História Da Filosofia Da Linguagem

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História da Filosofia da Linguagem Filosofia da Linguagem Prof. Fabio Antônio da Silva A linguagem enquanto tema/problema da filosofia é velha conhecida de seus expoentes. Platão, que, como sabemos, dividia o mundo em sensível e inteligível - onde o sensível é o mundo da opinião e o inteligível o da razão 1 – procurou localizar a linguagem como uma atividade intermediaria entre estes dois mundos. Assim, ela nos remete as ideias (perfeitas/fixas) do mundo inteligível mas carrega a marca daquilo que é humano, do mundo em movimento e, portanto, a linguagem pode ser um instrumento mas o acesso da razão à forma pura é incomunicável enquanto tal. A linguagem têm o limitado poder de elemento ontologicamente intermediário entre a forma pura e fixa e o mundo em movimento. Ela não é cópia idêntica do primeiro nem espelha perfeitamente o segundo, entretanto, ela simboliza tanto um quanto outro e assim torna possível o conhecimento mesmo que os nomes não são capazes de dizer o que são essencialmente seus referentes. O pensamento (phronesis) é percepção em movimento e conhecimento (gnômê) é exame da geração, mas pensamento também é nóêsis - desejo de novidade - e Episteme indica que a alma acompanha o movimento das coisas e entendimento (synesis) é raciocínio e "sophia (sabedoria) indica contato com o movimento das coisas”, não é, portanto, senão a criação de uma imagem do mundo à luz do inteligível. O pensamento imperfeito ocorre por movimento de raciocínio como acompanhamento do movimento das coisas. A linguagem expressa uma imagem que ao ser imagem do mundo, expressa ao mesmo tempo, imperfeitamente o inteligível e não a imagem apreendida ou constituída pelo sujeito inteligente. Platão pretendeu demonstrar como é objetiva a combinação entre uno e múltiplo e por ser tal, por ocorrer como imagem do mundo sugere a estrutura inteligível nele presente, entretanto, pode sempre ser corrigida 2 . 1 Para descontrair ver tira do Pitéco (Maurício de Souza). 2 Para mais detalhes ver PLATÃO, Timeu & Crátilo. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: Univ. Fed. Pará, 1973.

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Esquema da aula de Filosofia da Linguagem (Frege e Russell).

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Histria da Filosofia da Linguagem

Filosofia da LinguagemProf. Fabio Antnio da Silva

A linguagem enquanto tema/problema da filosofia velha conhecida de seus expoentes. Plato, que, como sabemos, dividia o mundo em sensvel e inteligvel - onde o sensvel o mundo da opinio e o inteligvel o da razo[footnoteRef:1] procurou localizar a linguagem como uma atividade intermediaria entre estes dois mundos. [1: Para descontrair ver tira do Pitco (Maurcio de Souza).]

Assim, ela nos remete as ideias (perfeitas/fixas) do mundo inteligvel mas carrega a marca daquilo que humano, do mundo em movimento e, portanto, a linguagem pode ser um instrumento mas o acesso da razo forma pura incomunicvel enquanto tal. A linguagem tm o limitado poder de elemento ontologicamente intermedirio entre a forma pura e fixa e o mundo em movimento. Ela no cpia idntica do primeiro nem espelha perfeitamente o segundo, entretanto, ela simboliza tanto um quanto outro e assim torna possvel o conhecimento mesmo que os nomes no so capazes de dizer o que so essencialmente seus referentes.O pensamento (phronesis) percepo em movimento e conhecimento (gnm) exame da gerao, mas pensamento tambm nsis - desejo de novidade - e Episteme indica que a alma acompanha o movimento das coisas e entendimento (synesis) raciocnio e "sophia (sabedoria) indica contato com o movimento das coisas, no , portanto, seno a criao de uma imagem do mundo luz do inteligvel. O pensamento imperfeito ocorre por movimento de raciocnio como acompanhamento do movimento das coisas. A linguagem expressa uma imagem que ao ser imagem do mundo, expressa ao mesmo tempo, imperfeitamente o inteligvel e no a imagem apreendida ou constituda pelo sujeito inteligente. Plato pretendeu demonstrar como objetiva a combinao entre uno e mltiplo e por ser tal, por ocorrer como imagem do mundo sugere a estrutura inteligvel nele presente, entretanto, pode sempre ser corrigida[footnoteRef:2]. [2: Para mais detalhes ver PLATO, Timeu & Crtilo. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belm: Univ. Fed. Par, 1973.]

A filosofia analtica, corrente do pensamento contemporneo que tem suas origens no final do sculo XIX, defende...Para Gotllob Frege, como visto em aula, o pensamento universal e o contedo da linguagem, que a via que expressa o pensamento, bidimensional, as unidades gramticas tem sentido (sinn) e referncia (bedeutung).

Russell: Conhecimento Direto e Conhecimento por meio de Descrio. O conhecimento de coisas por descrio... sempre implica... algum conhecimento de verdades como sua fonte e seu fundamento. Todo nosso conhecimento, tanto o conhecimento de coisas como o conhecimento de verdades, baseia-se, em ltima instncia, no conhecimento direto. Portanto, importante considerar que espcies de coisas existem das quais temos um conhecimento direto.

Da Denotao: Lgica e Conhecimento - uma expresso denotativa unicamente devido a sua forma.