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http://egp.dreamhosters.com/EGP/104-sobre_a_psicofarmacologia.shtml

http://www.medicina.ufba.br/educacao_medica/graduacao/dep_neuro/disc_neuro/psiq_ia/arquivos/psicofarmacologia.pdf

http://www.infoescola.com/psicologia/psicofarmacologia/

Psicofarmacologia uma cincia que estuda os comportamentos individuais sob a ao de substncias psicoativas. Segundo a OMS drogas psicoativas so aquelas que afetam a nossa mente, alterando humor, comportamento, cognio, psicomotricidade e personalidade. Na perspectiva mdica, droga a substncia capaz de alterar um organismo e que quando utilizada em homens ou animais ajuda no tratamento de doenas assim como em seu diagnstico e profilaxia. A droga tambm pode ser definida como substncia alucingena ou estimulante causando sensaes agradveis ou de desconforto do usurio.Os remdios psicoativos so fabricados tanto por fontes naturais quanto artificiais. Eles interagem diretamente com o Sistema Nervoso Central (SNC) modificando as funes fisiolgicas e psicolgicas. Entre essas drogas psicoativas, existe um grupo denominado Psicotrpicos que induzem a dependncia. As diferenciaes entre medicamentos psicoativos e psicotrpicos, no Brasil, eram feitas atravs da Portaria DIMED 27/86 para os psicoativos entre eles, antidepressivas e neurolpticos e da Portaria DIMED 28/86 para os psicotrpicos.Por volta de 1892 Kraepelim utilizou pela primeira vez a palavra Farmacopsicologia: Farmaco= palavra derivada do grego que significa medicamento; Psico= tambm do grego que significa sopro, alma; Logia= Que significa cincia, linguagem e razo.Uma das primeiras drogas psicoativas utilizadas foi o Cogumelo Amanita Muscaria da antiga ndia, era ingrediente de uma sagrada droga psicodlica. Na dcada de 50 com a descoberta de um antipsictico (clorpromazina) a psicofarmacologia se desenvolveu surgindo assim os ansiolticos, antidepressivos, estabilizadores de humor e etc. Hoje, a psicofarmacologia estuda principalmente as drogas com finalidades mdicas, ajudando pacientes com transtorno mental, que antes eram isolados em hospitais e manicmios. Esses pacientes podem fazer uso dos medicamentos em seus lares com acompanhamento mdico e psicoteraputico. Desse modo, a psicofarmacologia pode ser dividida em trs perodos: Perodo mitolgico-histrico: substncias de origem vegetal, mineral ou animal como o pio, passiflora, beladona, serpentina e mandrgora. Perodo pr-cientfico: Os mtodos utilizados ainda no eram sofisticadas, porm j se sabia que as doenas mentais eram resultado de alteraes bioqumicas cerebrais. No final desse perodo comearam as investigaes mais precisas surgindo medicamentos como as Anfetaminas para tratamento de Depresses. Perodo da psicofarmacologia propriamente dita ou cientifica: como nova cincia interdisciplinar.Os psiclogos no esto autorizados a prescrever medicamentos, porm trabalham diretamente com as alteraes mentais junto a uma equipe mdica. A interao entre psiclogos e mdicos aumentou consideravelmente e de suma importncia que o psiclogo tenha conhecimento da psicofarmacologia com o objetivo de progresso do paciente.Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicofarmacologiahttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44461999000500006&script=sci_arttexthttp://www.dicio.com.br/psicofarmacologia/http://psiquni.blogspot.com.br/2011/03/psicofarmacologia.htmlhttp://psicologiaejuventude.blogspot.com.br/2010/11/psicofarmacos-sao-importantes-para.html

Uma das razes pelas quais as medicaes psiquitricas so to temidas o fato de sua histria se misturar descoberta e uso de drogas com potencial de abuso. Entre o fim do sculo XIX e incio do XX, a cocana era, alm de um anestsico, tida como um antidepressivo. No incio do sculo XX, foram sintetizados os primeiros barbitricos ou tranquilizantes maiores. O principal exemplar dessa classe de remdios o fenobarbital, utilizado at hoje no tratamento da epilepsia. Durante muito tempo (at o incio dos anos de 1950), esses eram os nicos sedativos/hipnticos comercializados e destinavam-se ao tratamento de quadros que variavam desde a insnia at neuroses de guerra. No fim da dcada de 1960 at o incio dos anos 1980, os benzodiazepnicos (remdios da famlia do diazepam, conhecidos antigamente como tranquilizantes menores) passaram a ser os psicotrpicos mais prescritos. Os benzodiazepnicos, assim como o lcool, atuam nos nas vias cerebrais mediadas pelo GABA (cido gama-amino butrico) de onde vm seu efeito sedativo. Os primeiros antidepressivos foram descobertos a partir de medicaes utilizadas no tratamento da tuberculose e sua comercializao teve incio no final da dcada de 1950. Os antidepressivos agem fundamentalmente sobre uma famlia de neurotransmissores (substncias que permitem que um neurnio se comunique com outro) conhecida como monoaminas, ou seja, serotonina, norepinefrina e dopamina. De modo bastante rudimentar, poderamos vincular essas substncias respectivamente a: ansiedade, energia e prazer e todas elas juntas ao humor. Os antidepressivos diferem quanto ao mecanismo atravs do qual eles interferem na ao dessas monoaminas e em qual delas sua ao predominante. Atualmente tambm est disponvel no mercado uma medicao antidepressiva com ao na melatonina (hormnio do sono). Outras medicaes vem sendo testadas com outros mecanismos de ao, como os moduladores de glutamato, que um neurotransmissor que no pertence famlia das monoaminas.

Histria da Psicofarmacologia

Desde tempos imemoriais sabe-se que substncias qumicas introduzidas no corpo podem modificar estados psquicos. Alcool, pio, haxixe, cocaina, alucingenos... foram usados largamente na histria, pelas mais diversas civilizaes associados `as prticas de cura, de unio com os deuses e com o sagrado, de revelao e `aquelas puramente hedonistas. "O servio prestado por estas substncias na luta pela felicidade e no afastamento da desgraa to apreciado como um benefcio que tanto indivduos quanto povos lhes concederam um lugar pemanente na economia de sua libido".6

Esta farmacopia do esprito no parece,de forma alguma,ter convidado religiosos, filsofos e cientistas a se interrogarem sobre os ensinamentos que dela podiam ser tirados para a compreenso da vida mental.7 preciso esperar o sec XIX para que um alienista,Moreau de Tours,coloque, propsito do haxixe,o problema da relao entre certas formas de alienao mental e os efeitos psquicos de uma droga.

Em 1860,o qumico alemo Albert Nieman extraia da folha de coca seu alcalide,a cocaina,comercializada 20 anos depois, e suas propriedades estimulantes e efeitos teraputicos sobre a dependncia morfnica eram comprovados. Freud que, durante muito tempo, autoprescreveu-se cocaina, escrevia em 1884:... "a cocaina parece convocada a preencher uma lacuna no arsenal dos medicamentos de que a psiquiatria dispe.(...) por isto que se recomendou a coca nos estados de enfraquecimento psquico mais diversos,para combater a histeria,a hipocondria,os distrbios da melancolia,o estupor,etc"8.

Uma substncia especfica era capaz de tratar vrios quadros psiquitricos.

A descoberta,nos anos 30,das propriedades alucingenas da mescalina,alcalide extraido de um cacto e depois,alguns anos mais tarde,de um produto de sntese ,o LSD, abriu caminho para um estudo comparativo com as alucinaes patolgicas,estabelecendo-se o modelo das psicoses experimentais.Produtos quimicamente bem definidos eram capazes de provocar anomalias precisas e limitadas da vida mental.9

Estabelecia-se,com firmeza, a relao entre a ultilizao de certas substncias e a produo ou cura de certos estados mentais e a semelhana entre os quadros mentais naturais e aqueles causados por estas substncias.

interessante notar como um mesmo produto podia ser classificado,em funo da poca e do lugar,ora como um remdio ora como uma droga ou txico. A substncia passava de uma categoria a outra.H um sculo a heroina era um remdio contra a tosse e a coca era vendida livremente como psicoestimulante.O LSD j foi proposto como auxiliar de psicoterapia e a maconha , proibida na maior parte dos paises, liberada para uso mdico em alguns estados dos EUA e para uso recreativo nos Paises Baixos. Recoloca-se aqui o problema do Pharmakon, introduzido por Plato,substncia que porta em si a capacidade de funcionar como veneno e como remdio.10

Pode-se dizer que antes da descoberta dos medicamentos psicotrpicos propriamente ditos,os psiquiatras no estavam totalmente sem recursos. Faziam uso,com um certo sucesso,dos opiceos ( como o ludano ) para tratar determinadas formas de melancolia,do cloral para acalmar e adormecer,dos barbitricos como hipnticos e contra a epilepsia e apelavam tambem para o eletrochoque ainda hoje eficaz para o tratamento de vrios quadros psiquitricos.11

A Revoluo Psicofarmacolgica

Em 1952, Delay e Deniker relataram o sucesso obtido no tratamento de um paciente psictico com a clorpromazina,substncia ultilizada inicialmente por Laborit para obter uma hibernao artificial durante a anestesia e que apresentava propriedades e caractersticas singulares como atenuao/ cessao de delrios e alucinaes,lentificao psicomotora e indiferena afetiva sem prejuizo das funes cognitivas. Nascia a classe dos antipsicticos,os neurolpticos, e a psicofarmacologia moderna.

No mesmo ano, Zeller e Selikoff relataram suas observaes acerca da iproniazida,substncia ultilizada no tratamento da tuberculose e que produzia melhora do humor e sensao de bem estar independente de sua ao bacteriolgica e nascia o primeiro antidepressivo do grupo IMAO.

No final da dcada de 50,Kuhn,pesquisando efeitos antipsicticos da imipramina, substncia estruturalmente semelhante clorpromazina,descobria seus efeitos antidepressivos, fundando o grupo dos antidepressivos tricclicos.

Em 1960,com o clordiazepxido iniciava-se a era dos benzodiazepnicos que substituiam com grandes vantagens os barbitricos no tratamento farmacolgico dos estados de ansiedade.

Na dcada de 70 ocorria a difuso do uso de sais de ltio e de medicaes inicialmente ultilizadas na epilepsia(carbamazepina,cido valproico) como estabilizadores de humor.

Nos anos 80 eram lanados ou relanados os neurolpticos chamados atpicos e uma nova classe de antidepressivos, os ISRS(inibidores seletivos de recaptao de serotonina).

Nos anos 90 proliferaram os ISRS e foram lanados os IRSN(inibidores de recaptao de serotonina e noradrenalina) e os ISRN(inibidores seletivos de recaptao da noradrenalina).12

A moderna psicofarmacologia feita,portanto, de medicaes antipsicticas, antidepressivas,ansiolticas,estabilizadoras do humor e anti-epilpticas, distribuidas em vrios grupamentos qumicos com seus prottipos.

A extenso do uso provou que elas no eram to especficas quanto se imaginava inicialmente e,apesar de permanecer vigente a classificao por finalidades teraputicas bsicas,elas se modificaram sensivelmente, se ampliaram ou confluiram. Assim,verificou-se que os antidepressivos tratavam mais eficazmente alguns distrbios ligados angstia (sndrome do pnico,por ex) do que a maior parte dos ansiolticos;verificou-se que os neurolpticos podiam ser ultilizados em transtornos impulsivos ou em doenas pertencentes ao espectro obsessivo compulsivo(Gilles de la Torrete, por,ex);verificou-se que algumas medicaes antiepilpticas podiam ser ultilizadas para tratamento e preveno de transtornos de humor ou afetivos...

A maior parte das descobertas fundamentais da psicofarmacologia decorreu de observao clnica ou se deu por acaso,como um achado, precedendo em muitos anos os modelos tericos destinados a explicar seus efeitos.Somente no final da dcada de 60 surgiu o modelo da neurotransmisso cerebral e o modelo da ao farmacolgica, sugerindo que os psicofrmacos agiam ou nos neurotransmissores ou nos neuroreceptores ou em ambos.

A revoluo psicofarmacolgica que,em torno de 10 anos, modificou o cenrio da teraputica estava,por um lado, em estreita continuidade com o perodo anterior j que prosseguia as pesquisas destinadas a decobrir ou sintetizar substncias capazes de modificar o estado psquico.A descontinuidade se produziu nos mtodos, profundamente transformados pelo desenvolvimento vertiginoso das neurocincias catalizado pelos psicotrpicos.

A utilizao, pelo homem, de produtos vegetais, animais e minerais milenar; tanto para a sade, como para rituais religiosos ou culturais. Muitos deles, hoje denominados substncias psicoativas, psicotrpicos ou psicofrmacos, tm ao no sistema nervoso central (SNC).

Os transtornos mentais, em geral, foram considerados pela Medicina somente no sculo XIX, com a atuao asilar dos alienistas. Em 1892, a obra de Kraepelin Sobre as influncias de alguns medicamentos em determinados fenmenos psquicos elementares lana o nome farmacopsicologia e apresenta os estudos sobre a morfina, ch, lcool, cloraldedo e paraldedo (OLIVEIRA, 1994).

Na dcada de 1950 surge a psicofarmacologia, com um antipsictico chamado clorpromazina. Da em diante, surgiram os ansiolticos, antidepressivos, estabilizadores de humor, hipnticos, estimulantes e outros. At hoje, as pesquisas e as evolues de maior repercusso na rea psiquitrica baseiam-se, direta ou indiretamente, na psicofarmacologia. Inclusive, em 1917, o psiquiatra Julius Von Wagner Jauregg ganhou o Prmio Nobel com a introduo da toxina da malria para tratar a sfilis (KAPLAN et al., 1997).

Os chamados psicofrmacos ou drogas psicoteraputicas tornaram-se, com o tempo, de domnio mdico entre as diversas especialidades, como na Odontologia e na Medicina Veterinria. Os psiclogos no so legalmente autorizados a prescreverem medicamentos, embora alguns o faam com os chamados florais e outros.

Alguns psicotrpicos so usados demasiadamente, por vezes, sem uma devida indicao e controle mdico, como o caso de hipnticos e os ansiolticos, popularmente conhecidos como sonferos e calmantes, respectivamente. A mxima de que a propaganda a alma do negcio no deveria ser to verdadeira na relao mdico-indstria farmacutica, a fim de inibir, assim, estes profissionais de lanarem mo dos psicofrmacos frente a situaes nas quais o alivio da prpria ansiedade em prescrev-los seriam a prioridade, substituindo tal conduta por um encaminhamento a quem de devido.

O preconceito em relao aos transtornos mentais, aos psicofrmacos e aos profissionais especialistas da rea , por vezes, mais exacerbado entre os prprios colegas da sade, o que pode inviabilizar um encaminhamento claro e desprovido de estigmas, assim como um tratamento interdisciplinar adequado.

A prtica da psicofarmacologia clnica exige habilitao e capacitao de diagnosticador e psicoterapeuta (KAPLAN et al.,1997), alm de conhecimento da farmacodinmica, farmacocintica, posologia, tempo de uso, efeitos colaterais, interaes medicamentosas e contraindicaes da droga selecionada, embasados na histria de vida do paciente, seu estado geral e planejamento do tratamento.

Fonte: PORTAL EDUCAO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificadohttp://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/42309/psicofarmacologia#ixzz3e59AdMfI

http://www.brasilmedicina.com.br/noticias/pgnoticias_det.asp?Codigo=1275Por Alex Sandro Tavares da Silva *A Farmacologia o estudo e o uso cientfico de substncia qumicas que alteram o funcionamento do ser vivo com o objetivo de tratar alguma desordem. Do ponto de vista psicolgico temos a Psicofarmacologia, que uma prtica na rea da sade relativamente recente, seu nascimento remonta principalmente para o final da dcada de 1940, quando se deu a inveno de substncias que prometiam alterar o funcionamento neuropsicolgico do sujeito tido como doente mental.

A explicao para o funcionamento da Psicofarmacologia o mesmo para a eficcia da Psicoterapia. Do ponto de vista bioqumico, ambas as estratgias clnicas alterariam o funcionamento neuropsicolgico e fariam uma espcie de "restruturao" nas conexes entre neurnios (clulas nervosas do nosso sistema nervoso central - SNC).

"... eu gostaria de levantar uma idia simplista, mas talvez relevante, segundo a qual o nvel final de resoluo para a compreenso de como a interveno psicoteraputica funciona idntica ao nvel com que ns estamos atualmente buscando entender como intervenes psicofarmacolgicas funcionam - ao nvel individual de clulas nervosas e suas conexes." (Eric Kandel, 1979: 1028). Em 1949 aconteceu a avaliao do primeiro "remdio psicolgico", quando o australiano John F. Cade comprovou que o carbonato de ltio estabilizava o humor do "doente bipolar", tambm rotulado de "psictico manaco-depressivo".

Essa nova interveno ficou potencializada em 1952 quando, na Frana, os pesquisadores Jean Delay e Pierre Deniker utilizaram e testaram o neurolptico clorpromazina durante trs dias em oito pacientes psicticos, os quais tiveram uma reduo das suas alucinaes auditivas. Assim, essa droga (tida como o "primeiro psicotrpico eficaz") deu impulso ao tratamento qumico de determinados transtornos psicolgicos. Em outras palavras, a clorpromazina (o primeiro "antipsictico") inaugurou a Psicofarmacologia.

Psicologia e PsicofarmacologiaDesde de setembro de 1991, h um programa do "Departamento de Defesa" dos EUA, no qual psiclogos militares prescrevem remdios. Desde de 1999 h locais com legislaes que normalizam essa estratgia qumica do psiclogo clnico. Em 2002, o governador Gary Johnson, usando os timos resultados do "Departamento de Defesa" americano, aprovou uma lei que autorizou que os psiclogos com ps-graduao em Farmacologia pudessem prescrever remdios.

O ps-graduao em Farmacologia para psiclogos tem durao de 450 horas, com prtica clnica supervisionada e conta com uma certificao nacional. Esse curso americano conta com disciplinas, que os psiclogos brasileiros j cursam na sua graduao, como, por exemplo: psicofarmacologia, neuroanatomia, neurofisologia, clinica farmacolgica, farmacologia, fisiopatologia, epidemiologia, etc. Aps aprovado no exame nacional, o psiclogo recebe uma licena para praticar a prescrio de remdios (com superviso) durante 02 anos. Aps esse tempo, o psiclogo est apto prescrever remdios sem superviso.

Conforme o psiclogo americano Ph.D Russ Newman (2002), Diretor Executivo do setor de Prticas Profissionais da "American Psychological Association" (APA) esses cursos de ps-graduao garantem uma prescrio segura e efetiva. Newman comenta que com essa nova estratgia os psiclogos promovero mais qualidade na sua interveno e reduo de custos, j que as pesquisas cientficas (realizadas tambm por psiclogos clnicos e neuropsiclogos) mostram que a combinao de psicoterapia com o uso dos remdios produz resultados mais rpidos no tratamento de determinadas patologias (ex.: depresso, TOC, pnico, etc.). Atualmente h vrios territrios que desenvolveram legislaes que autorizam o psiclogo a prescrever remdios, como: Louisiana, Novo Mxico, Georgia, Illinois, Hawaii, Tennessee, Guam. Nos ltimos 10 anos mais de 13 estados americanos criaram legislao sobre a prescrio de remdios pelo psiclogo.

No Brasil j existem inmeros psiclogos com especializao, mestrado, doutorado e ps-doutorado na rea farmacolgica. Como comentam os psiclogos Dr. Jesus Landeira-Fernandez e Dr. Antnio Pedro de Mello Cruz: "... tambm nosso objetivo chamar a ateno do psiclogo clnico para o fato de que sua prtica pode e deve ser enriquecida atravs da aquisio de conhecimento e treinamento necessrio para o emprego de drogas psicotrpicas. Entre as vrias razes que justificam esse direito est o grande avano que a psicofarmacologia vem conquistando graas pesquisa bsica, que conta, inclusive, com grande participao de pesquisadores com formao em psicologia. Outra razo importante que drogas psicotrpicas, bem como as psicoterapias, parecem atuar de forma semelhante no sistema nervoso central." (LANDEIRA-FERNANDEZ; CRUZ, 1998)

PSICOFARMACOLOGIA - INTRODUO O que psicofarmacologia? o estudo dos frmacos utilizados nas diversas patologias psquicas, seu mecanismo de ao no SNC e comportamentos esperados dos indivduos que os utilizam. Histrico: Sabe-se que o uso de produtos vegetais, animais e minerais milenar. Hoje, muitas dessas substncias so denominadas psicoativas, psicotrpicas ou psicofrmacos e tm ao no SNC. Na dcada de 50, surge a psicofarmacologia com a descoberta de um antipsictico (clorpromazina) e da pra frente surgiram os ansiolticos, antidepressivos, estabilizadores de humor, hipnticos, estimulantes e outros. Favoreceu muito os pacientes com algum transtorno mental, que antes necessitavam de um isolamento social ou internaes hospitalares e hoje fazem uso desses frmacos em seus lares, com acompanhamento ambulatorial de seus mdicos. Qual a relao do Psiclogo com a psicofarmacologia? Os Psiclogos no so legalmente autorizados a prescreverem medicamentos; Psiclogos tm seus problemas perante os frmacos, devido s tcnicas psicoteraputicas que os possibilitam tratar pacientes psquicos; Em consequncia disto,os psiclogos se ocupam com problemas que interferem nos campos de trabalho da psiquiatria; Portanto, aumentou muito o contato entre psiclogos e mdicos, buscando diversos mtodos de trabalho que podem ser relacionados e eventualmente integrados entre si. Da a importncia do psiclogo em conhecer a psicofarmacologia, seu mecanismo de ao e eventuais comportamentos desencadeados em pacientes que utilizam determinados frmacos; Sempre visando grandes progressos para o paciente, j que este ter um tratamento coeso entre os profissionais. 2 A importncia da equipe multidisciplinar: Diversas categorias profissionais, como mdicos, dentistas, veterinrios, podem eventualmente prescrever os psicofrmacos, mas dentre essas vrias especialidades, os Psiquiatras quem devem faz-lo com maior propriedade; Para que o paciente tenha uma boa evoluo, todos os profissionais envolvidos, devem ter conhecimento do tratamento, trocar informaes e planejar condutas para o paciente. fato que alguns profissionais que trabalham em equipe, tem um contato maior com o paciente e familiares do que o prprio mdico, sendo solicitados frequentemente a reconhecer e levar em conta na sua atividade profissional, o efeito benfico ou no dos medicamentos no tratamento. Quando estes profissionais tm um conhecimento maior em psicofarmacologia, um relacionamento mais enriquecedor com a equipe possvel e os benefcios teraputicos atingidos so maiores. Este contato destes profissionais particularmente facilitado com um dos elementos da equipe, o psiquiatra. importante ressaltar, que um grande nmero de pessoas, utilizam psicotrpicos de forma indiscriminada, no levando em conta os horrios e dosagens adequadas, nem tendo conhecimento do real efeito do medicamento, da entra mais uma importante participao dos profissionais em orientar o paciente a conduta correta. 3 SINAPSES Sinapse um tipo de juno especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurnio. As sinapses podem ser eltricas ou qumicas (maioria). Tipos de Sinapses Sinapses eltricas As sinapses eltricas, mais simples e evolutivamente antigas, permitem a transferncia direta da corrente inica de uma clula para outra. Sinapses qumicas Via de regra, a transmisso sinptica no sistema nervoso humano maduro qumica. As membranas pr e ps-sinpticas so separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm - a fenda sinptica. A passagem do impulso nervoso nessa regio feita, ento, por substncias qumicas: os neuro-hormnios, tambm chamados mediadores qumicos ou neurotransmissores, liberados na fenda sinptica. 4 NEUROTRANSMISSORES Neurotransmissores so substncias liberadas por um neurnio, considerado como neurnio pr-sinpticos, em resposta a um estmulo. Esses Neurotransmissores so jogados no espao sinptico, e se unem a um neuroreceptor especfico no neurnio seguinte, chamado ento, neurnio ps-sinptico. Com freqncia em suas snteses intervm substncias precursoras e enzimas. So pequenos pedaos de protena que carregam informaes especficas. Normalmente, eles ficam armazenados em vesculas dentro da clula neuronal e so liberados quando h o estmulo nervoso. Os transmissores mais comuns, produzidos em quase todas as regies do crebro, so excitatrios ou inibitrios e exercem efeitos imediatos e breves: quando um neurnio recebe uma mensagem, este ativado ou entra em estado de repouso. A neurotransmisso qumica de fundamental importncia para o mecanismo de diversas patologias e para a ao de frmacos e a responsvel pela converso de energia eltrica para energia qumica entre um neurnio e outro na sinapse. A neurotransmisso, ento, implica na necessidade de sntese do transmissor, de armazenamento, e de liberao. Os transmissores tero ento que atuar em neuroreceptores 5 especficos da membrana ps-sinptica e ser removidos rapidamente da fenda sinptica por metabolizao, difuso ou recaptao. Os neurotransmissores se acoplam, assim, aos neuroreceptores. Cada neurotransmissor pode atuar sobre diversos subtipos de receptores de uma mesma categoria. Alem dos neuroreceptores ps-sinpticos para o neurotransmissor liberado, existem receptores pr- sinpticos que tambm so ativados pelo transmissor e inibem a secreo do mesmo. Este um mecanismo de feedback descrito para diversos neurotransmissores. Os neurotransmissores podem ser divididos em dois grupos distintos: um deles contm os transmissores com pequenas molculas de ao rpida, o outro composto por um grande nmero de neuropeptdios, com dimenses moleculares maiores e com ao mais lenta. No caso citaremos os transmissores com pequenas molculas de ao rpida que so os mais importantes. Eles so divididos da seguinte forma: Classe I: Aminas - Acetilcolina - Noradrenalina (Norepinefrina) - Adrenalina (Epinefrina) - Dopamina 6 - Serotonina - Histamina Classe II: Aminocidos - cido Gama-aminobutrico (GABA) - Glicina - Glutamato - Aspartato Classe III: Peptdeos Hipofisrios - Corticotrofina - Lipotrofina - Ocitocina - Vasopressina - Prolactina Os neurotransmissores de pequenas molculas e ao rpida so os que causam a maioria das respostas agudas do sistema nervoso, como a transmisso de sinais sensoriais para o encfalo e dos sinais motores para os msculos. Quase sem exceo esse tipo sintetizado no citosol do terminal pr-sinptico e, em seguida, absorvido, por transporte ativo, pelas numerosas vesculas transmissoras existentes no terminal. Depois disso a cada vez que um potencial de ao invade o terminal pr-sinptico, poucas vesculas de cada vez liberam seu transmissor na fenda sinptica. Caractersticas dos mais importantes: 7 Acetilcolina: secretada pelos neurnios de muitas regies enceflicas, mais especificamente pelas grandes clulas piramidais do crtex motor, por muitos dos neurnios dos gnglios da base, pelos neurnios motores que inervam os msculos esquelticos, pelos neurnios pr-ganglionares do sistema nervoso autnomo, pelos neurnios ps-ganglionares do sistema nervoso parassimptico e por alguns ps-ganglionares do sistema nervoso simptico. Na maioria

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