História da Química - Primeiros fenômenos observados e a alquimia

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Primeiros fenômenos observados e a Alquimia SUNNY KARELLY E GLEICIANE ELOI

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Apresentação sobre os primeiros fenômenos químicos observados e o surgimento da alquimia.

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Primeiros fenômenos observados e a Alquimia

SUNNY KARELLY E GLEICIANE ELOI

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Tópicos abordados

1. Os primeiros fenômenos químicos observados;

2. As primeiras ideias científicas: Alquimia;

3. A alquimia (grega, chinesa, árabe e cristã);

4. A alquimia e o mundo moderno.

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(Aristóteles, filósofo e alquímico grego)

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• Provavelmente, um dos primeiros fenômenos observados

por nossos antepassados pré-históricos foi o fogo,

provocado por algum fenômeno natural.

• A observação das transformações que a madeira e o solo

sofriam enquanto eram queimados permitiu ao homem das

cavernas produzir melhores ferramentas de cozinha.

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Primeiros fenômenos químicos

observados• Utensílios de barro cozido: mais resistentes do que os de argila

crua (superfície vitrificada pelo calor).

• Neolítico – o homem já produzia peças de cerâmica em fornos e

tintas primitivas a partir de carvão e minerais com diferentes

colorações.

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Primeiros fenômenos químicos

observados• 6000 a. C.: o cobre e o ouro, que eram extraídos em seu estado

metálico diretamente do solo e trabalhados pela técnica de

martelamento;

• 4000 a 3000 a. C.: técnicas de obtenção de cobre e chumbo a

partir de seus minérios, encontrados então muitas vezes na forma

de óxidos metálicos ou como sulfetos.

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Primeiros fenômenos químicos

observadosPercebeu-se que a partir da mistura de algumas rochas formava-se

uma liga metálica com propriedades diferentes em comparação

aos metais puros. Foi assim que se produziu o bronze (3000 a. C.),

uma liga de cobre (90%) e estanho (10%).

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• Fole: facilidade para o ferreiro;

• Ferro: difícil metalurgia (uso tardio);

• Impurezas do ferro controladas: fabricação do aço.

Primeiros fenômenos químicos

observados

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• Mercúrio: dissolução de metais;

• Formação de amálgamas: douração;

• Química doméstica: defumação de carnes,

desinfetante, fermentação.

Primeiros fenômenos químicos

observados

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As primeiras ideias científicas

• A alquimia surgiu em cerca 300 d.C. em Alexandria, no Egito, e se expandiu

pela Europa nos séculos seguintes, até cerca de 1400 d.C..

• Seus praticantes, os alquimistas, se inspiraram nas concepções gregas sobre a

constituição da matéria e do Universo para tentar buscar a Pedra Filosofal e o

Elixir da Longa Vida.

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As primeiras ideias científicas

• A chamada Pedra Filosofal seria uma substância obtida a partir de matéria-prima

grosseira;

• De cor vermelha, a pedra possuía propriedades químicas com grande poder:

penetração, irredutibilidade e a perfeita indiferença em relação aos agentes químicos;

• Seria possível atingir os outros objetivos: seria a transmutação da matéria.

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As primeiras ideias científicas

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Vídeo – A origem dos alquimistas

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Ciência Grega• Até o final do século VII a.C., os gregos explicavam os fenômenos da

natureza em termos de Mitologia e de Religião;

• Na Grécia a partir do século VI a.C, as especulações iniciadas pelos

pensadores de Mileto constituíram o primeiro marco em direção ao

pensamento científico moderno;

• Especulação científica emergiu, aos poucos, da Filosofia.

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Ciência Grega• Tecnologia: 3000 a.C, já se estabelecera a metalurgia, a tecelagem e

a cerâmica, assim como o uso da roda em veículos de transporte;

• Medicina: era dominada por magia e superstição;

Papiro egípcio (“Edwin Smith”) de

1600 a.C.

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Ciência Grega• Astronomia e matemática: elaboração de calendários, o melhor dos quais

era o egípcio;

• Conhecimento dos gregos assentou sobretudo nos matemático-geométricos

dos egípcios e nos astronômicos dos povos da babilônia;

• Matemática egípcia consistia primordialmente no

conhecimento de operações de cálculo aritmético com

objetivos práticos;

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Ciência Grega• Não tinham instrumentos adequados de

medida e não faziam experiências para

comprovar suas ideias, como os cientistas

modernos;

• Preocuparam-se em achar explicações

racionais para o mundo e seus fenômenos

sem recorrer aos mitos e à religião.

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A separação entre a natureza e o

sobrenatural • Explicações dos milésios não faziam

referência a deuses ou forças naturais;

• Mitologia grega os terremotos tinham sua

origem no deus dos mares;

• Para Tales, a terra boiava na água do oceano,

e os terremotos teriam sua origem em

grandes ondas e tremores marítimos.

Poseidon

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A prática do debate• Pensadores pré-socráticos discutiam criticamente as ideias de seus colegas

e antecessores, muitas vezes em frente a uma plateia;

• Diferentes explicações para um mesmo fenômeno natural passavam a

competir entre si;

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Tales de Mileto• Foi com ele que se iniciou a filosofia e a ciência grega;

• Qual a matéria primitiva que cujas transformações

deram origem aos fenômenos que ocorrem no

Universo;

• Todas as coisas tinham a sua origem na água;

• Princípio de tudo está na água que dá origem ao gelo,

aos rios e mares, ou se evapora formando o ar.640-550 a.C

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Anaximandro• Aceita um único princípio material e, também como Tales, afirma que essa

substância inicial é geradora e infinita;

• Sugeriu que a primeira coisa não foi uma substância específica, como a

água ou o ar, mas o apeiron;

• Uma vez admitida a transmutabilidade das substâncias umas nas outras, a

escolha que se faça de qualquer elemento primordial é perfeitamente

indiferente.

(611-547 a.C)

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Anaximenes

• Defende a existência de uma substância primordial: ar;(588-524 a.C)

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Anaximenes

• Este ar se transformaria em água através da condensação, e em fogo

através da rarefação;

• Temos assim os primeiros passos para entender o problema da

mudança.

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Os Pitagóricos• Próximo grupo a se destacar no cenário filosófico-

científico se concentrou em torno de Pitágoras;

• Números exprimiam mais do que aspectos formais

dos fenômenos: as coisas seriam feitas de números;

• Aplicavam a numerologia para tudo. Com isso,

realizaram talvez o primeiro estudo empírico

sistemático, ao elaborarem uma lei científica

quantitativa.

580 a. C. - 572 a. C.

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O Problema da Mudança

• Grande problema metafísico do início do séc. V

a.C. era o problema da mudança: como é

possível algo mudar, e deixar de ser o que era?

• Heráclito de Éfeso: tudo estava sujeito a

mudanças: “panta rhei”(tudo flui); (535-475 a.C)

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O Problema da Mudança

• Parmênides de Eléia: duvidava da evidência dos sentidos,

colocando a razão como única fonte confiável de

conhecimento;

(530-515 a.C)

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O Problema da Mudança

• Empédocles de Agrigento: concordava com as

limitações do sentido, mas também argumentava que a

razão era limitada;

• Concordava que “nada pode vir a ser a partir do não-

ser”, mas restaurava a noção de mudança negando a

unicidade do ser;

(484-421 a.C)

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O Problema da Mudança

• Quatro elementos, que produzem mudanças ao se

recombinarem e se separarem;

• Elementos se combinariam em diferentes

proporções, dependendo da substância;

• Osso consistiria de fogo, água e terra na proporção

4:2:2, ao passo que o sangue consistiria dos quatro

elementos em iguais proporções;

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O Problema da Mudança

• Atomismo de Leucipo de Mileto e Demócrito de

Abdera;

• Só têm realidade os átomos e o vazio.

(500-460 a.C)

(460-370 a.C)

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O problema da Mudança• Qualquer diferença que observamos no mundo é devido a modificações na

forma, arranjo e posição dos átomos;

• Haveria um número infinito de átomos espalhados no vazio infinito;

• Átomos estariam em movimento contínuo, chocando-se frequentemente

uns com os outros;

• Colisões, os átomos podem rebater ou então se ligarem através de ganchos

ou formas complementares.

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Os Cientistas

• Entre o final do século V a.C. e a primeira metade do século IV

a.C., o interesse dos cientistas pelos fenômenos naturais foi

substituída pelo interesse no comportamento humano e suas

causas;

• Platão contribuiu de maneira significativa para a filosofia da

ciência.

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Os Cientistas• Tomou os quatro elementos e os identificou com quatro sólidos;

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• Água se transforma em vapor porque o icosaedro da água se

transformaria em dois octaedros de ar e um tetraedro de fogo;

• Platão, deu um passo a mais no atomismo antigo, introduzindo uma

descrição geométrica precisa dos átomos;

• Descrevendo as mudanças por meio de fórmulas matemáticas;

• Platão, porém, não aceitava o vácuo de Leucipo e Demócrito.

Os Cientistas

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Os Cientistas• Na época do Liceu, estabelecimento fundado por

Aristóteles a Ciência voltou a receber a atenção dos

intelectuais gregos;

• Aristóteles e Teofrasto podem ser considerados os mais

remotos precursores da Ciência Moderna;

• Aristóteles parece ter sido o primeiro grego a

compreender a necessidade da observação atenta e

minuciosa.

(384-322 a.C.),

(371-287 a.C.)

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Os Cientistas• Século III a.C. com Arquimedes, a Ciência Grega recebeu seu maior

impulso;

• Século I a.C. a necessidade da experimentação para o desenvolvimento da

Ciência já estava razoavelmente bem estabelecida;

• No Período Greco-Romano a Ciência Grega adquiriu grande prestígio;

• Conceitos da Matemática e da Astronomia, perduraram durante toda a

Idade Média e início do Renascimento;

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Os Cientistas

• Após o auge da ciência grega nos sécs. III e II a.C.,

seguiu-se um período com bem menos trabalhos

originais;

• No entanto, no séc. II d.C., duas grandes figuras

representaram a culminação da ciência antiga: Ptolomeu

e Galeno.

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Os Cientistas

• Ptolomeu de Alexandria: escreveu o grande tratado

astronômico Composição Matemática, mais conhecido

por seu nome em árabe, Almagesto, além de outras

obras;

• Galeno de Pérgamo: médico e escritor de

importância, que viveu em Roma e deixou uma

vasta obra em biologia e medicina, escrevendo

também sobre filosofia e filologia.

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Cultura Helenística• Sob o domínio de Alexandre, o Grande, a cultura grega se expandiu

territorialmente, indo do Egito à Índia, num processo que influenciava e

sofria influências;

• Cultura que correu mundo, tendo como raiz a tradição grega foi denominada

cultura helenistica; helenística;

• No século I a.C., foi a vez dos romanos

chegarem à Grécia antiga, conquistando-a.

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Ciência Helenista • Povos gregos não conseguiram mais obter sua autonomia política e assim

foram, ao longo dos séculos, desaparecendo;

• Com a morte de Alexandre 323 a.C. e a queda de seu império, diversos

reinos surgiram concentrando bastante riqueza;

• Atividade científica foi impulsionada pela patronagem real;

• O ponto alto desta patronagem ocorreu na dinastia dos Ptolomeus, no

Egito, com a fundação da Biblioteca e do Museu de Alexandria;

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Ciência Helenista• Se tornou o principal centro de pesquisa do séc. III a.C;

• O Museu era uma comunidade de pesquisadores;

• Interesse dos reis ptolomaicos estaria em parte no

desenvolvimento de armas bélicas, e em parte na obtenção de

prestígio.

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A Ciência na Era Helenística

• Ciência alcançou um grande desenvolvimento no período

helenístico;

• Herófilo: considerado o fundador da anatomia, que

recusou-se a aceitar os dogmas estabelecidos, atribuindo

maior importância à observação direta;

• Erasístrato: considerado o iniciador da fisiologia,

salientou-se pelo estudo dos vasos sanguíneos, circulação

do sangue e descrição dos pulmões;

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A Ciência na Era Helenística

• Eratóstenes de Cirene descreveu a Via-Láctea e

organizou a geografia como ciência.

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A Ciência na Era

Helenística

• Euclides de Alexandria: autor de "Os

elementos", lançou as bases da geometria como

ciência;

• Arquimedes de Siracusa: inventou o cálculo

integral e descobriu a lei da impulsão;

(287 a.C.-212 a.C.)

(360 a.C. — 295 a.C.)

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Vídeo – Alquimistas medievais

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"Experiências Alquimistas"1. Em um cadinho feito com cinzas de ossos calcinados colocava-se um

pedaço de chumbo.

2. O cadinho era então aquecido ao ar e o chumbo se fundia e oxidava-se.

No fundo do cadinho aparecia às vezes prata metálica.

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"Experiências Alquimistas"

- Para os alquimistas isto era prova de transmutação do chumbo

em prata, mas na verdade trata-se do processo de copelação da

prata, que aparece como um contaminante natural do chumbo.

3. Quando o chumbo foi aquecido, formou-se o óxido de chumbo, que é

um pó muito fino e se parece com cinzas.

4. Quando se retira estas cinzas fica-se somente com a prata metálica.

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A alquimia chinesa• A mística metalúrgica e a alquimia;

• Taoísmo e os ferreiros;

• Nos meios taoístas e neotaoístas que se difundiram as técnicas

alquímicas.

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A alquimia chinesa• Passou-se a ter uma nova forma de se divinizar: bastava alguém

absorver o ouro potável ou o cinábrio para se tomar semelhante

aos deuses.

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A alquimia chinesa• O alquimista era, ao mesmo tempo, um artesão e um

letrado;

• Caçadores, oleiros, ferreiros, dançarinos,

agricultores, místicos - viviam no centro de

tradições que eram transmitidas oralmente, mediante

iniciações e "segredos de ofício".

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A alquimia chinesa• Taoísmo alcança o fervor da população chinesa;

• “Superstições populares": técnicas dietéticas, gímnicas,

coreográficas, respiratórias, práticas mágicas, xamânicas, espíritas etc.

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A alquimia chinesa• Suas ideias sobre a longevidade e a imortalidade pertencem ao

mundo das mitologias e dos folclores de âmbito quase universal;

• Noções de "erva da imortalidade", de substâncias animais ou

vegetais carregadas de "vitalidade”, e que trazem em si o elixir da

juventude.

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A alquimia chinesa

Não se sabe a época determinada da origem da alquimia chinesa.

144 a.C.: nesse ano, um edito imperial ameaçava de execução pública

todos aqueles que fossem surpreendidos em flagrante delito de falsificar

ouro.

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A alquimia chinesa

Tsu Yen, um contemporâneo de Mêncio,

considerado o "fundador" da alquimia chinesa.

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A alquimia chinesaA alquimia chinesa constituiu-se como disciplina autônoma quando

passou a utilizar:

1) os princípios cosmológicos tradicionais;

2) os mitos relacionados com o elixir da imortalidade e com os Santos

Imortais;

3) as técnicas que procuravam alcançar ao mesmo tempo o

prolongamento da vida, a beatitude e a espontaneidade espiritual.

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Luan Tai apresenta-se diante do imperador Wu e

garante-lhe que pode realizar esses três milagres, mas só

conseguiria "materializar" os imortais.

A alquimia chinesa

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O mágico Li Chao-kiun recomenda ao imperador Wu Ti da

dinastia Han:

"Sacrificai ao forno e podereis provocar o aparecimento de seres

(sobrenaturais); quando tiverdes feito aparecer os seres (sobrenaturais),

o pó de cinábrio poderá ser transformado em ouro amarelo.

A alquimia chinesa

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Quando o ouro amarelo tiver sido produzido, podereis fazer com

ele utensílios para beber e comer e então tereis uma longevidade

prolongada. Quando a vossa longevidade for prolongada, podereis ver

os bem-aventurados da ilha P'ong-lai, situada no meio dos mares.

Quando os tiverdes visto e houverdes feito os sacrifícios, já não

morrereis"

A alquimia chinesa

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- Outra personagem célebre, Liu Hsiang (79-8 a.C.) pretendia

"fabricar ouro", mas não obteve sucesso.

- Pao P'u-tzu, o mais famoso alquimista chinês, tenta explicar o

fracasso de Liu Hsiang: ele não possuía a "verdadeira medicina"(a "Pedra Filosofal") não estava espiritualmente preparado(porque o alquimista devia jejuar durante cem dias, purificar-se com perfumes etc).

A alquimia chinesa

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• A pesquisa do ouro implicava também uma investigação de

essência espiritual;

• Tinha um caráter imperial: encontrava-se no "Centro" da Terra e

tinha relações místicas com o chüe (sulfureto), o mercúrio amarelo

e a Vida futura (as "fontes amarelas").

A alquimia chinesa

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• A crença na metamorfose natural dos metais era

comum na China. O alquimista nada mais faz do

que acelerar o crescimento dos metais.

A alquimia chinesa

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Alquimia Árabe• Foi no Egito que absorveram a erudição grega e

os conhecimentos sobre alquimia;

• Atingirem, no século VIII d.C., a Penísula Ibérica,

transformava Córdova, no mais importante

centro da civilização muçulmana na Europa;

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• Espanha árabe, que se tornou conhecida como al-andalus, nasceram e viveram

grandes médicos, geógrafos, astrônomos, matemáticos, artesãos e alquimistas de

ascendência árabe;

• Divulgaram a alquimia e a desenvolveram, inventando novos aparelhos

químicos e imprimindo-lhes novos rumos;

• Alquimia árabe aperfeiçoou as artes de destilação e de extração por gorduras, a

fabricação de sabão, as ligas metálicas e a medicina farmacêutica.

Alquimia Árabe

Page 67: História da Química - Primeiros fenômenos observados e a alquimia

• Alquimistas que mais se destacaram: Jabir al-azdi e Muhammad al-

razi;

• Jabir sofreu influência de Aristóteles, tendo elaborado

uma teoria sobre a origem e a constituição dos metais,

baseada na presença de enxofre e mercúrio;

• A existência de Jabir foi durante séculos, posta em dúvida

por muitos historiadores da Química, mas a tendência

moderna é admiti-la como incontestável;

Alquimia Árabe

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• Merece destaque a importância que este alquimista deuao método experimental;

• Ele quem nos diz: “o primeiro passo essencial na

alquimia consiste em realizar trabalho prático e

conduzir os experimentos”;

• Al-razi (865-925 d.C), originário da Pérsia atual Irã,

desenvolveu seus trabalhos de alquimia na mesma

linha de preocupação com o rigor experimental;

Alquimia Árabe

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• Corpos: metais;

• Espíritos: enxofre, arsênico, mercúrio e sal amoníaco;

• Pedras: marcassita, magnésia, etc.;

• Vitríolos: ácido sulfúrico, sulfato de sódio, etc.;

• Bóraces: bórax, nátron ou soda, cinza vegetal;

• Sais: sal comum, potassa, “sal de ovos”.

Alquimia Árabe

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• Al-biruni acumulou diversosconhecimentos: físico, astrônomo,matemático, botânico, geógrafo,geólogo, historiador. filósofo, linguísta ecriador da farmacopeia;

• É citado na historia da alquimia comoum dos que não acreditavam natransmutação dos metais; (973-1048 d.C)

Alquimia Árabe

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• Na mesma época, viveu outro grande sábio, Abu Ibn Sina (980-1036 d.C),

conhecido como Avicena destacando-se como médico, filósofo e teólogo;

• Escreveu um tratado de alquimia e mineralogia onde afirma não ser possível

admitir cientificamente a transmutação dos metais;

• Essa opinião foi citada em trabalhos do século XIII e posteriores, mesmo

pelos que acreditavam naquela possibilidade.

Alquimia Árabe

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Alquimia Cristã- A partir do século X a alquimia conseguiu chegar à Europa

ocidental cristã, por meio dos muçulmanos;

- Alquimistas eram alvos de gracejos já que os escritos alquímicos eram

cheios de símbolos e era impossível saber se um autor compreendia o que

ele escrevia.

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Alquimia Cristã• Alquimia era uma ciência reconhecida mas controversa;

• Em 1317, a prática foi proibida pelo Papa João XXII, sob a acusação de

bruxaria;

• Se entravam no laboratório do alquimista e

cheiravam a enxofre, não havia dúvida de que “o

demônio estava presente”.

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Alquimia Cristã• Ainda que fosse arriscado, muitos deles continuaram com seus experimentos

alquímicos em segredo;

• Alquimia se transforma em tema secreto pois não se pode confiar a qualquer

um saber que pode ser perigoso;

(John Dee)

• Início do século XVI, a era do Renascimento

colocava fim ao antigo mundo medieval dominado

pela igreja e iniciava-se uma era dourada para a

alquimia, que saía à luz;

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Alquimia Cristã• Alquimia virou a profissão mais popular e também a fraude mais

habitual daquela época;

• Um alquimista notável foi Paracelso, que se fez famoso e respeitado por

manipular quimicamente metais que usava para tratar doenças;

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Alquimia Cristã• Enquanto os árabes possuíam apenas ácidos fracos, soluções de sais

corrosivos, os alquimistas europeus aprenderam a preparar e

condensar ácidos fortes;

• Primeiro o ácido nítrico (aqua fortis), depois o ácido clorídrico

(espírito do sal) , em seguida o ácido sulfúrico (espírito de vitríolo), e

até a água régia;

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• Existem também artistas que encontram nas lendas e gravuras alquímicas

sua fonte de inspiração para a criação de obras literárias, músicas, pinturas

e, atualmente, filmes, desenhos animados, etc.

• A química é alquimia de muitos anos atrás, só que mais rebuscada. Graças

aos grandes alquimistas obtivemos as bases da química moderna.

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• Alquimia chinesa. Disponível em:

http://chinaimperial.blogspot.com.br/2008/04/alquimia-chinesa-por-

mircea-eliade.html. Acesso em: 26 out 2012.

• BURRESON, J.; LE COURTEUR, P. Os botões de Napoleão: as 17

moléculas que mudaram a história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2006