Hoje Macau 13 MAR 2014 #3049

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MILIONÁRIOS DE MACAU POUCO SABEM SOBRE ONDE E COMO APLICAR O SEU DINHEIRO ESTUDO REVELA PÁGINA 7 PUB Ter para ler AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB hojemacau DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUINTA-FEIRA 13 DE MARÇO DE 2014 ANO XIII Nº 3049 PUB FOTOJORNALISMO 60 ANOS sem Robert Capa, o repórter de guerra PÁGINAS 12 A 14 O Governo ainda não abriu concurso para os aprovados no exame de acesso ao internato geral de 2011. Enquanto os três candidatos admitidos esperam e desesperam, os Serviços de Saúde foram buscar dez médicos a Cantão para as urgências. Admitidos no exame de acesso ao internato geral em 2011 ainda não iniciaram funções h A ESPERA DO DOUTOR ` PÁGINA 5

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Hoje Macau N.º3049 de 13 de Março de 2014

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Page 1: Hoje Macau 13 MAR 2014 #3049

MILIONÁRIOS DE MACAU POUCO SABEM

SOBRE ONDEE COMO APLICAR

O SEU DINHEIRO

ESTUDO REVELA PÁGINA 7

PUB

Ter para ler

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

hojemacauDIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q U I N TA - F E I R A 1 3 D E M A R Ç O D E 2 0 1 4 • A N O X I I I • N º 3 0 4 9

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FOTOJORNALISMO

60 ANOSsem Robert Capa,o repórter de guerra

PÁGINAS 12 A 14

O Governo ainda não abriu concurso para os aprovados no exame de acesso ao internato geral de 2011. Enquanto os três candidatos admitidos esperam e desesperam, os Serviços

de Saúde foram buscar dez médicos a Cantão para as urgências.

Admitidos no exame de acesso ao internatogeral em 2011 ainda não iniciaram funções

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A ESPERADO DOUTOR

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PÁGINA 5

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HOJE

MAC

AU

2 hoje macau quinta-feira 13.3.2014POLÍTICA

CECÍLIA L [email protected]

O chefe da delegação económica e cultural de Taiwan em Macau, Lu Chang-Shui, confirmou ontem que a nova política de vistos para residentes

de Hong Kong e Macau ainda não tem uma data concreta para ser entregue no parlamento da Ilha Formosa, encontrando-se ainda em discussão. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o pro-cesso de consulta pública já terminou, mas ainda é necessário consultar os pareceres dos diversos departamentos. Por isso, “agora ainda não existe um calendário para a legislação”.

Lu Chang-Shui disse que, como a economia de Macau se desenvolveu rapidamente nos últimos anos, as antigas leis já não se adaptam à realidade actual. “Tendo em conta as novas regras não basta existirem limites, mas há que permitir que mais estrangeiros tenham a residên-cia. Os estudantes das duas regiões administra-tivas especiais que estudem nas universidades de Taiwan podem vir a conseguir a residência, por exemplo. Acredito que a revisão das regras pode ajudar a facilitar as comunicações entre Taiwan, Macau e Hong Kong, e, ao mesmo tempo, melhorar a gestão.”

No passado dia 6 de Fevereiro a imprensa de Taiwan revelou que o Governo iria duplicar o valor de investimento necessário para obter a residência no território, tendo passado de cinco para dez milhões de dólares de Taiwan, cerca de 2,6 milhões de patacas.

Lee Hong-yuan, ministro taiwanês respon-sável pelos assuntos de emigração, disse que como a Ilha Formosa é muito procurada por residentes de Macau e Hong Kong, a revisão das regras pretende evitar um aumento brusco da população e reforçar os benefícios económicos que poderão advir da fixação de residência por investimento. O número de pedidos de fixação de residência de Hong Kong e Macau dispararam para 3,678 em Novembro de 2013, sendo que apenas 570 conseguiram autorização.

A Autoridade Mone-tária e Cambial de Macau (AMCM)

respondeu ontem a uma interpelação escrita do deputado Si Ka Lon, asse-gurando que está a melhorar o investimento da reserva financeira e contraria a su-gestão de Si Ka Lon sobre a criação de um “fundo de Macau”, uma espécie de empresa onde todos os residentes seriam sócios. A ideia já tinha surgido antes pela boca do colega de bancada de Si Ka Lon, Chan Meng Kam.

A AMCM diz que a criação desse fundo “não é necessária”, até porque, de acordo com o presidente do Conselho de Administração, Anselmo Teng, no futuro, a AMCM vai investir no mercado de acções e capitais não só no continente, como no exte-rior, de forma a optimizar o retorno do investimento de longo prazo das reser-vas fiscais. “Tendo em conta as experiências dos outros países, criar um fundo nacional não é única maneira de aumentar o

retorno do investimento”, explica Teng, que diz que para haver maiores ganhos a longo prazo, é necessário mais risco, o que precisa de um consenso social. “De facto, durante os 14 anos passados, o retorno de investimento de reser-va da RAEM é, em média, mais alto do que o índice de inflação, mesmo nos anos de crise financeira. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, Europa e Hong Kong, os índices são piores do que na RAEM.”

Anselmo Teng expli-

cou ainda que a Macau Investimento e Desenvol-vimento, S.A. – a empresa do Governo criada em 2011 - investiu no Parque Industrial de Tecnologia de Medicina Tradicional Chinesa, na Ilha da Mon-tanha. “A empresa actu-almente tem um capital social de 846 milhões de patacas, cuja maioria foi investida na sociedade ‘Guangdong-Macau Tra-ditional Chinese Medicine Technology Industrial Park Development Co., Ltd’. Esta sociedade in-

vestiga principalmente dados ligados ao projecto do Parque e incluiu a com-pra do terreno de 500 mil metros quadrados no ano passado, na Ilha da Mon-tanha.” Anselmo Teng considera que a indústria de medicina tradicional chinesa tem um futuro “mais promissor” e que, por isso, vai ajudar a promover as empresas de Macau para que estas procurem mais oportuni-dades de negócio, assim expandindo o mercado no continente. – C.L.

Chan Meng Kam questiona trabalhoda E-MacaoO deputado Chan Meng Kam escreveu na sua mais recente interpelação escrita que o Governo já começou o projecto de desenvolvimento da plataforma de governo electrónico E-Macao há dez anos, mas lembra que os procedimentos administrativos ainda são feitos através de máquinas ou websites, o que não é “popular”. O deputado diz que não consegue ver como é que os recursos humanos podem beneficiar com a plataforma E-Macao, sendo que a qualidade do serviço e a eficácia dos serviços na Função Pública também não melhoraram. Chan Meng Kam quer que o Governo explique a eficácia da E-Macao.

Mak Soi Kun quer promover o comércio electrónico O deputado Mak Soi Kun considera, na sua mais recente interpelação escrita entregue ao Governo, que o mercado de Macau é pequeno e que o desenvolvimento do comércio online ainda é muito limitado. O deputado aponta que as empresas tradicionais ainda não entendem as vantagens de fazer negócios nesta plataforma, sendo que apenas 20 a 30% dessas empresas farão comércio online. Mak Soi Kun pergunta se o Governo vai criar uma política para ajudar as Pequenas e Médias Empresas a utilizarem mais esta plataforma, como o fornecimento de apoio técnico ou criação de regras, bem como a análise das dificuldades do desenvolvimento dos negócios online.

DSE vai ajudarnos três centrosdo Fórum MacauO Fórum Macau, entidade destinada a promover os negócios entre a China, Macau e os países de língua portuguesa, visitou pela primeira vez a Direcção dos Serviços de Economia. Segundo um comunicado, a visita serviu para “agradecer” o apoio que o Governo local tem dado às actividades do Fórum. Sou Tim Peng, director dos Serviços de Economia, disse que vai ser nomeado um representante para acompanhar os trabalhos da criação dos três centros criados em Macau para o fomento de negócios lusófonos, já anunciados na 4.ª conferência ministerial ocorrida em Novembro do ano passado. O encontro serviu ainda para analisar as oito medidas anunciadas na mesma conferência ministerial, a serem desenvolvidas até 2016.

AMCM ASSEGURA QUE VAI INVESTIR EM MERCADO DE ACÇÕES NO EXTERIOR

Si Ka Lon queria “Fundo de Macau”

LU CHANG-SHUI ESPERA BOAS NOTÍCIAS PARA AVIÃO DA MALAYSIAN AIRLINES

VISTOS LU CHANG-SHUI DIZ QUE PROCESSO VISA FACILITAR COMUNICAÇÃO ENTRE REGIÕES

Taiwan sem data para nova lei

Questionado sobre o último incidente com o avião desaparecido da Malaysian Airlines, que transportava um residente de Taiwan, Lu Chang-Shui espera “boas notícias”. “Enquanto houver uma réstia de esperança temos de trabalhar juntos”,

disse à imprensa chinesa. Segundo o responsável, a guarda costeira de Taiwan tem vindo a participar nos trabalhos de busca, acreditando que a companhia aérea irá ajudar a as famílias a compreender a situação.

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3 políticahoje macau quinta-feira 13.3.2014

JOANA [email protected]

A nova Lei de Prevenção e Controlo do Ruído Ambiental vai ter uma norma para eventuais

crimes de desobediência para aqueles que continuarem a fazer barulho, mesmo depois de serem punidos. O anúncio foi ontem feito por Kwan Tsui Hang, presidente da 1ª. Comissão Permanente da As-sembleia Legislativa, que analisa a proposta de lei na especialidade. O pedido tinha sido feito já an-teriormente pelos deputados que compõem a comissão e foi, agora, acatado pelo Executivo.

A intenção é evitar que rein-cidentes escapem sempre à lei, continuando a fazer barulhos que incomodem os vizinhos. Isto, porque de acordo com a deputada, a multa actualmente prevista na proposta do diploma pode não ser um motivo suficientemente dissuasor. “Para já, as multas no combate ao ruído da vida quotidiana são de 600 patacas. Para muitas pessoas, isso é muito. Mas, para outras, é uma quantia insuficiente e continuam a cometer infrac-ções.”

Kwan Tsui Hang diz que a Comissão ques-tionou o Governo sobre o que fazer nestes casos e o Executivo adianta ter já um objectivo traçado. “Então, nos casos de reinci-dência, continua-se apenas a aplicar multas? Não. O Governo diz que, que os reincidentes têm um ano [para deixar de fazer baru-lho] ou incorrem no crime de desobediência. Vai haver uma norma na lei.” Ou seja, quem for advertido uma primeira vez e pagar a multa, caso volte a ser motivo de queixa por causa do barulho ficará 12 meses em sobreaviso.

GOVERNO “IGNORA POPULAÇÃO” A maioria das queixas por causa do barulho, diz a presidente da Comissão, deve-se ao ruído dos bate-estacas nos estaleiros de obras e “a ruídos da vida quotidiana”. Na actual lei vigente no território não há normas para os regular e, por isso, Kwan Tsui Hang diz que este é “o ponto fulcral da revisão” e que a proposta de lei a ser analisada pretende colmatar as lacunas.

A deputada mostra, contudo,

POLUIÇÃO EM KÁ HÓ ESTÁ A SER MONITORIZADA

Depois de aprovar a lei, ainda ter de aguardar um ano [para proibir o uso de bate-estacas], não pode ser. Mas, parece-me que o Governo só acolheu a opinião do sector [da construção civil] e ignorou a opinião dos outros. Não podemos ignorar os direitos dos outros e ouvir só o sector, até porque 80% das queixas são por quase dos bate-estacasKWAN TSUI HANG Deputada e presidente da 1.ª Comissão Permanente da AL

RUÍDO LEI VAI PREVER CRIME DE DESOBEDIÊNCIA EM CASO DE REINCIDÊNCIA

Quando a multa não é suficienteVai ficar previsto na lei o crime de desobediência, caso alguém que tenha sido punido por fazer barulho volte a receber mais do que aviso sobre o mesmo problema. Isso mesmo disse Kwan Tsui Hang aos jornalistas, no dia em que a deputada acusou também o Governo de estar a “ignorar” a população e a favorecer o sector da construção civil

algumas reservas face à posição do Governo sobre algo que incomoda bastante a população: “Depois de aprovar a lei, ainda ter de aguar-dar um ano [para proibir o uso de bate-estacas], não pode ser. Mas, parece-me que o Governo só aco-lheu a opinião do sector [da cons-trução civil] e ignorou a opinião dos outros. Não podemos ignorar os direitos dos outros e ouvir só o sector, até porque 80% das queixas são por quase dos bate-estacas.” A

proposta de lei prevê um período de transição de um ano até que seja proibido o uso dos bate-estacas, algo que a população não concorda uma vez que esses bate-estacas além de fazerem barulho, são mais poluentes. Kwan não esconde o descontentamento. “O Governo governa a população de Macau e tem de produzir leis e cumprir o seu dever de não ouvir só opiniões do sector, mas ter em consideração a opinião da população. Tudo bem

que a lei tem de salvaguardar os direitos do sector, mas também tem de proteger a população, que é quem é mais afectada. Se não se proteger os cidadãos, para que serve a proposta?”

DSPA A HORAS EXTRA?Um dos motivos para a alteração da Lei do Ruído prende-se com o facto de, actualmente, serem muitas as entidades que executam a lei, o que “dificulta os trabalhos”. Kwan assegura que está a ser ponderado que a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) seja a única a ficar responsável pela lei, mas há um problema por resolver: “a DSPA funciona apenas na hora de expediente. Como se resolvem as queixas à noite, por exemplo?”

A solução pode estar ou em colaborações com a Polícia de Se-gurança Pública (PSP) ou a criação de trabalho por turnos na DSPA.

Cheong Sio Kei, director dos Serviços para a Protecção Ambiental (DSPA), disse ontem que o Governo continua a monitorizar a qualidade do ar na vila de Ká Hó, em Coloane, e a fazer inspecções no local. À margem de uma reunião na Assembleia Legislativa (AL), o responsável disse, contudo, não poder responder se o aterro de cinzas volantes no local – que tem sido o responsável pela poluição e queixas da população – poderá vir a mudar de sítio. O director da DSPA assegura, no entanto, que o departamento que dirige

está a recolher as opiniões sobre a elaboração de normas que regulam os níveis de emissão das principais fontes fixas de poluição do ar, para perceber como pode ser feita uma melhoria no regime de fiscalização destas emissoras no território. Cheong Sio Kei prevê que, no próximo ano, a proposta de lei possa vir a ser feita. Anteriormente, a DSPA disse que o nível de poluição de cinzas actualmente detectado no local é “aceitável”, mas tem sido posto em causa se as normas que a DSPA está a usar são muito atrasadas.

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4 publicidade hoje macau quinta-feira 13.3.2014

ANÚNCIO 30/2014 (Processo n.º 03/ADM-HE/2013)

No uso da competência delegada pela alínea 3) do n.º 14 do Despacho n.º 01/IH/2014, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 3, II Série, de 15 de Janeiro de 2014, e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, são por esta via notificados SIN KONG e PANG HO, proprietários da fracção do 7.º andar A do Bloco 2 do Tong Wa San Chun, do seguinte:

Conforme as averiguações deste Instituto, verificou-se que foram colocados objectos diversos no corredor comum da fracção acima mencionada pelos proprietários, com prova pelas fotografias.

Este Instituto notificou os proprietários acima mencionados, através do ofício no. 1309020008/DAJ, de 3 de Setembro de 2013, que deviam apresentar, por escrito, a defesa, no prazo de 10 dias, para justificarem os motivos de terem colocado os objectos diversos no corredor comum, mas os proprietários não apresentaram a defesa no prazo indicado. Neste acto existe infracção, nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 41/95/M “Não depositar nem manter nas zonas comuns objectos de sua pertença”, assim, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 18.º do mesmo decreto-lei, e do Despacho da presidente do Instituto de Habitação, substituta, no. 99/IH/2013, de 8 de Novembro de 2013, estão sujeitos à aplicação da multa de quinhentas patacas (500 patacas).

Ao mesmo tempo, estão obrigados a repor a situação violadora, no prazo de 30 dias, a contar do dia da publicação do presente anúncio. Se o não fizerem, a multa diária será de quinhentas patacas (500 patacas) até for reposta a situação a que estavam obrigados em não fazer, nos termos do n.º 3 do artigo 18.º do mesmo decreto-lei.

Pelo que, devem dirigir-se ao Instituto de Habitação, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, para pagarem a multa, no prazo de 10 dias, a contar do dia da publicação do presente anúncio, sob pena de a mesma ser executada coercivamente em processo civil.

É susceptível de impugnação judicial pelo Tribunal Judicial de Base, nos termos do n.º 3 e do n.º 4 do artigo 19.º do mesmo decreto-lei. Esta não tem efeito suspensivo.

Aos 10 de Março de 2014.

O Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos,

Iam Lei Leng

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5SOCIEDADEhoje macau quinta-feira 13.3.2014

ANDREIA SOFIA SILVA*[email protected]

O S poucos médi-cos que passa-ram no exame de acesso ao

estágio no serviço público de saúde continuam sem trabalhar no hospital Conde de São Januário porque o Governo não abriu o concur-so de recrutamento. A última vez que os Serviços de Saúde (SS) abriram o concurso para o acesso ao internato geral foi em 2011, e apenas dois candidatos, de um total de quase 400 licenciados, passaram nos exames.

Segundo explicações do departamento de relações públicas dos SS fornecidas ao HM, os médicos que passaram nos exames para o acesso ao internato geral continuam na lista de espera para participar no concurso de recrutamento que ainda não começou, embora os SS estejam “a tratar do processo”.

No website dos SS constam o nome dos três candidatos admitidos para o concurso comum de in-gresso externo para o pre-enchimento de 11 vagas

U M funcionário do Instituto de Habitação falsificou docu-mentos para conseguir uma

habitação social. A suspeita é do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que enviou ontem um comunicado aos jornalistas sobre o caso.

O homem, funcionário do ser-viço responsável pelas habitações públicas, terá feito um esquema para conseguir ficar com dois apartamentos, um económico (por compra), outro social (por arrenda-mento). Em 1995, depois de entre-gar uma candidatura, conseguiu que lhe fosse atribuída uma fracção social, que deveria ser devolvida ao Governo quando, mais tarde, lhe

foi entregue uma casa nos prédios de habitação económica. Contudo, o suspeito não o fez. “Realizou uma compra e venda simulada, revendendo em 2003 a fracção de habitação económica a um amigo, com o objectivo de poder morar na fracção de habitação social e possuir ao mesmo tempo a fracção de habitação económica.”

Depois de investigar, o CCAC detectou que não houve transacção monetária entre as partes no acto da venda. Ou seja, o homem pos-sui as chaves do apartamento de habitação económica e continua “a dominar concretamente a mesma habitação onde vive um dos seus filhos”. Por outro lado, o amigo

que também vive nesta mesma habitação fez um testamento, onde institui o filho do arguido como herdeiro da mesma habitação económica.

O CCAC diz que o homem terá praticado falsificação de do-cumentos e burla, já que nunca declarou de forma exacta a sua situação económica para efeitos da renovação do contrato de arrenda-mento da habitação social e ocultou informações, sabendo que já tinha deixado de reunir os requisitos para a renovação deste contrato.

O caso foi agora entregue ao Ministério Público e o homem pode ser condenado entre três a cinco anos de cadeia. - J.F.

É prejudicial que estes médicos não estejam a trabalhar e também para os Serviços de Saúde RUI FURTADO Presidente da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa

INTERNATO GOVERNO NÃO ABRIU CONCURSO PARA APROVADOS NO EXAME

Médicos à espera de serem recrutados

IH FUNCIONÁRIO ACUSADO DE BURLA E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Manobras realizadas em casa

para a carreira de médico geral, 1.º escalão. Uma das médicas é portuguesa, residente de Macau, e terá estudado no Reino Unido, sabe o HM. Há ainda mais 19 candidatos “admitidos condicionalmente”, os quais ainda necessitam de entregar documentação complemen-tar para concluir o processo.

MÉDICOS CONTRATADOS EM CANTÃO Uma fonte ligada ao ser-viço público de saúde diz ao HM não compreender como é que o processo de recrutamento não anda para a frente. “O hospital precisa de médicos como de pão para a boca. Podia-se fazer um contrato de prestação de serviços em vez de um contrato além do quadro, até abrir o concurso, porque estamos a falar de pessoas credenciadas, que devem ser bons profissionais por-que conseguiram passar no exame de entre quase 400 candidatos.”

A mesma fonte diz que, em Dezembro último, o Go-verno contratou dez médicos vindos de Cantão, para exer-cerem as funções de triagem

Os três médicos admitidos no exame de acesso ao internato geral em 2011 continuam à espera que os Serviços de Saúde abram o processo de recrutamento para exercer no serviço público de saúde. Enquanto isso, o Governo foi buscar dez médicos a Cantão para o serviço de urgência

no serviço de urgência. “São pessoas que não conhecem os SS, nunca trabalharam cá e não conhecem isto. Porque é que se vão contratar pes-

soas de fora? É um sinal da incapacidade para gerir as coisas”, diz, referindo-se à entidade dirigida por Lei Chin Ion.

Rui Furtado, presidente da Associação dos Médi-cos de Língua Portuguesa (AMLP), diz desconhecer os motivos para a demora no processo de recrutamento. “Isso só os SS poderão expli-car. Mas isso é interromper a vida das pessoas, porque um médico, nesta fase, está num período de aprendiza-gem, até chegar ao internato complementar. É prejudicial

que estes médicos não es-tejam a trabalhar e também para os SS.”

Mário Évora, presidente da Associação de Cardiolo-gistas de Macau e director clínico do hospital Conde de São Januário, esteve incontactável até ao fecho da edição.

Na sua edição de 7 de Março o HM noticiou que os SS estão a implementar um “novo modelo de in-ternato” com cursos feitos no hospital Kiang Wu e Universidade de Ciências e Tecnologia (MUST), ainda que os mesmos não tenham nenhuma legislação base ou constem na lei sobre internatos, em vigor desde 1999. Os SS admitiram então a dificuldade de abrir concursos de internato, dada a pouca qualidade dos candidatos. “Como em 2011 apenas dois dos 318 candi-datos passaram nos exames de internato geral, e agora o nível de qualidade dos licenciados é variado, não há candidatos suficientes para a abertura dos exames. Os SS não conseguem continuar a abrir os concursos de inter-nato geral.” - *com Cecília Lin

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hoje macau quinta-feira 13.3.20146 sociedade

JOANA [email protected]

O tribunal vol-tou a negar a liberdade con-dicional a um

recluso que cumpria todos os requisitos para a ter, mas que não cumpria “cumula-tivamente os pressupostos da liberdade condicional”. Um acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI), ontem tornado público, dá conta que a decisão se deveu a “impacto” que os crimes cometidos pelo homem teriam na sociedade.

O presidiário era um homem do interior da Chi-na que foi condenado em 2011 pelo crime de furto qualificado, tendo ficado, na altura, sujeito a um ano e seis meses de prisão com pena suspensa. No entanto, quatro meses depois – e dentro do período dessa sus-pensão – o homem voltou a cometer o mesmo crime,

A Direcção de Solos, Obras Públicas e Trans-portes (DSSOPT) re-

lembrou ontem que é necessário que os empresários comuni-quem ao organismo quando fazem transmissões de 10% ou mais do capital social de empresas que tenham tido concessões provisórias de terreno. A explicação foi dada numa reunião com membros do sector, que serviu para explicar a nova Lei de Terras, que entrou em vigor a 1 de Março.

Na nova lei, e nas situa-ções de concessão gratuita, foram introduzidas restrições mais rígidas: por exemplo, a

concessão não pode ser con-vertida em onerosa, não pode ser alterada a sua finalidade e nem pode ser transmitida. Mas há mais. “No que refere às disposições destinadas a evitar a dissimulação de situações de transmissão de concessão, está fixado que na concessão provisória ou na concessão definitiva cuja transmissão das situações dela resultantes esteja sujeita a autorização prévia do Chefe do Executivo, quando se verifica a transmissão superior a 10% do capital da sociedade concessionária ou do capital social do seu sócio dominante, deve ser comunicado à DS-

SOPT no prazo de 30 dias a contar da sua ocorrência.” No caso de isto não acontecer, a empresa está sujeita a pena de multa, podendo - em caso de reincidência - ser rescindida a concessão.

O Governo criou três pon-tos de inspecção, onde o con-cessionário deve entregar a declaração de que não houve transmissão - por uma ou várias vezes em acumulação -superior a 50% do seu capital social ou do capital social do seu sócio dominante. O modelo da de-claração está já disponível para download na página electrónica da DSSOPT. - J.F.

TRIBUNAIS NEGAM LIBERDADE CONDICIONAL A HOMEM QUE CUMPRIA REQUISITOS PARA A TER

“Psicologicamente insuportável”

CONCESSÕES PROVISÓRIAS DSSOPT RELEMBRA OBRIGATORIEDADE DE COMUNICAR TRANSMISSÕES DO CAPITAL SOCIAL

A piar fininho, fininho

tendo sido então condenado a quatro anos e três meses de cadeia. A pena terminará em 2015, mas em Dezembro do ano passado – e tendo cumprido dois terços da pena – o Estabelecimento Prisional de Macau apre-sentou um relatório para que lhe fosse concedida a liberdade condicional. Isto, porque o sujeito teve inclu-sive a avaliação de “Bom” no seu comportamento. O Tribunal Judicial de Base indeferiu o requerimento, algo que o homem não acei-tou por considerar cumprir todos os requisitos para a liberdade condicional. Interpôs, então, recurso para a Segunda Instância, que também não aceitou o desejo do indivíduo.

AVALIAÇÕES A explicação não se baseia em requisitos formais – que o tribunal admite que o homem cumpre -, mas por decisão do juiz. “A conces-

são da liberdade condicional pressupõe não só a verifica-ção dos requisitos formais, isto é, o cumprimento de dois terços da pena, num mínimo de seis meses, com também o preenchimento dos requisitos materiais de prevenção especial e geral”, começa por ler-se no docu-mento do tribunal. “Apesar

de o recorrente preencher os requisitos formais e revelar bom comportamento prisio-nal, atentas as circunstâncias do caso concreto, não se verificam cumulativamente os pressupostos da liberdade condicional. Por um lado, o recorrente furtou, várias vezes, bens alheios em pleno dia e na baixa da cidade,

sendo bastante elevado o seu grau de dolo. Tendo em conta os diversos cadastros criminais do recorrente, necessita-se mais tempo para observar a evolução da sua consciência.”

O tribunal justifica ainda que o furto qualificado é “muito comum no território” e que tem “gerado impactos

negativos à tranquilidade social e à ordem jurídica”. Por isso mesmo, acrescenta o TSI, “também se deve atender que a liberdade condicional do agente dos crimes de furto qualifica-do causará efeitos sociais negativos e [a atribuição da liberdade condicional] será psicologicamente in-suportável para o público e provocará um impacto para a ordem social, além de outros factores negativos”.

O ano passado, confor-me avançado pelo HM, o tribunal deu nega a mais de 50% dos pedidos de liberdade condicional. A não concessão de liberdade condicional tem sido criti-cada já há alguns anos, uma vez que há quem considere que são muitas as vezes que os prisioneiros não têm direito à liberdade condi-cional mesmo cumprindo os requisitos previstos na lei. A revisão do Estatuto da Liberdade Condicional foi proposta há três anos pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), através de um rela-tório que teve como base a entrega de três petições ao Governo precisamente por isto.

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CONSTRUÇÃO DO METRO LIGEIRO AVANÇA PARA NOVA FASE

7 sociedadehoje macau quinta-feira 13.3.2014

Faleceu no dia 07/03/2014. No dia 14/03/2014, será rezada uma missa de corpo presente, pelas 20H00 na Casa Mortuária Diocesano.A família agradece antecipadamente a todos quantos queiram associar-se ao piedoso acto.

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 1/P/14

Faz-se público que, por despachos de Sua Excelência, O Chefe do Executivo e do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, respectivamente, de 20 de Janeiro de 2014 e 25 de Fevereiro de 2014, se encontra aberto o Concurso Público para “Fornecimento de Medicamentos do Extra-formulário Hospitalar aos Serviços de Saúde”, cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 12 de Março de 2014, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de 77,00 (setenta e sete patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo). As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 10 de Abril de 2014. O acto público deste concurso terá lugar no dia 11 de Abril de 2014, pelas 10,00 horas, na sala do “Auditório” situada no r/c do Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto ao C.H.C.S.J. A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de $ 100 000,00 (cem mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente. Serviços de Saúde, aos 6 de Março de 2014.

O Director dos Serviços,Lei Chin Ion

MARINA CONCEIÇÃO RIBEIRO

Falecimento

ANDREIA SOFIA [email protected]

M UITOS têm medo de investir depois da falência do Lehman Brothers. 15,7% dos

residentes, uma fatia de 58 mil pessoas entre os 30 e 49 anos,

Começou, ontem, oficialmente a elevação e montagem das peças pré-fabricadas

do primeiro troço do viaduto de construção da Linha da Taipa do Metro Ligeiro.

Cerca de 12 peças pré-fabricadas foram elevadas na Rotunda do Aeroporto e as

obras deste troço deverão estar concluídas dentro de três semanas.

INVESTIMENTO 54% DOS INQUIRIDOS DIZ POUCO SABER SOBRE ONDE APLICAR O DINHEIRO

Milionários de Macau são “conservadores”48% opta por investir na bolsa de

valores, enquanto que 47% escolhe

o mercado imobiliário

possuem uma fortuna acima de um milhão de patacas, mas têm receios na hora de investir o dinheiro, cingindo-se a opções com poucos riscos. É o que revela um inquérito promovido pelo banco Weng Hang, realizado em parceria com a Universidade de Macau (UMAC).

Os dados apresentados ontem mostram 48% opta por investir na bolsa de valores, enquanto que o investimento no mercado imobiliá-rio é de 47%. 72% acumulou a sua riqueza devido a poupanças. Mas mais de metade dos inquiridos, 54%, revela ter um “conhecimento limitado” sobre planos de investi-mento. Dos investimentos feitos no mercado financeiro, apenas 21% é aplicado em acções, sendo que 53% do dinheiro é depositado em contas bancárias. “Devido ao rápido crescimento da economia de Macau, os ganhos dos resi-dentes têm vindo a aumentar de forma continuada. Contudo, não têm grandes conhecimentos so-bre planos de investimento e são bastante conservadores na hora de investir. Os seus canais de investi-mento estão muito concentrados e limitados, e os seus portefólios de investimento não são diversifica-dos”, disse Kenneth Kuok, director do departamento de investimento do banco.

O MEDO DE UM NOVO LEHMAN BROTHERSÀ margem da conferência de imprensa, Clement Chow, pro-fessor da Faculdade de Gestão de Empresas da UMAC, disse que um dos motivos para a falta de ousadia no investimento deve--se à falência do banco Lehman Brothers, entidade que protago-nizou a maior falência no sector financeiro dos Estados Unidos em 2008, devido à crise do sub prime. “A mudança deste tipo de comportamento tem de começar por aqueles que trabalham no sector da banca, que têm de dizer a estas pessoas que este negócio não tem riscos. Porque desde que aconteceu a falência do Lehman Brothers que sabem o impacto

negativo, mas temos de lhes dizer que esses são casos excepcionais. Se souberem os sítios certos onde investir o seu dinheiro, podem ter um alto retorno e riscos baixos.”

Clemence Chow disse que os resultados “não o surpreendem”, uma vez que os salários aumenta-ram e é hoje mais fácil “acumular a riqueza graças ao crescimento da economia e do dinheiro oriundo da compra e venda de propriedades”.

Em relação ao mercado imo-biliário, o docente da UMAC considera que “o valor das proprie-dades já está muito acima do seu valor real”, mas não sabe quando é que a bolha da especulação vai explodir. “Se soubesse já seria bi-lionário (risos). Os que especulam vão tornar-se mais ricos, porque vão continuar a comprar e depois vendem.”

Os milionários em questão são mais homens (58%) do que mulheres (42%), sendo que 46% dessa fatia tem salários entre 20 e 40 mil patacas mensais. A maioria trabalha no sector do turismo e do jogo. Os dados são resultado de um inquérito de rua feito entre Novembro de 2013 e Janeiro, a cerca de 700 pessoas.

Investem em acções e no mercado imobiliário, e pouco mais. É este o comportamento dos residentes com uma riqueza acima de um milhão de patacas, revela um estudo realizado por uma entidade bancária

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8 hoje macau quinta-feira 13.3.2014CHINA

Q UINTO dia, 14.ª nota de imprensa da Ma-laysia Airlines, mais uma conferência de

imprensa das autoridades da Malásia, e ainda nada de concreto sobre o desa-parecimento do avião da companhia na madrugada de sábado.

A companhia aérea diz que se vai focar nas famílias dos sobre-viventes e tripulação, enquanto os esforços de busca do avião da companhia malaia continuam e não há qualquer sinal dele, nem pistas que apontem para o que possa ter acontecido.

O ministro da Defesa da Ma-lásia, Hishammuddin Hussein, confirmou em conferência de im-prensa na manhã desta quarta-feira o alargamento da zona de buscas e ainda o envolvimento de mais peritos militares. Hussein afirmou ainda que não responderia a qual-quer questão sobre “especulações” até serem encontradas as caixas negras do avião.

As buscas intensificaram-se depois da informação de que o avião teria dado meia-volta e chegado a ser localizado a uns 500 quilómetros do último ponto da rota normal em que foi visto.

Mas as autoridades vietnami-tas, que tinham mandado o seu exército para a selva na busca do avião, disseram que suspendiam algumas das actividades enquanto não tivessem mais informação do lado da Malásia sobre este ponto.

O vice-ministro vietnamita dos Transportes, Pham Quy Tieu, disse à AFP que o país já perguntou directamente duas vezes à Malásia se o avião tinha sido localizado por cima do estreito de Malaca, mas que não obteve qualquer resposta.

Investigadores vietnamitas estavam entretanto a ir investigar uma afirmação de um habitante que diz ter visto um objecto a arder no

Xining Internados após suposta intoxicação em banquete de casamento

A nova teoria defende que o avião tenha mudado a rota bruscamente e um radar militar terá detectado a aeronave a sobrevoar o estreito de Malaca

MALAYSIA AIRLINES QUINTO DIA À PROCURA DE AVIÃO E AINDA NÃO SE DESCOBRIU NADA

Operação “desespero”

céu no Leste do país, diz a BBC.A hipótese da volta atrás

baseada na informação sobre o avião ter sido detectado por um radar militar no estreito, que foi avançada por um responsável militar sob anonimato, não foi confirmada oficialmente. Segun-do esta teoria, o avião teria estado no ar mais de uma hora depois

do que se pensava até então. Isso explicaria o grande alargamento da zona de buscas. “Há coisas que vos posso dizer e há coisas que não posso”, escudou-se já o responsável pela aviação civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, que não confirmou nem desmentiu a informação sobre a rota do avião, dizendo que ainda

estavam a ser estudadas as leitu-ras dos radares.

NÃO HÁ SINAIS DE EXPLOSÃO NO ARSatélites espiões dos EUA não encontraram qualquer imagem que pudesse ser de uma explosão no ar, e também a organização que monitoriza os testes atómi-cos e que tem equipamento que

eventualmente poderia detectar uma explosão conseguiu encontrar qualquer sinal dela.

Pelo menos 40 navios e 34 avi-ões continuam esforços intensos de buscas, mas depois de quatro dias sem qualquer resultado, um certo desespero começa a apoderar-se da operação, comentava o jornalista da BBC Jonathan Head em Kuala Lum-pur. A China enviou mais dois navios de guerra, juntando-se aos três que já participavam nas buscas, depois de ter sido anunciado ainda mais um alargamento da área a procurar.

O Washington Post citava um post que circula nas redes sociais chinesas: “O Vietname continua a descobrir. A Malásia continua a negar. A China continua a mandar coisas. Os jornalistas continuam à espera no Hotel Lido [onde estão as famílias]. Os familiares continuam a sofrer. Mas onde está o avião?”

As teorias continuam a manter--se as mesmas: “Um, desvio; dois, sabotagem; três, problemas psicológicos entre passageiros e tripulação; e, quatro, problemas pessoais entre passageiros e tripu-lação”, enumerou na terça-feira o chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar.

Enquanto isso, na sua 14.ª nota de imprensa, a Malaysia Airlines dizia estar a focar a sua atenção nos familiares das 239 pessoas que seguiam no avião, uma grande parte das quais chinesas. A com-panhia aérea empregou equipas de apoio psicológico que estão em “cinco localizações em Pequim e quatro em Kuala Lumpur”. Na capital da Malásia, “temos 115 familiares que estão a ser acom-panhados por 72 pessoas que lhes dão apoio psicológico, com pelo menos um psicólogo por família e um tradutor de mandarim para as famílias chinesas”. “Lamentamos e compreendemos as famílias”, continuava a nota de imprensa, concluindo com uma formulação que já é comum nas comunicações da companhia aérea: “Estamos tão ansiosos como as famílias por saber o que aconteceu aos seus entes queridos.”

Catorze pessoas continuam no hospital com sintomas de suposta intoxicação depois de participarem no domingo num banquete de casamento em Xining, da Província de Qinghai, noroeste da China, disseram esta terça-feira as autoridades locais. Até ontem à tarde, 14 pessoas ainda estavam sob observação médica, disse Yang

Zhengping, director da unidade de terapia intensiva do Hospital Popular Provincial de Qinghai. Todos elas, incluindo uma mulher de 80 anos, apresentavam condição estável, acrescentou. Vinte e quatro pessoas foram levadas a dois hospitais com náuseas, diarreia, dores abdominais e vómitos depois de participarem

num banquete de casamento num restaurante de Xining, na tarde de domingo. Os pacientes receberam um diagnóstico preliminar de suposta intoxicação. Os resultados dos testes devem ser divulgados dentro de cinco a sete dias. O incidente está sob investigação das autoridades policiais e de saúde locais.

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9 chinahoje macau quinta-feira 13.3.2014

O principal órgão de consulta do Partido Comunista Chinês (PCC) concluiu on-

tem a sua reunião anual com um apelo ao “aprofundamento das re-formas” no país e ao “alargamento da supervisão democrática”.

Na resolução aprovada na ses-são de encerramento da reunião, a Conferência Política Consultiva do Povo Chinês (CPCPC) propõe-se a “desempenhar plenamente a sua parte na promoção da harmonia so-cial, segurança nacional e unidade étnica”, disse a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

Os cerca de 2.300 delegados da CPCPC condenaram o ataque terrorista de 01 de Março passado na estação ferroviária de Kunming, atribuído a separatistas do Xinjiang, que matou 29 pessoas e feriu 143.

Embora presidida pelo núme-ro quatro da hierarquia do PCC, Yu Zhengsheng, a CPCPC é um órgão sem poderes legislativos. O basquetebolista Yao Ming e o actor Jackie Chan são algumas das celebridades que fazem parte da CPCPC e, segundo a imprensa, cerca de 60% dos seus membros não são filiados no PCC.

Segundo o relatório da or-ganização citado pela Xinhua, membros da CPCPC apresentaram 5.875 propostas acerca do desen-volvimento e da governação do país, a maioria das quais centradas no “aprofundamento das reformas” económicas e na “melhoria do bem-estar da população”, nome-adamente o combate à poluição.

A reunião da CPCPC decorre paralelamente à sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o “supremo órgão do poder de Estado”, que termina esta quinta--feira e cuja agenda é denominada pelo debate sobre o relatório da actividade do governo.

É a primeira temporada parla-mentar desde que o Comité Central do PCC reconheceu “o papel decisivo do mercado” no “aprofundamento

A Cathay Pacific, com-panheira de bandei-ra de Hong Kong,

anunciou ontem ter regista-do lucros de cerca de 2.700 milhões de patacas no ano passado, mais do triplo do que em 2012.

De acordo com os números da companhia, as receitas subiram 1,1% para cerca de 100.500

milhões de patacas, tendo os lucros sido potenciados pela procura do mercado da China continental e pelas medidas de poupança no combustível.

Os lucros estão em linha com o previsto pelos analistas que preconiza-vam números positivos de cerca de 2.740 milhões patacas.

No entanto, a Cathay Pacific está ainda longe dos números positivos de 2011, quando registou lucros líquidos de cerca de 5.500 milhões de patacas.

A Cathay Pacific, que é também proprietária da Dragon Air, outra com-panhia de Hong Kong, disse em comunicado que transportou 30 milhões de

passageiros ao longo do ano passado, um aumento de 3,3% face a 2012.

O combustível conti-nua a ser o principal ‘custo’ da empresa a representar 39% da despesa ao longo de 2013.

Para combater o im-pacto dos custos de com-bustível, a Cathay Pacific retirou de operação aviões

mais velhos e apostou em operações de longo curso com aeronaves mais efi-cientes como os Boeing 777-300ER.

Em 2013, a Cathay Pacific comprou 19 novos aviões, incluindo cinco Airbus A330-300 e nove Boeing 777-300ER, além de outros Boeing 747-8F, estes de carga.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Fumio Kishida, instou

ontem o seu homólogo russo a encetar um “diálogo directo” com Kiev sobre a crise na Crimeia, num apelo rejeitado, porém, por Sergueï Lavrov.

Numa conversa ao telefone, que durou uma hora, Fumio Kishida pediu ao seu interlocutor para encetar “um diálogo directo” com o Governo interino ucraniano

para resolver a crise relacionada com a Crimeia “sem prejudicar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, indicou o ministério dos Negócios Estrangeiros nipó-nico, num comunicado citado pela agência AFP.

Em resposta, Lavrov “explicou a posição da Rússia” e descartou a possibilidade de encetar esse diálogo directo, porque Moscovo “não atribui qualquer legitimidade ao Governo interino ucraniano”.

O chefe da diplomacia japo-nesa também expressou a sua preocupação relativamente a uma eventual anexação russa da Cri-meia, depois de o parlamento ter declarado a península ucraniana independente, passo prévio ao re-ferendo de domingo para permitir à sua união com a Rússia.

O Japão “não pode aceitar mudanças no ‘status quo’ através da força e exige que o assunto seja resolvido pacificamente”, indicou

o ministério na mesma nota. Em entrevista à AFP, difundida esta terça-feira, o Presidente interino da Ucrânia, Olexandre Tourtchi-nov, acusou as autoridades de Moscovo de estarem por trás do referendo sobre a integração da península da Crimeia na Fede-ração Russa, indicando que os russos rejeitam qualquer contacto com Kiev com vista a uma solu-ção diplomática para a crise na Crimeia.

REGIÃO

HONG KONG CATHAY PACIFIC ANUNCIA LUCROS DE MAIS DE 2,5 MIL MILHÕES DE PATACAS

Quando o céu se transforma em ouro

PRINCIPAL ÓRGÃO CONSULTIVO DO PC CHINÊS APELA AO “APROFUNDAMENTO DAS REFORMAS”

Tudo pela harmonia social

UCRÂNIA JAPÃO INSTA MOSCOVO A “DIÁLOGO DIRECTO” COM KIEV. LAVROV RECUSA

Há quem faça ouvidos de mercador

global das reformas”, em Novembro passado, e também a primeira após a eleição do novo secretário-geral do partido, Xi Jinping, para o cargo de Presidente da Republica, há um ano.

Para este ano, o governo chi-nês preconizou um crescimento económico de “cerca de 5%”, a mesma meta indicada em 2013 e que acabou por ficar ligeiramente

aquém do resultado apurado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China (7,7%).

Além do relatório do gover-no, os cerca de 3.000 delegados

à Assembleia Nacional Popular vão aprovar esta quinta-feira o orçamento de estado e o plano de desenvolvimento económico--social para 2014.

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10 EVENTOS

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

O INVERNO DO MUNDO • Ken FollettDepois do extraordinário êxito de repercussão internacional alcançado pelo primeiro livro desta trilogia, A Queda dos Gigantes, retoma-se a história no ponto onde ficou. Uma segunda geração assume pouco a pouco o protagonismo, a par de figuras históricas e no contexto das situações reais, desde a ascensão do Terceiro Reich, através da Guerra Civil de Espanha, durante a luta feroz entre os Aliados e as potências do Eixo, o Holocausto, o começo da era atómica inaugurada em Hiroxima e Nagasáqui, até ao início da Guerra Fria. Como no volume anterior, a totalidade do quadro é oferecido como um vasto fresco que evolui a um ritmo de complexidade sempre crescente.

MIRAMAR • Naguib MahfouzUm romance coeso e de grande carga emocional sobre vidas que se cruzam, Miramar desenrola-se na Alexandria do início dos anos 60. Seis personagens, todas agora exiladas por força das circunstâncias, tornam-se residentes da elegante e decadente Pensão Miramar. A figura central é Zohra, a bela camponesa cuja relação com as outras cinco personagens simboliza a essência da realidade política e social da época.

hoje macau quinta-feira 13.3.2014

O novo romance de João Tordo, “A biografia invo-luntária dos amantes”, é apresentado aos jornalis-

tas esta quinta-feira, ao final da tarde, em Lisboa, anunciou a nova editora do escritor.

Este é o sétimo romance de João Tordo, distinguido em 2009 com o Prémio José Saramago, e marca a en-trada do autor na Alfaguara, editora que está a celebrar o cinquentenário da sua fundação e o quinto aniversá-rio da sua presença em Portugal. “A biografia involuntária dos amantes”, o primeiro romance que publica depois de ter deixado as Publica-ções D. Quixote, será apresentado oficialmente no dia 3 de Abril, na Casa dos Bicos, em Lisboa, sede da Fundação José Saramago, disse à Lusa fonte da editora.

Sobre o novo romance, em Fevereiro passado, falando à Lusa, João Tordo afirmou que foi aquele que mais o “apaixonou escrever”. “Não tenho dúvidas, é o meu livro mais conseguido, aquele que mais me apaixonou escrever; é o resul-tado de dez anos de trabalho como romancista e escritor”, disse Tordo.

Referindo-se à Alfaguara, o es-critor de 38 anos disse que admirava “muitíssimo” o respectivo catálogo constituído por muitos autores pelos

O Instituto Cultural (IC), organizou em Roma, no passado dia 7 de Março,

a cerimónia de lançamento da edição trilingue (chinês, português, inglês) do Atlas da China de Mi-chele Ruggieri, dando sequência à exposição organizada em 2012, “Viagem aos Confins do Mundo: Michele Ruggieri e os Jesuítas na China”, a qual deu a conhecer os mapas da China desenhados por Ruggieri e por outros jesuítas, in-forma o comunicado de imprensa da organização. O Atlas da China foi traduzido do original em italia-no e em latim e baseado na edição de 1993 do Altante della Cina di Michele Ruggieri, S.I., da colecção da Libreria dello Stato. Michele Ruggieri saiu de Itália rumo a Ma-cau, onde estudou língua e cultura chinesas, abrindo a porta ao inter-câmbio entre ocidente e oriente, tornando-se posteriormente num famoso pioneiro da divulgação cul-tural, conhecido em toda a China.

O chefe do departamento de

cultura do IC, Ieong Chi Kin referiu que esta edição representa as con-quistas culturais resultantes de um intercâmbio e diálogo uniformes, sendo que Macau constituiu, desde sempre, uma importante platafor-ma de comunicação no intercâmbio entre a Europa e o país do meio, acrescenta a nota de imprensa.

Na apresentação, o Conselheiro da Embaixada da R.P.C em Itália, Qi Han, expressou a sua confiança que esta edição possa continuar a promover o intercâmbio cultural e a investigação académica entre a Itália e a China.

A tradução do atlas contou com o apoio de vários especialistas, nomeadamente de Lo Sardo, Jin Guoping, António Vasconcelos de Saldanha, Rui d’Ávila Lourido, Elisabetta Colla, Ieong Sao Leng e Zhang Ran. Os tradutores não fizeram quaisquer alterações em relação ao original, limitando-se a ajustar algumas imprecisões, a fim de se manterem o mais fiel possível ao original, finaliza a nota.

LANÇADO ATLAS DA CHINA DE MICHELE RUGGIERI

Mapas dos confins do mundo

LIVROS JOÃO TORDO DÁ A CONHECER O NOVO ROMANCE “A BIOGRAFIA INVOLUNTÁRIA DOS AMANTES”

Dez anos de trabalho como romancista e escritorquais é “apaixonado”. “Tenho a cer-teza de que vamos ter uma excelente relação”, rematou na ocasião.

João Tordo começou a publicar na editora Temas e Debates, “O Livro dos Homens Sem Luz” (2004), tendo passado depois para a QuidNovi, onde editou “Hotel Memória” (2007) e “As Três Vidas” (2008), romance que lhe valeu o Prémio Saramago em 2009.

Nas Publicações D. Quixote, o escritor publicou “O Bom Inverno” (2010), “Anatomia dos Mártires” (2011) e “O Ano Sabático” (2013), e está incluído na antologia de con-tos “Dez História Para Ser Feliz” (2009).

O romance “O bom inverno” foi finalista dos prémios Portugal Tele-com, Fernando Namora e Europeu de Literatura, em 2011.

Tordo foi jornalista nos sema-nários O Independente e Sábado, escreveu no Jornal de Letras e nas revistas Elle e Egoísta.

Como autor, está representando em várias antologias de contos, designadamente em “Contos de Vampiros”, publicada pela Porto Editora, em 2009.

Os livros de João Tordo, que também é contrabaixista, estão pu-blicados em sete países, incluindo França, Itália e Brasil.

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eventos 11hoje macau quinta-feira 13.3.2014

A arquitecta Inês Lobo foi a vencedora do prémio inter-nacional ArVision – Women

and Architecture, no valor de cerca de 500.000 patacas. O júri considerou a portuguesa, que vai ter ainda direito a um estágio de quinze dias na multi-nacional que organiza o prémio, uma “arquitecta versátil”.

Entre os dez membros do júri deste prémio, promovido pela multinacional italiana Italcementi Group, estavam Kazuyo Sejima, um dos membros do ateliê SANAA de arquitectos ja-poneses, que já receberam o prémio Pritzker, considerado o Nobel para a arquitectura, e Martha Thorne, diretora do Pritzker.

Inês Lobo, formada na Faculdade de Arquitectura da Universidade Téc-nica de Lisboa, revelou ao Archdaily, plataforma online dedicada à arquitec-tura, que “é realmente um prémio im-portante, com uma visão internacional, e também porque sublinha que ainda é difícil ser mulher e ser arquitecta”.

O cantor José Perdigão vai ser condecorado pelo governo provincial de

Buenos Aires, na Argentina, com o título de ‘Cidadão Honorário’. A primeira vez que esta distinção é atribuída a um artista português vai acontecer no próximo dia 21 de Março, depois de já ter reco-nhecido nomes como Lady Gaga, Roger Waters, Iron Maiden, Diego, El Cigala e Stevie Wonder.

O músico diz-se “honrado, tanto mais por vir de um país tão longínquo”. Para José Perdigão, este é o “reconhecimento de um trabalho, que também passa pelas músicas sul-americanas”. O intérprete actuou em 2012 na Argentina, no âmbito da sua digressão de apresentação da edição espanhola do álbum ‘Sonidos Ibericos’, produzido por José Cid. Para além da Argentina, a mesma passou por países como o Uruguai e o Chile.

Romancista brasileiro Cristóvão Tezza traduzido em chinêsUma das obras internacionalmente mais conhecidas do romancista brasileiro Cristóvão Tezza, “O Filho Eterno”, foi esta semana também publicada na China, na sétima tradução do livro em línguas estrangeiras. “’O Filho Eterno’ é o meu livro mais autobiográfico”, disse o autor num debate em Pequim, na terça-feira à noite. Publicado em 2007, “O Filho Eterno” figurou em 2012 na lista dos melhores livros do ano compilada pelo jornal britânico Financial Times Cristóvão Tezza, 62 anos, já publicou uma dezena de livros. O primeiro, “Gran Circo das Américas”, saiu em 1979, seguindo-se, entre outros títulos, “O Terrorista Lírico” (1981), “Trapo” (1988) e “O Fotografo” (2004). Professor de Linguística na Universidade Federal do Paraná, Tezza foi considerado em 2009 uma das “100 personalidades mais influentes do Brasil”. A tradução chinesa, da autoria de Ma Lin, foi publicada pela editora Literatura Popular, de Pequim.

“Hamlet” vai ser representadana Coreia do NorteA peça “Hamlet”, de Shakespeare, centrada numa luta de poder familiar pela coroa da Dinamarca, vai ser representada na Coreia do Norte, no âmbito de uma digressão mundial, anunciou esta terça-feira em Londres a companhia teatral Shakespeare’s Globe. Os actores da Shakespeare’s Globe deslocam-se à Coreia do Norte em Setembro de 2015, por ocasião desta digressão de dois anos “Globe to Globe”, que assinala o 450.º aniversário do nascimento do dramaturgo inglês, mas a data exacta será posteriormente anunciada, indicou um porta-voz do teatro. Na peça de William Shakespeare, Hamlet, príncipe da Dinamarca, acaba por matar o seu tio Claudius para vingar o assassínio de seu pai, o rei – uma situação que pode lembrar a execução em Dezembro último de Jang Song-Thaek, o tio do dirigente norte-coreano, Kim Jong-Un, acusado de conspiração e corrupção.

Concerto clássicode fusão na Fundação Rui CunhaA Fundação Rui Cunha promove no próximo dia 15 de Março, entre as 17 e as 19h um concerto de música clássica, por Abia Ng e Isabella Gao, que interpretarão temas de J. S. Bach, Joseph Haydn, George Gershwin, Domenico Scarlatti, e Joaquin Turina, entre outros. A entrada é livre.

LIVROS JOÃO TORDO DÁ A CONHECER O NOVO ROMANCE “A BIOGRAFIA INVOLUNTÁRIA DOS AMANTES”

Dez anos de trabalho como romancista e escritor

ARQUITECTURA PORTUGUESA VENCECONCURSO INTERNACIONAL

Versatilidade premiadaARTISTA PORTUGUÊS CONDECORADOPOR GOVERNO DA ARGENTINA

Cidadão Honorário“Há cem anos, era ainda mais difícil ser arquitecta”, explica Inês, acres-centando que vai dedicar o prémio “a todas as pessoas que fazem crer que a arquitectura é uma maneira poderosa de construir um mundo melhor para todos, independentemente de serem homens ou mulheres”.

Em Buenos Aires, Zé Perdigão foi o único português a participar no I Festival Portenho de Fado e Tango, onde foi recebido “de for-ma apoteótica”. Desde então, tem vindo a “receber vários convites para regressar”, mas outros com-promissos têm impedido o artista de “agendar uma digressão”.

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12 hoje macau quinta-feira 13.3.2014

hARTE

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IDEI

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O trabalho de Robert Capa, segundo o seu biógrafo Richard Whelan, inscre-ve-se na história da im-

prensa gráfica do século XX: uma his-tória vinculada à revolução industrial, à evolução das máquinas fotográficas e ao conceito da fotografia.

Pela sua formação, em Budapeste (1913-31), a sua iniciação na foto-grafia, em Berlim (1931-33), e a etapa profissional, em Paris (1933-1936), o discurso visual de Robert Capa nutre--se da escola fotográfica húngara de Jozsef Pécsi, Lajos Kassák e Gyorgy Kepes; do jornalismo berlinense de Harald Lechenperg, Félix H, Man e Otto Umbehr (Umbo) e da fotografia que faziam, em Paris, fotógrafos como Henri Cartier-Bresson, Giselle Freund,

Manuel GarcíaLA JORNADA

Este ano comemoram-se os sessenta anos da morte do

fotógrafo. O seu trabalho marcou uma época,

muito para além da arte fotográfica

ROBERT CAPA, REPÓRTER DE GUERRA

André Kertesz, Hans Namuth, David Seymour e muitos mais.

O de Capa é um trabalho que, ao longo dos anos, teve um amplo reco-nhecimento internacional, graças à gestão do Centro Internacional de Fo-tografia de Nova Iorque.

BUDAPESTE, 1913-31Robert Capa, cujo nome de registo era André Friedmann, nasceu a 22 de ou-tubro de 1913, na cidade húngara de Peste. Nessa altura, Budapeste estava dividida pelo Rio Danúbio, em dois bairros distintos: Buda e Peste. Inscri-to no Imre Madách Gymnasium de Barcsay Utca, ali faria os seus estudos secundários, formando-se na língua he-braica e cultura judaica.

O seu primeiro contacto com a fo-

tografia seria feito através de Eva Bes-nyö, amiga e fotógrafa. O seu primeiro encontro com a cultura foi feito através de Lajos Kassák, fotógrafo e fundador do jornal Munka. Interessado pela lite-ratura e política decidiu, desde muito jovem, dedicar-se ao jornalismo. De-pois dos diversos avatares da Hungria na primeira guerra mundial, da chega-da ao poder de Béla Kun (1918) e do golpe de Estado posterior do almirante Horthy (1919) e da perseguição da es-querda (1931), decide abandonar Bu-dapeste e ir para Berlim.

BERLIM, 1931-33Instalado em Berlim, Capa inscreve-se na Deutsche Hochschule für Politik com o intuito de ampliar a sua forma-ção política. Graças a Eva Besnyö con-

tacta com Simon Guttmann, diretor da agência Dephot (Deutscher Photo-dienst), onde se inicia como ajudante de laboratório até que, em 1932, o en-viam à Suécia para cobrir um comício de León Trotsky, que publicaria na re-vista Der Weltspiegel, sendo a primeira reportagem da sua carreira profissional. Ao ser nomeado Adolf Hitler como chanceler da Alemanha (30/I/1933) e perante a ascensão dos nazis e a perse-guição das pessoas de esquerda decide, com o apoio duma organização judia, sair de Berlim e regressar à Hungria.

PARIS, 1933-36No outono de 1933, Csiki Weisz e An-dré Friedman chegam à Gare Este, em Paris. Ali contactam com a Schutzver-band Deutscher Schriftsteller, que se

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13 artes, letras e ideiashoje macau quinta-feira 13.3.2014

reunia no Café Mefisto, onde afluíam emigrados, tais como os escritores Ar-thur Koestler, Egon Erwin Kisch, Gus-tav Regler, Paul Westein e outros. Ao longo da sua estadia na capital francesa conhece, entre outros, os fotógrafos Cartier-Bresson, Giselle Freund, André Kertesz, Hans Namuth e David Sey-mour.

Os anos parisienses são duros e cheios de incertezas laborais, até que a Agence Centrale, criada pelos ir-mãos Kart e Hans Steinitz, o encarre-gam de algumas reportagens e inclu-sivamente lhe facultam uma câmara Plaubel Makine para que realize o seu trabalho; oportunidade que amplia com os encargos que, desde Zurique, vai fazendo de vez em quando para a empresa suíça de Simon Guttmann. Assim sobrevive até que conhece Ger-ta Pohorylles (1910-37), com quem partilha, desde então, amizade, traba-lho e paixão pessoal.

Na capital francesa, Gerta Pohoryl-les torna-se na fotógrafa Gerda Taro e André Fiedmann em Robert Capa, iniciando as suas colaborações com a Agência Anglo Continental (1934), criada por Fritz Goro e Marie Eisner. Desta maneira, Capa faz a sua primeira viagem a Espanha, onde realiza duas reportagens sobre o boxeur Paulino Uzcudun, em San Sebastião, e o avia-dor Emilio Herrera, em Madrid, que publicaria nas revistas Vu (Paris) e Ber-liner Illustrierte (Berlim). A criação, por Marie Eisner, da agência Alliance Pho-to (1934), que distribui as reportagens para as agências ABC de Amsterdão e Black Star de Nova Iorque, amplia as suas perspetivas profissionais.

Nos alvores de 1936, muda por completo a situação política, tanto em Espanha como em França, com a vitó-ria da Frente Popular nas eleições em ambos países, com a diferença de que a França enfrenta importantes protestos da classe trabalhadora e Espanha uma rebelião militar.

DOS CADERNOS DA GUERRA DE ESPANHA À MALETA MEXICANAPrimeiro foi o êxito das fotografias dos Cadernos de Guerra de Robert Capa, conservados nos Arquivos Nacionais de França, em Paris, e exibidas pela vez primeira no Congresso Internacional de Intelectuais e Artistas, em Valência (1987).

O mais assombroso talvez não te-nha sido a recuperação dos negativos das suas reportagens, remitidos para as agências de imprensa da época – An-glo Continental Press-Photo, Alliance Photo, Back Star, etc – e as revistas ilustradas desse período – Vu, Regards,

Life, etc –, mas os álbuns das suas fotos, testemunho excecional do seu meticu-loso trabalho de repórter.

Depois, foi o êxito da chamada Ma-leta Mexicana, que apareceu na cidade do México (2007) e que continha uns 4.500 negativos da Guerra civil espa-nhola atribuídos aos fotógrafos Robert Capa, David Chim Seymour e Gerda Taro.

ROBERT CAPA, FOTÓGRAFO DE GUERRA, 1936-39Assim, em 5 de setembro de 1936, Ro-bert Capa chega a Barcelona e começa o seu primeiro trabalho como repórter de guerra. Um trabalho que, entre 1936 e 1937, partilha com Gerda Taro, cuja autoria, nalgumas sequências, apre-senta dúvidas entre os especialistas. A cobertura da Guerra Civil espanhola passa por diversas etapas. A primeira, é o trabalho conjunto de Capa e Taro, em Barcelona, Alto Aragão, Madrid, na província de Córdova e o Congresso de Intelectuais Antifascistas em Defesa da Cultura, até à morte trágica de Ger-da Taro (1937). A última, é o retorno, já solitário, de Robert Capa a Madrid, Teruel e à frente de Segre; as reporta-gens sobre os refugiados de Tarragona, em Barcelona, a despedida das Brigadas Internacionais e os campos de con-centração franceses (1938-1939). Pelo meio, está o périplo de Capa como repórter e ajudante de câmara de Joris Ivens – autor do documentário Spanish earth (1937), no conflito sino-japonês (1938).

Como ficou evidenciado nas ex-posições Fotografía e informazione di guerra (Veneza, 1976) e La guerre civile espagnole (Barcelona, 2003), a imagem da guerra é a soma das ima-gens externas e as imagens internas. Ao trabalho realizado por repórteres grá-ficos estrangeiros como Robert Capa, Hans Namuth ou David Seymour, há que acrescentar o de repórteres gráfi-cos espanhóis, como Agustí Centelles, Foto Mayo ou Finezas, para dar só al-guns exemplos. Estamos a falar de foto-grafias que publicava tanto a imprensa ilustrada estrangeira – Vu, Life, Picture Post, entre outros meios de comunica-ção – como a imprensa ilustrada espa-nhola: ABC, Ahora, Crónica, Mundo Gráfico, La Vanguardia, etc.

Uma das virtudes da exposição Maleta Mexicana, exibida no México, com folhas de contactos, setenta fotos, sessenta revistas e um par de filmes, de imagens realizadas por Capa, Sey-mour e Taro, é que diferencia a obra através das reportagens das revistas, dos álbuns do autor e das fotografias de maior impacto daquele período.

A COBERTURA DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA PASSA

POR DIVERSAS ETAPAS. A PRIMEIRA, É O TRABALHO

CONJUNTO DE CAPA E TARO, EM BARCELONA, ALTO

ARAGÃO, MADRID, NA PROVÍNCIA DE CÓRDOVA E

O CONGRESSO DE INTELECTUAIS ANTIFASCISTAS

EM DEFESA DA CULTURA, ATÉ À MORTE TRÁGICA

DE GERDA TARO (1937). A ÚLTIMA, É O RETORNO, JÁ

SOLITÁRIO, DE ROBERT CAPA A MADRID

Robert Capa

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14 hoje macau quinta-feira 13.3.2014h

Tudo isto permite agora valorizar me-lhor o trabalho nómada deste autor e dos seus amigos, que vão percorrendo, de norte a sul, a geografia espanhola para testemunhar o conflito bélico na imprensa estrangeira.

UMA GUERRA... UMAS IMAGENSA cidade de Barcelona, no verão de 1936, aparece através de várias sequên-cias: um par de milicianos sorridentes, disfrutando do sol numa praça públi-ca, com a peculiaridade de o homem usar gravata, boina azul e uma espin-garda na mão (1936); o retrato do menino vestido de miliciano com um gorro da União de Irmãos Proletários, uma cartucheira com correia de coiro e uma espingarda de brincadeira feita em madeira ao ombro; uma sorridente estampa do comboio, cheio de mili-cianos que desde a Estação de França, certamente, parte em pleno estio para a frente sob a signa: “Jurai sobre estas letras, irmãos: antes morrer que con-sentir tiranos.”

Com essa bagagem urbana, Robert Capa vai para a frente do Alto Ara-gão, onde aparecem as espingardas, as trincheiras e os milicianos anarquistas que, por essas datas, combatiam na frente e logo seriam captados, tanto pela fotógrafa húngara Kati Horna, como pelo fotógrafo espanhol Agustí Centelles. O périplo espanhol passa por Madrid, Toledo e a província de Córdova, em cujo Monte de Muriano captaria a morte de um miliciano, que seria uma das imagens emblemáticas da Guerra Civil espanhola, reprodu-

evidencia a capa de Regards (Paris, 16/I/1939). Os horrores da guerra não impedem que nessas reportagens volte a mostrar a sua sensibilidade ao evocar os perfis humanos da população civil.

Para França dirigem-se, em feverei-ro de 1939, milhares de republicanos, até chegarem à zona de desarme e controle dos refugiados, pouco antes de entrarem em território francês e serem internados em campos de con-centração improvisados à beira ma. O automóvel de Jimmy Sheean serve para transladar até França, Matthews, Forrest, Gallager e Capa. Este último ainda teve energias para regressar aos campos de concentração de Argelès--sur-Mer e Le Barcarés, dando tes-temunho das cenas dos refugiados amontoados em barracões improvi-sados à beira do mar Mediterrâneo. Este foi um trabalho que fez até pouco antes de o general Lázaro Cárdenas, presidente do México, entre 1934 e 1940, decidir dar asilo a milhares de espanhóis que chegariam ao porto de Veracruz nos barcos Sinaia, Mexique e Flandre, sob a gestão solidária da du-quesa de Atthol (Marselha), do côn-sul Gilberto Bosques e do museógrafo Fernando Gamboa.

Nesse ano, começaria a história dos refugiados espanhóis em terras mexi-canas, cujas últimos instantâneos foto-gráficos, nos campos de concentração franceses, seriam captados por Robert Capa, Agustí Centelles e David Sey-mour, entre outros, como testemunhos dessa história que, em breve, cumprirá setenta e cinco anos.

zida nas revistas Vu (París, 23/IX/36); Regards (París, 1937) e Life (Nueva York, 12/VII/1937).

Como se mencionou, em 1936 e 1937, Robert Capa e Gerda Taro traba-lham juntos para fazer reportagens, em Madrid, Teruel e Valência, até à morte acidental da fotógrafa, em Brunete. As reportagens evocam retratos, em pri-meiro plano, de milicianos, destacando a diversidade dos uniformes e as ex-pressões sorridentes de muitos deles e detalhes dos republicanos lutando nas trincheiras.

O FINAL DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA, 1938-39O retorno de Robert Capa a Espanha coincidiu com a despedida das Briga-das Internacionais. Ainda lhe dá tempo a estar em Les Masies e em Barcelona, para fotografar os rostos dos volun-tários chegados de todas as partes do mundo para defender os valores da Es-panha republicana.

Em Barcelona, no Hotel Majestic, volta a encontrar-se com bons amigos: o jornalista Herbert Matthews; o escri-tor Ernest Hemingway e o fotógrafo David Seymour. Ao grupo juntam-se a jornalista inglesa Diana Forbes-Ro-bertson e a jornalista norte-americana Martha Gellhorn. Em apenas alguns meses, na transição do outono de 1938 para os primeiros dias de 1939, Robert Capa cobre jornalisticamente a frente do río Segre, conseguindo publicar nas capas e páginas centrais das revistas Regards (24/XI/1938), Picture Post (3/XII/1938) e Match (22/XII/1938).

Bombardeamentos, trincheiras, fe-ridos. De novo a guerra. Sem esque-cer o fator humano. A evacuação aos ombros de um ferido, o cigarro de um miliciano, o rosto de um jornalista len-do entre o jornal diário. A reportagem seguinte tem a ver com o avanço dos militares franquistas que tinham chega-do a Vinaroz e forçam a fuga de milha-res de refugiados para o norte, como

O RETORNO DE

ROBERT CAPA A

ESPANHA COINCIDIU

COM A DESPEDIDA

DAS BRIGADAS

INTERNACIONAIS

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15DESPORTOhoje macau quinta-feira 13.3.2014

O presidente da Liga Portuguesa de Fu-tebol Profissional (LPFP) acusou a

Olivedesportos de manter re-féns os clubes e de os coagir para terem “determinados compor-tamentos”, considerando ser já “um caso de polícia”. “Há uma força que coage, faz ameaças. Os clubes estão a ser coagidos para terem determinados com-portamentos. Isto está a tornar--se um caso de polícia”, disse Mário Figueiredo em entrevista à SIC Notícias.

O presidente da Liga de clubes culpou a Olivedesportos pelo movimento das equipas para destituí-lo, garantindo que os clubes estão reféns de uma força instalada que manda no futebol português há 30 anos e que apenas o Benfica se conse-guiu libertar desta. “O pecado capital esteve logo na minha eleição. Ganhei eleições contra o sistema, com um programa que colidia com os interesses instalados no futebol portu-guês”, recordou, lembrando que, aquando da sua eleição, “os clu-bes demonstraram que estavam

Schumacher dá pequenos sinais de melhoriaO estado de saúde do ex-piloto alemão Michael Schumacher tem tido sinais encorajantes, com a sua família a manter a esperança de que o sete vezes campeão do Mundo de Fórmula 1 vai recuperar e sair do coma. “Estamos e mantemo-nos confiantes de que Michael vai melhorar e vai acordar. Por vezes temos pequenos e encorajadores sinais, mas também sabemos que temos de ser muito pacientes”, referiu a família do ex-piloto, em comunicado, lido pela porta-voz Sabine Kehm. Schumacher contínua em coma num hospital de Grenoble, em França, depois de ter tido um acidente de esqui a 29 de Dezembro, em Meribel, nos Alpes franceses.

Jorge Jesus mantém-se no top-10 dos melhores treinadores do MundoA actualização desta semana do “ranking” de treinadores de futebol, o Football Coach World Ranking, mantém Jorge Jesus no nono lugar da classificação que continua a ser liderada por Gerardo Martino, do Barcelona. Jesus aparece na tabela à frente de Manuel Pellegrini, treinador do Manchester City que fecha o top-10 onde podemos encontrar outro treinador português. José Mourinho (Chelsea), porém, caiu uma posição em relação à última actualização, tendo sido ultrapassado por Rafael Benítez (Nápoles) no quarto lugar. É preciso descer muito na tabela para encontrar mais treinadores portugueses: Paulo Fonseca (ex-FC Porto) e André Villas Boas (ex-Tottenham) surgem no 42.º e 43.º lugares, respectivamente.

Nigéria Conquista do Mundial pode valer 100 mil dólares a cada jogadorOs jogadores da Selecção da Nigéria poderão vir a ganhar, cada um, mais de 100 mil dólares, caso vençam o Mundial 2014, onde o conjunto africano integra o grupo F, a par de Argentina, Bósnia-Herzegovina e Irão. Na proposta enviada ao Parlamento da Nigéria, a Federação Nigeriana de Futebol especifica que cada jogador receberá 10 mil dólares por vitória em cada jogo da fase de grupos, 12 mil no caso de chegarem aos oitavos de final, 15 mil pela presença nos “quartos”, 20 mil em caso de acesso às “meias”, e 30 mil caso consigam a presença na final. A juntar a estes incentivos, cada um dos 23 convocados irá receber diariamente 200 dólares, o que a juntar a outros prémios que serão distribuídos durante a competição, obrigará a um orçamento mínimo de 2,6 milhões de dólares.

FUTEBOL PORTUGUÊS PRESIDENTE DA LIGA ACUSA OLIVEDESPORTOS DE COAGIR CLUBES

“Um caso de polícia”

O pecado capital esteve logo na minha eleição. Ganhei eleições contra o sistema, com um programa que colidia com os interesses instalados no futebol português MÁRIO FIGUEIREDO Presidente da Liga Portuguesade Futebol Profissional

fartos da exploração dos direitos televisivos da Olivedesportos”.

De acordo com Mário Fi-gueiredo, que garantiu que vai cumprir até ao fim o mandato para o qual foi eleito, o seu pro-grama eleitoral era “muito sim-ples” e consistia em “dominar o abuso de posição dominante” da empresa que geria os direitos televisivos. “Os 28 clubes que

com a necessidade de colocar na LPFP alguém que controle os prejuízos que a Olivedesportos vai ter se a Autoridade da Con-corrência decidir favoravelmen-te à Liga quanto à queixa relativa ao abuso de posição dominante da empresa gerida por Joaquim Oliveira. “Os presidentes dos clubes mudaram, os presidentes da Federação mudaram, os pre-

o seu programa eleitoral, cen-trado em dois pontos centrais – “o alargamento do próprio campeonato - tirar dois clubes do crematório que é a II Liga - e centralizar na Liga a negociação dos direitos televisivos” -, por-que “isso demora tempo”. “Faz dois anos e três meses que estou na Liga e as coisas não mudam de um dia para o outro”, argu-mentou, lembrando que, pelas contas feitas pela sua direcção, os clubes andavam a perder 50 a 60 milhões de euros devido ao abuso de posição dominante da Olivedesportos.

O presidente da LPFP garan-tiu que a entidade que preside tem as contas em dia, apesar da quebra de contrato de 2,5 milhões de euros com a Oli-vedesportos relativa à Taça da Liga e ao não cumprimento do patrocínio prometido pela Santa Casa da Misericórdia.

Segundo Mário Figueiredo, a Santa Casa ameaçou a LPFP de que só cumpriria o acordo verbal caso a Liga fizesse as pazes com a Federação Por-tuguesa de Futebol. “Temos dinheiro até ao final da época. Todos os valores que deviam ter sido pagos até esta altura foram pagos, valores relativos à primeira e segunda fase da taça da Liga», concluiu, indi-cando que teve de renegociar os contratos existentes para poder distribuir verbas pelos clubes, com o intuito de «não deixar cair os clubes da II Liga”.

decidiram apresentar a queixa sofrem ameaças constantes, o que é um caso de polícia”, reforçou, revelando que as equipas estão a sofrer agora as consequências da decisão de elegê-lo, uma eleição que foi, na sua opinião, a única verda-deiramente livre.

Para o responsável, o mo-vimento dos clubes prende-se

sidentes da Liga mudaram, mas houve uma pessoa que se man-teve durante 30 anos”, realçou, assegurando que os presidentes que o antecederam “foram todos indicados pela Olivedesportos”.

PROGRAMA ELEITORAL POR CONCRETIZARMário Figueiredo disse ainda que não conseguiu concretizar

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16 publicidade hoje macau quinta-feira 13.3.2014

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Notificação no 003/NOEP-L/GJN/2014

Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo e no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação nº 01/PDCA/2009, de 23 de Dezembro de 2009, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 6, de 10 de Fevereiro de 2010 e pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 380/2013, publicado na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 50, de 11 de Dezembro de 2013, os infractores, constantes das tabelas desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias:

Nos termos do nº 4 do artigo 36º, nº 1 do artigo 37º, artigo 38º e artigo 39º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004, o Presidente do Conselho de Administração ou seus substitutos exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas, a existência de culpa dos autores e a ausência de qualquer circunstância atenuante confirmada. Assim:

1. Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas I a VI, as multas previstas no nº 2 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção):

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 4º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 23 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de acto de “Colocar ou abandonar objectos em espaços públicos”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do nº 1 do artigo 2º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 18 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de acto de “Remover, remexer ou escolher resíduos contidos nos equipamentos de deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 13º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 7 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, lançar pontas de cigarros ou abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela III)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 3) do nº 1 do artigo 9º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 30 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática de actos de “Permitir a circulação de animal nos espaços públicos sem que ele esteja preso em gaiola, jaula, por trela ou aparelho similar ou sem que ele use os aparelhos de identificação e de segurança estabelecidos na licença”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela IV)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no nº 2 do artigo 9º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previsto no nº 12 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática de acto de “Não limpar de imediato o espaço público poluído com dejectos de animais de estimação que se está a acompanhar”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela V)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto na alínea 1) do nº 1 do artigo 2º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 13 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática de actos de “Cuspir escarro ou saliva para qualquer superfície do espaço público”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo da acusação. (cfr.: Tabela VI)

2. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios para o autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos do artigo 145º, do nº 1 do artigo 148º e do artigo 149º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123º do referido código.

Para efeitos do disposto no nº 2 do artigo 150º do mesmo diploma, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto, salvo disposição legal em contrário.

3. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25º e 26º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 27º do referido código.

4. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto nº 4 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação das multas aplicadas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da publicação da presente notificação, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, nos 762-804, Edf. China Plaza, 5º andar, Macau. Caso contrário, o IACM submeterá o processo à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para a cobrança coerciva, nos termos do artigo 17º do Decreto-Lei nº 52/99/M e do artigo 29º do Decreto-Lei nº 30/99/M.

5. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes das acusações. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone nº 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto.

Aos 03 de Março de 2014.

O Presidente do Conselho de Administração, Substituto

Lo Veng Tak

Tabela I

Nome SexoNº do Bilhete

de Identidade de Residente da RAEM

Nº da acusação Data da infracção

Data em que foram exarados os despachos de

aplicação das multas

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A042778/2012 20/10/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A042759/2012 02/11/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A042677/2012 09/11/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A042679/2012 11/11/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044036/2012 01/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044033/2012 03/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044102/2012 07/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043111/2012 19/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044116/2012 27/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044032/2012 28/12/2012 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043161/2013 02/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044134/2013 03/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046973/2013 06/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043174/2013 07/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043183/2013 11/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047511/2013 13/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046989/2013 13/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047391/2013 14/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047517/2013 21/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043194/2013 28/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048927/2013 01/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046994/2013 02/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A049551/2013 04/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046997/2013 04/02/2013 27/08/2013

李培根 LEI PUI KAN M 50672**(*) A043937/2013 04/02/2013 09/07/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046963/2013 05/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047918/2013 06/02/2013 27/08/2013

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17 publicidadehoje macau quinta-feira 13.3.2014

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Objecto:Prestação dos Serviços de Vigilância e Segurança das Instalações e dos Equipamentos da Responsabilidade do Instituto Politécnico de Macau, pelo período de trinta e seis meses, contados desde 01 de Julho de 2014 a 30 de Junho de 2017, com os seguintes locais: (1) Sede do Instituto Politécnico de Macau (Rua de Luís Gonzaga Gomes e na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues); (2) Campus no Edifício Hotline, 19º andar); (3) Campus no Edifício de Companhia de Electricidade de Macau (Estrada D. Maria II, Edifício de CEM 7.º e 8.º andares); (4) Campus no Edifício Magnificient Court (Rua de Berlim, Edifício Magnificient Court, Bloco 3, 2.ºandar); (5) Campus no Edifício Industrial Ocean (Rua de Pescadores, n.º 230, Edifício Ocean Industrial, Bloco 2, 5.º andar, fracção A); (6) Campus no King Light Garden (Rua de Chiu Chau, n.º 48-52, Edifício King Light Garden, r/c e 1.º andar, Taipa, Macau).

Prazo de validade das propostas do concurso:As propostas do concurso são válidas até 90 dias contados da data de abertura das mesmas.

Explicação do Programa do ConcursoHora e Data: 17 de Março de 2014, pelas 10H00.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luis Gonzaga Gomes.

Limite da Apresentação das propostas do concurso:Hora e Data: 31 de Março de 2014, antes das 17H45.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico

de Macau, sita na Rua de Luis Gonzaga Gomes.

Abertura das Propostas do Concurso:Local: Anfiteatro III, 1.º andar do Edifício Wui Chi do Instituto

Politécnico de Macau, sita na Avenida de Dr. Rodrigo Rodrigues/ Rua de Luis Gonzaga Gomes.

Data: 1 de Abril de 2014.Hora: 10H00

Caução Provisória:Devem os concorrentes prestar uma caução provisória, no valor de $562 000,00 (quinhentas e sessenta e duas mil patacas), mediante depósito no Serviço de Contabilidade e Tesouraria do Instituto Politécnico de Macau, ou mediante garantia bancária.

A avaliação das propostas do concurso será feita de acordo com os seguintes critérios:- Preço Razoável (60%)- Qualidade do Serviço (40%):- Curriculum Vitae, envergadura do concorrente,

objectivos e padrão dos serviços de vigilância e segurança; regulamentos de gestão, incluindo o processo de trabalho, o mecanismo de casos de urgência, o mapa de organização pessoal, condições de nomeação pessoal, distribuição, gestão dos ordenados e projectos formativos (15%);

- Propostas favoráveis aos serviços de vigilância e segurança do Instituto Politécncio de Macau (5%);

- Desempenho anterior dos semelhantes serviços ou em outras instituições, é necessário entregar a lista dos clientes do ano 2012 a presente, e os certificados passado pelos clientes sobre a qualidade dos serviços prestados (5%);

- Equipamentos e materiais para vigilância no Instituto Politécnico de Macau, e que deverá incluir catálogos elucidativos das características dos equipamentos a utilizar (5%);

- Limite máximo de idade dos guardas (5%);- Esclarecimentos na reunião (as questões profissionais

levantadas por IPM sobre a prestação do serviço) (5%).

Consulta e Aquisição do “Programa do Concurso” e do “Caderno de Encargos”:O Programa do Concurso e o Caderno de Encargos podem ser consultados e adquiridos na Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luis Gonzaga Gomes, mediante o pagamento de MOP$100,00 (cem patacas).Horário: de 2ª feira a 5ª feira das 09H00 às 13H00 e das 14H30

às 17H45. 6ª feira das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 17H30. Informações:8599 6140, 8599 6153 ou 8599 6404.

Macau, aos 7 de Março de 2014.A Presidente em Exercício, Yin Lei

Prestação dos Serviços de Vigilância e Segurança(sede e escolas/centros fora do campo do IPM)

CONCURSO PÚBLICO N.º 02/DOA/2014

WWW. IACM.GOV.MO

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047938/2013 08/02/2013 27/08/2013

梁錦華 LEONG KAM WA M 73942**(*) A050002/2013 08/02/2013 09/07/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048905/2013 09/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046871/2013 18/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048930/2013 18/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046881/2013 19/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046872/2013 20/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046893/2013 25/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A049517/2013 27/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046812/2013 01/03/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048272/2013 03/03/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A049444/2013 04/03/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A050035/2013 12/03/2013 19/07/2013

吳惠祥

NG WAI CHEONG M 74017**(*) A036159/2012 01/06/2012 26/11/2012李奀慶

LEI NGAN HENG F 13005**(*) A036217/2012 10/06/2012 26/11/2012陳雪玲

CHAN SUT LENG F 72777**(*) A042757/2012 19/10/2012 27/08/2013鄭志成

CHIANG CHI SENG M 51632**(*) A043537/2012 05/11/2012 27/08/2013陳雪玲

CHAN SUT LENG F 72777**(*) A043171/2012 27/12/2012 27/08/2013陳雪玲

CHAN SUT LENG F 72777**(*) A044136/2013 05/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046954/2013 08/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046958/2013 19/01/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A047937/2013 14/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A046885/2013 26/02/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048176/2013 02/03/2013 27/08/2013

陳雪玲 CHAN SUT LENG F 72777**(*) A048200/2013 04/03/2013 27/08/2013

蔡萬勝 CHOI MAN SENG M 73494**(*) A029457/2012 18/02/2012 19/07/2012

施俊達 SI CHON TAT M 51880**(*) A0006140/2012 28/02/2012 19/07/2012

何少興 F 12858**(*) A019471/2012 12/05/2012 26/11/2012廖惠行

LIO WAI HANG F 12956**(*) A032623/2012 20/08/2012 06/03/2013黃偉基

WONG WAI KEI M 51219**(*) A043794/2012 08/12/2012 27/08/2013陳超財

CHAN CHIO CHOI M 72570**(*) A040547/2012 21/12/2012 27/08/2013趙晶晶

CHIO CHENG CHENG F 13574**(*) A048758/2013 24/01/2013 27/08/2013

邱國光 IAO KUOK KUONG M 13862**(*) A049336/2013 07/02/2013 27/08/2013

黃榕發 WONG IONG FAT M 51789**(*) A047798/2013 18/03/2013 18/10/2013

金悅釗 M 51627**(*) A004992/2013 16/01/2013 09/07/2013

王澤潤 M 12353**(*) A043269/2012 24/12/2012 27/08/2013

陳書忠

CHAN SU CHONG M 73579**(*) A036367/2012 22/05/2012 26/11/2012

Tabela II

Tabela III

Tabela IV

Tabela V

Tabela VI

Aviso

Considerando que não se revela possível notificar directamente os interessados, por ofício, telefone ou outros meios, para efeitos de prosseguimento das respectivas decisões administrativas, nos termos dos artigos 68° e 72° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro;

No uso dos poderes conferidos pela Proposta da Deliberação nº 01/PDCA/2009, de 23 de Dezembro, publicada no “Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau” nº 06, II série, de 10 de Fevereiro de 2010, o signatário determina, nos termos da alínea (10) do artigo 10º do Regulamento Administrativo nº 32/2001, atento o seu despacho de 24 de Fevereiro de 2014, notificar os interessados que ocupam ilegalmente o terreno, sito no terreno junto ao Pátio da Quina, que devem proceder à remoção da referida construção ilegal, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da publicação deste aviso, nos termos da disposição do artigo 6º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004 e do nº 1 do artigo 144º do Código do Procedimento Administrativo, pois, caso contrário, o IACM procederá à sua remoção.

Caso os interessados não cumpram esta ordem no prazo determinado, o IACM procederá, nos termos e para os efeitos do nº 2 do artigo 144º do Código do Procedimento Administrativo, à execução de tal tarefa, devendo os mesmos suportar os respectivos encargos.

Segundo as disposições do artigo 149º e nº 2 do artigo 155º do Código do Procedimento Administrativo, os interessados poderão apresentar, a partir da data da publicação deste aviso, reclamação junto do signatário dentro do prazo de 15 (quinze) dias e/ou, recurso hierárquico facultativo junto do Conselho de Administração, no prazo de 30 (trinta) dias.

Por último, os interessados poderão ainda apresentar recurso contencioso junto do Tribunal Administrativo, dentro do prazo definido pelo artigo 25º do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro.

Macau, aos 13 de Março de 2014.

O Presidente do Conselho de Administração, Substo

Vong Iao Lek

Page 18: Hoje Macau 13 MAR 2014 #3049

18 FUTILIDADES hoje macau quinta-feira 13.3.2014

TEMPO PERÍODOS DE CHUVA MIN 16 MAX 20 HUM 75-99% • EURO 11.1 BAHT 0.2 YUAN 1.3

Pu YiPOR MIM FALO

Um assuntomais do que urgente

JACKELINE CARDONA, A FILÓSOFA DO DESPORTO

Jackeline Cardona apresenta-se: alegre, atitude positiva, simpática e equilibra-da. Do lado de fora, mesmo para quem não a conhece, poderia acrescentar-lhe muitas mais qualidades. A super-modelo colombiana, natural de Medellin, é uma das instrutoras de fitness mais belas do planeta. Aos 25 anos, e dona de um corpo deslumbrante, é presença habitual em várias campanhas de publicidade.

João Corvofonte da inveja

Segundo a notícia publicada na edição de ontem deste jornal, um grupo de deputados e académicos vão estudar a problemática das rendas antes de avançar com um projecto de revisão da actual lei. Gabriel Tong, académico da Faculdade de Direito da Universidade de Macau (UMAC) e deputado nomeado pelo Chefe do Executivo garantiu que tudo será feito o mais depressa possível. Disse ainda que, se não considerasse o assunto urgente, não estaria a participar no projecto. Acontece que o controlo das rendas não é urgente, é urgentíssimo. Há muito que este Governo deixou de se preocupar com o residente comum, aquele que trabalha e anda de transportes públicos e que faz contas ao fim do mês. Também os há em Macau, senhor Chui Sai On, que por aqui não são todos ricos e a viver em empreendimentos residenciais de luxo. É fundamental que o novo mandato do Chefe do Executivo, seja Chui Sai On ou não, comece a resolver esta questão sem rodeios. Só tem de arregaçar as mangas e trabalhar por uma lei mais próximas das pessoas e não dos ricos. Sobretudo, os discursos políticos não podem continuar a manter-se distantes das reais necessidades da população, porque um dia a bolha vai rebentar.

Gémeas partilham tudo: aparência, trabalho e até namorado• Duas irmãs gémeas na Austrália desembolsaram mais de 200.000 dólares para parecem ainda mais idênticas e partilhar um emprego, uma conta no Facebook, uma cama e até um namorado. “Estamos a namorar um (o mesmo) rapaz de momento”, disse Anna DeCinque que, com a irmã Lucy, foram sujeitos a inúmeras intervenções cirúrgicas(estéticas), numa tentativa de serem mesmo iguais. “Há três pessoas no nosso relacionamento. Estamos a partilhar”, disse Anna ao New York Post.

Homem perde aposta e o seu nome passa a ter 99 letras• Um homem da Nova Zelândia, de 22 anos, perdeu numa aposta o próprio nome. Desde Março de 2010, passou a chamar-se oficialmente “Full Metal Havok More Sexy N Intelligent Than Spock And All The Superheroes Combined With Frostnova”, de acordo com reportagem do “The New Zeland Herald”. No entanto, continuou a usar o seu nome de baptismo pensando que a alteração não tinha sido aceite pelos serviços do Registo Civil local. Só que tinha! Para recuperar o nome da certidão de nascimento, o senhor Frostnova terá que preencher um formulário e desembolsar 127 dólares e esperar uns oito dias.

Em Pequim, certas vozes de burro chegam ao céu.

SALA 1NEED FOR SPEED [B]Um filme de: Scott WaughCom: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots14.30, 16.45, 21.30

NEED FOR SPEED [3D] [B]Um filme de: Scott WaughCom: Aaron Paul, Dominic Cooper, Imogen Poots19.15

SALA 2 300: RISE OF AN EMPIRE [C]Um filme de: Noam Murro

Com: Sullivan Stapleton, Eva Green, Lena Headey14.15, 17.50, 21.30

MR. PEABODY & SHERMAN [A](FALADO EM CANTONÊS)Um filme de: Rob Minkoff16.05, 19.45

SALA 3NON-STOP [B]Um filme de: Jaume Collet-SerraCom: Liam Neeson, Julianne Moore14.30, 16.30, 19.30, 21.30

NEED FOR SPEED

C I N E M ACineteatro

Page 19: Hoje Macau 13 MAR 2014 #3049

hoje macau quinta-feira 13.3.2014

bairro do or ienteLEOCARDO

19OPINIÃO

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana de Freitas; José C. Mendes Colaboradores Amélia Vieira; Ana Cristina Alves; António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

O LGA Chan, 30 anos, chine-sa de Macau. Solteira e boa rapariga, emprego estável e menina de bem, o seu sonho é encontrar alguém como ela, um “oumunyan” discreto, obediente e previ-sível, com quem possa par-tilhar os pontos do cartão de crédito e inscrever-se num

concurso para a aquisição de uma moradia económica. Um dia, numa das suas raríssi-mas saídas, bebia um café numa loja perto de casa, enquanto lia uma revista, quando foi subitamente abordada por um estrangei-ro, um americano. Trocaram dois dedos de conversa, menos de cinco minutos, e já de saída o misterioso desconhecido deixou-lhe o seu cartão de visita, com nome, profissão, contacto profissional, número de telemóvel e endereço electrónico, aquilo que em inglês se chama “calling card”, ou apenas “name card”. Pediu-lhe que “o contactasse em breve”, e meio sem jeito, Olga disse-lhe que “sim, que ia tentar”. Naquele momento, a jovem sentiu que havia sido cometido um atentado ao seu pudor. Olga tinha acabado de ser “namecarded”.

Sem coragem para contar aos pais, e temendo a vergonha de uma denúncia às autoridades, Olga decidiu desabafar com as três melhores amigas, outras “oumunyan” como ela:

- “Enlouqueceste? Como foste capaz de estabelecer contacto visual e verbal com um estranho?” – perguntava uma delas.- “Isto nem parece vindo de uma menina educada num colégio católico feminino” – acrescentou outra.- “Olha que tiveste sorte...fosse isto na Índia e tinhas sido “namecarded em grupo” – con-cluiu a terceira.- “Pelo menos ele usou protecção...o car-tão estava laminado” – desabafou Olga, cabisbaixa.

Olga andava deprimida, e a censura das amigas em nada contribuiu para a sua angústia. Cada vez que abria a carteira, lá estava ele, o maldito cartão, e não eram poucas as vezes em que sentia tentada a entrar em contacto com o desconhecido que teve o desplante de se meter consigo naquele dia, apesar de se conhecerem há menos de seis meses. Resistia sem-pre – afinal podia ser um tarado, apesar do cartão dizer que era gestor executivo de uma conhecida multinacional. Tinha pesadelos recorrentes, onde dezenas de desconhecidos lhe ofereciam cartões de visita, ao ponto de já não poder guardar mais nenhum na carteira. Decidiu então

Calcula-se que sejam milhares por ano, as vítimas de “namecarding” na Ásia, na sua grande maioria mulheres, vítimas de indivíduos que teimam em partilhar a sua informação pessoal com pessoas que considerem interessantes, e que valham a pena conhecer

NAS NUVENScartoonpor Stephff

Namecardedprocurar ajuda, e aderiu ao grupo “Name-carded anónimas”, onde conheceu outras vítimas de “namecarding”, que assim a ajudaram a lidar melhor com o seu trauma.

Calcula-se que sejam milhares por ano, as vítimas de “namecarding” na Ásia, na sua grande maioria mulheres, vítimas de indivíduos que teimam em partilhar a sua informação pessoal com pessoas que con-siderem interessantes, e que valham a pena conhecer. Muitas chegam mesmo a entrar em contacto com o agressor, como é o caso recente de uma jovem em Taiwan que foi “namecarded”, mandou um e-mail para o endereço no cartão, e obteve resposta no dia seguinte. O “namecarder” adicionou-a à sua lista numa conhecida rede social, e contacta-a numa média de duas ou três vezes por semana. Se foi vítima de “namecarding”, não fique em silêncio, e visite-nos na pági-na dos “Namecarded Sem Fronteiras”, em www.namecarded.org. O seu contributo pode fazer toda a diferença.

DAVI

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Page 20: Hoje Macau 13 MAR 2014 #3049

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hoje macau quinta-feira 13.3.2014

N OVE pessoas foram detidas em Hong Kong por suspeita de envol-

vimento no ataque perpetrado contra um antigo editor de um jornal local, anunciou ontem a polícia local.

Kevin Lau Chun-to, antigo editor-chefe do Ming Pao, esfa-queado a 26 de Fevereiro por des-conhecidos que fugiram numa moto, continua no hospital.

Os dois alegados autores foram detidos em Dongguan, na província chinesa de Guang-dong, depois de a polícia da antiga colónia britânica ter soli-citado ajuda na semana passada.

O comissário da polícia de Hong Kong Andy Tsang Wai--hung disse em conferência de imprensa, que a polícia de Hong Kong foi informada da detenção dos dois homens, ambos com 37 anos, no passado sábado. “Neste momento, acreditamos que os atacantes foram contratados”, disse o mesmo responsável, citado pela edição ‘online’ do South China Morning Post, acrescentando que têm um passado ligado às tríades.

Segundo Andy Tsang Wai--hung, os sete cúmplices - com

Maioria das 10 companhias aéreas mais seguras do mundo é da Ásia-Pacífico Seis das dez companhias aéreas mais seguras do mundo estão sediadas na Ásia Pacifico, segundo uma classificação internacional citada ontem na imprensa oficial chinesa. A lista, divulgada por ordem alfabética na edição ‘online’ do Diário do Povo, órgão central do Partido Comunista Chinês, é encabeçada pela Air New Zealand, seguindo-se All Nippon Airways e Cathay Pacific Airways. Pelos critérios da AirlinesRatines.com - sítio especializado da Internet que avaliou o desempenho de 448 companhias aéreas ao longo de 2013 -, Eva Air, Singapore Airlines e Qantas também integram a lista. Das outras, uma (Virgin Atantic) é europeia e as outras três estão baseadas no Médio Oriente (Emirates, Etihad Airways e Royal Jordanian).

HONG KONG NOVE SUSPEITOS DETIDOSNO CASO DO JORNALISTA ESFAQUEADO

Atacantes foram contratados

idades entre os 30 e os 57 anos - foram detidos hoje em diversos pontos da cidade de Hong Kong, de onde todos são naturais. “De acordo com a informação que temos em mãos, não existe nada que ligue directamente o ataque [contra Kevin Lau Chun-to] ao trabalho jornalístico”, afir-mou, ressalvando, porém, que a polícia não descarta nenhuma possibilidade.

O mesmo responsável indi-cou que a investigação está em curso, aventando a hipótese de mais detenções.

Kevin Lau Chun-to, esfa-queado nas costas e nas pernas em plena luz do dia, ficou gra-vemente ferido na sequência do ataque.

O segundo de dois artigos publicados, na terça-feira, na página na Internet do antigo editor revelam que os nervos das suas pernas vão demorar cerca de dois anos a recuperar.

Kevin Lau editou o Ming Pao durante dois anos, mas foi substituído, em Janeiro, por um editor pró-Pequim da Malásia, o que gerou críticas pelos colegas de trabalho, que temiam altera-ções à linha editorial do jornal, a qual pugnava pelo jornalismo de investigação.

O ataque aconteceu num momento de crescente preo-cupação sobre a liberdade de imprensa em Hong Kong e sobre eventuais tentativas de Pequim para aumentar o controlo na Região Administrativa Especial chinesa.

Milhares de manifestantes saíram às ruas em Hong Kong para protestar contra a alegada erosão da liberdade de impren-sa, depois de no início do mês dois relatórios internacionais indicarem que a autocensura é cada vez mais comum em Hong Kong.