Historia de Imperatriz

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Origem da regio 0 surgimento de Imperatriz comeou a ser desenhado nos fins do Sculo XVI e incio do sculo XVII, com a iniciativa dos bandeirantes, que, partindo de So Paulo, buscavam nos confins do Norte, a riqueza, o desconhecido e a aventura. Enquanto os bandeirantes navegavam da nascente em busca da foz, paralelamente as entradas governamentais e/ou religiosas subiam o rio, tentando alcanar suas nascentes. Das entradas realizadas, a que mais nos interessa foi a que se realizou no ano de 1658 pelos jesutas Padre Manoel Nunes e Padre Francisco Veloso, que teriam sido os primeiros a utilizar o stio onde hoje est Imperatriz. A fundao de Imperatriz se deu em 16 de julho de 1852, trs anos depois da partida da expedio que saiu do porto de Belm, em 26 de junho de 1849. Frei Manoel Procpio do Corao de Maria, capelo da expedio, foi o fundador da povoao, que recebeu inicialmente o nome oficial de Colnia Militar de Santa Tereza do Tocantins. Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a lei n. 398 criou a Vila de Imperatriz, nome dado em homenagem imperatriz Tereza Cristina. Foram trs anos de intensas disputas polticas. E por fora poltica, a Lei Provincial n 524, de 9 de junho de 1859, mudou a sede da Vila para Porto Franco e Santa Tereza voltou a ser povoao. Lutador pelo progresso da terra, frei Manoel Procpio recebe a ajuda do coronel Amaro Baptista Bandeira e dos capites Didier Baptista Bandeira, Atanazio Manoel Parente, Domingos Pereira da Silva e outros, alm do apoio das cmaras municipais de Carolina, Boa Vista (Tocantinpolis) e Chapada (Graja). Firmam compromisso de construrem, com recursos pessoais, uma casa destinada Cmara Municipal (naquela poca no havia prefeito, quem dirigia a vila era o presidente da Cmara), quartel, frum, como tambm a concluso da Igreja Matriz que havia sido ameaada mas estava paralisada, condies exigidas para reconquistar o posto. A histria e o desenvolvimento de Imperatriz deram-lhe diversos ttulos, entre eles os de Princesa do Tocantins, Portal da Amaznia, Capital Brasileira da Energia e Metrpole da Integrao Nacional.

Primeiras atividades econmicas Ainda no primor como Vila o perodo do caucho, com a descoberta da rvore que o produz - a castilhoa atravs dos irmos Pimentis e o reconhecimento do que eram pelo ex-sargento Francisco Coelho. A notcia da nova riqueza provocou intensa movimentao no porto e aumentava a cada dia o comrcio da Vila, trazendo gente de todo o Brasil e uma onda de imigrantes de todo o Nordeste e cidades do Maranho buscam a regio. Foi a primeira grande imploso de progresso de Imperatriz. Nos primeiros 30 anos deste sculo, poca urea da extrao da borracha e da castanha no Mdio Tocantins, Imperatriz ocupou papel de destaque na economia da regio. Enfrentou um perodo de estagnao at o final da dcada de 50, quando a abertura da rodovia Belm - Braslia devolveu-a ao seu lugar de liderana na economia Tocantina. Dentre as atividades desenvolvidas, destacam-se a agricultura, com plantio de arroz, e a silvicultura, com a extrao e o beneficiamento de madeira. Tambm a pecuria se desenvolve, de forma extensiva, em pastagens sofisticadas com grandes rebanhos bovinos e sunos. A dcada de 70 baseava-se na extrao de madeira, assim como no cultivo de cana-de-acar, arroz, milho, babau e algodo, na fabricao de leo de babau, na pecuria bovina e suna e no beneficiamento de minrios. O municpio, importante porto fluvial, servido por linhas regulares de navegao. 0 municpio situa-se na rea de influncia de grandes projetos, como a minerao da Serra dos Carajs (Marab/Paraupebas), a minerao do igarap Salobro (Marab/Paraopebas), a Ferrovia Carajs/Itaqui, a Ferrovia Norte-Sul, as indstrias guzers (Aailndia), a indstria de celulose da Celmar (Cidelndia), que pela proximidade destes projetos, de algum modo condicionam seu desenvolvimento. A cidade possui aeroporto, com linha diria das empresas TAM e GOL, bem como a estao ferroviria, da Estrada de Ferro Norte-Sul. Atualmente Imperatriz um importante distribuidor de bens e servios para uma grande rea que compreende o oeste do estado do Maranho, o norte do Tocantins e o sul do estado do Par. Possui um setor varejista e atacadista pujante. Nos ltimos anos, transformou-se em um importante plo universitrio, com a implantao de vrias faculdades privadas, como Facimp, Unisulma, Fama e Fest, que se somaram as Universidades pblicas UFMA e UEMA j existentes na cidade. Em decorrncia dos novos ciclos econmicos, a cidade est vivendo um "boom" na rea Imobiliria, com a construo de novos edifcios residenciais, bem como de pequenas moradas, de geralmente de um ou dois quartos, localizadas em condomnios. Evoluo Populacional

Dados do IBGE, para o perodo 1991/2000, indicam um pequeno decrscimo da populao regional. Alguns municpios da regio cederam reas de seus territrios e populaes, para municpios implantados em 1996 e que hoje esto incorporados a outras regies. No mbito regional esse fato pode ser observado, a partir de 1996, quando se constata que alguns municpios perderam populao, com a criao dos novos municpios desmembrados de seus territrios como, Buritirana, Campestre do Maranho, Davinpolis, Lajeado Novo, Governador Edson Lobo, Ribamar Fiquene, So Joo do Paraso e Senador La Rocque. No perodo entre a contagem populacional de 1996 e o Censo Demogrfico de 2000, a populao da regio cresceu a uma taxa mdia anual de 1,18%. Em relao distribuio espacial da populao residente, houve aumento do ndice de urbanizao. Em 2000 a participao da populao urbana atingiu 76,15%. Fato tambm decorrente da transformao de populaes rurais em urbanas e, provavelmente, do aumento do fluxo migratrio das reas rurais para as periferias das novas sedes municipais. Na composio da populao por gnero, a regio possui um ndice de Masculinidade total de 96,76; de 93,04 na populao urbana e de 111,25 na rural. Recursos Econmicos da Regio A lavoura temporria a atividade mais importante da agricultura regional e suas culturas principais so: arroz, feijo, mandioca, milho e cana-de-acar. Com exceo da cana-de-acar, em todos os demais cultivos ainda so adotadas as tcnicas tradicionais de cultivo de sequeiro e em alguns poucos casos so usados tratores e plantadeiras manuais, adubao qumica e agrotxica. A maioria das roas ainda no toco, de pequenas reas e utilizando basicamente a mo-deobra familiar. Em alguns municpios j foram incorporadas novas tecnologias de cultivo, como o de arroz irrigado no municpio de Edson Lobo. Dados do Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola do IBGE indicam que no ano safra 2001/2002, a produo de arroz na regio foi de 27.784 toneladas, a rea colhida foi de 16.625 ha, com um rendimento mdio de 1492 Kg/ha. Amarante do Maranho era o maior produtor da regio, respondendo por 31,18% da produo total. A produo de mandioca foi de 24.755 toneladas, colhidas em 2.369 ha, com um rendimento mdio de 10,44 toneladas/ha. Tambm nessa cultura o municpio de Amarante foi o maior produtor. Nesse mesmo ano produo de milho foi de 20.302 toneladas, praticamente igual a de 2000, quando foram colhidas 20.732 toneladas, em 10.137 hectares, com um rendimento mdio de 2.045 kg/ha. Os maiores produtores da regio foram os municpios de So Joo do Paraso e Amarante. A produo de feijo foi de 1.543 toneladas, colhidas em 3.116 hectares, com uma produtividade de 495 kg/ha. A produo de cana-de-acar de 484.861 toneladas em 2000 passou para 510.683 toneladas em 2002, com um crescimento de 5,32%. Nesse ltimo ano a regio foi a segunda maior produtora de cana-de-acar e o municpio de Campestre do Maranho, participou com 93,00% da produo regional e hoje o segundo maior produtor de cana no Estado, perdendo apenas para So Raimundo das Mangabeiras. Em 2004, relativamente a 2002, todos os produtos tiveram acrscimos nas suas quantidades produzidas, na regio e na maioria dos municpios. Na regio, o aumento da produo de arroz foi de 14,47%; de cana-deacar 24,91%; de feijo 35,45%; de mandioca 20,82% e de milho 19,74%. Amarante do Maranho foi o maior produtor regional de arroz, de feijo e o nico produtor de soja. Campestre do Maranho produz 70,76% da cana-de-acar. Os municpios com maior produo de mandioca e milho so, respectivamente, Montes Altos e Porto Franco. Dos produtos da Lavoura Permanente a Banana o de maior expresso na regio. Em 2004 a produo dessa fruta foi de 16.615 toneladas. Outros produtos com representatividade na economia agrcola da regio so, Laranja, Coco da Bahia, Manga e Castanha de Caju. As informaes sobre a produo pecuria principais rebanhos referem-se aos ltimos dados disponibilizados pela Pesquisa da Produo Pecuria Municipal-PPM do IBGE. Dados dessa pesquisa indicam que o rebanho bovino da regio no ano de 2001 totalizava 540.238 cabeas. Em 2004 o total de cabeas j apresentava um acrscimo de 44,03%. Esse rebanho, antes constitudo em sua maioria pelo gado comum (P duro), j incorporou melhorias genticas com animais de diversas raas, como Gir, Nelore, Guzer, Holandesa e outras, voltadas para a produo de carne e leite. Muitos fazendeiros j utilizam tecnologias de manejo mais avanadas como a criao semi-intensiva e a inseminao artificial, mas a maioria ainda pratica o criatrio extensivo, em grandes reas cercadas. No momento a grande preocupao dos criadores com a erradicao da febre aftosa, que deprecia o valor do rebanho e impede a sua exportao para outros estados.

A criao de sunos uma atividade presente em todos os municpios e segundo o IBGE, a regio possua em 2004 um rebanho de 23.560 cabeas. A avicultura tambm uma componente importante na produo pecuria da regio, principalmente nos municpios de Amarante e Governador dson Lobo. Os demais rebanhos so criados de forma extensiva, tm baixa produtividade e destinam-se principalmente ao apoio das atividades produtivas rurais (eqinos e muares) e ao consumo familiar dos produtores (caprinos e ovinos). Dos produtos de origem animal apenas a produo de leite e a produo de ovos (galinha + codorna), merecem destaque. A bacia leiteira da regio produziu em 2002, segundo o IBGE, 29.759.000 de litros de leite. Em 2003 o crescimento em relao ao ano anterior foi 49,04%. O incremento de 2004 em relao a 2003 foi de 42,32%. Apenas os municpios de Porto Franco, Imperatriz e Governador dson Lobo, registraram produo de mel em 2004, com os seguintes e respectivos quantitativos: 2.500 kg, 105 kg e 90 kg. Alm da amndoa de babau, cuja maior parte comercializada, as famlias rurais produzem tambm o azeite, utilizado na preparao de alimentos, o mesocarpo para a produo de fcula e o carvo com a utilizao do endocarpo do coco. Em que pesem as restries de muitos proprietrios quanto ao ingresso das pessoas em suas terras para coletar e quebrar do coco babau, uma parte da mo-de-obra feminina das reas rurais ainda tem nessa atividade sua principal fonte de renda. Em informaes do Cadastro de Consumidores Industriais da CEMAR, havia em 2004, na regio, 1.084 unidades consumidoras do setor industrial, com um consumo de 31.063 MWh e uma participao de 12,94% no consumo total. O Municpio de Imperatriz concentra 55,5% dessas unidades. Em relao a 2002 houve um acrscimo de 25,88% no consumo industrial e uma queda de 2,76 pontos percentuais na participao no consumo total. No contexto regional o maior e o mais diversificado centro comercial e de prestao de servios da regio a cidade de Imperatriz, que tambm o segundo maior aglomerado urbano do Estado. O comrcio varejista e o comrcio atacadista abastecem de mercadorias, inclusive equipamentos, veculos, mquinas pesadas e insumos agrcolas, o mercado interno e da maioria dos municpios da regio e municpios das regies que lhes so prximas. Segundo dados do cadastro de consumidores de energia eltrica da CEMAR, em 2002, estavam inscritos na regio, 6.970 consumidores comerciais (inclui comrcio e outros servios), com um consumo de 49.765 MWh e uma participao no consumo total de 22,89%. Em 2004 os consumidores comerciais eram 7.054, com uma participao no consumo total de 23,36%. As atividades informais, de difcil dimensionamento, se fazem presentes em vrios pontos das cidades da regio. Elas se concentram basicamente nas atividades tercirias de comrcio (ambulantes, camels, etc.) e de pequenos servios de alimentao, reparos e pessoais. No h informaes de programas municipais no sentido de reduzir a informalidade, cadastrando e buscando a legalizao desses vendedores e s em algumas cidades so destinados locais especficos para essa atividade. Crescimento Econmico A partir da construo de rodovia Belm-Braslia, em 1960, Imperatriz passa a despertar o interesse de empreendedores do Centro-Oeste e do Sul do pas. At os anos 90, o municpio passou por trs ciclos econmicos - do arroz, da madeira e do ouro. Atualmente, o municpio tem sua economia centrada no setor tercirio, com 77,78% do mercado. Os setores secundrios e primrios ocupam, respectivamente 16,76% e 5,46% do mercado. Imperatriz apresenta-se como entreposto comercial e de servios, no qual se abastecem mercados locais em um raio de 400 km, e forma com Araguana - TO, Marab-PA, Balsas - MA e Aailndia - MA, uma importante provncia econmica. 0 municpio situa-se na rea de influncia de grandes projetos, como a minerao da Serra dos Carajs (Marab/Paraupebas), a minerao do igarap Salobro (Marab/Paraupebas), a Ferrovia Carajs/Itaqui, a Ferrovia Norte-Sul, as indstrias guzeiras (Aailndia), a indstria de celulose da Celmar (Cidelndia), que pela proximidade destes projetos, de algum modo condicionam seu desenvolvimento. Em uma das regies mais estratgicas do Pas, no oeste do Maranho, localiza-se a cidade de Imperatriz, cognominada nacionalmente a "Capital Brasileira da Energia", em razo do sistema de alta tecnologia que, partindo de Imperatriz, interliga o Norte ao Sul do Pas. So 1.270 quilmetros e 2.500 torres, obra de grande porte nica no mundo e que custou US$800 milhes. Mais recentemente, Imperatriz passou a ser

conhecida como a "Metrpole da Integrao Nacional", ttulo conferido pelo engenheiro, doutor em Economia e ex-ministro do Planejamento Antnio Kandir. Por seu desenvolvimento e localizao estratgica, a cidade j era conhecida como "Princesa do Tocantins" e "Portal da Amaznia". A grandeza populacional de Imperatriz a coloca entre as 100 maiores cidades do Brasil, j includas as capitais, num universo de quase 6 mil municpios. Imperatriz sede e referncia de uma das mais ricas regies do Pas, em uma jurisdio natural que abrange o sudoeste do Maranho, o norte do Tocantins e o sul do Par. Nessa sua rea de influncia esto valiosas e estratgicas obras da natureza e do homem, como a Ferrovia Norte-Sul, a Estrada de Ferro Carajs, a BR 010 (Belm-Braslia), o caudaloso, piscoso, perene e navegvel rio Tocantins, o Linho Norte-Sul, o Sistema de Vigilncia da Amaznia (SIVAM), a Rede Brasileira de Monitoramento Contnuo por satlite. Sede de um movimentado sistema multimodal de transporte - ferrovirio, rodovirio, hidrovirio e aerovirio -, Imperatriz tornou-se e um dos maiores plos de comrcio atacadista do Pas. As maiores empresas brasileiras de transportes rodovirios aqui mantm filiais, armazns e entrepostos, em razo da eqidistncia do municpio em relao s grandes capitais do Norte e Nordeste. O municpio um importante plo industrial moveleiro, madeireiro, coureiro-caladista, de guas minerais e refrigerantes, derivados do leite, entre outros. Entretanto, est-se firmando tambm sua destacada condio de centro de servios, desde os educacionais com instituies de Ensino Fundamental, Mdio e Superior - at os servios mdico-hospitalares, odontlogos, fisioterpicos, laboratoriais e centros de diagnstico por imagem dos melhores do interior do Brasil. Imperatriz conta com 21 hospitais e dispe de cerca de 500 profissionais da sade - mdicos (em cerca de 20 especialidades), odontlogos, psiclogos, terapeutas, farmacuticos, bioqumicos, nutricionistas e assistentes sociais. Processo Migratrio Nos primeiros 30 anos deste sculo, poca urea da extrao da borracha e da castanha no Mdio Tocantins, Imperatriz ocupou papel de destaque na economia da regio. Enfrentou um perodo de estagnao at o final da dcada de 50, quando a abertura da rodovia Belm - Braslia devolveu-a ao seu lugar de liderana na economia tocantina. 0 municpio de Imperatriz teve sua ocupao acelerada aps a abertura das rodovias Belm - Braslia, que corta o Oeste Maranhense no territrio do municpio, BR-226, que liga Teresina Regio Tocantina, e BR222, que liga a regio do Mearim s terras devolutas do Alto Pindar. A abertura, piarramento e posterior asfaltamento das estradas federais e estaduais permitiram mais fcil comunicao rodoviria entre Imperatriz e Belm, So Lus, Anpolis, Braslia, Goinia, So Paulo, todo o Centro-Oeste e o Nordeste, e facilitou muito a ocupao demogrfica da fronteira agrcola representada, na poca, pelas terras devolutas e virgens da pr-Amaznia. Podemos destacar, como fatores determinantes da ocupao demogrfica de Imperatriz: . posio geogrfica intermediria entre plos de desenvolvimento regional (Belm/Braslia/Goinia); . grande disponibilidade de terras devolutas e de boa qualidade para cultivo agrcola; . pauperismo secular das populaes do semi-rido do Nordeste Oriental (Piau, Cear, Pernambuco e Paraba). Organizao Urbana gua e Esgoto do municpio, o abastecimento de gua potvel e esgotamento esto sob a responsabilidade da Companhia de gua e Esgoto do Estado do Maranho - CAEMA. O percentual da populao atendida pelo servio de 90%, sendo que os povoados e o Conjunto Habitacional Nova Vitria, so abastecidos por poos artesianos. A energia eltrica Atualmente o municpio conta uma subestao eltrica de 600 MW, possibilitando qualidade de energia eltrica para o consumidor. A limpeza urbana com coleta do lixo feita por caminhes compactadores e atende a 80% da rea do municpio com o seu destino final adequado. So 189 escolas de Ensino Fundamental (1 grau) e 20 de Ensino Mdio (2 Grau). Dessas 128 escolas so da rede municipal, 39 da rede estadual e 41 da rede particular. Ao todo, mais de 80 mil estudantes. Os dois "campi" universitrios (federal e estadual) oferecem 11 cursos superiores: Direito, Cincias Contbeis, Pedagogia, Administrao, Biologia, Letras, Matemtica, Qumica, Histria, Geografia, Engenharia de Alimentos, Jornalismo, Farmacia e Fsica. A Faculdade de Imperatriz (FACIMP), instituio da iniciativa privada, nasceu forte com os cursos de Odontologia e Turismo, devendo chegar a dez cursos em breve.

Outros estabelecimentos de ensino tambm se credenciam para novos cursos superiores, inclusive psgraduao. A cidade conta ainda com as grandes e modernas instalaes do Centro Federal Tecnolgico (CEFET), onde jovens se profissionalizam como tcnicos em Eletrnica, Eletromecnica, Eletrotcnica, Edificaes e Saneamento. H outro quadro escolas de Ensino Mdio (2 grau) que igualmente mantm cursos profissionalizantes em Administrao, Contabilidade e outros ramos do saber. Na rea de justia e segurana, o municpio tem razovel infra-estrutura. Conta com uma Diretoria Regional de Segurana (Polcia Civil), o 3 Batalho de Polcia Militar, o 50 Batalho de Polcia de Infantaria de Selva, Polcia Federa, 11 juzes, 11 promotores, Justia Federal e Polcia Rodoviria Federal. A Regional da Ordem dos Advogados do Brasil j registra mais de duzentos advogados. Na delegacia local o Conselho Regional de Contabilidade, cerca de 400 profissionais est inscritos. No campo da Comunicao Social, a cidade est bem dotada: so mais de 20 rgos, entre jornais, rdios, televises. So dois jornais dirios locais, deles com policromia: "O Progresso" e "Jornal Capital". Dois jornais semanais: "Agora Maranho do Sul" e "Vitrine". Um jornal mensal de economia e negcios: "Jornal do Comrcio e Indstria". Duas revistas de sociedade, mensais: "Revista das Estrelas" e "Glamour". Existem outras publicaes (jornais e revistas) de periodicidade irregular. H ainda trs sucursais ou correspondncia de jornais de So Lus: "O Estado do Maranho", "O Imparcial" e "Jornal Pequeno". Redes de televiso nacionais, com programas jornalsticos e culturais locais: TV Mirante (Globo), CRC (Band), Difusora (SBT), Capital (Rede TV), Nativa (Record), Tocantins (CNT) e TV Anaj (Rede Vida), alm da TV Educativa, cujo sinal est fora do ar e movimenta o desejo de alguns grupos locais. Sem contar um bom nmero de rdios comunitrias, a cidade conta com sete rdios comerciais: Mirante AM, Mirante FM, Imperatriz AM, Capital AM, Cidade FM, Terra FM, Nativa FM. Cidade multicultural, Imperatriz abriga brasileiros de todas as regies do Pas e estrangeiros de todos os continentes do Mundo. A maior parte dos que nela habitam no nasceram aqui. Nascida, em 1852, a partir do rio - o Tocantins - e "crescida" a partir de uma estrada - a BR Belm-Braslia, em 1960 -, Imperatriz uma cidade de pessoas que buscam caminhos. Caminhos que, na maioria das vezes, vo dar em Imperatriz. Em 2003, ainda de acordo com o DATA/SUS, houve acrscimo na rede ambulatorial e decrscimo significativo na rede hospitalar, inclusive na disponibilidade dos leitos, com um total de 1421 leitos.

Indicadores de Saneamento Bsico Os sistemas de abastecimento de gua de 5 municpios so administrados pela Companhia de guas e Esgotos do Maranho CAEMA e atendem s populaes de suas sedes municipais. Os demais, para os quais no h informaes disponveis, ou no dispem de rede de distribuio ou os seus sistemas so administrados pelos Servios Autnomos de gua e Esgotos (SAAE), ligados s Prefeituras Municipais. Em 2001 os sistemas CAEMA atenderam 50,66% da populao regional, aproximadamente 205.356 pessoas, com 51339 ligaes domiciliares. Os dados da CAEMA em 2004 indicam uma populao atendida na regio de 155.518 pessoas, com 38877 ligaes domiciliares, o que representa um atendimento a 37,69% da populao regional. Houve decrscimo na ligaes em relao a 2001 nos municpios de Imperatriz e Joo Lisboa. Dos municpios servidos pela CAEMA somente Imperatriz possui sistema de esgotamento sanitrio, na sede municipal, com 3465 ligaes em 2004. Indicadores de Energia Eltrica A distribuio de energia eltrica na regio est a cargo da Companhia Energtica do Maranho CEMAR. Em 2001 estavam ligados ao sistema de distribuio da CEMAR, 89713 consumidores. A participao desses consumidores das principais classes de consumo era de 88,15% residenciais; 7,65 comerciais; 2,03% rurais e 1,30% industriais. Em todas as classes Imperatriz possua mais consumidores que os demais municpios da regio. Em 2004 o total de consumidores ativos na empresa era de 95.152 com as seguintes participaes: residenciais 86,60; industriais 1,14%; comerciais 7,41% e rurais 3,19%. O municpio de Imperatriz

concentra 66,64% do total de consumidores; 68,43% dos consumidores residenciais; 55,53% do consumidores industriais; 77,30% dos consumidores comercias e 19,97% dos consumidores rurais. Os dados do consumo anual (2001) de energia eltrica mostram um consumo de 205.940 megawatts. O consumo do municpio de Imperatriz representava 80,96% do consumo da regio. Em 2004, de acordo com a CEMAR, o consumo total da regio foi de 240.010 megawatts, representando um acrscimo de 16,54% em relao a 2001. O crescimento do consumo por classe apresentou o seguinte comportamento: residencial 9,95%; industrial 25,88%; comercial 22,01%, rural 51,63& e outras 15,03%. A populao atendida passou de 78,8% da populao regional, para 80,06% em 2004. Transportes Os transportes rodovirio, ferrovirio e fluvial exercem papis importantes no desenvolvimento da regio, tendo inclusive, contribudo para o seu povoamento e surgimento de novos municpios. As rodovias mais importantes so a BR 010 e BR 226. Rodovias estaduais tambm servem a regio como as MA-122, 280, 335 e 275. A ferrovia Norte Sul, em fase de implantao, j beneficia a regio, no trecho Piqui (onde se interliga a ferrovia Carajs) e a cidade de Estreito. Comunicaes Alm dos tradicionais servios dos Correios e Telgrafos, o setor de comunicao da regio dispe de servio de telefonia fixa e mvel, servios de radio difuso (AM/FM), repetidoras de sinais de televiso e jornais dirios editados na cidade de Imperatriz. Intermediao Financeira Os servios de intermediao financeira na regio so realizados por agencias bancarias, filiais do Banco do Brasil, Banco da Amaznia, Banco do Nordeste, Caixa Econmica Federal, Bradesco, Ita, Real e HSBC. Imperatriz Maior Aglomerado Urbano da Regio Segundo maior aglomerado urbano do Maranho, com uma populao estimada em 229.671 habitantes, segundo o censo populacional 2007 do IBGE. Imperatriz experimentou crescimento acelerado a partir da dcada de 60 e j, na dcada de 70, era considerada uma das cidades mais progressistas do pas. Todo este surto de desenvolvimento, sem que houvesse um planejamento, acabou fazendo com que o municpio apresentasse nos dias atuais, graves problemas estruturais, como por exemplo, o trnsito catico no centro comercial e os transbordamentos dos riachos que cortam a cidade na poca de chuvas. Ainda assim, no contexto regional, Imperatriz desponta como maior e mais diversificado centro comercial e de prestao de servios da regio, atuando como centro polarizador no s da regio tocantina, como tambm exercendo forte influncia em todo sudoeste maranhense, norte do Tocantins e sul do Par. O comercio varejista e o comercio atacadista abastecem as mercadorias, inclusive equipamentos, veculos, mquinas pesadas e insumos agrcolas, do mercado interno e da maioria dos municpios da regio e de outras regies prximas. Perspectivas Econmicas A regio Tocantina j reconhecida como plo educacional de nvel mdio e superior, formando profissionais capazes de prover as principais necessidades de desenvolvimento tecnolgico e de assistncia tcnica da regio e do estado. Destaca-se tambm como um plo de produo com nfase em bem estruturadas cadeias produtivas das indstrias moveleiras, coureira, de confeces e, cermica, turismo e agropecuria, com ateno para a preservao do equilbrio das dimenses econmica, social e ambiental. Na agricultura, a nfase no uso intensivo de tecnologia, na alta qualidade de assistncia tcnica, com destaques para as atividades de fruticultura e da agricultura familiar.

A agropecuria exporta carne para diversos pases e a febre aftosa esta totalmente erradicada. Existem grandes rebanhos de bovinos, ovinos, caprinos e sunos. A avicultura e a piscicultura podero ser bastante desenvolvidas. O turismo de negcios tambm poder ser uma grande fonte de renda para a regio com destaque para a ampliao de sua posio como plo integrador de diversas regies do pas propiciado pela construo da ponte sobre o Rio Tocantins. A Hidreltrica de Estreito tambm gerar grandes receitas estimando, que cerca de 14.000 pessoas estejam trabalhando nas suas obras no momento do pice. O municpio de Imperatriz-MA rene, hoje, uns dos melhores conjuntos de infra-estrutura do pas para receber investimentos fabris, considerando-se que: a) Conta com uma subestao de energia eltrica, com potencial de 600 MW, possibilitando excelente qualidade de fornecimento para o consumidor; b) Detm excelente potencial hidrogrfico, sendo banhada por vrios rios, sendo o Tocantins o principal, com extenso de 2.850km, possibilitando integrao multimodal; c) Conta com as rodovias BR-010 (Belm-Braslia), BR-226, BR-222, e ainda com a MA-122, MA-123 e MA-280, alm da ferrovia Norte-Sul, que faz conexo com a Ferrovia de Carajs; d) a principal cidade num raio de aproximadamente 600 quilmetros, mantendo influncia no sul do Par, Norte do Tocantins e Sul do Maranho. Dista 630km de So Lus - MA, 570km de Belm-PA, 800km de Teresina-PI, 600km de Palmas TO. o ponto de referncia para distribuio de produtos para a regio Tocantina; e) O seu Plano Municipal de gerao de empregos e renda est homologado pelo Conselho Estadual do Trabalho, o que vem contribuindo para a qualificao profissional, o desenvolvimento de atividades produtivas e a utilizao de matria-prima local, resultando na melhoria de renda per capita municipal. Portanto, movido por este momento mpar em sua histria, com investimentos governamentais como a construo da ponte sobre o Rio Tocantins, ir trazer um maior fluxo economia para a cidade de Imperatriz e Regio. CONCLUSO 0 municpio de Imperatriz localiza-se no oeste do Estado do Maranho, na microregio n 38. Tem limites com os municpios de Cidelndia, So Francisco do Brejo, Joo Lisboa, Davinpolis, Governador Edison Lobo e com o Estado do Tocantins. 0 municpio encontra-se a 629,5 quilmetros da capital do Estado. Suas coordenadas geogrficas so 5 31' 32' latitude sul; 47 26' 35' longitude a W Gr., com altitude mdia de 92 metros acima do nvel do mar. A povoao de Santa Teresa d'vila, chamada depois de vila Nova de Imperatriz, bero da atual Imperatriz, iniciou a 16 de julho de 1852, em meio a disputas territoriais entre provncias do Maranho e do Para. Em1854 foram fixadas limites entre as provncias constatando-se que a povoao de Santa Tereza estava em territrio maranhense, ainda que sua funo tenha sido iniciada pelo governo do Para atribuda em 1862. O nome Nova Imperatriz uma homenagem imperatriz Tereza Cristina, esposa de Dom Pedro II. Em 1924 passa a ser sede de municpio. E hoje Imperatriz retomou, graas rodovia Belm - Braslia, a condio de plo econmico da regio, posio que j ocupara no inicio do sculo, com a extrao da borracha e da castanha. Atualmente a segunda cidade do Estado, com uma populao em torno de 250mil habitantes. Suas potencialidades naturais favoreceram o dinamismo econmico e o processo de ocupao territorial. Grandes extenses de terra foram desmatadas e posteriormente ocupadas para desenvolvimento de atividades primrias, como a agricultura, pecuria e a extrao de madeira, o que por sua vez, provocou mudanas expressivas em sua estrutura ambiental. Seu processo de colonizao consolidou-se e Imperatriz constituiu-se no centro de maior dinamismo econmico, polarizador das principais atividades de servios e entreposto comercial para exportao de produtos originrios do extrativismo vegetal, da lavoura temporria e da pecuria de toda a Regio Tocantina. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS BARROS, Edelvira Marques. Imperatriz e Memria. Imperatriz: tica Editora, 1996. SANCHES, Edimison. Enciclopdia de Imperatriz. Imperatriz: Instituto Imperatriz 2003. SEPLAN, O Perfil Scio-econmico dos Municpios do Maranho (Governo do Estado do Maranho): Site . Acesso em 11 de Maro.

IBGE, Pesquisa sobre os municpios da Regio Tocantina do Estado do Maranho (Governo do Estado do Maranho): Site . Acessado em 14 de Maro.