Histórico e Dados_Nova Friburgo

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    Histrico e dadosMunicpio: Nova Friburgo

    Histrico de ocupao

    A histria da regio em que hoje se ergue o municpio de Nova Friburgo estruturou-se sobre uma reaindgena conhecida nos tempos do reino como serto ocupado por vrias naes dos ndios brabos.Os primeiros habitantes nativos da regio eram povos das tribos Puri, Puri-Corado e Guayacaz queviviam em cabanas simples nas abas das pedras, exmios caadores, alegres e festivos que noitedanavam a luz das fogueiras, segundo relatos de visitantes estrangeiros. Alimentavam-se de razes,brotos, entre outros, bem como da caa de animais de pequeno e mdio porte.

    Os primeiros europeus que chegaram regio foram os portugueses, atrados pelo cultivo do caf quese expandiu a partir de Cantagalo. Junto com eles, vieram os escravos africanos que trabalhavam nalavoura e nos servios caseiros. A presena negra nas terras que deram origem ao municpio de NovaFriburgo atestada pela cultura do inhame, trazida da frica: o atual distrito de Lumiar era conhecidocomo terra dos inhames e nesta regio, de Benfica e So Pedro da Serra, h evidncias culturais de

    muitos quilombos formados por negros e suas famlias foragidos das fazendas de Cantagalo e da BaixadaFluminense.

    Pesquisa sobre as origens e a histria de Nova Friburgo disponvel no sitedo Centro de DocumentaoD.Joo VI conta que na segunda dcada do sculo XIX negociaes entre o governo da Sua e o governoportugus de D.Joo VI, na poca instalado no Brasil, trouxeram 1631 suos para a regio entoconhecida como Morro Queimado. A negociao foi intermediada por Sbastien-Nicolas Gachet,diplomata de Fribourg e "Cidado de Gruyres", ttulo que lhe foi creditado pelos brasileiros. Ele partiudo porto de Havre, em 1817, com destino ao Rio de Janeiro, encarregado pelo governo suio de propor corte de D. Joo VI a vinda de uma leva de emigrantes suos para o Brasil.

    O objetivo oficial da vinda das famlias suas foi para que desenvolvessem a agricultura na regio,embora a maioria dos recm-chegados fossem artesos. H tambm a teoria de que a real inteno porparte do governo portugus foi barrar a passagem do ouro clandestino e, tambm, comear o povoar aregio com populaes no-escravas que predominavam na poca devido cultura do caf.

    Do ponto de vista dos imigrantes, a vinda para o Brasil representou a busca de alternativas para a fomee a penria por que passavam alguns pases, entre os quais a Sua: em 1816, encerra-se o perodoNapolenico, as naes fortes reestruturam-se e os pases com menor potencial, que importavammquinas inglesas, se por um lado aumentavam sua produo, por outro acabavam por suprimir a mo-de-obra, aumentando o desemprego.

    A Vila de Nova Friburgo

    Os suos embarcaram com destino ao Brasil da cidade de Estavayer-Le-Lac, situada na margem sudestedo lago Neuchtel que foi o ponto de encontro dos emigrantes provenientes dos cantes de Fribourg,Valais, Vaud, Genve e Neuchtel. Chegaram finalmente regio no final de 1819.

    Em 4 de maro de 1820, o Inspetor Monsenhor Miranda chega colnia e nos dias seguintes toma asprimeiras providncias, como proibir a caa sem consentimento prvio e outras medidasadministrativas. Implanta tambm uma fora policial dirigida pelo francs Charles-Emmanuel

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    Quvremont e faz na ocasio um apelo a todos para que colaborem na manuteno da ordem etranqilidade.

    So distribudas ferramentas para que possam ser realizadas algumas obras de melhoria. No final demaro de 1820, haviam sido construdas cem casas pequenas e insuficientes para abrigar todos osrecm-chegados. A media de ocupao por casa era, assim, muito alta: cerca de 17 famlias.

    Em 17 de abril de 1820, realizou-se a festa da fundao da Vila de Nova Friburgo e D.Joo enviou pararepresent-lo o Ministro Ouvidor da Comarca do Rio de Janeiro. No dia 23 de abril, aps a missa, organizado o sorteio dos lotes demarcados pelo estado, que passar sem nus s mos do colono. Avisita e reconhecimento das terras no foi uma tarefa fcil. As florestas eram fechadas, o acesso difcil eos mateiros no estavam acostumados com a regio. Depois desta fase, comearam os desmatamentose o incio de uma fase crtica. Embora o administrador tenha alertado que no ano seguinte os subsdiosseriam reduzidos metade e que, portanto, todos deveriam garantir por meio de suas culturas ecolheitas daquele ano a subsistncia do ano seguinte, muito colonos atrasaram o incio dos trabalhoscom consequncias desastrosas para a colheita.

    No dia 23 de junho, celebrou-se a festa de So Joo Batista, padroeiro da cidade de Nova Friburgo,conforme vontade expressa do Rei durante as negociaes no Rio de Janeiro. Na mesma data,importantes decises reais so tomadas em benefcio da colnia, como a autorizao para MonsenhorMiranda distribuir terrenos para aqueles que quiserem financiar atividades no agrcolas e a concessode crditos para incentivar o comrcio e a indstria. Outras medidas diziam respeito ao embelezamentoda cidade, construo de um hospital, de uma escola, um museu e um jardim botnico.

    Em agosto de 1821, retorna a poltica de subsdios e o Prncipe Regente autoriza formalmente os suosa deixarem Nova Friburgo em busca de novas terras. Em setembro nomeado um novo administrador,Joo Vieira de Carvalho, com mais poder que seu predecessor. As fazendas so reconstrudas e casasmais slidas substituem as primeiras. Os suos conseguem vencer a misria e alguns gozam de conforto

    e fartura com a venda de suas safras. Outros, animados, tentam pr em prtica a produo de queijos evinhos, costumes de suas regies de origem, tal como a criao de vacas e porcos.

    Aps a proclamao da Independncia, o Governo Imperial enviou o Major George Antnio Scheffer Alemanha para contratar mais imigrantes.Em maio de 1824, chegaram Nova Friburgo 343 alemesprotestantes liderados pelo pastor Frederico Sauerbronn, o que daria novos rumos colnia.

    O nascimento da indstriaEm 1890, Nova Friburgo foi elevada categoria de cidade atraindo mais imigrantes, dessa vez, srios,portugueses e italianos. Sobre o perodo que vai da fundao da colnia sua at os anos que seseguiram Proclamao da Repblica, Ricardo Costa diz que durante todo o Sculo XIX foi a economiacafeeira a responsvel pelo desenvolvimento da regio oriental do Vale do Paraba do Sul, sob a

    liderana de Cantagalo. Nova Friburgo funcionava como abastecedor de gneros e tornou-se o principalprodutor de alimentos da regio. Em 1870, com a inaugurao da Estrada de Ferro Leopoldina Railwayque transportava o caf de Cantagalo para o porto do Rio, o municpio cresceu, surgiram novosestabelecimentos comerciais, hotis, escolas - o Colgio Anchieta e o Colgio das Dorothas - eindstrias do ramo da construo civil. Transformou-se, assim, no centro urbano da regio, onde osbares do caf tinham propriedades. Um deles, Antonio Clemente Pinto, recebeu do Imperador Pedro II,em 1857, a concesso para a construo da Estrada de Ferro que ligaria o Rio de Janeiro a Cantagalo,inaugurada em 1873.

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    Nos primeiros anos do Sculo XX, enquanto na regio do entorno de Friburgo a economia que havia sesustentado sobre o latifndio escravista desmoronava, o municpio convivia com o crescimentocomercial e urbano: j existiam alfaiatarias, sapatarias e outras oficinas do setor de vesturio e defabricao de ferramentas, pequenas fbricas de cerveja e caf, alm de um prspero comrcioambulante. Nova Friburgo foi se afirmando, tambm, como um plo de atrao para contingentespopulacionais em fuga das ento adversas condies de vida no campo.

    Com a Repblica, a Vila de So Joo Batista de Nova Friburgo havia se transformado em municpio. Estamudana poltica, entretanto no representou uma ruptura no quadro poltico local, dominado pelossetores ligados grande propriedade que ocuparam o governo da cidade de 1890 a 1910, quando surgiuo movimento de oposio encabeado por Galdino do Valle Filho.

    Atravs do seu Jornal A Paz, fundado em 1906, Galdino tornou-se o porta-voz de um projeto quepregava a modernizao da cidade, liderando a campanha em favor da entrega da concesso para aexplorao de energia eltrica ao empresrio alemo Julius Arp, que impunha esta condio parainstalar a Fbrica de Rendas em Friburgo. As manifestaes pblicas pr e contra a concesso

    resultaram na famosa Noite do Quebra-Lampiese na depredao da Cmara Municipal, em 17 de maiode 1911.

    A campanha de Galdino saiu vitoriosa e da para frente foram instaladas as Fbrica de Rendas Arp, em1911; Fbrica Ypu , em 1912; Fbrica Fil S/A , em 1925, alm da criao da Companhia de Eletricidadecom capital privado do grupo Arp que era acionista de todas as demais, constituindo-se no principalrepresentante dos capitais alemes em Friburgo.

    Em 1930, em Nova Friburgo, assumiu uma Junta Governativa nomeada pelo Capito Lus Braga Muri,tendo frente o Dr. Galiano das Neves e Carlos Alberto Braune, destituindo o grupo identificado com aliderana de Galdino Filho que s voltaria a ocupar o poder municipal nos anos 40, com o fim do Estado

    Novo. Entretanto, o jornal O Nova Friburgo daria continuidade no comeo da dcada de 30 linhaeditorial doA Paz, exaltando o progresso trazido pelas indstrias.

    Em 1935, foi inaugurada a nova estao de passageiros da Leopoldina Railway, no prdio onde atualmente a Prefeitura Municipal. Dois anos depois, foi instalada a Fbrica de Ferragens Hans Gaiser(HAGA), dos engenheiros alemes Hans Gaiser e Frederico Sichel. Friburgo transformava-se em plo dosmunicpios do Centro-Norte fluminense, atraindo moradores das cidades vizinhas que enfrentavam umprocesso de esvaziamento.

    A visita de Getlio Vargas a Nova Friburgo, em novembro de 1932, mostrou o interesse poltico que acidade despertava devido concentrao de operrios. Em 1931 haviam sido criadas a Aliana dosTrabalhadores das Fbricas de Tecidos de Nova Friburgo e a Unio Friburguense dos Trabalhadores em

    Construo Civili. Os operrios das indstrias txteis formalizaram, no dia 1 de novembro, a fundaodo sindicato, batizado ento de Unio dos Trabalhadores das Fbricas de Tecidos de Nova Friburgo. Umano mais tarde foi criada a Unio dos Empregados em Padarias em Nova Friburgo, na sede da SociedadeHumanitria.

    A Sua BrasileiraDurante a ditadura do Estado Novo, os seguidores de Galdino defendiam a proposta de elaborao deum Plano Diretor para o desenvolvimento de Nova Friburgo, baseada na constatao de que Friburgo

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    vinha crescendo de um modo desordenado. Havia, ainda, a proposta de transformar Nova Friburgo emum ponto turstico de destaque no Estado tomando como exemplo a Sua. Alegava-se que osimpedimentos anteriores no existiam mais, pois j havia sido construda a rodovia ligando Friburgo aoRio de Janeiro e a cidade possua um hotel confortvel , o Sans-Souci.

    A Associao Comercial que teve atuao destacada durante o Estado Novo chegou a 1947 commodificaes em seus estatutos que permitiram atrair para os seus quadros os industriais eproprietrios rurais do municpio, passando, ento, a se denominar Associao Comercial, Industrial eAgrcola de Nova Friburgo (ACIANF), nome que mantm at os dias de hoje. Reunia 193 associadoscomerciantes e industriais e 325 do setor agrcola, o que refletia o desenvolvimento econmico dacidade.

    Entre 1940 e 1950, a populao urbana aumenta em 12.390 habitantes, enquanto que a zona ruralperde 3.845 moradores, tendncia que se mantm nos anos seguintes. Por outro lado, as indstrias detransformao cresciam, expandindo-se tambm os setores do comrcio e servios, assim como onmero de profissionais liberais.

    Em 1960, o municpio j alcanara 70.145 habitantes, aprofundando-se o xodo rural: quase 80% dapopulao localizavam-se na rea urbana, Instalaram-se novas fbricas, principalmente no setormetalrgico. No entanto, mesmo que o crescimento industrial tenha se concentrado, no perodo, juntoao setor de mecnica e metalurgia, ainda eram as fbricas txteis que empregavam maior contingentede trabalhadores.

    Segundo Costa, houve a tentativa de paralisao das fbricas metalrgicas e txteis em Nova Friburgono dia 1 de abril de 1964, como forma de opor resistncia ao golpe militar. O ento prefeito Vanor teriatido importante participao no episdio, e foi de incitamento desordem, fechamento das fbricas fora e hasteamento do pavilho nacional a meio pau, conforme nota dos militares publicada naimprensa. Pressionado, renunciou no dia 10 de abril.

    Neste perodo em que foram retomadas as preocupaes com o planejamento ubanstico da cidade, sepromoveram polticas de relaes diretas com o Governo da Sua para consolidar a imagem de NovaFriburgo como a Sua Brasileira. Destes contatos resultaram a visita de 300 suos Nova Friburgo em1977; a vinda de outra grande comitiva, em 1980; iniciativas como a construo da Queijaria-Escola emconvnio estabelecido por meio da Associao Fribourg-Nova Friburgo; produo de vasto material depesquisa e propaganda sobre as razes helvticas do municpio; estmulo para que os friburguensesbuscassem informaes sobre suas rvores genealgicas no Departamento da Pr-Memria daPrefeitura.

    Ainda de acordo com Costa, tambm desta poca a elaborao do discurso que apresentaria a cidadecomo o Paraso Capitalista, a espelhar o progresso alcanado graas presena do capital privado nas

    principais atividades econmicas do municpio.

    A colnia de Nova Friburgo foi criada por decreto real no dia 16 de maio de 1818, quando D. Joo VIcontratou a vinda de 400 famlias suas para instalar-se nesta rea, que na poca era conhecida comoFazenda do Morro Queimado. Em 1824, foi acrescido Vila de Nova Friburgo um contingente alemo. Apartir dessa data, a regio passou a receber imigrantes italianos, libaneses espanhis e japoneses, entreoutros, e acolheu a todos com o mesmo carinho com que at hoje trata seus visitantes. Essa colonizaose reflete na arquitetura, gastronomia e hospitalidade do povo.

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    rea e Localizao

    Regio: Serranareatotal: 938,5km2

    LatitudeSul: 2216'55"LongitudeOeste: 4231'52"Municpios limtrofes: Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Maca Trajano deMorais, Bom Jardim, Duas Barras, Sumidouro e Terespolis.Aniversrio da Cidade: 16 de maio

    SocioeconomiaLocalizado na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, prximo ao eixo de maior dinamismoeconmico do Brasil So Paulo / Rio de Janeiro / Belo Horizonte - plo regional de servios doCentro-Norte Fluminense e uma das maiores reservas da fauna e da flora do planeta. Ideal paraatividades de lazer e descanso, para respirar o ar puro da montanha, tomar banho de cachoeiras, pescartrutas, visitar museus, centros de documentao, feiras de artesanato e parques. As montanhas,bosques e circuitos so ideais para caminhadas, prticas de esportes radicais, trilhas, trekking, rapel,mountain bike, cavalgadas, enduros, passeios de jeep, escaladas e canoagem, rafting e bia cross.Com infra-estrutura superior a quatro mil leitos e mais de 100 restaurantes de culinria diversificada,aliada ao frio da serra, tornam-se ingredientes perfeitos para degustar fondues, vinhos, trutas edeliciosos chocolates artesanais, a beira da lareira. Eventos durante todo o ano, compem umcalendrio convidativo: Festa das Colnias, Friburgo Festival, Fevest, Fri-Flor, Fest-Truta, Jogos Florais,Encontro de Dana, Encontro Nacional de Motociclistas, Festival de Inverno. Roteiros diversificados soencontrados na Ponte Branca, Tere-Fri, Lumiar e So Pedro da Serra, Sabor Mury, Co Sentado eCalednia.

    As principais atividades econmicas so: a indstria metal-mecnica, o plo industrial de moda ntima, a

    agricultura, a floricultura e o comrcio, destacando-se o aluguel de imveis.

    Dados Gerais de Nova Friburgo

    Ano de Instalao da Vila 1820

    Emancipao 1890

    Densidade Demogrfica 185,4 hab/km2

    rea 933 km2

    Altitude da sede 846 m

    Populao (Censo 2000) 173.418Populao 2005 (Estimativa IBGE) 177.388

    PIB (2004) R$ 1,37 bilho

    Posio do PIB no Estado do Rio de Janeiro 17

    IDH 0,810

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    Posio do IDH no Estado do Rio de Janeiro 4

    *Fonte: Fundao CIDE, Anurio Estatstico, 2005 e IPEA, Atlas do Desenvolvimento Humano noBrasil, 2004.

    Recentemente, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo vem tentando estimular a participao

    comunitria em processos como, por exemplo, o Plano Diretor Participativo, Agenda 21 em 2005 e aregulamentao das reas de Proteo Ambiental Municipais, a partir de meados de 2006.

    Atualmente, a Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA), rgo gestor da rea deProteo Ambiental Estadual de Maca de Cima, e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), rgo gestordo Parque Estadual dos Trs Picos, vm buscando estreitar as relaes com comunidades residentes noentorno e no territrio das reas destas Unidades de Conservao.

    O centro da cidade est a uma altitude de 846 metros, sendo cercada por montanhas como, porexemplo: o Pico do Calednia (2219 metros) ao sul; a Pedra do Imperador (1415 metros) a sudeste; asCatarinas Pai (1541 metros), Me (1430 metros) e Filha (1370 metros), o Morro da Cruz (1397 metros),

    Duas Pedras (1439 metros) e a Pedra da Cascata (1361 metros), a oeste da cidade.

    O alinhamento das principais serras e montanhas no municpio destaca, em seu limite sul, a escarpa daSerra dos rgos, parte da Serra do Mar. O conjunto de serras que formam o divisor de guas das baciasdo Rio Paraba do Sul e Maca cortam o municpio ao meio.

    O Vale do Rio Grande, montante da RJ - 130 (Friburgo-Terespolis) est totalmente situado acima dos1.000 metros de altitude. O vale do rio Maca o que tem maior variao de altitude dentro domunicpio, pois sua nascente em Maca de Cima est a 1.560 metros e sua sada do municpio,encontra-se a 140 metros de altitude.

    Por essa diversidade de montanhas, com as mais variadas altitudes e declividades, Nova Friburgo

    apresenta grande potencial para escaladas de vrios nveis de dificuldade, alm de caminhadas quepropiciam a visualizao de paisagens belssimas. A combinao de seu relevo com florestas preservadase rios com diversas cachoeiras, tornam o municpio propcio para o turismo ecolgico, que pode serplanejado de modo a incentivar a preservao.

    RiosO relevo do municpio responsvel por uma alta densidade de canais de drenagem que somados aaltos ndices de precipitao propicia um grande nmero de riachos, crregos e rios. O municpio deNova Friburgo est inserido em duas Bacias Hidrogrficas: Paraba do Sul e Maca.

    A Bacia do Rio Paraba do Sul abrange partes dos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de So

    Paulo. A Sub-Bacia do Rio Paraba do Sul que est no territrio do municpio a do Rio Grande, aonde seencontram as Microbacias do Rio Bengalas e do Ribeiro So Jos.

    O municpio de Nova Friburgo localiza-se numa posio estratgica, pois est situado na regiomontante das duas Bacias - Paraba do Sul e Maca o que significa que todos os corpos dgua quepassam pelo municpio tm suas nascentes em seu territrio. Desta forma, todas cidades que esto jusante de Nova Friburgo dependem, alm dos mesmos conservarem seus mananciais, que NovaFriburgo conserve bem as suas nascentes.

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    At a dcada de 1940, o Rio Bengalas era um importante local de lazer da cidade, usado para passeiosde barcos e para a pesca. Atualmente, se encontra em estado lastimvel de poluio. O Rio Grande e osRibeires So Jos, do Capito e So Domingos, esto poludos por agrotxicos, principalmente osutilizados na floricultura e na olericultura, que afetam no s os rios, como tambm o solo e a sade dapopulao.

    O Rio Maca e seus afluentes encontram-se limpos e so usados para prtica de turismo ecolgico,sendo muito freqentados por banhistas que buscam suas cachoeiras e poos.

    ClimaO clima de um lugar o resultado da interao e combinao de vrios fatores e elementos. Alguns sode ordem global, outros so de ordem local. Existem as caractersticas principais que so determinadaspela dinmica das massas de ar que, por sua vez, obedecem ao sistema de circulao geral daatmosfera. H, porm, os fatores de ordem local, que tambm contribuem para a configurao dascondies climticas prprias do municpio, destacando-se aqui, principalmente pelas influncias queexercem, a altitude, a cobertura vegetal, a disposio do relevo e o processo de urbanizao.

    O municpio de Nova Friburgo, localizado na chamada zona intertropical, sofre a atuao de diferentesmassas de ar, que tm suas caractersticas determinadas pela regio de sua gnese, apresentadasabaixo:A) Massa de ar Equatorial Continental: atua no vero, provocando tempo quente e chuvoso.B) Massa de ar Tropical Continental: atua no vero, na primavera e no outono, ocasionando dias muitoensolarados com uma amplitude trmica diria alta e baixa umidade do ar.C) Massa de ar Polar Atlntica: mais freqente no inverno, tambm atua no outono e na primavera,provocando dias frios. O ponto de contato desta massa com uma outra massa de ar mais quente originaas frentes frias que provocam dias com ventos frios, reduo da temperatura e chuvas fracas edemoradas.

    D) Massa de ar Tropical Atlntica: atua em qualquer poca do ano e provoca precipitaes leves.

    Genericamente, o tipo climtico do municpio classificado como tropical de altitude. A grandeamplitude altimtrica presente no municpio de Nova Friburgo associada aos diferentes tipos decoberturas do solo florestas, pastos, plantaes, asfalto, concreto, afloramentos rochosos implicaem variados microclimas no municpio. Um dos principais modificadores do microclima de um local oser humano, principalmente em se tratando do meio urbano.

    Pertencente ao domnio tropical, o clima tropical de altitude s se diferencia deste por ter temperaturasmdias anuais mais baixas menos de 18 C. H um perodo do ano chuvoso e de temperaturas maiselevadas (vero) e outro seco e de temperaturas mais baixas (inverno). No caso especfico do clima deNova Friburgo (Tabela 2), o perodo chuvoso vai de outubro a abril, sendo dezembro o ms com maior

    volume de chuvas (precipitao) no ano. Em contrapartida, o ms com menores ndices pluviomtricos o ms de julho, apesar de nos ltimos anos (tabela 3) ter sido o ms de junho.

    Um fator fundamental nos maiores ou menores ndices pluviomtricos na Regio Serrana o relevo. Apluviosidade se acentua nas encostas na posio de barlavento. As chuvas que ocorrem nas frentes friastm maior volume na escarpa da Serra dos rgos. Ao encontrar a barreira do relevo a massa de ar, namedida em que vai subindo, vai reduzindo sua temperatura. Desta forma ocorre a condensao do

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    vapor dgua, que precipita, ocasionando a chuva orogrfica. Este fenmeno est bem ilustrado nomapa de precipitaes, que mostra maiores volumes de precipitao nos locais de maior altitude.

    Nesse contexto, a parte sul do municpio de Nova Friburgo, que tem as altitudes mais elevadas,apresenta maiores ndices de precipitao e, conforme se desloca para o norte, este volume se reduz.Cabe ressaltar que a Estao Climatolgica Principal de Nova Friburgo, desativada desde 2003, estlocalizada no bairro de Duas Pedras, no trevo da RJ-130 (Estrada Friburgo-Terespolis) a uma altitudeaproximada de 845 metros.

    Em Nova Friburgo, as florestas esto distribudas nas reas de maior altitude, concentradas nos distritosde Mury, Lumiar e So Pedro da Serra. Os distritos sede e de Conselheiro Paulino tiveram as reas defloresta reduzidas devido expanso urbana.

    Os Distritos de Amparo e Riograndina sofreram maiores desmatamentos por conta do cultivo de caf nosculo XIX, mas tambm provocados pela pecuria e outros cultivos agrcolas. O Distrito de Campo doCoelho teve extensas reas desmatadas, principalmente no vale do Rio Grande, pela sua vocaohistrica para o cultivo de hortalias e expanso de pastagens a fim de desenvolver a pecuria e

    agricultura.

    Recentemente, os avanos na Legislao Ambiental possibilitaram a criao de diversas reas depreservao ambiental, municipais e estaduais, com destaque para a rea de Proteo Ambiental1(APA)Estadual de Maca de Cima - 2001, que abrange todo territrio do Distrito de Lumiar e do distrito SoPedro da Serra, alm de parte do Distrito de Mury.

    O Parque Estadual dos Trs Picos, criado em 2002, com uma rea aproximada de 46.350 hectares, omaior parque do estado. Ele abrange parte dos territrios dos municpios de Guapimirim, Terespolis,Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim.

    A APA Municipal dos Trs Picos est localizada na Bacia do Rio Grande, sendo muito importante noprocesso de integrao ser humano-natureza e sustentabilidade da regio, pois muitas das nascentes doRio Grande esto no territrio da APA. O reflorestamento desta APA fundamental para manter a vazodo Rio Grande, que alm de abastecer as reas de olericultura de Campo do Coelho e as reas defloricultura de Riograndina, tambm a principal fonte de abastecimento de gua da cidade de NovaFriburgo

    A APA Municipal do Pico do Calednia abrange parte da Bacia do Rio Grande e da Bacia do Rio Bengalas,tendo importncia para vrias nascentes das referidas bacias. O reflorestamento do Pico do Calednia uma das aes para facilitar a infiltrao da gua das chuvas, reduzindo a possibilidade de enchentes eabastecendo o lenol fretico.

    A APA Municipal de Maca de Cima est localizada no distrito de Mury. a regio mais preservada domunicpio e uma das mais preservadas de Mata Atlntica do pas. A mata primria exuberante e nelase encontram as principais nascentes do Rio Maca, do Rio Bonito e do Rio Santo Antnio.

    A APA Municipal do Rio Bonito localiza-se no distrito de Lumiar. Nela a Mata Atlntica est bemconservada. Esta APA tem, em sua rea, vrias nascentes do Rio Bonito, que um importante afluentedo rio Maca.

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    Furnas do Catete constitui um parque de ecoturismo, sendo uma rea de interesse geolgico, onde estlocalizada a Pedra do Co Sentado, um dos smbolos de Nova Friburgo.

    A Mata Atlntica, considerada Patrimnio Nacional pela Constituio Federal, desmatada ao longo dossculos de histria do Brasil, necessita de aes efetivas para conter a sua extino total. Nesse sentido necessrio um planejamento que abranja todas as esferas do poder pblico, juntamente com asociedade civil organizada e a iniciativa privada, em um Plano de Manejo1da floresta.

    A criao de APAs e Parques Ambientais no pode ficar somente no papel, devendo ser tomadas asaes previstas por lei para a real implantao destas, como elaborao de estudos e de Planos deManejo, investimento em educao ambiental das comunidades locais que possibilite uma fortefiscalizao e gesto ambiental das APAs e de toda a rea de Mata Atlntica. Desta forma, o municpiode Nova Friburgo e sua sociedade tm um papel muito importante na manuteno e ampliao dasreas de Mata Atlntica.

    Aspectos socioeconmicos

    Dinmica populacional em Nova FriburgoA populao total de Nova Friburgo de 173.418 habitantes segundo o Censo Demogrfico de 2000 doIBGE. O municpio tem 151.851 (88%) de seus habitantes residindo em reas urbanas e 21.567 (12%) emreas rurais.

    Em um perodo de trinta anos, entre 1970 e 2000, a populao residente na rea urbana dobrou,passando de 74.756 para 151.851 habitantes, enquanto o acrscimo de populao residente na rearural foi de 38% no mesmo perodo, passando de 15.664 para 21.567 habitantes.

    A infra-estrutura do sistema virio existente no Centro da cidade manteve-se entre 1970 e 2000, ondese concentraram o comrcio e os servios. O crescimento da populao na rea urbana neste perodo,

    associado manuteno da infra-estrutura do sistema virio nos moldes de 1970, gerou umadesigualdade na distribuio espacial de servios no municpio.

    Os fatores que explicam este quadro so: (1) o xodo de parte da populao de distritospredominantemente rurais e municpios vizinhos para o distrito-sede de Nova Friburgo e para o distritode Conselheiro Paulino; (2) o crescimento populacional dos aglomerados rurais (agrovilas) em reasurbanas e (3) a falta de polticas pblicas de descentralizao de servios.

    MigraoNo perodo da dcada de 1970 at 1990, a populao do municpio de Nova Friburgo experimentou umalto crescimento, em grande parte devido ao fluxo migratrio de pessoas vindas da capital do estado,Niteri e outras cidades do interior, bem como uma pequena parcela de pessoas oriundas de outros

    Estados do Brasil 4,8% no ano 2000.

    ndice de Desenvolvimento Humano IDHO quadro abaixo mostra que o IDH-M do municpio de Nova Friburgo mais elevado que o do estado doRio de Janeiro e do Brasil. Quando decomposto, a varivel que atinge o maior valor do ndice nomunicpio de Nova Friburgo educao, sendo a nica que ultrapassa 0,800.

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    ndice de Desenvolvimento Humano

    2000 Nova Friburgo Estado do Rio Brasil

    IDH 0,810 0,807 0,766

    IDH Renda 0,758 0,779 0,723

    IDH - Longevidade 0,788 0,740 0,727

    IDH - Educao 0,885 0,902 0,849

    *Fonte: IPEA, Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2004.

    Entretanto, o ndice se torna menor nas variveis renda e educao quando a comparao feitacom o estado do Rio de Janeiro. Este fato pode estar relacionado grande concentrao deuniversidades e centros de ensino, no caso da varivel educao, e de grandes empresas eprestadoras de servios, no caso da varivel renda - na capital do Estado que gera uma renda mdiade R$ 596,60. A renda mdia do estado do Rio de Janeiro era de R$ 413,90 enquanto em Nova Friburgoestava em R$ 366,80 no ano de 2000.

    Renda apropriada por extratos da populaoO municpio de Nova Friburgo apresenta os extratos mais pobres recebendo maior percentual da rendagerada quando comparado ao Estado do Rio de Janeiro e ao Brasil.

    Concentrao de renda por faixas da populao

    Nova Friburgo Estado do RJ Brasil

    20% mais pobres 3,5 2,1 1,5

    40% mais pobres 10,9 7,7 6,4

    60% mais pobres 22,3 17,3 15,480% mais pobres 40,6 34,4 31,9

    20% mais ricos 59,4 65,6 68,1

    Enquanto os 20% mais pobres concentram somente 3,5% da renda total do municpio, os 20% mais ricosconcentram quase 60% desta renda (59,4%). Desta forma, a tendncia de concentrao de renda noextrato dos 20% mais ricos ntida em Nova Friburgo, apesar de ser mais acentuada no estado do Rio deJaneiro e no pas.

    Alm do contexto nacional de desigualdade social, reproduzido em Nova Friburgo, importanteressaltar a queda salarial e do nmero de empregados registrados nas indstrias do setor metal-mecnico e txtil, aps a crise das dcadas de 1980 e 1990, bem como a crescente informalidade damo-de-obra do setor de moda ntima que absorveu grande parte desses empregados.

    Esta tendncia aparece nas anlises sobre o panorama econmico do estado do Rio de Janeiro, comexceo dos municpios que esto ligados diretamente explorao petrolfera. A ausncia de polticasde gerao de trabalho e renda em todos os nveis do poder pblico contribui para esta situao.

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    Analfabetismo

    Nova Friburgo (%) Estado do Rio (%) Brasil

    (%)

    Sem instruo e menos de 1 ano 6,9 6,2 111 a 3 anos 18,3 14,4 18,9

    4 a 7 anos 37 33,1 34,38 a 10 anos 16,6 18,8 15,411 a 14 anos 15,7 20 15,315 anos ou mais 5,1 7,1 4,3No determinados 0,3 0,4 0,9

    *Fonte: IBGE, Censo 2000

    Apesar de apresentar percentual de analfabetos na populao inferior ao do estado e do pas, existemfocos de concentrao de analfabetismo no municpio de Nova Friburgo que apresentam percentuaissuperiores mdia nacional de 16,73%.

    Anos de estudoImportante notar que Nova Friburgo apresenta um percentual maior (62,2%) da populao comparadaao Estado do Rio de Janeiro (53,7%) nas faixas de populao com menos de sete anos de estudo.

    Entretanto, na faixa de populao com oito anos de estudo ou mais, aparecem diferenas significativasem relao ao estado do Rio de Janeiro, que concentra 45,9% de seus habitantes, enquanto em NovaFriburgo 37,4% dos habitantes tem oito ou mais anos de estudo.

    SadeA rea de sade em Nova Friburgo, alm da Secretaria Municipal de Sade, conta com uma FundaoMunicipal de Sade e um Conselho Municipal de Sade. A sub-notificao de casos de dengue,leptospirose, diarria, acidentes com animais peonhentos, leishmaniose, malria e, principalmente, deintoxicaes por agrotxicos um entrave a um planejamento mais acurado das aes neste setor.

    Apesar disso, a Secretaria Municipal de Sade, possui uma Diviso de Vigilncia e Sade Ambiental, quepode colaborar no desenvolvimento de indicadores de sade ambiental para o municpio, sendoresponsvel atualmente por:

    1.

    Controle de roedores;2.

    Monitoramento de criaes irregulares e maus tratos aos animais.3.

    Monitoramento de vetores (carrapato,Aedes aegypti, animais peonhentos);4.

    Vigilncia da gua para consumo humano;

    5.

    Vigilncia da qualidade do solo (iniciado em 2006).

    Coleta de lixoOs 5% dos domiclios que no tem coleta correspondem a localidades de difcil acesso. A coleta seletivaest em processo de expanso no municpio, mas ainda restrita a determinadas localidades.

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    Rede de guaNota-se que o acesso rede geral de gua em Nova Friburgo percentualmente menor (79,1%) do queo verificado no estado do Rio de Janeiro (83,2%). Verifica-se um elevado percentual (18,2%) de acesso gua atravs de poos e nascentes, o que se traduz em qualidade duvidosa da gua, devido fiscalizao de baixa capilaridade no territrio do municpio e ao limitado controle de qualidade.

    Alm disso, no existem estudos de guas subterrneas em Nova Friburgo, o que pode, no futuro, afetaro fornecimento de gua s pessoas que utilizam poos como fonte de acesso a este bem natural, namedida em que no se conhece o volume e a vazo dos lenis freticos.

    SaneamentoNota-se que a cobertura da rede geral de esgotos e guas pluviais atende maior percentual em NovaFriburgo (70,6%) do que no estado (62,5%) e no pas (47,2%). Entretanto, chama a ateno de esgoto innaturadespejado diretamente em rios e lagos (6,8%).

    Cobertura Domiciliar da Rede de EsgotosA falta de Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs) para atender a toda demanda, mesmo com a

    inaugurao da primeira Estao de Tratamento de Esgoto em novembro de 2006, e da prpria rede deesgotos na maior parte do territrio do municpio coloca a questo do saneamento entre os pontoscrticos do municpio, pois os dejetos so despejados nos rios e permeiam o solo de Nova Friburgo,contaminando e poluindo.

    Principais localidades por formas de escoamento do esgoto

    BairroRede de guas

    pluviais BairroFossa

    RudimentarCentro (Pa. Getlio Vargas) 100% Debossan 71%

    Olaria (centro) 99% Nova Sua 52%Conselheiro Paulino (centro) 97,7% Amparo (zona rural) 34%Fossa Sptica Vala

    Cascatinha (bairroCalednia) 75,6% Rui Sanglard 15%Vale dos Pinheiros 45,3% Chcara do Paraso 13%Parque So Clemente 43% Santa Bernadete 8%

    Despejados noRio

    Sem banheironem sanitrio

    Duas Pedras 64,4%Rui Sanglard 63,6% Favela do Cordoeira 24%

    Cnego 58,9% Tingly 11,1%So Jorge 51% Jardinlndia (alto) 6%*Fonte: IBGE, Censo 2000

    Consumo de EnergiaO consumo de energia eltrica no municpio de 280.522 MWh, sendo distribudos por duasconcessionrias com cobertura predominante da CENF, atendendo um total de 81.071 consumidores,sendo 1.655 pela CERJ.

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    Percebe-se que o consumo de energia eltrica no segmento residencial o maior no municpio de NovaFriburgo. O comrcio e a indstria apresentam consumos similares, enquanto o meio rural apresenta omenor consumo.

    Mobilidade urbanaEm 2003, circulavam por Nova Friburgo 65.984 veculos, sendo destes 46.867 automveis, e 438 nibuse micro-nibus. Esses dados demonstram a valorizao do transporte individual em detrimento dotransporte coletivo, o que compromete a mobilidade urbana no permetro urbano devido ao grandenmero de automveis circulando e nas localidades rurais pela escassez de nibus ou micro-nibus emcirculao.

    O excesso de automveis em Nova Friburgo fica evidente quando comparamos o nmero de habitantespor automvel (3,70) deste municpio com o nmero de habitantes por automvel do Rio de Janeiro(3,85), que tem caractersticas de metrpole. O municpio possui proporcionalmente sua populaouma quantidade de automveis maior do que a cidade carioca.

    A falta de incentivo ao uso do transporte coletivo no municpio de Nova Friburgo torna-se mais evidentequando comparamos o nmero de habitantes por nibus no municpio (396) com o nmero dehabitantes por nibus no municpio do Rio de Janeiro (271). Esta situao afeta a qualidade de vida dapopulao, a economia do municpio e a participao em processos de gesto democrtica.

    Quantitativo de Organizaes Sociais em Nova Friburgo

    Tipo da organizaoNmero de

    Associaes

    Associaes de Moradores 85Associaes Profissionais 22Sindicatos de Trabalhadores 20

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    Organizaes No-Governamentais 17Associaes de Produtores Rurais 36Sindicatos Patronais 12Colnias de Imigrantes 11Partidos Polticos 10

    Conselhos Municipais, Comunitrios e Fruns 11Representaes de Entidades de Classe 7Empresas de Mdia (Rdio / TV / Mdia Impressa) 10Concessionrias de Servios Pblicos 5Espaos Culturais 4Campus Universitrios 3Estabelecimentos de Ensino Profissionalizante 3Conselhos Regionais de Profissionais 4Agncias de Desenvolvimento 2Faculdades 2Instituies de Caridade 4

    Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, Programa Pr-Cidade, 2005.