História natural da doença 2ª aula 2009
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História Natural daDoença
5/3/20092ª Aula
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA NÍVEIS DE PREVENÇÃO
I - História Natural da Doença • 1 - Padrões de progressão da doença • 2 - Determinação da História Natural da Doença • 3 - Fases da história natural da doença
– a) Período de pré-patológica
– b) Período de patológico
II - Classificação das medidas preventivas
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 1 - PADRÕES DE PROGRESSÃO DAS DOENÇAS: As doenças progridem de maneira idêntica no organismo?
CATEGORIAS DE PROGRESSÃO:
• Evolução aguda, rápidamente fatal.
• Evolução aguda, clinicamente evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos.
• Evolução sem alcançar o limiar clínico, de modo que o indivíduo só saberá do ocorrido se for submetido a exames clínicos.
• Evolução crônica, que se manifesta e progride para o óbito após longo período.
• Evolução crônica, com períodos assintomáticos entremeados de exarcebações clínicas.
• 2 - DETERMINAÇÃO DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA:
• Significado da palavra natural? • O homem pode interferir na história natural da doença? DEFINIÇÃO (LEVEL E CLARK (1976): • Conjunto de processos interativos, compreendendo as
inter-relações do agente, do indivíduo susceptível e do meio ambiente, que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
• COMO É DETERMINADA A HISTÓRIA NATURAL DE UMA DOENÇA?
– • demanda dos serviços de saúde.
– • pesquisas de base populacional
• Exemplo: • Nr de Casos de Diarreia vindos duma
determinada região; • A Epidemiologia é a disciplina que estuda a
história natural da doença, ou seja do PROCESSO SAÚDE-DOENÇA.
• 3 - FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA:
– • período de pré-patológico ou epidemiológico
– • período de patológico
• A) PERÍODO PRÉ-PATOLÓGICO:
• Não há doença, existem condições que favorecem seu aparecimento.
• as pessoas apresentam o mesmo risco de adoecer?
• as pessoas não nascem nem vivem iguais => fatores de risco ou de proteção;
Exemplos de factores que influenciam directamente no processo saúde doença • Factores políticos e sócio-econômicos:
– • baixo poder de compra
– • habitação inadecuada
– • falta de estímulo agrícola
– • desemprego
– • pobreza
– • falta de escolas
– • latifúndios
– • escassez de alimentos
• Fatores culturais:
– • hábitos alimentares
– • desmame precoce
– • uso abusivo de medicamentos
– • superstições, falta de higiene pessoal e doméstica
– . Ignorância
– Crendices
• Fatores ambientais:
– • água contaminada
– • falta de esgotamento sanitário (saneamento do meio)
– • alimentos contaminados
– • contaminação hospitalar
– • solo fecal
– • lixo
– • moscas
– • agentes patogênicos
– • fatores nutricionais
• B) PERÍODO DE PATOLÓGICO:
• Antes e após o aparecimento dos sintomas.
• Fase patológica pré-clínica : alterações no organismo
• vantagens do diagnóstico precoce • fase de “interação estímulo-susceptível”
Fase clínica:
• A intensidade é a mesma para todos os indivíduos?
• Todos procuram os serviços de saúde? • “ponta do Iceberg” => demanda
espontânea por serviços de saúde. “Desenlace”: cura, cronicidade, invalidez
ou morte.
II - CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS
• As medidas preventivas destinam-se a evitar o aparecimento do estágio seguinte da história natural da doença.
• PREVENÇÃO PRIMÁRIA: ~Manutenção da saúde ou prevenção da ocorrência da fase patológica.
• inespecíficas, gerais ou de promoção de saúde:
– • moradia adequada
– • escolas
– • áreas de lazer
– • alimentação adequada
– • educação em todos os níveis
• de proteção específica:
– • imunização
– • saúde ocupacional
– • higiene pessoal e do lar
– • proteção contra acidentes
– • aconselhamento genético
– • controle de vetores
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: • É realizada já sob a acção do agente patogênico. Compreende:
• Diagnóstico precoce:
– • inquéritos para descoberta de casos na comunidade
– • exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos
– • isolamento para evitar a propagação de doenças
– • tratamento para evitar a progressão da doença
• Limitação da incapacidade:
– • evitar futuras complicações
– • evitar seqüelas
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Fase final do processo => visam desenvolver a capacidade residual do indivíduo
– • fisioterapia, terapia ocupacional, empregos especiais para os reabilitados, etc.
Bibliografia
• Epidemiologia Teoria e Prática
De Mauricio Gomes Pereira