História e Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte p/ Concurso MP-RN

40
Aula 00 História e Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte p/ Ministério Público-RN (Todos os Cargos) Professor: Leandro Signori 00000000000 - DEMO

Transcript of História e Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte p/ Concurso MP-RN

  • Aula 00

    Histria e Aspectos Geoeconmicos do Rio Grande do Norte p/ Ministrio Pblico-RN(Todos os Cargos)

    Professor: Leandro Signori

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 38

    AULA 00 - Aspectos Geoeconmicos do Rio Grande do Norte: Aspectos Fsicos do Rio Grande do Norte - Geologia, Clima, Solo, Hidrografia e Vegetao.

    Caros alunos,

    com imenso prazer que nos encontramos no ESTRATGIA

    CONCURSOS para esta jornada em busca de um excelente resultado na

    disciplina de HISTRIA E ASPECTOS GEOECONMICOS DO RIO GRANDE

    DO NORTE no concurso do MINISTRIO PBLICO ESTADUAL TODOS OS

    CARGOS.

    Sou o Professor Leandro Signori, gacho de Lajeado. Ingressei no servio

    pblico com 21 anos e j trabalhei nas trs esferas da administrao pblica

    municipal, estadual e federal - o que tem sido de grande valia para a minha

    formao profissional servidor e docente. Nas Prefeituras de Porto Alegre e

    So Leopoldo desenvolvi minhas atividades nas respectivas secretarias

    municipais de meio ambiente; na administrao estadual, fui servidor da

    Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), estatal do governo do Rio

    Grande do Sul.

    Fui tambm servidor pblico federal no Ministrio da Integrao Nacional,

    onde trabalhei como Gegrafo com planejamento territorial e desenvolvimento

    regional.

    Graduei-me em Geografia Licenciatura - pela Universidade Federal do

    Rio Grande do Sul (UFRGS) e Bacharel - pelo UNICEUB em Braslia. A

    oportunidade de exercer a docncia e poder alcanar o conhecimento necessrio

    para a aprovao dos meus alunos me inspira diariamente e me traz grande

    satisfao. Como professor em cursos preparatrios on line e presencial ministro

    as disciplinas de Atualidades, Conhecimentos Gerais, Realidade Brasileira e

    Geografia.

    Feita a minha apresentao, agora vamos falar do curso.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 38

    O curso ser de teoria e exerccios, no qual vamos contemplar todos os

    contedos listados no edital regulador. Ao todo sero cinco aulas, incluindo esta

    aula demonstrativa, cuja estrutura a seguinte:

    Aula Contedo Programtico

    00

    Aspectos Geoeconmicos do Rio Grande do Norte:

    2. Aspectos Fsicos do Rio Grande do Norte - Geologia.

    Clima. Solo. Hidrografia. Vegetao.

    01

    Aspectos Geoeconmicos do Rio Grande do Norte:

    1. Atividades econmicas: agricultura; pecuria;

    carcinicultura; minerao; sal; indstria; produo de

    petrleo e gs; turismo, comrcio e servios.

    02

    Aspectos Geoeconmicos do Rio Grande do Norte:

    3. Aspectos urbanos e regionais do Rio Grande do Norte

    - Regio Metropolitana de Natal. Centralidade urbano-

    regional no territrio do Rio Grande do Norte.

    03

    Histria do Rio Grande do Norte: 1. Perodo colonial

    - Processo de constituio do territrio norte-rio-

    grandense: disputas entre povos e a consolidao do

    domnio portugus.

    04

    Histria do Rio Grande do Norte: 2. Perodo imperial

    - O poder oligrquico no Imprio: poder central X poder

    local. 3. Perodo republicano - As oligarquias na

    Repblica Velha e o mandonismo local. A Segunda

    Guerra Mundial e o Rio Grande do Norte. Os governos

    militares e a formao das novas oligarquias.

    A distribuio das aulas, neste formato, visa otimizar a amplitude dos

    contedos e sua interconexo em grandes temas.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 38

    Na parte terica seremos objetivos, todavia sem deixar de fora nenhum

    contedo e sem esquecer dos detalhes cobrados pelas bancas. Vamos ver as

    pegadinhas e as cascas de banana que so colocadas para escorregarmos na

    questo.

    Quem quiser tambm pode me seguir no Facebook, curtindo a minha fan

    page. Nela divulgo gabaritos extraoficiais de provas, publico artigos, compartilho

    notcias e informaes importantes do mundo atual. Segue o link:

    https://www.facebook.com/leandrosignoriatualidades.

    Sem mais delongas, vamos aos estudos, porque o nosso objetivo que

    voc tenha um excelente desempenho na nossa disciplina.

    Para isso, alm de estudar, voc no pode ficar com nenhuma dvida.

    Portanto, no as deixe para depois. Surgindo a dvida, no hesite em contatar-

    me no nosso Frum.

    Estou aqui neste curso, muito motivado, caminhando junto com voc,

    procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre

    disposio no Frum de Dvidas.

    timos estudos e fiquem com Deus!

    Forte Abrao,

    Professor Leandro Signori

    Tudo posso naquele que me fortalece.

    (Filipenses 4:13)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 38

    Sumrio Pgina

    1. Geologia 4

    2. Relevo 5

    3. Solo 8

    4. Clima 9

    5. Vegetao 11

    6. Hidrografia 20

    7. A desertificao 22

    8. A seca no Rio Grande do Norte 26

    9. Questes Comentadas 28

    10. Lista de Questes 35

    11. Gabarito 38

    1. Geologia A estrutura geolgica do Rio Grande do Norte formada por rochas cristalinas e rochas e terrenos sedimentares. Toda a parte do Centro-Oeste e grande parte do Sul (cerca de 60%) do territrio estadual formada por rochas cristalinas e terrenos antigos, com origem no perodo geolgico chamado de Pr-Cambriano. So rochas que se formaram quando a Terra deixou de ser uma bola de fogo e a crosta terrestre comeou a se solidificar. Essas rochas e terrenos, que constituem mais da metade da geologia do Pr-Cambriano do Estado, so terrenos antigos, formados por rochas resistentes, tais como os granitos, os quartzitos, os gnaisses e os micaxistos, onde so encontrados os seguintes minerais: scheelita, berilo, cassiterita, tantalita, ferro, micas, ouro, cobre, columbita, enxofre, barita, corindon e alguns tipos de gemas, tais como: a gua-marinha, turmalina e quartzo, conforme detalhamento do mapa Rio Grande do Norte - Ocorrncias minerais.

    A outra estrutura geolgica que ocupa as partes Centro-Norte e todo o litoral do Estado formada por rochas e terrenos sedimentares, de formao mais recente, que datam de eras geolgicas chamadas de Mesozoica e Cenozoica.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 38

    Nessa geologia de rochas e terrenos sedimentares, representada no mapa do esboo geolgico dunas, terrenos da formao Barreiras, Calcrio Jandara e Au, encontram-se minrios importantes para a economia do Estado. o caso do petrleo, da gua dos lenis subterrneos, do calcrio (matria-prima para a fabricao do cimento), da argila para a fabricao de telhas e tijolos, da diatomita que usada na indstria de papel, da porcelana, do plstico e da cermica branca.

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    2. Relevo Os terrenos encontrados na superfcie da Terra tomam diversas formas,

    que se modificam ao longo do tempo pela ao dos elementos da natureza (ventos, chuvas, rios) e pela ao dos seres vivos: homens e animais. Essas formas encontradas na superfcie terrestre so chamadas no seu conjunto de relevo.

    No Rio Grande do Norte, as principais formas de relevo so representadas pelas Plancie Costeira, Plancies Fluviais, Tabuleiros Costeiros, Depresso Sertaneja e Chapada do Apodi.

    Plancie costeira: formada por praias que tm como limites, de um lado, o mar e, de outro, os tabuleiros costeiros, estende-se por todo o litoral. Esses

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 38

    terrenos planos so alterados em suas formas pela presena de dunas, que chegam at aos 80 metros de altura, como o caso das dunas de Natal.

    Nesse tipo de relevo vamos encontrar as praias famosas do litoral norte-rio-grandense, como: Ponta Negra, Pirangi, Genipabu, Jacum, Redinha, Maracaja, Rio do Fogo, So Miguel do Gostoso, Cajueiro, Pipa, Galinhos, Caiara e Tibau.

    Plancies fluviais: terrenos baixos e planos, situados nos lados dos rios. Podem tambm ser chamados de vales (vale do rio Cear-Mirim, vale do Au) e de vrzea, inundados nas enchentes de alguns dos rios do Estado, como: Piranhas-Au, Apodi-Mossor, Cear-Mirim, Potengi, Trairi, Jacu e Curimata. Nas vrzeas desses rios, prximo desembocadura, vamos encontrar, nas reas inundadas pelas mars, a vegetao de mangue.

    Tabuleiros costeiros: relevos planos e de baixa altitude, tambm denominados planaltos rebaixados, formados basicamente por argilas (barro), geralmente de cor amarelo-avermelhada, localizam-se prximo ao litoral, s vezes chegando at ao mar, como o caso de Barra de Tabatinga, no municpio de Nsia Floresta, e de Pipa, em Tibau do Sul.

    Depresso sertaneja: terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do Apodi.

    Chapada do Apodi: terras planas, ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares, cortados pelos rios Apodi-Mossor e Piranhas-Au.

    Depresso sub-litornea: terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. No nosso Estado, essa depresso ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema.

    Planalto da Borborema: terrenos antigos, formados pelas rochas Pr-Cambrianas, como o granito, que se estendem por terras do Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco e Alagoas. nessa forma de relevo que vamos encontrar as serras e picos mais altos do Estado.

    Chapada da Serra Verde: terrenos planos, ligeiramente elevados, localiza-se entre os Tabuleiros Costeiros de geologia sedimentar e o relevo residual do chamado Serto de Pedras de geologia cristalina.

    Abrange as terras dos municpios de Joo Cmara, Jandara, Pedra Preta, Pedro Avelino e Parazinho.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 38

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 38

    Localizao dos pontos culminantes

    Serras (pontos mais altos)

    Altitude (m) Localizao

    (municpios) Serra de So Pedro 570 Monte das Gameleiras

    Serra So Marcelino Vieira 585 Marcelino Vieira Serra Pico do Cabugi 590 Angicos

    Serrote Barriguda 602 Alexandria Serra do Panati 607 Marcelino Vieira

    Serra So Bernardo 638 Caic Serra Bico de Arara 654 Acari

    Serra Jaan 662 Jaan Serra do Bod 687 Santana do Matos/Bod

    Serra do Maracaj 691 Cerro Cor Serra do Patu 699 Patu

    Serra Portalegre 703 Portalegre Serra Negra 711 Tenente Ananias

    Serra da Coruja 713 Carnaba dos Dantas Serra Garganta 719 Florndia

    Serra Preta 720 Santana do Matos

    Serra do Joo do Vale 739 Campo Grande/Triunfo

    Potiguar Serra do Martins 760 Martins

    Serra das Queimadas 807 Equador Serra de So Jos 831 Lus Gomes/So Miguel

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    3. Solo O solo toda a terra que cobre a superfcie do nosso planeta. Estud-lo

    importante porque nele que cultivamos as plantas, construmos nossas casas, ruas, edifcios, etc. ele tambm que, atravs das razes das rvores, sustenta e d apoio aos vegetais.

    Formado por argilas, areias, cascalhos, pedras e por matria orgnica, de origem animal e vegetal, o solo pode ser frtil ou no, dependendo da composio desses elementos.

    No Rio Grande do Norte, os solos se apresentam bastante variados; os tipos mais significativos so: pedregosos, conhecidos cientificamente como solos Litlicos e Bruno No Clcico. Esse tipo de solo ocupa todo o Centro-Sul do Estado; arenosos ou de tabuleiros, conhecidos pelos nomes cientficos de Areias Quartzozas e Latossolos Vermelho-Amarelo, que ocupam quase todo o litoral do Estado; solos argilosos, denominados de Podzlico

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 38

    Vermelho-Amarelo, que por sua vez, ocupam algumas reas do Estado, principalmente o alto Oeste, na regio chamada de Tromba do Elefante.

    Ainda so encontrados os solos calcrios, tambm denominados de Rendzina, especificamente nos terrenos da Chapada do Apodi, a oeste do Estado, onde predomina tambm um tipo de solo caracterstico de terrenos sedimentares, conhecido cientificamente como Cambisol Eutrfico. Os solos salinos, tambm chamados de Solonchak e Solonetz, so outro tipo de solo que ocorrem em pequenas reas do territrio estadual. Alm desses, temos os solos de vrzea, tambm conhecidos como solos aluviais, que margeiam alguns dos nossos rios, como o caso do Piranhas-Au. Por fim, os solos de mangues, que ocorrem principalmente nas desembocaduras dos rios, como o Potengi e o Curimata.

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    4. Clima

    Felipe, Rocha e Carvalho (2011) classificam dividem o clima do Rio Grande do Norte em cinco tipos climticos: mido, submido, submido seco, semirido e semirido intenso. Essa classificao leva em conta os anos em que as chuvas caem com regularidade, como o caso de 2006, as mdias anuais

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 38

    de precipitaes e as isoietas. Vejamos as caractersticas de cada um desses climas:

    Clima mido: clima de uma pequena rea do litoral do Estado, que vai de Baa Formosa ao de Nsia Floresta. A mdia anual de chuvas de 1.200 milmetros. Esse clima, na classificao de Kppen, equivale ao tropical chuvoso, com vero seco e com a estao chuvosa prolongando-se at os meses de julho/agosto.

    Clima submido: esse clima vai do litoral de Parnamirim/Natal at o litoral de Touros, abrangendo tambm trechos da regio serrana de Lus Gomes, Martins, Portalegre e as partes mais elevadas da Serra Joo do Vale. As mdias pluviomtricas anuais situam-se entre 800 e 1.200 milmetros de chuvas. Equivale na classificao de Kppen ao clima tropical chuvoso, com inverno seco e a estao chuvosa prolongando-se at o ms de julho.

    Clima submido seco: esse clima abrange da chapada do Apodi e das serras de Santana, So Bernardo e Serra Negra do Norte. As mdias de precipitao so de 600 e 800 milmetros de chuvas/ano. Na classificao de Kppen esse clima equivale transio entre o tropical tpico (Aw) e o semirido (Bs).

    Clima semirido: abrange o vale do Au, parte do Serid e do Serto central e o litoral que vai de So Miguel do Gostoso ao municpio de Areia Branca. Portanto, o de maior abrangncia no Estado. Nesse clima as mdias variam de 400 a 600 milmetros de chuvas/ano. Na classificao de Kppen equivale ao clima semirido (Bs).

    Clima semirido intenso: o mais seco do Estado, a mdia anual fica em torno de 400 milmetros de chuvas. Esse tipo climtico equivale na classificao de Kppen ao clima rido (Bw) e abrange os municpios de Equador, Parelhas e Carnaba dos Dantas, no Serid, e So Tom, Lajes, Pedro Avelino, Fernando Pedrosa, Angicos e Afonso Bezerra.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 38

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    5. Vegetao

    As formaes vegetais esto diretamente relacionadas aos fatores climticos, ao tipo de solo e ao relevo. No Rio Grande do Norte, essas formaes vegetais vo determinar sete ambientes ecolgicos, tambm denominados de ecossistemas: Caatinga, Mata Atlntica, Cerrado, Floresta das Serras, Floresta Ciliar de Carnaba, Vegetao das Praias e Dunas e os Manguezais. Ao longo dos sculos, as formaes vegetais que caracterizavam o Rio Grande do Norte foram vtimas de muitas agresses. A cobertura vegetal primitiva foi quase toda destruda. O que hoje existe uma vegetao secundria, apresentando um porte bastante inferior em relao ao passado.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 38

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    A Caatinga, palavra de origem indgena, significa mato branco (tupi) ou serid (cariri), referindo-se aparncia da vegetao no perodo seco. Existem outras denominaes populares - carrasco, serto, etc. a vegetao que caracteriza o semirido norte-rio-grandense, com uma predominncia de 80% da cobertura vegetal do Estado.

    O clima semirido ou semirido rigoroso que prevalece na maior parte do territrio estadual, associado a uma constituio predominante de solos pedregosos: litlicos eutrficos e os brunos no clcicos so elementos definidores da flora da caatinga. Esses solos so rasos, bem drenados, situados em relevo plano a ondulado, originados a partir de diversas rochas, como os calcrios, granitos e migmatitos.

    A terra pedregosa, calcinada por sucessivos dias de sol forte e pela ausncia ou escassez de chuvas, gera arbustos ou pequenas rvores. Nessas condies climticas a oferta dgua sempre crtica, j que os rios ou riachos presentes nesse ecossistema so temporrios, estando secos na maior parte do ano. Nos perodos de chuva, a vegetao da caatinga transforma-se numa floresta bastante verde e fechada.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 38

    As caatingas esto representadas no Rio Grande do Norte por duas formaes: a caatinga hipoxerfila ou arbustiva arbrea e a caatinga hiperxerfila ou arbustiva.

    A caatinga hipoxerfila formada predominantemente por rvores e arbustos. Essa vegetao perde as suas folhas e torna-se ressequida na poca seca. Sem as folhas, as plantas no perdem gua por transpirao e no fazem fotossntese, reduzindo o metabolismo; esse fenmeno chamado de estivao. Esto localizadas predominantemente no Agreste do Estado, em reas de clima submido seco e semirido.

    A caatinga hiperxerfila, uma formao vegetal resistente a grandes perodos de estiagem, um tipo de vegetao mais seca, rala, de porte baixo, de solo pedregoso, raso e pouco frtil. Ela tambm se caracteriza por sua grande capacidade de adaptao falta de gua (ou xerofitismo) atravs de diferentes estratgias. So plantas quase todas espinhosas (bromeliceas e cactceas) a justificarem a roupa de couro que no passado os vaqueiros vestiam para arrebanhar o gado nas trilhas abertas na caatinga. Essa formao vegetal encontra-se nas reas de clima semirido e semirido rigoroso, portanto, nas reas mais quentes e secas do semirido norte-rio-grandense.

    A estao chuvosa, tambm chamada de inverno, no a estao fria, mas menos quente do que o vero. O nordestino usa a palavra inverno no para indicar estao fria, de baixas temperaturas, mas para designar o perodo das chuvas. No perodo seco, a vegetao da caatinga torna-se ressequida. Algumas plantas como a barriguda, o xiquexique, a palmatria-de-espinho e a coroa-de-frade retm gua em seus tecidos por mais tempo que outras. So mecanismos de suas estruturas para acumular gua, servindo de sustento para o gado e o homem. As suas razes profundas so uma forma de buscar gua no solo. As espcies vegetais mais comuns so: o pereiro, o juazeiro, a catingueira, a jurema-preta, o marmeleiro, o xiquexique, a macambira, entre outras.

    Quanto fauna, composta principalmente por animais de pequeno porte e adaptados s condies locais, como o tatu-verdadeiro, o peba, o pre e o moc. Na caatinga ainda vive o primata sagui-do-nordeste e um cervdeo, o veado-catingueiro (atualmente em processo de extino).

    A caatinga vem sofrendo fortes impactos ao longo do tempo, entre os quais: superexplorao dos solos, alm do uso excessivo da terra, o emprego de tcnicas de manejo inadequadas; os desmatamentos que geram processos erosivos, assoreamentos de corpos d'gua, inundaes e perda da biodiversidade; contaminao das guas pelo uso indiscriminado de agrotxicos; salinizao dos solos em decorrncia da irrigao mal planejada, entre outras problemticas ambientais como a caa predatria.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 38

    As condies ambientais da regio (clima, solo, gua e vegetao), associadas forte presso antrpica sobre os recursos naturais, tm contribuindo de forma significativa para os processos de desertificao.

    A importncia da Caatinga e a consequente necessidade de sua conservao se faz sentir diante da populao que habita essa regio. Os sertanejos, que em termos de Nordeste, representam os habitantes dessa regio. A sua cultura algo importante a ser preservado, juntamente com seu patrimnio ambiental.

    A Mata Atlntica um ecossistema formado pelo conjunto de vegetais e animais, que se estende ao longo de toda a costa brasileira, no Rio Grande do Norte at o Rio Grande do Sul, avanando pelo interior, ocupando os Estados do Esprito Santo, Rio de Janeiro, So Paulo, Paran, Santa Catarina e ainda parcelas de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

    No Rio Grande do Norte, essa mata originalmente estendia-se pela costa litornea, de Baa Formosa at Cear-Mirim/Maxaranguape, hoje estando restrita a uma faixa litoral leste do Estado, a pequenos fragmentos em decorrncia do intenso desmatamento, historicamente para o cultivo da cana-de-acar, mas tambm para a construo civil, para a indstria de mveis e pela expanso das cidades litorneas.

    So florestas pereniflias, e sua ocorrncia est ligada pluviosidade e umidade que condicionam a uma formao vegetal de maior porte e densidade, possibilitando uma variedade de espcies pertencentes a vrias formas biolgicas e extratos, dos quais os inferiores dependem do extrato superior.

    A Mata Atlntica se constitui num dos ecossistemas de maior diversidade biolgica do planeta, pois abriga uma flora e fauna autctones, com espcies raras, endmicas, ou sejas, que no podem ser encontradas em nenhuma outra parte e muitas delas em processo de extino. Entre as espcies de maior porte, destacam-se o pau-brasil, o jatob, a sucupira, a maaranduba, a gameleira, a sapucaia, o pau-ferro, a peroba e a amescla, alm das orqudeas e trepadeiras.

    Quanto fauna, podemos encontrar mamferos como o timbu, o gato-maracaj-de-manchas-pequenas e o macaco guariba; aves, como a choca-barrada, o beija-flor, o aracu e o raro pssaro pintor-verdadeiro; rpteis, o bico-doce e o tejuau, alm de uma riqueza de insetos herbvoros, aranhas arborcolas, e entre as formigas destaca-se a tocandira, uma das maiores do mundo e encontrada no Parque Estadual das Dunas de Natal.

    A sua destruio vem ocorrendo desde o perodo colonial com a extrao do pau-brasil e, em seguida, para dar lugar ao cultivo da cana-de-acar, coco, caju, bem como urbanizao, construo de estradas, indstrias e pratica do turismo predatrio. Ainda assim, podemos notar a sua fisionomia exuberante em alguns trechos, no sul da Bahia, norte do Esprito Santo e na Serra do Mar.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 38

    As primeiras referncias sobre a Mata Atlntica brasileira esto na carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a El-Rei de Portugal, ao descrever os nativos chamados pelos portugueses de ndios.

    No Rio Grande do Norte, em 1500, poca do descobrimento do Brasil, a rea da mata original era aproximadamente de 3.000 Km, 6% da rea total do Estado. Restam, atualmente, cerca de 840 km de remanescentes florestais, distribudos geralmente em pequenos fragmentos em diferentes reas.

    Um dos mais extensos fragmentos de Mata Atlntica do Rio Grande do Norte a Mata da Estrela. Trata-se de uma reserva particular, contando com cerca de 2.040 ha de florestas. Outras reas esto protegidas em parques ou reservas, particulares ou pblicas, de acordo com o quadro abaixo:

    reas remanescentes de Mata Atlntica Municpios

    Escola das Dunas Extremoz

    Parque Estadual das Dunas de Natal Natal

    Floresta Nacional de Nsia Floresta Nsia Floresta

    Santurio Ecolgico de Pipa Tibau do Sul

    Mata Estrela Baa Formosa

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    A preservao desse ecossistema se deve sua importncia ambiental, que envolve: a regulao e o fluxo dos mananciais hdricos, assegura a fertilidade do solo, controla o clima das cidades e protege as encostas das serras e dunas da eroso.

    As Serras so terrenos elevados com fortes desnveis, e esse ambiente apresenta um ecossistema bastante diversificado, caracterizado pela Floresta das Serras, tambm chamada brejos de altitude. composta de vegetais de grande porte. Desenvolve-se no Rio Grande do Norte nas partes mais altas das serras de topo plano, como as serras de Joo do Vale, Santana, Martins, So Miguel e Luiz Gomes, e tambm numa estreita faixa entre a zona mida e o Agreste do Estado, na regio denominada de Borborema Potiguar.

    A sua flora est fortemente relacionada ao tipo de clima e ao relevo, podendo ser tpica de caatinga arbrea no Serto, com predominncia de pereiros, marmeleiros e aroeiras ou ainda caracterizadas por formaes associadas Mata Atlntica, como os brejos de altitude nas serras midas do

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 38

    Rio Grande do Norte, com predominncia das espcies mulungu, sabi e jatob. Dessa forma, percebe-se uma relao direta do porte e das caractersticas desse tipo de vegetao com os diferentes tipos de climas apresentados no mapa de clima potiguar.

    Quanto fauna, composta por inmeras espcies de aves, como o galo-de-campina, o gavio-p-de-serra, o concriz, as rolinhas e juritis. Em face da ao antrpica, est reduzida em quase sua totalidade, pela extrao da madeira para obteno da lenha ou ainda pela agricultura de subsistncia.

    Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html

    Os Cerrados so conhecidos regionalmente tambm como tabuleiros ou tabuleiros costeiros ou litorneos. O aspecto fitofisionmico caracterstico de rvores tortuosas, esparsas e intercaladas por um manto inferior de gramneas e principalmente a presena de dois extratos, um arbreo-arbustivo, com elementos isolados ou em grupos formando ilhas de vegetao como a mangabeira, a lixeira, o cajueiro; e um herbceo ralo e descontnuo, caracterizado basicamente por gramneas (capim).

    O Cerrado ocupa os baixos plats (tabuleiros) do litoral oriental, ocorrendo em manchas muitas vezes associadas com vegetao de restinga e caatinga. As reas mais extensas dessa vegetao podem ser encontradas na poro sudeste do Rio Grande do Norte, em Canguaretama, Baa Formosa, Tibau do Sul e Pedro Velho, e tambm na poro nordeste, prximo a Touros. Sua devastao vem se dando principalmente para o suprimento de lenha s cidades prximas e tambm para dar lugar s monoculturas da cana-de-acar, coco, caju e expanso urbana, de maneira que poucas so as reas originais de cerrado no Rio Grande do Norte.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 38

    A Floresta Ciliar de Carnaba, tambm chamada de mata de galeria, um domnio vegetal formado pela palmeira carnaba. Ocorre nas baixadas mais midas e nas vrzeas dos rios Apodi-Mossor e Piranhas-Au. Envolve rvores de grande porte, isoladas ou agrupadas e entremeadas por uma vegetao herbcea no muito densa, ocorrendo sobre solos arenosos num relevo de plano a suave ondulado. Pode ocorrer tambm em pequenas vrzeas da zona mida costeira oriental.

    um tipo de vegetao que se adapta bem aos solos de vrzea, mesmo aqueles salinos, da sua destruio para aproveitamento de reas para a produo de sal, dada sua localizao nas vrzeas terminais ou nos esturios. Essa formao vegetal derrubada tambm para a extrao de madeira. Vale ressaltar que uma quantidade expressiva dessa mata de carnabas foi submersa com a construo da barragem Armando Ribeiro Gonalves, nas vrzeas dos rios Piranhas-Au.

    A carnaba, tambm chamada de rvore da providncia ou rvore da vida uma das plantas tpicas do serto nordestino. Os ndios cariris chamavam-na de anachi-cariri. O pesquisador Jorge Marcgrav (sc. XVII) a chamou de carnaba, do que resultaram carnaba, carnaubeira e a carnaba. Era uma das principais fontes de matria-prima usada pelos ndios tupis, que passaram aos portugueses seus conhecimentos sobre seu uso.

    Tudo dela se aproveita: a cera que reveste as folhas da carnaba tem grande aplicao industrial, sendo usada na fabricao de ceras industriais, domsticas e de graxas lubrificantes. usada, ainda, como matria-prima para a fabricao de discos fonogrficos, papel carbono e sabonetes; a palha utilizada para a confeco de chapus, esteiras e cestos. A populao local aproveita o seu tronco para construir cercas, telhados e suas folhas para recobrir o teto; o fruto utilizado na alimentao; as razes, depois de fervidas, so transformadas em remdios; as sementes so torradas, modas e consumidas como bebida.

    As Dunas so um ecossistema frgil diante das aes modificadoras dos homens, comprometendo o equilbrio ecolgico e uma funo importante para as populaes desses espaos, que a recarga das guas subterrneas. constituda pela acumulao de areias, denominadas Quartzosas Distrficas Marinhas, depositadas pela ao dos ventos provenientes dos solos desestruturados, classificados no mapa de solos do Rio Grande do Norte.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 38

    Cobertura vegetal que se fixa nas dunas, as Vegetaes das Praias e Dunas so essencialmente rasteiras, resistentes s condies ambientais: umidade, nutrientes escassos e evaporao intensa. As plantas mais conhecidas so o bredo-de-praia, a salsa-roxa e a ameixa. medida que se afasta da praia, subindo as dunas, a vegetao aumenta de porte, surgindo arbustos que s vezes formam matas fechadas ou de pouca densidade, por exemplo o guajiru, espcie bastante comum.

    Sua localizao se estende ao longo de toda a costa, de Baa Formosa, no litoral oriental, at Tibau, no litoral norte.

    Os principais impactos sobre essa vegetao esto intimamente relacionados urbanizao com a retirada da cobertura vegetal, desestabilizando as dunas, provocando o assoreamento de rios, riachos e lagoas.

    Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html

    Os Manguezais so um ecossistema costeiro composto por vegetais essencialmente arbreos, e ocorrem na zona de transio entre os ambientes terrestre e marinho. Caractersticos de regies tropicais e subtropicais da terra, esto sujeitos ao regime das mars. Os solos so salinos e ricos em matria orgnica.

    O manguezal ocorre nas margens de baas, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrncias costeiras, onde haja encontro das guas dos rios e do mar, ou diretamente exposto linha da costa.

    A cobertura vegetal, ao contrrio do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, instala-se em substratos de formao recente, de pequena declividade, sendo inundados alternadamente por gua salgada e por gua doce.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 38

    As espcies mais encontradas so o mangue-manso, mangue-ratinho e o mangue-vermelho ou sapateiro. A riqueza biolgica desse ecossistema costeiro faz com que essas reas sejam os grandes berrios naturais de vrias espcies de organismos marinhos.

    A fauna composta principalmente de caranguejos e ostras, alm de camares, siris e moluscos. Peixes, aves e outros animais migram para os manguezais apenas durante a poca da reproduo, depositando ali seus ovos, e os filhotes permanecem no local at estarem desenvolvidos o suficiente para deixar o manguezal e completar seu ciclo de vida no mar.

    No Rio Grande do Norte, os manguezais mais representativos esto distribudos ao longo do litoral oriental: Curimata/Cunha, Potengi, Cear-Mirim, Nsia Floresta/Papeba/Guarara, e ao longo do litoral norte: Apodi/Mossor, Au e Guamar/Galinhos. Esses remanescentes apresentam-se em faixas estreitas e descontnuas, acompanhando paredes de salinas ou em bosques ribeirinhos pouco adensados.

    Apesar de protegidos por lei, os manguezais vm sendo desmatados h muito tempo. A atividade salineira e a carcinicultura so os principais responsveis pela sua destruio, respectivamente para a construo de cristalizadores e viveiros. Portanto, a situao de preservao dos manguezais bastante conflitante, haja visto o setor econmico persistir em utilizar os solos indiscriminadamente para a expanso de suas atividades. Os manguezais que ficam mais prximos das reas urbanas so indevidamente utilizados como depsito de lixo.

    Fonte: http://tudodorn.blogspot.com.br/2014/11/vegetacao-do-rn.html

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 38

    A importncia dos manguezais:

    - Desempenha importante papel como depsito de matria orgnica e nutrientes, funcionando como um depurador ambiental.

    - no mangue que peixes, moluscos e crustceos encontram as condies ideais para reproduo, funcionando como berrio, criadouro e abrigo para vrias espcies da fauna marinha e terrestre, de valor ecolgico e econmico.

    - Sua manuteno vital para a subsistncia das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.

    - A vegetao de mangue serve para fixar as terras, impedindo assim a eroso e ao mesmo tempo estabilizando a crosta.

    - As razes do mangue funcionam como filtro na reteno dos sedimentos.

    - Constitui importante banco gentico para a recuperao de reas degradadas.

    6. Hidrografia

    A hidrografia do Estado do Rio Grande do Norte marcada pela temporariedade de seus rios, ou seja, rios que secam em um perodo do ano em decorrncia do desprovimento de chuvas. No entanto, tambm existem rios de regime perene (que no secam) no agreste e no litoral. Dentre os rios que compem a hidrografia, os principais so: Piranhas-Au ou Piranhas e Au, Apodi-Mossor ou Apodi e Mossor, Potengi, Cear-Mirim, Trairi, Jacu, Curimata e Serid.

    O rio Piranhas-Au nasce na Serra do Bong, na Paraba, com o nome de Rio Piranhas, recebe as guas dos rios paraibanos Pianc e do Peixe e entra no Rio Grande do Norte pelo municpio de Jardim de Piranhas, passando a receber as guas de todos os rios que formam a bacia hidrogrfica da regio do Serid.

    O rio Piranhas-Au o mais importante rio do Estado, represado pela Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonalves, passou a formar um grande lago, que, atravs de adutoras, abastece de gua vrias cidades do nosso Estado alm de irrigar a rea de cultivo de frutas tropicais, principalmente o melo. o maior reservatrio em volume de acumulao, com capacidade para represar 2,4 bilhes de metros cbicos de gua.

    Com a vazo (sangria) da Barragem, o rio continua o seu curso, agora com o nome de Piranhas-Au, indo desaguar no Oceano Atlntico, nas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 38

    imediaes da cidade de Macau. Nas vrzeas prximas a Macau esto localizadas as salinas dessa regio.

    O rio Apodi-Mossor o segundo rio de maior importncia do Estado, em extenso. Com nascente localizada na Serra de Lus Gomes, passa pelos municpios localizados na Chapada do Apodi e, depois de banhar a cidade de Mossor, despeja suas guas no Oceano Atlntico entre os municpios de Grossos e Areia Branca, onde esto localizadas as salinas.

    No rio, foi construda a barragem de Apodi, a segunda maior do Estado em volume de acumulao, com capacidade para represar 600 milhes de metros cbicos de gua. O rio Do Carmo (rio intermitente), um dos principais afluentes do rio Apodi-Mossor, tem parte do seu curso perenizado pela construo da barragem Umari, no municpio de Upanema.

    O rio Potengi nasce na Serra de Santana e banha os municpios de Cerro Cor, So Tom, So Paulo do Potengi, Ielmo Marinho, Macaba, So Gonalo do Amarante e Natal. Na Barra do Rio Potengi, tambm chamada de desembocadura, lugar onde as guas do rio se encontram com as guas do mar, est localizado o Porto de Natal.

    O rio Cear-Mirim nasce na Serra de Feiticeiro, no municpio de Lages, percorre cerca de 120 km at desaguar no Oceano Atlntico, na localidade de Barra do Rio. No seu caminho represado pela Barragem de Poo Branco. Ao se aproximar do municpio de Cear-Mirim, o rio forma um vale, cujos solos so de boa fertilidade para as atividades agrcolas.

    O rio Trairi tem suas nascentes na Serra do Doutor em terras dos municpios de Campo Redondo e Coronel Ezequiel. Banha vrios municpios do Rio Grande do Norte. No seu baixo curso, que abrange terras dos municpios de Monte Alegre, So Jos de Mipibu e Nsia Floresta, o solo das vrzeas favorvel agricultura. No seu caminho em direo ao litoral, o Rio Trairi forma as lagoas de Nsia Floresta e Papeba, desaguando no oceano atravs da lagoa de Guarara.

    O rio Jacu nasce na Paraba, entrando no Rio Grande do Norte atravs do municpio de Japi. Banha vrios municpios do Estado e, quando chega ao municpio de Goianinha, forma uma vrzea com solos frteis, indo desaguar no oceano tambm atravs da lagoa de Guarara.

    O rio Curimata nasce na Chapada da Borborema na Paraba, entrando no Rio Grande do Norte pelo municpio de Nova Cruz. Corta ainda com suas guas os municpios de Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama e Baa Formosa, desaguando no Oceano na localidade de Barra do Cunha.

    O rio Serid nasce em Cubati, na Paraba, entra no Rio Grande do Norte pelo municpio de Parelhas, onde represado pela Barragem do Boqueiro. Banhas as cidades de Jardim do Serid, So Jos do Serid, Caic e So Fernando, onde desgua para dentro do rio Piranhas-Au. Em seu leito, nas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 38

    imediaes de So Jos do Serid, foi construda a Barragem Passagem das Traras.

    A poluio e degradao dos rios do Estado, a exemplo do que ocorre nos cursos d'gua do pas, decorrente do lanamento de efluentes domsticos e industriais, resduos slidos, do uso de agrotxicos nas atividades agrcolas.

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte - Felipe, Rocha e Carvalho - 2011

    7. Desertificao

    De acordo com a Conveno das Naes Unidas de Combate Desertificao, o fenmeno da desertificao pode ser definido como a degradao da terra nas zonas ridas, semiridas e submidas secas, resultante de vrios fatores, incluindo as variaes climticas e as atividades humanas. Por degradao da terra entende-se a degradao dos solos, da fauna e flora e dos recursos hdricos, e como consequncia a reduo da qualidade de vida da populao humana das reas atingidas.

    O primeiro grito de alerta sobre as possibilidades de desertificao no semirido brasileiro foi dado pelo professor Joo Vasconcelos Sobrinho que, no

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 38

    seu trabalho Desertificao no Nordeste do Brasil, identifica os territrios mais suscetveis a esse fenmeno.

    Mas recentemente outros estudos trouxeram novas evidncias sobre as reas submetidas aos processos de desertificao. A partir deles, foram selecionadas quatro reas, dentre as seis mencionadas por Vasconcelos Sobrinho, para a realizao de estudos mais especficos. Caracterizando-as como reas desertificadas e de alto risco, o Ministrio do Meio Ambiente agrupou-as na forma especificada na tabela a seguir:

    Brasil - Ncleos de Desertificao

    Ncleos Superfcie (km)

    Populao (habitantes)

    Causas principais de desertificao e/ou

    degradao

    1. Gilbus-PI 6.131 10.000 Regio devastada por mineradoras

    2. Irauuba-CE 4.000 34.250 Ocupao

    desordenada do solo

    3. Serid-RN 2.341 244.000

    Solos aluviais utilizados para

    extrao de argila e lenha

    4. Cabrob-PE 5.960 24.000 O solo frgil no

    suportou a pecuria e a agricultura

    TOTAL 18.431 312.250

    Fontes dos dados bsicos: GUSMO, Marcos (1999) O Serto Virou P. Revista Veja, So

    Paulo, edio 1.613, ano 32, n 35, 01/09/1999/ Apud: ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

    Secretaria de Planejamento e Finanas, Seplan; Plano de Desenvolvimento Sustentvel do Rio

    Grande do Norte. Caic-RN, Seplan, set., 2000, vol.1, p. 86 (tabela 3.2.6.1). 2 vol. Xerox.

    As principais causas da desertificao esto relacionadas ao uso inapropriado dos recursos da terra, agravados pelas secas; uso intensivo dos solos, tanto na agricultura moderna quanto na tradicional; pecuria extensiva; queimadas; desmatamento em reas de preservao da vegetao nativa, margens de rios, etc. e tcnicas inapropriadas de irrigao e a minerao.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 38

    Segundo estudos de Carvalho (2000), a ao combinada desses fatores naturais e antrpicos resultam em prejuzos de ordem:

    Ambiental: eroso e salinizao dos solos, perda de biodiversidade, diminuio da disponibilidade e da qualidade dos recursos hdricos.

    Social: desestruturao familiar pela necessidade de emigrar para centros urbanos devido perda da capacidade produtiva da terra.

    Econmica: queda na produtividade e produo agrcola, reduo da renda e do consumo da populao, alm da perda da capacidade produtiva da sociedade, o que repercute diretamente na arrecadao de impostos e na circulao de renda.

    A regio considerada ncleo da desertificao no Rio Grande do Norte a regio do Serid. A vegetao dessa regio predominantemente de caatinga. Nessa regio se desenvolvem atividades de alto potencial de degradao, como a indstria ceramista, sendo o desmatamento a principal delas. A utilizao de lenha pela indstria ceramista e para o uso domstico exige uma demanda maior do que a natureza pode oferecer, colocando em desequilbrio todo o ecossistema da caatinga.

    As marcas mais intensas da degradao esto nos municpios de Parelhas, Cruzeta, Equador, Carnaba dos Dantas, Currais Novos e Acari. Por ano, a rea desmatada, apenas na regio Serid, chega a 4.274 hectares. Segundo estudos do Programa das Naes Unidas (PNU), o setor cermico, da panificao e das caieiras transformam em cinzas 175 mil metros cbicos de lenha por dia, o que equivale a um campo de futebol. Quem devasta no leva em conta que a vegetao predominante, a caatinga, leva em mdia 30 anos para se recompor.

    De acordo com o mapa e as tabelas seguintes, podemos dimensionar a evoluo e a intensidade da desertificao no Rio Grande do Norte. Dos 53 mil km de territrio potiguar, 72,4% esto em reas de diversos estgios de desertificao.

    Desertificao no Rio Grande do Norte

    Classe de intensidade rea (km) (%) Populao (%)

    Muito grave 12.965 24.3 289.767 11,0

    Grave 20.545 38,5 591.158 22,5%

    Moderada 5.120 9,6 215.112 8,2

    TOTAL 38.630 72,4 1.096.037 41,7

    Fonte: Plano Nacional de Combate Desertificao PNCD, 1997.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 38

    Evoluo da desertificao no Rio Grande do Norte entre 1993-1995

    Classe de intensidade 1993 1995 Taxa de expanso

    Muito grave 8.337 12.965 55,5%

    Grave 18.665 20.545 10,07%

    Moderada 5.154 5.120 - 0,66%

    REA TOTAL AFETADA 32.156 38.360 20,13%

    Fonte: Atlas Mundial da Desertificao/PNUMA-ONU, 1993; Plano Nacional de Combate Desertificao NMA, 1997.

    Deve-se enfatizar que a natureza da desertificao, como processo sntese de muitas razes e dimenses, requer uma ao do Estado voltada para a criao de instrumentos convergentes de poltica de recursos hdricos, programas educacionais, gesto ambiental e combate aos efeitos da seca, selecionando para tanto, espaos a serem objetos de identificao de demandas e de implementao das polticas locais.

    Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte (2013)

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 38

    8. A seca no Rio Grande do Norte

    O RN possui dois calendrios pluviomtricos bem distintos. Um deles envolve o litoral leste, cujo perodo chuvoso comea em maio e se estende at meados de setembro. Toda a Grande Natal est nessa rea.

    J para o semirido, o perodo chuvoso mais curto. Comea ainda no final de dezembro, chega at o incio de janeiro e logo interrompido. Depois, as precipitaes voltam no final de fevereiro e seguem at meados de maro. A seca ocorre quando as chuvas ficam abaixo da mdia, o que vem acontecendo desde 2011.

    Os perodos de estiagem so um elemento natural do clima semirido do estado. O perodo seco, marcado pela irregularidade e escassez de chuva atinge tambm outros estados da regio nordeste que esto no Polgono das Secas. Alm do Rio Grande do Norte, Piau, Cear, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraba, Bahia e uma pequena rea de Minas Gerais tambm esto nessa regio seca.

    So duas as causas do perodo seco: o El Nio e o relevo. O El Nio um fenmeno natural do clima, que acontece quando as guas superficiais do Oceano Pacfico na regio da linha do Equador se aquecem acima da mdia esperada, enfraquecendo e invertendo a direo das correntes de ar que ali atuam. Isso faz com que as massas de ar midas penetrem muito pouco no continente, trazendo escassez de chuvas no nordeste brasileiro.

    Aliado ao El Nio, o relevo dos altos planaltos prximos ao litoral, como o Planalto da Borborema, impossibilitam que as massas de ar j pouco midas cheguem ao serto, agravando a situao causada pelo El Nio.

    No contexto regional de seca, o RN o estado com melhores condies de enfrentar o fenmeno, pois detm a segunda maior reserva de gua do nordeste setentrional, alm do fato que a maior parte da populao do estado vive no litoral, sendo o interior, que a regio mais afetada, tambm a menos povoada. A escassez dgua castiga principalmente pequenas e mdias cidades desconectadas das reservas. Um exemplo emblemtico a regio Central Potiguar, que compreende o Serid e o Vale do Au. Nessas regies, a populao sofre com o abastecimento de gua caro e ineficaz por caminhes-pipa, poltica adotada pelo governo durante a estiagem, que, ao invs de combater a seca, apenas cria condies para a populao conviver com ela, o que favorece a manuteno da mo-de-obra barata, onde as pessoas aceitam trabalhar em troca de condies de sobrevivncia.

    Outra medida adotada foi o estmulo criao de audes para armazenar gua. A medida, porm, no solucionou o problema. Com audes sendo criados indiscriminadamente em qualquer crrego, no importando seu porte, muitas

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 38

    vezes no se conseguia armazenar a gua durante a estao seca, onde ela evaporava mais rpido que era consumida pela populao.

    A seca atual

    O Rio Grande do Norte, assim como os outros estados situados no polgono das secas, passa hoje por uma seca que j dura mais de cinco anos. Desde 2011, sem chuvas regulares, no considerada a mais duradoura, mas a mais severa da histria do estado.

    No final de junho de 2016, o Ministrio da Integrao Nacional reconheceu a situao de emergncia decretada pelo governo estadual. Atualmente, a seca afeta 153 dos 167 municpios potiguares. Destes, 14 esto em colapso (quando a companhia de gua admite que no h como continuar a abastecer os moradores) e 77 desenvolveram sistemas de rodzio para o abastecimento da populao.

    O governo do estado declarou, em maro de 2016, que a pecuria havia perdido mais de 135 mil cabeas de gado, de 2012 a 2015, e que, entre 2012 e 2014 houve uma reduo de 65,79% na produo de gros (milho, arroz, feijo e sorgo).

    O abastecimento tem sido feito por caminhes-pipa e pelos audes escavados pela regio, porm, alm de no oferecerem gua potvel, so caros e ineficientes. A populao tem investido de maneira autnoma na explorao das guas do lenol fretico e comercializado para as comunidades, que aproveita a gua no-potvel para a manuteno das casas.

    Nos ltimos dez anos, foi montada no estado uma poltica de recursos hdricos que resultou no programa de construo de 1.050 km de adutoras (sistemas de coleta, armazenamento, distribuio e tratamento de gua) e mais duas barragens.

    Quando o projeto for concludo, 62 cidades sero beneficiadas com gua potvel de boa qualidade. A barragem de Oiticica, considerada a soluo definitiva para a seca na regio do Serid, deve ficar pronta em 2017, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos (Semarh). Quando pronto, o reservatrio de 566 mil m de capacidade ser o terceiro maior do estado e abastecer 17 cidades. A obra faz parte do PAC e at dezembro de 2016 estava 50% concluda.

    Os meteorologistas da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuria do RN) afirmam que as esperanas para o fim desta seca pairam em 2017, quando as chuvas devem normalizar-se durante o ano todo.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 38

    QUESTES COMENTADAS:

    01) (ESAF/SET-RN/2005 AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL) A Caatinga um importante ecossistema do Rio Grande do Norte. Entre as suas caractersticas podemos destacar

    a) a vegetao arbustiva e clima tropical mido.

    b) a predominncia de uma vegetao arbrea e semi-arbustiva e clima semirido.

    c) a presena de solos do tipo litlicos e vegetao arbrea.

    d) a presena de vegetao do tipo xerfila e subxerfila e solos litlicos eutrficos.

    e) em clima semimido e vegetao de cactceas.

    COMENTRIOS:

    As caatingas esto representadas no Rio Grande do Norte por duas formaes: a caatinga hipoxerfila ou arbustiva arbrea e a caatinga hiperxerfila ou arbustiva. Predominam solos pedregosos, dos tipos litlicos eutrficos e brunos no clcicos.

    Gabarito: D

    02) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Com seus 868 m de altitude, o ponto mais elevado do RN a

    A) Depresso do Trairi.

    B) Serra do Espinhao.

    C) Cordilheira do Curimata.

    D) Serra da Neblina.

    E) Serra do Coqueiro.

    COMENTRIOS:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 38

    De acordo com o Atlas Escolar do Rio Grande do Norte, de Felipe, Rocha e Pereira (3 edio, pgina 31, Ed. Grafset, 2011), o ponto culminante do Estado a Serra de So Jos, com 831 metros de altitude.

    No entanto, na internet, no Wikipedia, consta a seguinte informao:

    Serra do Coqueiro uma formao montanhosa situada no estado

    brasileiro Rio Grande do Norte, onde est localizado o ponto mais alto do estado.

    Localiza-se no municpio de Venha-Ver, na trplice-fronteira com o Cear e a

    Paraba. O ponto culminante possui 868 metros de altitude acima do nvel do

    mar.

    Assim, temos duas informaes. Como professor, sempre prefiro ficar com a informao dos livros, do que as de sites da internet. Se aparecer uma questo destas na sua prova, preste ateno nas alternativas apresentadas e veja qual a resposta mais adequada.

    Gabarito: E

    03) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Alguns dos principais rios que cortam o territrio do RN so

    A) Apodi, Au, Potengi e Trairi.

    B) Parnamirim, Macaba e Cear-Mirim.

    C) Natal, Mossor e So Gonalo do Amarante.

    D) Coqueiro, Currais Novos e Macau.

    E) Angicos, Canguaretama e Guajiru.

    COMENTRIOS:

    Dentre os rios que compem a hidrografia, os principais so: Piranhas-Au ou Piranhas e Au, Apodi-Mossor ou Apodi e Mossor, Potengi, Cear-Mirim, Trairi, Jacu, Curimata e Serid.

    Gabarito: A

    04) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos aspectos geogrficos do RN, assinale a opo correta.

    A) O cerrado domina a paisagem do interior.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 38

    B) Semirido o clima predominante no litoral.

    C) Inexistem depresses no relevo do estado.

    D) O litoral apresenta reas de mangue.

    E) Florestas de araucrias situam-se ao sul do estado.

    COMENTRIOS:

    A caatinga domina a paisagem interior. No litoral leste predominam os climas mido e submido e no litoral norte predominam os climas submido seco e semirido. H depresses no relevo do Estado: Depresso Sublitornea e Depresso Sertaneja. No existem florestas de araucrias no Rio Grande do Norte. No litoral encontram-se reas de mangue.

    Gabarito: D

    05) (CONSULPLAN/IBGE/2009 Agente de Pesquisa e Mapeamento) Sobre os biomas brasileiros e a partir da anlise da foto abaixo, pode-se afirmar que essa rea representa o seguinte domnio:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 38

    Fonte: Ab Saber, Aziz Nacib. Os Domnios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagsticas. So Paulo: Ateli Editorial, 2003

    A) Araucria.

    B) Cerrado.

    C) Caatinga.

    D) Floresta Amaznica.

    E) Pradarias.

    COMENTRIOS:

    Na fotografia podemos identificar muitas espcies arbustivas cactceas e vegetao de menor porte, gramneas, bem como um solo pobre, arenoso, caractersticas do domnio morfoclimtico da caatinga.

    Gabarito: C

    06) (CESGRANRIO/IBGE/2014 AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

    Na imagem acima mostrado um tipo de vegetao adaptado a solos arenosos, localizados em reas litorneas, tpico de qual ambiente natural?

    a) Campos rupestres b) Restinga c) Campos limpos d) Pantanal e) Mata equatorial

    COMENTRIOS:

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 38

    A restinga um tipo de vegetao adaptada a solos arenosos, localizado em reas litorneas.

    Gabarito: B

    07) (CESGRANRIO/IBGE/2013 TCNICO EM INFORMAES GEOGRFICAS E ESTATSTICAS A I)

    Disponvel em: Acesso em: 03 ago. 2013.

    Na imagem acima, est registrada uma vegetao tpica do ambiente natural denominado

    a) caatinga b) manguezal c) campo limpo d) campo rupestre e) mata de cocais

    COMENTRIOS:

    O manguezal considerado um ecossistema costeiro de transio entre os ambientes terrestre e marinho. Est sujeito ao regime das mars, dominado por espcies vegetais tpicas, s quais se associam a outros componentes vegetais e animais. O manguezal est associado s margens de baas, barras, enseadas, desembocaduras de rios, lagunas e reentrncias costeiras, onde haja encontro de guas de rios com a do mar, ou diretamente expostos linha da costa. A riqueza biolgica dos ecossistemas costeiros faz com que essas reas sejam os grandes "berrios" naturais, tanto para as espcies caractersticas desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as reas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 38

    Os manguezais esto distribudos desde o Amap at Laguna, em Santa Catarina, no litoral brasileiro. O mangue o tipo de vegetao predominante nos manguezais.

    Na foto da questo possvel ver uma das caractersticas desta vegetao, com longas razes expostas, que permitem a sustentao das rvores no solo lodoso.

    Gabarito: B

    08) (FGV/BNB/2014 ANALISTA BANCRIO) Analise as caractersticas dos biomas descritos abaixo:

    I. um bioma exclusivamente brasileiro, constitudo principalmente por savanas estpicas, ocupando a totalidade do estado do Cear, parte de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piau, entre outros. Entre as espcies de planta encontradas nesse bioma, h a amburana, a aroeira, o umbu e o juazeiro.

    II. um bioma considerado uma das savanas mais ricas do mundo em biodiversidade, reunindo uma grande variedade de paisagens, entre chapadas e vales. Esse bioma se estende pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e Piau, sobretudo.

    As caractersticas descritas correspondem, respectivamente, aos biomas:

    a) Mata Atlntica e Pampa; b) Pampa e Amaznia; c) Caatinga e Cerrado; d) Cerrado e Mata Atlntica; e) Amaznia e Caatinga.

    COMENTRIOS:

    A Floresta Amaznica caracteriza-se pela grande diversidade: um hectare contm mais de 300 espcies. uma floresta densa, mida e latifoliada, isto , composta por rvores de folhas largas, que propiciam intensa evapotranspirao.

    A caatinga caracterizada pelo domnio de espcies arbustivas, especialmente cactceas, entremeadas por gramneas e por algumas rvores de maior porte. Por isso considerada uma vegetao complexa. As plantas denominadas xerfitas (adaptadas a climas secos) tm muitos espinhos, caules grossos e poucas folhas. Entre as espcies mais conhecidas esto umburana,

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 38

    o umbuzeiro e o mandacaru. Com algumas dessas plantas so produzidos ceras, fibras, leos vegetais e, principalmente, forragem para a pecuria, a base da renda dos vaqueiros e dos fazendeiros do serto.

    O Cerrado caracteriza-se pela presena de arbustos e rvores dotados de razes profundas, troncos e galhos retorcidos e recobertos por cascas grossas. Essas formaes so entremeadas por gramneas e poucas rvores de maior porte. A presena de trs grandes bacias hidrogrficas da Amrica do Sul na regio (Tocantins-Araguaia, So Francisco e Prata) favorece a biodiversidade, bastante afetada pela expanso agrcola. O bioma que ostenta uma rica biodiversidade, j perdeu 48% da sua vegetao original, at 2010, segundo o Ministrio do Meio Ambiente.

    O Pantanal um complexo heterogneo composto de cerrados, florestas, campos, charcos inundveis e ambientes aquticos (lagoas, riachos). Desenvolve-se em terrenos baixos (plancies) e, devido baixa declividade do terreno, a gua que extrapola os canais dos rios escoa lentamente pelo terreno, mantendo-o alagado durante um perodo (perodo de chuva nas cabeceiras dos rios). A vegetao diversifica-se conforme trs tipos de reas: as alagadas, as periodicamente alagadas e as que no sofrem inundao.

    Caracterizada pela sua imensa biodiversidade, a Mata Atlntica abriga muitas espcies vegetais que tambm prosperam na Floresta Amaznica. Muitos dos animais brasileiros ameaados de extino vivem em suas florestas: espcies de mico-leo, o macaco muriqui (monocarvoeiro), a lontra, o tatu-canastra e a ona-pintada. No entanto essa magnfica formao florestal est seriamente ameaada, restando em trono de 7% da sua rea original. Ocorre sobretudo nas encostas prximas ao litoral, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte at o Rio Grande do Sul.

    No centro-sul do Rio Grande do Sul, desenvolveu-se uma rica vegetao herbcea de gramneas, associada ao clima subtropical. So os pampas gachos, imensas plancies caracterizadas por uma sucesso de suaves colinas cobertas de campos limpos, chamadas popularmente de coxilhas. Os pampas constituem paisagens naturais de excepcional qualidade para a criao de gado, uma das principais atividades econmicas da regio.

    Gabarito: C

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 38

    LISTA DE QUESTES:

    01) (ESAF/SET-RN/2005 AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL) A Caatinga um importante ecossistema do Rio Grande do Norte. Entre as suas caractersticas podemos destacar

    a) a vegetao arbustiva e clima tropical mido.

    b) a predominncia de uma vegetao arbrea e semi-arbustiva e clima semirido.

    c) a presena de solos do tipo litlicos e vegetao arbrea.

    d) a presena de vegetao do tipo xerfila e subxerfila e solos litlicos eutrficos.

    e) em clima semimido e vegetao de cactceas.

    02) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Com seus 868 m de altitude, o ponto mais elevado do RN a

    A) Depresso do Trairi.

    B) Serra do Espinhao.

    C) Cordilheira do Curimata.

    D) Serra da Neblina.

    E) Serra do Coqueiro.

    03) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Alguns dos principais rios que cortam o territrio do RN so

    A) Apodi, Au, Potengi e Trairi.

    B) Parnamirim, Macaba e Cear-Mirim.

    C) Natal, Mossor e So Gonalo do Amarante.

    D) Coqueiro, Currais Novos e Macau.

    E) Angicos, Canguaretama e Guajiru.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 38

    04) (CESPE/UERN/2010 AGENTE TCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos aspectos geogrficos do RN, assinale a opo correta.

    A) O cerrado domina a paisagem do interior.

    B) Semirido o clima predominante no litoral.

    C) Inexistem depresses no relevo do estado.

    D) O litoral apresenta reas de mangue.

    E) Florestas de araucrias situam-se ao sul do estado.

    05) (CONSULPLAN/IBGE/2009 Agente de Pesquisa e Mapeamento) Sobre os biomas brasileiros e a partir da anlise da foto abaixo, pode-se afirmar que essa rea representa o seguinte domnio:

    Fonte: Ab Saber, Aziz Nacib. Os Domnios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagsticas. So Paulo: Ateli Editorial, 2003

    A) Araucria.

    B) Cerrado.

    C) Caatinga.

    D) Floresta Amaznica.

    E) Pradarias.

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 38

    06) (CESGRANRIO/IBGE/2014 AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO)

    Na imagem acima mostrado um tipo de vegetao adaptado a solos arenosos, localizados em reas litorneas, tpico de qual ambiente natural?

    a) Campos rupestres b) Restinga c) Campos limpos d) Pantanal e) Mata equatorial

    07) (CESGRANRIO/IBGE/2013 TCNICO EM INFORMAES GEOGRFICAS E ESTATSTICAS A I)

    Disponvel em: Acesso em: 03 ago. 2013.

    Na imagem acima, est registrada uma vegetao tpica do ambiente natural denominado

    00000000000

    00000000000 - DEMO

  • Histria e Aspectos Geoeconmicos do RN para MP-RN Todos os Cargos Prof. Leandro Signori

    Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 38

    a) caatinga b) manguezal c) campo limpo d) campo rupestre e) mata de cocais

    08) (FGV/BNB/2014 ANALISTA BANCRIO) Analise as caractersticas dos biomas descritos abaixo:

    I. um bioma exclusivamente brasileiro, constitudo principalmente por savanas estpicas, ocupando a totalidade do estado do Cear, parte de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piau, entre outros. Entre as espcies de planta encontradas nesse bioma, h a amburana, a aroeira, o umbu e o juazeiro.

    II. um bioma considerado uma das savanas mais ricas do mundo em biodiversidade, reunindo uma grande variedade de paisagens, entre chapadas e vales. Esse bioma se estende pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e Piau, sobretudo.

    As caractersticas descritas correspondem, respectivamente, aos biomas:

    a) Mata Atlntica e Pampa; b) Pampa e Amaznia; c) Caatinga e Cerrado; d) Cerrado e Mata Atlntica; e) Amaznia e Caatinga.

    01 D 02 E 03 - A 04 D 05 C

    06 B 07 - B 08 - C XXXX XXXX

    00000000000

    00000000000 - DEMO