Historia Da Educação e Da Pedagogia C. 2

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    1 \ ( S~ (

    pl'Op I~il(l, o 1d(I,~(I1i11'11111'1,'1'1111-

    eis

    Wo\ll'

    1('('\'11 :dglllll~IH ()1)S('I'V:I(;~)(,sm-

    I

    rtant s in u 111

    brbaro?. N .sta

    palestra, posteriormente publi ada, el co-

    mea examinando as respostas dadas pelos

    envolvidos na questo da Guerra do Iraque:

    para os partidrios . e Osama Bin Laden, a

    nica civilizao ser, . a do Isl, e brbaros

    so os infiis, ou seja, o Ocidente; j para os

    ocidentais, h quem afirme a supremacia

    da civilizao ocidental sobre o Isl,

    Para evitar esse tipo de raciocnio ten-

    dencioso de ambos os lados, Francis Wolff

    distingue trs sentidos da barbrie, confor-

    me trs concepes de civ ili zao :

    a) Ci v ilizao como processo de abran-

    damento dos costumes, de refinamento

    nos modos de cumprir as funes naturais,

    como comer, defecar, assoar o nariz etc, e

    tambm a polidez no trato com os outros,

    Brbaros seriam os brutos grosseiros que ig-

    noram as boas maneiras, a civilidade ,

    b)

    Civ il izao

    como patrimnio das cin-

    cias, letras e artes, enfim, pelo estgio de-

    senvolvido da cultura humana. Os brbaros

    seriam os insensveis ao saber ou beleza,

    como aquele que pilha as igrejas para fun-

    dir o ouro que nelas encontra, que queima

    os livros ou .. , destri as esttuas,

    c) C ivili za o como tudo aquilo que, nos

    costumes, em especial nas relaes com

    outros homens e outras sociedades, pare-

    ce humano, realmente humano - o que

    pressupe respeito pelo outro, assistncia,

    cooperao, compaixo, conciliao e paci-

    ficao das relaes -, em oposio ao que

    10 (('

    SUIH\('1111111111IlllwHlilll, il lIl : vinl Ilei:1

    vista

    ('OlHO/lIilltili I

    ou

    arcaica,

    a

    L111 1t11:1

    , 'I

    I' I

    l11plC OS

    1)(':1 VI(il ,

    Ora, ~ illlj)()I'litll(' bs rvar que,

    mui-

    tas vezes ice/a I

    -s

    que se

    o rgulham

    de ter atingido o' doi primeiros

    estgi os

    descritos de civilizao, so capazes

    di

    comportamentos que ferem o terceiro

    seu -

    tido. Assim, os civilizados gregos aceita-

    vam com tranquilidade a escravido, e os

    conquistadores espanhis civilizados ('

    cristos dizimaram os astecas, por eles

    con-

    siderados brbaros por praticarem

    .urna

    religio que inclua sacrificios humanos. _.

    Esses exemplos nos mostram que iI

    barbrie, oposta ideia nica e simples

    d e

    civilizao, no existe , j que povos ditos

    civilizados so capazes de atos de

    bar b-

    rie (no terceiro sentido), como j citamos

    anteriormente diversos deles, [E o filsofo

    Francis Wolff assim conclui:] Por isso O

    ataque de 11 de setembro de fato um

    at a-

    que brbaro, e por ser brbaro que exige

    uma resposta civilizada,

    brbaro tanto

    n a

    forma como no fundo, no por ser

    organi-

    zado por uma religio ou cultura brbara,

    mas por ser organizado em nome da

    i d i a

    do Bem absoluto, E ele exige uma respos

    ta civilizada, ou seja, uma luta sem hipo

    crisia, no em nome da ideia do Bem

    ali

    da civilizao, mas em nome da luta pela

    diversidade da humanidade, da qual toda

    as civilizaes so garantia.

    M. L de Arruda Aranha e M. H. Pires Martin

    T em as de jdo sof ia .

    So Paulo, Moderna, 2005, P: 292.

    111

    1 \< 1

    111\11

    OV: U 'H (() ..,,~ ,),

    (;ir, il i. I I( lT o ho rhri .

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    111111

    ut alism I'

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    ara a

    ultu ra ' i luca 'ao ,

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    n trc ()

    povo

    h breu e os demai povos

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    quele longo perodo?

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    ger is

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    Ig-rupo de alunos deve traz r I ar

    ,I c

    lnssc

    ilustraes que identifiquem as

    di ('I'sas ritas dos povos da Antigui-

    cl 111(,

    ri

    ntaL Outro grupo trar mapas

    111

    r ic S

    das regies ocupadas por eles

    Ic \.

    . t l

    \H11.

    perodo da Antiguidade) e da

    1111:1

    no'

    ogrficaatualdessasmesmas

    II ,iclt's,

    '~\dif uldade de traar esses carac-

    II (I ('

    n (

    mplexidade do sistema cunei-

    11111111,ujos sinais transcreve sob forma

    t i tlllI'il (c no alfabtica), concomitan-

    111111'111('s sons, ideias e predicados

    dc IC'I'IIIin tivos (bem como os prefixos,

    1111IS

    e

    infixos de uma lngua agluti-

    1IIIIIc',

    ou s

    ja, sem flexes), tornam pe-

    11'1 c'

    lenta

    a formao do escriba, mas

    I 1 I1I1 I I uma elite no Estado (Paul

    1'.lti), p rtir da citao, responda:

    .1 ) 1 \

    qu

    civilizao antiga o texto se

    li

    I.

    I\, l

    1 ) , \ i111 rtncia do escriba tinha igual

    1 111'111utras civilizaes antigas. Expli-

    , / \1 1 I /l1:ti~ ram os aspectos religiosos e

    1'1.11ll IS I possuir o domnio da escrita,

    I) I'>

    riba, mago, mandarim,

    br-

    111

    uu -: [uais

    so as equivalncias entre

    I

    Ic ;' ( uais as consequncias para a

    I c1l1cd

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    a tu lo

    Ant iguid d

    o r ienta l: a educa ao

    trad ic iona li ta

    Neste captu lo, vamos estudar olqun

    dos inmeros povos que constituram a

    chamada Antiguidade oriental. Apes o i

    de nosso tradio ser predominantemen

    teocidental, greco-romana, no deixa d

    ser importante examinar os primrdio

    do que entendemos por civilizao .

    Mesmo porque os gregos conheceram

    admiraram aquelas cul turas, como ates

    tom inmeros testemunhos e sem dvid

    1

    sofreram sua influnc ia. A lm disso, en

    tre aqueles povos, encontrovorn-se os h

    breus, cuja cultura chegou at ns p I ,

    herana hebraico-crist.

    No captulo anterior, vimos que os po

    vos primitivos vivem em tribos cujas rei

    ces socia is ainda permanecem igualit6

    rias. Com o desenvolvimento da

    tcn ico

    e dos ofcios especializados, deu-s

    incremento da agricultura, do pastor i

    e do comrcio de excedentes. A socieda

    de tornou-se mais complexa, pela rgid

    1

    diviso de classes, pela religio orga

    nizada e pelo Estado centralizador. A

    primeiros civilizaes, surgidas no nort

    da Africa e na Asia (Oriente Prxim ,

    Oriente Mdio e Extremo

    Oriente],

    con

    tru ram a as primeiras cidades, com s u

    t

    mplos,

    palcios e monumentos,

    01

    m j

    t r m inv ntado a escrita.

    o ponto d vi ta da I '

    m

    il,l

    I f t l

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    u h I I mum m tod Ia o

    s u car6t I st6tico ou de muito. lenta

    mutao, Devido complexidade delas,

    a educao exigiu a criao da escola,

    apesar de restrita a poucos e muito tra-

    dicionalista,

    ontexto histrico

    r .

    A revoluo neoltica e as

    pn rne rro s

    civilizaes

    o pr ocesso de hominizao pa ss ou po r

    diverso s per odo s, at qu e po r vo lta de

    8

    m il ou

    1 0

    m il ano s at rs o corr eu o cha-

    m ado

    N eoltic o ,

    ou Idade da Pedr a Polida,

    ca rac teriza da po r v erdadeir a revolu o cu l-

    tural. Com o aperf eioament o das tc nicas

    ag rco las e de pas toreio , grup os humano s

    abandonaram a v id a nmade, to rn an-

    do-se sedent rios. E sses p ovos fa bric avam

    ut ensli os de p edra po lid a, de ce rm ic a,

    de cestaria etc . e, c om o tempo , passa ram

    a ut il izar m etais co m o o cobr e e o bronze ,

    Des en vo lv eram tambm um a arte ca da v ez

    mais refinada , al m de in ve nta rem fo rm as

    di feren tes de esc rit a e acumularem sa beres

    di v erso s.

    H cerca de 5 m il ano s tev e in c io o qu e

    podemos chamar de

    ci v ili zao

    nas regi es

    banhadas por rio s. Por isso, os histor iado -

    res a conh ec eram com o

    c ivil izaes fluv iai s

    (o u soci edades hi dr ul ica s), um a vez qu e,

    nes sa s pl an c ies in c ru stadas no s deser tos, a

    te rra se to rn av a frt il e o cur so d'gu a fav o-

    re c ia o in te rc mbi o de mercado res . A ss im

    sur g ir am a Mesopo tm ia ( s m argen s do s

    rios Ti gre e Eufrates ), o E gito (um a d di va

    do N ilo ), a ndia ( rios In do e Gan ges) e a

    Chi na (rios Yangts e H oang-H o ).

    Apesa r das di fer enas ent re es sas c iv ili za -

    es, to das impuse ram govern os despti co s

    de c arter teoc rtico , em qu e o p oder abso -

    lu to d rei u lo im p ( 'ra 1 0 1 se sustent av a

    1 1 ;]( 'I '( 'Il ~ 'n

    ('111

    sun O l'ig( '11ldiv ill H , N o

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    ra 1 0 filh o 1 0

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    11 '1 '

    urn

    \'1 1 1 0 1 ' M (:in d( id( 'O g 'I 'illll ll, SI:ill d (

    1 '1 1 '11 1 1 '1 11 0nl ll( li( '( ) ( '( 'v I 'I 'I; ajlud Wilso ll

    1 \II:1 ,'li' IS) , (1 () llq lO s(a pO I' ( '( '1 '( '1 1 d( ~{( 'i,~CCIl-

    I( ),~ sillais, lIs 1 1 1 1I'~~ \ilo , 1 1 1 ll.lld :ll 'iI IH nu lhiuu,

    Illag-os 1 1 1 11 \II1 ',~O IH )(:tll lja e I rman na n -

    dia eX el'( 'i:1 1 1 1 SlI ltS [un es monopo lizan 1 0

    a es rita ( '11 1 1 1 1 ( 'io p op ul a o anal fab eta.

    O saber repres ent ava um a fo rma de po-

    der.

    A es cr ita, no entant o , dif un diu-se m ui-

    to

    ma is no segundo m iln io , po r v o lta de

    l500 a.C . (da ta ince rta), quando os fe ncio s

    inv ntaram a escrita fontic a alfa btica, ou

    a ap erfeio aram , n o se sabe bem . O ter-

    mo a if be lo , in ic ialmen te fo rmad o pel as p ri -

    m eiras letras fen c ias a leph e bet, com pos to

    das letras g rega s

    a l ph a

    (a ) e be ta (~ ). O s

    22~

    sinais p ermitem as mais diferent es co mbi-

    na es, to rnando bem ma is p rticos o uso e

    a ap rendizagem da esc ri ta.

    O s fen c io s destacaram-se como ex m ios

    navegadores e excelen tes negoc iantes, e

    a in veno do alfa beto fac ilitav a enorme-

    mente os reg istr os das tra nsaes comer-

    c iais. A sim plifi c ao da esc rita co ntribuiu

    p ara que ela deixasse de ser m o no p l io de

    uma m inoria e perdess e ao s p oucos o c ar -

    ter sa grad o .

    SI

    s antigas civilizaes orientais

    EUROP

    r 5 r DE ARAL ~

    FRI

    o

    3 .

    1

    OCEANO ~

    NDICO

    I)

    'I '( '~ \'I) ~: IMsilllillll': t1 11 ( ) :tllhlll 'lll 1 11 1 1 1 11

    1 11 \'ltll:1 do s( '( 'Ito V II I a,CII ':III H IIIII II III

    1I I 'II H II'I 'iO I 'III( 'I II( ' aos lat ino s, pO I ' 1 11 1 '11 1WI

    'I

    I '\lI IM I' 1 ( 'g 'IH I ale

    nos,

    ucao e pedagogia

    I A ducoo tradicionalis ta

    ( 1 I1 11 H loas so c iedades se to rn ar am mais

    11 1 1 11 1 11 1 ',~, v im os que a div iso se insta lo u

    11 11 I 1 1dl,llS: as mulh ere s, confinad as no lar,

    1 1 1 1 1 1 1 '1 1 1 1I ~ndep enden tes do s homens, o s

    I II II 'III IIM

    sociais

    se espec ial izaram entre

    1 i 1 '1 1 1 tll ll'H , sa erc lo tes , m erc ado res, p ro -

    I IIIII II I '/i I ' 1 '~ ( 'I 'aVOS, c riand o -se uma hierar-

    1 1 1 i 1 1 1 ' t'ic l'l( 'za e po der. Essas mudana s

    I1 1 1 1 1 1uma r vo luo na ed uca o , que

    I

    J .

    1 111til' M ( 'I ' igualit ria e di fu sa, p ortan to

    1 I1 \1 ,1 I lodos, com o nas tribos, E nquan-

    I1 1 li 1 1 1 1 ( 'I 'U 1 11 I ri vi legiados, o resta nt e da

    1 1 1 I1 1 1 I1 t1 l;1 1Ilfi.O linha di reitos p ol tic os nem

    I 1 1 1 11~I I IJ ( 'I ' Ia c lasse dominante.

    '1 1 I I '( '0 1 'l'0 n ia, estabele ceu-se uma di-

    1 1 11 1 1 11 ,' 1 i ( 'I ILI os des tin ado s ao s estudos

    til

    I

    1 i I tio ( ' ela adm inis trao e aqueles

    I

    d i

    I tllI dO nclestramento para os diverso s

    d I 1 1 I' 1 '1 \I 'iu liza do s. Teve incio, ent o, o

    1, 1 1 / 1 1 1 / /

    1,\IlIllr,

    que des tin a um tip o de en-

    1 11 111 11 '1 1

    i

    pov e outro p ara os filhos dos

    1 11 1 I' d( ' alt fu nc ion rio s. A gr and e

    1 11 I 1 1 '1 I ( '

    cluda

    da esc o la e submetida

    .1 11 1 ,1 1 1 Ihmi liar infor mal.

    1 I civiliza s or ientais no hav ia

    1 1 1 1 11 1tlll ( 'll l( ' um a reflex o predominan-

    1 1 11 111 11 1 ' jlt'dag -g i a, A s or ient aes sobr e

    1 11 11 11 1'dl l( '1 \1 ' pc ri iam o s livr o s sagrados,

    1 1' 1 1 1 1 1 1 '1 '1 '( '1 '1 1 1'CgrlS i I ais de co nduta, se-

    1 1 1 1 1111 1Mprescries religio sas e m orais,

    I 1 1 11 11 I i' j) I 'I 'jW lu al' os cos tum es e ev itar a

    I 1 1 1 1 ',I 'I 'MH:II Idas nnrr uas. I a o cad l.tn 1 '( '-

    I1 1 1 11 1 dl lM ('O ll lpl 'O lll issos illljlo sll ls I ' 1 1 1 10

    til 1 1 1I itlllM ,

    , I 'tilll' p ill o 1 'II III It'( 'illl l'lll lI dll I ' I r l t u

    I Ilt IlItM lllI lI l' l'I 'M II 'illl, d l'v iilll 1 1 1 1 1 '1 1 I 1i I

    I1 1 M II~ I':I(I II I ' ( 'H tl l(' I 'lrll, ( 1 1 1 1 11 1 1 11 '11 ' 1 11 1 ,

    1 11 1 1 11 '1 1 1 0 1 1) 1 1 (1 1 1 1 ( '1 '0c O H

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    Se gllll

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    'I' ,1 1 I)\\ld l:1 ( ':ISlig 'w ; S( 'V I'I 'O S,()S 1 1 II 'MOPO -

    I. Illio s 1 :IInl)(' 1 1 I:1 ( 'I 'c c lil av, 1 I1 1 1 '1 ( ' o s gO V ( 'I '-

    nant

    S .ram

    escolhi

    I S I

    .los lcus

    S,

    o [uc

    ga ran lia a

    teocracia,

    4. ndia

    N a nd ia flo res c eu um a c iv ili zao po r

    vo lta do ano 2000 a.C . s marge ns do s rio s

    Indo e Ga nges.

    Pa ra ns, oc id entais, a impor tnc ia da

    tradi o hi ndu est no fato de ter perma-

    nec ido v iva at os dias de ho je, po r meio da

    hera na de dua s das pr inc ip ai s re lig ies do

    mun do , o hi nd u smo (bramanismo) e o bu -

    di smo: Lo nge de perten cer in te iramente a

    um pa ssado encerrado, como as glr ias de-

    funtas do E gito e da B ab il nia, a av ent ura

    hin du prossegu e sob noss os olhos'.

    Pa ra o hindusmo , reli gi o com posta

    de diversas c rena s, da s quais a mais dis-

    sem in ad a o bramanismo, o s seres e os

    ac ontec imentos s o mani fes ta es de um a

    s realid ade' cha m ada B rahm an, alm a ou

    es snc ia de todas as co isa s.

    Se nas c ivi liza es o rienta is as div is es

    de c lasse fo ram marcantes , na ndia esta -

    belece ram ex trema disc rim ina o . A po -

    pul ao era div idida em cas tas fec hadas: o s

    br man es (sace rdotes ), os xtrias (gue rrei-

    ros e m ag istrado s), o s va ic ia s (ag ric ultores e

    merc ad o re s), os sudr as (ar tesos) e os pri as

    (servos dedic ado s ao s s er vi o s cons iderados

    m ais hum ildes ).

    Devi do c rena de qu e to dos sa ram do

    c o rpo do deus Brahman , os br m an es eram

    cons iderado s mais impo rtantes por terem

    sido gerado s da ca be a do deus. N o outro

    ex trem o , o s prias, po r nem se qu er terem

    or ige m div ina, no pertenc iam a nenh uma

    ca sta e po r is so eram into cveis e redu zido s

    a um a co nd i o m ise r vel.

    SI 'gIlIH I\) lilll I ido hi rrnr qui n, que pl ''

    lc l( 'l'II til1 :IV :1 1 1M1 'll Il

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    I N I plllllll 1111,1'1111\'1111i 111111'1'Ijlll,

    ('I11JOI'IIIiIMM(''()Slllll\('

    nrrihulr

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    supcrano 1:1('011

    ('P~'i:o

    po lit s ta, I r ad mitire

    I

    a xis l

    'li

    ia d '

    U

    11

    s deus, Jav (ouJeov), sabemos hoje que

    outros povos, antes dos hebreus, j haviam

    venerado um s deus. Por exemplo, no Egi-

    to (sculo

    XIV

    a.C.), o fara Amenphis

    IV

    (depois autodenominado Akhenaton:

    o que apraz a Aton) teria adorado o deus

    nico Aton. No entanto, a crena em um

    s deus exerceu reduzido impacto na cul-

    tura egpcia, enquanto com os hebreus ela

    se estendeu no tempo. Alm disso, foram

    os hebreus os primeiros a desenvolverem

    um monotesmo tico, isto , a exigncia

    de que os seguidores de Jav tivessem um

    comportamento moral baseado no respeito

    ao prximo e assumido no por imposio,

    mas como escolha pessoal.

    A noo de autonomia espiritual foi re-

    forada no incio do sculo

    VIII

    a.C., com

    os p ro fe tas , que, acreditava-se, eram men-

    sageiros de Deus e destinados a educar o

    povo eleito com rigor e disciplina na in-

    terpretao da Lei.

    Do ponto de vista da histria, recusa-

    vam a explicao cclica, para apresentar

    uma concepo evolutiva, na expectativa

    da vinda de um Messias, um Salvador, que,

    segundo eles, ainda no surgiu at os tem-

    pos atuais. De incio as sinagogas tambm

    serviam de local para a instruo religiosa,

    pela qual se transmitiam as verdades da

    B -

    bl ia ,

    cujos cinco primeiros livros sagrados

    so chamados Tor , que significa ensina-

    mento ou instruo . Apenas no sculo

    I

    da era crist houve interesse no estudo da

    escrita e da aritmtica.

    Outro aspecto do judasmo a impor-

    tncia dada a todo oficio, bem como o re-

    conhecimento do valor da educao para

    o trabalho, o que atestam as seguintes cita-

    es:

    '1\

    mesma obrigao tens de ninar a

    t u filho um fiei com a 1(' il

    stru - lo

    na

    I

    ,('i

    I' I': 11111111I1 ('('11111',I 11'\lM',(li 1o, li I

    I I IIIIMi 1'1'1,NII '('I tio 11, 1(1111~IIIIIIIII.

    lI.PI'('I\(lil',lldll til 11111111io; isioIoe

    ,\iu lur

    1111111'1,'011I (' P:IIIS:tO 10isl;llllisllllI, 1':11111111

    livrar-tr

    1111111'1

    lu,

    11 1I:IIH's1('l1hI1II .ua 10 I a 1':lIl'Opll111111.,

    ] C111>1':11 10 111' Ihi naJu l e i a qu nas- 1111dllld:t I' M ' lia- no sem tnl('s [('I' 1 ( , _

    ceujcsus, clnlidll ili cio a uma nova r ligio, I 1IIIIIIIdoa cin ia e a filo ofia ocidental ,

    o cristianismo, pois os I rirneiros adeptos I \I'1i ifto mu .ulmana permanece at hoje

    viram em

    Cr isto () Mcs sia

    prometido. 11111' li'llsas'

    .ie s

    da frica e da sia,

    A partir daquel 111111I to, adotaram a N I ('I o I colonialismo europeu, no

    B blia hebraica, chamada ento Ant ig o Tes- 111110 I Egito esteve sob o domnio

    tam ent o, ao qual os evangelistas acrescen- 111I 11ro, Iu se firmou tambm na n-

    taram o

    N ovo Testa m ent o,

    no incio da nossa 1I I pari ir de meados do sculo

    XX,

    a

    era. Por isso, os documentos bblicos tm I I1II

    t i

    tlt (' a r ligio hindus atraram os jo-

    inestimvel interesse histrico e no somen-

    I 11 norte-americanos desgostosos com os

    te nos fazem conhecer os valores morais e '

    11111111Ia .iv ili za o tecnocrata ocidental,

    jurdicos do povo hebreu, como ajudam a -' 11111dl'l'a Ia extremamente racionalista e

    compreender as razes judaico-crists da 1

    11

    1,111Iiru, cujo capitalismo desenfre-

    cultura ocidental. 1 11 llido submeteu aos valores do lucro e

    Como veremos mais adiante, quando o t i I Ililllpdio, sobrepondo o mundo dos

    cristianismo passou de religio perseguida 111 til ills: vida afetiva. Teve incio ento o

    a culto oficial na Roma antiga, preparou-se 111111111'1110 contracultura no Ocidente:

    o terreno para a herana religiosa que iria li / I l fl l iA \ ( I pois, os h ip p ies voltaram sua

    marcar todo o perodo medieval do ociden- 111111,I1

    pura

    Oriente, e uma onda msti-

    te cristo, cujos valores repercutem at os

    dias atuais.

    7, E hoje?

    Como vivem hoje os povos dessas regi-

    es onde surgiram as primeiras civilizaes

    da nossa histria? Ao longo do tempo in-

    fluenciaram vrias culturas mais novas

    e sofreram conquistas as mais diversas.

    No sculo IV a.C. o macednio Alexandre

    Magno, aps a ocupao da Grcia, esten-

    deu seu imprio pela sia Menor, Oriente

    Mdio, Mesopotmia, Prsia, at a ndia.

    Na frica, conquistou o Egito e l fundou

    Alexandria, a cidade que ficou famosa pela

    sua biblioteca e avanado centro de estudo'

    cientficos. Esse perodo histrico, conhe-

    cido como

    hele n ism o grego ,

    no s divulgou

    a cultura grega, como sofreu in flu nc ia

    orientalizante.

    Depois vi ram os 1'11111.11111,lI,jo

    Irnp rio

    ai ano ll a 111{\illlll I 1111I11 111I ( ndo 11

    1 1 1 1 1 1('111'1'('111111111(/0,i t l l ' 1('1111)1'111'pll' 11

    11111\'iI11l'1I1O's[II

  • 7/24/2019 Historia Da Educao e Da Pedagogia C. 2

    8/8

    N o urtarc is. ao

    nuntircis,

    c

    nin 'u'I1 nganar eu J rximo. (... )

    o fars o que inquo, nem julgars

    injustamente. (... ) se algum estrangeiro

    habitar na vossa terra, e morar entre

    vs, no o impropereis; mas esteja entre

    vs como um natural; e

    amai-o

    como a

    vs mesmos. (Levtico)

    3 No sculo VI a.C., viveram vrios

    gnios espirituais e filosficos: Con-

    fcio e Lao Ts, na China; Gautama

    Buda, na ndia; Zaratustra, na Prsia

    (atual Ir); Tales de Mileto, Pitgoras

    de Sarnas e Herclito de feso, nas

    colnias gn'gns la.J

    A nia

    l

    Magna

    Grcia.

    4 - Z e n

    Doutrina difundida no Japo por

    volta de

    1200

    da nossa era, resultou da

    combinao do budismo indiano com

    o confucionismo e o taosmo chineses.

    Seu objetivo atingir a iluminao, ou

    seja, o

    saton.

    Para isso, os mestres zen

    evitam as argumentaes e teorizaes

    e buscam a verdadeira intuio msti-

    ca. No se alheiam, porm, do mundo

    cotidiano e, ao contrrio, do grande

    importncia vida diria.

    Leituras complementares

    oA palavra, a escrita e o sujeito

    A ~scrita no poderia reduzir-se trans-

    crio das lnguas faladas. Marcas repeti-

    das, representao de marcas de mos ou

    pegadas, vestgios de passagem, marcas no

    corpo e pinturas corporais, estigmas de fi-

    liao, escarificaes, inscries,

    glif os ,

    pictogramas, ideogramas, imagens estiliza-

    das, desenhos, grafites, signos, algarismos,

    letras, a escrita simboliza a ausente presen-

    a do outro; ela representa a alteridade do

    sujeito, mostra a morte ao sujeito.

    Nem por isso fala e escrita so con-

    substanciais. Se a fala est na origem da

    identidade de um sujeito singular como

    inscrito em um grupo que compartilha

    a mesma lngua, por sua vez, a escrita

    fundadora da identidade do sujeito uni-

    versal ausente. Desde sua apario, a es-

    :\r.s(,