Histórias de Boa Convivência

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Regras de Boa Convivência • Seja alegre e comunicativo. Um ―bom dia‖, um ―alô‖ custam pouco e rendem muito; • Seja simples e modesto. Se você possui qualidades ―notáveis‖, cedo ou tarde os outros notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições; • Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço; • Por falar nisso, não compre briga porque sai caro; • Interesse-se pelos outros. Só assim os outros acharão você interessante; • Seja um bom conversador deixando que os outros falem mais; • Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro; • Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso; • Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de ―salvar a sua vida‖; • Compreenda que as pessoas que pensam diferente estão sinceramente convencidas de que o errado é você. Extraído do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado.

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Regras de Boa Convivência

• Seja alegre e comunicativo. Um ―bom dia‖, um ―alô‖ custam pouco e rendem muito;

• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades ―notáveis‖, cedo ou tarde os outros

notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições;

• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso

é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço;

• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro;

• Interesse-se pelos outros. Só assim os outros acharão você interessante;

• Seja um bom conversador deixando que os outros falem mais;

• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente

cruza com amigos na rua porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do

encontro;

• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As

pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo

esperem ser elogiados por isso;

• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo.

Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro

passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa

capaz de ―salvar a sua vida‖;

• Compreenda que as pessoas que pensam diferente estão sinceramente convencidas de

que o errado é você.

Extraído do livro de Sonia Jordão: A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado.

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10 passos para uma boa convivência

Saber falar e ouvir

Nem sempre é facil conciliar opiniões.Procure ouvir o que o outro tem a dizer antes de emitir um

ponto de vista, e saiba argumentar de forma moderada e paciente,respeitando as idéias

alheias,mesmo que não esteja de acordo com os seus conceitos.

Estar aberto para o novo

As vezes,é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não temos razão,porém,é importante

reconhecer que a opinião de um colega pode ser melhor do que a nossa.Deixe o orgulho de lado:

O que está em jogo não é apenas o seu ofício,mas a produção de toda uma equipe

Não critique o companheiro(a)

Em muitos casos,podem surgir conflitos entre os colegas,no entanto,é importante não deixar que

isso interfira no trabalho em gupo. Avalie as idéias do outro e seja ético.Critique o conteúdo do

que foi dito,nunca a pessoa.

Aprenda a dividir tarefas

Não ache que você é o único que pode ou sabe realizar determinado serviço. Não monopolize.

Divida os afazeres,compartilhe responsabilidades,idéias e informações.

Faça sua parte

Em um grupo,cada um tem uma tarefa a executar,a qual garante o sucesso do todo. Faça sua

parte não esqueça sua obrigações. Dividir incumbências não é deixar de trabalhar.

Seja participativo e amigo

Procure dar o seu melhor e auxiliar seus companheiros sempre que precisar.Não tenha vergonha

de pedir ajuda,dizer que não sabe nem consegue realizar determinado serviço quando for

necessário.

Dialogue

Ao sentir-se constrangido ou desconfortável com uma situação ou função,é importante que fale,

explique o problema e seja transparente.Assim,fica mais fácil encontrar uma solução que agrade

a todos.

Planeje seu tempo

Para que a produção em equipe seja eficaz é importante ter planejamento e organização.Crie

metas com prazos para realização dos planos. Isso evitará que os integrantes se dispersem e

percam a objetividade.

Cuidado com o ¨Nós somos os melhores¨

Quando o grupo se torna odeso e homogêneo, existe o perigo de ficar imune às mudanças e

opiniões externas.É importante ouvir pontos de vistas diferentes e aceitar o fato de que qualquer

um pode errar.

Cresça com o trabalho em equipe

É uma opurtunidade de se aproximar mais dos colegas,e também para aprender a gerenciar

suas emoções,relacionar-se com outros,crescer, amadurecer e se tornar um ser humano melhor.

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A Fábula do Rei e suas 4 Esposas

Era uma vez... um rei que tinha 4 esposas.

Ele amava a 4ª esposa demais, e vivia dando-lhe lindos presentes, joias e roupas caras.

Ele dava-lhe de tudo e sempre do melhor.

Ele também amava muito sua 3ª esposa e gostava de exibi-la aos reinados vizinhos.

Contudo, ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei.

Ele também amava sua 2ª esposa. Ela era sua confidente e estava sempre pronta para

ele, com amabilidade e paciência. Sempre que o rei tinha que enfrentar um problema, ele

confiava nela para atravessar esses tempos de dificuldade.

A 1ª esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo que estava ao seu alcance para

manter o rei muito rico e poderoso, ele e o reino. Mas, ele não amava a 1ª esposa, e apesar dela

o amar profundamente, ele mal tomava conhecimento dela.

Um dia, o rei caiu doente e percebeu que seu fim estava próximo. Ele pensou em toda a

luxúria da sua vida e ponderou: É, agora eu tenho 4 esposas comigo, mas quando eu morrer,

com quantas poderei contar?

Então, ele perguntou à 4ª esposa: Eu te amei tanto, querida, te cobri das mais finas

roupas e joias. Mostrei o quanto eu te amava cuidando bem de você. Agora que eu estou

morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?

De jeito nenhum! respondeu a 4ª esposa, e saiu do quarto sem sequer olhar para trás. A

resposta que ela deu cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.

Tristemente, o rei então perguntou para a 3ª esposa: Eu também te amei tanto a vida

inteira. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar

sozinho?

Não!!!, respondeu a 3ª esposa. A vida é boa demais!!! Quando você morrer, eu vou é

casar de novo.

O coração do rei sangrou e gelou de tanta dor. Ele perguntou então à 2ª esposa: Eu

sempre recorri a você quando precisei de ajuda, e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu

morrer, você será capaz de morrer comigo, para me fazer companhia?

Sinto muito, mas desta vez eu não posso fazer o que você me pede! respondeu a 2ª

esposa. O máximo que eu posso fazer é enterrar você!

Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei, e mais uma vez ele ficou arrasado.

Daí, então, uma voz se fez ouvir: Eu partirei com você e o seguirei por onde você for... O rei

levantou os olhos e lá estava a sua 1ª esposa, tão magrinha, tão mal nutrida, tão sofrida...

Com o coração partido, o rei falou: Eu deveria ter cuidado muito melhor de você enquanto

eu ainda podia...

Na verdade, nós todos temos 4 esposas nas nossas vidas...

Nossa 4ª esposa é o nosso corpo. Apesar de todos os esforços que fazemos para mantê-lo

saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos...

Nossa 3ª esposa são as nossas posses, as nossas propriedades, as nossas riquezas.

Quando morremos, tudo isso vai para os outros.

Nossa 2ª esposa são nossa família e nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e

estarem sempre nos apoiando, o máximo que eles podem fazer é nos enterrar...

E nossa 1ª esposa é a nossa ALMA, muitas vezes deixada de lado por perseguirmos,

durante a vida toda, a Riqueza, o Poder e os Prazeres do nosso Ego... Apesar de tudo, nossa

Alma é a única coisa que sempre irá conosco, não importa aonde formos...

Então... Cultive... Fortaleça... Bendiga... Enobreça... sua Alma agora!!! É o maior presente

que você pode dar ao mundo... e a si mesmo. Deixe-a brilhar!!!

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As Bananas

Numa experiência científica um grupo de cientistas, colocou cinco macacos numa

jaula.

No meio uma escada e sobre ela um cacho de bananas.

Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas

jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam

e batiam muito nele.

Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da

tentação das bananas.

Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa

que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros que o surraram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.

Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto

participado com entusiasmo da surra ao novato.

Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu.

Um quarto e, afinal, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas então ficaram com o grupo de cinco macacos que, mesmo nunca

tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as

bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse

subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, mas as coisas sempre foram

assim por aqui".

Albert Einstein dizia:

"É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito".

Page 5: Histórias de Boa Convivência

O Vendedor de balões

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.

Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou

um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo,

desse modo, uma multidão de jovens compradores de

balões.

Havia ali perto um menino negro.

Estava observando o vendedor e, é claro

apreciando os balões.

Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem

soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um

branco.

Todos foram subindo até sumirem de vista.

O menino, de olhar atento, seguia a cada um.

Ficava imaginando mil coisas...

Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.

Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:

- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os

outros?

O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a

linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:

- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.

Anthony de Mello.

Page 6: Histórias de Boa Convivência

Cachorrinho Manco

Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes 'a venda.

"Entre 30 e 50 dólares", respondeu o dono da loja.

O menino puxou uns trocados do bolso e disse:

- "Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes?"

O dono da loja sorriu e chamou Lady, que veio correndo, seguida de cinco

bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.

Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:

- "O que é que ha com ele?"

O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele

tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino

se animou e disse:

- "Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"

O dono da loja respondeu:

- "Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele,

eu lhe dou de presente."

O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu

dedo apontado, disse:

- "Eu não quero que você o de para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto

qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou 2,37 dólares agora

e 50 centavos por mês, ate completar o preço total."

O dono da loja contestou:

- "Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder

correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos."

Ai', o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calca para cima, mostrando a

sua perna com um aparelho para andar.

Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

- "Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém

que entenda isso."

Page 7: Histórias de Boa Convivência

A Importância do Perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no

assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na

horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai

dissesse alguma coisa, fala irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo.

Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho

que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele

ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um

saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou,

calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o

pai lhe propõe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o

seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a

ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois

eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O

varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma

hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se

aproxima do menino e lhe pergunta:

- Filho como está se sentindo agora?

- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na

camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e

carinhoso lhe fala:

- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho

onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os

olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você

O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que

possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos,

a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;

Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;

Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;

Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;

Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

Page 8: Histórias de Boa Convivência

Estrelas do Mar

Era uma vez um escritor que morava em uma tranquila praia, junto de uma

colônia de pescadores.

Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava

em casa escrevendo.

Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar.

Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-

mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

"Por que está fazendo isso?"- perguntou o escritor.

―Você não vê!‖ - explicou o jovem- ―A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas

irão secar e morrer se ficarem aqui na areia".

O escritor espantou-se.

"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e

centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz?

Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.‖

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o

escritor.

"Para essa aqui eu fiz a diferença...".

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer

dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem,

uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-

do-mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que

querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!

Page 9: Histórias de Boa Convivência

Assembleia na carpintaria

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia.

Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria

que renunciar.

A causa?

Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso,

dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da

lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em

atritos.

A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os

outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho.

Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.

Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.

Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:

"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com

nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos

pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."

A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a

lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e

negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros,

florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.

Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!

Page 10: Histórias de Boa Convivência

Barulho de Carroça

Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com

prazer.

Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai. É uma

carroça vazia ...

Perguntei ao meu pai:

- Como pode saber que a carroça está

vazia, se ainda não a vimos? - Ora,

respondeu meu pai. É muito fácil

saber que uma carroça está vazia, por causa do

barulho.

Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais,

inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz

do meu pai dizendo:

Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...

Page 11: Histórias de Boa Convivência

Há Sempre Alguém

O mundo inteiro está cheio de pessoas.

Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.

Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.

Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude vencer a timidez.

Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para brincar.

Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.

Há pessoas fortes que precisam de alguém que as faça pensar na melhor maneira de

usarem a sua força.

Há pessoas habilidosas que precisam de alguém para ajudar a descobrir a melhor

maneira de usarem a sua habilidade.

Há pessoas que julgam que não sabem fazer nada e precisam de alguém que as ajude a

descobrir o quanto sabem fazer.

Há pessoas apressadas que precisam de alguém para lhes mostrar tudo o que não tem

tempo para ver.

Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros.

Há pessoas que se sentem de fora e precisam de alguém que lhes mostre o caminho de

entrada.

Há pessoas que dizem que não servem para nada e precisam de alguém que as ajude a

descobrir como são importantes.

Precisam de alguém Talvez de ti ...

Page 12: Histórias de Boa Convivência

A Ratoeira

Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um

pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali.

Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira.

Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos:

"Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa."

A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:

"Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas

não me prejudica em nada, não me incomoda."

O rato foi até o porco e disse a ele:

"Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira."

"Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.

Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse:

"O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!"

Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do

fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A

mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a

ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa.

A cobra picou a mulher.

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo

mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e muitas

Pessoas vieram visitá-la.

Muita gente veio vê-la o fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo

aquele povo.

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e

acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na

casa, toda a fazenda corre risco.

Page 13: Histórias de Boa Convivência

A Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais

rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do

que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e

que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem

fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em

humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o

que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes

quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante não dizer palavrões.

Sobrenome, joias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de

uma forma não arrogante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar

imitá-la é improdutivo.

Educação enferruja por falta de uso.

Page 14: Histórias de Boa Convivência

Fábula dos Sapos no Poço

Em certo lugar, havia um bando de sapos habitando um poço.

A boca desse poço era muito estreita e não permitia ter a ampla visão do exterior,

sendo possível apenas enxergar um pedaço do céu azul.

Certo dia, um sapo que morava num lago, em sua caminhada, passou por esse

poço e olhou para dentro dele.

-'Quem está olhando daí?' - perguntou um dos sapos de dentro do poço.

-'Sou o sapo que veio do lago. Por que você mora num lugar tão apertado como

este?', disse lá de cima o sapo do lago.

-'Lago? O que é lago? Onde existe isso?', perguntaram do poço.

-'O lago é um lugar que tem bastante água. Não é tão longe.

Tanto que pude vir passear até aqui.'

-'O lago é grande? '

-'Se é grande? É bem maior do que isto!'

-'Que tamanho tem? Dessa pedra?', perguntaram apontando uma das pedras que

cercavam a boca do poço.

-'Imaginem! Vocês acham que é tão pequeno?'

-'Então deve ser desse tamanho', e apontaram um pedaço de tábua que tinha

caído no poço.

-'Não é pequeno assim, não.'

-'Então tem o tamanho desse poço inteiro?'

-'Que nada! Tem extensão bilhões de vezes maior do que este poço. Daqui também

dá para ver o lago.

Venham até aqui, que mostro para vocês', assim respondeu o sapo do lago.

Mas os sapos do poço não quiseram acreditar. E começaram a gritar

ruidosamente em coro:

-'Onde se viu tamanho absurdo? Você deve ser mentiroso. Deve estar tramando

alguma coisa contra nós. Não queremos mais saber da sua conversa. Vá embora daqui!"

"...Sendo todos nós filhos de Deus, na verdade deveríamos estar vivendo num

oceano vasto e sem restrições.

Mas, estamos vivendo num mundo cheio de inconveniências, insatisfações,

provações e deficiências em todos os sentidos, porque iludimos a nós próprios e nos

negamos a sair para o oceano da Verdade, como 'os sapos do poço' desta fábula."

Page 15: Histórias de Boa Convivência

Valor aos Humildes

Durante meu primeiro ano da faculdade, nosso professor nos deu um

questionário.

Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última:

"Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da

escola?".

Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto

a tal mulher várias vezes.

Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas

como eu ia saber o primeiro nome dela?

Eu entreguei meu teste deixando essa questão em

branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno

perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.

"É claro!", respondeu o professor. "Na sua carreira, você encontrará muitas

pessoas.

Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja

com um simples sorriso ou um simples "alô".

Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro

nome dela era Dorothy.

Page 16: Histórias de Boa Convivência

10 Dicas para ser amável...

1. Sorria Sempre e trate bem os outros.

2. Trate as pessoas com educação.

3. Não fale mal do próximo.

4. Trate as pessoas com humildade.

5. Trate os outros com Educação e respeito.

6. Respeite os mais velhos e mais necessitados...

7. Se estiver estressado não desconte nos outros...

8. Se machucou alguém com palavras peça desculpas.

9. Não faça comentários negativos sobre ninguém.

10. Se puder ajude o seu próximo, até palavras de ânimo em momentos difíceis ajuda

muito.

Luciano Soares

Page 17: Histórias de Boa Convivência

Lenda oriental

Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um

oásis junto a um povoado e aproximando-se de um velho perguntou-lhe:

- "Que tipo de pessoa vive neste lugar?"

- "Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ?" – perguntou por sua vez o

ancião.

- "Oh, um grupo de egoístas e malvados. - replicou o rapaz - Estou satisfeito de

haver saído de lá."

A isso o velho replicou:

- "A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui."

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o

ancião perguntou-lhe:

- "Que tipo de pessoa vive por aqui ?"

O velho respondeu com a mesma pergunta: - Que tipo de pessoa vive no lugar de

onde você vem ?

O rapaz respondeu:

- "Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito

triste por ter de deixá-las".

- "O mesmo encontrará por aqui"- respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho :

- "Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?"

Ao que o velho respondeu :

- "Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada

encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por

aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui porque, na verdade,

a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter

controle absoluto".

Infunda em si mesmo a ideia do sucesso.

O primeiro requisito essencial a todo homem para encontrar uma vida digna de

ser vivida, é ter uma atitude mental positiva.

Page 18: Histórias de Boa Convivência

O Pote Rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados

em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessado em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura. Enquanto o outro era perfeito e sempre

chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe, o outro

chegava apenas com a metade da água.

Foi assim por dois anos, diariamente: o carregador entregando um pote e meio de

água na casa do chefe.

Claro que o pote estava orgulhoso de suas realizações.

Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição e sentindo-se

miserável por ser capaz de realizar apenas metade do que ele havia designado a fazer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para

o homem, um dia a beira do poço:

Estou envergonhado e quero pedir-lhe desculpas.

Por que? - perguntou o homem

- De que você esta envergonhado?

Nestes dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade de minha carga,

porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da

casa de seu senhor.

Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho e não ganha o

salário completo dos seus esforços. Disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão, falou: quando

retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do

caminho.

De fato, a medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as

flores selvagens ao longo do caminho, e isto lhe deu certo ânimo.

Mas ao final da estrada, o pote rachado ainda se sentia mal porque tinha a

metade e de novo, pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse, então, o homem ao

pote:

Você notou que pelo caminho só havia flores do seu lado? Eu, ao conhecer o seu

defeito, tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no seu caminho. E cada dia,

enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para

ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que é, ele não poderia ter esta

beleza para dar graça a sua casa.

"Cada um de nós temos os nossos "defeitos", todos nós somos potes rachados".

Porém se permitirmos, podemos usar estes nossos defeitos para embelezar as nossas

vidas.

Nunca devemos ter medo dos nossos defeitos.

Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza.

Das nossas fraquezas podemos tirar forças.

Page 19: Histórias de Boa Convivência

O Taxista...

Há vinte anos, eu ganhava a vida como motorista de táxi. Encontrei pessoas cujas vidas

surpreenderam-me, enobreceram-me, fizeram-me rir e chorar.

Nenhuma tocou-me mais do que a de uma velhinha que eu peguei tarde da noite.

Era agosto.

Eu havia recebido uma chamada de um pequeno prédio de tijolinhos de quatro andares,

em uma rua tranquila de um subúrbio da cidade.

Quando eu cheguei às 02.30 horas da madrugada, o prédio estava escuro, com exceção

de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo. Assim fui até a porta e bati. "Um minuto",

respondeu uma voz débil e idosa.

Uma octogenária pequenina apareceu. Ao seu lado havia uma pequena valise de nylon.

Toda sua mobília estava coberta por lençóis. Não havia relógios, roupas ou utensílios

sobre os móveis.

Eu peguei a mala e caminhei vagarosamente para o meio-fio, ela ficou agradecendo

minha ajuda.

Quando embarcamos, ela deu-me o endereço e pediu:

- O Sr poderia ir pelo centro da cidade?

- Não é o trajeto mais curto - alertei-a prontamente.

- Eu não me importo. Não estou com pressa, pois meu destino é um asilo de velhos. Eu

olhei pelo retrovisor. Os olhos da velhinha estavam marejados, brilhando.

- Eu não tenho mais família - continuou - O médico diz que tenho pouco tempo.

Eu disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei:

- Qual o caminho que a Sra. deseja que eu tome?

Nas duas horas seguintes circulamos pela cidade.

Ela mostrou-me o edifício que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista.

Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados

em outros tempos, hoje um depósito de móveis, que havia sido um grande salão de dança que

ela frequentara quando mocinha.

De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou

esquina - ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada. Quando o primeiro raio

de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:

- Eu estou cansada. Vamos agora!

Viajamos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado.

Chegamos a uma casa de repouso. Dois atendentes caminharam até o taxi, assim que ele

parou.

Eu abri a mala do carro e levei a pequena valise para a porta.

A senhora já estava sentada em uma cadeira de rodas.

- Quanto lhe devo? - ela perguntou, pegando a bolsa.

- Nada - respondi.

- Você tem que ganhar a vida, meu jovem.

- Há outros passageiros - respondi.

Quase sem pensar, eu curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente.

- Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria.

- Obrigado.

Apertei sua mão e caminhei no lusco-fusco da alvorada. Atrás de mim uma porta foi

fechada

Ao relembrar, não creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida.

Page 20: Histórias de Boa Convivência

Bolinha de papel

Quando mais jovem, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva e na menor

provocação, explodia magoando meus amigos.

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e

me esforçava por consolar a quem tinha magoado.

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de

raiva, e me entregou uma folha de papel lisa e dizendo:

Amasse-a!

Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

Agora – voltou a dizer-me, deixe-a como estava antes.

É óbvio que não pude deixa-la como antes. Por mais

que tentei, o papel ficou cheio de dobras.

Então, disse-me o professor:

O coração das pessoas é como esse papel... a

impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.

Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.

Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos

consertar o erro, mas muitas vezes é tarde demais.

Alguém disse, certa vez:

"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio". (Manuella Coelho)

Page 21: Histórias de Boa Convivência

As duas vizinhas

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra.

Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.

Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e

resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde.

Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria:

- Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum

motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas

boas e velhas amigas.

Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar

no caso. Pelo caminho foi matutando:

- Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu

não vou deixar barato.

Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação.

Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um

lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca.

"Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse 'maravilhoso' presente.

Vamos ver se ela vai gostar dessa".

Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito

sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente".

Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou. Que ela está propondo com

isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá. Alguns dias depois dona

Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo

papel.

— É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou!

Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas

flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem:

"Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas

com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim.‖

"AFINAL, CADA UM DÁ O QUE TEM EM ABUNDÂNCIA EM SUA VIDA".

Page 22: Histórias de Boa Convivência

A Bolacha

Era uma vez uma moça que estava à espera de seu voo, na sala de embarque de

um grande aeroporto.

Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para matar

o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas.

Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar

e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem.

Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu

indignada, mas não disse nada.

Apenas pensou : "Mas que cara de pau ! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria

um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!!!"

A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava

tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela

pensou:

"Ah. O que será que este abusado vai fazer agora?" Então o homem dividiu a

última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!! Aquilo era demais !!!

Ela estava bufando de raiva ! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se dirigiu

ao local de embarque.

Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião

olhou dentro da bolsa para pegar uma caneta, e, para sua surpresa, o pacote de

bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho !!!

Ela sentiu tanta vergonha! Só então ela percebeu que a errada era ela sempre tão

distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua

bolsa....

O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou

revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as

dela com ele.

E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas!

Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos

outros, e não temos a consciência disto?

Antes de concluir, observe melhor!

Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa!

Não pense o que não sabe sobre as pessoas.

Existem quatro coisas na vida que não se recuperam:

- a pedra, depois de atirada;

- a palavra, depois de proferida;

- a ocasião, depois de perdida;

- e o tempo, depois de passado".

Page 23: Histórias de Boa Convivência

Milho Bom

Esta é a história de um fazendeiro que venceu o prêmio "milho-crescido".

Todo ano ele entrava com seu milho na feira e ganhava o maior prêmio.

Uma vez um repórter de jornal o entrevistou e

aprendeu algo interessante sobre como ele cultivou o

milho.

O repórter descobriu que o fazendeiro

compartilhava a semente do milho dele com seus

vizinhos.

"Como pode você se dispor a compartilhar sua

melhor semente de milho com seus vizinhos quando eles

estão competindo com o seu em cada ano ?" - perguntou o

repórter.

Por que ?" - disse o fazendeiro,

- "Você não sabe ? O vento apanha pólen do milho maduro e o leva através do

vento de campo para campo. Se meu vizinhos cultivam milho inferior, a polinização

degradará continuamente a qualidade de meu milho. Se eu for cultivar milho bom, eu

tenho que ajudar meu vizinhos a cultivar milho bom".

Ele era atento às conectividades da vida.

O milho dele não pode melhorar a menos que o milho do vizinho também melhore.

Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam

em paz.

Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem.

E aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a achar a felicidade,

pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.

A lição para cada um de nós se formos cultivar milho bom, nós temos que ajudar

nossos vizinhos a cultivar milho bom.

Page 24: Histórias de Boa Convivência

Para que Gritar ?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos :

"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?" "Gritamos porque

perdemos a calma", disse um deles.

"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", questionou

novamente o pensador.

"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro

discípulo.

E o mestre volta a perguntar :

"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"

Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu :

"Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"

O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam

muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao

outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?

Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito

perto. A distância entre elas é pequena.

Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.

E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se

olham, e basta.

Seus corações se entendem.

É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.

Por fim, o pensador conclui, dizendo:

"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam

palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta

que não mais encontrarão o caminho de volta".

Page 25: Histórias de Boa Convivência

As Três Peneiras

Olavo foi transferido de projeto, logo no primeiro dia, para fazer média com o novo

chefe, saiu-se com esta:

- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram

que ele...

Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, apartou:

- Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três

peneiras?

- Peneiras? Que peneiras, chefe?

- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é

absolutamente verdadeiro?

- Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram.

Mas eu acho que...

E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:

- Então sua historia já vazou a primeira peneira. Vamos então para segunda

peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também

dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Deus me livre, chefe - diz Olavo, assustado.

- Então, - continua o chefe - sua historia vazou a segunda peneira.

- Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo

necessário me contar esse fato ou mesmo passa-lo adiante?

- Não, chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que

eu iria contar - fala Olavo, surpreendido.

- Pois é, Olavo, já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem

essas peneiras? diz o chefe e continua:

- Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo destas três

peneiras: VERDADE - BONDADE - NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de

passa-lo adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS,

PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS,

PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS.

Page 26: Histórias de Boa Convivência

Difícil convivência

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos,

assim se agasalhavam e se protegiam

mutuamente.

Mas os espinhos de cada um feria os

companheiros mais próximos, justamente os

que forneciam calor. E, por isso, tornaram a

se afastar uns dos outros. Voltaram a

morrer congelados e precisavam fazer uma

escolha:

Desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os

espinhos do semelhante.

Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito

próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

Sobreviveram.

Assim, o melhor grupo não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele

onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.

Page 27: Histórias de Boa Convivência

A Estória do lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:

- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma

história sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as

palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando

crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que,

se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer

nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e

Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que

estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis

sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto,

saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser

uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que

usemos uma borracha para apagar aquilo que estava

errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não

é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da

justiça".

"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua

forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que

acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da

mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser

consciente de cada ação".

Page 28: Histórias de Boa Convivência

Lençol sujo

Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher

reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou

com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!

- Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela

quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava

lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade

perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a

vizinha pendurava suas roupas no varal.

Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos

sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou?

O marido calmamente respondeu:

- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

E assim é.

Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.

Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus

próprios defeitos e limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de

você mesmo.

Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos.

Lave sua vidraça.

Abra sua janela !!!

Page 29: Histórias de Boa Convivência

Pessoas Diferentes

Quando perguntávamos aos entrevistados de uma pesquisa qual a razão da

admiração que sentiam por quem consideravam "pessoas especiais", a resposta era

quase sempre esta :

Essa pessoa é "diferente!"

E quando perguntávamos:

-"Diferente" em quê?

A resposta era quase sempre:

-"Diferente" em tudo!

De fato, as pessoas especiais, sejam elas o que forem, são "diferentes" das

demais.

Elas pensam de forma diferente.

Agem de forma diferente.

Enxergam a vida e o mundo de maneira diferente.

Elas são mais positivas.

Acreditam em si próprias.

Conseguem enxergar oportunidades nas crises.

Elas participam mais. Comprometem-se mais.

Terminam as coisas que começam.

Dão atenção aos detalhes em tudo o que fazem.

São polidas e educadas e além da "boa intenção" tem muita sensibilidade e

empatia para colocar-se no lugar das outras pessoas.

Elas ouvem, mais do que falam.

Elas respeitam as opiniões alheias.

Elas sabem dizer "eu não sei" e dizem com frequência "eu não compreendi...".

São pessoas simples e objetivas.

Não usam vocabulário rebuscado e complexo.

Falam e agem com simplicidade e têm muito foco em tudo o que fazem.

Daí a "diferença".

A diferença positiva está mais na simplicidade do que na complexidade, mais na

humildade do que na arrogância, mais no "ser" do que no "ter".

Page 30: Histórias de Boa Convivência

Como usar as palavras

Certa vez, uma jovem foi ter com um sábio para confessar seus pecados.

Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas. Não que ela fosse má, mas

costumava falar dos amigos, dos conhecidos, deduzindo histórias sobre eles.

Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal - sem

nenhum proveito para ninguém.

O sábio disse:

- Minha filha você age mal falando dos outros; tenho que lhe dar um dever.

Você deverá comprar uma galinha no mercado e depois caminhar para fora da

cidade. Enquanto for andando, deverá arrancar as penas e ir espalhando-as.

Não pare até ter depenado completamente a ave. Quando tiver feito isso, volte e

me conte.

Ela pensou como os seus botões que era mesmo um dever muito singular!

Mas não objetou. Comprou a galinha, saiu da caminhando e arrancando as

penas, como ele dissera. Depois voltou e contou ao sábio.

- Minha filha - disse o sábio - você completou a primeira parte do dever.

Agora vem o resto.

- Sim senhor, o que é?

- Você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.

- Mas senhor é impossível! A esta hora o vento já as espalhou

por todas as direções. Posso até conseguir algumas, mas não

todas!

- É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que

acontece com as palavras tolas que você deixa sair?

Não é verdade que você inventa histórias que

vão sendo espalhadas por aí, de boca em

boca, até ficarem fora do seu

alcance???

Será que você conseguiria segui-las e cancela-las se desejasse?

- Não, senhor.

- Então, minha filha, quando você sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre

seus amigos, feche os lábios. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu

caminho. Elas ferem, magoam, e te afastam do principal objetivo da vida que é ter

amigos e ser feliz!!! Pense nisso... e use apenas lindas palavras...

Page 31: Histórias de Boa Convivência

Faça a sua parte

Um incêndio avançava sobre a floresta destruindo tudo o que encontrava pelo

caminho.

Os animais, assustados correm para se proteger na outra margem do rio.

O "rei" leão procura por todos os seus amigos: lá estão os sapos, as cobras, os

esquilos, as cabras, coiotes, os macacos, enfim, todos os animais.

Com isso, ele sorri satisfeito pensando, pelo menos aqui todos estão seguros

Perto dali o pequenino beija-flor enche seu biquinho com água do rio

voa e do alto solta aquelas gotas sobre o

imenso fogo.

Depois do quinto mergulho na água o

leão faz a pergunta esperada por todos:

Beija-flor, você acha que vai

conseguir apagar este incêndio

com estas gotinhas?

Não, responde a

pequenina ave, mas estou

fazendo a minha parte!

Se todos colaborarmos, sem buscar recompensas, tudo ficará melhor com o passar

do tempo e a ajuda de uns fará a vida de outros muito melhor ou, pelo menos, menos

pior.

Concentre-se em fazer a sua parte e procure fazê-la muito bem feita.

Page 32: Histórias de Boa Convivência

Eco da Vida

Um pequeno garoto e seu Pai caminhavam pelas montanhas.

De repente o garoto cai, se machuca e grita :

- Aai !!!

Para sua surpresa escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha :

- Aai !!!

Curioso, pergunta :

- Quem é você ?

Recebe como resposta :

- Quem é você ?

Contrariado, grita :

- Seu covarde !!!

Escuta como resposta :

- Seu covarde !!!

Olha para o pai e pergunta aflito : - O que é

isso ?

O Pai sorri e fala:

- Meu filho, preste atenção!!!

Então o pai grita em direção a montanha:

- Eu admiro você !

A voz responde:

- Eu admiro você!

De novo o homem grita: - Você é um

campeão !

A voz responde:

- Você é um campeão!

O garoto fica espantado sem entender nada.

Então o pai explica:

As pessoas chamam isso de ECO, mas na verdade isso é a VIDA. Ela lhe dá de

volta tudo o que você diz ou faz.

Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações.

Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração.

Se você quer mais responsabilidade da sua equipe, desenvolva a sua

responsabilidade.

Se você quer mais tolerância das pessoas, seja mais tolerante.

Se você quer mais alegria no mundo, seja mais alegre.

Tanto no plano pessoal quanto no profissional, a vida vai lhe dar de volta o que

você deu a ela.

SUA VIDA NÃO É UMA COINCIDÊNCIA;

SUA VIDA É A CONSEQÜÊNCIA DE VOCÊ MESMO !!!

Page 33: Histórias de Boa Convivência

Lenda chinesa - Lin e a Sogra

Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da

sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra. Os temperamentos

eram muito diferentes e Lin se irritava com os hábitos e costumes da sogra, que criticava cada

vez mais com insistência.

Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a

ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as

tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a

serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo. Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver

com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho

amigo do seu pai. Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num

ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: - ―Para te livrares da

tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia

causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia

após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás

ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os

seus problemas‖. Lin respondeu: Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda‖. Lin ficou muito

contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra. Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada

especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para

evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se

fosse a sua própria mãe. Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu

temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve uma única

discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com

ela. As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha.

Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe: ―Mestre, por favor,

ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa

mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa

do veneno que lhe dou.‖ Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: ―Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou.

Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno

estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a

dedicar‖. Na China, há um provérbio que diz: ―A pessoa que ama os outros também será amada‖. E

os árabes têm outro provérbio: ―O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós

odiamos‖.

As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão vir a ser as que mais nos darão

alegrias no futuro. Invista nelas... cative-as, ouça-as, cruze seu mundo com o mundo delas.

Plante sementes. Não espere o resultado imediato... colha com paciência. Esse é o único investimento que jamais se perde. Se as pessoas não ganharem, você, pelo

menos, ganhará: Paz interior, experiência e consciência de que fez o melhor.