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BoletimEpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da SaúdeISSN ISSN 1517 1159
HIV AIDS 2017
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúdewww.saude.gov.br/bvs
MINISTÉRIO DA SAÚDE
© 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Comitê EditorialAdeilson Loureiro Cavalcante, Sônia Maria Feitosa Brito, Adele Schwartz Benzaken, Cristina Pimenta, Daniela Buosi Rohlfs, Elisete Duarte, Geraldo da Silva Ferreira, Márcia Beatriz Dieckmann Turcato, Marcio Garcia, Maria Terezinha Villela de Almeida, Marta Roberta Santana Coelho, Renato Girade. Equipe EditorialDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais – DIAVH/SVS/MS: Adele Schwartz Benzaken (Editora Científica). Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços/SVS/MS: Lúcia Rolim Santana de Freitas (Editora Assistente). ColaboradoresDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais - DIAVH/SVS/MS: Alessandro Ricardo Caruso da Cunha, Claudia Marques de Sousa, Daiana Santos Mariah Dresch, Flavia Kelli Alvarenga Pinto, Flávia Moreno Alves de Souza, Gerson Fernando Mendes Pereira, Luciana Fetter Bertolucci Taniguchi, Mariana Jorge de Queiroz, Rachel Abrahão Ribeiro, Ronaldo de Almeida Coelho, Silvana Pereira Giozza, Thaís Silva Almeida de Oliveira.
Projeto gráfico e distribuição eletrônicaDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV)
Diagramação Marcos Cleuton de Oliviera (DIAHV) Revisão de textoAngela Gasperin Martinazzo (DIAHV)
Boletim Epidemiológico - Aids e ISTAno V - nº 1 - 27ª a 53ª - semanas epidemiológicas - julho a dezembro de 2016Ano V - nº 1 - 01ª a 26ª - semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2017
Tiragem: 1000ISSN: 1517-1159Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites ViraisSRTVN Quadra 701 lote D 5 - Asa norteEd. PO700 - 5º Andar CEP 70719-040 - Brasília - DF
Disque Saúde - 136e-mail: [email protected]: www.aids.gov.br
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SumárioIntrodução ............................................................................................................................................................................................... 03
HIV .......................................................................................................................................................................................................... 05HIV em Gestantes ...................................................................................................................................................................................... 06Aids ......................................................................................................................................................................................................... 08Mortalidade por Aids .............................................................................................................................................................................. 16Classificação das Unidades da Federação (UF), capitais e municípios com 100 mil habitantes e mais, segundo índice composto .................... 19Metodologias ........................................................................................................................................................................................... 19
Tabelas ..................................................................................................................................................................................................... 21
Tabela 1 - Casos de HIV notificados no Sinan, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2017 ................................. 22Tabela 2 - Número de casos de HIV notificados no Sinan, por sexo e razão de sexo, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2017 ............................. 23Tabela 3 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan segundo sexo, faixa etária e escolaridade por ano do diagnóstico. Brasil, 2007-2017 ...... 24Tabela 4 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2017 ............... 26Tabela 5 - Casos de HIV notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2017 ..................................................................................... 27Tabela 6 - Gestantes infectadas pelo HIV (casos e taxa de detecção/1.000 nascidos vivos), segundo UF e região de residência por ano do parto. Brasil, 2000-2017 ....................................................................................................................................................... 28Tabela 7 - Ranking da taxa de detecção (/1.000 nascidos vivos) de gestantes com HIV notificadas no Sinan, segundo capital de residência por ano do parto. Brasil, 2005-2016 ........................................................................................................................... 29Tabela 8 - Casos de gestantes infectadas pelo HIV (número e percentual) segundo faixa etária, escolaridade e raça/cor por ano do parto. Brasil, 2000-2017 ................................................................................................................................................................... 30Tabela 9 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 .............................................................................................................................................. 31Tabela 10 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo origem dos dados, UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2000-2017 .............................................................................................................. 32Tabela 11 - Taxa de detecção (/100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2005-2016 ............................................................................... 33Tabela 12 - Ranking da taxa de detecção (/100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo capital de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2005-2016 ................................................................... 34Tabela 13 - Número e taxa de detecção (/100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom por sexo e razão de sexo, segundo ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 ................................................................. 35Tabela 14 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo região de residência, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2016 .............................................................................................................. 36Tabela 15 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo faixa etária, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2016 ........................................................................................................................... 37Tabela 16 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 ............................................................................................................................................ 38Tabela 17 - Taxa de detecção (/100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 2005-2016 .......................................................................................... 39Tabela 18 - Casos de aids (número e taxa de detecção/100.000 hab.) em menores de cinco anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 .......................... 40Tabela 19 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 ........................................................................................... 41Tabela 20 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 ................................................................................ 42Tabela 21 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo, ano de diagnóstico e região de residência. Brasil, 2015-2017 .................................................. 43Tabela 22 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2005-2017 ............ 44Tabela 23 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo escolaridade por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2017 ....... 45Tabela 24 - Óbitos por causa básica aids, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 1980-2016 ................................................ 46
Tabela 25 - Coeficiente de mortalidade por aids (/100.000 hab.) bruto e padronizado, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 2005-2016 ..................................................................................................................................................... 47Tabela 26 - Coeficiente de mortalidade (/100.000 hab.) por aids bruto e padronizado(1), segundo capital de residência por ano do óbito. Brasil, 2003-2016 .................................................................................................................................................................. 48Tabela 27 - Óbitos por aids (número e coeficiente de mortalidade/100.000 hab.) e razão de sexo, segundo ano do óbito. Brasil, 1980-2016 ............. 49Tabela 28 - Óbito por aids (número e coeficiente de mortalidade/100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano do óbito. Brasil, 1980-2016 ....... 50Tabela 29 - Óbitos por aids (número e percentual), segundo raça/cor e sexo por ano do óbito. Brasil, 2005-2016 ............................................... 51Tabela 30 - Ranking das Unidades da Federação segundo índice composto. Brasil, 2012 a 2016 ........................................................................ 52Tabela 31 - Ranking das capitais segundo índice composto. Brasil, 2012 a 2016 ............................................................................................. 53Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2012 a 2016 .................................... 54
Apêndice - Indicadores Epidemiológicos para o Monitoramento do HIV/Aids ............................................................................................... 57
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Introdução
O Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), publicado anualmente, apresenta informações e análises sobre os casos de HIV/aids no Brasil, regiões, estados e capitais, de acordo com os principais indicadores epidemiológicos e operacionais estabelecidos.
As fontes utilizadas para a obtenção dos dados são: (1) as notificações compulsórias dos casos de HIV e de aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), (2) os óbitos notificados com causa básica por HIV/Aids (CID10: B20 a B24) no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), (3) registros do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e (4) registros do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Ressalte-se que algumas variáveis como escolaridade, categoria de exposição e raça/cor são analisadas exclusivamente com dados oriundos do Sinan e apresentam um elevado percentual de registros ignorados.
A infecção pelo HIV e a aids fazem parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças (Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016); assim, na ocorrência de casos de infecção pelo HIV ou de aids, estes devem ser reportados às autoridades de saúde. A despeito dessa obrigatoriedade, a observada subnotificação de casos no Sinan traz relevantes implicações para a resposta ao HIV/aids, visto que permanecem desconhecidas informações importantes no âmbito da epidemiologia, tais como número total de casos, comportamentos e vulnerabilidades, entre outros. Além disso, a ausência de registro pode comprometer a racionalização do sistema para o fornecimento contínuo de medicamentos e as ações prioritárias para populações-chave e populações mais vulneráveis. Isso posto, reforça-se, portanto, a necessidade da notificação no Sinan de todos os casos de HIV/aids, bem como a melhoria da qualidade do preenchimento da ficha de notificação e investigação de casos.
Para o ano de 2016, dos 38.090 casos de aids registrados, 56,7% foram notificados no Sinan, 7,7% foram encontrados no SIM e 35,6% no Siscel/Siclom (Tabela 10). Com o intuito de diminuir a ocorrência de subnotificações desenvolveu-se, em 2016, uma nova funcionalidade para o Siclom, que recomendou às unidades de saúde notificar aqueles pacientes em acompanhamento, identificados apenas por seus cadastros no Siscel e/ou no Siclom. Ao emprego do método probabilístico de relacionamento de bancos de dados, utilizado na geração das informações constantes neste Boletim, operacionalizaram-se o resgate das notificações do Sinan
realizadas a posteriori e a unificação dos registros. Saliente-se que, em nenhuma hipótese, o tratamento de pessoas vivendo com HIV/aids sofreu ou sofrerá descontinuidade em decorrência dessas medidas. A efetividade da ferramenta vem sendo comprovada com o observado incremento dos casos notificados no Sinan, em comparação aos demais sistemas, os quais estão sendo atualizados de acordo com o ano de seu diagnóstico.
Esta edição do Boletim Epidemiológico apresenta dados referentes aos casos de infecção pelo HIV notificados no Sinan até 30/06/2017. Apesar da notificação compulsória do HIV ter tido início apenas no ano de 2014, a série histórica apresentada tem início em 2007, quando da implantação do Sinan NET, devido à notificação retroativa dos casos. Ressalte-se que as notificações dos casos referentes aos primeiros cinco anos da implementação da notificação compulsória da infecção pelo HIV serão utilizadas para o monitoramento da implementação da vigilância da infecção, razão pela qual não são apresentadas taxas de incidência.
Em adição às informações constantes neste Boletim, os dados específicos para cada um dos municípios brasileiros podem ser visualizados por meio dos painéis de indicadores epidemiológicos disponíveis on-line no endereço <http://www.aids.gov.br/indicadores>.
O DIAHV investe constantemente em processos de qualificação das informações de vigilância. No ano de 2016, o Departamento financiou pesquisas de vigilância epidemiológica e comportamental com o objetivo de monitorar a epidemia do HIV, da sífilis e das hepatites B e C em populações vulneráveis, tais como conscritos das forças armadas, homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres profissionais do sexo e travestis e transexuais. Resultados preliminares apresentam uma prevalência de HIV de 19,8% entre HSH com 25 anos ou mais de idade e de 9,4% entre os HSH de 18 a 24 anos. Para as hepatites, os dados são de 0,75% e 1,73% para as hepatites B e C, respectivamente. Para a sífilis, a prevalência encontrada foi de 14,0%. Com relação às mulheres profissionais do sexo, a prevalência de HIV foi de 5,3%, e a de sífilis, de 8,4%. Já entre os conscritos, a prevalência de HIV foi de 0,1%; a de sífilis, de 1,6%; e a das hepatites, de 0,22% e 0,28%, respectivamente, para B e C. Entre os conscritos HSH, a prevalência de sífilis encontrada foi de 5,2% e a prevalência de HIV foi de 1,3%.
Espera-se que as informações contidas neste documento possam contribuir para o monitoramento do HIV/aids e que sejam úteis como subsídio à tomada de decisões nos níveis federal, estadual e municipal.
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HIV
De 2007 até junho de 2017, foram notificados no Sinan 194.217 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 96.439 (49,7%) na região Sudeste, 40.275 (20,7%) na região Sul, 30.297 (15,6%) na região Nordeste, 14.275 (7,4%) na região Norte e 12.931 (6,7%) na região Centro-Oeste. No ano de 2016, foram notificados 37.884 casos de infecção pelo HIV, sendo 3.912 (10,3%) casos na região Norte, 7.693 (20,3%) casos na região Nordeste, 15.759 (41,6%) na região Sudeste, 7.688 (20,3%) na região Sul e 2.832 (7,5%) na região Centro-Oeste (Tabela 1).
Na Tabela 2, são apresentados os casos de HIV notificados no Sinan no período de 2007 a junho de 2017, segundo sexo. Nesse período, foi notificado no Sinan um total de 131.969 (67,9%) casos em homens e 62.198 (32,1%) casos em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2016, desconsiderando casos de HIV em gestantes, foi de 2,5 (M:F).
A Tabela 3 mostra os casos notificados de infecção pelo HIV no Sinan segundo faixa etária e escolaridade. No período de 2007 a 2017, no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,5% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, verficou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,4%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV relativos a esse item.
Com relação à raça/cor da pele autodeclarada, observa-se na Tabela 4 que, entre os casos registrados no Sinan no período de 2007 a 2017, 47,6% são entre brancos e 51,5% entre pretos e pardos. No sexo masculino, 49,6% dos casos estão entre brancos e 49,4% entre pretos e pardos; entre as mulheres, 43,2% dos casos são entre brancas e 55,9% entre pretas e pardas. Ressalta-se o alto percentual de casos com a informação sobre raça/cor ignorada: em torno de 8,5% nos últimos cinco anos.
A Tabela 5 apresenta os casos de infecção pelo HIV registrados no Sinan de 2007 a junho de 2017 em indivíduos maiores de 13 anos de idade, segundo a categoria de exposição. Entre os homens, no período observado, verifica-se que 48,9% dos casos foram decorrentes de exposição homossexual, 37,6% heterossexual, 9,6% bissexual e 2,9% se deram entre usuários de drogas injetáveis (UDI); entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, nota-se que 96,8% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual e 1,7% na de UDI.
Por fim, ressalta-se que a notificação compulsória da infecção pelo HIV é muito recente, o que impede uma análise epidemiológica rigorosa com relação às tendências da infecção no Brasil.
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HIV em Gestantes
No Brasil, no período de 2000 até junho de 2017, foram notificadas 108.134 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 39,1% das gestantes residiam na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (30,6%), Nordeste (16,8%), Norte (7,8%) e Centro-Oeste (5,8%). Em 2016, foram identificadas 7.823 gestantes no Brasil, sendo 30,9% na região Sudeste, 29,2% no Sul, 21,9% no Nordeste, 12,1% no Norte e 5,9% no Centro-Oeste (Tabela 6).
A taxa de detecção de gestantes com HIV no Brasil vem apresentando uma pequena tendência de aumento nos últimos anos, em grande parte devida ao grande incremento de testes rápidos distribuídos pela Rede Cegonha. Em 2012, foram distribuídos 366.910 testes de HIV para gestantes, enquanto em 2017, somente até o mês de outubro, já haviam sido distribuídos 3.350.440 testes.
Em um período de dez anos, houve aumento de 23,8% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2006, a taxa observada foi de 2,1 casos/mil nascidos vivos e, em 2016, passou para 2,6/mil nascidos vivos. A tendência de crescimento também é verificada em todas as regiões do Brasil, exceto na região Sudeste, com taxa de 2,2 casos/mil nascidos vivos em 2006 e 2,0 em 2016. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa; ambas apresentavam taxa de 1,2 em 2006, passando para 2,9 e 2,0 casos/mil nascidos vivos em 2016, respectivamente. Em 2016, a região Sul mostrou a maior taxa de detecção (5,6 casos/mil nascidos vivos) entre as regiões – aproximadamente 2,2 vezes maior que a taxa do Brasil (Tabela 6 e Figura 1).
Figura 1 – Taxa de detecção de HIV em gestantes (/mil nascidos vivos) segundo região de residência e ano do parto. Brasil, 2006 a 2016.
0,0
1,0
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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano do diagnóstico
Taxa
de
dete
cção
(/ 1
.000
nas
c. v
ivos
)
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Entre as Unidades da Federação (UF), oito apresentaram taxa de detecção de HIV em gestante superior à taxa nacional em 2016: Rio Grande do Sul (8,8 casos/mil nascidos vivos), Santa Catarina (5,7), Amapá (4,4), Amazonas (3,2), Pará (3,1), Alagoas (2,9), Rio de Janeiro (2,8), Paraná (2,7) (Tabela 6 e Figura 2).
Comparando-se as capitais, cinco mostraram, em 2016, taxa de detecção inferior à taxa nacional: Teresina (2,5), Cuiabá (2,2), Goiânia (1,9), Belo Horizonte (1,6), Brasília (1,3) e João Pessoa (0,7). Porto Alegre é a capital com a maior taxa de detecção de 2016, com 20,0 casos/mil nascidos vivos, sendo 7,7 vezes maior que a taxa nacional e 2,2 vezes maior que a taxa do estado do Rio Grande do Sul (8,8) (Tabela 7 e Figura 2).
Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
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Figura 2 – Taxa de detecção de gestantes com HIV (/1.000 nascidos vivos) segundo UF e capital de residência. Brasil, 2016.
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RS SC PA AM AL AP BA TO PE MA RR PR RJ SE MS RO ES CE RN SP AC PI MT GO MG DF PB
Taxa
de
dete
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(x1.
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viv
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Unidade da Federação Capital Brasil
Brasil = 2,6
Desde 2000, a faixa etária entre 20 e 24 anos é a que apresenta o maior número de casos de gestantes infectadas com HIV (28,4%), notificadas no Sinan. Segundo a escolaridade, observa-se que a maioria das gestantes infectadas com HIV possui da 5ª à 8ª série incompleta, representando 37,7% dos casos notificados no período (Tabela 8).
Quanto à raça/cor da pele autodeclarada, há um predomínio da cor parda e preta, seguida da branca; em 2016, estas representaram 61,9% e 37,4% dos casos, respectivamente. As gestantes pretas correspondem a 14,5% nesse mesmo ano (Tabela 8).
Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
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Figura 3 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) segundo região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 a 2016a.
De 1980 a junho de 2017, foram identificados no país 882.810 casos de aids no Brasil (Tabela 9). O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos.
A distribuição proporcional dos casos de aids, identificados de 1980 até junho de 2017, mostra uma concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo cada qual a 52,3% e 20,1% do total de casos; as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste correspondem a 15,4%, 6,1% e 6,0% do total dos casos, respectivamente. Nos últimos cinco anos (2012 a 2016), a região Norte apresentou uma média de 4,2 mil casos ao ano; o Nordeste, 8,8 mil; o Sudeste, 16,3 mil; o Sul, 8,5 mil; e o Centro-Oeste, 2,8 mil (Tabela 9).
Do ano 2000 a junho de 2017, registrou-se um total de 673.634 casos de aids, sendo que 478.940 (71,1%) foram notificados no Sinan, 50.399 (7,5%) no SIM e 144.295 (21,4%) no Siscel/Siclom. A soma dos casos encontrados no SIM e Siscel/Siclom representa 28,9% de subnotificação no Sinan. Observam-se importantes diferenças nas proporções dos dados segundo sua origem em relação às regiões do país. As regiões Sul e Centro-Oeste possuem maior proporção de casos oriundos do Sinan que o Norte, o Nordeste e o Sudeste. Chamam a atenção os estados do Pará e do Rio de Janeiro, com apenas 51,4% e 59,4% dos casos oriundos do Sinan, respectivamente (Tabela 10). Em 2016, apesar da recomendação da dispensação de medicação vinculada
a notificação compulsória no Sinan os estados da Paraíba, Amazonas e Rio de Janeiro, apresentaram, respectivamente, 35,9%, 36,2% e 37,9% dos seus casos oriundos do Sinan (Tabela 10).
A taxa de detecção de aids vem caindo gradativamente no Brasil nos últimos anos. De 2012 para 2013, a taxa caiu 1,4%; de 2013 para 2014, a redução foi de 3,6%; de 2014 para 2015, de 4,2%; e de 2015 para 2016, de 5,2%. Em um período de dez anos, apresentou queda de 5,1%: em 2006 a taxa foi de 19,9 casos/100 mil habitantes e, em 2016, de 18,5/100 mil habitantes. A região Centro-Oeste apresentou pouca variação em sua taxa de detecção nos últimos dez anos, chegando a 16,7 casos/100 mil hab. em 2016. As regiões Sudeste e Sul apresentam tendência de queda nos últimos dez anos; em 2006, as taxas de detecção foram de 23,5 e 30,2, passando para 17,3 e 25,3 casos/100 mil hab. em 2016, o que corresponde a uma queda de 35,8% e 19,3%, respectivamente. As regiões Norte e Nordeste apresentam uma tendência linear de crescimento da taxa de detecção; em 2006 a taxa registrada foi de 14,9 (Norte) e 11,2 (Nordeste) casos/100 mil hab., enquanto no último ano a taxa foi de 24,8 (Norte) e 15,2 (Nordeste), representando um aumento de 66,4% (Norte) e 35,7% (Nordeste). A região Sul apresentou uma leve tendência de queda de 16,4%, passando de 30,2 casos/100 mil hab. em 2006 para 25,3 em 2016 (Tabela 11 e Figura 3).
Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).aCasos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.
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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnóstico
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)
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Aids
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34,1 26,8
20,1 15,4
-17,9%MG
-21,4%RJ
5,1%GO
17,1 16,3
37,6 29,2
15,2 12,4
23,7 16,1
13,6 14,3 -23,4%-DF
-32,1%SP
38,6 31,8-17,6%RS
-4,7 % - PR
-22,3%- SC
19,4 17,3-10,4%ES
25,3%BA
18,3 19,8
9,9 12,4
44,6%TO
8,2%MS
70,1%-AL 8,7 12,6
69,1%SE
9,7 16,4
8,7 14,8
41,2%CE
17,6 19,8 45,6%PI
-5,2%RO
9,1 10,9
15,2 12,46,8%MT
12,5%-PE
9,3 14,4
10,2 14,4
19,8%-PB
19,1 18,1
72,4%MA
11,6 20,0
54,8%-RN
9,0 13,1
13,2 26,8103,0%PA
Taxa de detecção de aids 2016
20,7 30,0
Taxa de detecção de aids 2006
LEGENDA
5,2 8,7
44,9%AM
14,0 28,0
67,3%AC
105,7%AP
18,8 33,4
Percentual de declínio ou incrementona taxa de detecção de aids entre2006 e 2016
77,7%RR
____%
Na Figura 4, observa-se um declínio na taxa de detecção de aids entre os anos de 2006 e 2016 em nove UF: São Paulo (32,1%), Distrito Federal (23,4%), Santa Catarina (22,3%), Rio de Janeiro (21,4%), Minas
Gerais (17,9%), Rio Grande do Sul (17,6%), Espírito Santo (10,4%), Rondônia (5,2%) e Paraná (4,7%). Vale destacar que os estados do Amapá e Pará dobraram suas taxas de detecção entre os anos de 2006 e 2016.
Em 2016, o ranking das UF referente às taxas de detecção de aids mostrou que os estados de Roraima e Rio Grande do Sul apresentaram as maiores taxas, com valores de 33,4 e 31,8 casos/100 mil hab., respectivamente. Além disso, observou-se que, entre as UF, 16 possuem taxa inferior à nacional (de 18,5/100 mil hab.), sendo o Acre o estado com a menor taxa – 8,7 casos/100
mil hab. (Tabela 6). Enquanto isso, entre as capitais, apenas Palmas, Brasília e Rio Branco mostram valores inferiores à taxa nacional – 16,8, 15,4 e 10,9 casos/100 mil hab., respectivamente. Porto Alegre apresentou taxa de 65,9 casos/100 mil hab., em 2016, valor superior ao dobro da taxa do Rio Grande do Sul e 3,6 vezes maior que a taxa do Brasil (Tabela 12 e Figura 5).
Figura 4 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) e percentual de declínio ou incremento, segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 e 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
10 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Figura 5 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) segundo UF e capital de residência. Brasil, 2016a.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.
Brasil = 18,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
RR RS AM SC AP RJ PA MT MA MS PE RO ES SE PR SP DF AL RN CE GO PI TO MG BA PB AC
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
UF Capital
No Brasil, de 1980 até junho de 2017, foram registrados 576.245 (65,3%) casos de aids em homens e 306.444 (34,7%) em mulheres. No período de 2002 a 2008, a razão de sexos, expressa pela relação entre o número de casos de aids em homens e mulheres, manteve-se em 15 casos em homens para cada 10 casos em mulheres; no entanto, a partir de 2009, observa-se uma redução gradual dos casos de aids em mulheres e um aumento nos casos em homens, refletindo-se na razão de sexos, que passou a ser de
22 casos de aids em homens para cada 10 casos em mulheres em 2016. As taxas de detecção de aids em homens nos últimos dez anos têm apresentado tendência de crescimento; em 2006, a taxa foi de 24,1 casos/100 mil hab., a qual passou para 25,8 em 2016, representando um aumento de 7,1%. Entre as mulheres, nota-se tendência de queda dessa taxa nos últimos dez anos, que passou de 15,9 casos/100 mil hab., em 2006, para 11,6 em 2016, representando uma redução de 27,0% (Tabela 13 e Figura 6).
Figura 6 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 a 2016a.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.
1,5 1,5 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7 1,8 1,92,1 2,2
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnóstico
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
Masculino Feminino Razão M:F
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 11
A razão de sexos apresenta diferenças regionais importantes. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, há um predomínio de homens em comparação com as demais regiões, sendo a razão de sexos, em 2016, respectivamente, de 25 e 26 casos em homens para cada 10 casos em mulheres. Por sua vez, nas
regiões Norte e Nordeste, a razão de sexos, em 2016, foi, respectivamente, de 22 e 21 casos em homens para cada 10 casos em mulheres, enquanto na região Sul há uma participação maior das mulheres nos casos de aids, sendo a razão de sexos de 17 homens para cada 10 mulheres (Tabela 14 e Figura 7).
Figura 7 – Razão de sexos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 a 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
1,01,21,41,61,82,02,22,42,62,8
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnóstico
Razã
o de
sex
os (M
:F)
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
A razão de sexos também varia de acordo com a faixa etária. Entre os jovens de 13 a 19 anos, observa-se a partir de 2006 uma tendência de aumento da participação dos homens: em 2006, a razão de sexos era de 7 casos em homens para cada 10 casos em mulheres e em 2016 passou para 16 casos em homens para cada 10 casos em mulheres. As faixas etárias de 20 a 29 e de 30 a 39 anos são as que apresentam a maior tendência de aumento da razão de sexos nos últimos dez anos. Em 2006, na faixa etária de 20 a 29 anos, a razão de sexos foi de 13 casos em homens para cada 10 casos em mulheres, passando para 33 casos em homens para cada 10 casos
em mulheres em 2016. Já na faixa etária de 30 a 39 anos, a razão de sexos passou de 16 casos em homens para cada 10 casos em mulheres em 2006 para 23 casos em homens para cada 10 casos em mulheres em 2016. Houve pouca variação da razão de sexos nos últimos 10 anos nas faixas etárias de 40 a 49 e de 50 anos ou mais. Em 2016, a razão de sexos foi de 18 casos em homens para cada 10 casos em mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos, e de 17 casos em homens para cada 10 casos em mulheres na faixa etária de 50 anos ou mais (Tabela 15 e Figura 8).
Figura 8 – Razão de sexos segundo faixa etária, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 a 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnóstico
Raz
ão d
e se
xos
(M:F
)
13 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 anos ou mais
12 | Volume XX − 2017 |
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A maior concentração dos casos de aids no Brasil está nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,9% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 49,0% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2017 (Tabela 16).
Quando comparados os anos de 2006 e de 2016, observam-se reduções nas taxas de detecção entre os indivíduos com até 14 anos de idade, em ambos os sexos. Nas demais faixas etárias, a taxa de detecção entre os homens é superior, sendo até três vezes maior do que entre as mulheres no último ano para as faixas etárias de 20 a 24 e de 25 a 29 anos (Tabela 17 e Figura 9).
Figura 9 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2006 e 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
Entre os homens, nos últimos dez anos, observou-se um incremento da taxa de detecção entre aqueles de 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 e 29 anos e 60 anos e mais. Destaca-se o aumento em jovens de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos: do ano de 2006 para o de 2016, a taxa quase triplicou entre o primeiro
grupo e, entre os de 20 a 24 anos, a taxa mais que duplicou. Mesmo com esses aumentos observados, a maior taxa de detecção em 2016 permaneceu entre os indivíduos na faixa etária de 35 a 39 anos: 49,4 casos/100.000 habitantes, 21,5% menor do que a observada em 2006 (Tabela 17 e Figura 10).
2,4
16,0
41,1
55,1
62,9
62,0
50,4
37,3
28,2
10,8
6,7
33,9
48,3
47,7 49
,4
44,2
40,2
33,8
26,7
12,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
15 a 19anos
20 a 24anos
25 a 29anos
30 a 34anos
35 a 39anos
40 a 44anos
45 a 49anos
50 a 54anos
55 a 59anos
60 e mais
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
2006 2016
Figura 10 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) em homens, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2006 e 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
2006
3,6
1,6
1,1
3,6
13,7
30,5
37,2
34,6
34,4
30,0
21,7
15,6
5,6
3,6
1,6
0,9
2,4
16,0
41,1
55,1
62,9
62,0
50,4
37,3
28,2
10,8
75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
< 5
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
≥ 60
Mulheres Homens
Faixa Etária
Taxa de detecção (x100 mil hab.)
2016
2,6
0,5
0,5
4,1
10,2
15,0
19,6
23,4
24,1
20,5
17,4
13,6
6,4
2,1
0,4
0,3
6,7
33,9
48,3
47,7
49,4
44,2
40,2
33,8
26,7
12,9
75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
< 5
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
≥ 60
Mulheres Homens
Faixa Etária
Taxa de detecção (x100 mil hab.)
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 13
Figura 11 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) em mulheres, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2006 e 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
Entre as mulheres, verifica-se que nos últimos dez anos a taxa de detecção vem apresentando uma tendência de queda em quase todas as faixas etárias, exceto entre as de 15 a 19 e 60 anos e mais: nestas, foram observados aumentos de 13,9% entre as mais jovens e de 14,3% entre as de maior faixa de idade, quando comparados os anos de 2006 e 2016 (Tabela 17 e Figura 11).
Enquanto no ano de 2006 a maior taxa de detecção de aids foi observada entre as mulheres entre 30 e 34 anos (37,2 casos/100.000 habitantes), em 2016 a faixa com a maior detecção foi a das mulheres entre 40 e 44 anos (24,1 casos/100.000 habitantes).
Figura 12 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) em menores de cinco anos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnóstico
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
3,6
13,7
30,5
37,2
34,6
34,4
30,0
21,7
15,6
5,6
4,1
10,2 15
,0 19,6 23
,4
24,1
20,5
17,4
13,6
6,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 e mais
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
2006 2016
A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador proxy para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Observou-se tendência de queda na taxa para o Brasil nos últimos dez anos, que passou de 3,6 casos/100.000 habitantes em 2006 para 2,4 casos/100.000 habitantes em 2016, o que corresponde a uma queda de 34% (Tabela 18 e Figura 12).
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste também apresentaram tendência de queda nessa taxa, com diminuição de 51,4%, 49,2% e 40,0%, respectivamente, na comparação entre 2006 e 2016. A região Nordeste apresentou um leve aumento na taxa de detecção de aids em menores de cinco anos: 8,7%, passando de 2,3 casos por 100 mil habitantes em 2006 para 2,5 casos por 100 mil habitantes em 2016. A região Norte apresentou uma discreta redução, de 16,7%, passando de 4,2 em 2006 para 3,5 casos/100 mil hab. em 2016 (Tabela 18 e Figura 12).
14 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Quando analisadas as taxas de detecção de aids entre menores de cinco anos por UF e suas capitais, observou-se que os estados do Rio Grande do Sul e Amapá apresentaram as taxas de detecção mais elevadas em 2016: 5,4 e 5,1 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Das 27 UF, 14
(51,9%) mostraram taxas abaixo da nacional (2,4/100.000 hab.) (Tabela 18 e Figura 13). Entre as capitais, as maiores taxas foram encontradas em Porto Alegre (11,8/100.000 hab.), Vitória (8,7/100.000 hab.) João Pessoa (8,5/100.000 hab.) e Natal (8,2/100.000 hab.).
Figura 13 – Taxa de detecção de aids (/100 mil hab.) em menores de cinco anos, segundo UF e capital de residência. Brasil, 2016a.a Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2017; no SIM, de 2000 a 2016.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
Brasil = 2,4
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
RS ES PB RN SC RR SE AM RJ CE RO MA AP PA MG BA AL MT DF SP AC PI TO PR GO MS PE
Taxa
de
dete
cção
(x10
0 m
il ha
b.)
Unidade da Federação Capital
Quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, a quase totalidade dos casos (93,1%) teve como via de infecção a transmissão vertical (Tabela 19). A principal via de transmissão em indivíduos com 13 anos ou mais de idade em 2016 foi a sexual, tanto em homens (95,8%) quanto em mulheres (97,1%) (Tabela 20). Entre os homens, observou-se o predomínio da categoria de exposição heterossexual. Porém,
há uma tendência de aumento na proporção de casos entre homossexuais e bissexuais nos últimos dez anos, que passou de 35,6% em 2006 para 47,3% em 2016: um incremento de 32,9%. A proporção de usuários de drogas injetáveis (UDI) vem diminuindo ao longo dos anos em todo o Brasil, representando 3,2% dos casos entre homens e 1,9% dos casos entre mulheres no ano de 2016 (Tabela 20 e Figura 14).
Figura 14 – Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais segundo categoria de exposição, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007 a 2016a.a Casos notificados no Sinan até 30/06/2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnósticoHSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical
%
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 15
Observa-se na Tabela 21 que, em todas as regiões, a principal via de transmissão entre homens e mulheres com 13 anos de idade ou mais foi a via sexual. Entre os homens, no ano de 2016, a região Sudeste apresentou um predomínio da categoria de exposição de homossexual (46,1% dos
casos), enquanto nas demais regiões, o predomínio foi heterossexual. No mesmo ano, a região Sul apresentou a maior proporção de UDI, com 5,3% dos casos (Figura 15).
Figura 15 – Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais, segundo categoria de exposição, por região de residência. Brasil, 2016a.a Casos notificados no Sinan até 30/06/2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Regiões do Brasil
HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical
%
Quando analisados os casos de aids nos últimos 10 anos e a distribuição dos indivíduos pelo quesito raça/cor, observou-se queda de 21,9% na proporção de casos entre pessoas brancas. Entre as pessoas autodeclaradas pardas, a proporção aumentou 35,7% (Figura 16 e Tabela 22).
Comparando-se a distribuição proporcional dos casos de aids segundo raça/cor da pele no período de 2006 a 2016, notou-se aumento da proporção de casos em indivíduos autodeclarados pardos, redução da proporção de casos entre brancos e estabilidade entre as demais raças/cores. Entre os indivíduos autodeclarados pretos ou pardos, a proporção entre homens foi inferior à proporção entre as mulheres (Figura 16 e Tabela 22).
Figura 16 – Distribuição percentual dos casos de aids segundo raça/cor da pele, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 a 2016a.a Casos notificados no Sinan até 30/06/2017.Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2017).
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano de diagnósticoBranca Preta Amarela Parda Indígena
%
A Tabela 23 apresenta as distribuições proporcionais dos casos de aids notificados no Sinan segundo escolaridade e sexo. A maior concentração de casos de aids ocorreu entre indivíduos com a 5ª à 8ª série incompleta (25,5%), embora essa faixa apresente uma tendência de redução dos casos ao longo dos anos. Observaram-se diferenças nas proporções de casos segundo sexo entre os níveis de escolaridade: os homens com aids apresentaram grau de instrução mais elevado do
que as mulheres. Em 2016, a proporção de casos entre homens analfabetos foi de 2,3%, enquanto entre as mulheres foi de 3,9%. Quando analisados os indivíduos que possuíam nível superior incompleto, observaram-se as proporções de 7,9% dos homens e de 2,4% das mulheres; entre indivíduos que possuíam nível superior completo, entre os homens a proporção foi de 13,1%, em comparação a 4,7% entre as mulheres.
16 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Mortalidade por AidsDesde o início da epidemia de aids (1980) até 31 de dezembro de
2016, foram notificados no Brasil 316.088 óbitos tendo a HIV/aids como causa básica (CID10: B20 a B24). A maior proporção destes óbitos ocorreu na região Sudeste (59,6%), seguida das regiões Sul (17,6%), Nordeste (13,0%), Centro-Oeste (5,1%) e Norte (4,7%) (Tabela 24). Em 2016, a distribuição proporcional dos 12.366 óbitos foi: 42,4% no Sudeste, 21,3% no Nordeste, 19,6% no Sul, 10,2% no Norte e 6,5% no Centro-Oeste (Tabela 24).
No período de 2014 para 2015, com o início da política de tratamento para todos, observou-se uma redução de 7,2% na taxa de
mortalidade padronizada, que passou de 5,7 para 5,3/100.000 habitantes. Já no período de 2006 para 2016, verificou-se uma queda no coeficiente de mortalidade padronizado para o Brasil, que passou de 5,9 para 5,2 óbitos por 100 mil habitantes, o que corresponde a uma queda de 11,9%. O mesmo comportamento foi observado no período de 2015 para 2016 nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que apresentaram 3,8%, e 5,6% e 4,3% de queda, respectivamente. Nas regiões Norte e Nordeste os coeficientes sofreram incremento de 7,6% e 2,3% nesse mesmo período, acompanhando a tendência de crescimento nessas regiões nos últimos dez anos (Figura 17 e Tabela 25).
Figura 17 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (/100 mil hab.) segundo região de residência, por ano do óbito. Brasil, 2007 a 2016a.a Óbitos registrados no SIM até 31/12/2016.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2016).
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano do óbito
Coef
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mor
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0 m
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b.)
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Em 2016, quando analisada a mortalidade por UF, dez delas (37%) apresentaram coeficiente superior ao nacional, que foi de 5,2 óbitos por 100 mil habitantes. O maior coeficiente foi observado no estado do Rio Grande do Sul (9,6 óbitos/100.000 hab.), e o menor, no Acre (2,6 óbitos/100.000
hab.). Depois do Rio Grande do Sul, os estados do Rio de Janeiro (8,8 óbitos/100.000 hab.), Amazonas (8,7 óbitos/100.000 hab.) e Pará (8,0 óbitos/100.000 hab.) apresentaram os mais elevados coeficientes de mortalidade em 2016 (Tabela 25 e Figura 18).
Brasil = 5,2
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RS RJ AM PA RR MA SC PE MT MS RO AP ES SP PR GO PI CE RN AL SE TO BA MG DF PB AC
Coef
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b.)
Unidade da Federação Capital Brasil
Figura 18 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (/100 mil hab.), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2016a.a Óbitos registrados no SIM até 31/12/2016.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2016).
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| Volume XX − 2017 | 17
Na Figura 19, observa-se um declínio do coeficiente de mortalidade padronizado de aids entre os anos de 2006 e 2016 em onze Unidades da Federação: São Paulo (37,5%), Distrito Federal (31,9%), Minas Gerais (23,8%), Espírito Santo (22,4%), Paraná (21,2%), Santa
Catarina (17,3%), Rio Grande do Sul (17,2%), Mato Grosso do Sul (8,5%), Mato Grosso (7,9%), Paraíba (3,3%) e Rio de Janeiro (1,1%) (Tabela 25 e Figura 19).
31,0%PI
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22,6%CE
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1,4 3,8
3,0 2,9
5,6 6,0
2,0 3,7
8,9 8,8
52,2%-SE
3,5 6,3
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80,0%MA
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4,7 3,2
2,3 3,5
7,5 6,2
2,2 3,4
4,2 3,2
-23,8%MG
5,2 4,1
7,2 4,5
2,9 3,8
2,6%GO
7,1%-PE
18,6%RO
-37,5%SP
11,6 9,6
3,8 3,9
-21,2 %PR
-17,2%RS
-17,3%- SC
-3,3%-PB
5,8 4,5
6,3 5,8
-7,9%MT
-22,4%ES
171,4%-RN
4,9 8,0
63,3%PA
4,3 5,1
4,3 5,0
5,9 5,4
16,3%AP
6,8 7,7
6,0 8,7
-8,5%MS
13,2%RR
45,0%AM
1,2 2,6
116,7%AC
Coeficiente de Mortalidade 2016
Coeficiente de Mortalidade 2006
LEGENDA
Percentual de declínio ou incrementono coeficiente de mortalidade de aidsentre 2006 e 2016
__%
Figura 19 – Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (/100 mil hab.) e percentual de declínio ou incremento segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 e 2016.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2016).
18 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Entre as capitais, apenas quatro apresentam, em 2016, coeficiente de mortalidade padronizado inferior ao nacional: Palmas (3,7/100 mil hab.), Brasília (3,8/100 mil hab.), Rio Branco (4,0/100 mil hab.) e Aracaju (4,3/100 mil hab.). O maior coeficiente foi observado em Porto Alegre (22,4 óbitos/100 mil hab.), 76,7% superior ao coeficiente nacional; entretanto, a tendência é de queda nos últimos dez anos (Tabela 26).
Do total de óbitos por aids registrados no Brasil no período entre 1980 e 2016, 223.598 (70,7%) ocorreram entre homens e 92.367 (29,3%) entre mulheres. A razão de sexos observada em 2016 foi de 19 óbitos entre homens para cada 10 óbitos entre mulheres, após discreta queda na comparação dos últimos dois anos (Tabela 27 e Figura 20).
Figura 20 – Coeficiente de mortalidade de aids (por 100 mil hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano do óbito. Brasil, 2006 a 2016a.a Óbitos registrados no SIM até 31/12/2016.Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2016).
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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ano do óbito
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Razã
o M
:F
Masculino Feminino Razão M:F
Em relação à faixa etária, não foram observadas diferenças expressivas no ano de 2016 entre os coeficientes de mortalidade por sexo em indivíduos de até 19 anos de idade. Em todas as demais faixas etárias, o coeficiente de mortalidade é maior em homens. No geral, os coeficientes de mortalidade em menores de 14 anos apresentaram tendência de queda nos últimos dez anos. Entre os jovens de 15 a 19 anos e entre os indivíduos maiores de 55 anos, notou-se uma tendência de aumento no coeficiente. Além disso, entre indivíduos do sexo masculino, também se verificou uma tendência de aumento entre aqueles compreendidos na faixa etária de 20 a 24 anos, passando de 2,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2006 para 3,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2016 (Tabela 28).
Quando distribuídos proporcionalmente os óbitos notificados no ano de 2016 por raça/cor, observaram-se 44,7% entre pardos, 40,9% entre brancos, 14,0% entre pretos, 0,3% entre amarelos e 0,2% entre indígenas. Realizando-se uma comparação entre os anos de 2006 e 2016, verificou-se queda de 21,8% na proporção de óbitos de pessoas brancas, e crescimento de 2,8% e 32,7% na proporção de óbitos de pessoas pretas e pardas, respectivamente. Entre pessoas autodeclaradas pretas as proporções de óbitos em mulheres foram maiores do que entre homens (Tabela 29).
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 19
Classificação das Unidades da Federação (UF), capitais e municípios com 100 mil habitantes e mais, segundo índice composto
A Tabela 30 apresenta o ranking das UF segundo o índice composto pelos indicadores de taxas de detecção, mortalidade e primeira contagem de CD4. O estado de Roraima encontra-se em primeiro lugar, seguido pelos estados do Amazonas e do Pará. Em relação às capitais, as cinco posições mais elevadas no ranking são Manaus, Porto Alegre, Belém, Boa Vista e São Luís, conforme a Tabela 31.
Entre os municípios com 100 mil habitantes ou mais, dos 20 primeiros, dez pertencem à região Sul do país – seis dos quais no Rio Grande do Sul – três pertencem à região Norte, três à região Nordeste – todas no Maranhão – três ao Sudeste e um à região Centro-Oeste (no Mato Grosso), conforme a Tabela 32.
Metodologias
1. Nota técnica para preparação do banco de dados de aids e construção das tabelas
Para a preparação deste Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2017, foi utilizado o banco de dados de aids nacional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) referente ao período de 1980 até junho de 2017. Para os dados de mortalidade, utilizou-se o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do qual foram selecionados os óbitos cuja causa básica foi HIV/aids (CID10: B20 a B24) no período de 2000 a 2016. Por fim, do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), foram utilizados todos os indivíduos registrados no sistema de 2000 até junho de 2017.
As bases do Sinan versão Windows (criança e adulto), referentes aos registros notificados até 2006, encontram-se congeladas e unificadas, o que significa que não foram realizados procedimentos de limpeza e relacionamento dessas bases entre si. Para as bases da versão NET (criança e adulto) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de criança e adulto foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan (versão NET) considerou o critério de definição de caso e a data de diagnóstico. Assim, os registros duplicados foram excluídos segundo a hierarquia dos critérios (CDC adaptado, Rio Caracas, Critério óbito, HIV positivo e descartado), e, em caso de empate (aqueles com o mesmo critério de definição), foi considerada a data mais antiga de diagnóstico.
O relacionamento entre todas as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Para a composição dos pares do relacionamento entre as plataformas do Sinan (Windows e NET), as informações do Windows foram privilegiadas apenas nos casos em que se atendia ao critério de definição. As informações acerca dos registros que não atenderam a esse critério foram extraídas do NET.
Para os registros oriundos do SIM, foram retiradas as duplicidades considerando-se os mesmos campos de comparação do Sinan.
As bases de dados do Siscel e do Siclom permitem a formação da base de cadastro dos pacientes que acessam a rede, seja para realizar exames de CD4 ou carga viral, seja para receber medicamentos. Dessa base, foram retiradas duplicidades utilizando-se os mesmos campos de comparação do Sinan e SIM, e a base foi posteriormente relacionada com a base de dados do SIM.
Para a composição dos pares de registros encontrados pelo relacionamento das bases do SIM e Siscel/Siclom, privilegiaram-se as informações do Siscel/Siclom naqueles registros que atenderam ao critério de definição. Para os registros pareados que não atenderam ao critério, as informações foram extraídas do SIM.
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados foram relacionados com os registros do Sinan (Windows e NET combinados), com o intuito de se identificar provável subnotificação do Sinan e se agregar a base de dados de aids. A composição dos pares originados por esse relacionamento privilegiou as informações do Sinan apenas nos casos que atenderam ao critério de definição. Naqueles que não atenderam a esse critério, as informações foram obtidas a partir do Siscel/Siclom, e por último, se não atenderam ao critério pelo Siscel/Siclom, as informações foram extraídas dos óbitos (SIM).
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados que não foram pareados com o Sinan foram inseridos na base de aids nacional segundo os seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos, ou óbito por aids oriundo do SIM. Aqueles que não atendiam a esses critérios foram excluídos da base de dados.
Do mesmo modo, foram excluídos da base os casos de aids notificados no Sinan e classificados como critério descartado ou HIV positivo ou em branco, que não foram pareados com o SIM ou com o banco de cadastro do Siscel e Siclom. Adicionalmente, foram eliminados aqueles pareados com o banco de cadastro que não atenderam aos seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos.
Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados para as respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
Para os casos não notificados no Sinan, mas incorporados à base de aids nacional por serem provenientes do SIM, Siscel e Siclom, foi criada a variável data de diagnóstico baseado na data do óbito (SIM) e na data da coleta do primeiro CD4 (Siscel), de acordo com a entrada do registro no banco de dados.
As tabelas referentes à UF, sexo e faixa etária foram elaboradas considerando-se as informações do banco relacionado (Sinan + SIM + Siscel/
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Siclom), enquanto as tabelas referentes às categorias de exposição, raça/cor e escolaridade foram construídas considerando-se somente os dados do Sinan.
2. Nota técnica para preparação do banco de dados de HIV e construção das tabelas
Para a preparação dos dados de HIV, foi utilizado o banco nacional de dados de aids do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), versão em uso (Sinan NET) no período de 2007 até junho de 2016.
Para as bases da versão NET (criança e adulto) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, separados todos os casos com o critério de definição HIV, e após esse processo foram retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de criança e de adulto foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan foi considerado como a data mais antiga de diagnóstico. Ou seja, os registros duplicados foram excluídos segundo a data de diagnóstico e, em caso de empate (aqueles com a mesma data de diagnóstico), foi considerada a primeira data de notificação.
O relacionamento entre as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e do último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados para as respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
3. Índice composto
Para a construção do índice composto, foram selecionados os seguintes indicadores:
i) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos três anos;ii) Variação média da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos
cinco anos;iii) Taxa média de detecção de aids na população de menores de cinco anos nos
últimos três anos;iv) Variação média da taxa de detecção de aids na população de menores de cinco
anos nos últimos cinco anos;v) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos três anos;
vi) Variação média da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos cinco anos;
vii) Função inversa da média do logaritmo da primeira contagem de CD4 dos pacientes que entraram a partir de 2009 (f =1 ⁄ log CD4), excluídos os valores de CD4 iguais a zero e maiores de 3.000 células/mm³.
Em seguida, efetuou-se a padronização de cada um dos indicadores segundo a fórmula:
(z=(xi-X̅))⁄σ,
onde xi = valor observado de cada Unidade da Federação ou município; X̅ = média de todos os valores do indicador; σ = desvio-padrão de todos os valores do indicador.
Por fim, aplicou-se a média ponderada desses indicadores padronizados, atribuindo-se peso 1 às taxas médias (indicadores i, iii e v) e peso 0,5 às variações médias e à função inversa da média do logaritmo do primeiro CD4 (indicadores ii, iv, vi e vii). Para se exibir o índice final em números positivos, somou-se 5 a todos os valores finais.
4. Mapas temáticos
Como fonte de informação, utilizaram-se os dados secundários de casos de aids notificados no Sinan, registrados no Siscel e no Siclom e declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), agrupados por meio de relacionamento probabilístico de dados, metodologia descrita no item 2 das Metodologias.
Para a análise, foi criada uma planilha em Microsoft Excel, Versão 2010, no formato Comma Separated Values (CSV), com número de casos de aids por código da Unidade da Federação (UF) de residência e ano de diagnóstico. Tais dados possibilitaram o cálculo das taxas de incidência, de detecção e coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, descritas no Apêndice – Indicadores epidemiológicos para o monitoramento do HIV/aids.
Com base nas taxas de detecção e no coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, foram elaborados mapas temáticos, por meio do programa Quantum GIS (QGIS), Versão 2.8.3, com a utilização da base cartográfica do Brasil por UF, em projeção WGS 84, fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em: <http://downloads.ibge.gov.br>.
22 | Volume XX − 2017 |
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28 | Volume XX − 2017 |
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 29
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32 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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40 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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50 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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54 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2012 a 2016.
Ranking Município UF ÍndiceTaxa de
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Δ taxa de detecção(2)
Taxa de mortalidade(3)
Δ taxa de mortalidade(4)
Taxa de detecção
<5 anos(5)
Δ taxa de detecção
<5 anos(6)
Média do primeiro CD4(7)
1º Porto Alegre RS 7,039 77,2 -7,5 24,3 -1,8 13,7 -3,1 3312º Rio Grande RS 6,959 59,2 -4,7 24,1 0,6 10,1 3,8 2923º Alvorada RS 6,917 58,4 -11,2 24,4 0,6 13,0 1,6 3174º Novo Hamburgo RS 6,853 41,6 -1,4 17,7 2,1 10,9 3,2 3135º Itajaí SC 6,774 73,2 -6,6 24,4 -0,9 9,2 -3,8 3706º Uruguaiana RS 6,519 40,1 -1,0 21,6 0,0 10,6 0,1 3297º Manaus AM 6,431 55,3 0,8 12,6 0,9 7,9 -0,6 2708º Belém PA 6,373 50,4 4,2 16,0 0,4 5,2 -2,7 2709º Lages SC 6,352 37,4 0,9 14,1 -0,4 9,6 4,8 27810º Parauapebas PA 6,314 48,6 4,7 8,2 0,3 11,3 1,0 37011º Guarujá SP 6,269 28,0 3,2 11,1 1,4 13,0 -1,2 33412º São José SC 6,266 59,6 -1,1 15,9 0,8 4,7 -3,8 30913º Rondonópolis MT 6,163 58,2 5,1 12,4 0,9 1,8 -1,6 51714º Bacabal MA 6,134 42,5 4,3 14,0 0,5 3,5 -0,1 26015º Florianópolis SC 6,073 59,5 -0,3 11,8 -0,4 5,3 0,9 31416º São José de Ribamar MA 6,040 31,5 2,8 8,6 0,9 8,6 3,1 28117º Itaguaí RJ 6,003 23,2 -2,4 10,3 0,9 12,0 3,0 37718º Canoas RS 6,001 49,8 -5,7 19,8 -0,6 7,2 -2,4 33219º Magé RJ 5,977 29,1 -4,2 12,3 0,6 7,9 3,0 34520º São Luís MA 5,946 44,9 -1,4 10,9 0,2 5,8 1,2 27121º Cachoeirinha RS 5,941 37,6 -1,3 12,4 0,4 8,2 3,1 29522º Boa Vista RR 5,888 39,6 2,2 7,8 1,0 6,9 0,9 27123º Santarém PA 5,878 34,4 5,3 7,1 0,9 8,1 0,9 31024º Ananindeua PA 5,855 34,3 1,1 12,2 0,0 5,2 0,7 23725º Codó MA 5,839 36,3 4,9 12,2 1,0 2,4 0,0 23026º Gravataí RS 5,811 46,3 -4,4 14,2 -0,3 5,7 0,0 31627º Teixeira de Freitas BA 5,791 22,4 2,2 7,2 0,6 7,6 3,8 30828º Sapucaia do Sul RS 5,776 51,3 -3,8 17,8 0,2 7,3 -8,5 31929º Balneário Camboriú SC 5,772 70,5 -6,2 11,9 0,3 0,0 0,0 33330º São João de Meriti RJ 5,760 28,8 -1,5 13,3 0,8 4,5 0,9 26531º Bragança PA 5,759 26,9 2,2 10,4 0,9 5,4 0,0 28132º Paranaguá PR 5,751 49,8 -2,5 19,3 -1,6 3,0 -2,2 26833º Porto Velho RO 5,742 46,7 -3,4 9,9 0,4 5,7 -0,2 30834º Olinda PE 5,740 34,7 -0,9 12,9 0,1 6,2 -1,0 27635º Rio de Janeiro RJ 5,738 36,0 -1,7 12,4 -0,4 6,0 -0,1 29836º Recife PE 5,718 35,7 -0,7 10,3 -0,2 6,9 0,1 29137º Bagé RS 5,717 29,6 2,7 10,4 1,0 4,7 0,0 30738º Rio das Ostras RJ 5,708 29,8 -0,7 7,9 -0,7 10,4 5,2 37939º Nova Iguaçu RJ 5,627 33,7 1,4 14,1 -0,4 3,0 -1,4 26140º Duque de Caxias RJ 5,594 27,0 -0,9 12,1 0,0 5,5 -1,3 28841º Niterói RJ 5,577 29,1 -1,3 10,2 0,2 8,1 -4,2 30242º Barcarena PA 5,574 21,4 -0,3 8,1 1,2 5,6 2,1 25643º Erechim RS 5,564 21,9 -1,7 5,9 0,2 5,4 4,1 46044º Cabo de Santo Agostinho PE 5,552 32,1 -3,5 12,0 -1,0 6,6 -0,2 30745º Jaboatão dos Guararapes PE 5,551 36,4 -0,2 10,3 -0,1 3,3 -0,5 31646º São Leopoldo RS 5,550 43,5 -9,9 18,1 -0,1 6,3 -3,4 34447º São Gonçalo RJ 5,544 24,7 -0,1 9,5 0,9 5,4 0,8 26148º Belford Roxo RJ 5,538 28,7 -3,3 9,8 -0,2 4,9 0,0 29249º Marituba PA 5,514 34,4 -1,1 9,5 -1,8 6,5 2,5 24450º Porto Seguro BA 5,499 24,7 1,6 7,6 0,2 5,1 1,9 319
continua
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 55
continuação - Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100 mil habitantes segundo índice composto. Brasil, 2012 a 2016.
Ranking Município UF ÍndiceTaxa de
detecção(1)
Δ taxa de detecção(2)
Taxa de mortalidade(3)
Δ taxa de mortalidade(4)
Taxa de detecção
<5 anos(5)
Δ taxa de detecção
<5 anos(6)
Média do primeiro CD4(7)
51º Açailândia MA 5,497 15,8 2,2 5,5 0,6 6,4 4,8 31552º Lauro de Freitas BA 5,497 21,1 -1,3 6,6 1,2 4,7 3,5 25553º Teresópolis RJ 5,478 14,6 1,4 5,2 0,2 6,8 5,1 35754º Viamão RS 5,459 51,6 -6,6 20,1 -1,5 2,0 -3,0 29455º Araxá MG 5,448 16,6 5,1 7,2 2,1 0,0 0,0 27756º Pelotas RS 5,436 36,4 1,6 12,4 -0,4 1,7 -4,0 29257º Macapá AP 5,430 28,6 2,2 6,1 0,3 4,4 -0,7 27658º Barretos SP 5,386 26,9 -4,9 15,4 2,2 0,0 0,0 33259º Passo Fundo RS 5,371 25,3 -3,6 9,5 -0,8 9,7 -4,1 38860º Joinville SC 5,359 32,9 -4,3 7,1 -0,8 3,5 0,7 32161º Campos dos Goytacazes RJ 5,357 26,4 0,2 10,0 -0,1 3,9 -0,8 28262º Crato CE 5,357 11,6 1,9 3,4 0,4 9,9 2,5 19863º Santos SP 5,354 28,5 -0,7 10,4 0,4 1,4 0,0 36964º Cuiabá MT 5,350 29,2 -0,5 8,8 -0,5 3,0 0,6 25065º Paço do Lumiar MA 5,346 34,8 3,1 7,6 1,4 0,0 0,0 27266º Governador Valadares MG 5,344 16,0 1,3 8,6 1,1 3,4 1,3 28767º Nilópolis RJ 5,340 23,4 -1,4 12,6 -0,5 3,7 2,8 28168º Altamira PA 5,339 15,1 3,1 7,7 3,0 3,3 -2,6 28069º Cariacica ES 5,335 24,3 -2,6 9,5 -0,5 5,8 0,7 26970º Imperatriz MA 5,333 28,6 -3,1 10,3 0,9 6,1 0,0 29371º Várzea Grande MT 5,328 23,0 -1,6 8,6 0,5 4,5 1,1 27372º Maricá RJ 5,320 19,3 -0,9 8,6 1,4 4,0 0,0 26473º Lavras MG 5,304 12,0 0,6 6,3 0,2 5,7 4,2 27174º Ribeirão Preto SP 5,302 23,6 -0,6 6,9 -0,8 2,5 1,3 30075º Uberlândia MG 5,291 31,2 -1,7 8,0 -0,2 2,2 -0,6 29476º Muriaé MG 5,287 30,5 1,8 11,2 1,7 5,0 -12,1 36477º Salto SP 5,277 9,3 1,4 5,8 1,5 4,4 3,3 43378º Itapipoca CE 5,274 10,6 3,4 2,1 0,8 6,1 2,3 25579º Fortaleza CE 5,270 27,7 -0,9 7,0 0,1 3,8 0,2 26280º Aracaju SE 5,268 26,4 1,4 4,6 -0,3 5,0 1,0 26781º Vitória ES 5,255 28,7 -3,9 7,6 -0,5 4,4 2,2 31682º Apucarana PR 5,247 18,9 0,7 5,1 0,1 7,6 0,0 39683º Nossa Senhora do Socorro SE 5,243 17,2 0,5 5,5 1,1 4,4 1,7 26984º Salvador BA 5,233 27,1 -1,3 7,6 -0,2 5,8 -0,7 26185º Caraguatatuba SP 5,227 31,4 -4,3 10,0 -0,1 4,1 0,0 40186º Itaboraí RJ 5,224 22,4 -0,1 8,2 -1,2 6,3 0,0 32587º Timon MA 5,219 22,1 -0,8 7,7 0,2 5,0 0,1 25088º Aparecida de Goiânia GO 5,198 17,7 0,0 4,3 -0,4 3,2 1,2 26389º São José dos Pinhais PR 5,198 23,0 -2,8 7,3 -0,6 7,1 2,1 32290º Camaragibe PE 5,197 27,5 1,3 10,2 0,7 0,0 -2,5 29191º Barra Mansa RJ 5,194 24,1 -0,2 7,8 0,7 3,0 2,2 33892º Sobral CE 5,187 19,7 -0,3 6,3 1,3 2,1 0,0 39293º Araçatuba SP 5,179 22,5 0,4 9,2 -0,8 2,7 2,1 29294º Santa Maria RS 5,177 31,6 -1,9 14,1 -2,7 5,9 -3,4 30495º Natal RN 5,176 25,2 1,1 4,9 0,7 4,9 0,7 26796º Maceió AL 5,167 24,4 -0,8 6,8 -0,1 3,7 -1,8 26497º Queimados RJ 5,149 24,8 -2,5 13,2 -1,2 3,2 0,0 27598º Ponta Grossa PR 5,148 24,0 0,0 6,4 0,2 4,1 0,0 29899º Palhoça SC 5,138 45,9 -0,3 12,3 0,2 0,0 -7,5 297100º Petrolina PE 5,134 18,0 0,5 2,7 -0,4 6,5 1,5 338
Fonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais.NOTAS: (1) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos três anos. (2) Variação média anual da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos cinco anos. (3) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos três anos. (4) Variação média anual da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos cinco anos. (5) Taxa média de detecção de aids em menores de cinco anos nos últimos três anos. (6) Variação média anual da taxa de detecção de aids em menores de cinco anos nos últimos cinco anos. (7) Média calculada após transformação logarítmica.
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
| Volume XX − 2017 | 57
APÊNDICE – INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS PARA O
MONITORAMENTO DO HIV/AIDS
58 | Volume XX − 2017 |
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
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© 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Comitê EditorialAdeilson Loureiro Cavalcante, Sônia Maria Feitosa Brito, Adele Schwartz Benzaken, Cristina Pimenta, Daniela Buosi Rohlfs, Elisete Duarte, Geraldo da Silva Ferreira, Márcia Beatriz Dieckmann Turcato, Marcio Garcia, Maria Terezinha Villela de Almeida, Marta Roberta Santana Coelho, Renato Girade. Equipe EditorialDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais – DIAVH/SVS/MS: Adele Schwartz Benzaken (Editora Científica). Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços/SVS/MS: Lúcia Rolim Santana de Freitas (Editora Assistente). ColaboradoresDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais - DIAVH/SVS/MS: Alessandro Ricardo Caruso da Cunha, Claudia Marques de Sousa, Daiana Santos Mariah Dresch, Flavia Kelli Alvarenga Pinto, Flávia Moreno Alves de Souza, Gerson Fernando Mendes Pereira, Luciana Fetter Bertolucci Taniguchi, Mariana Jorge de Queiroz, Rachel Abrahão Ribeiro, Ronaldo de Almeida Coelho, Silvana Pereira Giozza, Thaís Silva Almeida de Oliveira.
Projeto gráfico e distribuição eletrônicaDepartamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV)
Diagramação Marcos Cleuton de Oliviera (DIAHV) Revisão de textoAngela Gasperin Martinazzo (DIAHV)
Boletim Epidemiológico - Aids e ISTAno V - nº 1 - 27ª a 53ª - semanas epidemiológicas - julho a dezembro de 2016Ano V - nº 1 - 01ª a 26ª - semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2017
Tiragem: 1000ISSN: 1517-1159Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites ViraisSRTVN Quadra 701 lote D 5 - Asa norteEd. PO700 - 5º Andar CEP 70719-040 - Brasília - DF
Disque Saúde - 136e-mail: [email protected]: www.aids.gov.br
MINISTÉRIO DA SAÚDE