conforme o item 3.6, proceder-se-á a preparação da documentação necessária ã concorrência e à contratação da constru ção e montagem da planta. Os documentos necessários ao desenvolv^ mento da fase da contratação são os seguintes: desenhos, especifi cações, procedimentos, e plano de execução. Naturalmente estes do cumentos já foram concebidos nas fases anteriores do projeto.

Até a fase de contratação da construção e montagem da planta, todas as atividades foram realizadas pelos departamen­tos funcionais. A existência do chefe de projeto e da estrutura anexa á funcional, cria com esta conflitos, os quais foram trata­dos no capítulo II do presente trabalho. Estes conflitos, às ve zes, chegam a ser tão grandes, que paralizam o desenvolvimento dos projetos, por muito tempo, sendo este um dos motivos principais para que as organizações de governo raras vezes terminem os proje­

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tos a tempo e dentro da previsão orçamentária esperada.Já na fase de implementação, os conflitos entre as

estruturas de projeto e a funcional diminuem e isto se deve, fun­damentalmente, aos seguintes aspectos:

Intervenção de um terceiro grupo independente da estrutura organizacional da entidade proprietária, que é o contratado;Separação fisica do grupo do projeto, localizada junto a obra em construção e distante dos edifí­cios onde a organização proprietária tem sua sede. Uma vez assinado o contrato de montagem e constru­

ção conforme o estabelecido pela entidade proprietária, neste pro jeto de instalação de um depósito de armazenamento de combustí­veis de derivados do petróleo, a instituição proprietária será responsável pela administração do contrato e pelo controle da im­plementação.

Conforme o item 3.7, a organização proprietária pro cederá à complementação da estrutura anexa para a administração do contrato e controle da implementação. Tanto o planejamento, co mo a complementação dos recursos para a estrutura anexa, os méto-' dos e procedimentos de controle e as recepções, dependem fundamen talmente do tipo de contrato e dos acordos contratuais estabeleci dos entre a entidade priprietária e o contratado. A seguir serão expostos dois tipos de contrato:

No contrato a preço fixo o controle deve acentuar- se na qualidade dos materiais, equipamentos e procedimentos empre gados. Isto implica no fortalecimento de um grupo altamente trei­nado dedicado à inspeção técnica;

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No contrato a custos reembolsáveis o controle de­ve acentuar-se no acompanhamento ou supervisão, chegando a níveis de controle de materiais, uso de equipamentos e ferramentas, com­pra e transporte de materiais e equipamentos, ocupação de mão-de- obra, etc. Isto implica no fortalecimento de um grupo especializa do em fiscalização e sistemas de processamento de dados.

Nos contratos são estabelecidas cláusulas que im­plicam no alcance e responsabilidades da contratada e da proprie­tária, na execução da obra, determinando entre outros o fluxo de informação e o alcance dos trabalhos. Isto implica, fundamental­mente, na criação de grupos de apoio, estabelecimento de pontos e procedimentos de controle, procedimentos de recepções, etc.

A implementação do projeto é dada por concluída, quando for realizada a recepção definitiva, se assim estiver espe cificado no contrato e o depósito entra em funcionamento normal.

Para dar por concluído o projeto, proceder-se-á a realização da avaliação de resultados como foi especificado em3.8, seguindo-se a elaboração dos relatórios finais, que conte­rão: histórico do projeto, dificuldades encontradas no desenvolvi mento de suas atividades, metas alcançadas e anexo com documentos principais.

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C A P Í T U L O V

C O N C L U S Õ E S

Da literatura técnica consultada, especializada em diferentes tipos de projetos e em administração de projetos,cujos aspectos básicos foram tratados principalmente nos capítulos II e III, pode-se deduzir que não existe normalização nem na nomencla­tura, nem das definições dos projetos, havendo oportunidade a no vas contribuições a respeito.

As atividades que são necessárias desenvolver e os recursos que se alocam nas obras de grande porte, fazem com que estes tipos de projetos sejam únicos. Portanto, três são os ele­mentos básicos no desenvolvimento dos projetos; o administrador do projeto, o projeto, e a administração do projeto. Não existe es­trutura organizacional ideal para o tratamento unificado dos pro jetos. Do mesmo modo não existem administrador nem planejamento ideais. Por isto, é imprescindível estabelecer com muita clarezae precisão, tanto as responsabilidades e atribuição, como os compro missos a serem firmados entre as linhas do projeto e as funções na sua execução, visando minimizar os conflitos.

Para alcançar o êxito na execução de uma obra de grande porte, o ideal é que se tenham os recursos e o plano ade­quados para o projeto específico em questão. Na prática é difícil

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compatibilizar em termos ideais os recursos financeiros disponí­veis com as necessidades materiais e humanas do projeto.

Ê importante reunir os projetos com característi­cas mais ou menos similares, com o fim de obter grupos de ativida des que possam ser desenvolvidas por uma mesma equipe de trabalho, evita-se assim grandes mudanças nas estruturas organizacionais,es tabelecendo métodos e procedimentos normalizados que permitam me­lhor emprego do pessoal qualificado, dando como resultado menores custos.

Como as fases do projeto estão associadas com gru­pos de atividades, deve-se ter em mente uma concordância entre o projeto e o emprego dos recursos disponíveis. A inexistência de projetos iguais e a execução simultânea de vários projetos deter­mina a necessidade de autuar os recursos ou as fases do projeto. Sem dúvidas, a variação das fases ê a solução mais econômica que se pode adotar. Isto implica em i?econhecer que as fases do projeto são dinâmicas e conseqüentemente não é inconveniente considerar as fases do projeto como sendo uma única seqüência .

Seguindo na consideração da execução simultânea de vários projetos, poderão apresentar-se dois casos extremos: a es­trutura e recursos humanos se adaptam aos projetos ou os projetos se adaptam ãs estruturas e recursos existentes. No primeiro caso, evidentemente, por efeito do emprego de recursos e organização no vos para cada projeto, o custo é muito álto, embora a administra ção do projeto se simplifique. No segundo caso, por não existir variação de recursos e estrutura, os custos são mais baixos, mas evidentemente a administração dos projetos ê mais complexa. Do an teriormente exposto e com o fim de alcançar um equilíbrio econômi co-administrativo no manejo de projetos, atribui-se uma fundamen­

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tal importância ao administrador de projetos, trabalhando em equi pe.

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R E F E R Ê N C I A B I B L I O G R Á F I C A

[oij- RUSSEL, D.Archibald. Managing higt - technology programsand projects. Canada, *'A Wiley - Interscience Publication",1976, by John Wiley and Sons, Inc. chapter 3, pp.34-58.

{]02j- JULIO Melnick - Manual de projetos de desenvolvimento econô­mico. Rio de Janeiro, 1958 - Foriam Editora Ltda. Capítulo I pp. 7-17.

[03 - ILPES - (Instituto Latinoamericano de Planificação Econômica e Social) - Guia para a apresentação de projetos. México, 1973. Siglo XXI Editores, S/A, Capítulo I, pp. 12-19.

04J- MORRIS,Asimow. Introducción al proyecto. México, 1970.Herrero Hermanos, sucesores S/A, Capítulo I, pp. 11-12.

05 - ARY Marques Jones, Curso de coordenação de projetos indus­triais, Instituto Brasileiro do Petróleo. Rio de Janeiro, Apostila da Concepção à Operação uma Viagem nos Domínios da Engenharia, pp. 23.

0 6_- MELVIN Silverman, Project Management, A Short Course forProfessionals. New York, 1976, John Wiley and Sons, Inc. Chapter I, Project Vs. Functional Management, pp. 3-11.

[07]- ILPES, Ibid, Capítulo 5, pp. 63-68.£083- MORRIS Asimow, Ibid, Capítulo 3, pp. 25-33.09]- MELVIN Silverman, Ibid, Capter 2, Organization, pp. 7-16.^10 - HANS J. Thamhain adn DAVID L. Wilemon. Coflict Management

in Project life-cycles. Sloan Management Review, Summer, 1975. It's presented in Managing high-technology programs and projects, by Russel D. Archibald, Ibid, pp. 46-53.

[11]- BLAKE R.R. and J.S. Mouton. The management Grid. Gulf Pu- blishing Company. 1964. It's presented in Managind high technology programs and projects, by Russel D. Archibald, Ibid. pp. 50.

[ 12 - BURKE R.J. Methods of Resolving Interpersonal Conflicts.July-August,1969, pp.48-55, It's presented in Managing high technology programs and projects,by Russel D.Archibald Ibid. p.52.

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,13 - NILSON Holanda. Planejamento e projetos. Rio de Janeiro, 1975. Apec Editora S/A, Capítulo I. 0 projeto. pp.l02 - 104.

14 - BARRIE Donald S and Paulson Boyd C.Jr. Professional Construçtion Management. New York, 19 77 . McGraw-Hill Book Co., p p . 1 9 - 2 2 .

15 - DAVID S. Clifton and David F. Fyffe. Project Feasibilityanalysis. New York, 1977. John Wiley and Sons, Inc.,Capter 3, p.36.

16 - DAVID S. Clifton and David E. Fyffe. Ibd, Chapter 4, p.86. 1Í\- DAVID S. Clifton and David E. Fyffe, Ibd, Chapter 5, p. 125.18 - BATTERSBY, A., Network Analysis for Planning and Scheduling.

London, 1970. Macmillan Srd.edition.19 - BENJAMIN Ostrofsky, Design, Planning and Development Methodo-

logy and analysis. New Jersey, Prentice, Hall, Inc.,Chapter 9, p.238.

20 - BENJAMIN S. Blanchard and Wolter J. Fabricky. Systems engi-neering and analysis. New Jersey, Prentice, Hall, Inc., Chapter 9, p.2 38.

21 - MELVIN Silverman. Ibid, Chapter 7, Systems Engineering, pp.4-11.

'~22 - PAHL G.Und Beitz W. Konstruktionslehre. Berlin/Heidelberg,1977, 1977, Springer-Verlag, 5-8. Bewerten von Konzeptva- rianten. pp.123-155.

'23]- MORRIS Asimow. Ibid. Capítulo 9, pp. 88-109.24 - MELVIN Silverman. Ibid, Chapter 4, Quotations and Negotia-

tions, pp.20-25._25 - VICTOR G. Hajek. Management of Engineering Projects. New

York, 1965. McGraw-Hill Book Company. Chapter 9, pp.99-113.26 W.J. Stillman. Construction practices for project managers

and superintendents. Reston, Virginia, 1978. Publishing Company, Inc., Chapter 1, pp.33-9.

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'\2' ~ JAMES J.CBriem P.E. CPM in construction Management. New York, 19 71. McGraw-Hill Book Company, 315 p.

2d>j - W.L. Stillman. Ibid. Chapter 4, pp.24-26.[29] - W.J. Stillman. Ibid. Chapter 5. pp.34-4 2.30] - W.J. Stillman. Ibid. Chapter 28. pp.236-238.31] - W.J. Stillman, Ibid. Chapter 29. pp.239-245.■32] - W.J. Stillman. Ibid. Chapter 31. pp.252-257.33] - JOHN W. Hackney. Control and Management of Capital projects.

New York, 1955. John Wiley and Sons. Chapter 21. pp.246- 252.

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ANEXO A

elaboração de propostas nas concorrências

A proposta ê lun documento formal, preparado pelo concorrente, onde inclui a estimativa dos custos, as especifica­ções, e qualquer outra informação chave acordada com a empresa proprietária.

1 - Documentos principais:1.1. Cartas de apresentação;1.2. Aspectos administrativos;1.3. Aspectos técnicos;1.4. Plano de implementação;1.5. Preços, prazos, forma de pagamento e garantias;1.6. Cronogramas de inversões e de execução;1.7. Suportes logísticos.

2 - Conteúdo básico:2.1. Resposta ao solicitado pela organização proprietária nos

documentos da concorrência, mantendo a forma e conteúdo, conforme for especificado^

2.2. Termos e condições, que de uma ou outra forma afetem o contrato e ou o projeto, e que não tenham sido considera dos nos documentos da concorrência.

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A N E X O C

M A N U A L M E S T R E DO P R O J E T O

1 - INFORMAÇÃO GERAL1.1. Propósito1.2. Nome1.3. Alcance1.4. Objetivos1.5. Datas de contratos1.6. Objeto do contrato

1.6.1. Companhia X1.6.2. Companhia Y1.6.3. Companhia Z

1.7. Especificações referenciais1.7.1. Mecânicas1.7.2. Elétricas1.7.3. Civis1.7.4. Químicas

1.8. Procedimentos de construção1.9. Procedimentos de inspeção1.10.Cronogramas

1.10.1. Cronograma de execução1.10.2. Cronograma valorado

2. Administração e organização2.1. Organograma2.2. Pessoal chave do projeto

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2.2.1. Geral2.2.2. Por Companhia

2.3. Responsabilidades no projeto2.3.1. Do administrador do projeto2.3.2. Dos administradores funcionais2.3.3. Dos outros participantes do projeto

2.4. Atribuições no projeto2.4.1. Do administrador do projeto2.4.2. Dos administradores funcionais2.4.3. Dos outros participantes no projeto

3. Sistemas de comunicação3.1. Comunicações externas3.2. Comunicações internas

4. Relatórios4.1. Relatórios rápidos4.2. Relatórios de reuniões ("Minutes of meetings")4.3. Relatórios telefônicos4.4. Sumários dos relatórios principais

4.4.1. Relatórios de custos4.4.2. Relatórios de programas4.4.3. Relatórios de inspeção

5. Sumário técnico5.1. Sistemas

5.1.1. Mecânico5.1.2. Elétrico5.1.3. Civil5.1.4. Controle

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6. Segurança industrial6.1. Normas da proprietária6.2. Normas internacionais aplicáveis ao projeto6.3. Procedimentos de controle

7. "Checklist" do projeto7.1. Sistemas

8. Administração financeira8.1. Orçamentos8.2. Relatórios internos de custos8.3. Relatórios externos de custos8.4. Números de contabilidade de custos

9. Reuniões9.1. Reuniões programadas9.2. 9.1.1. Internas

9.1.2. Externas9.2. Reuniões não programadas

9.2.1. Internas9.2.2. Externas

10. Qualidade desejada10.1. Requisitos10.2. Procedimentos

11. Serviços de campo e engenharia11.1. Requisitos11.2. Políticas e procedimentos

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12. Seguros12.1. Empregados e trabalhadores12.2. Propriedades12.3. Inversões

13. Garantias13.1. Investimentos13.2. Equipamentos e materiais13.3. Instalações e montagem13.4. Engenharia