Histórico Da Zootecnia

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA CURSO: ZOOTECNIA DISCIPLINA: Introdução à Zootecnia PROFESSOR: Marco Aurélio Carneiro de Holanda I. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA ZOOTECNIA A Zootecnia como ciência, passou por períodos de evolução bastante diferenciados, como: A) PRÉ-ZOOTECNIA: A utilização dos animais é bastante remota, desde a idade da Pedra Polida (7.000 anos a.C), já se exploravam os animais. Os Arianos e Semitas, povos bastante primitivos utilizavam animais para seu proveito. Podemos concluir que o despertar para criação dos animais é muito antigo e, que vários escritores considerados “Sábios” destacaram sua importância, dentre eles, temos: - GREGOS: ٠ EPICARNUS (450 anos a.C) = “Tratado de Medicina Veterinária e Higiene do Gado” - Importância da saúde para o desenvolvimento dos animais de criação. ٠ HIPÓCRATES - Pai da Medicina (390 anos a.C) = “Corpus Hipocratium” - Doenças típicas de animais e sua terapia. ٠ XENOFONTE - General de Cavalaria (350 anos a.C) = “Anabasis” - Equitação, criação de eqüinos e seu uso alimentar. ٠ ARISTÓTELES (300 anos a.C) = “História Natural dos Animais” - Enfermidades e tratamentos, considerando anatomia, fisiologia e reprodução.

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um pouco sobre a história da zootec

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA

CURSO: ZOOTECNIA

DISCIPLINA: Introdução à Zootecnia

PROFESSOR: Marco Aurélio Carneiro de Holanda

I. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA ZOOTECNIA

A Zootecnia como ciência, passou por períodos de evolução bastante diferenciados, como:

A) PRÉ-ZOOTECNIA:

A utilização dos animais é bastante remota, desde a idade da Pedra Polida (7.000 anos a.C), já se exploravam os animais.

Os Arianos e Semitas, povos bastante primitivos utilizavam animais para seu proveito.

Podemos concluir que o despertar para criação dos animais é muito antigo e, que vários escritores considerados “Sábios” destacaram sua importância, dentre eles, temos:

- GREGOS:

٠ EPICARNUS (450 anos a.C) = “Tratado de Medicina Veterinária e Higiene do Gado” - Importância da saúde para o desenvolvimento dos animais de criação.

٠ HIPÓCRATES - Pai da Medicina (390 anos a.C) = “Corpus Hipocratium” - Doenças típicas de animais e sua terapia.

٠ XENOFONTE - General de Cavalaria (350 anos a.C) = “Anabasis” - Equitação, criação de eqüinos e seu uso alimentar.

٠ ARISTÓTELES (300 anos a.C) = “História Natural dos Animais” - Enfermidades e tratamentos, considerando anatomia, fisiologia e reprodução.

- ROMANOS:

٠ VEGÉCIO (300 anos a.C) = “De Re Militare” - Equitação e sanidade de eqüinos e de outros animais.

٠ CATÃO (100 anos a.C) = “De Re Rustica” - Doenças de animais, distinguindo as transmissíveis e a importância da quarentena.

٠ VIRGÍLIO (70 anos a.C) = “Geórgias” - Conformação ideal de bovinos de combate, de cavalos de sela e de tração e recomendações sobre criação de animais.

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٠ PLÍNIO (50 anos a.C) = “História Natural dos animais” - Formas de criação e enfermidades.

Entre 1565 a 1821 (Séculos XVI e XIX, Era d.C), surgiram muitos trabalhos, onde o animal era considerado mal necessário, um simples auxiliar dos trabalhos de campos. Dentre estes autores, destacamos: “Palloz, Briffon, Thaer e Dombastes”.

No ano de 1700, um criador, “Robert Bokeml” iniciou um trabalho pioneiro de seleção de raças bovinas.

Nos primeiros tratados sobre a Agricultura, época dos naturalistas (1730), aparecem inseridos nos seus capítulos assuntos dedicados à criação de animais, sobretudo de “Cavalos” voltados para a guerra, destacando-se, nesta fase, os criadores mais esclarecidos, os italianos “Fiaschi, Grisoni e Aldeovani”. O valor do cavalo como “máquina de guerra” continuou a ser a mola propulsora da aplicação dos conhecimentos científicos já existentes na criação de animais.

No ano de 1844, o Conde francês “Adrien de Gasparin” escreveu, “Cours d'Agriculture”; no qual estabeleceu uma distinção formal entre a técnica da cultura das plantas, chamada de AGRICULTURA, da técnica de criação dos animais, a qual propôs o nome de ZOOTECNIA.

B) INSTITUCIONALIZAÇÃO:

Em 1848 foi criado em Paris, o “INSTITUTO AGRONÔMICO DE VERSAILLES”, quando foi adotada a proposição do “Conde de Gasparin”, ou seja, criou-se a primeira “Cátedra”, que é um conjunto de disciplinas de zootecnia.

Em 1849 foi escolhido mediante consenso público o naturalista “Emile Baudement”, o qual apresentou a seguinte tese: “O animal doméstico é uma máquina viva transformadora e valorizadora dos alimentos”.

C) APERFEIÇOAMENTO DAS RAÇAS:

Em consequência das iniciativas da fases anterior, realizaram-se as primeiras experimentações, em que foram aperfeiçoados as raças existentes, suas expansões, iniciando, inclusive a concorrência entre elas.

D) APRIMORAMENTO CIENTÍFICO:

É a atual fase, destacando-se das anteriores por envolver todo o universo científico, onde existir correlacionamento; objetivando atingir a meta final, que é a alta produtividade com economicidade, gerando, consequentemente, produtos de alta qualidade para o mercado consumidor.

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1. ZOOTECNIA COMO ARTE

As evidências acumuladas durante os últimos anos indicam que a agricultura provavelmente teve suas origens no Oriente Médio, embora, ao contrário do que se supunha, não nos vales férteis da Mesopotâmia, que se tornariam centros importantes da primitiva civilização, mas sim nas regiões montanhosas e semi-áridas próximas. Datas determinadas para foices de sílex e moinhos de pedras lá descobertos indicam que antes de 8.000 anos a.C. o homem provavelmente começou a colher grãos naturais e há provas de que, cerca de mil anos depois, já cultivava esses grãos e possuía animais domésticos (Heiser Júnior, 1977).

Segundo Domingues (1981), uma das primeiras realizações do homem primitivo foi criar animais, concomitante ao cultivo dos vegetais, quando deixou de ser nômade (caçador e pescador) e se tornou sedentário, passando a ser pastor e agricultor. Isto na idade da Pedra Polida, cerca de 7.000 anos a.C.

Inicialmente, o homem criou animais para satisfazer seu totemismo (zoolatria), em seguida, com a indisponibilidade de alimentos espontâneos próximos às aldeias, passou a utilizá-los como alimento e, por último, com os rigores climáticos ou intempéries, para proteção.

2. ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA

A distinção formal entre o cultivo de vegetais e a criação de animais se deu em 1844 (Século XIX), quando o Conde Adrien de Gasparin publicou o livro "Cours d'Agriculture", separando definitivamente o estudo dos vegetais cultivados, do dos animais criados pelo homem. O estudo do cultivo dos vegetais já era conhecido com o nome de Agricultura. Para o estudo da criação dos animais domésticos, o autor propôs o termo “Zootechnie”, do grego: zoon = animal, e technê = arte.

Em 1848, com a instalação do Instituto Agronômico de Versailles, em Paris, foi adotada a distinção proposta pelo Conde Adrien de Gasparin, e para o ensino teórico da exploração dos animais domésticos, foi estabelecida a Cátedra de Zootecnia.

A Zootecnia como ciência surgiu em 1849, na França, com a aprovação de uma tese apresentada por Emile Baudement em concurso para a Cátedra de Zootecnia do Instituto Agronômico de Versailles, ao tornar-se o primeiro docente de Zootecnia. Nesta tese, foi estabelecido o princípio teórico que consiste em considerar: “o animal doméstico como uma máquina viva transformadora e valorizadora dos alimentos”, constituindo-se no fundamento de todos os conhecimentos zootécnicos. Assim, constata-se que a arte de criar é remota, enquanto a ciência de criar surgiu há um pouco mais de um século e meio.

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3. CONCEITO, OBJETO, OBJETIVO, IMPORTÂNCIA E RELAÇÃO DA ZOOTECNIA COM OUTRAS CIÊNCIAS

CONCEITO: Em 1929, o Professor Octávio Domingues definiu Zootecnia, como: “Ciência aplicada, que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório, e deste ambiente ao animal”.

Portanto, Zootecnia é a ciência que estuda e aperfeiçoa os animais domésticos e ou de interesse zootécnico em seus aspectos genéticos, nutricionais e de ambiente, visando o aprimoramento da produção de maneira racional. Profissão que está inserida nas atividades econômicas (Produção x produtividade, rentabilidade ao produtor) e sociais (geração de empregos, fixação do homem no campo, produção de alimentos) mais importantes do país.

OBJETO DE ESTUDO: É o “animal doméstico e silvestres de interesse zootécnico” e

visa o perfeito conhecimento deste e dos demais fatores envolvidos no seu processo produtivo, sempre visando alto grau de especialização.

Com relação ao alto grau de especialização, o animal mais produtivo não é o mais aperfeiçoado no sentido geral ou o mais especializado em determinada função produtiva. A "máquina viva" mais perfeita, capaz de oferecer maior retorno econômico, é aquela que está adaptada às condições de criação e exploração.

OBJETIVO DA ZOOTECNIA:É estudar os animais domésticos e outras espécies de interesse

econômico desde a sua origem e domesticação até a sua exploração econômica.

Para fins didáticos, a Zootecnia é subdividida em Zootecnia Geral e Zootecnia Especial.

Em Zootecnia Geral, os animais domésticos são considerados como seres vivos que evoluíram e apresentam características de natureza étnica e zootécnica, influenciando-se por fatores ambientais de ordem natural ou artificial, e que se reproduzem sujeitos às leis da hereditariedade, portanto, capazes de sofrer melhoramento genético. Relaciona-se com o animal propriamente dito, sua reprodução, genética, alimentação, ou seja, os estudos direcionados à adaptação do animal ao meio ambiente. Estuda as normas comuns a todas as espécies de interesse zootécnico

Em Zootecnia Especial, são estudados processos e regimes de criação, variáveis com a finalidade da exploração e o destino dos produtos, com a qualidade dos animais a multiplicar, e com as potencialidades do ambiente criatório. É o estudo individualizado, tendo cada espécie uma técnica ou cultura própria.

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Assim, surge a Zootecnia de cada espécie doméstica, cada uma com sua denominação particular: bovinocultura, bubalinocultura, ovinocultura, caprinocultura, equideocultura, suinocultura, cunicultura, avicultura, estrutiocultura, coturnicultura, apicultura, sericicultura, piscicultura, etc., ou mesmo, daquelas que, embora não ainda consideradas domésticas, sejam exploradas racionalmente, como por exemplo, a ranicultura, ou criação de rãs; a carcinicultura, ou criação de crustáceos; a minhocultura, ou criação de minhocas, etc.

IMPORTÂNCIA:A Zootecnia como ciência investiga, por meio da observação e

da experimentação, os fenômenos biológicos aos quais estão sujeitos os animais domésticos, em determinado ambiente natural ou artificial. Entretanto, não se trata de uma ciência pura, sendo dependente de outras ciências para desenvolver-se. Portanto, além do conhecimento individual, proporcionado pela Anatomia e Fisiologia Animal, a Zootecnia se fundamenta em ciências auxiliares quando da adaptação, alimentação, melhoramento e sanidade animal, gerenciamento da produção e tecnologia de alimentos, destacando-se:

Na Adaptação: Climatologia (Zooclimatologia e Bioclimatologia), Etologia;

Na Alimentação: Nutrição (Bromatologia), Forragicultura, Botânica, Bioquímica, Química e Edafologia;

No Melhoramento Genético Animal: Genética, Estatística, Bioestatística, Matemática e Informática;

Na Sanidade: Medicina Veterinária; No Gerenciamento da Produção: Economia e

Administração; Na Tecnologia de Alimentos: Engenharia de Alimentos.

RELAÇÃO DA ZOOTECNIA COM OUTRAS CIÊNCIAS:Para o perfeito exercício das atividades na área de Zootecnia, exige-

se identidade profissional, determinada pelo Núcleo de Conteúdos Profissionais Essenciais, integrando as subáreas de conhecimento que identificam atribuições, deveres e responsabilidades, segundo Fonseca (2001), assim constituído:

● Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos;● Agronomia;● Bioclimatologia Zootécnica;● Bioquímica;● Biotecnologia Animal;● Bromatologia;● Comunicação e Extensão Rural;● Construções Rurais;● Economia e Administração Agrária;● Ética e Legislação;

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● Ezoognósia e Julgamento Animal;● Fisiologia Animal;● Pastagens e Forragicultura;● Genética e Melhoramento Animal;● Gestão de Recursos Ambientais;● Gestão Empresarial e Marketing;● Industrialização de Produtos de Origem Animal;● Instalações e Equipamentos Zootécnicos;● Matemática;● Mecânica e Máquinas Agrícolas;● Meteorologia e Climatologia Agrícola;● Microbiologia Zootécnica;● Nutrição, Alimentação e Formulação de Rações;● Política e Desenvolvimento Agrário;● Produção Animal;● Profilaxia e Higiene Zootécnica;● Reprodução Animal;● Sociologia Rural;● Solos e Nutrição de Plantas;● Técnicas e Análises Experimentais.

4. A ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA NO BRASIL E A SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA (SBZ)

No Brasil a Zootecnia surgiu por iniciativa de agrônomos e veterinários em Porto Alegre em 24 de setembro de 1952 no Restaurante Rener após encerramento da II Reunião Anual da SBZ - marco inicial dos primeiros movimentos de criação do curso. No Rio de Janeiro, 28 de julho de 1953 - na UFRRJ foi aprovada a matriz curricular proposta por professores representantes da ESALQ/USP - Piracicaba. Em Uruguaiana (RS) 13 anos depois criado primeiro curso cuja aula inaugural aconteceu no dia 13 de MAIO de 1966. Por isso o DIA DO ZOOTECNISTA é comemorado nessa data. Em 1972 morre o Pai da Zootecnia no Brasil, depois de outros cinco cursos criados no país.

4.1 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO

A profissão Zootecnia foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela Lei nº 5.550, e em 12 de julho de 1969 através do parecer 406, Resolução nº 6, fixa-se o currículo mínimo e duração para o curso de Zootecnia; somente em 1984, 15 anos após, surge novo parecer para os então novos currículos.

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4.2 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA

A idéia da fundação da SBZ amadureceu durante a Exposição de Animais de Uberaba, em 1951, quando os zootecnistas presentes incubiram seus colegas de Piracicaba a promoverem a I Reunião Brasileira de Zootecnia, a ser realizada naquela cidade como homenagem ao qüinquagésimo aniversário da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ). O período escolhido foi de 26 a 28 de julho de 1951, coincidindo com a Exposição Nacional de Animais que, naquele ano, se realizaria em São Paulo (Peixoto, 2001).

O professor Octávio Domingues, engenheiro agrônomo graduado pela ESALQ, foi o primeiro presidente da SBZ, tendo conduzido os destinos da Sociedade de 1951 a 1968. Além dessa laboriosa tarefa, segundo o professor Aristeu Mendes Peixoto (2001), coube ao Professor Octávio Domingues o mérito de uma doutrinação tenaz e persistente para imprimir novo sentido aos estudos zootécnicos no Brasil, defendendo a organização de cursos de Zootecnia equiparados aos de Engenharia Agronômica e de Medicina Veterinária, numa época em que a discussão do assunto constituía um verdadeiro tabu. Sob a égide da SBZ e a inspiração do professor Octávio Domingues, o primeiro currículo acadêmico para um curso de Zootecnia foi proposto em 1953, o qual veio a servir de orientação para os cursos de Zootecnia que surgiram no Brasil a partir de 1966, quando se instalou em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, a primeira faculdade de Zootecnia. O segundo foi implantado em 1969 na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o 3º em 1970, na Universidade Federal de Santa Maria - RS, seguiram-se outros, como os de Viçosa, Recife e Jaboticabal.

A Sociedade Brasileira de Zootecnia, no ano de 2000, contava com 1697 sócios, consistindo em uma Sociedade Científica com os seguintes objetivos:

● Promover intercâmbio entre os zootecnistas brasileiros e os estrangeiros, favorecendo as relações profissionais e de amizade;

● Promover reuniões anuais na sede da SBZ ou em outro local a critério da Diretoria;

● Promover reuniões extraordinárias, congressos, conferências ou convenções, nacionais ou internacionais, sobre qualquer assunto da zootecnia e a participação da Sociedade em reuniões promovidas por outras entidades congêneres;

● Levar ao conhecimento de todos os associados, por meio de publicação sistemática, os trabalhos realizados por seus membros, mesmo que na forma de resumo;

● Organizar Comissões especializadas, entre seus membros, para estudar assuntos técnicos de interesse da economia nacional;

● Envidar esforços para o aperfeiçoamento da pecuária no País, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão.

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Constituem publicações periódicas da Sociedade Brasileira de Zootecnia:

● Anais das Reuniões Anuais da SBZ;● Revista Brasileira de Zootecnia● Para conhecimento da Sociedade Brasileira de Zootecnia acesse o Site

da SBZ: http://www.sbz.org.br

4.3 HISTÓRICO DO CURSO DE ZOOTECNIA NA UFRPE

Criação: 13 de julho de 1970 através da Resolução no 12/70, do Conselho de Ensino e Pesquisa, com autorização Conselho de Educação (Parecer no

320/72, de 04 de abril de 1972).

Reconhecimento: 12 de abril de 1976 pelo Decreto no 77.416 da Presidência da República (D.O.U. em 13 de abril de 1976).

5. O ZOOTECNISTA

É o profissional das ciências agrárias responsável pela criação racional de animais domésticos ou daqueles em domesticação (silvestres) de interesse zootécnico. Entendendo criação como todo o complexo que engloba desde o planejamento agropecuário, a pesquisa nas áreas de seleção e melhoramento animal, nutrição na forma de pastagens e rações balanceadas, as instalações que aliam conforto, produtividade e o envolvimento com o meio ambiente, passando pelas relações humanas entre empresários, técnicos e os trabalhadores rurais, finalizando com um produto econômico e de qualidade.

Para o zootecnista, a preocupação começa antes mesmo do animal nascer, com a aplicação de técnicas para melhorar geneticamente as criações; segue ao longo da vida do animal, com o controle da nutrição e do manejo dos rebanhos; e ultrapassa o abate, com a fiscalização dos alimentos produzidos. Compete também ao zootecnista, o registro e o controle dos animais por meio das associações de raças e do supervisionamento das exposições oficiais a que concorrem esses animais.

6. ATIVIDADES DO ZOOTECNISTA

As tarefas dos zootecnistas incluem:

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estudar processos e regimes de criação dos animais domésticos e em domesticação (silvestres);

avaliar geneticamente o rebanho; selecionar os animais para formação do rebanho matriz para

reprodução; determinar o sistema e as técnicas a serem usados em

cruzamentos; determinar o sistema e as técnicas a serem usados no pasto; pesquisar as necessidades nutricionais do rebanho e estabelecer a

dieta adequada aos animais; planejar e avaliar as instalações utilizadas para a criação de animais

visando o conforto e funcionalidade; verificar as condições de higiene e da alimentação dos animais; supervisionar a vacinação, a medicação e inseminação dos animais; determinar e acompanhar formas padronizadas de abate,

preparação e armazenamento; supervisão técnica das exposições oficiais de animais.

Os que se dedicam à administração devem: organizar a produção animal da fazenda; planejar as instalações; estabelecer programas de qualidade; desenvolver novos métodos de exploração; acompanhar preços; comprar e vender animais.

As atividades no campo de estudos e pesquisa são: fazer pesquisa genética em laboratório, para conseguir espécies de

melhor qualidade, mais resistentes e mais férteis; estudar sistemas de cruzamento animal; estudar o aperfeiçoamento dos métodos de abate; pesquisar novos produtos de origem animal para os quais existe

demanda; estudar novos tipos de alimento e complementos alimentares para

os animais; aperfeiçoar métodos de armazenagem; aperfeiçoar métodos de tratamento e despejo de resíduos, para

preservação do meio ambiente; de uma fora geral, aperfeiçoar o desempenho animal através de

técnicas de manejo, e nutrição e melhoramento genético.

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