HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO...

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FIBRA FACULDADE DO INSTITUTO BRASIL INSTITUTO BRASIL DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA LTDA BACHAREL EM ENFERMAGEM HÉLICA PEREIRA DA SILVA JOHN LENNON SOARES DA SILVA HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO ANÁPOLIS - GO 2017

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FIBRA – FACULDADE DO INSTITUTO BRASIL

INSTITUTO BRASIL DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA LTDA

BACHAREL EM ENFERMAGEM

HÉLICA PEREIRA DA SILVA

JOHN LENNON SOARES DA SILVA

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO

ANÁPOLIS - GO

2017

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HÉLICA PEREIRA DA SILVA

JOHN LENNON SOARES DA SILVA

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Enfermagem da Faculdade FIBRA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Prof.ª Ms. Mariangela Sousa R. dos Santos.

ANÁPOLIS - GO

2017

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FACULDADE DO INSTITUTO BRASIL – FIBRA

BACHAREL EM ENFERMAGEM

HÉLICA PEREIRA DA SILVA

JOHN LENNON SOARES DA SILVA

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO

___________________________________________

Orientadora: Prof. Ms. Mariangela Sousa R. dos Santos.

___________________________________________

Prof. Esp. Vanessa Lobo S. Lopes.

___________________________________________

Prof. Esp. Andréia Rosa de S. Campos

ANÁPOLIS: ___/____/______

NOTA: ________________

ANÁPOLIS

2017

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DEDICATÓRIAS

Dedico primeiramente a Deus que me deu força e ânimo para continuar, aos

meus familiares que com muito carinho me apoiaram nesta etapa da minha vida.

Hélica Pereira da Silva.

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida,

autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angustia, aos meus

pais, a minha esposa e meus irmãos que sempre se manteve ao meu lado.

John Lennon Soares da Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por esta oportunidade e por mais uma

conquista.

Aos nossos pais que sempre estiveram presentes e nos apoiando e nos

dando forças.

A nossa orientadora Mariângela, pela paciência na orientação e incentivo que

tornaram possível a conclusão deste trabalho.

Aos nossos professores que com paciência e sabedoria, souberam nos

proporcionar o conhecimento da educação no processo de formação profissional.

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“A vida é uma peça de teatro que não

permite ensaios. Por isso cante, chore,

dance, ria e viva intensamente, antes que

a cortina se feche e a peça termine sem

aplausos”.

(Charlie Chaplin)

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Organograma da metodologia utilizada no desenvolvimento deste estudo.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Relação de estudos encontrados nas diferentes Bases de Dados. .......... 22

Tabela 2– Síntese dos artigos selecionados sobre: Humanização da Assistência de

Enfermagem ao Idoso. .............................................................................................. 23

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis

OMS – Organização Mundial de Saúde

PNH – Política Nacional de Humanização

PNSI – Política Nacional de Saúde do Idoso

PSPI - Política de Saúde da Pessoa Idosa

SUS – Sistema Único de Saúde

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RESUMO

Humanizar em saúde é atender as necessidades do outro com responsabilidade e entender os diversos enfoques envolvidos nas dinâmicas da vida dos clientes, reconhecendo seus direitos, sua história e seus sentimentos, pois o termo humanização é concebido como atendimento das necessidades integrais do indivíduo e necessidades humanas básicas. Ressaltamos também que o principal responsável por promover cuidados humanizados e uma assistência de qualidade é o enfermeiro e para isso acontecer é necessário que esse profissional conheça as necessidades e limitações de cada paciente, que seja capaz de estabelecer um vínculo de confiança e amizade com o idoso. Esse trabalho objetivou descrever a importância da assistência de enfermagem ao idoso baseando – se nos princípios de humanização.

Palavras-chaves: Humanização, Assistência ao idoso, Tratamento Humanizado.

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ABSTRACT

To humanize in health is to attend to the needs of the other with responsibility and to understand the diverse approaches involved in the dynamics of the life of the clients, recognizing their rights, their history and their feelings, since the term humanization is conceived as attending to the integral needs of the individual and human needs basic. We also emphasize that the main responsible for promoting humanized care and quality care is the nurse and for this to happen it is necessary for this professional to know the needs and limitations of each patient, who is able to establish a bond of trust and friendship with the elderly. This study aimed to describe the importance of nursing care to the elderly based on the principles of humanization. Keywords: Humanization, Elderly care, Humanized Treatment.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14

2.1 Envelhecimento ................................................................................................... 14

2.2 Saúde do Idoso ................................................................................................... 15

2.3 Humanização na Saúde ...................................................................................... 16

2.4 Enfermagem no Tratamento Humanizado ao Idoso ............................................ 17

3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18

3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 18

3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 18

4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 19

5 METODOLOGIA .................................................................................................... 20

5.1 Tipo de estudo ..................................................................................................... 20

5.2 Bases de dados ................................................................................................... 20

5.3 Limite de tempo ................................................................................................... 20

5.4 Idiomas ................................................................................................................ 20

5.5 Critérios de Inclusão ............................................................................................ 20

5.6 Critérios de Exclusão........................................................................................... 21

5.7 Coletas de dados ................................................................................................ 21

5.8 Analise e interpretações dos resultados .............................................................. 21

6 RESULTADOS ....................................................................................................... 23

7 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 25

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 27

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 28

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1 INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo em um

ritmo bem acelerado nos últimos anos. O aumento demográfico da proporção de

pessoas com 60 anos ou mais é uma tendência mundial que se justifica pela

redução das taxas de fecundidade e mortalidade e aumento da expectativa de vida

(SILVA, BORGES; 2014).

Araújo (2010) explana que o envelhecimento é um processo multidimensional,

pois os fatores que influenciam na capacidade de enfrentamento das modificações

que ocorrem com o aumento da idade são múltiplos, traduzindo-se em diferentes

modelos de velhice.

Estigmas negativos, que normalmente estão associados ao processo de

envelhecimento, têm como um de seus pilares o declínio biológico, ocasionalmente

acompanhado de doenças e dificuldades funcionais com o avançar da idade. Assim

o aumento do contingente de idosos preconiza maior atenção às questões de

assistência a esses sujeitos. Desta forma, tem-se a necessidade de uma reflexão e

atuação acerca das repercussões das transformações sociais decorrentes do

envelhecimento (SOUZA; BRETAS, 2016).

A incapacidade física é o problema que mais afeta essa faixa etária, sendo

sua principal causa as doenças crônicas, interferindo diretamente na realização de

suas atividades de vida diária, são muito comuns as demências, os acidentes

vasculares cerebrais, as coronariopatias, o Diabetes Mellitus e inúmeras outras

patologias crônico-degenerativas, que são causas de dependência física ou

psíquica, que na maioria dos casos é quase sempre definitiva (RODRIGUES, 2015).

Lima e Colaboradores (2014) aborda em seu estudo que a Senescência

resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas naturais,

próprias do processo de envelhecimento normal do ser humano. Já a Senilidade é

caracterizada por modificações determinadas por distúrbios ou patologias que

acometem frequentemente a pessoa idosa. Isso demonstra que o envelhecimento,

assim como em qualquer outra faixa etária da vida, pode ser saudável ou patológico.

Humanização em saúde é resgatar o respeito à vida humana, levando-se em

conta as circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo

relacionamento humano (SILVA; BORGES, 2014). A humanização está vinculada

aos direitos humanos, é um princípio que deve ser aplicado a qualquer aspecto do

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cuidado, na assistência humanizada o usuário participa das tomadas de decisões

quanto ao tratamento tendo sua autonomia preservada (RAMOS; VERAS;

KALACHE, 2008).

Considerando que a essência da Enfermagem é o cuidado com o ser

humano, o profissional dessa área tem papel de fundamental importância nesse

processo em relação ao paciente que se encontra sob seus cuidados, ressalte-se

que a função do profissional de Enfermagem é a de ajudar as pessoas a

aproveitarem ao máximo suas capacidades funcionais, independentemente de seu

estado de saúde e de sua idade (LEOPARDI, 2015).

Por essa razão, os profissionais de enfermagem devem estar aptos a

desenvolver atitudes efetivas e de impacto na atenção à saúde desse grupo

populacional.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Envelhecimento

A velhice é um processo natural, inevitável e irreversível, ocorre através de

fenômenos biológicos com consequências psicológicas, sobrevindo a diminuição da

capacidade funcional, afetando o equilíbrio do organismo humano (LIMA; et al.;

2014). Essa diminuição das funções tende a aumentar com o tempo, pois as

alterações modificam a estrutura do corpo tornando o idoso vulnerável às doenças e

a incapacidade física (NUNES, 2012).

Ao envelhecer os idosos estão propensos a uma situação de isolamento, de

dependência e incapacidade, isso se caracteriza pelas mudanças do decorrer da

vida, filhos que saem de casa, a temida aposentadoria que faz perder a atividade

profissional, esta situação é vista como inaceitável, pensam ser inválidos, tem

sentimento de perda, desprezo e abandono, são atitudes negativas que influencia na

saúde e bem-estar do idoso (CANEPA; CARDOSO; RICARDINO, 2014).

Devido à idade avançada existe um declínio na capacidade funcional, onde o

idoso é incapaz de realizar suas atividades básicas da vida diária, pois também e

acometido de uma fragilidade que é associada às doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT), são elas: diabetes mellitus, hipertensão, câncer e as

cardiovasculares. O idoso apresenta uma debilidade física que atrapalha a sua vida

para exercer atividades, a fraqueza, falta de apetite, desânimo, fadiga, quedas,

perda de peso, movimentos lentos e em consequência disso leva ao aumento da

dependência de algum familiar, onde ele começa a dar sinais de depressão pois,

pensa ser inútil (FLECH, 2013).

A manifestação de doenças crônicas (como hipertensão arterial sistêmica, Diabetes mellitus, artrites) e degenerativas (afecções cardiovasculares, acidente vascular encefálico, demências e afecções neoplásicas), entre outras, é frequente nos idosos e pode requerer intervenções difíceis, além de técnicas complexas. Isto justifica, em parte, o elevado número de ocupação de leitos hospitalares pela população acima de 60 anos (FARINATTI, 2014).

Nos últimos anos a população idosa vem aumentando de forma acelerada, a

expectativa de vida do brasileiro que antes vivia 40 anos em meados de 1960, em

2012, esta expectativa acendeu para 70 anos. Esse aumento é devido ao avanço

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das tecnologias e da medicina, que passou a oferecer tratamento preventivo, dando

opções de cura e controle de doenças que provocavam a morte e agora prolonga a

vida por muitos anos (CHAGAS; ARAÚJO, 2010).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2011), são consideradas idosos,

pessoas acima de 60 anos, no Brasil existe estimativa de 15 milhões de idosos,

podendo chegar a 30 milhões em 2020, representando o total de 13% da população

brasileira. Com este crescimento os serviços de saúde sofreram um grande impacto,

pois teve um aumento na procura por atendimento causando, surpresa nas políticas

de saúde que não estavam preparadas para atender as necessidades da pessoa

idosa, sendo que as mesmas precisam de cuidados especiais e um

acompanhamento diferenciado devido a fragilidade de sua saúde (BALDONI;

PEREIRA, 2010).

2.2 Saúde do Idoso

A saúde do idoso surge como primordial no Pacto pela Vida e isso é

importante pois, pela primeira vez na história das políticas públicas no Brasil existe

uma preocupação com a saúde dos idosos. Os gestores do SUS, assume

responsabilidade em torno das prioridades voltadas a saúde da população

(CAMARANO, 2012).

Todos têm direito à saúde universal e integral que foi implementada pela

constituição em 1998, iniciando assim a criação do Sistema Único de Saúde (SUS),

sendo as leis orgânicas (8080/90 e 8142/90). São políticas públicas que tem a

finalidade de oferecer atenção a toda a população, utilizando os meios de ações de

promoção, proteção e recuperação da saúde, assegurando a integralidade dos

indivíduos, como está previsto nesta lei é considerado idoso pessoas com 60 anos

ou mais (BRASIL, 2010).

Apesar de existir a Política de Saúde, os custos com idosos tende a ser

maior, pois apresentam mais ocorrências de doenças crônicas, devido a isso, foi

implementado no Brasil a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI),

regulamentada em 1996, que tem o objetivo de assegurar a pessoa idosa,

oferecendo condições para promover a autonomia, integração e participação efetiva

na sociedade (BRASIL, 2010).

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A Política de Saúde da Pessoa Idosa (PSPI), foi regulamentada pela Portaria

GM n° 2.258 de 19 de outubro de 2006, tem por finalidade crucial, proporcionar um

envelhecimento saudável, preservar a autonomia, a capacidade funcional e

conservar qualidade de vida do idoso. Esta política também inclui diretrizes, para

melhor atender as necessidades da terceira idade (BRASIL, 2010).

São essas as diretrizes impostas:

Promoção do envelhecimento saudável, atenção integral à saúde da pessoa idosa; estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; estímulo à participação e fortalecimento do controle social; formação e educação permanente dos profissionais de saúde; divulgação e informação para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS; promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa e apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas (BRASIL 2014).

Embora as políticas de saúde nos últimos anos tiveram um avanço importante

em relação a saúde do idoso, ainda há muito o que fazer, para que haja respostas

rápidas e eficientes às necessidades voltadas a saúde do idoso (LIMA, et al.; 2014).

Objetivando os altos custos que são produzidos pela grande mudança

demográfica no país, existe uma enorme procura por atendimento nas redes

públicas de saúde, pois os idosos necessitam de cuidados especiais e mais

complexos de longo e médio prazo, precisam de atendimento médico-hospitalar em

várias modalidades, de internações, medicamentos e outros profissionais na área da

saúde (LIMA, et al.; 2014).

2.3 Humanização na Saúde

Humanizar é o ato de cuidar, preocupar se com o bem-estar do próximo, agir

com bondade e afeto, oferecer condições humanas de vida, tratar com dignidade,

respeitando as condições e individualidade de cada pessoa (WALDOW, 2010).

Humanização, na área da saúde é entender o significado da vida do ser

humano, é se colocar no lugar do outro, tratar o próximo como se fosse único,

priorizar os princípios e valores de cada um (BENEVIDE; PASSOS, 2012).

Todo ser humano tem direito ao atendimento público de qualidade e uma

assistência humanizada, e ao cuidado individualizado. Na saúde existe uma

carência no tratamento humanizado, então o SUS criou a Política Nacional de

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Humanização (PNH), em fevereiro de 2003, tem por objetivo, propor ações aos

princípios do SUS, a universalidade, equidade e integralidade (BRASIL 2013). O

acolhimento é o principal fundamento da Política Nacional de Humanização, onde o

intuito é receber todos os que procuram o serviço de saúde dando-lhes a devida

atenção, tentando estabelecer uma relação de respeito e confiança, realizar contato

visual para que tenha mais segurança e confiança com o profissional (BRASIL

2010).

Conceitos que norteiam o trabalho da PNH:

Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. O acolhimento deve sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/ populações. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipeshn/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede sócia afetiva (BRASIL 2013).

2.4 Enfermagem no Tratamento Humanizado ao Idoso

Para oferecer um tratamento humanizado é necessário que o enfermeiro

conheça as necessidades e limitações de cada paciente, estabelecendo um vínculo

de confiança e amizade com o idoso. A enfermagem tem a função que objetiva,

promover a satisfação ao usuário, buscando a promoção da saúde, agindo com

eficiência nas prevenções de doenças e nas debilidades físicas (FRAGOSO 2008).

Humanizar, caracteriza-se em colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desenvolvida, entregar-se de maneira sincera e leal ao outro e saber ouvir com ciência e paciência as palavras e os silêncios. O relacionamento e o contato direto fazem crescer, e é neste momento de troca, que humanizo, porque assim posso me reconhecer e me identificar como gente, como ser humano (PORTELA, 2010).

O Enfermeiro geralmente é o principal responsável por promover uma

assistência de qualidade e de satisfação no atendimento, ele deve utilizar suas

habilidades e conhecimento para atender esse público que a cada dia aumenta e

necessita de um atendimento humanizado, pois o envelhecimento provoca no idoso

a descriminação de si mesmo, então este usuário quando é bem recebido nas

unidades de saúde pelo profissional, ele começa a ter confiança e acredita que esse

ambiente acolhedor, possa de alguma forma amenizar seu sofrimento e a dor em um

processo de escuta e dialogo, na atenção e no respeito mútuo (SILVA; BORGES,

2014).

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Descrever a importância da assistência de enfermagem ao idoso baseando-

se nos princípios de humanização.

3.2 Objetivos Específicos

Evidenciar através da literatura trabalhos publicados sobre a humanização

da assistência de enfermagem ao idoso no período de 2007 a 2016;

Destacar a importância do enfermeiro no tratamento humanizado ao idoso;

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4 JUSTIFICATIVA

Humanizar em saúde é atender as necessidades do outro com

responsabilidade, e entender os diversos enfoques envolvidos na dinâmica de vida

dos clientes, reconhecendo seus direitos e aspectos humanos, um ser que sente,

vive, pensa, possui história e sentimentos. Nas ações de cuidado é necessário

considerar a complexidade do ser humano, pois o termo Humanização é concebido

como atendimento das necessidades integrais do indivíduo e necessidades

humanas básicas (BRASIL, 2010).

Humanizar em saúde é atender as necessidades do outro com

responsabilidade, levando em conta seus desejos e interesses, envolve valorização

dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde,

estabelecendo vínculos solidários e participação coletiva no método de gestão.

Humanização é o processo de produção de saúde proporcionando um atendimento

integral ao usuário (SILVESTRE, COSTA- NETO, 2012).

O grande desafio da enfermagem quando se trata de humanização e saúde

do idoso, é inseri-lo no processo de promoção a saúde, fazendo com que ele

entenda e tenha acesso a informações sobre as políticas em relação a eles de forma

clara e objetiva. Assim o enfermeiro pode trabalhar identificando e se atentando as

necessidades individuais dos idosos, expondo-as aos seus cuidadores e familiares

de modo a prestar um melhor cuidado prezando pela autonomia, que muitas vezes

não são trabalhadas para que estes possam assumir o seu papel diante da

sociedade.

O idoso precisa estar integrado, recebendo toda assistência social,

econômica, de saúde, a fim de que possa viver com dignidade, qualidade de vida,

apesar das suas limitações e das mudanças processadas devido ao processo de

envelhecimento (FARINATTI, 2014).

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5 METODOLOGIA

5.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter dissertativo e explicativo,

desenvolvido a partir de materiais já elaborados, como dissertações, tese e artigos

científicos.

5.2 Bases de dados

As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados bibliográficas:

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS);

Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS);

Scientific Electronic Library Online (SCIELO).

5.3 Limite de tempo

Foram selecionados artigos publicados entre 2007 e 2016 em periódicos

nacionais e internacionais, nos quais foram avaliadas as seguintes palavras chaves:

“Humanização”; “Assistência ao Idoso”; “Idoso”; “Cuidados de Enfermagem ao

Idoso”; “Atendimento Humanizado”.

5.4 Idiomas

Foram selecionados artigos escritos em português, inglês e espanhol.

5.5 Critérios de Inclusão

Artigos publicados entre os anos 2007 e 2016;

Estudos com conclusões referentes: Humanização, Assistência de

Enfermagem ao idoso, Saúde do idoso, Envelhecimento.

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5.6 Critérios de Exclusão

Estudos publicados nos anos anteriores a pesquisa;

Estudos que não se relacionaram com temática proposta: Humanização,

Assistência de Enfermagem ao Idoso.

5.7 Coletas de dados

A coleta de dados seguiu a seguinte ordem:

Leitura explorativa de todo material selecionado (leitura rápida, objetiva,

avaliar a relevância do trabalho em relação ao tema);

Leitura seletiva (segunda leitura do material);

Registro de informações extraídas a partir da leitura dos artigos científicos,

dissertações e das teses;

5.8 Analise e interpretações dos resultados

Foi realizado uma leitura analítica com o objetivo de organizar as informações

contidas nos artigos selecionadas e identificar tópicos propostos nos objetivos desta

revisão.

Figura 1 – Organograma da metodologia utilizada no desenvolvimento deste estudo.

Fonte: Dos Autores, 2017.

Busca inicial:

80 referências

Artigos Incluídos:

45

Artigos Excluídos: 30Referências utilizadas no desenvolvimento

deste estudo: 15

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Tabela 1- Relação de estudos encontrados nas diferentes Bases de Dados.

BASE DE DADOS

TERMOS RESULTADOS ESTUDOS SELECIONADOS

BVS “Humanização”; “Idoso”;

“Enfermagem”.

26 18

LILACS “Atendimento Humanizado”; “Assistência ao Idoso”;

“Enfermagem”;

15 10

SCIELO “Cuidados de Enfermagem ao Idoso”;

“Humanização ao Idoso”, “Idoso”.

39 17

Fonte: Dos Autores, 2017.

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6 RESULTADOS

Os dados coletados nos artigos selecionados para o estudo estão descritos

na tabela 2.

Tabela 2 – Síntese dos artigos selecionados sobre: Humanização da Assistência de

Enfermagem ao Idoso.

ITENS ANO AUTOR TITULO DO ESTUDO

1 2007 ASSIS, A. L. RODRIGUES, F.R. TAVARES, D, M.S. RODRIGUES, L. R.

Humanização na saúde: Enfoque na atenção primária.

2 2011 WALDOW, V. R. BORGES, R. F.

Cuidar e humanizar: Relações e significados.

3 2014 LIMA, T. J. V. MOREIRA. R. A. GARDIM.C. A. MOIMAZ, S.A.S. SALIBA, O.

Humanização na atenção básica de saúde na percepção do idoso.

4 2010 CHAGAS, M. ARAUJO, E.

Atendimento humanizado ao idoso.

5 2012 NUNES, M. I.

Enfermagem em geriatria e gerontologia.

6 2014 BAUSANO, P.R. Evolução e envelhecimento humano.

7 2010 BALDONI, A.O. PEREIRA, L. R. L.

O impacto do envelhecimento populacional para o sistema de saúde.

8 2014 CANEPA, E. B. S CARDOSO, A. I. Q. RICARDINO, A. R.

O enfermeiro e a percepção da qualidade de vida aos idosos: Uma revisão.

9 2013 BRAGA, C. Saúde do adulto e idoso.

10 2011 SILVA, D. C. XAVIER, D. M. BIONDINI, H. S. LIMA, D. F. LANSELLOTE, H. M. COSTA, F.S.

Educação continuada da equipe multiprofissional na atenção à saúde do idoso.

11 2014 SILVA, F.H. BARROS, E. MARTINS, C.P.

Experimentações e reflexões sobre o apoio institucional em saúde: a partir da humaniza SUS.

12 2013 FLECH, L. D.

Pacientes idosos e seus cuidadores: Um estudo especifico sobre alta hospitalar.

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13 2010 PORTELLA, M. R.

Atenção integral no cuidado do idoso: Desafios para a enfermagem gerontologia no contexto da estratégia de saúde da família.

14 2013 NAVARRO, L. M. PENA, R.S.

Política nacional de humanização como estratégia de produção coletiva das práticas em saúde.

15

2011

JUNGES, J.R. SCHAIFER, R. PRUDENTE, J. FEREEIRA, R. E. SLOCCHI, C. SOUZA, M. WINGET, G.

A visão moral dos profissionais em uma unidade de saúde primaria e humanização.

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7 DISCUSSÃO

Atualmente o envelhecimento é reflexo do baixo crescimento populacional

aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade, segundo o IBGE (2012) uma

em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento

para 1 em cada 5 por volta de 2050, assim pela primeira vez haverá mais idosos que

crianças menores de 15 anos (BALDONI; PEREIRA, 2011).

Contudo essa nova geração de idosos necessitam cada vez mais de atenção,

pois o processo de envelhecimento envolve tanto o processo natural de redução

progressiva da capacidade funcional dos indivíduos, como situações passíveis de

causar condições patológicas que requerem assistência (NUNES, 2012).

Envelhecer bem é uma questão que envolve os valores de cada indivíduo que

permeiam a direção da vida. Para isso, a elaboração e execução de programas que

elevam o nível de qualidade de vida dos idosos podem proporcionar a promoção de

saúde e bem-estar nessa fase da vida, seja referindo-se ao envelhecimento

saudável, produtivo, ativo ou bem-sucedido (CANEPA, 2015).

O cuidar é uma atividade que vai muito além do atendimento às necessidades

básicas de cada ser humano, no momento de fragilidade. Cuidar é uma atitude que

envolve também autocuidado, autoestima, autovalorização.

Geralmente, o cuidado dos idosos é realizado por um sistema de suporte

informal, que inclui família, amigos, vizinhos, membros da comunidade e, muitas

vezes, é prestado voluntariamente e sem remuneração. A família predomina como

alternativa nesse sistema de suporte informal (PORTELA, 2010).

Atualmente, o Brasil apresenta o contingente de aproximadamente 21 milhões

de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos). Estimativas apontam

que em 2025 a população de idosos seja de aproximadamente 32 milhões, quando o

Brasil ocupará o sexto lugar no ranking mundial quanto ao número de idosos

(CAMARANO, 2012).

A saúde das pessoas de todas as idades está sujeita a influência de certa

quantidade e tipos de variáveis físicas e psicossociais presentes no ambiente. O

equilíbrio obtido nesse ambiente muitas variáveis influencia o estado de saúde do

indivíduo. Para o paciente idoso, fatores como redução da capacidade de responder

ao estresse, aumento da frequência e multiplicidade de perdas, e alterações gerais

associadas ao processo normal de envelhecimento pode combinar-se resultando em

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grande risco de redução da capacidade funcional (SILVA; BARROS; MARTINS,

2014).

Por isso, é de extrema importância que os profissionais da saúde,

visualizando as necessidades especifica desses pacientes idosos, acolham e

cuidem dos mesmos de maneira adequada, fornecendo apoio emocional e respeito,

baseada em uma assistência ajustada a suas necessidades, para que eles não

apenas vivam mais, mais também, tenham uma qualidade de vida melhor a cada dia

(NAVARRO; PENA, 2013).

A enfermagem desempenha um papel importante, auxiliando o idoso a

continuar bem, vencer ou enfrentar a doença, recuperar as funções, encontrar

sentido e finalidade na vida, além de mobilizar recursos internos e externos. No

papel de agente da cura, o enfermeiro reconhece que a maioria dos seres humanos

valoriza a saúde, tem responsabilidade e papel ativo em sua manutenção e no

manejo da doença (NUNES, 2012).

Com os avanços da medicina para curar e retardar a evolução das doenças, a

Enfermagem, bem como todos integrantes da equipe multidisciplinar, deve ter

conhecimentos atualizados sobre os cuidados com as pessoas já idosas ou em

processo de envelhecimento, uma vez que essa população é a de maior

crescimento previsto para os próximos anos (LIMA, et al.; 2014).

Frente a este novo panorama, a Enfermagem não deve focar sua

ação/cuidado na assistência ao idoso portador de doenças, mas sim atuar na

promoção, educação, manutenção e recuperação da saúde deste ser. Respeitar a

independência do idoso, aprimorando a participação deste no processo de cuidado,

pode ser considerado uma meta para a assistência qualificada e assim, cuidar do

idoso sem o invadir ou o possuir. Os conhecimentos que fornecem subsídios para

uma prática de cuidado humanizado incluem o entendimento das necessidades

humanas, adaptações e mudanças que ocorrem ao longo da vida, de dimensão

biológica, psicológica, social, cultural e espiritual (FLECH, 2013).

Portanto a enfermagem como executora do cuidado, deve contemplar a

humanização, levando em conta as diferenças culturais, crenças e valores, buscar

adequar o cuidado necessário ao bem-estar do doente. Sendo assim, é importante

que, a mesma, estabeleça padrões próprios de atendimento levando em

consideração as necessidades do doente e de sua família (SILVA, et al.; 2011).

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo possibilitou descrever a importância da assistência de

enfermagem ao idoso baseando-se nos princípios de humanização. São muitos os

desafios impostos às pessoas idosas na busca de uma velhice melhor, apesar disso,

esses desafios precisam ser enfrentados. Para isso é preciso a busca de cuidados

específicos, adequados e apropriados diante das necessidades dos idosos.

O principal papel do enfermeiro é de cuidador, já que na maioria dos casos o

paciente idoso apresenta desequilíbrio postural, alterações sensoriais, motoras e

dificuldade de locomoção, diante disso o cuidado de enfermagem não é restrito

apenas à assistência terapêutica do paciente, mas sim melhorar a qualidade de vida

deles. Para isso é necessário que o enfermeiro busque intervir em várias áreas da

saúde do idoso, como a biológica, psicológica e sociocultural.

Humanizar a assistência é uma preocupação constante da Enfermagem, pois

este profissional tem o papel fundamental nesse processo, não porque ela que

acompanha mais aproximadamente os usuários dos serviços de saúde, mas porque

são os que mais tem discutido profundamente essa questão, é o enfermeiro que

tem resgatado em sua prática profissional a humanização como aspecto

fundamental do seu trabalho, é ele que tem produzido conhecimento acerca do

tema, trazendo-o ao debate, o mesmo é que tem questionado e revisado suas

próprias condutas, fazendo enfrentamentos importantes tendo como fundamentos a

defesa da vida.

Que esta pesquisa possa contribuir para ampliar a compreensão dos

significados desse conceito “Humanização”, bem como suas possibilidades de

aplicação em pesquisas e nas práticas de saúde, e que os profissionais da saúde,

trabalhem com mais amor ao próximo.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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