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HISTÓRIA DA ARTE

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HISTÓRIA DA ARTE

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COMPREENDER A ARTE

Os artistas são grandes comunicadores de mensagens, mas porvezes os meios, a linguagem e os signos que utilizam sãocomplexos e torna-se difícil compreendê-los.

Pablo Picasso, Guernica, 1937, Óleo sobre tela, 349,3x776,6cm

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COMPREENDER A ARTEEntender uma obra de arte não significa saber o que o artista quis dizer comela, ou identificar apenas o que nela está representado.

Muitas obras apelam aos sentimentos da pessoa que a vê portanto cada umreage ou é sensibilizado de forma diferente perante a mesma obra de arte.

Franz Marc, Formas lutando, 1914, Óleo sobre tela, 91x131cmVincent van Gogh, Retrato do Dr. Gachet, 1890, óleo sobre tela, 67 cm × 56 cm

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Durante muitos séculos a arte identificou-se apenas com as chamadas belas-artes: a pintura, a escultura e a arquitectura.Os artistas procuravam corresponder essencialmente ao conceito de “belo”de uma sociedade elitista.

Hoje em dia, sabemos que o conceito de “belo” pode variar muito de épocapara época e de cultura para cultura.

Mulheres girafa em Myanmar (antiga Birmânia)-

nesta cultura as mulheres com um pescoço longo sãoconsideradas belas e por isso usam uns anéis para oalongar. O preço a pagar por isso é que se retirarem osanéis morrem, pois os músculos do pescoço já nãoconseguem aguentar sozinhos o peso da cabeça.

Marilyn Monroe, actriz (1926-1962) – foi considerada amulher mais bela do mundo na sua época, quando eramapreciadas mulheres com formas mais redondas egenerosas.

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Sabemos também que um artista pode não querer comunicar o que é “belo”,mas antes o “horrível”, o “aberrante”, o “chocante”.

Pode até nem querer comunicar nenhuma ideia específica, apenas provocarsensações ou despertar sentimentos.

Leonardo da Vinci, Mona Lisa (Gioconda), 1503-1506, Óleo sobre madeira, 77x53cm

Pablo Picasso, Mulher a chorar, 1937, Óleo sobre tela, 60x49cm

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BREVE HISTÓRIA DAS ARTES PLÁSTICAS

Pensa-se que, primitivamente, a arte rupestre evocava poderes mágicos ereligiosos.

Vénus de Willendorf, estima-se que tivesse sido esculpida há 22000 ou 24000 anos, 11,1 cm

Pinturas rupestres de Lascaux, cerca de 15.500 anos

Gravuras de Foz Côa, datadas do Paleolítico Superior (22000 - 10000 a.C.),

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Na antiguidade, a Arte representou deuses e mitos, relatou feitos heróicos.

Máscara funerária de Tutankhamon, Egipto, c. 1350 a.C., ouro

Pintado talvez por Philoxenos ou Helena do Egipto. Alexander o Grande e Dário III na Batalha de Issos. Mosaico romano copiado a partir de uma pintura grega de 310 a.C.

Agrippa (marido de Júlia filha de Augusto) c. 25 - 24 a.C. mármore

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Na Europa medieval, o fervor religioso fez com a Arte que se centrasse emtemas religiosos.

Cimabue, A Virgem e o Menino no trono rodeada por seis anjos, c. 1280, guache sobre madeira, 424 × 276 cm

Tímpano da catedral gótica de Estrasburgo, França, c. 1230

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No RENASCIMENTO, o interesse pelo estudo do Homem e das Ciências originou grandes

mudanças na representação.Passaram a retratar-se não só os reis, como fidalgos, donzelas, pessoas do povo e até escravos.

Renascimento significa o “renascer” das culturas clássicas (grega e romana), por isso eramfrequentes as reproduções de figuras mitológicas e cenas pagãs.

Características gerais: - Racionalidade - Dignidade do Ser Humano - Rigor Científico

Miguel Ângelo, David, c. 1501-1504, Mármore, 410 cm de altura

Jan van Eyck. Giovanni Arnolfini e a sua esposa Giovanna Cenami (O casamento de Arnolfini). 1434. Guache sobre madeira

- Rigor Científico - Ideal Humanista - Reutilização das artes greco-romanas

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Características principais dapintura:

- Perspectiva: arte de figura, nodesenho ou pintura, as diversasdistâncias e proporções que têmentre si os objectos vistos àdistância, segundo os princípios damatemática e da geometria.

- Realismo: o artistas doRenascimento não vêm mais ohomem como simples observadordo mundo que expressa a grandezade Deus, mas como a expressãode Deus, mas como a expressãomais grandiosa do próprio Deus. E omundo é pensado como umarealidade a ser compreendidacientificamente, e não apenasadmirada.

- Surgimento de artistas com umestilo pessoal, diferente dos demais,já que o período é marcado peloideal de liberdade e,consequentemente, peloindividualismo.

Piero della Francesca: Flagelação de Cristo, 1460. Técnica mista em painel de madeira.

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- Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.

- Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.

- Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de

Hans Holbein, o Novo. Retrato do mercador Georg Gisze, 1532. Óleo e guache sobre carvalho.

exclusivamente como detalhes de obras arquitectónicas, tornam-se manifestações independentes.

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Sandro BOTTICELLI (1445-1510) - os temas dos seus quadros foram escolhidos segundo a

possibilidade que lhe proporcionavam de expressar o seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estavaassociada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porquemanifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam essedom de Deus.

Botticelli, O nascimento de Vénus, 1485

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Leonardo Da VINCI (1452-1519) - dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra,

gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foipossuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversoscampos do conhecimento humano.

Esta versão está no Louvre e foi pintada por volta de 1483-1486, ou anteriormente. Esta pintura é um exemploperfeito da técnica de "sfumato" de Leonardo da Vinci.

A palavra "Sfumato" vem do italiano sfumare, que significaesbater ou evaporar como fumo.

Refere-se à subtil e perfeita gradação de tons e sombras do

Leonardo Da Vinci, A Virgem nas Rochas, c. 1483-1486

Refere-se à subtil e perfeita gradação de tons e sombras domais claro para o mais escuro dando às suas pinturas umaatmosfera de ilusão.

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A arte BARROCA originou-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da

Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses eespanhóis.As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência,que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barrocapredominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.É uma época de conflitos espirituais e religiosos.O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagónicas: bem e mal; Deus eDiabo; céu e terra; pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.

Anthony van Dyck. Sansão e Dalila, c. 1630. Óleo sobre tela.

Uma história poderosa pintada à maneira de Rubens; o uso de cores saturadas revela um estudo da pintura de Ticciano.

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Características da pintura são:

- Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.

- Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade.

- Realista, abrangendo todas as camadas sociais.

- Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.

Jan Bruegel o Velho. Paisagem costeira com o sacrificio de Jonas. s.d . Óleo sobre tela.

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Michelangelo Merisi da CARAVAGGIO (1571 – 1610)- o que melhor caracteriza a sua pintura é o

modo revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criadaintencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.

O retrato está dividido em duas partes. As figuras em pé à direita formam um rectângulo. Os que estão à volta da mesa na esquerda um bloco horizontal.

Os trajes reforçam o contraste. Levi e seus subordinados, que estão envolvidos em afazeres deste mundo, estão vestidos com trajes contemporâneos, enquanto o Cristo e S. Pedro (que está descalço), que chamam Levi a uma outra vida e mundo, aparecem com roupas intemporais.

Os dois grupos são separados também por uma espécie de vácuo, sendo literalmente e

Caravaggio. O chamamento de S. Mateus. 1599-1600. Óleo. sobre tela

uma espécie de vácuo, sendo literalmente e simbolicamente a mão de Cristo que faz a transição entre estes dois grupos. Esta mão, como Adão na criação de Miguel Ângelo, unifica os dois grupos formal e psicologicamente.

Está subjacente uma grelha de linhas verticais e horizontais que formam a estrutura do quadro.

A luz não foi manipuladadescuidadamente: a janela coberta com um oleado provavelmente para fornecer uma luz maisdifusa; a luz superior para iluminar a cara de SaintMatthew e o grupo sentado; e a luz por detrás de Cristo e S. Pedro, iluminando somente eles. A intenção desta luz poderá der de origemmiraculosa pois de que outra forma S. Pedro nãoprojecta nenhuma sombra sobre o rapaz emfrente dele?

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REMBRANDT Harmenszoon van Rijn (1606 — 1669)- o que dirige nossa atenção nos quadros

deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, osmeios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.

O cadáver é o foco da composição,pelo seu brilho intenso.

A partir daqui, o olho do espectador éconduzido às cabeças iluminadas dosouvintes, cujas expressões e as atitudesreflectem graus diferentes de atenção, e àcara e às mãos de Tulp, que é a maisconvincente representação de um professorabsorvido no seu trabalho. Com o forceps nasua mão direita Tulp prende os músculos e ostendões do braço que controlam o movimentoda mão, enquanto os dedos curvados de sua

Rembrandt. Aula de anatomia.1632. Óleo sobre tela

da mão, enquanto os dedos curvados de suamão esquerda demonstrarem qual a acçãodesses mesmos músculos. A ilusão é realçadapela caracterização vívida dos indivíduos assimcomo pelo poder grande do artista emdramatizar o momento dentro de um grupocoerente.

Sem o claro-escuro forte e a qualidadeatmosférica fina que é combinada com ele, oretrato perderia sua intensidade, a qualidadeescultural das formas, e todo a excitação domomento.

Aqui, a tensão psicológica e pictóricasão combinadas para criar o sentimento deum evento extraordinário.

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O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final doséculo XVIII que foram a Revolução Industrial que gerou novos inventos com o objectivo de solucionar osproblemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início daespecialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa que lutava por uma sociedade mais harmónica, em queos direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do Homem e doCidadão.Do mesmo modo, a actividade artística tornou-se complexa.

Os artistas do período ROMÂNTICO procuraram libertar-se das convenções académicas em favor da livre

expressão da personalidade do artista.

Características da pintura:

- Aproximação das formas barrocas; - Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao

Delacroix. A Liberdade guiando o Povo. 1830. Óleo sobre tela.

instabilidade e dinamismo ao observador;- Valorização das cores e do claro-escuro; e - Dramaticidade

Temas da pintura: - Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas; - Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e - Mitologia Grega

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Francisco de GOYA (1746 — 1828)- Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres

deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temasdiversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores daguerra, a acção incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade.

Goya aqui representa a insurreição do povo de Madrid contra o exército de Napoleão e que foi punido severamente pela prisão e execuções que continuaram durante todo a noite de 2 maio e da seguinte manhã. Existe uma lenda de que Goya testemunhou as execuções no monte de Príncipe Pío, nos arredores de Madrid, da janela de sua casa e que, enraivecido pelo que tinha visto, foi visitar imediatamente o local e fez esboços dos cadáveres à luz de uma lanterna.

Goya. O três de Maio de 1808- A execução dos defensores de Madrid. 1814. Óleo. sobre tela

O drama é aqui retratado de encontro a um monte estéril à noite. A luz de uma lanterna enorme na terra entre as vítimas e seus executores ilumina principalmente a figura de um homem de camisa branca estarrecido a ajoelhado com braços abertos. A postura, os gestos e as expressões dos madrilenos e a linha impessoal fechada das costas dos soldados enfrentando-os os com musquetes alinhados, enfatizam o horror da cena.

As qualidades dramáticas desta composição, com sua piedade pela a execução das vítimas anónimas e a celebração de seu heroísmo, inspiraram diversas versões de Manet da execução de Maximiliano.

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Joseph Mallord William TURNER (1775 - 1851), representou grandes movimentos da natureza,

mas por meio do estudo da luz que a natureza reflecte, procurou descrever uma certa atmosfera dapaisagem. Uma das primeiras vezes que a arte regista a presença da máquina (locomotiva).

Por volta de 1840 foi o período deexpansão do caminho de ferro e o inquietoTurner apreciava a velocidade e o confortodeste meio de transporte.Uma história que se conta acerca destequadro diz que este tem a sua origemnuma viagem de comboio durante umatempestade de chuva, na qual o artistapôs a cabeça fora da janela. Desejosocomo sempre por sensações fortes,Turner tenta reproduzir a experiência napintura, embora o espectador seja

Turner. Chuva, Vapor e Velocidade – O Grande Caminho de ferro do Oeste.1844. Óleo. sobre tela

pintura, embora o espectador sejaimaginado vendo o comboio seaproximando de um ponto de vistaelevado.

O ponto de fuga desaparece no centro doquadro numa linha diagonal.A perspectiva exagerada do viaduto épropositada para sugerir velocidade.Os redemoinhos de borrões e manchas eborrifos de tinta sugerem chuva, vapor evelocidade fazendo com que aspersonagens do velho campo fiquempouco nítidos.Felicidade e pesar são misturados comalarme; num segundo temos de nosafastar de deixar passar o rugido.

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Entre 1850 e 1900 surge nas artes europeias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência

estética chamada REALISMO, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das

sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnicapara interpretar e dominar a natureza, convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive nas suascriações artísticas, deixando de lado as visões subjectivas e emotivas da realidade.

Temas da pintura:

- Politização: a arte passa a ser um meiopara denunciar uma ordem social queconsideram injusta; a arte manifesta umprotesto em favor dos oprimidos.

Ferdinand Hodler, O sapateiro, 1878. Óleo sobre tela.

- Pintura social denunciando as injustiças eas imensas desigualdades entre a misériados trabalhadores e a opulência daburguesia.As pessoas das classes menos favorecidas -o povo, em resumo - tornaram-se assuntofrequente da pintura realista.Os artistas incorporavam a rudeza, afealdade, a vulgaridade dos tipos quepintavam, elevando esses tipos à categoriade heróis. Heróis que nada têm a ver comos idealizados heróis da pintura romântica.

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Jean-François MILLET (1814 – 1875) sensível observador da vida campestre, criou uma obra

realista na qual o principal elemento é a ligação do homem com a terra. Foi educado num meio deprofunda religiosidade e respeito pela natureza. Trabalhou na lavoura desde muito cedo. Os seusnumerosos desenhos de paisagens influenciaram, mais tarde, Pissarro e Van Gogh.

Um homem e uma mulher recitando “Angelus” uma oração que celebra a anunciação feita pelo Anjo Gabriel a Maria. Pararam de trabalhar e todos os utensílios utilizados na lavoura estão à sua volta. Em 1865, Millet disse: “A ideia para este quadro surgiu-me porque me lembrei que a minha avó, ao ouvir o sino da igreja , enquanto estávamos a trabalhar fazia-nos parar para recitar esta oração, em homenagem dos pobres que partiram.”

Foi então esta recordação de infância e não o

Millet. Angelus 1857-1859. Óleo. sobre tela

Foi então esta recordação de infância e não o desejo de glorificar algo religioso, que esteve por detrás desta obra. Quis imortalizar os ritmos seculares da vida no campo e a sua simplicidade.

Por detrás dos camponeses consegue-se perceber uma enorme planície, apesar do tamanho reduzido da tela.As suas caras estão à sombra enquanto a luz ilumina os seus gestos e postura. A tela expressa um sentimento profundo de meditação.

Talvez todo isto explique o extraordinário destino desta obra: despoletou um inimaginável fervor patriótico quando o Louvre o tentou comprar em 1889, era venerado por Salvador Dali, foi lacerado por um louco em 1932 e tornou-se um famoso icone mundial no século XX.

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Jean Désiré Gustave COURBET (1819–1877), foi considerado o criador do realismo social na

pintura, pois procurou retratar nas suas obras temas da vida quotidiana, principalmente das classespopulares. Manifesta sua simpatia particular pelos trabalhadores e pelos homens mais pobres dasociedade no século XIX.

As mulheres representadas são irmãs deCourbet, Zoé e Juliette, juntamente com o

Courbet. Mulheres peneirando trigo 1854. Óleo. sobre tela

Courbet, Zoé e Juliette, juntamente com oseu filho Désiré Binet.

Uma obra prima de simplicidade rural, éum brilhante exemplo do género e fazlembrar Millet.

O quadro foi exibido no Salão de 1855.

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O IMPRESSIONISMO foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e

deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muitomais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam nos seus procedimentos técnicos para obteros resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

- A pintura deve registar as tonalidades que os objectos adquirem ao reflectir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza modificam-se constantemente, dependendo da incidência da luz do sol. - As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstracção do ser humano para representar imagens. - As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal - As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado. - Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos. - As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

Claude Monet, Mulher com um Guarda Sol, 1875. óleo sobre tela.

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A palavra “impressionismo” tem as suas raízes num quadro intitulado Impressão – Nascero Sol (1874), do pintor Claude Monet . Na altura mal aceite pela crítica de arte, que ocomparou a um simples papel de parede.

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Monet. Antibes. 1888. óleo sobre tela Monet. Antibes – efeito à tarde. 1888. óleo sobre tela

Este movimento representou uma ruptura, principalmente com o Realismo.

Para os impressionistas, a pintura consistia em reproduzir a impressão que assensações visuais, submetidas às constantes variações de luz, despertavam noartista.

A luz, em mudança permanente, tornou-se o principal motivo da obra, por issoalguns artistas pintavam os mesmos motivos a várias horas do dia.

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Pierre-Auguste RENOIR (1841 – 1919), foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade

e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Os seus quadros manifestamoptimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpofeminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, ascomposições com personagens do quotidiano, os retratos e as naturezas mortas.

O quadro foi pintado em Paris, no bairro de Montmartre, e retrata um tema frequente na pintura impressionista e que se encontra na base do movimento: o quotidiano burguês.Foi exibida pela primeira vez no Salon em 1877, na exposição dos impressionistas.

Ainda que o rosto de alguns dos seus amigos apareçam na imagem, a intenção de Renoir era captar a vivacidade e a atmosfera alegre desta popular dança de jardim no Butte

Renoir. O baile no Moulin de la Galette. 1876. Óleo. sobre tela

desta popular dança de jardim no Butte Montmartre, nas imediações do Moulin, hoje celebrizado pela tela. O estudo da multidão em movimento, a inclusão lumínica natural e artificial e outros efeitos, foram concretizados através de pinceladas de cores vibrantes. A aparência um tanto desfocada da cena, capta algumas críticas negativas desde o seu tempo até à actualidade.

A descontração das personagens, a sombra imposta pela copa das árvores, os resquícios de luz natural que recaem sobre os vestidos das senhoras e os chapéus dos senhores em primeiro plano, e tantos outros elementos neste quadro, tornam-no numa das principais obras-primas do Impressionismo.

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Claude MONET (1840 – 1926), incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos

em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sualuminosidade.

Em 1866, Claude Monet começou a pintar um quadro grande no jardim da propriedade que ele alugava nos subúrbios de Paris. Ele encarou um desafio duplo: primeiramente, trabalhando a céu aberto como trabalhar na parte superior do quadro sem mudar o seu ponto de vista; e em segundo lugar, trabalhando num formato grande geralmente usado para composições históricas. Mas o seu desafio real era outro: conseguir pintar figuras numa paisagem e dar a impressão que o ar e a luz se moviam à sua volta.

Monet achou uma solução pintando as sombras, luz colorida, “pontos” de luz do sol filtrado pela folhagem, e reflexos pálidos brilhando no escuro.

Emile Zola escreveu no seu relatório no Salão: "O sol caiu directamente em saias brancas deslumbrantes; a sombra quente de uma árvore recorta um pedaço cinzento do caminho e dos vestidos ensolarados. Que efeito mais estranho e imaginável. O pintor deve estar notavelmente sintonia com o seu tempo para ousar fazer tal coisa, tecidos cortados ao meio pela sombra e pelo sol".

Os rostos são deixados vagos e não podem ser considerados retratos. Camille, a companheira do artista, posou para as três figuras na esquerda. Monet habilidosamente deixou o branco dos vestidos, pousando-os firmemente na estrutura da composição – uma sinfonia de verdes e castanhos – fornecido pela árvore central e pelo caminho.

Terminado no estúdio, a pintura foi recusada pelo júri do Salão de 1867que, à parte da falta de assunto e narrativa, deplorou as pinceladas visíveis que considerou como um sinal de desatenção e incompletude. Um dos membros do júri terá declarado: “Demasiados jovens não pensam em mais nada senão em continuar nesta direcção abominável. É tempo de protegê-los e salvar a arte"!

Monet. Mulheres no jardim. 1866-1867. Óleo. sobre tela

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O EXPRESSIONISMO é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjectiva,

“expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme,ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o

sentimento.Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentradaespecialmente na Alemanha entre 1905 e 1930.

Principais características da pintura:

-pesquisa no domínio psicológico;

- cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;

- dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;

- pasta grossa, martelada, áspera;

- técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;

- preferência pelo patético, trágico e sombrio

Munch, O grito, 1893. óleo, guache e pastel sobre cartão.

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Eugène Henri PAUL GAUGUIN (1848 – 1903), aos 35 anos tomou a decisão mais importante da

sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, queresultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX.

Gauguin. O Cristo Amarelo. 1889. Óleo. sobre tela

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A sua obra, longe de poder ser enquadrada emalgum movimento, foi tão singular como a de seusamigos Van Gogh ou Cézanne.

As suas primeiras obras tentavam captar asimplicidade da vida no campo, algo queele consegue com a aplicação arbitrária das cores,em oposição a qualquer naturalismo, comodemonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As coresestendem-se planas e puras sobre a superfície,quase decorativamente.No ano de 1891, o pintor parte para o Taiti, embusca de novos temas, para se libertar doscondicionamentos da Europa. Suas telas surgemcarregadas da iconografia exótica do lugar, e nãofaltam cenas que mostram um erotismo natural,faltam cenas que mostram um erotismo natural,fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixãopelas nativas. A cor adquire mais preponderânciarepresentada pelos vermelhos intensos, amarelos,verdes e violetas.

Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e"cloisonnisme" (alveolismo), estilos derepresentação simbólica da natureza onde sãoutilizadas formas simplificadas e grandes camposde cores vivas chapadas, que ele fechava com umalinha negra, e que mostravam uma forte influênciadas gravuras japonesas.

Gauguin. Duas Mulheres Taitianas. 1899. Óleo. sobre tela

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Vincent Willem VAN GOGH (1853 – 1890),

empenhou-se profundamente em recriar abeleza dos seres humanos e da naturezaatravés da cor, que para ele era o elementofundamental da pintura. Foi uma pessoasolitária. Interessou-se pelo trabalho deGauguin, principalmente pela sua decisão desimplificar as formas dos seres, reduzir osefeitos de luz e usar zonas de cores bemdefinidas.Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidadeonde passou a pintar ao ar livre. O sol intensoda região mediterrânea interferiu em suapintura, e ele libertou-se completamente depintura, e ele libertou-se completamente dequalquer naturalismo no emprego das cores.Apaixonou-se então pelas cores intensas epuras, sem nenhuma matização, pois elastinham para ele a função de representaremoções.Enquanto viveu não foi reconhecido pelopúblico nem pelo críticos, que não souberamver na sua obra os primeiros passos emdirecção à arte moderna, nem compreender oesforço para libertar a beleza dos seres pormeio de uma explosão de cores

Van Gogh. Cipreste sobre um céu estrelado. 1890. Óleo. sobre tela

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Numa carta endereçada ao seu irmãoThéo, Vincent explica o que o fezpintar esta obra: queria exprimir atranquilidade e sobressair asimplicidade do seu quarto através dosimbolismo e das cores.

Descreveu: as paredes lilás pálido, ochão de um vermelho quebrado edesvanecido, as cadeiras e a camaamarelo crómio, os travesseiros e oslençóis limão verde muito pálido, acolcha vermelho sangue, a mesa doslavabos alaranjada, a bacia azul, ajanela verde “, afirmando: “quisexprimir um repouso absoluto através

Van Gogh. O quarto de Van Gogh em Arles. 1889. Óleo. sobre tela

exprimir um repouso absoluto atravésda diversidade destes tons”.

Através destes diferentes tons, é noJapão, nos seus quadros e nas suasestampas que Van Gogh vai buscar asinfluências-simplicidade.

A sua composição é constituída quaseunicamente de linhas direitas e por umacombinação rigorosa das superfíciescoloridas que equilibram a instabilidadeda perspectiva.

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Paul KLEE (1879 – 1940), considerado um dos artistas mais originais do movimento expressionista.

Convencido de que a realidade artística era totalmente diferente da observada na natureza, estepintor dedicou-se durante a toda sua carreira a buscar o ponto de encontro entre realidade eespírito.Klee escreveu: "A cor, como a forma, pode expressar ritmo e movimento". Mas a grande descoberta ocorreria doisanos depois, na sua primeira viagem a Tunes. As formas cúbicas da arquitectura e os graciosos arabescos naterracota deixaram sua marca na obra do pintor. Iniciou uma fase de grande produtividade, com quadros decarácter quase surrealista, criados, segundo o pintor, em cima de "matéria e sonhos".Depois de lutar durante dois anos na Primeira Guerra, Klee juntou-se em 1924 ao grupo Die vier Blauen, mas antesapresentou suas obras em Paris, na primeira exposição dos surrealistas.

Klee. Jardins (tunisinos) do Sul. 1919. Aguarela

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Este quadro é um dos seus mais célebres.Os críticos são unânimes em afirmar que se trata de deuma obra com um cunho político e histórico, mas as interpretações sobre o seu significado divergem.Esta obra surgiu após um período em que o pintor esteve doente e existem cinco versões deste tema (esta é a última).O fundo do quadro é de um azul relativamente uniforme, que em alguns lugares se torna ligeiramente violeta.Destacam-se deste fundo, arcos de tamanhos e cores diferentes que avançam sobre o observador, que em vez de estarem alinhados estão desordenados. Esta desordem é acentuada pelos tamanhos e variedade de cores.Klee tinha dado o título de Arcos de ponte diferentes à penúltima versão, muito semelhante a este quadro, sugerindo este título uma rejeição da ordem estabelecida.Graças à construção de auto-estradas, as pontes

Paul Klee. Revolução do viaduto. 1937. Óleo. sobre tela

Graças à construção de auto-estradas, as pontes ocupavam um lugar importante na arquitectura do Nacional-Socialismo (Alemanha Nazi).Os seus arcos bem alinhados, a maior parte das vezes com a mesma altura e largura, simbolizavam a conformidade.Mas os arcos representados por Klee não se conformam com isto. Recusam-se a continuar a ser apenas um elo da cadeia e cada um deles procura existir por si próprio, “saem da ordem” e fazem a “revolução”. Cada um por si, e não a passo certo, vão ao encontro do observador, conscientes da sua força, devido à sua superioridade numérica, contra a ordem e conformidade.O quadro é uma declaração de guerra contra os nazis, que tinham conseguido reprimir toda a individualidade na Arte, sempre que esta recusou a uniformização.

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Paul CÉZANNE (1839 – 1906), a sua principal tendência foi converter os elementos naturais em

figuras geométricas - como cilindros, cones e esferas – que se acentuou cada vez mais, de tal formaque se tornaria impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelossentidos.Era conhecido como um artista subversivo, de difícil temperamento, que quebrou com a visão estereotipada deque a obra de arte tinha de ser uma cópia da realidade.Mais do que reproduzir, Cézanne preocupava-se em interpretar as cenas ao seu redor, violando, literalmente, arealidade do objecto. A maioria dos seus quadros transmite uma emoção, por vezes, considerada intragável peloscríticos da época.

Cézanne. As grandes banhistas. 1906. Óleo. sobre tela

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O Monte Saint Victoire, próximo da casa de Cézanne em Aix-en-Provence foi um dos seus temas favoritos. Cézanne ficou fascinado pela dureza arquitectural das suas formas e pintou-a de diversas formas e ângulos.

Usou conjuntos de cores ousadas para alcançar um novo efeito espacial

Cézanne. O Monte Saint Victoire. 1885-1887. Óleo. sobre tela

alcançar um novo efeito espacial conhecido como “profundidade-plana” para retratar as formas geológicas das montanhas, fora do comum.

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Historicamente o CUBISMO originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar

as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros.Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objectos comtodas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todosos seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor osobjectos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.

O pintor cubista tenta representar os objectos em três dimensões, numa superfície plana, sobformas geométricas, com o predomínio de linhas rectas. Não representa, mas sugere a estrutura doscorpos ou objectos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos osângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Principais características da pintura: pintura:

- geometrização das formas e volumes ;renúncia à perspectiva - o claro-escuro perde sua função;- representação do volume colorido sobre superfícies planas - sensação de pintura escultórica; - cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave;

Juan Gris,.Fantômas, 1915. óleo sobre tela.

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O cubismo divide-se em duas fases:

Cubismo Analítico - (1909)caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seuselementos.

Decompondo a obra em partes, o artista regista todos os seuselementos em planos sucessivos e sobrepostos, procurando avisão total da figura, examinando-a em todos os ângulos nomesmo instante, através da fragmentação dela.

Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornouimpossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturascubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.

Georges Braques. Violino e jarro. 1910. Óleo. sobre tela

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O cubismo divide-se em duas fases:

Cubismo Sintético - (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objectos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis.

Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objectos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações despertando também no observador as sensações tácteis.

Pablo Picasso. Guitarra. 1913. carvão, lápis, tinta em papel

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Pablo Picasso - (1881-1973) Tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte

passou por diversas fases:- a fase Azul, entre 1901-1904, que representa a tristeza e o isolamento provocados pelo suicídio de Casagemas,seu amigo, são evidenciados pela monocromia e também a representa a miséria e o desespero humanos;-a fase Rosa, entre 1904-1907, o amor por Fernande origina muitos desenhos, com a paixão de Picasso pelo circo,iniciam-se os ciclos dos saltimbancos e do arlequim.-Depois de descobrir as artes primitivas e africanas compreende que o artista negro não pinta ou esculpe deacordo com a tendência de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior. Picassodesenvolve então uma verdadeira revolução na arte.-Em 1907, com a obra Les Demoiselles d’Avignon começa a elaborar a estética cubista subverteu o sentido da artemoderna-Com a declaração de guerra em 1914, chega ao fim a aventura cubista.

Tragédia. 1903. Óleo sobre madeira Acrobata e jovem arlequim. 1905. Óleo sobre tela

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Aqui, o artista reproduz o objecto (figuras femininas), simultaneamente, de vários ângulos visuais.A iluminação realista do espaço do quadro cede o lugar a uma distribuição de luz e sombra que varia de um elemento pictórico para outro.O corpo e as cabeças são fragmentados em peças angulares.

As duas figuras centrais do quadro aparecem pintadas de forma monocromática, de um tom quente, fazendo lembrar a fase Rosa .As expressões de ambas, são de uma beleza evidente, em contraste com as restantes, cujas cabeças e corpos deformados parecem “talhados” a golpes de machado.Na figura do primeiro plano à direita, já não é sequer possível reconstruir a posição do braço direito apoiado. O corpo e cabeça tem uma formação completamente diferente, mostrando ao mesmo tempo as costas e a cara. Também os olhos e a boca não respeitam a posição natural de qualquer humano.Atrás desta figura, outra mulher aparece no quadro afastando do cortinado azul. A sua cabeça está deformada, a cara assemelha-se ao focinho de um cão e de um tom verde/vermelho. O corpo surge

O artista inspirou –se na tela de Jean Dominique Ingres “O banho Turco”, no qual eramrepresentadas mulheres cujos contornos evidenciavam as suas curvas arredondadas eexpressavam sensualidade e erotismo.Porém, neste quadro, as figuras femininas perderam toda a expressão sensual e eróticae aparecem com os braços disformes, os cotovelos ponteagudos e a cabeça encravadana carne, transformam a pose provocante no seu inverso.

ao focinho de um cão e de um tom verde/vermelho. O corpo surge fragmentado em várias partículas incompatíveis com a forma das outras.A quinta figura feminina, do lado esquerdo da tela, parece encontrar-se em estado de imobilidade, a expressão do rosto parece “empedernida”, tipo máscara.

Todas as figuras diferem entre si, obedecendo a uma geometrizaçãoradical, que por lado impõe às proporções naturais as suas próprias regras, deformando-as à sua livre vontade, fundindo-as nitidamente com um plano de fundo também talhado a “pique”.A falta de modelação dos corpos através de luz e sombra e a combinação dos vários ângulos de visão no quadro provocam, além disso, um obscurecer do espaço.Nesta tela, Picasso expressa a sua revolta contra toda a arte Ocidental com génese na Renascença, a qual representava a beleza da mulher e deu expressão a uma nova era da arte denominada “Cubismo”, resultado da sua vivência e do contacto com outros tipos de arte, nomeadamente: as esculturas ibéricas e africanas, cujas formas arcaicas o artista foi modificando até atingir a geometrização rigorosa e, por fim, deformação radical.

Picasso - As Meninas d’Avignon – 1907. Óleo sobre tela.

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O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris dos anos 20,inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duasGrandes Guerras Mundiais.Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, mas também pelo Marxismo,o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa.Um dos seus objectivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruídapelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton é o principal líder e mentor deste movimento.

René Magritte. Gonconda. 1953. óleo sobre tela.

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Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de 1924. Além de Breton seusrepresentantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, RenéMagritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas.

André Breton

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O SURREALISMO foi por excelência

a corrente artística moderna darepresentação do irracional e dosubconsciente.

A livre associação e a análise dossonhos, ambos métodos da psicanálisefreudiana, transformaram-se nosprocedimentos básicos do surrealismo,embora aplicados a seu modo.

Por meio do automatismo, ou seja,Por meio do automatismo, ou seja,qualquer forma de expressão em que amente não exercesse nenhum tipo decontrole, os surrealistastentavam representar, seja por meio deformas abstractas ou figurativassimbólicas, as imagens da realidademais profunda do ser humano:o subconsciente.

Max Ernst. O elefante Celebes, 1921.óleo sobre tela.

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Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (1904 —1989), conhecido

apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalhode Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica.Dalí foi influenciado pelos mestres do Renascimento. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema,escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançadopostumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound.Também foi autor de poemas dentroda mesma linha surrealista.Dalí insistiu em sua "linhagem árabe", alegando que os seus antepassados eram descendentes de mouros queocuparam o sul da Espanha por quase 800 anos, e atribui a isso o seu amor de tudo o que é excessivo e dourado,sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizaçõesextravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte, já quesua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico.

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Angelus. ca.1932. Óleo sobre madeira

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Esta pintura traduz o interesse do pintor pelasconquistas da ciência moderna, cruzandoteorias mais abstractas de física,nomeadamente a relatividade de Einstein, quecolocou em causa a ideia de espaço e tempofixos, com as pesquisas de Freud relativamenteao inconsciente e à importância dos fenómenosdos sonhos. A duplicidade de sentido dasimagens e as inúmeras interpretações quepromovem assim como a tendência para a

Na tela encontram-se representados três relógios que marcam diferentes horas tendo como fundo a paisagem de Porto Lligat, localizado no norte deEspanha, (memória de infância de Dali). Segundo o próprio autor, a solução formal dos relógios derivam de um queijo camembert que Dali seencontrava a observar enquanto pintava. As suas formas sensuais têm uma evidente conotação sexual, nomeadamente o que se encontra no centrodo quadro, estendido sobre uma pedra que simula o retrato do artista.Dali via os relógios como instrumentos normalizados e exactos que traduziam de forma objectiva a passagem do tempo. O facto de os dotar de formasorgânicas remete-os para o universo de prazer, recordando a dimensão fugidía do tempo e o sentido de ambiguidade que a evolução temporalintroduz pelo cruzamento da percepção da realidade com a casualidade e inexplicabilidade da memória.

Dali. A persistência da memória. 1931. Óleo. sobre tela

promovem assim como a tendência para acriação de cenas absurdas repletas de signosindecifráveis, levaram a Dali a designar estaforma de arte de crítica paranóica, em tudooposta a uma visão racional do mundo.De um ponto de vista técnico, esta pintura,assim como grande parte das criações de Dali,perseguem um enorme virtuosismo emeticulosidade no desenho das formas e narepresentação dos pormenores, com objectivode obter atmosferas dotadas de granderealismo, daí o frequente alinhamento destafase criativa com o grupo dos surrealistasilusionistas ou veristas.Contém uma grande quantidade de referênciasde carácter historicista, particularmente asreferentes à pintura maneirista ou à enigmáticae fantástica obra do flamengo Jerónimo Bosch.

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Marc Chagall (1887 —1985) O estilo romântico e alegórico é típico de Marc Chagall. As suas obras

são visões místicas e sonhadoras, repletas de símbolos e referências à educação judaica tradicionalque Chagall recebeu na Rússia. A natureza da grande maioria das suas obras é indefinível,enigmática, remetendo para o mundo dos sonhos e do subconsciente. Tendo vivido em Paris entre1910 e 1914, foi inicialmente influenciado pelo Cubismo, mas manteve um estilo único, desafiando acategorização da sua obra em qualquer movimento artístico. Foi um artista incrivelmente prolífero etalentoso, produzindo vitrais, mosaicos, tapeçarias e cenários, além da sua extensa obra de pintura.

Calvário, 1912. Óleo sobre tela

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É o facto do protagonista masculino estarcontorcido que faz com que prestemos maisatenção a este quadro. É esta forma estranha queserve agarrar a atenção do observador, e que fazcom que se olhe com mais atenção aospormenores.Este é uma das imagens mais famosas de Chagall eque mais emociona os observadores. As formassão bonitas e interessantes, e a composição édinâmica.

Chagall pintou os detalhes com cuidado:sementes de melancia no aparador, as rendas nacortina azul, os cobertores exóticos indianos nacama. A cara do homem é pouco definida, criandomovimento e emoção.

Esta pintura é admirada pelo que revela sobreo relacionamento do casal. É o seu aniversário ela

Esta pintura foi inspirada por eventos da vida do artista. Talvez uma memória dainfância de seus pais, ou talvez de um auto-retrato de Chagall e de uma amiga.Uma coisa é certa, esta imagem teve um impacto profundo no subconsciente doartista, que é evidente nos pormenores de toda a cena. Reparem no intricadodesenho da colcha pendurada acima da cama, e no sombreamento complexousado na parede traseira.

o relacionamento do casal. É o seu aniversário elasegura nas flores. Ela vai numa direcção e elenoutra, como mostram os seus pés. Ele acabou delhe dar as flores e estava prestes a ir-se emboraquando algo lhe disse que as flores não eramsuficientes. Ela ficaria triste neste aniversário se elenão fizesse algo mais e por isso ele deve agirrapidamente. A parte tocante é que ele consegueestar à altura da ocasião, pula no ar para beijá-la,mesmo a tempo. Faz literalmente acrobacias paraprovar quanto a ama.

Há uma outra interpretação desta pintura: amulher está num funeral e o seu amante é umespírito que volta para visitá-la. Podem escolher avossa interpretação.

Chagall. O aniversário. 1915. Óleo sobre cartão

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A arte Abstracta ou abstraccionismo é geralmente entendida como uma forma de arte que não representaobjectos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas esuperfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional". Surge a partir dasexperiências das vanguardas europeias, que recusam a herança renascentista das academias de arte, em outraspalavras, a estética greco-romana.No início do século XX, antes que os artistas atingissem a abstracção absoluta, o termo também foi usado para se referir a escolas comoo cubismo e o futurismo que, ainda que fossem representativas e figurativas, buscavam sintetizar os elementos da realidade natural,resultando em obras que fugiam à simples imitação daquilo que era "concreto".

Max Ernst. Desenho ao natural1947. óleo sobre tela

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O abstraccionismo divide-se em duastendências:

Abstraccionismo lírico ou sensível-predominam os sentimentos e emoções.As cores e as formas são criadas livremente.Na Alemanha surge o movimentodenominado "Der blaue Reiter" (O CavaleiroAzul) cujos fundadores são os Kandinsky,Franz Marc entre outros.

Uma arte abstracta, que coloca na cor eforma a sua expressividade maior. Estesartistas aprofundam-se em pesquisascromáticas, conseguindo variações espaciaiscromáticas, conseguindo variações espaciaise formais na pintura, através das tonalidadese matizes obtidos. Eles querem umexpressionismo abstracto, sensível e emotivo.

Com a forma, a cor e alinha, o artista é livrepara expressar seus sentimentos interiores,sem relacioná-los a lembrança do mundoexterior. Estes elementos da composiçãodevem Ter uma unidade e harmonia, tal qualuma obra musical.

Franz Marc. Formas Lutando. 1914 óleo sobre tela.

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Abstraccionismo geométrico-

Também chamado de Neoplasticismo, o seucriador e principal teórico foi Piet Mondrian.

Onde as cores e as formas são organizadas demaneira que a composição resulte apenas naexpressão de uma concepção geométrica. Oresultado são linhas verticais e horizontais ecores puras (vermelho, azul e amarelo). Oângulo recto é o símbolo do movimento,sendo rigorosamente aplicado à arquitectura.

Piet Mondrian. Composição A. 1920. óleo sobre tela.

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Wassily Kandinsky (1866-1944) - É em

1895 que, de visita a uma exposição emMoscovo sobre o Impressionismo francês, vêum quadro de Monet que o interessa,provocando-lhe a vontade de pintar – contudo,deseja pintar obras que exprimam algumacoisa. De facto, é esta necessidade interior deexpressar as suas percepções emocionais que olevam ao desenvolvimento de um estilo depintura abstracto, baseado em propriedadesnão-representativas de cor e forma – aabstracção sensível.Executa a sua primeira aguarela enquantoprimeiro pintor abstracto e teórico de arte nãofigurativa, em 1910. Influenciado pelofigurativa, em 1910. Influenciado peloimpressionismo de Monet e pelo romantismoda música de Wagner, faz a apologia da força dacor, em que cada tela é “o teatro da cor”.Claramente espiritualista, tece a sua buscapictórica em torno da procura do próprioconteúdo da arte, da sua essência, da sua alma.As referências ao mundo exterior são,deliberadamente, inexistentes.Mais do que pintor, teoriza sobre a pintura,sobre o seu objectivo, sobre as suas sensações.Para Kandinsky, o objectivo da pintura é,precisamente, “encontrar a vida, tornarperceptíveis as suas pulsações, estabelecer asleis que as regem.”

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Sons contrastantes. 1924. Óleo sobre cartão

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O quadro é dividido em dois pelas linhas pretas verticais no centro, sugerindo-nos dois quadros distintos: à esquerda, linhas que secruzam de forma violenta, profusa; à direita, a supremacia das cores conjugadas numa harmonia de formas.Este turbilhão de cores e formas provoca o espectador, fazendo-o reagir (emocionalmente) perante a obra.No entanto, ainda que tudo pareça abstracto, apenas apelativo aos sentidos, a verdade é que os dois traços centrais pretendem serarmas seguras por Cossacos, perto de uma montanha azul, encimada por um castelo.Assim, primeiro há o aspecto emocional, desprovido de quaisquer considerações representacionais. Depois, a percepção destascaracterísticas representativas leva o espectador do nível emocional para o nível intelectual: “Luta dos sons, equilíbrio perdido, princípiovencido, o rufar inopinado dos tambores, grandes interrogações, aspirações sem objectivo visível, impulsos aparentemente incoerentes,cadeias quebradas, laços desfeitos e atados num único laço, contrastes e contradições, é esta a nossa harmonia.”

Kandinsky. Composição IV. 1911. Óleo sobre tela

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Action Painting ou pintura de acção gestual,criada por Jackson Pollock nos anos de 1947 a1950 faz parte da Arte Abstracta Americana.

JACKSON POLLOCK (1912-1956), pintor

americano, introduziu nova modalidade natécnica, gotejando (dripping) as tintas queescorrem de recipientes furadosintencionalmente, numa execução veloz, comgestos bruscos e impetuosos, borrifando,manchando, pintando a superfície escolhidacom resultados extraordinários e fantásticos,algumas vezes realizada diante do público.Desenvolveu pesquisas sobre pinturaaromática. Nos últimos trabalhos nessa linha, oartista usou materiais como pregos, conchas eartista usou materiais como pregos, conchas epedaços de tela, misturavam-se às camadas detinta para dar relevo à textura. Usoufreqüentemente tintas industriais, muitas delasusadas na pintura de automóveis.Características da Pintura:- Compreensão da pintura como meio deemoções intensas.- Execução cheia de violenta agressividade,espontaneidade e automatismo.- Destruição dos meios tradicionais de execução-pincéis, trincha, espátulas, etc.- Técnica: pintura directa na parede ou no chão,em telas enormes, utilizando tinta à óleo, pastaespessa de areia, vidro moído.

Fosforescência.1947. Óleo, esmalte e tinta para alumínio sobre tela

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A Pop Arte tem raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, e começou a tomar forma no final da década de 1950,quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos,passaram a transformá-los em tema de suas obras.Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vidaquotidiana na segunda metade do século XX.Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstracto que dominava a cena estética desde ofinal da segunda guerra.A sua iconografia era a da televisão, da fotografia, da banda desenhada, do cinema e da publicidade.

Roy Lichtenstein. Rapariga afogando-se. 1963. Óleoe acrílico sobre tela

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Os artistas inspiraram–se nas imagens depublicidade, nas revistas, na televisão ena banda desenhada.

Qualquer objecto do dia a dia poderiaservir para criar arte: conjuntos de latasde conserva ou de refrigerante foramtransformados em obras de arte.

Usando como materiais principais, tintaacrílica, ilustrações e designs, usandocomo materiais, usando como materiaisprincipais, tinta acrílica, poliéster, látex,produtos com cores intensas, brilhantesprincipais, tinta acrílica, poliéster, látex,produtos com cores intensas, brilhantese vibrantes, reproduzindo objetos docotidiano em tamanhoconsideravelmente grande,transformando o real em hiper-real.

A intenção dos artistas pop foi a deporem em causa a distinção rígida entrearte erudita e arte popular, ao mesmotempo que o faziam com humor e alegria

Questionaram os próprios limites da arte

Andy Warhol, Latas de sopa Campbell', 1968. Acrílico e liquitex, serigrafía sobre tela

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Andy Warhol (1927-1987).

Ele foi figura mais conhecida e mais controversada pop art.Warhol mostrou a sua concepção da produçãomecânica da imagem em substituição aotrabalho manual numa série de retratos deídolos da música popular e do cinema, comoElvis Presley e Marilyn Monroe.Warhol entendia as personalidades públicascomo figuras impessoais e vazias, apesar daascensão social e da celebridade.Da mesma forma, e usando sobretudo a técnicade serigrafia, destacou a impessoalidade doobjecto produzido em massa para o consumo,como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopacomo garrafas de Coca-Cola, as latas de sopaCampbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.

Produziu filmes e discos de um grupo musical,(Velvet Underground), incentivou o trabalho deoutros artistas e uma revista mensal.

Warhol. Marilyn. 1964. Serigrafía sobre tela

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A expressão Op-arte vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”.Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza ummundo precário e instável, que se modifica a cada instante.Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamentelento. Ela não tem o ímpeto actual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamentecerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidadesparecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.

Bridget Riley. Blaze 1. 1962. Emulsão em prancha

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Victor Vassarely (1908-1997 ) –

criou a plástica cinética que sefundamenta em pesquisas eexperiências dos fenómenos depercepção óptica.As suas composições compõem-se dediferentes figuras geométricas, a pretoe branco ou coloridas.São engenhosamente combinadas, demodo a que através de constantesexcitações ou acomodações retinianas(da retina) provocam sensações develocidade e sugestões de dinamismo,que se modificam desde que ocontemplador mude de posição.contemplador mude de posição.O geometrismo da composição, ao qualnão são estranhos efeitos luminosos,mesmo quando em preto e branco,parece obedecer a duas finalidades:sugerir facilidades de racionalizaçãopara a produção mecânica ou para amultiplicidade, como diz o artista; poroutro lado, solicitar ou exigir aparticipação activa do contempladorpara que a composição se realizecompletamente como "obra aberta".

Vassarely. Vega-Nor. 1969. Óleo sobre tela

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