Historia Do Brasil Periodo Colonial Periodo Do Acucar

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    Exerccios de Histria do Brasil Perodo Colonial sobre Perodo do Acar com

    Gabarito 1) (Vunesp-2003) O Brasil foi dividido em quinze quinhes, por uma srie de linhas paralelas ao equador que iam do

    litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os quinhes

    entregues () [a] um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo

    em comum suas ligaes com a Coroa.

    (B. Fausto, Histria do Brasil.)

    No texto, o historiador refere-se s

    A) cmaras setoriais.

    B) sesmarias.

    C) colnias de povoamento.

    D) capitanias hereditrias.

    E) controladorias.

    2) (UEL-1996) A poltica econmica do mercantilismo explica, no Brasil Colnia, a:

    a) decadncia da economia de subsistncia no Nordeste.

    b) introduo do trabalho assalariado na agricultura.

    c) prtica econmica da substituio de importaes.

    d) implementao da indstria txtil no Sudeste.

    e) implantao da empresa agrcola aucareira.

    3) (UFSCar-2001) Sobre a economia e a sociedade do Brasil no perodo colonial, correto relacionar

    A) economia diversificada de subsistncia, grande

    propriedade agrcola e mo-de-obra livre.

    B) produo para o mercado interno, policultura e

    explorao da mo-de-obra indgena no litoral.

    C) capitalismo industrial, exportao de matrias-primas e

    explorao do trabalho escravo temporrio.

    D) produo de manufaturados, pequenas unidades

    agrcolas e explorao do trabalho servil.

    E) capitalismo comercial, latifndio monocultor exportador

    e explorao da mo-de-obra escrava.

    4) (UNICAMP-2003) Em 1694, tropas comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho destruram o quilombo de

    Palmares, que havia se formado desde o incio do sculo

    XVII. Poucos sobreviveram ao ataque final, refugiando-se

    nas matas da Serra da Barriga sob a liderana de Zumbi,

    morto em 20 de novembro de 1695, depois de resistir por

    quase dois anos.

    a) O que foi o quilombo de Palmares?

    b) Alm de realizar ataques a quilombos, que outros

    interesses tinham os paulistas em suas expedies pelos

    sertes?

    c) Explique por que o dia da morte de Zumbi considerado

    o "dia nacional da conscincia negra".

    5) (UNIFESP-2003) Com relao economia do acar e da pecuria no nordeste durante o perodo colonial, correto

    afirmar que:

    A) por serem as duas atividades essenciais e

    complementares, portanto as mais permanentes, foram as

    que mais usaram escravos.

    B) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria

    escravido, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao

    trabalho livre.

    C) a tcnica era rudimentar em ambas, na agricultura por

    causa da escravido, e na criao de animais por atender ao

    mercado interno.

    D) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se

    formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho

    compulsrio.

    E) por serem diferentes e independentes uma da outra, no

    se pode estabelecer qualquer tentativa de comparao entre

    ambas.

    6) (Mack-2005) Entre as funes desempenhadas pela Igreja Catlica no perodo colonial, destaca-se:

    a) o incentivo escravizao dos nativos, pelos colonos,

    por meio da qualificao de todos os ndios como criaturas

    sem alma.

    b) a tentativa de restringir a utilizao de mo-de-obra

    escrava indgena, apenas aos servios agrcolas nas reas de

    extrao do ouro e da prata.

    c) a orientao da educao indgena, no sentido de

    estimular a formao, na colnia, de uma elite intelectual

    catlica.

    d) a imposio dos princpios cristos por meio da

    catequese, favorecendo o avano do processo colonizador.

    e) a promoo da plena alfabetizao com a converso de

    todos os ndios e negros f catlica.

    7) (UFMG-1994) Leia os versos. "Seiscentas peas barganhei

    - Que pechincha! - no Senegal

    A carne rija, os msculos de ao,

    Boa liga do melhor metal.

    Em troca dei s aguardente,

    Contas, lato - um peso morto!

    Eu ganho oitocentos por cento

    Se a metade chegar ao porto".

    (Heinrich HEINE,, APUD BOSI, Alfredo. DIALTICA

    DA COLONIZAO. So Paulo: Cia. das Letras, 1992).

    a) IDENTIFIQUE a atividade a que se referem esses

    versos.

    b) Cada uma das estrofes desenvolve uma idia central.

    IDENTIFIQUE essas idias.

    8) (Fuvest-2000) No que diz respeito combinao entre capital, tecnologia e organizao, a lavoura aucareira

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    implantada pelos portugueses no Brasil seguiu um modelo

    empregado anteriormente

    a) no Norte da frica e no Caribe.

    b) no Mediterrneo e nas ilhas africanas do Atlntico.

    c) no sul da Itlia e em So Domingos.

    d) em Chipre e em Cuba.

    e) na Pennsula Ibrica e nas colnias holandesas.

    9) (Vunesp-2003) No Brasil, costumam dizer que para os escravos so necessrios trs PPP, a saber, pau, po e pano.

    E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que

    o pau, contudo, prouvera a Deus que to abundante fosse o

    comer e o vestir como muitas vezes o castigo.

    (Andr Joo Antonil, Cultura e opulncia do Brasil por suas drogas e minas, 1711) a) Qual a crtica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado? b) Indique dois motivos que explicam a introduo da escravido negra na poro americana do Imprio portugus.

    10) (UFSCar-2003) Observe os versos da cano.

    (...)

    Mesmo depois de abolida a escravido

    Negra a mo de quem faz a limpeza

    Lavando a roupa encardida, esfregando o cho

    Negra a mo, a mo da pureza

    Negra a vida consumida ao p do fogo

    Negra a mo nos preparando a mesa

    Limpando as manchas do mundo com gua e sabo

    (...)

    ta branco sujo

    (Gilberto Gil, A mo da limpeza)

    a) Que origens histricas desencadearam a realidade

    descrita na letra de msica apresentada?

    b) Que elementos da atual realidade brasileira esto

    presentes nessa letra de msica?

    11) (UEL-2003) Nos textos a seguir, o jesuta Jos de Anchieta e o escritor Euclides da Cunha apresentam

    imagens inusitadas do serto brasileiro.

    O mal se espalha nos matos ou se esconde nas furnas e nos pntanos, de onde sai noite sob as espcies da cobra e do

    rato, do morcego e da sanguessuga. Mas o perigo mortal se

    d quando tais foras, ainda exteriores, penetram na alma

    dos homens. (Jos de Anchieta citado por CHAU, Marilena. Brasil:

    mito fundador e sociedade autoritria. So Paulo: Editora

    Fundao Perseu Abramo, 2000. p. 66.)

    uma paragem impressionadora. As condies estruturais da terra l se vincularam violncia mxima dos agentes

    exteriores para o desenho dos relevos estupendos. O regime

    torrencial dos climas excessivos, sobrevindo de sbito,

    depois das insolaes demoradas, e embatendo naqueles

    pendores, exps h muito, arrebatando-lhes para longe

    todos os elementos degradados, as sries mais antigas

    daqueles ltimos rebentos das montanhas (...), dispondo-se

    em cenrios em que ressalta, predominantemente, o aspecto

    atormentado das paisagens. (...) Dissociam-na [a terra] nos

    veres queimosos; degradam-na [a terra] nos invernos

    torrenciais. (CUNHA, Euclides da. Os sertes. Ed. crtica org. por

    Walnice N. Galvo. So Paulo: tica, 1998. p. 26.)

    Com base nos textos, assinale a alternativa que apresenta a

    compreenso dos autores sobre o serto.

    a) Para Anchieta o serto o lugar do mal, onde o demnio

    fica espreita pronto para atacar, enquanto para Euclides

    uma terra atormentada e martirizada em sua essncia.

    b) Para Euclides o serto a confirmao da descrio

    idlica de Caminha, enquanto para Anchieta o purgatrio,

    onde jamais a palavra de Deus frutificar.

    c) Tanto para o jesuta quanto para o escritor o serto o

    espao do sertanejo fraco, que foge da luta contra a fria

    dos elementos da natureza.

    d) Tanto para o jesuta quanto para o escritor o serto o

    lugar da promessa de riqueza, que pode redimir os males da

    sociedade brasileira.

    e) Para Euclides o serto o espao do encontro

    harmonioso entre o homem e a natureza, enquanto para

    Anchieta o lugar das delcias do paraso cristo.

    12) (UEL-2003) A escravido marcou profundamente as relaes inter-raciais no tecido social do Brasil e dos

    Estados Unidos. Sobre as relaes inter-raciais na

    atualidade, correto afirmar:

    a) No Brasil, os negros sofrem segregao e restries

    legais formalizadas na limitao da escolha de moradias e

    do acesso a locais pblicos.

    b) Nos Estados Unidos, existe uma harmoniosa convivncia

    entre negros e brancos nos diversos espaos pblicos.

    c) Os conceitos e categorias elaborados para analisar e

    descrever as relaes sociais entre negros e brancos devem

    ser os mesmos para os dois pases.

    d) No Brasil a tese da democracia racial est consolidada, sendo que o preconceito e a discriminao racial

    restringem-se ao passado colonial.

    e) As diferenas entre negros e brancos, que estruturam a

    sociedade brasileira, so alimentadas pelas desigualdades

    de classes e pelos preconceitos raciais.

    13) (FGV-2003) Os escravos so as mos e os ps do senhor de engenho, porque sem eles no possvel fazer,

    conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. ANTONIL, Cultura e opulncia do Brasil. Belo Horizonte:

    Itatiaia, 1982, p. 89.

    Assinale a alternativa correta:

    A) A escravizao dos negros africanos permitiu que os

    ndios deixassem de ser escravizados durante o perodo

    colonial.

    B) O trabalho manual era visto como degradante pelos

    senhores brancos, e a escravido, uma forma de lhes

    garantir uma vida honrada no continente americano.

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    C) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o trfico, a

    adoo da escravido de africanos explica-se pela melhor

    adequao dos negros rotina do trabalho colonial.

    D) Extremamente difundida na Regio Nordeste, a

    escravido teve um papel secundrio e marginal na

    explorao das minas de metais e pedras preciosas no

    interior do Brasil.

    E) Diante das condies de vida dos escravos, os jesutas

    criticaram duramente a escravido dos negros africanos, o

    que provocou diversos conflitos no perodo colonial.

    14) (FGV-2003) Durante a poca Moderna, o sistema de plantation:

    A) propagou-se pela Europa Ocidental e caracterizou-se

    pela pequena explorao agrcola, pelo trabalho assalariado

    e pela produo em pequena escala de gneros alimentcios.

    B) disseminou-se pelo continente africano e caracterizava-

    se pela prtica do escambo entre os conquistadores

    europeus e as tribos nativas.

    C) instalou-se no continente americano e tinha como

    caractersticas o latifndio, a escravido e a produo em

    larga escala de matrias-primas e gneros tropicais.

    D) foi uma particularidade da Amrica de colonizao

    ibrica e caracterizava-se pela grande propriedade agrcola,

    escravido e produo de manufaturados.

    E) foi uma especificidade da Amrica anglo-sax e tinha

    como caractersticas a pequena propriedade, o trabalho

    familiar e o desenvolvimento do mercado interno colonial.

    15) (FGV-2004) Comparando a produo canavieira extrao mineradora no Brasil colonial, podemos afirmar

    que:

    a) A primeira caracterizou-se pela utilizao da mo-de-

    obra escrava, enquanto a segunda baseou-se

    fundamentalmente no trabalho assalariado.

    b) A primeira esteve voltada para o mercado interno

    colonial e a segunda articulou-se aos circuitos do mercado

    mundial.

    c) A primeira desenvolveu-se principalmente nas reas do

    interior, enquanto a segunda estabeleceu-se principalmente

    nas reas prximas ao litoral.

    d) A primeira esteve vinculada s estruturas do Antigo

    Sistema Colonial, enquanto a segunda pde desenvolver- se

    independentemente do controle metropolitano.

    e) A primeira desenvolveu-se numa sociedade de carter

    rural e a segunda promoveu o aparecimento de uma

    sociedade de carter fortemente urbano.

    16) (PUC-SP-2005) A utilizao de escravos negros africanos teve papel bastante importante na colonizao das

    Amricas porque

    A) diminuiu a produtividade na agricultura, dada a baixa

    capacidade de trabalho dos africanos, implicando declnio

    da lavoura aucareira, como se pode notar no Nordeste

    brasileiro e no Caribe.

    B) facilitou a busca de metais nobres, principal objetivo dos

    colonizadores, em virtude da falta de habilidade dos

    africanos na procura e localizao de minas e no manejo

    dos instrumentos de minerao.

    C) ofereceu mercado para os produtos primrios das

    colnias, como se pode notar no crescimento intenso do

    consumo no sul dos Estados Unidos, onde se utilizava mo-

    de-obra escrava.

    D) garantiu acumulao de capital nas metrpoles, em

    virtude dos ganhos obtidos no trfico, que envolvia desde a

    aquisio de negros na frica at sua venda para o trabalho

    escravo na Amrica.

    E) impediu a escravizao do ndio e assegurou a

    persistncia de grandes comunidades indgenas, como se

    pode notar nas regies dos antigos Imprios Inca, Maia e

    Asteca, que se mantiveram intocadas pelo espanhol.

    17) (Mack-2005) O trabalho da Companhia de Jesus foi um dos elementos que contribuiu para colonizao do territrio

    brasileiro.Sobre a participao dos padres jesutas nesse

    processo, assinale a alternativa correta.

    a) Os jesutas destacaram-se na ocupao da regio norte do

    territrio brasileiro, que assumiu, no sculo XVII, o papel

    de rea central do pacto colonial.

    b) Os jesutas, atravs de sua ao missionria, colaboraram

    para a consolidao do controle da Coroa Portuguesa sobre

    as reas coloniais.

    c) Graas atuao do Marqus de Pombal, e por meio da

    aliana do Estado com a Companhia de Jesus, foram

    criadas as condies polticas para a ao dos jesutas.

    d) Os ndios, os jesutas e os bandeirantes coexistiram de

    forma harmnica, consolidando e ampliando a dominao

    portuguesa sobre os territrios do Paraguai e do Uruguai.

    e) A catequese converteu o indgena em mo-de-obra

    disponvel e majoritria, na agricultura de exportao,

    durante todo o perodo colonial.

    18) (UFSCar-2005) O principal porto da Capital [de Pernambuco], que o mais nomeado e freqentado de navios que todos os mais do Brasil, (...) est ali uma

    povoao de 200 vizinhos, com uma freguesia do Corpo

    Santo, de quem so os mareantes mui devotos, e muitas

    vendas e tabernas, e os passos do acar, que so umas

    lojas grandes, onde se recolhem os caixes at se

    embarcarem nos navios. (Frei Vicente do Salvador, Histria do Brasil 1500-627.)

    O texto refere-se ao povoado de Recife. A partir do texto, correto afirmar que um aspecto histrico que explica a condio do povoado na poca foi A) o investimento feito pelos franceses na sua urbanizao. B) a concorrncia econmica com So Vicente, o que justifica seu baixo ndice de populao. C) a relao que mantinha com o interior do pas, sendo o principal entreposto do comrcio interno da produo de subsistncia. D) o fato de ser prspero economicamente por conta da produo de acar para exportao.

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    E) a presena da Igreja catlica, estimulando romarias e peregrinaes de devotos.

    19) (UNIFESP-2005) Se abraarmos alguns costumes deste gentio, os quais no so contra nossa f catlica, nem so

    ritos dedicados a dolos, como cantar cantigas de Nosso

    Senhor em sua lngua e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais. (Manuel da Nbrega, em carta de 1552.)

    Com base no texto, pode-se afirmar que

    A) os jesutas, em sua catequese, no se limitaram a

    aprender as lnguas nativas para cristianizar os indgenas.

    B) a proposta do autor no poderia, por suas concesses aos

    indgenas, ser aceita pela ordem dos jesutas.

    C) os mtodos propostos pelos jesutas no poderiam, por

    seu carter manipulador, serem aceitos pelos indgenas.

    D) os jesutas experimentaram os mais variados mtodos

    para alcanar seu objetivo, que era explorar os indgenas.

    E) os jesutas, depois da morte de Jos de Anchieta,

    abandonaram seus escrpulos no sentido de corromper os

    indgenas.

    20) (UFV-2005) Em 1807, o naturalista prussiano Alexander Von Humboldt afirmou que, na Espanha, o fato de no se

    possuir ascendentes judeus ou rabes constitua uma

    espcie de ttulo de nobreza, enquanto na Amrica a cor da

    pele (mais ou menos branca) indicava a posio social do

    indivduo. Essas prticas discriminatrias tm longnquas

    razes histricas, que remetem reconquista da Pennsula

    Ibrica e colonizao da Amrica.

    A partir dessas informaes, leia atentamente os itens

    abaixo.

    I. Na reconquista da Pennsula Ibrica, processo que

    antecedeu expanso ultramarina, os cristos promoveram

    a expulso ou subordinao de grupos tnicos mouros e

    judeus.

    II. As aes dos tribunais da Inquisio tinham por objetivo

    deter o avano do protestantismo, mas estimularam tambm

    as discriminaes contra os no-cristos.

    III. O envolvimento de judeus e muulmanos na conquista e

    colonizao do Novo Mundo eliminou as prticas

    discriminatrias contra estes povos no continente europeu.

    IV. A colonizao da Amrica no criou barreiras

    ascenso social dos no-espanhis, o que fica evidenciado

    pela forte mestiagem desde o incio da conquista do

    continente.

    V. A preponderncia do fator religioso na reconquista da

    Pennsula Ibrica promoveu uma maior homogeneizao da

    populao do que na Amrica portuguesa e espanhola.

    Esto CORRETOS apenas os itens:

    a) II, III e IV.

    b) I, IV e V.

    c) I, III e IV.

    d) II, III e V.

    e) I, II e V.

    21) (UNIFESP-2004) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797, de 160 filhas nascidas em 53

    famlias de destaque, mais de 77% foram enviadas a

    conventos, 5% permaneceram solteiras e apenas 14 se

    casaram. Tendo em vista que, no perodo colonial, mesmo

    entre pessoas livres, a populao masculina era maior que a

    feminina, esses dados sugerem que

    A) os senhores-de-engenho no deixavam suas filhas

    casarem com pessoas de nvel social e econmico inferior.

    B) entre as mulheres ricas, a devoo religiosa era mais

    intensa e fervorosa do que entre as mulheres pobres.

    C) os homens brancos preferiam manter sua liberdade

    sexual a se submeterem ao despotismo dos senhores-de-

    engenho.

    D) a vida na colnia era to insuportvel para as mulheres

    que elas preferiam vestir o hbito de freiras na Metrpole.

    E) a sociedade colonial se pautava por padres morais que

    privilegiavam o sexo e a beleza e no o status e a riqueza.

    22) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de So Vicente, So Paulo e Santos enviaram uma petio ao capito-mor de

    So Vicente na qual solicitaram uma autorizao para

    organizar uma expedio de guerra contra uma tribo

    indgena, justificando (...) que Sua Merc com a gente desta dita capitania faa guerra campal aos ndios

    denominados carijs, os quais a tm h muitos anos

    merecida por terem

    mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e

    cinqenta homens brancos (...). O contexto no qual essa petio foi elaborada nos permite

    afirmar que:

    a) a utilizao da mo-de-obra indgena se fazia necessria

    nesse momento pela falta de braos africanos, j que essa

    regio era uma importante fonte de renda para a Metrpole.

    b) a escravido indgena foi a soluo adotada

    principalmente nas reas mais prsperas, como Pernambuco

    e Bahia, onde a exportao aucareira exigia um elevado

    contingente humano para a realizao do trabalho.

    c) no ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o

    que dificultava a ao das expedies de apresamento

    indgena, que constantemente enfrentavam o perigo e a

    morte para realizar a captura de mo-de-obra.

    d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibio

    escravizao dos nativos, os colonos alegavam motivos

    relacionados a sua segurana pessoal e moralizao dos

    costumes, haja vista os inmeros casamentos mistos

    realizados nessa regio.

    e) a escravido indgena foi usada em toda a colnia, como

    soluo econmica secundria para a falta ou escassez de

    escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de

    explorao colonial, como soluo principal para o

    problema da mo-de-obra.

    23) (UNIFESP-2005) Se abraarmos alguns costumes deste gentio, os quais no so contra nossa f catlica, nem so

    ritos dedicados a dolos, como cantar cantigas de Nosso

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    Senhor em sua lngua e isto para os atrair a deixarem os outros costumes essenciais. (Manuel da Nbrega, em carta de 1552.)

    Com base no texto, pode-se afirmar que

    A) os jesutas, em sua catequese, no se limitaram a

    aprender as lnguas nativas para cristianizar os indgenas.

    B) a proposta do autor no poderia, por suas concesses aos

    indgenas, ser aceita pela ordem dos jesutas.

    C) os mtodos propostos pelos jesutas no poderiam, por

    seu carter manipulador, serem aceitos pelos indgenas.

    D) os jesutas experimentaram os mais variados mtodos

    para alcanar seu objetivo, que era explorar os indgenas.

    E) os jesutas, depois da morte de Jos de Anchieta,

    abandonaram seus escrpulos no sentido de corromper os

    indgenas.

    24) (Mack-2004) Em 1585, os colonos de So Vicente, So Paulo e Santos enviaram uma petio ao capito-mor de

    So Vicente na qual solicitaram uma autorizao para

    organizar uma expedio de guerra contra uma tribo

    indgena, justificando (...) que Sua Merc com a gente desta dita capitania faa guerra campal aos ndios

    denominados carijs, os quais a tm h muitos anos

    merecida por terem

    mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e

    cinqenta homens brancos (...). O contexto no qual essa petio foi elaborada nos permite

    afirmar que:

    a) a utilizao da mo-de-obra indgena se fazia necessria

    nesse momento pela falta de braos africanos, j que essa

    regio era uma importante fonte de renda para a Metrpole.

    b) a escravido indgena foi a soluo adotada

    principalmente nas reas mais prsperas, como Pernambuco

    e Bahia, onde a exportao aucareira exigia um elevado

    contingente humano para a realizao do trabalho.

    c) no ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o

    que dificultava a ao das expedies de apresamento

    indgena, que constantemente enfrentavam o perigo e a

    morte para realizar a captura de mo-de-obra.

    d) para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibio

    escravizao dos nativos, os colonos alegavam motivos

    relacionados a sua segurana pessoal e moralizao dos

    costumes, haja vista os inmeros casamentos mistos

    realizados nessa regio.

    e) a escravido indgena foi usada em toda a colnia, como

    soluo econmica secundria para a falta ou escassez de

    escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de

    explorao colonial, como soluo principal para o

    problema da mo-de-obra.

    25) (Mack-2004) (...) o nmero de refinarias, na Holanda, passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25

    encontravam-se em Amsterd, que se transformara no

    grande centro de refino e distribuio do acar na Europa.

    Elza Nadai e Joana Neves

    A respeito do aumento de interesse, por parte dos

    holandeses, no apenas na refinao do acar brasileiro,

    mas tambm no transporte e distribuio desse produto nos

    mercados europeus, acentuadamente no sculo XVII,

    correto afirmar que:

    a) com a Unio Ibrica (1580-1640), os holandeses

    desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para

    obter postos estratgicos na luta contra a Espanha.

    b) a ocupao de Salvador, em 1624, por tropas flamengas,

    foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o

    poderio de Filipe II, rei da Espanha.

    c) a criao da Companhia das ndias Ocidentais foi

    responsvel pela conquista do litoral ocidental da frica, do

    nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mo-de-

    obra para as lavouras antilhanas.

    d) o domnio holands, no nordeste brasileiro, buscava

    garantir o abastecimento de acar, controlando a principal

    regio produtora, pois foi graas ao capital flamengo, que a

    empresa aucareira pode ser instalada na colnia.

    e) a Companhia das ndias Ocidentais, em 1634, na luta

    pela conquista do litoral nordestino, prope a proteo das

    propriedades brasileiras submetidas custdia holandesa,

    porm, em troca, os brasileiros no poderiam manter sua

    liberdade religiosa.

    26) (FUVEST-2007)

    Este quadro, pintado por Franz Post por volta de 1660, pode

    ser corretamente relacionado

    a) iniciativa pioneira dos holandeses de construo dos

    primeiros engenhos no Nordeste.

    b) riqueza do acar, alvo principal do interesse dos

    holandeses no Nordeste.

    c) condio especial dispensada pelos holandeses aos

    escravos africanos.

    d) ao incio da exportao do acar para a Europa por

    determinao de Maurcio de Nassau.

    e) ao incentivo vinda de holandeses para a constituio de

    pequenas propriedades rurais.

    27) (FUVEST-2007) No Brasil, os escravos 1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em

    atividades econmicas variadas.

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    2. sofriam castigos fsicos, em praa pblica, determinados

    por seus senhores.

    3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicdio,

    seja organizando rebelies.

    4. tinham a mesma cultura e religio, j que eram todos

    provenientes de Angola.

    5. estavam proibidos pela legislao de efetuar pagamento

    por sua alforria.

    Das afirmaes acima, so verdadeiras apenas

    a) 1, 2 e 4.

    b) 3, 4 e 5.

    c) 1, 3 e 5.

    d) 1, 2 e 3.

    e) 2, 3 e 5.

    28) (ENEM-2007) A identidade negra no surge da tomada de conscincia de uma diferena de pigmentao ou de uma

    diferena biolgica entre populaes negras e brancas e(ou)

    negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo

    histrico que comea com o descobrimento, no sculo XV,

    do continente africano e de seus habitantes pelos

    navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o

    caminho s relaes mercantilistas com a frica, ao trfico

    negreiro, escravido e, enfim, colonizao do continente

    africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas consideraes sobre a diversidade e a identidade negra no

    Brasil. In: Diversidade na educao: reflexes e

    experincias. Braslia: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.

    Com relao ao assunto tratado no texto acima, correto

    afirmar que

    a) a colonizao da frica pelos europeus foi simultnea ao descobrimento desse continente.

    b) a existncia de lucrativo comrcio na frica levou os portugueses a desenvolverem esse continente.

    c) o surgimento do trfico negreiro foi posterior ao incio da escravido no Brasil.

    d) a explorao da frica decorreu do movimento de expanso europia do incio da Idade Moderna.

    e) a colonizao da frica antecedeu as relaes comerciais entre esse continente e a Europa.

    29) (Mack-2007) Fundamental para a estruturao do sistema colonial portugus na Idade Moderna, o chamado

    exclusivo colonial visava, sobretudo a a) estimular nas colnias uma poltica de industrializao

    que permitisse Metrpole concorrer com suas rivais

    industrializadas.

    b) reservar a grupos ou a companhias privilegiadas ou mesmo ao Estado o comrcio externo das colnias, tanto o de importao quanto o de exportao.

    c) restringir a tarefa de doutrinao dos indgenas

    americanos exclusivamente aos membros da Companhia de

    Jesus, assegurando, dessa forma, o poder real entre os

    povos nativos.

    d) impedir, nas colnias, o acesso de fidalgos mazombos a

    cargos administrativos importantes, reservados a fidalgos

    reinis.

    e) orientar a produo agrcola conforme as exigncias da

    populao colonial, evitando por esse meio crises de

    abastecimento de alimentos nos centros urbanos.

    30) (ESPM-2007) Numa economia como a brasileira particularmente em sua primeira fase preciso distinguir dois setores bem diferentes da produo. O primeiro dos

    grandes produtos de exportao, o outro das atividades

    acessrias cujo fim manter em funcionamento aquela

    economia de exportao.

    So sobretudo as que se destinam a fornecer os meios de

    subsistncia populao empregada nesta ltima. (Caio Prado Jr. Histria Econmica do Brasil)

    Assinale a alternativa que traga, respectivamente, um

    produto de exportao e uma atividade acessria ou de

    subsistncia praticadas no Brasil colonial:

    a) Acar e borracha.

    b) Acar e mandioca.

    c) Acar e soja.

    d) Caf e borracha.

    e) Caf e soja.

    31) (UNIFESP-2007) No minha inteno que no haja escravos... ns s queremos os lcitos, e defendemos

    (proibimos) os ilcitos. Essa posio do jesuta Antnio

    Vieira, na segunda metade do sculo XVII,

    a) aceita a escravido negra mas condena a indgena.

    b) admite a escravido apenas em caso de guerra justa.

    c) apia a proibio da escravido aos que se convertem ao

    cristianismo.

    d) restringe a escravido ao trabalho estritamente

    necessrio.

    e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a

    escravido em geral.

    32) (UNIFESP-2007) ... todos os gneros produzidos junto ao mar podiam conduzir- se para a Europa facilmente e os do

    serto, pelo contrrio, nunca chegariam a portos onde os

    embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais

    que aos lavradores no faria conta larg-los pelo preo por

    que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos

    de antepor a povoao da costa do serto. (Frei Gaspar da

    Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra

    a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se

    ocupar o interior.

    b) o carter litorneo da colonizao portuguesa da

    Amrica.

    c) o que quela altura ainda poucos sabiam sobre as

    desvantagens do serto.

    d) o contraste entre o povoamento do nordeste e o do

    sudeste.

    e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na

    regio das Minas.

    33) (VUNESP-2008) H uma encruzilhada de trs estradas sob a minha cruz de estrelas azuis: trs caminhos se cruzam

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    um branco, um verde e um preto trs hastes da grande cruz/ E o branco que veio do norte, e o verde que veio da

    terra, e o preto que veio do leste derivam, num novo

    caminho, completam a cruz/ unidos num s, fundidos num

    vrtice.(Guilherme de Almeida, Raa.)

    Nessa viso potica da histria do povo brasileiro, o autor

    a) refere-se ao domnio europeu e condio subalterna dos

    africanos na formao da nacionalidade.

    b) trata dos seus trs grupos tnicos, presentes desde a

    colonizao, mesclados numa sntese nacional.

    c) critica o papel desempenhado pelos jesutas sobre

    portugueses, ndios e negros na poca colonial.

    d) expressa idias e formas estticas do movimento

    romntico do sculo XIX, que enaltecia a cultura negra.

    e) elogia o movimento nacionalista que resultou na

    implantao de regimes polticos autoritrios no Brasil.

    34) (UFPR-2009) Sobre a ocupao holandesa do nordeste brasileiro em 1630, correto afirmar:

    a) Os holandeses exploravam e financiavam a indstria

    aucareira brasileira mesmo antes da ocupao do nordeste.

    b) A principal instituio europia contrria aos objetivos

    expansionistas dos holandeses no Brasil foi a poderosa

    Companhia das ndias Ocidentais.

    c) A ocupao holandesa encontrou sua mais persistente

    oposio entre os senhores de engenho da regio.

    d) Maurcio de Nassau, governador do territrio ocupado

    pelos holandeses, restringiu a liberdade religiosa e selou

    uma vigorosa aliana com a Igreja Catlica.

    e) O domnio holands no nordeste do Brasil agravou o

    crnico problema da agricultura de subsistncia na colnia,

    pois todos os recursos naturais e humanos foram

    direcionados produo de acar.

    35) (Mack-2009) Na historiografia brasileira, encontramos um debate que procura responder seguinte questo: tendo

    em vista sua estrutura geral, poderamos classificar o

    Brasil-colnia como um exemplo tardio de Feudalismo?

    Analisando a estrutura colonial brasileira, podemos refutar

    a hiptese de Brasil feudal, considerando que

    a) a produo colonial, embora agrcola, visava ao

    abastecimento do mercado externo, obedecendo lgica do

    Capitalismo Comercial.

    b) o controle poltico das Capitanias Hereditrias esteve,

    exclusivamente, nas mos dos donatrios, oriundos da alta

    nobreza portuguesa.

    c) o progresso da colnia assentava-se sobre a servido

    coletiva imposta a ndios e africanos.

    d) a economia colonial desenvolveu um comrcio interno

    insignificante, sobretudo durante o ciclo da minerao.

    e) a sociedade colonial era, juridicamente, classificada

    como estamental, tendo em vista a impossibilidade legal de

    libertao de escravos.

    36) (UFMG-1997) O interesse dos mercadores dos Pases-Baixos pelo Brasil foi um fato que antecedeu de muito os

    ataques empreendidos pela Companhia das ndias

    Ocidentais, em 1624 contra a Bahia e, em 1630, contra

    Pernambuco. Estes ataques explicam-se por aquele

    interesse(...). Faz-se, pois, necessrio recuar um pouco no

    tempo, para uma perspectiva melhor dos acontecimentos

    que na segunda e terceira dcadas de 1600 se desenrolam

    em nosso pas.

    (MELLO, J. A. Gonsalves de. O domnio holands na

    Bahia e no Nordeste. In: HOLANDA, S. B.. de (dir.).

    Histria Geral da Civilizaoo Brasileira. So Paulo: Difel, 1981. t. I, v. 1, p. 235.)

    CITE a forma de participaoo dos mercadores dos Pases-Baixos no comrcio do acar anterior ao domnio holands

    no nordeste aucareiro.

    37) (Vunesp-1996) "0 ser senhor de engenho, diz o cronista, ttulo a que muitos aspiram porque traz consigo o ser

    servido, obedecido e respeitado de muitos."

    (Antonil - CULTURA E OPULNCIA DO BRASIL).

    Considerando o perodo colonial brasileiro, comente a

    afirmao apresentada.

    38) (Fuvest-2000) Ocupaes dos vereadores de Salvador, Bahia, 1680 1729

    Ocupao N %

    Senhores de engenho 132 50,8

    Lavradores de cana 33 12,7

    Comerciantes proprietrios de terra 35 13,5

    Profissionais proprietrios de terra [ setor acareiro] 8 3,1

    Comerciantes 12 4,6

    Profissionais 7 2,7

    Pecuaristas e plantadores de fumo 9 3,4

    No identificados 24 9,2

    (S. B. Schwartz, Cia das Letras, 1995)

    O conjunto de dados da tabela acima mostra que um grupo

    exerceu o controle da Cmara Municipal de Salvador, ou

    seja, que um grupo governou a vila durante o perodo, haja vista a funo desta instituio na colnia. Trata-se do

    grupo formado pelos

    a) senhores de engenho e comerciantes.

    b) senhores de engenho e lavradores de cana.

    c) homens ligados s atividades econmicas urbanas.

    d) burgueses, pelos no identificados e por lavradores de cana.

    e) proprietrios de terra em geral.

    39) (FGV-2002) O espao fechado e o calor do clima, a juntar ao nmero de pessoas que iam no barco, to cheio

    que cada um de ns mal tinha espao para se virar, quase

    nos sufocavam. Esta situao fazia-nos transpirar muito, e

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    pouco depois o ar ficava imprprio para respirar, com uma

    srie de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como

    uma doena, da qual muitos morriam.

    ( Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os

    africanos. Histria dum continente. Lisboa, Terramar, 1999,

    p. 179.)

    A respeito do trfico negreiro, correto afirmar:

    A. Foi praticado exclusivamente pelos portugueses que

    obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao

    fornecimento de escravos s plantaes tropicais e s minas

    da Amrica espanhola e anglo-sax.

    B. Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucrativa e

    decisiva no processo de acumulao primitiva de capitais

    que levou ao surgimento da sociedade industrial.

    C. Foi combatido pelos holandeses poca de sua

    instalao em Pernambuco, o que provocou a revolta da

    populao luso-brasileira em meados do sculo XVII.

    D. Tornou-se alvo de divergncias entre dominicanos, que

    defendiam o trfico e a escravido dos africanos, e os

    jesutas, contrrios tanto ao trfico quanto escravido.

    E. O aperfeioamento do transporte registrado no sculo

    XIX visava diminuir a mortandade dos escravos durante a

    travessia do Atlntico, atenuava as crticas ao trfico e

    ainda ampliava a margem de

    lucros.

    40) (Fuvest-2003) Ao longo do sculo 17, vegetais americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o

    anans e o caju penetraram no continente africano. Isso

    deve ser entendido como

    a) parte do aumento do trfico negreiro, que estreitou as

    relaes entre a Amrica Portuguesa e a frica e fez do

    sistema sul-atlntico o mais importante do Imprio

    Portugus.

    b) indcio do alinhamento crescente de Portugal com a

    Inglaterra, que pressupunha a consolidao da penetrao

    comercial no interior da frica.

    c) fruto de uma poltica sistemtica de Portugal no sentido

    de anular a influncia asitica e consolidar a americana no

    interior de seu imprio.

    d) imposio da diplomacia adotada pela dinastia dos

    Braganas, que desejava ampliar a influncia portuguesa no

    interior da frica, regio controlada por comerciantes

    espanhis.

    e) alternativa encontrada pelo comrcio portugus, j que os

    franceses controlavam as antigas possesses portuguesas no

    Oriente e no esturio do Prata.

    41) (UEL-2003) H trezentos anos que o africano tem sido o principal instrumento da ocupao e da manuteno do

    nosso territrio pelo europeu, e que os seus descendentes se

    misturam com o nosso povo. Onde ele no chegou ainda, o

    pas apresenta o aspecto com que surpreendeu aos seus

    primeiros descobridores. Tudo o que significa luta do

    homem com a natureza, conquista do solo para habitao e

    cultura, estradas e edifcios, canaviais e cafezais, a casa do

    senhor e a senzala dos escravos, igrejas e escolas,

    alfndegas e correios, telgrafos e caminhos de ferro,

    academias e hospitais, tudo, absolutamente tudo, que existe

    no pas, como resultado do trabalho manual, como emprego

    de capital, como acumulao de riqueza, no passa de um

    doao gratuita da raa que trabalha que faz trabalhar. (NABUCO, Joaquim. Minha formao. Braslia: Editora

    UnB, 1981. p. 28-29.)

    Com base no texto do integrante do parlamento no Brasil

    Imprio e nos conhecimentos sobre o trabalho escravo,

    correto afirmar:

    a) Apesar de defender a instituio permanente da

    escravido, Joaquim Nabuco destaca a presena

    fundamental da mode-obra livre no contexto do

    desenvolvimento econmico do Brasil Imprio.

    b) Para o estadista, o fim da escravido abalaria de forma

    irreversvel a produo agrcola e o comrcio no Imprio.

    c) O parlamentar enftico em suas opinies sobre a

    relevncia que teve o trabalho escravo para a economia e a

    sociedade brasileiras.

    d) A persistncia da escravido no Brasil por trs sculos

    resulta da submisso dos africanos e da ausncia de lutas

    contra o rigor do cativeiro.

    e) A condio de grande proprietrio, desfrutada por

    Joaquim Nabuco, reflete-se em sua viso contrria ao

    reconhecimento da contribuio do negro para a cultura

    nacional.

    42) (UNICAMP-2004) No sculo XVII, o Rio de Janeiro era um dos principais plos econmicos do Imprio

    Ultramarino Portugus. Na segunda metade do sculo, a

    regio era grande produtora e exportadora de acar e

    consumidora de escravos, sendo que seus comerciantes

    atuavam intensamente no trfico negreiro com a frica e no

    acesso prata das zonas espanholas na Amrica, atravs do

    rio da Prata. A despeito de tudo, seus moradores viviam

    oprimidos com as pesadas taxaes que eram obrigados a

    pagar para a manuteno das tropas de defesa.

    (Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, O

    Imprio em apuros: notas para o estudo das alteraes

    ultramarinas e das prticas polticas no Imprio Colonial

    Portugus. Sculos XVII e XVIII, em Jnia Ferreira

    Furtado (org.), Dilogos Ocenicos. Minas Gerais e as

    novas abordagens para uma histria do Imprio

    Ultramarino Portugus. Belo Horizonte/So Paulo:

    UFMG/Humanitas, 2001, p. 207).

    a) Identifique os principais plos que demarcam a extenso

    territorial do Imprio Ultramarino Portugus no sculo

    XVII.

    b) Quais atividades desenvolvidas na Amrica Portuguesa

    sustentaram sua importncia econmica durante o sculo

    XVII?

    c) Explique de que maneira o fisco era um problema na

    Amrica Portuguesa.

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    43) (Mack-2005) Em 1555, um dos mais importantes lderes do protestantismo francs, o Almirante Coligny, enviou

    uma expedio Amrica. Em novembro desse mesmo

    ano, sob o comando de Nicholas Durand de Villegaignon, a

    expedio chegou ao atual Estado do Rio de Janeiro, onde

    construiu o forte Coligny e fundou uma colnia

    denominada Frana Antrtica.

    Destaca-se, entre as razes que motivaram a fundao dessa

    colnia, a:

    a) disputa pela posse das lavouras aucareiras implantadas

    no territrio brasileiro.

    b) luta pelo controle do porto de Paraty, por onde era

    exportada a produo de ouro.

    c) retaliao aos catlicos pelo massacre de protestantes na

    Noite de So Bartolomeu. d) disputa pela hegemonia do comrcio de pau-brasil para a

    manufatura txtil.

    e) necessidade de ampliar o controle territorial francs at a

    foz do Rio da Prata.

    44) (FGV-2005) Alguns moradores daqueles distritos, por temerem os danos que recebiam e segurarem as suas casas,

    famlias e lavouras dos males que os negros do Palmares

    lhes causavam, tinham com elas secreta confederao,

    dando-lhes armas, plvora e balas, roupas, fazendas da

    Europa e regalos de Portugal, pelo ouro, prata e dinheiro

    que traziam do que roubavam, e alguns vveres dos que nos

    seus campos colhiam, sem ateno s gravssimas penas em

    que incorriam, porque o perigo presente os fazia esquecer

    do castigo futuro... ROCHA PITA, S. da Histria da Amrica Portuguesa, Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1976, p. 215.

    Essa uma das mais antigas descries sobre o Quilombo

    dos Palmares, publicada em 1730 e elaborada por um luso-

    brasileiro que acompanhou, de Salvador, a sua destruio

    ao final do sculo XVII.

    a) Apresente uma definio para quilombo. b) Analise as relaes de Palmares com a sociedade

    colonial.

    45) (Vunesp-2005) A cana-de-acar comeou a ser cultivada igualmente em So Vicente e em Pernambuco,

    estendendo-se depois Bahia e ao Maranho a sua cultura,

    que onde logrou xito medocre como em So Vicente ou mximo como em Pernambuco, no Recncavo e no

    Maranho trouxe em conseqncia uma sociedade e um gnero de vida de tendncias mais ou menos aristocrticas e

    escravocratas. (Gilberto Freyre, Casa-Grande e Senzala.)

    Tendo por base as afirmaes do autor, a) cite um motivo do maior sucesso da explorao da cana-de-acar em Pernambuco do que em So Vicente. b) Explique por que o autor definiu o gnero de vida da sociedade constituda pela cultura da cana-de-acar como apresentando tendncias mais ou menos aristocrticas.

    46) (UFMG-2005) Analise este quadro:

    Evoluo do nmero de engenhos de acar em

    cada Capitania

    Capitania 1570 1583 1612 1629

    Par, Cear,

    Maranho

    - - - -

    Rio Grande - - 1 -

    Paraba - - 12 24

    Itamarac 1 - 10 18

    Pernambuco 23 66 99 150

    Sergipe - - 1 -

    Bahia 18 33 50 80

    Ilhus 8 3 5 4

    Porto Seguro 5 1 1 -

    Esprito Santo 1 6 8 8

    Rio de Janeiro - 3 14 60

    So Vicente, Santo

    Amaro

    4 6 - -

    Total 60 118 201 350

    FONTE: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDUHURI, Kirti.

    Histria da expanso portuguesa. Lisboa: Crculo de Leitores,

    1998. p. 316.

    A partir dessas informaes sobre a evoluo do nmero de

    engenhos aucareiros no Brasil, entre 1570 e 1629,

    CORRETO afirmar que

    A) a expulso dos holandeses da Bahia provocou a retrao

    da produo aucareira nessa Capitania.

    B) a invaso holandesa no Nordeste aucareiro destruiu a

    base produtiva instalada pelos portugueses na regio.

    C) a substituio do trabalho escravo indgena pelo africano

    no alterou a produo de acar na regio de So Paulo.

    D) a expanso da rea aucareira em Pernambuco ocorreu,

    de forma significativa, durante o perodo da Unio Ibrica.

    47) (UFRJ-2005) [O Brasil era] a morada da pobreza, o bero da preguia, o teatro dos vcios.

    (VILHENA, Lus dos Santos. A Bahia no sculo XVIII.

    Bahia: Itapu, 1969.)

    A avaliao acima, feita por um portugus do final do

    sculo XVIII, aponta alguns traos da sociedade do Brasil

    colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos

    proprietrios de terra, existiam grupos marginalizados.

    A) Indique dois grupos sociais que constituam os

    marginalizados da sociedade colonial.

    B) Descreva o papel desempenhado pelos grandes

    proprietrios de terra na vida poltica e administrativa do

    Brasil colonial.

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    48) (UNIFESP-2004) Estima-se que, no fim do perodo colonial, cerca de 42% da populao negra ou mulata era

    constituda por africanos ou afro-brasileiros livres ou

    libertos. Sobre esse expressivo contingente, correto

    afirmar que

    A) era o responsvel pela criao de gado e pela indstria

    do couro destinada exportao.

    B) vivia, em sua maior parte, em quilombos, que tanto

    marcaram a paisagem social da poca.

    C) possua todos os direitos, inclusive o de participar das

    Cmaras e das irmandades leigas.

    D) tinha uma situao ambgua, pois no estava livre de

    recair, arbitrariamente, na escravido.

    E) formava a mo-de-obra livre assalariada nas pequenas

    propriedades que abasteciam as cidades.

    49) (Mack-2004) Folga, nego, branco no vem c; Se vier, o diabo h de levar.

    Samba, nego, branco no vem c;

    Se vier, pau h de levar.

    Cantiga de Quilombo, dana folclrica alagoana

    Sobre a utilizao do trabalho escravo, podemos afirmar

    que:

    a) a submisso dos indgenas foi eficiente, pois eles no

    ofereciam resistncia dominao, j que eram

    familiarizados com o meio ambiente.

    b) a escravizao dos indgenas no foi satisfatria, pela

    oposio das ordens religiosas, apesar do apoio da

    legislao oficial utilizao desses indivduos.

    c) a Igreja catlica condenava a imposio da escravido

    aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as

    prticas cruis.

    d) a habilidade dos africanos em atividades como a criao

    de animais e a agricultura era uma das vantagens

    oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes

    s epidemias.

    e) a utilizao dos escravos africanos permitia aumentar o

    lucro gerado pelo trfico intercontinental, apesar de os

    africanos resistirem dominao, organizando-se em

    quilombos.

    50) (Mack-2004) Folga, nego, branco no vem c; Se vier, o diabo h de levar.

    Samba, nego, branco no vem c;

    Se vier, pau h de levar.

    Cantiga de Quilombo, dana folclrica alagoana

    Sobre a utilizao do trabalho escravo, podemos afirmar

    que:

    a) a submisso dos indgenas foi eficiente, pois eles no

    ofereciam resistncia dominao, j que eram

    familiarizados com o meio ambiente.

    b) a escravizao dos indgenas no foi satisfatria, pela

    oposio das ordens religiosas, apesar do apoio da

    legislao oficial utilizao desses indivduos.

    c) a Igreja catlica condenava a imposio da escravido

    aos africanos e estimulava as fugas, em protesto contra as

    prticas cruis.

    d) a habilidade dos africanos em atividades como a criao

    de animais e a agricultura era uma das vantagens

    oferecidas, apesar de os africanos serem menos resistentes

    s epidemias.

    e) a utilizao dos escravos africanos permitia aumentar o

    lucro gerado pelo trfico intercontinental, apesar de os

    africanos resistirem dominao, organizando-se em

    quilombos.

    51) (VUNESP-2006) Leia os textos seguintes.

    Texto n- 1:

    Etnocentrismo: tendncia para considerar a cultura de seu prprio povo como a medida para todas as outras. (Novo Dicionrio Aurlio.)

    Texto n- 2:

    [Os ndios] no tem f, nem lei, nem rei (...). so mui desumanos e cruis, (...) so mui desonestos e dados sensualidade (...). Todos comem carne humana e tm-na pela melhor iguaria de quantas pode haver (...). Vivem mui descansados, no tm cuidado de cousa alguma se no de comer e beber e matar gente. (Pero de Magalhes Gandavo. Tratado da Terra do Brasil, sculo XVI.)

    a) O texto n- 2 pode ser considerado etnocntrico?

    Justifique sua resposta.

    b) Comente algumas das conseqncias, para as populaes

    indgenas, da chegada dos portugueses Amrica.

    52) (VUNESP-2006) Efetivamente, ocorriam casamentos mesmo entre os escravos. preciso lembrar que a Igreja

    incumbia os senhores de manter seus cativos na religio

    catlica, responsabilizando-os pelo acesso aos sacramentos

    e ritos de culto. Dessa forma, o casamento era no s forma

    de aculturao, mas tambm de estabilidade nos plantis,

    desestimulando fugas e mesmo as alforrias, revertendo

    sempre no interesse do prprio senhor. Como exemplo, no

    Serro Frio, Francisca da Silva de Oliveira, a conhecida

    Chica da Silva, casava sistematicamente seus

    escravos. Em 30 de julho de 1765, na matriz de Santo

    Antnio do Tejuco, casaram-se seus escravos Joaquim

    Pardo e Gertrudes Crioula.

    (Jnia Ferreira Furtado, Cultura e sociedade no Brasil colnia.) Assim, para os senhores de escravos, permitir e incentivar o casamento dos seus escravos significava A) se contrapor aos interesses da Igreja Catlica, que defendia os rituais religiosos apenas aos homens livres. B) ampliar, de maneira substancial, as ocorrncias de alforrias das crianas nascidas desses casamentos. C) resgatar as tradies culturais e religiosas dos povos africanos, garantindo o casamento entre pessoas da mesma etnia. D) ter escravos disciplinados para o trabalho e menos propensos aos atos de rebeldia contra a escravido.

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    E) evitar as unies entre africanos e colonizadores brancos, em nome do projeto de embranquecimento do Brasil.

    53) (UFRJ-2005) Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este tm por

    seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presena

    pem logo o joelho no cho e batem as palmas das mos

    em sinal de seu reconhecimento e protestao de sua

    excelncia; [ a cidade de Macaco] est fortificada por u

    cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia

    de armadilhas de ferro e de covas to ardilosas que perigar

    nelas a maior vigilncia; ocupa esta cidade dilatado espao,

    formado de mais de 1.500 casas.

    Fonte: adaptado de SILVA, Leonardo Dantas. Alguns

    documentos para a histria da escravido. Recife, Editora

    Massangana, 1988, p. 29.

    Esse documento, escrito na poca do quilombo de

    Palmares, descreve aspectos fundamentais de sua

    organizao.

    a) Identifique, no documento, duas caractersticas de

    Palmares que tambm eram observadas nos grandes

    quilombos americanos.

    b) Cite dois exemplos de ocupao estrangeira da Amrica

    Portuguesa ao longo do perodo de existncia do quilombo

    de Palmares.

    54) (UFRJ-2005) Distribuio (%) da propriedade escrava de acordo com a faixa de tamanho de plantel de escravos -

    Bahia (1816-1817) e Jamaica (1832)

    Faixas de tamanho de

    plantel (n de

    escravos)

    Bahia

    (1816 1817)

    Jamaica

    (1832)

    Proprietrios Escravos Proprietrios Escravos

    De 1 a 9 83.6 36.3 69.1 8.7

    De 10 a 49 13.8 34.2 18.7 15.8

    De 50 a 99 2.1 20.1 4.6 14.0

    100 ou mais 0.5 9.4 7.6 61.5

    100.0 100.0 100.0 100.0

    Fonte: SCHWARTZ, Stuart. Segredos internos.

    So Paulo, Companhia das Letras, 1988, p. 374.

    A tabela acima estabelece o perfil de concentrao da

    propriedade de escravos no recncavo da Bahia e na

    Jamaica na primeira metade do sculo XIX. Ela mostra, por

    exemplo, que 34,2% dos cativos baianos pertenciam a

    senhores cujas fazendas possuam de 10 a 49 escravos, e

    que os donos de cativos dessa faixa de plantel

    representavam 13,8% do total de escravocratas baianos no

    perodo em questo. Considerando a tabela, indique qual

    das duas sociedades escravistas - a baiana ou a jamaicana -

    apresentava maior grau de concentrao da propriedade de

    escravos. Justifique a sua resposta.

    55) (UNICAMP-2007) 2) Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas

    terras de serra acima, onde se faz o acar; porque a cultura

    da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1-) porque

    tem abandonado ou diminudo a cultura do milho e do

    feijo e a criao dos porcos; estes gneros tm encarecido,

    assim como a cultura de trigo, e do algodo e azeite de

    mamona; 2-) porque tem introduzido muita escravatura, o

    que empobrece os lavradores, corrompe os contumes e leva

    ao desprezo pelo trabalho de enxada; 3-) porque tem

    devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas

    herdades; 4-) porque rouba muitos braos agricultura,

    que se empregam no carreto dos africanos; 5-) porque

    exige grande nmero de bestas muares que no procriam e

    que consomem muito milho; 6-) porque diminuiria a

    feitura da cachaa, que to prejudicial do moral e fsico

    dos moradores do campo. (Adaptado de Jos Bonifcio de

    Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 181, 182.)

    Retome o texto 2 da coletnea, escrito por Jos Bonifcio de Andrada e Silva.

    a) Identifique dois aspectos negativos da cultura da cana-

    de-acar mencionados no texto.

    b) A Assemblia Constituinte, qual Jos Bonifcio

    encaminhou seus projetos sobre a escravido, foi dissolvida

    em novembro de 1823 por D. Pedro I, que promulgou uma

    Constituio em maro de 1824. Essa carta outorgada

    instituiu o Poder Moderador. De que maneira o Poder

    Moderador levou centralizao da Monarquia?

    c) Aponte dois fatores que contriburam para a abolio da

    escravido no Brasil.

    56) (UFTM-2007) No processo de colonizao da Amrica, durante a Idade Moderna,

    a) foram adotados, fundamentalmente, princpios liberais,

    como o monoplio de comrcio e o sistema de porto nico.

    b) a Espanha organizou suas colnias em capitanias

    hereditrias, concedendo-lhes grande autonomia

    administrativa.

    c) utilizaram-se formas compulsrias de trabalho, como a

    mita e a encomienda, alm da escravido de ndios e

    negros.

    d) a Inglaterra desenvolveu uma colonizao de explorao

    na Nova Inglaterra, seguindo os moldes da Amrica

    portuguesa.

    e) prevaleceu o modelo de sociedade vigente na Europa,

    separando-se com absoluta rigidez os brancos dos no

    brancos.

    57) (UFTM-2007) (...) outros tipos de negociao iam pouco a pouco se tornando parte do sistema escravista, que ao

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    longo dos sculos assumiu formas diversas, mudando junto

    com a sociedade brasileira.

    Assim, se legalmente os escravos no tinham nenhum

    direito, podendo seus senhores conden-los morte ou

    vend-los quando bem entendessem, por meio da constante

    resistncia opresso eles foram estabelecendo limites a

    esta e construindo um senso comum, segundo o qual

    algumas atitudes, como separar famlias (...) ou aplicar

    castigos brutais (...) passaram a no ser aceitas pelo

    conjunto da sociedade. Por outro lado, no sculo XIX j

    eram muitas as crticas com relao ao uso do trabalho

    escravo (...).

    Apesar de muitas rebelies terem sido planejadas na regio

    das minas, principalmente no incio do sculo XVIII, as que

    chegaram mais longe aconteceram no Recncavo Baiano

    (...) no incio do sculo XIX. (Marina de Mello e Souza, frica e Brasil Africano)

    De acordo com a autora, as formas de resistncia dos

    escravos

    a) limitaram-se regio nordestina, com os quilombos, no

    perodo colonial.

    b) no conseguiram apoio de outros setores da sociedade,

    mesmo no sculo XIX.

    c) encontraram sua maior expresso nas rebelies nas reas

    mineradoras.

    d) dependeram apenas da boa vontade dos senhores em

    aceitar suas reivindicaes.

    e) no se restringiram violncia, chegando at

    negociao com os senhores.

    58) (VUNESP-2007) A idia exposta neste livro diferente e relativamente simples: a colonizao portuguesa, fundada

    no escravismo, deu lugar a um espao econmico e social

    bipolar, englobando uma zona de produo escravista

    situada no litoral da Amrica do Sul e uma zona de

    reproduo de escravos centrada em Angola. (Luis Felipe de Alencastro, O trato dos viventes.)

    A partir do texto, pode-se concluir que

    a) as duas regies de colonizao no Atlntico Sul eram

    independentes, unidas somente pela subordinao

    metrpole.

    b) a presena dos colonizadores portugueses assegurou a

    produo agroexportadora no continente africano, do sculo

    XVI ao XVIII.

    c) as duas regies unidas pelo oceano formaram um s

    sistema de explorao colonial criado pelos portugueses nos

    sculos XVI e XVII.

    d) a Coroa portuguesa privilegiava a poro africana, isto ,

    a reproduo de escravos, dentro do imprio colonial, nos

    sculos XVI e XVII.

    e) nossa histria no coincide com o nosso territrio

    colonial, isto , a colnia portuguesa da Amrica do Sul era

    simples prolongamento da Europa.

    59) (UECE-2007) Caio Prado Jr. procurou mostrar que a estrutura colonial (latifndio, monocultura, escravismo)

    surgiu por causa dos interesses da Metrpole em ter uma

    rea que produzia artigos tropicais que seriam exportados

    para o mercado europeu. Pesquisas mais recentes afirmam

    que no se pode exagerar a importncia da plantation e do

    mercado externo na estrutura da produo colonial. Fonte: FRAGOSO, Joo e FLORENTINO, Manolo. O Arcasmo como Projeto. Rio

    de Janeiro: Diadorim,

    1993, pp. 15-31.

    Com base no fragmento acima, considere as seguintes

    afirmativas:

    I. Os grandes traficantes de escravos, que viviam no

    Brasil, estavam entre os mais ricos da Colnia e tambm

    compravam terras.

    II. O retorno lquido de uma plantation era geralmente

    inferior ao lucro obtido com o trfico de africanos.

    III. O projeto colonizador no visava lucros, mas criar

    um sistema hierrquico de poder e de acumulao de terras.

    Marque o correto:

    a) Somente I e III so verdadeiras.

    b) Somente II e III so falsas.

    c) Somente I e II so verdadeiras.

    d) I, II e III so verdadeiras.

    60) (FUVEST-2008) Com relao ao perodo colonial, tanto na Amrica Portuguesa quanto na Amrica Espanhola,

    considere as seguintes afirmaes:

    1. a mo-de-obra escrava africana, empregada nas

    atividades econmicas, era a predominante.

    2. as Coroas controlavam as economias por intermdio de

    monoplios e privilgios.

    3. os nascidos nas Amricas no sofriam restries para

    ascender nas administraes civis e religiosas.

    4. a alta hierarquia da Igreja Catlica mantinha fortes laos

    polticos com as Coroas.

    5. as rebelies manifestavam as insatisfaes polticas de

    diferentes grupos sociais.

    Das afirmaes acima, so verdadeiras apenas

    a) 1, 2 e 3

    b) 1, 3 e 4

    c) 2, 3 e 5

    d) 2, 4 e 5

    e) 3, 4 e 5

    61) (Mack-2007) Talvez a mais importante de todas as influncias e a menos estudada seja a que derivou no

    propriamente da tradio africana, mas das condies

    sociais criadas com o sistema escravista. A existncia de

    dominadores e dominados numa relao de senhores e

    escravos propiciou situaes particulares especficas,

    marcando a mentalidade nacional. Um dos efeitos mais

    tpicos dessa situao foi a desmoralizao do trabalho.

    O trabalho que se dignifica, medida que se resume no

    esforo do homem para dominar a natureza na luta pela

    sobrevivncia, corrompe-se com o regime da escravido,

    quando se torna resultado de opresso, de explorao.

    Emlia Viotti da Costa - Da senzala colnia

    Partindo do texto, podemos corretamente afirmar que

    a) o sistema escravista que vigorou no Brasil ao longo de

    mais de trs sculos, por se sustentar sobre uma relao de

    dominao, associou depreciativamente a noo de trabalho

    de sujeio e aviltamento social, isto , condio

    escrava.

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    b) a introduo, nas lavouras brasil e iras, de africanos que

    desconheciam o trabalho levou-o desmoralizao,

    transformando o, de esforo para dominar a natureza, em

    mera luta pela sobrevivncia.

    c) a escravido foi o nico regime possvel nos sculos

    coloniais, pois o trabalho dignificante era impraticvel em uma natureza hostil como a que encontraram os

    portugueses no Brasil.

    d) a relao entre senhores e escravos, no Brasil colonial, se

    exprimia, quanto ao trabalho, num conflito entre duas

    concepes: a de trabalho como esforo para dominar a natureza (viso dos senhores) e a de trabalho como luta pela sobrevivncia (viso dos escravos). e) a tradio africana, que considerava o trabalho como

    funo exclusiva de escravos, provocou sua

    desmoralizao, sobretudo numa sociedade como a colonial

    brasileira.

    62) (VUNESP-2008) Os sertes A Serra do Mar tem um notvel perfil em nossa histria. A

    prumo sobre o Atlntico desdobra-se como a cortina de

    baluarte desmedido. De encontro s suas escarpas embatia,

    fraglima, a nsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No

    alto, volvendo o olhar em cheio para os chapades, o

    forasteiro sentia-se em segurana. Estava sobre ameias

    intransponveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro

    do invasor e da metrpole. Transposta a montanha arqueada como a precinta de pedra de um continente era um isolador tnico e um isolador histrico. Anulava o

    apego irreprimvel ao litoral, que se exercia ao norte;

    reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a

    qual se amorteciam todas as cobias, e alteava, sobranceira

    s frotas, intangvel no recesso das matas, a atrao

    misteriosa das minas...

    Ainda mais o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporao

    ocenica.

    Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de

    algum modo no mar. Rolam as guas num sentido oposto

    costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os

    sertes. Do ao forasteiro a sugesto irresistvel das

    entradas.

    A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;

    encanta-o pelo aspecto formosssimo; arrebata-o, afinal,

    irresistivelmente, na correnteza dos rios.

    Da o traado eloqentssimo do Tiet, diretriz

    preponderante nesse domnio do solo. Enquanto no S.

    Francisco, no Parnaba, no Amazonas, e em todos os cursos

    dgua da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que

    tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os

    sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e da ao

    Paran e ao Paranaba. Era a penetrao em Minas, em

    Gois, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato

    Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor

    resistncia, que definem os lineamentos mais claros da

    expanso colonial, no se opunham, como ao norte,

    renteando o passo s bandeiras, a esterilidade da terra, a

    barreira intangvel dos descampados brutos.

    Assim fcil mostrar como esta distino de ordem fsica

    esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos

    dous pontos do pas, sobretudo no perodo agudo da crise

    colonial, no sculo XVII.

    Enquanto o domnio holands, centralizando-se em

    Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao

    Maranho, e se travavam recontros memorveis em que,

    solidrias, enterreiravam o inimigo comum as nossas trs

    raas formadoras, o sulista, absolutamente alheio quela

    agitao, revelava, na rebeldia aos decretos da metrpole,

    completo divrcio com aqueles lutadores. Era quase um

    inimigo to perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de

    mestios levantadios, expandindo outras tendncias,

    norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em

    demanda de outros rumos, bulas e alvars entibiadores.

    Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa

    reao tenaz contra os jesutas. Estes, olvidando o holands

    e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie Daz Tao a

    Roma, apontavam-no como inimigo mais srio.

    De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van

    Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em So Paulo

    se arquitetava o drama sombrio de Guara. E quando a

    restaurao em Portugal veio alentar em toda a linha a

    repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes

    exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separao de

    destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a

    autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador

    Bueno.

    No temos contraste maior na nossa histria. Est nele a sua

    feio verdadeiramente nacional. Fora disto mal a

    vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,

    na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o

    privilgio da conquista das almas, eufemismo casustico

    disfarando o monoplio do brao indgena. (EUCLIDES DA CUNHA. Os sertes. Edio crtica de Walnice Nogueira

    Galvo. 2 ed. So Paulo: Editora tica, 2001, p. 81-82.)

    Segundo o texto de Euclides da Cunha, houve duas

    colonizaes portuguesas no Brasil, diferentes e

    contrastantes. Escreva sobre as diferenas apresentadas pelo

    texto entre a colonizao do norte e a do sul, no que se

    refere relao dos colonos com a metrpole portuguesa.

    63) (UFSCar-2008) A gravura ilustra diferentes fases da produo do acar no Brasil colonial.

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    a) Identifique essas fases.

    b) Escreva sobre o papel exercido pela produo aucareira

    na organizao econmica e social da Colnia.

    64) (Mack-2008) A escravido moderna, aquela que se inaugurou no sculo XVI, aps os descobrimentos, uma

    instituio diretamente relacionada com o sistema colonial.

    A escravido do negro foi a frmula encontrada pelos

    colonizadores para explorar as terras descobertas. Durante

    mais de trs sculos utilizaram eles o trabalho escravo com

    maior ou menor intensidade, em quase toda a faixa

    colonial. (Emlia Viotti da Costa, Da senzala colnia)

    Esto entre as circunstncias e os fatores histricos que

    explicam, no caso brasileiro, a instituio da escravido

    mencionada acima, EXCETO

    a) a importncia econmica que representava, desde o

    incio do sculo XV, o comrcio de escravos africanos

    como fonte de lucros aos comerciantes metropolitanos, bem

    como indiretamente prpria Coroa portuguesa.

    b) a mansido dos trabalhadores africanos, afeitos, havia

    muito, condio escrava nas selvas africanas, onde tribos

    subjugavam outras por meio das guerras.

    c) a inexistncia, em Portugal, de contingentes

    suficientemente numerosos de trabalhadores livres, que se

    dispusessem a emigrar para a Amrica, onde trabalhassem

    em regime de semidependncia ou como trabalhadores

    assalariados.

    d) a inexistncia ento, quer nos princpios religiosos

    catlicos, quer na legislao da Metrpole, de qualquer

    proibio escravizao de africanos, tanto diretamente

    aprisionados como comprados a chefes tribais na frica.

    e) o carter essencialmente mercantilista da explorao

    colonial, que favorecia o emprego de uma mo-de-obra

    igualmente interessante enquanto mercadoria ao comrcio metropolitano.

    65) (FUVEST-2009) O Brasil ainda no conseguiu extinguir o trabalho em condies de escravido, pois ainda existem

    muitos trabalhadores nessa situao. Com relao a tal

    modalidade de explorao do ser humano, analise as

    afirmaes abaixo.

    I. As relaes entre os trabalhadores e seus

    empregadores marcam-se pela informalidade e pelas

    crescentes dvidas feitas pelos trabalhadores nos armazns

    dos empregadores, aumentando a dependncia financeira

    para com eles.

    II. Geralmente, os trabalhadores so atrados de

    regies distantes do local de trabalho, com a promessa de

    bons salrios, mas as situaes de trabalho envolvem

    condies insalubres e extenuantes.

    III. A persistncia do trabalho escravo ou semi-escravo

    no Brasil, no obstante a legislao que o probe, explica-se

    pela intensa competitividade do mercado globalizado.

    Est correto o que se afirma em

    a) I, somente.

    b) II, somente.

    c) I e II, somente.

    d) II e III, somente

    e) I, II e III.

    66) (FUVEST-2009) A criao, em territrio brasileiro, de gado e de muares (mulas e burros), na poca da colonizao

    portuguesa, caracterizou-se por

    a) ser independente das demais atividades econmicas

    voltadas para a exportao.

    b) ser responsvel pelo surgimento de uma nova classe de

    proprietrios que se opunham escravido.

    c) ter estimulado a exportao de carne para a metrpole e a

    importao de escravos africanos.

    d) ter-se desenvolvido, em funo do mercado interno, em

    diferentes reas no interior da colnia.

    e) ter realizado os projetos da Coroa portuguesa para

    intensificar o povoamento do interior da colnia.

    67) (UFSCar-2009) Analise os dados da tabela e responda.

    Proprietrios de terra agrcolas em So

    Paulo e Santana do Parnaba

    Trabalhadores nas propriedades agrcolas

    ndios Escravos de origem africana Data

    Domingos da Rocha 92 24 1661

    Francisco de Camargo 58 16 1672

    Marcelinho de Camargo 124 14 1684

    Jernimo Bueno 55 11 1693

    Pedro Vaz de Barros 47 24 1697

    Salvador Jorge Velho 81 20 1708

    Maria Bueno 54 25 1710

    Amador Bueno de Veiga 92 45 1720

    (John Monteiro, Negros da terra. 1994)

    a) Qual a explicao histrica para a diferena entre o

    nmero de indgenas e de escravos de origem africana

    nessas propriedades agrcolas?

    b) O que estabelecia a regulamentao portuguesa colonial

    no Brasil referente escravido indgena?

    68) (VUNESP-2009) Esta Capitania [do Rio de Janeiro] tem um rio muito largo e fermoso; divide-se dentro em muitas

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    partes, e quantas terras esto ao longo dele se podem

    aproveitar, assim para roas de mantimentos como para

    cana-de-acar e algodo (...) E por tempo ho de se fazer

    nelas grandes fazendas: e os que l forem viver com esta

    esperana no se acharo enganados

    (Pro de Magalhes Gndavo. Histria da Provncia de

    Santa Cruz ou Tratado da Terra do Brasil, 1576.

    O texto refere-se

    a) ao projeto da administrao portuguesa de transferir a

    capital da Colnia de Salvador para o Rio de Janeiro.

    b) incompetncia da elite econmica e poltica da

    metrpole portuguesa, que desconhece as possibilidades de

    crescimento econmico da Colnia.

    c) ao perigo de fragmentao poltica da Colnia do Brasil

    caso o territrio permanea despovoado na sua faixa

    litornea.

    d) necessidade de ocupao econmica da Colnia, tendo

    em vista a ameaa representada pela Inglaterra e pela

    Espanha.

    e) ao vnculo entre o povoamento de regies da Colnia do

    Brasil e as atividades econmicas de subsistncia e de

    exportao.

    69) (VUNESP-2009) Leia os seguintes trechos do poema Vozes d frica, escrito por Castro Alves em 1868, e

    assinale a alternativa que os interpreta corretamente.

    Deus! Deus! Onde ests que no respondes?

    (...)

    H dois mil anos te mandei meu grito,

    Que embalde desde ento corre o infinito...

    (...)

    Hoje em meu sangue a Amrica se nutre

    Condor que transformara-se em abutre, Ave da escravido

    (...)

    Basta, Senhor! De teu potente brao

    Role atravs dos astros e do espao

    Perdo pra os crimes meus! ...

    H dois mil anos... eu soluo um grito...

    (...)

    a) O poeta procura convencer a Igreja catlica e os cristos

    brasileiros dos malefcios econmicos da escravido.

    b) Castro Alves defendeu os postulados da filosofia

    positivista e da literatura realista, justificando a escravido.

    c) O continente americano figura no poema como a ptria

    da liberdade e da felicidade do povo africano.

    d) Abolicionista, Castro Alves leu em praa pblica do Rio

    de Janeiro o poema Vozes d frica para comemorar a Lei

    urea.

    e) Castro Alves incorpora no poema o mito bblico da

    nao do povo africano, cumprido atravs de milnios pela

    maldio da escravido.

    70) (FUVEST-2010) Os primeiros jesutas chegaram Bahia com o governador-geral Tom de Sousa, em 1549, e em

    pouco tempo se espalharam por outras regies da colnia,

    permanecendo at sua expulso, pelo governo de Portugal,

    em 1759.

    Sobre as aes dos jesutas nesse perodo, correto afirmar

    que

    a) criaram escolas de arte que foram responsveis pelo

    desenvolvimento do barroco mineiro.

    b) defenderam os princpios humanistas e lutaram pelo

    reconhecimento dos direitos civis dos nativos.

    c) foram responsveis pela educao dos filhos dos colonos,

    por meio da criao de colgios secundrios e escolas de

    ler e escrever. d) causaram constantes atritos com os colonos por

    defenderem, esses religiosos, a preservao das culturas

    indgenas.

    e) formularam acordos polticos e diplomticos que

    garantiram a incorporao da regio amaznica ao domnio

    portugus.

    71) (UFMG-1994) Nos textos seguintes, Gilberto Freyre descreve, respectivamente, a rotina de uma senhora de

    engenho, dona de casa ortodoxamente patriarcal, e a rotina

    de um novo tipo de mulher, surgida nos meados do sculo

    XIX.

    "...levantando-se cedo a fim de dar andamento aos servios,

    ver se partir a lenha, se fazer o fogo na cozinha, se matar a

    galinha mais gorda para a canja; a fim de dar ordem ao

    jantar (...) e dirigir as costuras das mucamas e molecas, que

    tambm remendavam, cerziam, remontavam, alinhavavam

    a roupa da casa, fabricavam sabo, vela, vinho, licor, doce,

    gelia. Mas tudo deveria ser fiscalizado pela iai branca,

    que s vezes no tirava o chicote da mo."

    "...acordando tarde por ter ido ao teatro ou a algum baile;

    lendo romance; olhando a rua da janela ou da varanda;

    levando duas horas no toucador (...) outras tantas horas no

    piano, estudando a lio de msica; e ainda outras na lio

    de francs ou de dana. Muito menos devoo religiosa do

    que antigamente. O mdico de famlia mais poderoso que o

    confessor. O teatro seduzindo as senhoras elegantes mais

    que a igreja. O prprio baile mascarado atraindo senhoras

    de sobrado".

    (FREYRE, Gilberto. SOBRADOS E MUCAMBOS. Rio de

    Janeiro: Jos Olympio, 1968. t.1, p.109-110).

    a) INDIQUE trs mudanas ocorridas na estrutura scio-

    econmica do Brasil, na segunda metade do sculo XIX,

    que explicam as transformaes ocorridas no papel

    feminino.

    b) DESCREVA a condio de cidadania da mulher no

    perodo primrio-exportador.

    72) (PUC-SP-2002) O que o canavial sim aprende do mar: o avanar em linha rasteira da onda;

    o espraiar-se minucioso, de lquido,

    alagando cova a cova onde se alonga.

    O que o canavial no aprende do mar:

    o desmedido do derramar-se da cana;

    o comedimento do latifndio do mar,

    que menos lastradamente se derrama.

    Joo Cabral de Melo Neto, O mar e o canavial, in A educao pela pedra.Antologia potica. Rio de Janeiro, Jos

    Olympio Editora, 1989, p. 9

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    Joo Cabral, recifense, relacionou, no fragmento de poema

    acima, mar e canavial. A associao considera semelhanas

    e diferenas entre eles e pode ser compreendida se

    considerarmos que

    a) o avanar em linha rasteira do canavial uma meno expanso da produo aucareira na

    regio Nordeste e especialmente no Estado de Pernambuco

    iniciada no perodo colonial e encerrada no Imprio.

    b) o mar e as praias de Pernambuco sempre foram, ao lado

    da cana, as nicas fontes de riqueza da regio Nordeste,

    desde o perodo colonial at os dias de hoje.

    c) o desmedido do derramar-se da cana uma referncia crtica organizao da produo aucareira em latifndios,

    unidades produtoras de grande porte.

    d) as lavouras de cana sempre estiveram localizadas no

    interior de Pernambuco, distantes do

    litoral, e a relao com o mar para mostrar a totalidade

    geogrfica do Estado.

    e) alagando cova a cova onde se alonga uma sugesto de que o plantio da cana, assim como o

    mar, provocou, ao longo de sua histria, muitas mortes.

    73) (Mack-2002) ... Que diferena entre as duas humanidades. Uma tranqila, onde o homem dono de

    todos os seus atos; outra, uma sociedade em exploso, onde

    preciso um aparato, um sistema repressivo para manter a

    ordem e a paz.

    Orlando Villas Boas

    O texto compara as humanidades europia e indgena.

    Sobre esse encontro, no momento do descobrimento do

    Brasil, NO podemos afirmar que:

    a) na convivncia coletiva e igualitria das ocas, as famlias

    indgenas participavam, atravs do escambo, do

    extrativismo de pau-brasil que, nos primeiros trinta anos,

    constituiu-se na nica atividade econmica na colnia.

    b) ao substituir o escambo pela agricultura, os portugueses

    passaram a escravizar os indgenas, cuja reao foi

    imediata.

    c) a destribalizao, a expropriao territorial e a

    desorganizao das instituies tribais foram utilizadas para

    submeter os nativos.

    d) a resistncia indgena sempre ocorreu, mas foi

    neutralizada pela superioridade militar do homem branco.

    e) as guerras justas e a proteo dos jesutas foram

    instrumentos eficazes para a preservao cultural e fsica

    das tribos brasileiras.

    74) (Fuvest-2004) Depois de permanecermos ali pelo espao de dois meses, durante os quais procedemos ao

    exame de todas as ilhas e stios da terra firme, batizou-se

    toda a regio circunvizinha, que fora por ns descoberta, de

    Frana Antrtica. (...)

    Em seguida, o senhor de Villegagnon, para se garantir

    contra possveis ataques de selvagens, que se ofendiam com

    extrema facilidade e tambm contra os portugueses, se estes

    alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da

    melhor maneira que pde. Andr Thevet, As

    singularidades da Frana Antrtica, 1556.

    Tendo por base o texto, indique:

    a) A qual regio brasileira o autor se refere e por que afirma

    ter sido por ns descoberta? b) Quais foram os resultados do estabelecimento da Frana

    Antrtica?

    75) (UNICAMP-2004) A respeito da Independncia na Bahia, o historiador Joo Jos Reis afirmou o seguinte: Os

    escravos no testemunharam passivamente a

    Independncia. Muitos chegaram a acreditar, s vezes de

    maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no

    palco poltico. Os sinais desse projeto dos negros so

    claros. Em abril de 1823, dona Maria Brbara Garcez Pinto

    informava seu marido em Portugal, em uma pitoresca

    linguagem: A crioulada fez requerimentos para serem livres. Em outras palavras, os escravos negros nascidos no Brasil (crioulos) ousavam pedir, organizadamente, a

    liberdade!

    (Adaptado de O Jogo Duro do Dois de Julho: o Partido Negro na Independncia da Bahia, em Joo Jos Reis e Eduardo Silva, Negociao e Conflito. A resistncia negra

    no Brasil escravista. So Paulo: Cia das Letras, 1988, p.

    92).

    a) A partir do texto, como se pode questionar o esteretipo

    do escravo ignorante? b) Identifique dois motivos pelos quais a atuao dos

    escravos despertava temor entre os senhores.

    c) De que maneira esse enunciado problematiza a verso

    tradicional da Independncia do Brasil?

    76) (FGV-2004) No Brasil colonial, a denominao ladino referia-se:

    a) Ao judeu que manteve sua religio durante a ocupao

    do Nordeste pelos holandeses.

    b) Aos escravos africanos considerados aculturados

    sociedade colonial.

    c) Ao cristo-novo que se dedicava ao trfico negreiro entre

    a frica e a Amrica.

    d) Aos portugueses autorizados a praticar o comrcio na

    Amrica espanhola.

    e) Aos africanos alforriados que habitavam os principais

    ncleos urbanos coloniais.

    77) (UNICAMP-2005) O termo feitor foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas

    ocupaes. Na poca da expanso martima portuguesa, as

    feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas

    ndias e pelo Brasil tinham feitores na direo dos

    entrepostos com funo mercantil, militar, diplomtica. No

    Brasil, porm, o sistema de feitorias teve menor significado

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    do que nas outras conquistas, ficando o termo feitor muito associado administrao de empresas agrcolas. (Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), Dicionrio do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222).

    a) Indique caractersticas do sistema de feitorias empreendido por Portugal. b) Qual a produo agrcola predominante no Brasil entre os sculos XVI e XVII? Quais as funes desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrcolas?

    78) (UNICAMP-2005) Um dos maiores problemas nos estudos histricos no Brasil acerca da escravido seu

    relativo desconhecimento da histria e da cultura africanas.

    A, a histria do Congo tem muitas lies a dar, quer para

    os interessados no estudo da frica, quer para os estudiosos

    da escravido e da cultura negra na dispora colonial.

    Afinal, a regio do Congo-Angola foi daquelas que mais

    forneceram africanos para o Brasil, especialmente para o

    Sudeste, posio assumida no sculo XVII e consolidada na

    virada do sculo XVIII para o XIX. (Adaptado de Ronaldo Vainfas e Marina de Mello e Sousa, Catolizao e poder no tempo do trfico: o reino do Congo da converso coroada ao movimento Antoniano, sculos XV-XVIII, Tempo. n. 6, 1998, p. 95-6).

    a) O que foi a dispora colonial citada no texto acima? b) Identifique duas influncias africanas no Brasil atual. c) Nomeie e explique, no Brasil atual, uma decorrncia da prtica da escravido negra.

    79) (PUC - MG-2007) O padre jesuta Antonil (Joo Antnio Andreoni), autor do livro Cultura e Opulncia do Brasil por

    suas Drogas e Minas, publicado em Lisboa (1710), afirma

    com severidade os problemas colocados pelo deslocamento

    do eixo produtivo colonial do nordeste para o sudeste. Em

    sua crtica, menciona os danos causados pela descoberta do

    ouro nas Minas Gerais e os desdobramentos polticos desse

    processo.

    Sobre esse deslocamento da rea de produo aucareira

    para a minerao, assinale a afirmativa

    CORRETA.

    a) A economia do acar, mesmo aps a descoberta do

    ouro, continuou a ser a principal receita brasileira no final

    do sculo XVIII, j que garantia a economia exportadora.

    b) A minerao, pelo seu valor agregado, possibilitou o

    financiamento de parte da produo do acar nordestino,

    encalhado pela concorrncia comercial do acar das

    Antilhas.

    c) Diamantes, ouro e pedras, atravs do sucesso da

    economia mineradora, se tornaram os principais produtos

    das exportaes brasileiras durante os sculos XVII e

    XVIII.

    d) A populao escrava da regio das minas era procedente

    do estoque de escravos do nordeste,

    visto que a diminuio da produo aucareira elevou o

    preo do cativo.

    80) (ETEs-2007) Na histria do Brasil, a presena ou a proximidade de rios, riachos, fontes e igaraps favoreceu,

    em determinada regio, o desenvolvimento de um

    importante tipo de explorao econmica, tcnica ou

    processo de produo.

    Pode-se considerar como exemplo

    a) a prtica do garimpo, no Vale do Rio Amazonas, e o

    contrabando do ouro para as terras do sul.

    b) a substituio do pilo de mo pelo monjolo movido a

    gua, na produo aucareira do Vale do Rio Tiet.

    c) a utilizao do engenho movido a gua, mais produtivo

    do que o engenho movido a trao animal, no serto

    nordestino.

    d) a criao de gado, no Vale do Rio So Francisco, para

    abastecimento da regio de produo aucareira.

    e) o cultivo da seringueira, a produo da borracha e o seu

    transporte no Vale do Rio Paraba.

    81) (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monrquico, os escravos eram numerosos e empregados nas

    mais diversas atividades.

    Compare a escravido nessas duas sociedades, mostrando

    suas

    a) semelhanas.

    b) diferenas.

    82) (UNIFESP-2007) Embora o Brasil continue sendo o maior produtor mundial de cana-de-acar e de caf, sua

    economia hoje no mais gira, essencialmente, em torno do