hormônios em frangos

download hormônios em frangos

of 16

Transcript of hormônios em frangos

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    1/16

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    2/16

    2Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    scientific information, and together with a correct divulgation, it is possible a long-termwork to elucidate this misconception. Efforts are necessary not only from the scientific

    press, but also from the common means of communication thus allowing a disclosure ofquality information grounded in scientific facts.Keywords:broilers, carcass residue, growth hormone, steroids, thyroid hormones

    1. Introduo

    H dcadas a falsa informao

    sobre o contedo de hormnios na carne

    de frango vem povoando o imaginrio

    do consumidor (Penz, 2012). O assunto

    se tornou to corriqueiro que hoje faz

    parte do senso comum da populao,

    sendo que tal fato foi propagado devido

    intensa contra-informao divulgada

    pela imprensa no especializada durante

    anos (Sheuermann et al., 2012). Estes

    acontecimentos resultaram na

    construo de um imenso sofisma,

    desinformando at mesmo os

    profissionais da sade humana, como

    mdicos e nutricionistas (Sheuermann et

    al., 2012). O preocupante que tal

    inverdade se torne to disseminada que

    os profissionais da rea tcnica, rgos

    do governo, e associaes ligadas

    cadeia no consigam reverter o quadro.

    No Brasil, desde 2004, h uma

    Instruo Normativa do Ministrio daAgricultura Pecuria e Abastecimento

    MAPA (IN n 17, de 18 de junho de

    2004) que em seu Art. 1 probe a

    administrao, por qualquer meio, na

    alimentao e produo de aves, de

    substncias com efeitos tireostticos,

    andrognicos, estrognicos ou

    gestagnicos, bem como de substncias

    -agonistas, com a finalidade de

    estimular o crescimento e a eficincia

    alimentar em frangos de corte. Tal IN

    alvo de intensa fiscalizao pelos fiscais

    federais do MAPA, garantindo que

    quaisquer destas substncias no sejam

    utilizadas na produo avcola. Porm, a

    despeito destes fatos, informaes

    errneas sobre o assunto ainda so

    veiculadas pelos mais variados meios de

    comunicao, perdurando em conversas

    informais do pblico em geral.

    Devido a estes fatos, objetiva-se

    elucidar, com embasamento

    estritamente tcnico, a respeito deste

    assunto to polmico e controverso que

    o suposto contedo de resduos

    hormonais na carne de frango.

    2. Os Chamados MemesUm meme considerado

    como uma unidade de informao que

    se multiplica de crebro em crebro ou

    entre locais onde a informao

    armazenada como livros e mdias

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    3/16

    3Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    eletrnicas. Este termo foi criado em

    1976 pelo bilogo Richard Dawkins em

    seu livro O Gene Egosta. Segundo

    Dawkins (1976), um meme para amemria o anlogo do gene na gentica,

    a sua unidade mnima, sendo

    considerado uma unidade de evoluo

    cultural, que de alguma forma pode se

    autopropagar.

    Com a chegada da era digital, a

    velocidade com que estas unidades de

    informao se disseminam extremamente rpida. Assim, o controle

    das instituies (governos e entidades)

    sobre elas se tornou quase nula (Bayley

    et al., 2009). O problema se conjectura

    quando a confiabilidade destas

    informaes corrompida, resultando

    em grande desinformao de uma

    grande massa de pessoas. Uma vez

    liberado na rede, um meme dificilmente

    pode ser inibido ou anulado, torna-se

    um bem pblico, sejam os seus efeitos

    positivos ou negativos (Bayley et al.,

    2009).

    Anteriormente era digital (na

    dcada de 60) o mito sobre o contedo

    de resduos de hormnios na carne de

    frango j existia (Penz, 2012). Porm, a

    velocidade com que esta contra-

    informao se disseminava era baixa. A

    era digital potencializou a propagao

    deste mito, causando grande estrago.

    Apesar da grande quantidade de

    informao tcnica a respeito do

    assunto (publicada em peridicos

    especializados), esta mantida sob odomnio de especialistas, dificilmente

    chegando ao conhecimento do grande

    pblico (Sheuermann et al., 2012).

    3. Hormnios e Produo

    A ideia da utilizao de

    hormnios na produo animal no

    nova, desde a dcada de 1940pesquisadores tm investigado a

    respeito do assunto (Turner, 1948). Em

    1948, Turner foi um dos pioneiros a

    reportar a ineficincia da utilizao de

    hormnios na produo de frangos de

    corte. Em seu experimento administrou

    andrgenos oralmente s aves, no

    obtendo nenhum efeito positivo no

    ganho de peso e no depsito de carne

    magra. Porm, foi nas dcadas de 1980

    e 1990 que um maior nmero de

    pesquisas foram realizadas a respeito do

    assunto. Vrios tipos diferentes de

    hormnios foram investigados com a

    finalidade de obter algum resultado

    positivo na produo de carne de

    frango.

    3.1 Hormnios do Crescimento

    Quando a ideia ganho de peso,

    o primeiro hormnio que influencia

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    4/16

    4Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    diretamente no desenvolvimento de

    rgos, msculos e esqueletos o

    hormnio do crescimento (Macari et al.,

    2002). O hormnio do crescimento dasaves (cGH) sintetizado pela glndula

    hipfise e possui receptores nos mais

    variados tecidos como o sseo,

    muscular e rgos internos (fgado,

    corao e etc...) (Halevya et al., 1996).

    Segundo Halevya et al. (1996), nestes

    tecidos h receptores (cGH-R) que se

    ligam ao cGH e induzem a sntese dehormnio do crescimento similar a

    insulina (IGF-I). Este por sua vez

    estimula expresso de mRNA, e

    consequentemente potencializam a

    proliferao celular e diferenciao.

    A participao do IGF-I no

    metabolismo de aves se mostra ainda

    repleta de lacunas a serem preenchidas.

    Segundo Vasilatos-Younken & Scanes

    (1991), a atuao do IGFI no

    crescimento de tecidos ainda no

    clara, principalmente no tocante ao

    estmulo diferenciao e proliferao

    celular. Segundo estes autores, outros

    peptdeos podem estar envolvidos no

    estmulo a expresso de RNAm,

    necessitando maior esclarecimento

    desta rota metablica. Isto pode explicar

    uma srie de resultados inconsistentes

    na administrao destes hormnios com

    o objetivo de induzir o crescimento

    corporal. Outras pesquisas foram

    realizadas para desvendar o

    funcionamento destes hormnios, e

    como estes interagem entre siresultando no crescimento das aves.

    Hodik et al. (1997) estudaram como o

    cGH afeta a proliferao e diferenciao

    das clulas satlites dos msculos

    esquelticos em um ensaio in vitro.

    Estes pesquisadores demonstraram a

    interao entre o cGH, IGF I e o fator

    de crescimento fibroblstico bsico(bFGF). Tanto o bFGF quanto o cGH

    induzem a expresso de receptores para

    o cGH (cGH-R). Porm, o bFGF induz

    uma sntese mais rpida dos receptores

    cGH-R que o prprio cGH. Portanto,

    podem haver outros fatores ainda no

    estudados que conjuntamente ao cGH

    so preponderantes sntese de

    receptores cGH-R. Isto denota que a

    injeo artificial destes hormnios pode

    no ser efetiva devido falta de

    estmulo sntese destes receptores

    especficos (cGH-R). A sntese destes

    receptores pode depender de outros

    fatores que no so desencadeados pela

    simples administrao de um nico

    hormnio em especfico.

    McGuinness & Cogburn (1991)

    pesquisaram a ao do hormnio do

    crescimento similar a insulina

    recombinante humano (rhIGF-I) em

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    5/16

    5Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    aves de produo. Este hormnio foi

    administrado, via intramuscular, na

    ordem de 100 ou 200 g/kg de peso

    corporal diariamente, do 11 ao 24 diade vida das aves. A administrao deste

    hormnio no apresentou resultados

    positivos quanto taxa de ganho de

    peso e consumo das aves. Ao verificar

    os nveis de GH circulantes no plasma

    sanguneo, foi reportada uma

    diminuio deste ao se administrar 200

    g de rhIGF-I por kg de peso vivo nasaves. Isto parece demonstrar a

    existncia de um feedback negativo

    entre os nveis de IGF-I e a secreo de

    GH via hipfise.

    Variantes do hormnio do

    crescimento das aves tambm foram

    estudados. Burke et al. (1987)

    investigaram o efeito do hormnio do

    crescimento das aves recombinante

    (rcGH) administrado a aves de

    produo. Estes pesquisadores

    verificaram aumento nos nveis de

    insulina e triacilgliceris no plasma

    sanguneo de frangas, o que poderia

    denotar aumento nos processos

    anablicos. Porm, os resultados de

    tamanho de tbia, deposio de protena

    na carcaa, contedo de cinzas e

    reteno de nitrognio no apresentaram

    diferenas significativas. Estes

    pesquisadores concluram que o nvel

    de cGH circulante no plasma no seria

    fator limitante ao crescimento e ganho

    de peso de aves. Outros pesquisadores

    tambm estudaram a ao do rcGH.Peebles et al. (1988) administraram este

    hormnio via endovenosa duas vezes ao

    dia, do segundo ao 14 dia de vida de

    frangos de corte. No foram verificados

    quaisquer efeitos relacionados ao ganho

    de peso e converso alimentar. Estes

    autores demonstraram a ineficincia da

    administrao deste hormnio sobre osfatores produtivos das aves. Outra

    questo seria a grande mo de obra

    empregada na administrao, duas

    vezes ao dia, durante 12 dias de

    desenvolvimento das aves. Este fato

    inviabilizaria tal manejo do ponto de

    vista comercial, mesmo se os resultados

    de desempenho fossem promissores.

    Vasilatos-Younken (1999) em

    uma intensa reviso sobre a influncia

    do GH sobre o desenvolvimento de aves

    de produo, e a sua intricada relao

    com IGF-I como mediador de suas

    aes, concluiu que estes dois

    hormnios tm efeitos diretos sobre a

    proliferao das clulas satlites dos

    msculos esquelticos. Entretanto, a

    administrao exgena destes

    hormnios no apresentou nenhum

    aumento sobre a produo de msculos

    esquelticos, acmulo de protena na

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    6/16

    6Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    carcaa, ou qualquer sinal de influncia

    sobre o anabolismo de msculos

    estriados em aves de produo nos

    artigos pesquisados.Os resultados a respeito da

    utilizao destes hormnios podem ser

    contraditrios. Leung et al. (1986) ao

    tratarem aves de produo com cGH e

    GH humano pancretico (hpGRF)

    verificaram sensvel ganho de peso aos

    14 dias de vida das aves. Porm, este

    ganho de peso no se manteve at oabate das aves. Rosebrough et al. (1991)

    trabalhando com doses pulsteis (123

    g/kg de peso corporal/dia), por um

    perodo de 10 minutos a cada 90

    minutos, durante 7 dias, no verificaram

    efeito desejvel no ganho de peso,

    consumo ou crescimento de ossos e

    msculos. Porm, observaram

    diminuio na deposio de gordura

    abdominal.

    Ao contrrio do que se imagina,

    grandes quantidades de cGH via sntese

    endgena ou administrao artificial

    no desejvel. Quantidades acima de

    10 ng/ave de cGH resultam emfeedback

    negativo sntese de IGF-I, resultando

    em diminuio do crescimento celular

    dos tecidos (Halevya et al., 1996).

    Cogburn et al. (1989) estudaram a

    administrao de 100 ou 200 gde cGH

    e rcGH/kg de peso corporal,

    diariamente dos 3 aos 14 dias de vida

    das aves. Apesar dos nveis elevados de

    GH circulante no plasma aps 4 horas

    das injees, no foram encontradosquaisquer efeitos positivos no ganho de

    peso das aves. Ao invs disto, foi

    verificado elevado nvel de cidos

    graxos no esterificados no plasma, e

    consequente deposio de gordura

    abdominal, na ordem de 117% superior

    s aves sem administrao hormonal.

    Estes pesquisadores concluram umaineficincia da administrao destes

    hormnios ao tentar potencializar a

    deposio de carne magra na carcaa

    destas aves.

    Resultados negativos tambm

    foram verificados por Cravener et al.

    (1989). Estes pesquisadores tambm

    no verificaram quaisquer efeitos

    positivos ao administrar cGH via

    subcutnea com veculo oleoso de

    liberao lenta. Estes pesquisadores no

    observaram diferenas nos padres de

    ganho de peso, consumo e crescimento

    sseo, apesar da elevao da

    concentrao de GH no plasma destas

    aves 24 horas aps a administrao do

    hormnio. Entretanto, verificaram um

    rendimento de carcaa e tamanho do

    fgado inferiores s aves sob tratamento

    hormonal. Isto denota que a

    administrao deste tipo de hormnio

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    7/16

    7Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    pode piorar os parmetros de

    desempenho das aves e

    comprometimento do desenvolvimento

    dos rgos.A maneira como a dosagem

    realizada tambm foi estudada por

    Moellers & Cogburn (1995), os quais

    testaram infuso contnua de cGH na

    dosagem de 120g/kg de peso corporal

    ao dia, ou em pulsos 15 g/kg de peso

    corporal em intervalos de 3 horas. Foi

    verificado aumento na deposio degordura abdominal de 13% no caso da

    infuso contnua e 17% no caso da dose

    pulstil de cGH, sem diferenas no

    ganho de peso, reduzindo-se desta

    forma o contedo de protena corporal e

    cinzas da carcaa. Mesmo que tal

    procedimento fosse vivel tecnicamente

    em sistemas de produo, com estes

    resultados provada a ineficincia da

    administrao destes hormnios.

    Cravener et al. (1990) reportaram

    resultados ainda mais preocupantes em

    relao administrao contnua de GH

    em aves de produo. Estes

    pesquisadores verificaram decrscimo

    na taxa de transcrio de cidos

    nuclicos, e induo de hepatomegalia

    nas aves testadas. Vasilatos-Younken et

    al. (1988) tambm verificaram sinais de

    hepatomegalia ao administrar cGH via

    catteres intravenosos por 10 minutos, a

    cada 90 minutos, durante 21 dias

    consecutivos em frangas de oito

    semanas de idade. Uma explicao pode

    ser o fato de que a concentrao doRNAm para IGF-I em aves tratadas com

    cGH o dobro em tecidos como de

    rgos como bao e fgado que em

    outros rgos (Rosselot et al., 1995).

    Estes fatos levam a acreditar que, mais

    do que no funcionar como promotor de

    ganho de peso, a administrao de

    hormnios pode levar aocomprometimento da sade das aves.

    3.2 Hormnios Esteroidais

    Hormnios esteroidais so os

    mais comumente relacionados como

    residuais na carne de frango de corte,

    sobretudo a suposta presena de

    estrognio nos cortes de asas de frango.

    Estudos avaliando o uso de hormnios

    esteroidais para aves so menos

    frequentes que em mamferos,

    principalmente devido ao baixo sucesso

    das pesquisas (Sheuermann et al.,

    2012). No entanto, a utilizao destes

    hormnios exgenos na produo

    avcola dificilmente demonstra

    resultados positivos.

    Fennell & Scanes (1992)

    estudaram o efeito de implantes

    silsticos em frangos de corte machos e

    fmeas, castrados ou no, contendo

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    8/16

    8Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    testosterona e seus anlogos (5-

    dihidrotestosterona - 5-DHT; e 19-

    nortestosterona (19-NorT)). Estes

    verificaram efeitos andrognicosdiferenciados, apresentando a seguinte

    sequncia de atividade: 5-DHT>

    testosterona >19-NorT. Foi verificada

    grande ao andrognica da ao destes

    hormnios, induzindo o crescimento de

    cristas e barbelas. Entretanto, no foram

    verificadas quaisquer atividades

    anablicas destes hormnios para asaves, ao contrrio, prejudicou o seu

    desenvolvimento. Todos os andrgenos

    apresentaram supresso no crescimento

    muscular e esqueltico, concluindo que

    a administrao destes hormnios

    andrognica, mas no anablica para as

    aves.

    Pesquisando o efeito da

    castrao e adio de implantes de

    colesterol, testosterona, 5-

    dihidrotestosterona (5-DHT) e 19-

    nortestosterona (19-NorT), Chen et al.

    (2010b) verificaram aumento no peso

    do msculo da coxa em animais com

    implantes de 19-NorT, e decrscimo em

    aves implantadas com colesterol. Aves

    implantadas com 5-DHT e 19-NorT

    apresentaram menor quantidade de

    gordura no msculopectoralis major, e

    maior atividade da enzima miosina

    ATPase. A atividade desta enzima est

    correlacionada positivamente com o

    tipo de contrao rpida dos msculos

    (fibras brancas), e inversamente

    correlacionada ao de contrao lenta(fibras vermelhas) (Brny, 1967). Isto

    caracteriza que os hormnios esteroidais

    podem alterar a composio da

    musculatura das aves, porm, implantes

    desta natureza esto distantes da

    realidade da indstria avcola devido ao

    alto custo, e impacto ao ganho de peso

    devido aos processos ps-operatrios.Outra questo a influncia da

    administrao destes hormnios via

    implantes sob o acmulo de gordura

    abdominal. Chen et al. (2010a)

    reportaram alto acmulo de gordura

    abdominal em aves implantadas com

    19-NorT. O acmulo de gordura

    abdominal extremamente

    desinteressante e antieconmico

    indstria avcola, sendo mais um fator

    para a no utilizao de implantes desta

    natureza.

    Estudos semelhantes tambm

    foram conduzidos com perus (Harvey

    et al., 1979). Perus fmeas foram

    implantadas na 3 e 11 semanas de vida

    com implantes contendo testosterona.

    Os nveis sricos de GH foram

    monitorados e apresentaram correlao

    positiva realizao dos implantes,

    porm, no foram verificados nenhum

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    9/16

    9Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    resultado consistente em relao ao

    ganho de peso e desempenho das aves.

    Com isso, pode-se concluir que alm de

    no efetivos, no objetivo de aprimorar odesempenho de aves, os implantes com

    hormnios esteroidais apresentam-se

    caros e antieconmicos.

    3.3 Hormnios da Tireide

    A importncia dos hormnios

    produzidos pela glndula tireide sobre

    o metabolismo das aves foidemonstrada por Moore et al. (1984).

    Estes pesquisadores verificaram severa

    deficincia do desenvolvimento

    muscular ao realizar tireidectomia em

    aves. King & King (1973) verificaram

    resultados semelhantes ao induzir

    hipotiroidismo em aves ao administrar

    propiltioracil em aves de produo. Ao

    retirar o tratamento com o frmaco, e

    utilizar hormnios tiridais exgenos,

    os nveis sricos destes hormnios

    retornaram ao normal, bem como o

    desaparecimento dos efeitos deletrios

    do hipotiroidismo.

    Pesquisas a respeito da

    utilizao de hormnios da glndula

    tireide para a promoo de

    desempenho das aves so raras,

    principalmente devido ineficincia da

    tcnica. May (1980) realizou um ensaio

    de crescimento adicionando 3,5,3'-

    triiodotironina (T3), tiroxina (T4), e um

    anlogo T3 (3,3',5'-triiodotironina),

    em raes de frango de corte. As

    pesquisas no apontaram qualquereficincia na administrao desses

    hormnios sobre o desempenho das

    aves. Estes resultados inferem que

    tambm esta categoria de hormnios

    no pode ser utilizada no intuito de

    promover a performance de aves de

    produo.

    4. A Razo do Alto Crescimento das

    Aves

    A pergunta que os consumidores

    frequentemente realizam sobre a

    produo de frangos , se no existe

    hormnio, como explicar o fantstico

    crescimento dos frangos, que podem ser

    abatidos com apenas 42 dias? Tal fato

    pode ser explicado por meio dos

    avanos nas reas de gentica, nutrio,

    sanidade, manejo e ambincia (Bellaver,

    2006; Penz, 2012; Sheuermann et al.,

    2012). As linhagens comerciais de

    frango de corte apresentam ganhos

    genticos considerveis todos os anos,

    produzindo aves cada vez mais

    produtivas e precoces (Martins et al.,

    2012). A pesquisa gentica com aves se

    d mais intensamente que em qualquer

    outra espcie animal, devido a um

    menor intervalo entre geraes e maior

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    10/16

    10Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    nmero de descendentes que em outras

    espcies de interesse zootcnico

    (Bellaver, 2006). Com isso, estas aves

    se tornam cada vez mais exigentes nosquesitos de manejo, nutrio, sanidade e

    bem estar; desta maneira, implicando

    em pesquisas e avanos tambm nestas

    reas, a fim de acompanharem estes

    avanos.

    O impacto dos avanos

    genticos foi evidenciado por

    Havenstein et al. (2003a,b). Em doistrabalhos estes pesquisadores avaliaram

    frangos de uma linhagem comercial

    do ano de 2001 e aves de um banco de

    genes onde no sofreram quaisquer

    avanos genticos desde 1957,

    alimentadas com dietas confeccionadas

    para atender s exigncias das linhagens

    comerciais contemporneas a 2001 e

    dietas relativas s utilizadas em 1957.

    Foram avaliados parmetros de

    desempenho, viabilidade e de carcaa.

    Em relao ao ganho de peso, verificou-

    se pequena diferena no desempenho

    referente ao impacto causado pela rao

    moderna comparada de 1957 (10 a

    15%) (Tabela 1). O maior avano foi

    observado pela diferena na gentica,

    resultando em ganhos de at 320%. Os

    ganhos genticos foram preponderantes

    tambm em relao aos parmetros de

    carcaa, resultando em um rendimento

    de peito 60% superior nas linhagens

    modernas, quando comparadas gentica de 1957 (Havenstein et al.,

    2003b).

    5. Resduos de Hormnios na Carcaa

    No se sabe ao certo como

    surgiu a ideia da presena de resduos

    hormonais provenientes de suposta

    utilizao na produo avcola(Bellaver, 2006). O fato que tal

    sofisma est enraizado na cultura

    popular de tal forma que seria quase

    impossvel retroceder tal quadro. Com o

    objetivo de avaliar a opinio do

    consumidor de uma cidade do interior

    do estado de So Paulo, Alves et al.

    (2009) evidenciaram tal fato. Em sua

    pesquisa 68% dos entrevistados

    afirmaram j ter ouvido falar da

    existncia de resduos de hormnios na

    carne de frango (Tabela 2).

    Curiosamente que, apesar de

    tal crena, isto no influenciou de

    maneira significativa na escolha de

    consumo. Nesta entrevista, 98% das

    pessoas admitiram consumir

    periodicamente carne de frango.

    O fato que a presena destes

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    11/16

    11Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    Tabela 1. Peso corporal (em g) de frangos de corte de linhagens, e sob dietas

    correspondentes aos anos de 1957 e 2001

    Linhagem DietaDias de vida

    21 42 56 70 842001 2001 743 2.672 3.946 4.808 5.520

    2001 1957 612 2.126 2.984 3.844 4.480

    1957 2001 195 578 886 1.226 1.611

    1957 1957 176 539 809 1.117 1.430

    Fonte: Havenstein et al. (2003a)

    Tabela 2. Caracterizao do consumidor de Dracena (SP) sobre o mito da presena de

    hormnios na carne de frango

    Sexomasculino 36%

    feminino 64%

    Idade

    49 anos 26%

    Escolaridade

    analfabetos 2%

    fundamental incompleto 6%

    fundamental 10%

    ensino mdio incompleto 6%

    ensino mdio 36%

    superior incompleto 6%

    superior 34%

    Consomem carne de frango

    regularmente

    sim 98%

    no 2%

    Vem diferena na criao de

    frango atual

    sim 66%

    no 34%

    Presena de hormnio na carnesim 68%

    no 32%

    Fonte: Alves et al. (2009)

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    12/16

    12Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    hormnios na carne bovina, suna, de

    aves, no leite e nos ovos considerada

    vestigial de concentrao muito

    pequena (Hartmann et al., 1998). Apresena destes traos hormonais,

    principalmente de esteroides, devido

    ao metabolismo natural destes animais e

    no adio indiscriminada em raes,

    ou por outras vias como imagina o

    grande pblico. Hartmann et al. (1998)

    reportaram algumas concentraes nos

    mais variados alimentos, inclusive emfontes vegetais, reportaram em mdia as

    seguintes concentraes: 10 gd1

    progesterona, 0,05 g d1 testosterona,

    0,1 g d1 estrgenos, 0,5 g d1

    DHEA. Concluram em seu trabalho

    que tais concentraes seriam

    insignificantes comparados aos volumes

    sintetizados diariamente pelo corpo

    humano. Uma curiosidade deste

    trabalho que, fontes de alimentos

    vegetais conteriam a mesma quantidade

    de esteroides (fitoestrgenos, anlogos

    vegetais aos estrgenos) que a carne

    bovina e o leite. Tal fato poderia levar

    falsa argumentao de que a carne de

    frango seria problemtica quanto a estes

    hormnios, devido ao frango consumir

    estes ingredientes vegetais (farelo de

    soja). A primeira barreira para reduzir

    este efeito est no metabolismo da

    prpria ave, e a passagem destes

    esteroides pelo fgado, transportados

    pelas lipoprotenas de muito baixa

    densidade (VLDL) (Macari et al.,

    2002). Uma segunda etapa seria que,cerca de 90% dos esteroides ingeridos

    so desativados quando passam pelo

    fgado humano (Hartmann et al., 1998).

    Os profissionais da nutrio humana

    constantemente tm recomendado o

    consumo de aves ditas caipiras ou

    orgnicas sob o falso pretexto de

    conter um menor contedo dehormnios, sobretudo o estrgeno

    (Penz, 2012). Entretanto, tais

    argumentos se mostram falaciosos

    devido falta de embasamento

    cientfico. No Egito, Sadek et al. (1998)

    analisaram a carne e fgados de frangos

    oriundos de produo industrial, e os

    chamados de quintal e chegaram a um

    resultado intrigante. O contedo de

    estrgenos na carne de frangos oriundos

    da avicultura moderna era cerca de trs

    vezes menor que o encontrado nos

    tecidos dos animais criados solta

    (Tabela 3). Este fato pode ser

    plenamente explicado sob a luz dos

    conhecimentos de fisiologia das aves.

    Aves de produo, apesar do seu rpido

    crescimento, atingem a maturidade

    sexual prximo s 18 semanas de vida

    (Macari et al., 2002). Com isso, as aves

    de crescimento lento esto muito mais

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    13/16

    13Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    prximas maturidade sexual com o

    advento do abate, resultando em nveis

    hormonais maiores em seus tecidos que

    aves abatidas precocemente.

    6. Consideraes Finais

    A utilizao de hormnios

    exgenos na criao de frangos de corte

    ilegal e invivel tanto tecnicamente

    quanto economicamente. O mito da

    existncia de resduos hormonais

    disseminado intensamente na populaobrasileira. Para reverter este quadro de

    desinformao preciso que no s a

    imprensa especializada, como tambm

    os meios comuns de comunicao sejam

    atores na veiculao de fatos verdicos,

    de cunho cientfico, sobre o assunto.

    7. RefernciasALVES, L.C.; CUENCAS, C.D.C.;POLLI, D. et al. Caracterizao doconsumidor de Dracena sobre o mito da

    presena de hormnios na carne defrango. In: V Simpsio de Cincias daUNESP Dracena. VI Encontro deZootecnia UNESP Dracena. Anais...Dracena, 22 a 24 de setembro de 2009.3p.

    BAILEY, T.L.; BODEN, M.; BUSKE,F.A. et al. Meme suite: tools for motifdiscovery and searching. Nucleic AcidsResearch, v.37, p.202-208, 2009.

    Tabela 3. Contedo de estradiol (g/kg) no msculo e fgado de frangos de corte

    Bairros de Alexandria -

    EgitoTecido

    Amostras

    Supermercados Criao prpria

    El-Amria Msculo 0,412 1,300

    Fgado 1,462 1,821

    El-Gomrok Msculo 0,706 0,865

    Fgado 1,180 4,216

    Oeste Msculo 0,206 0,582

    Fgado 0,912 1,500

    Centro Msculo 0,721 1,040

    Fgado 0,312 1,170

    Leste Msculo 0,308 0,521

    Fgado 0,602 2,461

    Montaza Msculo 0,312 0,708

    Fgado 0,580 1,402

    Fonte: Sadek et al. (1998)

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    14/16

    14Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    BRNY, M. ATPase Activity ofmyosin correlated with speed of muscleshortening. The Journal of GeneralPhysiology, v.50, n.6, p.197-218, 1967.

    BELLAVER, C. 2006. 4p. Embrapasunos e aves. Disponvel em:. Acessoem: 11/12/2013.

    BURKE, W.H.; MOORE, J.A.; OGEZ,J.R. et al. The properties of recombinantchicken growth hormone and its effectson growth, body composition, feedefficiency, and other factors in broilerchickens. Endocrinology, v.120, n.2,

    p.651-658, 1987.

    CHEN, K.L.; LEE, T.Y.; HUANG, C.C.et al. Effect of caponization andexogenous androgens implantation on

    blood lipid and lipoprotein profile inmale chickens. Poultry Science, v.89,n.5, p.924-930, 2010a.

    CHEN, T.T.; HUANG, C.C.; LEE, T.Y.et al. Effect of caponization and

    exogenous androgen implantation onmuscle characteristics of male chickens.Poultry Science, v.89, n.3, p.558-563,2010b.

    COGBURN, L.A.; LIOU, S.S.; RAND,A.L.et al. Growth, metabolic andendocrine responses of broiler cockerelsgiven a daily subcutaneous injection ofnatural or biosynthetic chicken growthhormone. Journal of Nutrition, v.119,

    p.1213-22, 1989.

    CRAVENER, T.L.; VASILATOS-YOUNKEN, R.; WELLENREITER,R.H. Effect of subcutaneous infusion of

    pituitary derived chicken growthhormone on growth performance of

    broiler pullets. Poultry Science, v.68,n.8, p.1133-40, 1989.

    CRAVENER, T.L.; VASILATOS-YOUNKEN, R.; ANDERSEN, B.J.Hepatomegaly induced by the pulsatile,

    but not continuous, intravenousadministration of purified chickengrowth hormone in broiler pullets: livercomposition and nucleic acid content.Poultry Science, v.69, p.5, p.845-848,1990.

    DAWKINS, R. O gene egosta. OxfordUniversity Press, 1st edition, 352p.,1976.

    FENNELL, M. J.; SCANES, C.G.Inhibition of growth in chickens by

    testosterone, 5-Dihydrotestosterone,and 19-Nortestosterone. PoultryScience, v.71, n.2, p.357-366, 1992.

    HALEVYA, O.; HODIKA, V.;METTA, A. The effects of growth

    hormone on avian skeletal musclesatellite cell proliferation anddifferentiation. Geneneral andComparative Endocrinology, v.101,n.1, p.4352, 1996.

    HARTMANN,S.;LACOR, M.; STEINHART,H. Naturaloccurrence of steroid hormones in food.Food Chemistry, v.62, n.1, p.720,1998.

    HARVEY, S.; SCANES,C.G.; GODDEN, P.M. Plasma growthhormone levels in normal andtestosterone implanted growing turkeys.Poultry Science, v.58, n.3, p.745-748,

    1979.

    HAVENSTEIN, G.B.; FERKET, P.R.;QURESHI, M.A. Growth, livability,and feed conversion of 1957 versus2001 broilers when fed representative1957 and 2001 broiler diets. PoultryScience, v.82, p.1500-1508, 2003a.

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    15/16

    15Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    HAVENSTEIN, G.B.; FERKET, P.R.;QURESHI, M.A. Carcass compositionand yield of 1957 versus broilers whenfed representative 1957 and 2001

    broiler diets. Poultry Science, v.82,p.1509-1518, 2003b.

    HODIK,V.; METT, A.; HALEVY, O.Mutual effects of growth hormone andgrowth factors on avian skeletal musclesatellite cells. General andComparative Endocrinology, v.108,n.1, p.161170, 1997.

    KING, D.B.; KING, C.R. Thyroidalinfluenceon early muscle growth of

    chickens. General and ComparativeEndocrinology, v.21, p.517-529, 1973.

    LEUNG, F.C.; TAYLOR, J.E.; WIEN.S. et al. Purified chicken growthhormone (GH) and a human pancreaticGH-releasing hormone increase bodyweight gain in chickens.Endocrinology, v.118, p.1961-1965,1986.

    MACARI, M.; FURLAN, R.L.;GONZALES, E. Fisiologia AviriaAplicada a Frango de Corte.Jaboticabal, SP: FUNEP/UNESP,375p., 2002.

    MAPA. Instruo normativa n 17, de18 de junho de 2004. Dirio Oficial daUnio de 21/06/2004 , Seo 1 , p.9.,2004.

    MARTINS, J.M.S.; LITZ, F.H.;

    CASTILHANO, H. et al.Melhoramento gentico de frangos decorte. Pubvet, v.6, n.18, ed.205, 2012.

    MAY, J.D. Effect of dietary thyroidhormone on growth and feed efficiencyof broilers. Poultry Science, v.59, n.4,

    p.888-92, 1980.

    Mc GUINNESS, M.C.; COGBURN,L.A. Response of young broilerchickens to chronic injection ofrecombinant-derived human insulin-likegrowth factor-I. Domestic AnimalEndocrinology, v.8, n.4, p.611-20,1991.

    MOELLERS, R.F.; COGBURN, L.A.Chronic intravenous infusion of chickengrowth hormone increases body fatcontent of young broiler chickens.Comparative Biochemistry andPhysiology A ComparativePhysiology, v.110, n.1, p.47-56, 1995.

    MOORE, G.E.; HARVEY, S.;KLANDORF, H. et al. Muscledevelopment in thyroidectomizedchickens (Gallus domesticus). Generaland Comparative Endocrinology,v.55, p.195-199, 1984.

    PEEBLES, E.D.; BURKE,W.H., MARKS, H.L. Effects ofrecombinant chicken growth hormonein random bred meat-type chickens.

    Growth Development & Aging, v.52,p.133-8, 1988.

    PENZ, M. Por que hormnios no sousados na alimentao de frango decorte. 2012. 5 p. Disponvel em:. Acesso:10/12/2013.

    ROSEBROUGH, R.W.; McMURTRY,

    J.P.; VASILATOS-YOUNKEN, R.Effect of pulsatile or continuousadministration of pituitary-derivedchicken growth hormone (p-cGH) onlipid metabolism in broiler

    pullets.Comp. Biochemistry andPhysiology A Comp Physiology, v.99,n.1-2, p.207-14, 1991.

  • 7/22/2019 hormnios em frangos

    16/16

    16Arajo et al.

    Revista Eletrnica de Pesquisa Animal, v.02, n.01, p.1-16, 2014

    ROSSELOT, G.; McMURTRY,J.P.; VASILATOS-YOUNKEN, R.Effect of exogenous chicken growthhormone (cGH) administration oninsulin-like growth factor-I (IGF-I) geneexpression in domestic fowl. Molecularand Cellular Endocrinology, v.30,

    p.114, n.1-2, p.157-66, 1995.

    SADEK, I.A.; ISMAIL, H.N.;SALLAM, H.N. et al. Survey ofhormonal levels in meat and poultrysold in Alexandria, Egypt. EasternMediterranean Health Journal, v.4,n.2, p.239-243, 1998.

    SHEUERMANN, G.N.; CUNHA Jr.,A.; CARON, L. Non scientificrestrictions to poultry production: mainglobal myth and beliefs. XXIV WorldsPoultry Congress 5, Anais...- 9 August- 2012 Salvador - Bahia Brazil.

    TURNER, C. W. Oral effectiveness ofandrogens in fowls. Poultry Science,v.27, n.6, p.789-792, 1948.

    VASILATOS-YOUNKEN, R. Absenceof growth hormone-induced avianmuscle growth in vivo. PoultryScience, v.78, p.759768, 1999.

    VASILATOS-YOUNKEN, R.;CRAVENER, T.L.; COGBURN, L.A.et al. Effect of pattern of administrationon the response to exogenous pituitary-derived chicken growth hormone by

    broiler-strain pullets. General andComparative Endocrinology, v.71,

    p.268-83, 1988.VASILATOS-YOUNKEN, R.;SCANES, C.G. Growth hormone andinsulin-like growth factors in poultrygrowth: required, optimal, or ineffective? Poultry Science, v.70, n.8,

    p. 1764-1780, 1991.